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História da Loucura e da Psiquiatria

ANTIGUIDADE -> o louco era visto com um olhar místico

IDADE MÉDIA -> medo da loucura e associar com algo maligno

IGREJA CATÓLICA -> eram considerados hereges, possessões demoníacas e


muitos foram assassinados na Santa Inquisição

ILUMINISMO -> eram loucos todos os que não faziam parte do movimento e
foram retirados da sociedade na Grande Internação

REVOLUÇÃO FRANCESA -> os loucos ainda eram considerados perigosos,


mas agora quem cuidava era o Estado e não a Igreja

ALIENISMO -> vista como alienação moral e precisava de "tratamento


moral", criação dos primeiros hospícios

POSITIVISMO -> vista como uma doença mental, uma visão mais racional e
científica, porém ainda se retira do paciente o saber acerca de si próprio

PINEL -> legitimou a loucura como doença, criou os primeiros hospitais


psiquiátricos
- para ele a loucura era uma alienação moral, que tinha uma possibilidade
de cura o "tratamento moral" com uma rotina rígida e medicamentos -

FREUD -> visão biológica da doença mental, passou a considerar a


subjetividade de cada sujeito
- para ele a vivência e a personalidade de cada um influenciava no processo
de adoecimento mental -

Psiquiatria no Brasil
Colonização Portuguesa Higiene Mental e Eugenia
Santas casas de Misericórdia Terapias Biológicas
Hospício Pedro II Terapias Medicamentosas
Assistência Hétero-Familiar

Pré-Reforma Psiquiátrica
NOVAS ABORDAGENS DE SAÚDE MENTAL:

Psiquiatria Comunitária: comunidade mentalmente sadia


Antipsiquiatria: doença como fator social e político
Psiquiatria Democrática: sujeito em evidência; igualdade social
Reforma Psiquiátrica
Tinha como proposta principal desativar os manicômios para que aqueles
que sofrem com transtornos mentais pudessem conviver livremente na
sociedade

Reverter o hospitalocentrismo em um sistema extra-hospitalar


Proibir a construção de novos manicômios e suas ampliações
Reduzir esses serviços por leitos em hospitais gerais
Promover a saúde mental e a cidadania, integrando a outros problemas de
saúde

Enfermagem Psiquiátrica
ANTES DA REFORMA:

Surgiu pela necessidade de mão de obra nos hospícios


O "tratamento" era realizado através de vigilância, controle, punição, força
e iatrogênicos

DEPOIS DA REFORMA:

Foco na atuação frente ao plano de cuidado individual e em grupo


Voltar a autonomia tirado durante a internação
Escuta terapêutica, valorização das influências biopsicossociais e do projeto
terapêutico individualizado

Inserção de Novos Serviços


Ambulatórios especializados em Saúde Mental: tratamento concomitante
com seus vínculos familiares, comunitários ou empregatícios.

Unidades ou leitos em Hospitais Gerais: participa da rede de serviços,


internação de curta duração, paciente sair da crise e ser encaminhado a
outro serviço; estratégia com as demais áreas.

Lares Abrigados/Pensões Protegidas: maior enfoque na parte sadia da


personalidade; orientadores semelhantes à doméstica, Atividades da Vida
Diária (AVDs); suporte de equipe técnica.

Hospitais-Dia: cuidados transitórios; hospitalização parcial para depois


acompanhamento ambulatorial.

Emergências Psiquiátricas em Hospitais Gerais

CAPS I, II e III (infantil e AD): espaço terapêutico intermediário entre a


hospitalização e a comunidade; auxilia a reintegração social; triagem, visita
domiciliar, programas terapêuticos.

Centros de Convivência
Contrarreforma
Processo sociopolítico e cultural que evidencia uma correlação de forças e
interesses que revertem as transformações da Reforma

O mercado e os interesses de ganhos com a loucura


O estigma e o reforço da política neoliberal
O retrocesso da política de saúde mental

Processo Saúde/Doença Mental


Crises
É o estado de desequilíbrio do sistema, onde há uma ansiedade maciça e
livre, em resposta a um evento significativo, no qual o indivíduo se percebe
incapaz de lidar com a situação

Tipos de Crises
Desenvolvimentais ou Evolutivas: ocorrem como parte do processo de
crescimento e desenvolvimento em vários períodos da vida

Acidentais ou Situacionais: são repentinas e inesperadas, surgem de


gatilhos

- limite de duração: de 4 a 6 semanas -

Fases da Crise
1. Negação 4. Mecanismos de Defesa
2. Aumento da Tensão 5. Reorganização
3. Desorientação

Consequências da Crise
Pseudo-resolução: gatilhos "mal resolvidos", crises recorrentes

Má resolução: Depressão, automutilação, suicídio

Resolução bem sucedida: processo de aprendizagem e crescimento


pessoal
Intervenções na Crise
Desenvolver o relacionamento terapêutico
Favorecer o processo de comunicação terapêutica
Estimular na busca e no encontro do sentimento do sofrimento
Orientar quanto ao uso de psicofármacos
Solicitar e articular a rede social de apoio disponível

Estruturas da Personalidade
ID: impulsos, instintos, desejos
EGO: limites, ambiente, realidade
SUPER-EGO: ética/religião, certo/errado, bem/mal

