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Inteligência Emocional -

Por Prime.Cursos

Sumário:

Sumário: 1

Tipos de inteligência: 7

1º) Inteligência lógico-matemática: 8

2º) Inteligência linguística: 8

3º) Inteligência visual-espacial: 9

4º) Inteligência corporal-cinestésica: 10

5º) Inteligência musical: 11

6º) Inteligência interpessoal: 11

7º) Inteligência intrapessoal: 12

8º) Inteligência Naturalista: 12

9º) Inteligência existencial: 13

Conhecimento X Comportamento: 13

Nível 1-Reação: 13

Nível 2 - Aprendizagem: 13

Nível 3 - Comportamento: 14

Nível 4 - Resultados: 14

Em seu livro “Inteligência Emocional” (1995), Daniel 14


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Modelo Relativo: 15

Modelo Antifrágil: 15

Podemos Mudar o Comportamento das Outras Pessoas? 16

Uso da Inteligência Emocional no Mundo Atual e sua


Importância: 17

1º) Consciência emocional: 19

2º) Autorregulação: 19

3º) Gerenciamento das emoções de uma equipe: 19

4º) Desenvolvimento de uma comunicação rápida e eficiente: 19

Neurofisiologia das Emoções: 19

Felicidade: 20

Tristeza: 20

Nojo: 20

Medo: 21

Raiva: 22

12 Estratégias para ter mais Inteligência Emocional: 23

— AUTOPERCEPÇÃO: 24

— AUTOGESTÃO: 24

— PERCEPÇÃO SOCIAL: 25

— GESTÃO DE RELACIONAMENTOS: 25

Inteligência Interpessoal: 25

2
As carreiras que mais demandam inteligência interpessoal são
aquelas que exigem maior relacionamento entre pessoas. Alguns
exemplos são: 27

