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TJSP
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Consta nos autos que no período de 2010 a 2014 o réu deixou de pagar pensão
alimentícia que teria sido acordada judicialmente, sem um motivo aparente. O réu alegou
que é usuário de drogas e que era incapaz de prover a subsistência dos seus filhos
porque estava desempregado.
Para o relator da apelação, desembargador Francisco Bruno, apesar de não haver registro
na carteira do réu, é provável que ele tenha trabalhado em serviços eventuais. “A não ser
que tenha virado andarilho por todos esses anos, de algum lugar obteve a sua
subsistência”, escreveu o magistrado. “Não podem os filhos sofrer as consequências do
ócio voluntário do seu pai. É dizer: o acusado tinha ciência de seus deveres como genitor
e, mesmo assim, optou por se entregar, por anos, à vadiagem.”
“Por fim, consta que ele jamais se empenhou em visitar os filhos ou ter contato com eles,
o que corrobora o cenário de desdém, no qual se insere a indisposição em prover os
alimentos acordados judicialmente”, completou o desembargador.
https://aplicacao.aasp.org.br/aasp/imprensa/clipping/cli_noticia.asp?idnot=28285 1/1