Tipos de Personalidade
Neurótica: exerce uma autocrítica e desconfia que há um incômodo
psiquico; não perde a consciência; constrói uma grande situação com
coisas pequenas; desloca a energia negativa para um comportamento
(aversão a algo)

Psicótica: cria a totalidade ou fragmentos de um universo paralelo; falta ou


perda de noção da realidade; sintomas positivos são acrescentados a
realidade e sintomas negativos são retirados da realidade; alucinação,
ambivalência, autismo
- esquisofrenia, paranoia, delírio, demência -

Perversa: não enxerga sua angústia ou a denega; não foge da realidade; é


inteligente, sedutor, engana, manipula; você não reconhece e ele não
procura ajuda
- psicopata, exibicionistas, sadomazoquistas, narcisistas -

Mecanismo de Resolução da Crise


Saudáveis: fisiológico e psicológico
Patológicos: psicossomático, depressivo, psiconeurótico, psicótico, perverso

Dependência Química
Drogas
Toda substância que, induzida no organismo vivo, modifica uma ou mais das
suas funções, independentemente de ser lícita ou ilícita
Definições
Tolerância: necessidade de crescentes quantidades da substância para
atingir o efeito desejado

Abstinência: suspensão brusca do consumo de droga geradora de


dependência física e psíquica
- irritabilidade, agressividade, alterações no sono e no apetite, sudorese,
tremores, confusão mental -

Dependência química: síndrome que o indivíduo não consegue cessar o


consumo de substância psicoativas que atuam alterando o seu
comportamento

Diagnósticos
Uso nocivo ou Abuso: padrão de uso que causa danos à saúde podendo ser
esses de natureza física ou mental

Dependência: relação disfuncional entre um indivíduo e seu modo de


consumir uma determinada substância psicotrópica

Classificação do Uso
Uso recreativo: para experimentar, esporádico ou episódico

Uso de risco: eleva o risco para o usuário e para as pessoas ao redor, mas
ainda não tem danos diretos à saúde

Abuso ou uso nocivo: associado a algum prejuízo biológico, psíquico ou


social

Dependência: consumo sem controle; danos graves; desejo acentuado do


uso; necessidade de doses crescentes; dificuldade para controlar o uso;
estado fisiológico desagradável que induz ao uso para aliviar os sintomas;
abandono de atividades do dia a dia; persistência do uso mesmo com
efeitos nefastos

Binge: consumo episódico de doses excessivas, muitas vezes levando à


intoxicação

Intoxicação ou overdose: consumo num único episódio de dose acima do


que o organismo é capaz de metabolizar, causando sintomas graves de
descompensação

Síndrome de abstinência: conjunto de modificações orgânicas que se dão


pela interrupção abrupta ou redução da substância após uso prolongado e
dependência
O Crack
Mistura da pasta-base de cocaína refinada com bicarbonato de sódio e água,
que quando aquecida se divide a parte líquida da parte sólida, se usando
então a "pedra do crack"

Situações comuns a usuários de Crack


Paranoia: distorções perceptuais; alterações da realidade

Fissura: desejo intenso; atitudes impulsivas

Depressão pós-uso: cessação dos efeitos; baixa dos neurotransmissores

Efeitos do Crack
Humor disfórico: irritabilidade e ansiedade, agitação, elação ou euforia,
elevação da sociabilidade, comportamento sexual impulsivo

Ansiedade crescente, ataques de pânico, apreensão e desconfiança


crescente até o surgimento de paranoia, sintomas psicóticos, alucinações,
delírios, perda de juízo crítico (psicose cocaínica), insônia

Comportamento de busca, inquietação, agitação, movimentos


estereotipados, tremores e discinesias

Cefaleia e convulsões; pupila dilatada

Náuseas, perda de apetite; queimaduras da faringe, pneumotórax,


pneumomediastino, pneumopericárdio, broncoespasmo, respiração
ofegante, pneumonite, tromboembolismos

Taquicardia, hipertensão, aumento da demanda cardíaca, vasoconstrição,


coronariana e angina; em altas doses pode causar depressão da função
ventricular, falência cardíaca, arritmias cardíacas e até rompimento de
aorta

Colite, infarto intestinal, infarto esplênico e renal

Políticas Públicas
<1990: criminalização e exclusão dos usuários

1990: Direitos Humanos - serviços comunitários e protagonismo dos


usuários

2003: PAIUAD - ações voltadas para promoção da saúde, prevenção,


tratamento e reabilitação social
Princípios e Parâmetros para o cuidado
Acolhimento: disponibilizar-se para o outro; valorizar; respeitar o sigilo e
individualidade

Política, planejamento, coordenação, monitoramento e avaliação:


territorialização, regulação e organização das demandas e fluxos
assistenciais, diagnóstico situacional, controle social, estratégias de
formação e educação, monitoramento de indicadores

Acessibilidade: ambiente acessível e livre de barreiras para participação de


pessoas nos vários âmbitos da vida social

Redução de Danos
É uma ação dirigida que foca em reduzir os riscos e consequências associada
ao uso de cada tipo de droga. Políticas, programas e práticas que visam
reduzir as consequências para a saúde, sociais e econômicas.