Como desenvolver inteligência interpessoal? 28

1. Force-se a interagir mais com as pessoas: 28

2. Participe de trabalhos em equipe: 28

3. Procure se relacionar com pessoas de diferentes tipos: 28

4. Assuma a liderança de alguma iniciativa onde você trabalha ou em


algum outro local: 29

5. Ensine: 29

6. Faça apresentações para audiências: 29

7. Organize uma festa: 29

8. Pratique empatia: 29

9. Tenha bom humor: 29

10.Utilize escuta ativa: 29

11. Seja flexível nas interações com os outros: 30

Os 5 Fatores da Inteligência Emocional: 30

1º) AUTOCONHECIMENTO EMOCIONAL: 30

2º) CONTROLE EMOCIONAL (AUTOGERENCIAMENTO): 30

3º) AUTOMOTIVAÇÃO: 30

4º) RECONHECIMENTO DAS EMOÇÕES EM OUTRAS PESSOAS


(CONHECIMENTO DO OUTRO): 31

5º)RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS (GERENCIAMENTO


DOS OUTROS - EMPATIA): 31

3
Autoconsciência: 31

Ampliando a Autoconsciência: 31

- Examinar como se faz avaliações: 32

- Estar atento aos sentidos: 32

- Dar atenção aos sentimentos: 32

- Identificar suas intenções: 32

- Estar atento a seus atos: 32

“Essas feras são seus instintos primitivos 33

Fera 1- A obsessão destrutiva: 33

Fera 2- A insegurança: 33

Fera 3- A agressividade: 33

Fera 4- A arrogância e a subserviência: 34

Fera 5- A impulsividade: 34

Fera 6- A ganância: 34

Fera 7- A obsolescência: 34

Automotivação 35

1º) Encontre o seu mantra: 35

2º) Lembre-se dos seus momentos de pico: 35

3º) Seja ativo: 36

4º) Motive-se diariamente: 36

5º) Lembre-se que esse momento é precioso: 37

4
6º) Não deixe a energia acabar: 37

7º) Saia da esteira da falha: 37

Empatia 38

Como melhorar a empatia? 38

1º) Não julgue: 39

2º) Pratique a escuta atenta: 39

3º) Esteja disposto: 39

4º) Reconheça as diferenças: 39

5º) Trate bem as pessoas: 39

6º) Demonstre confiança: 40

Dicas para ter mais empatia 40

Integrando a Inteligência Emocional na sua Forma de


Trabalhar: 41

Aguçar os sentidos: 42

Controlar os sentimentos negativos: 42

Descobrir seus talentos e fazer com que eles trabalhem para você: 43

A Inteligência Executiva no Trabalho: 44

A Importância do uso da Intuição nas Decisões: 45

Inteligência Emocional como Forma de Liderança e Gestão: 47

AUTOCONSCIÊNCIA: 47

Autoconsciência emocional: 47

- Auto-avaliação: 47

5
- Autoconfiança: 48

AUTOGERENCIAMENTO 48

- Autocontrole: 48

- Confiança: 48

- Estado-consciente: 48

- Adaptabilidade: 48

- Orientação de proezas: 48

- Iniciativa: 48

CONSCIÊNCIA SOCIAL 48

- Empatia: 48

- Consciência organizacional: 49

- Orientação de serviço: 49

HABILIDADE SOCIAL 49

- Liderança visionária: 49

- Influência: 49

- Desenvolver pessoas: 49

- Comunicação: 49

- Mudança catalisadora: 49

- Gestão de conflitos: 49

- Construção de laços: 49

- Trabalho de equipe e colaboração: 50

6
Dicas para se Comunicar Melhor 50

TENHA UMA META 50

INCLUA SEU INTERLOCUTOR 50

MANTENHA O RESPEITO 50

PERGUNTE MAIS 51

ESCUTE DE VERDADE 51

FIQUE ATENTO AO TOM 51

CUIDADO COM A LINGUAGEM CORPORAL 51

FAÇA CRÍTICAS OBJETIVAS 52

ARGUMENTE COM EXEMPLOS 52

USE “E” EM VEZ DE “MAS” 52

NÃO FIQUE NA DEFENSIVA 52

SAIBA FICAR EM SILÊNCIO 52

PRATIQUE A EMPATIA 52

Concluído! 53

Tipos de inteligência:
Na teoria, um ser humano pode possuir 7 tipos diferentes de inteligência, cada
uma com a mesma importância, porém com elementos diferentes.

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As inteligências possíveis são a inteligência lógico-matemática, a inteligência
linguística, inteligência visual-espacial, inteligência corporal-cinestésica,
inteligência musical, inteligência interpessoal, inteligência intrapessoal.

Depois, ele ainda adicionou mais dois novos tipos: a inteligência naturalista e
a inteligência existencial.

1º) Inteligência lógico-matemática:

Um indivíduo com a inteligência lógico-matemática possui a capacidade de


solucionar problemas matemáticos e lógicos com facilidade através habilidade
de identificar padrões e tendências rapidamente.

Envolve raciocinar de forma lógica e sequencial percebendo dessa forma a


relações e conexões entre elementos.

Apesar de todos os tipos de inteligência possuírem a mesma importância, a


lógica-matemática termina sendo uma das mais requisitadas na sociedade e
por consequência, termina resumindo o conceito de inteligência somente nela.

Pode-se dizer que um indivíduo tem essa inteligência quando:

- Identifica padrões, operações e problemas matemáticos

- Tem facilidade com números

- Prefere comprovar hipóteses a partir de experimentos

- É um tipo de inteligência comum entre engenheiros, cientistas, astronautas,


físicos e matemáticos.

2º) Inteligência linguística:

É a capacidade de utilizar as palavras e a linguagem de uma forma efetiva. Ela


envolve a organização e transmissão de palavras de modo claro e direto
atingindo objetivos por meio da fala ou simplesmente somente transmitindo
uma mensagem.

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Normalmente, é encontrada em jornalistas, redatores, escritores, poetas e em
políticos ou em qualquer profissão que envolva expressar ideias complicadas
de forma simples.

Além disso, esse tipo de inteligência também tem uma facilidade de


interpretação de textos e discursos.

Pode-se dizer que um indivíduo tem essa inteligência quando:

- Tem um bom vocabulário

- Usa muito bem as palavras para transmitir uma mensagem ou alcançar um


objetivo

- Consegue persuadir alguém com facilidade

- Gosta de ler

- Aprender idiomas com facilidade

3º) Inteligência visual-espacial:

A maioria das pessoas pensam em apenas um ponto de vista quando


imaginam um objeto, já as pessoas com esse tipo de inteligência conseguem
ver e compreender o mundo em três dimensões.

Em geral, é encontrada em indivíduos com a imaginação muito ativa.

Quem possui esse tipo de inteligência consegue projetar as coisas em vários


ângulos mentalmente, além disso é capaz também de imaginar objetos ou
situações corretamente, mesmo que sejam baseadas em muita pouca
informação.

A inteligência visual-espacial também é acompanhada da capacidade de


imaginar fielmente a representação do mundo físico, mesmo a partir de
memórias distantes.

Também inclui o processamento de imagem, dando ao indivíduo a habilidade


de visualizar claramente os resultados das alterações que podem ter sido
feitas.

Além disso, é composta também de habilidades artísticas através da


capacidade de usar o espaço visual para desenvolver uma arte, como uma
pintura.
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Você encontra esse tipo de inteligência em arquitetos, pintores, designers, etc.