Avaliação do Caso Clínico


Diálogo: queixa principal, sofrimento, história de vida, condições clínicas e
laboratoriais, contexto do uso de drogas, perfil socioeconômico

Avaliação Clínica: exame físico e avaliação de antecedentes pessoais e


familiares

Tomada de decisão/Processo de cuidado: identificar a partir das


informações coletadas, quais as demandas que o serviço poderá atender e
registrar tudo no prontuário

Importante!
A drogadição é uma doença que afeta o cérebro e o comportamento
Não existe um tratamento apropriado para todos
O tratamento deve estar facilmente disponível
Tratamento eficaz - mínimo 3 meses
Terapia individual e em grupo - tratamentos mais eficazes
Tratamento medicamentoso é importante
Muitas pessoas com problemas de drogadição têm transtornos mentais
Desintoxicação é só a 1ª etapa do tratamento
O tratamento não precisa ser voluntário para ser eficaz

Relacionamento e Comunicação Terapêutica


Interações entre um profissional e o cliente/usuário, onde o primeiro usa a si
próprio como instrumento de cuidado, dispostos a desenvolver uma relação
de experiência mútua e significativa
Fases do Relacionamento Terapêutico
Pré-interação: buscar informações antes do primeiro contato (histórico,
prontuário)

Inicial/Orientação ou Introdutória: descobrir o motivo da busca da ajuda e


se ocorreu por vontade própria; formulação de um contato terapêutico;
definir objetivos mútuos e específicos com o cliente/usuário

Desenvolvimento ou Identidades Emergentes/Continuação: usar técnicas


de comunicação terapêutica; intervenções; documentar as observações;
estimular a tomada de decisões

Término: orientar familiares; reforçar o preparo para altar; avaliar e


documentar o processo

Processo de Comunicação Terapêutica


FALA -> 7%

ENTONAÇÃO DA VOZ -> 38%

LINGUAGEM CORPORAL -> 55%

Tipos de Comunicação Terapêutica


Técnicas de Expressão: ajudam a descrição da expressão e a expressão de
pensamentos e sentimentos

Técnicas de Clarificação: ajudam o esclarecimento do que foi expresso pelo


cliente (estimular comparações, esclarecer termos incomuns, confirmar em
ordem cronológica)

Técnicas de Validação: permite a existência de significação comum do que


é expresso (resumir o que foi dito na interação, solicitar que faça uma
síntese da conversa)

Transtorno de Ansiedade
Estado emocional que possui componentes psicológicos e fisiológicos.
Representa-se através de um conjunto de emoções que funcionam de forma
positiva quando nos alertam para algo que necessita de preocupação.
Caracteriza-se por uma sensação de desconforto mental, inquietação
interna, temor ou preocupação exagerada, acompanhada por tontura,
secura na boca, sensação de vazio no estômago, aperto no peito, taquicardia,
calafrios, tremores, cólicas abdominais e formigamentos.
Ansiedade Patológica
A ansiedade patológica e a ansiedade saudável podem ser diferenciadas
pelo grau de interferência ou não desse estado nas atividades habituais

Surge sem motivo aparente


Deixa improdutivo
Ocasiona sintomas físicos como falta de ar
Dificuldade de concentração
Tratamento com profissional é importante para controlar os sintomas

Ansiedade como resposta ao estresse


Alarme: estresse -> mensagem do hipotálamo para a glândula adrenal ->
adrenalina e noradrenalina; conversão de glicogênio em glicose (fígado)

Resistência: fuga ou luta -> taquipneia e taquicardia para manter os


músculos oxigenados e nutridos; respostas sistêmicas cedem após
adaptação ao estressor

Resposta negativa à ansiedade ou ao estresse: reservas do corpo são


exauridas ou comportamentos emocionais não resolvidos -> excitação
contínua das respostas fisiológicas

Ansiedade Leve
Psicológicas: campo receptivo amplo; sentidos aguçados; solução eficaz de
problemas

Fisiológicas: inquietação; dificuldade para dormir; excesso de sensibilidade


a ruídos

Ansiedade Moderada
Psicológicas: campo receptivo voltado para uma tarefa intermediária;
atenção seletiva; dificuldade para conectar pensamentos/problemas

Fisiológicas: tensão muscular; cefaleia; pulso palpitante; boca seca; micção


frequente; discurso rápido; incômodo gastrointestinal

Ansiedade Grave
Psicológicas: campo receptivo voltado a um detalhe; incapacidade para
concluir tarefas; aprender ou resolver problemas; choro; sensação de
terror/medo

Fisiológicas: cefaleia severa; náusea; vômito e diarreia; tremores; vertigem;


palidez; taquicardia; dor no peito
Pânico
Psicológicas: campo receptivo reduzido a foco em si mesmo; percepções
distorcidas; perda do pensamento lógico; dificuldade para comunicar-se;
possibilidade de delírio, alucinação e suicídio

Fisiológicas: fuga ou congelamento; pupilas dilatadas; aumento da PA

Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)


Presença de sintomas ansiosos excessivos, na maior parte dos dias, por pelo
menos 6 meses

Sintomas psíquicos: angústia, tensão, preocupação, nervosismo,


irritabilidade e dificuldade de concentração e encadear pensamentos

Sintomas físicos: cefaleia, dores musculares, dor epigástrica, sudoreses,


tremores, vertigem, palidez, taquicardia, dor no peito, parestesia,
dificuldade de conciliar o sono

Sintomas prejudicam a vida social e ocupacional do indivíduo, a pessoa


considera difícil controlar a preocupação e a ansiedade

Início no final da adolescência e adultos jovens

Transtorno de Pânico
Distúrbio psicológico que leva uma pessoa a ter várias crises de medo,
angústia e terror, com episódios descontínuos e crises intermitentes

Ataque de pânico: 15 a 30 minutos de ansiedade rápida, intensa e


progressiva (sensação de morte iminente

Sintomas psíquicos: enorme medo emocional, despersonalização

Sintomas físicos: palpitação, sudorese, tremores, dispneia, sensação de


sufocação, dor no peito, náusea, desconforto abdominal, tontura,
parestesia, calafrios e ondas de calor

Diagnóstico: quando os ataques se tornam recorrentes e provocam pelo


menos um mês de preocupação ou inquietação acerca de futuros ataques

Causa: ausência de fator ambiental para disparo das crises; agorafobia


Fobias
Agorafobia: caracterizada por sintomas de ansiedade em situações que a
pessoa percepciona como inseguras ou difíceis de se livrar
- espaços abertos, tráfego viário, centros comerciais ou qualquer situação em
que a pessoa se encontro fora do local de residência -

Fobia específica: medo irracional de um objeto ou situação


- ambiente natural, sangue, injeção, situacionais (elevador), animais -

Fobia social: medo provocado por certas situações sociais ou de


desempenho, baixa autoestima, preocupação com o julgamento social, a
pessoa pode ter um ou mais tipos
- falar em público, comer em público, ir a um compromisso sozinho, interagir
com o sexo oposto -

Transtorno Obsessivo-Compulsivo
Obsessões: podem ser definidas como eventos mentais, tais como
pensamentos, ideias, impulsos e imagens, vivenciados como intrusivos e
incômodos

Compulsões: são definidas como comportamentos ou atos mentais


repetitivos, realizados para diminuir o incômodo ou a ansiedade causados
pelas obsessões ou para evitar que uma situação temida venha a ocorrer

- a pessoa compreende que os rituais são incomuns, mas são forçadas a


executá-los; esses pensamentos/comportamentos são fonte de
constrangimento para a pessoa -

Transtorno de estresse pós-traumático


A pessoa vivenciou, testemunhou ou foi confrontada com um ou mais
eventos que envolveram morte ou grave ferimento, reais ou ameaçados, ou
uma ameaça à integridade física, própria ou de outros

A resposta da pessoa envolveu intenso medo, impotência ou horror

Em crianças, isto pode ser expressado por um comportamento


desorganizado ou agitado

Repetição da vivência de um evento e esquiva de estímulos associados a tal


evento

Inicia 3 meses a um ano após o evento e pode durar por meses ou anos

Sintomas: reviver o evento; esquiva de estímulos que provocam


lembranças; amnésia; diminuição do interesse em eventos da vida; maus
pressentimentos; excitação aumentada; hipervigilância
Transtorno de estresse agudo
Desenvolvimento de ansiedade, dissociação e outros sintomas até um mês
após exposição a um estressor traumático

Duração de 2 dias a 4 semanas


Angústia significativa com reviver persistente do evento

3 ou + dos sintomas: sentimento de "estar em um sonho"; desrealização;


sensação de ausência de resposta emocional ou distanciamento; amnésia
dissociativa (não recorda um aspecto importante do evento)

Transtorno de Ansiedade induzido por substância


Abuso de drogas, medicamentos ou exposição a uma toxina, apresenta
ataques de pânico, fobias, obsessões ou compulsões

Transtorno de Ansiedade de separação


Ansiedade excessiva relativa a uma separação de casa ou pessoas a quem o
paciente está ligado

Transtorno de Adaptação
Resposta emocional a um evento estressor, como dificuldades financeiras,
doenças ou problemas de relacionamento

Etiologia
Genéticas: parente de primeiro grau

Neuroquímicas: ácido gama-aminobutírico (GABA) - neurotransmissor


inibidor que funciona com ansiolítico natural do corpo; serotonina (TAG,
TOC, transtorno do pânico

Ansiolíticos
Benzodiazepínicos: diazepam (rápido); alprazolam, clordiazepóxido,
lorazepam (moderado); clonazepam, oxazepam (lento)

Não benzodiazepínicos: meprobamato (rápido); buspirona (muito lento)

- efeitos colaterais: tontura, sedação, cefaleia, fadiga, disfunção sexual, visão


turva, boca seca, constipação, alto potencial de abuso e dependência -
Outras drogas
Antidepressivo tricíclico: clomipramina, imipramina

Betabloqueador: cloridina

Inibidor seletivo da recaptação de serotonina: fluoxetina, fluvoxamina,


paroxetina, sertralina

Anti-histamínico: hidroxizina

Agonista alfa-adrenérgico: propanolol

Histórico e Exame do Estado Mental


Funções Mentais
Funcionamento Ideal: visa a satisfação em todos os campos de atuação do
indivíduo (relações sociais, afetivas e consigo mesmo)