Pode-se dizer que um indivíduo tem essa inteligência quando:

- Gosta de criar trabalhos artísticos

- Tem um alto senso de espaço

- Sonha acordado com frequência

4º) Inteligência corporal-cinestésica:

Esse tipo de inteligência está relacionado a utilização eficiente do corpo.


Geralmente, é expressa através da coordenação motora e sincronia entre corpo
e mente.

Indivíduos com a inteligência corporal-cinestésica normalmente gostam de


praticar exercícios físicos e de criar objetivos que incluam o seu corpo.

Através de sua alta sincronia entre corpo e mente, as pessoas com essa
inteligência se dispõem a realizar atividades que exigem melhoria e tempo, por
exemplo, um dançarino treina dias, às vezes, até meses para uma
apresentação.

Pode ser facilmente encontrada em dançarinos, lutadores, artesãos e até


cirurgiões.

Pode-se dizer que um indivíduo tem essa inteligência quando:

- Tem um alto grau de consciência física e reconhece suas habilidades e


limitações físicas;

- Gosta de atividades manuais e arquitetura;

- Tem uma boa disciplina em relação às atividades físicas

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5º) Inteligência musical:

Existem hoje, diversos tipos de inteligência. Sem dúvida, a teoria de Gardner,


criador das inteligências múltiplas, mostra que não é benéfico classificar
nenhuma pessoa de modo estereotipado quando existem diversos talentos
diferentes que podem ser potencializados. E um dos talentos mais importante
é o musical.

A inteligência musical é definida como a capacidade de compreender e


identificar tons, timbres, ritmos e outros elementos relacionados ao som. A
inteligência musical é facilmente notável em músicos, compositores, cantores,
condutores, DJ 's, etc.

Ela permite que o indivíduo crie, reconheça e reproduza elementos sonoros


sem dificuldades, além de captar sons que outras pessoas não notariam.

Um indivíduo possui alta inteligência musical quando:

- É sensível a sons em geral;

- Consegue discernir tons, timbres e ritmos;

- Aprecia música e gosta de compor, cantar ou tocar.

6º) Inteligência interpessoal:

Pode ser conceituada como a aptidão para compreender e interagir com outras
pessoas de forma fatual, mais desenvolvida naqueles com especial
competência em lidar com as outras pessoas.

Esse tipo de inteligência implica diretamente na facilidade em se fazer


entender perante outros. A inteligência interpessoal está ligada a atenção e
sensibilidade na hora de notar o humor, sentimentos e temperamento de
outras pessoas, bem como a facilidade em entender os outros.

A inteligência interpessoal pode ser notada em professores, assistentes sociais,


políticos, vendedores, atores, figuras públicas, etc.

- Um indivíduo possui alta inteligência interpessoal quando:

- Possui aptidão para liderança;

- É sensível ao humor e sentimentos de outros;

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- Possui grande número de amigos.

- Tem facilidade para analisar questões através de diversos pontos de vista;

- Consegue entender pessoas com facilidade, incluindo suas tendências e


características sutis.

7º) Inteligência intrapessoal:

A habilidade ou inteligência intrapessoal é definida como a capacidade de


conhecer a si mesmo, respeitando seus próprios desejos, sentimentos,
limitações e motivações, utilizando plenamente suas próprias competências.

Consiste no autoconhecimento que está apto a direcionar planejamentos para


a vida, implicando também em uma apreciação e respeito pela condição
humana e seus ciclos.

A inteligência intrapessoal é naturalmente encontrada em psicólogos, líderes


espirituais e filósofos.

Um indivíduo é tido com alta inteligência intrapessoal quando:

- Possui grande força de vontade e independência;

- Possui forte ciência dos seus sentimentos e age em conformidade;

- Aprecia reflexões existenciais e busca o autoconhecimento constantemente;

- Tende a ser tímido, introvertido ou ter poucos amigos.

8º) Inteligência Naturalista:

A inteligência naturalista é a oitava da teoria de Gardner, é definida como a


facilidade em compreender a natureza e seus respectivos elementos, vivos ou
não vivos. Nisso se tem a compreensão de animais, plantas, chuva, mar, terra,
etc.

A inteligência naturalista possui um grande papel na evolução do homem de


forma que as noções de caça, plantio e colheita foram essenciais para a
sobrevivência da espécie humana.

Gardner propôs a inteligência naturalista em 1995, ou seja, 12 anos após a


apresentação dos sete tipos originais de inteligência.

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Alguns profissionais se destacam de modo evidente por sua inteligência
naturalista. Os biólogos, botânicos e veterinários são um exemplo disso.

- Um indivíduo possui alta inteligência naturalista quando:

- Possui facilidade em lidar com animais;

- Possui gosto pela natureza;

- Possui interesse e aptidão para entender fenômenos naturais como a chuva,


ventanias, neve, etc.