Transtorno Mental: padrão comportamental ou psicológico significativo


associado a uma angústia ou incapacidade e que comporte risco
significativo de dor, incapacitação, óbito ou restrição da liberdade

Entrevista Psiquiátrica
Etapas: aproximação; condução; desenvolvimento

Objetivos: coletar informações; utilizar a comunicação terapêutica;


estabelecer relacionamento terapêutico

- anamnese: histórico dos sintomas e sinais; antecedentes pessoais e


familiares e meio social -

Exame psíquico - Exame do estado mental


1. Descrição geral: aparência; comportamento e atividade psicomotora
2. Humor (estado interno) e afeto (expressão de sentimentos)
3. Fala: conteúdo da fala; forma de expressão
4. Pensamento: processo ou forma de pensamento; conteúdo do
pensamento; perturbações da percepção
5. Sensopercepção: atenção e nível da consciência; orientação; memória;
inteligência; julgamento e insight
Urgências e Emergências Psiquiátricas
Emergências Psiquiátricas
Qualquer situação que exista risco iminente de morte ou lesão grave
provocada por sentimentos, pensamentos os ações que colocam em risco a
integridade da própria pessoa, de outras, do ambiente e da sociedade

- violência, tentativa de suicídio, estupor depressivo, excitação maníaca,


automutilação, juízo crítico acentuadamente comprometido, severa
autonegligência -

Urgências Psiquiátricas
Os riscos são menos graves, mas é necessária uma intervenção em curto
prazo

- comportamento bizarra, quadro agudo de ansiedade, sintomas psicóticos,


etc -

Aspectos Legais
LEI Nº 10.216, DE 6 DE ABRIL DE 2001: dispóe sobre a proteção e os direitos
das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo
assistencial em saúde mental

Importante!
- a estabilização do paciente é a primeira etapa na avaliação psiquiátrica de
emergência -

Atendimento Seguro
Equipe interdisciplinar e qualificada; equipamento necessário; espaço
seguro e livre para circulação

Equipe mínima: médico psiquiatra; enfermeiro especialista; técnico de


enfermagem, equipe de apoio ou segurança

Organização do espaço físico: consultório com duas saídas e portas que


abrem para fora; porta mantida aberta; descarte de objetos e adornos
pessoais; acesso facilitado à porta, evitar sentar atrás da mesa; sistema de
alarme ou código
Situações Emergenciais
Situação de crise, ideia e tentativa de suicídio, agitação, agressividade e risco
de violência aguda, ansiedade aguda (pânico), intoxicação aguda e síndrome
de abstinência de álcool e outras substâncias, anorexia e bulimia, surtos
psicóticos agudos decorrente de alteração psíquica ou orgânica, intoxicação
o efeitos adversos graves de psicofármacos

Crise
Qualquer perda abrupta da homeostase, o desequilíbrio causado por alguma
novidade não esperada e mal recebida que modifique a vida da pessoa

Maturacional ou do desenvolvimento: nascimento, infância ou


adolescência

Situacional: perda de emprego, gravidez indesejada, divórcio

Acidental ou futura: incêndio, terremoto, acidente aéreo

1. Identificar-se ou defrontar-se
2. Desconforto com o aumento da ansiedade
3. Tentativas falhas (brigas internas)
4. Sem sucesso na fase 3, a ansiedade torna-se esmagadora e provoca
desorganização da personalidade, pânico, confusão, violência e até suicídio

Agressividade e Agitação Psicomotora


Sinais precoce: andar de um lado para o outro balançando a cabeça,
atitudes desconfiadas e hostis, agressões verbais ou físicas, linguagem
abusiva, gestos ameaçadores

Indícios: agitação motora, violência dirigida a objetos, dentes e punhos


cerrados, ameaças, exigências e discussões em tom de voz elevado, afeto
desafiador e hostil, sintomas psiquiátricos específicos

Manejo atitudinal: evitar movimentos bruscos, respeitar o espaço físico do


paciente, estabelecer limites de forma acolhedora, evitar elevar o tom de
voz, evitar confronto, observação e prevenção, trabalhar com o paciente,
assegurar que você pretende ajudá-lo, atenção à linguagem não verbal,
evite olhar desafiador, focalizar assunto, resumir ideias, auxiliar a
reconhecer a realidade, evitar ceder a teste, desafio e manipulação, evitar
promessas, conselhos, opinião pessoal, manipulação, faltar com a verdade

O que não pode faltar na avaliação: exame do estado mental, exame físico,
exames laboratoriais e outros, avaliação do suporte familiar, se houve
ingestão de substâncias e medicamentos
Contenção
Utilizado como último recurso, quando alternativas menos coercitivas não
tiveram efeito, são utilizados meios físicos e farmacológicos

Física: procedimento coercitivo e contraditório, pode ser uma forma de


violência ao paciente, não é terapêutica, potencialmente traumática, risco
apresentado deve ser proporcional

- somente quando for estritamente necessário, equipe de 5 a 8 pessoas,


organizar as medicações, registrar no prontuário, deve ser mantida pelo
menor tempo possível, conforto, segurança e SSVV devem ser checados -

Farmacológica: preferencialmente via oral, tranquilização sem sedação,


benzodiazepínicos, antipsicóticos e combinações

- haloperidol, prometazina, diazepam, midazolan, clorpromazina, olanzapina,


ziprasidona, risperidona -

Risco de Suicídio
É influenciado por fatores físico, psicológico, espiritual, social, econômico,
histórico, político, cultural e ambiental

Maior faixa etária de 15 a 34 anos


Maior taxa de suicídio em homens e tentativa em mulheres
Uma avaliação completa: ideação, planos, necessidades, fator de proteção
Substâncias psicoativas: avaliar a quantidade utilizada, a substância, a
frequência de uso, último consumo e riscos

Síndrome de Abstinência
O objetivo primário de atenção é retirada para atingir os objetivos do cliente
em relação ao seu uso indevido com segurança

Redução de danos
Intervenção breve
Adrenalina: fuga ou luta
Noradrenalina: concentração e alerta
Dopamina: prazer
Ocitocina: amor
GABA: calma
Acetilcolina: aprendizado
Glutamato: memória e aprendizado
Endorfinas: dor e euforia
Serotonina: humor e bem estar
ALCOÓLICA:

- hiperatividade dopaminérgica, hiperatividade noradrenérgica,


hiperatividade glutamatérgica, aumento da densidade de canais de Ca+,
hipoatividade gabaérgica -

Leve: agitação, irritação, ansiedade (ambulatorial)


Moderada: convulsões, alucinações (internação)
Delirium tremens: confusão, alucinações, hiperatividade simpática

- monitorização de hora em hora, SSVV, hidratação, nutrição, segurança,


evitar acesso a soluções a base de álcool, benzodiazepínicos, haloperidol,
complexos vitamínicos -

Psicose Aguda
Prejuízo grosseiro do contato com a realidade, manifestado por uma
percepção inadequada e persistente do mundo externo

Ataques de Pânico
- falta de ar, suor frio, formigamento, zumbido no ouvido, tontura e fraqueza,
palpitações e dor no peito, dor no estômago, vontade de ir ao banheiro -

Medidas para reduzir o grau de ansiedade


Ambiente calmo
Técnicas de relaxamento
Excluir causa
Avaliar agorofobia
Instruir que respire pelo nariz
Benzodiazepínicos de ação curta

Transtorno de Humor e Afeto


São aqueles cujo sintoma principal é a alteração de humor ou afeto, da
energia (ânimo), do prazer e do jeito de sentir, pensar e se comportar

Humor
Estado emocional básico e varia de acordo com as experiências vivenciadas

- calmo, triste, ansioso, deprimido, feliz -


Afeto
Capacidade de expressar seus sentimentos, podendo ser ou não congruente
com o humor

Emoções
Expressões afetivas agudas e transitórias com reações orgânicas intensas e
breves em resposta a uma situação

Importante!
Quando a alteração de humor é causada por outra doença ou por
medicamentos, não é considerado transtorno de humor e sim um sintoma
secundário da doença estabelecida ou consequência do uso de medicação

Fatores Predisponentes
Biológicos e genética
Influência bioquímica: deficiência de neurotransmissores norepinefrina,
serotonina e dopamina, transmissão excessiva da via colinérgica e aumento
da serotonina (depressão); aumento de neurotransmissores norepinefrina e
dopamina, déficit de serotonina e acetilcolina (mania)
Distúrbio eletrolítico: aumento de HCO3 e Ca+, excesso ou depleção de K+
Desequilíbrio hormonal: hipo ou hipertireoidismo, progesterona e
estrogênio
Deficiência nutricional: Vitamina B1, B6, B12, C, ferro, ácido fólico, zinco e
K+
Influência Psicossocial: experiências traumáticas na infância, baixo nível
socioeconômico, fraco suporte social, ser portador de condição clínica,
puerpério, eventos de vida estressores, residir em área urbana, abuso de
drogas, histórico familiar

Depressão
Um transtorno de humor, uma síndrome que a principal queixa é o humor
depressivo e às vezes irritável durante a maior parte do dia

TRISTE X DEPRESSÃO
- a tristeza tem um motivo, a depressão não, a tristeza traz pensamentos
repetitivos sobre o motivo, a depressão pode ter pensamentos suicidas e é
sentido por pelo menos duas semanas -

Tristeza; alteração do sono e apetite, rebaixamento da atenção e


concentração; alterações sexuais; perda de iniciativa; pensamento de
menos valia, culpa, suicídio; pensamento lentificado; redução de atividades
Transtorno de Depressão Maior
Humor deprimido, perda de interesse ou prazer nas atividades cotidianas, por
no mínimo duas semanas, sem histórico de comportamento maníaco e sem
sintomas de uso de substâncias

Pode aparecer em qualquer idade, mas mais frequente na puberdade


Início recente é forte determinante de recuperação a curto prazo
Cronicidade aumenta a possibilidade de transtornos de personalidade,
ansiedade, abuso de substâncias
Pode fazer transição para esquizofrenia
Mais frequente em mulheres
A serotonina parece ter o papel mais relevante, estando habitualmente em
níveis reduzidos
5 ou mais critérios

Transtorno Distímico
Humor deprimido na maior parte do dia, indicado por relato subjetivo ou por
observação feita por outras pessoas, pelo período mínimo de dois anos

Pode não haver grande prejuízo na vida funcional, mas pode continuar por
vários anos desencadeando episódios de depressão maior
Menor intensidade dos sintomas
Humor deprimido + presença de 2 ou mais critérios

Transtorno Disfórico Menstrual


5 sintomas presentes na semana que antecede a menstruação, melhora
poucos dias depois do início, tornam-se mínimos ou ausentes na semana
posterior
Pelo menos 2 ciclos sintomáticos
Interferência significativa nas atividades diárias
Mudança de humor, chorosa, sensível, irritabilidade ou raiva acentuada,
humor deprimido acentuado, sentimento de desesperança, pensamentos
autodepreciativos, ansiedade acentuada, interesse diminuídos nas
atividades habituais, sentimento subjetivo de dificuldade de se concentrar,
letargia, fadiga fácil, falta de energia, alteração acentuada do apetite,
sentir-se sobrecarregada, sensibilidade, inchaço, dor articular ou muscular

Depressão na Gravidez e no Puerpério


Fatores de risco: desemprego, ser mãe solteira e jovem, história familiar e
pessoal de transtornos de humor, eventos de vida negativos, conflitos
conjugais, falta de apoio social, ambivalência sobre a gestação, tabagismo,
abuso de drogas
Depressão Pós-Parto
A nova mãe expressa a incapacidade de cuidar do seu bebê, falta de
interesse, rejeição ao bebê ou temor mórbido de que o bebê sofra algum mal

Sério problema de saúde no ciclo gravídico-puerperal


Varia de uma sensação de tristeza, depressão moderada até psicótica
Nos seis primeiros meses após o parto
Risco de suicídio e infanticídio

Tratamento - Antidepressivos
Podem agir em um único receptor ou em múltiplos receptores, sem ter alvo
outros sítios receptores sem relação com a depressão

A escolha se dá por: características da depressão, reações adversas,


possibilidade de suicídio, tolerabilidade, distúrbios clínicos, custo, terapia
concomitante, danos cognitivos

MECANISMO:

Potencializa, direta ou indiretamente, as ações da Norepinefrina e da


Serotonina
Deficiências de Norepinefrina e Serotonina
Na mania é causada por produção excessiva de neurotransmissores

INIBIDORES SELETIVOS DA CAPTAÇÃO DE SEROTONINA:

- citalopram, escitalopram, fluoxetina, fluvoxamina, paroxetina, sertralina -


Inibe a capacitação de serotonina aumentando a concentração na fenda


Menor risco de overdose
O benefício máximo pode demorar 12 semanas
Pico de 2 a 8 horas
Meia-vida de 16 a 36 horas
Efeitos adversos: náuseas, ansiedade, insônia, sonolência, disfunção sexual,
interação de fármacos

INIBIDORES DA CAPTAÇÃO DE SEROTONINA E NOREPINEFRINA:


- desvenlafaxina, duloxetina, levomilnaciprana, venlafaxina -


Utilizado em pacientes que não tiveram sucesso com os ISRS


Eficazes para aliviar a dor associada com neuropatia diabética, pós-
herpética e fibromialgia
Menos efeitos adversos
Pode causar síndrome de interrupção
Efeitos adversos: constipação, vertigem, insônia, disfunção sexual, náuseas,
sonolência, taquicardia, xerostomia
ATÍPICOS:

- bupropiona, mirtazapina, nefazodona, trazodona, vilazodona, vortioxetina -

Grupo misto de fármacos que tem ação em vários locais


Bupropiona: inibidor de captação de dopamina e norepinefrina; diminui a
fissura e abstinência da nicotina; boca seca, sudoração, nervorsismo,
tremores
Mirtazapina: aumenta a neurotransmissão de serotonina e norepinefrina;
sedativo
Trazodona: controle da insônia

TRICÍCLICOS:

- amitriptilina, amoxapina, clomipramina, desipramina, doxepina,


imipramina, maprotilina, nortriptilina, protriptilina, trimipramina -

Bloqueiam a capacitação de norepinefrina e serotonina no neurônio pré


Bloqueio de receptores serotoninérgicos, alfa-adrenérgicos, histamínicos e
muscarínicos
Melhoram o humor e a alerta mental
Aumentam a atividade física
Reduzem a preocupação mórbida
Início lento de 2 semanas
Efeitos adversos: náuseas, aumento da massa corporal, constipação,
retenção urinária, visão borrada, sonolência, taquicardia, arritmias

INIBIDORES DA MONOAMINOXIDASE:

- fenilzina, isocarboxazida, selegilina, tranilcipromina -


MAO é uma enzima que diminui qualquer excesso de neurotransmissor


Indicado para pacientes deprimidos que não respondem aos ADTs ou forte
ansiedade
Última escolha de tratamento

Transtornos Bipolares
Alterações de humor que vão de um estado de depressão profunda a uma
euforia extrema, separados por períodos de normalidade

EPISÓDIO MANÍACO:

Dura pelo menos 1 semana


3 ou mais sintomas persistentes, 4 sintomas se o humor é apenas irritável

- autoestima inflada ou atitude de grandeza, redução da necessidade do


sono, mais falante que o habitual ou pressão por falar, fuga de ideias ou
pensamentos subjetivos que as ideias estão correndo, envolvimento em
atividades que geram prazer -
EPISÓDIO HIPOMANIA:

Humor anormal pelo menos 4 dias


3 ou mais sintomas persistentes, 4 sintomas se o humor é apenas irritável
Mudança clara no comportamento
Mudanças observadas por outras pessoas
Episódio não é suficientemente grave para comprometer o funcionamento

BIPOLAR TIPO I:

Está ou já passou por síndrome completa de mania ou sintomas mistos


Episódio maníaco grave e com delírios
O polo depressivo pode ser intenso também

BIPOLAR TIPO II:


Episódios de depressão maior com ocorrência de hipomania


Nunca passou por um episódio de mania ou sintomatologia mista

CICLOTÍMICO:
Distúrbio crônico de humor com duração mínima de 2 anos, envolvendo
episódios de hipomania e humor depressivo, de menor gravidade
Pode evoluir para transtorno bipolar I ou II

Tratamento
CARBONATO DE LÍTIO:

Estabilizador de humor mais clássico


Eficaz no tratamento de mania e hipomania
Prevenção de suicídio
Pode ter tempo de ação mais prolongado
Pode apresentar melhoras na primeira semana
Efeitos colaterais: ganho de peso, sonolência, sede, aumento do volume
urinário, tremores, náuseas, vômitos, diarreia, lentificar o raciocínio
Níveis muito altos pode ser tóxico

ANTICONVULSIVANTES:

Principal: ácido valproico


Tem resposta mais rápida para mania
Efeitos colaterais: ganho de peso, sedação, queda de cabelo
Carbamazepina é a segunda escolha tanto para mania como para
depressão
Efeitos colaterais: alterações hematológicas, sedação, disfunções hepáticas
Transtorno Psicótico
Esquizofrenia
Causa pensamentos, percepções, emoções, movimentos e comportamentos
distorcidos e bizarros

Fases
PRÉ-MÓRBIDA:

Baixa sociabilidade, predileção por atividades solitárias ou ansiedade social,


alterações cognitivas, déficits de memória verbal, atenção e funções
executivas

PRODRÔMICA:

Período variável de tempo antes da eclosão psicótica, apresenta apreensão e


perplexidade sem um foco aparente, sentimento de "algo está para
acontecer", mudança de comportamento, passa a ficar mais isolada e
demostra atitudes peculiares e excêntricas, podendo acontecer sintomas
psicóticos breves e transitórios

PROGRESSÃO:

Primeiro episódio de psicose, fase progressiva de esquizofrenia, podendo


correr deterioração

ESTABILIZAÇÃO:

Evolui para fase estável, sujeita a recaídas, os sintomas negativos muitas


vezes são detectadas no início e os sintomas positivos ocorrem na
exacerbação

Etiologia
Fatores genéticos: gene neurotrofina-3 associado à produção de enzimas
que metabolizam as catecolaminas e a serotonina
Fatores neuroanatômicos e neuroquímicos: menos tecido cerebral e fluido
cerebrospinal, aumento do tamanho ventricular e atrofia cortical,
metabolismo de glicose e oxigênio diminuído nas áreas corticais frontais
do cérebro
Fatores imunovirológicos: as citocinas têm papel importante na sinalização
do cérebro para produzir as mudanças comportamentais e neuroquímicas,
infecções virais na gestação aumentam a quantidade de ocitocina no
corpo, podendo levar a desorganização no desenvolvimento do feto
Sintomas Positivos
Desorganização de pensamentos
Delírios (persecutórios/paranoides, grandeza, religiosos, somáticos e de
referência)
Desorganização do comportamento motor
Discurso desorganizado
Alucinações (auditivas, visuais, táteis, gustativas, cenestésica, cinestésica)

Sintomas Negativos
Baixa expressão emocional
Baixa socialização
Avolia (vontade)
Alogia fala, significado)
Anedonia (prazer, alegria)

Importante!
DEVEM SER EXCLUÍDOS:

Esquizotípicos: sintomas parecidos, mas duração ou aparecimento atípicos


Transtorno delirante: ausência de sintomas característicos
Transtorno depressivo maior ou transtorno bipolar com características
psicóticas ou catatônicas: depende da relação temporal entre a
perturbação de humor e a psicose e a gravidade dos sintomas depressivos
e maníacos
Causas orgânicas: simulam sintomas psiquiátricos, doenças ou traumas no
sistema nervoso central até o uso de substâncias

Classificação
Paranoide: delírios e alucinações grandiosos e persuasórios (sensação de
ser vítima ou estar sendo espionado)
Desorganizada: afeto hipomodulado ou inapropriado, incoerência,
associações soltas e comportamento extremamente desorganizado
Catatônico: perturbação psicomotora marcante, ausência de movimento
ou atividade motora excessiva
Indiferenciada: sintomas esquizofrénicos mistos (ou de outros tipos), junto
com a perturbação do pensamento, do afeto e do comportamento
Residual: pelo menos um episódio prévio, embora não atual, retraimento
social, afeto plano e descarrilhamento de associações

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