9º) Inteligência existencial:

Proposta por Gardner em 1999, a inteligência existencial é pontuada como a


sensibilidade e capacidade na abordagem de questões reflexivas sobre a
existência humana, tais como o sentido da vida, por que morremos e como
chegamos aqui. Consiste na habilidade de entender essas questões e temas
espirituais.

Esse tipo de existência é manifestado através de um intenso interesse por


buscar respostas sobre esse tipo de assunto. A inteligência existencial é muito
comum em líderes espirituais, teólogos e filósofos. Um indivíduo possui alta
inteligência existencial quando: Possui forte interesse por questões
relacionadas à existência, como a morte, o universo, à origem da vida, etc.

Conhecimento X Comportamento:
Nível 1-Reação:

Tem como base o engajamento, relevância e satisfação do cliente, tendo como


função medir a percepção dos treinados a respeito da aprendizagem.

Nível 2 - Aprendizagem:

Até que ponto o indivíduo foi capaz de aprender de modo efetivo? Isso é
verificado por meio de conhecimento, habilidades e, principalmente, atitudes
daquele que recebeu o treinamento, uma vez que, se ele de fato aprendeu, sua
produtividade e motivação para trabalhar será maior do que antes.

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Nível 3 - Comportamento:

É aplicação do conhecimento em atitudes – o comportamento mudou em


consequência disso? quanto mudou? - processos e sistemas que reforçam,
apoiam, monitoram e recompensam a demonstração de mudança no
comportamento durante o trabalho indicam o sucesso do treinamento

Nível 4 - Resultados:

Por meio da classificação das mudanças comportamentais em função do novo


conhecimento e treinamento adquirido, chegamos ao resultado: a
transformação foi eficaz? Para isso é preciso observar quais são os principais
indicadores durante o treinamento para que possam ser alcançados os
resultados esperados. Com isso é possível perceber em quais áreas ainda é
necessário aprimoramento.

Em seu livro “Inteligência Emocional” (1995),


Daniel
Exibe o seguinte exercício, o qual relata fazer parte de um teste psicológico
criado por Suzanne Miller, psicóloga da Universidade Temple:

“Imagine por um instante que você está num avião voando de Nova York para
São Francisco. É um vôo tranqüilo mas, quando se aproxima das montanhas
Rochosas, o piloto fala pelo alto falante:

- Senhoras e senhores, vamos entrar numa área de turbulência. Por favor,


retornem às suas poltronas e apertem os cintos.

Aí, o avião entra em turbulência, a mais forte pela qual você já passou, jogando
para cima e para baixo, para um lado e para outro, como uma bola nas ondas
do mar. O que você faz numa situação dessas? É daquelas pessoas que metem
a cara num livro ou revista, ou continuam vendo o filme que está passando,
desligando-se da turbulência? Ou é mais provável que pegue o manual que dá
as instruções de emergência para rever as precauções, que observe a equipe de
bordo para detectar sinais de pânico, ou que apure o ouvido para os motores,
para ver se há alguma coisa digna de preocupação?”

As respostas para essas perguntas são devidamente caracterizadas por uma


situação de apuro, na qual você não tem certeza do que irá acontecer em
seguida. Além disso, essa situação propõe dois prováveis modelos de reações
em circunstâncias em que se faz necessário desenvolver uma atividade nova,
que exige que você se reinvente:

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Modelo Relativo:

Por ter autoconsciência das suas emoções, você pode ir para uma zona de
medo e pânico, que gera uma zona de reação com muito estresse e ansiedade
com nostalgia, ou seja, uma reação negativa que gera bloqueio com novas
oportunidades e conhecer novas pessoas que pensam diferente de você.

A zona de reação gera uma zona de superação com desgaste emocional, na


qual você lamenta não ter feito de maneira diferente. Este modelo acontece
geralmente com aqueles que se fixam em uma situação de apuros, acabam
tendo reações exageradas que levam a um intenso desgaste emocional
justamente por reagirem de forma mais intensa, o que ocorre muitas vezes
pela falta de controle dos próprios sentimentos, mesmo que tenham
consciência deles.

Modelo Antifrágil:

Neste modelo você vai para uma zona de curiosidade que leva a uma zona de
preparação, na qual você está em uma zona de aprendizado. Isso se assemelha,
de certa forma, ao Modelo de Kirkpatrick, se essa situação for vista como se
fosse um treinamento. Você pode errar, mas aprende com os erros, expande as
novas habilidades, isso gera uma zona de superação e resultado que dá
crescimento.

Neste modelo, o desafio é superado diariamente, mas para que isso aconteça é
preciso experimentar, validar, verificar e melhorar todos os dias. Aqui é onde
se tem controle das suas emoções, sem permitir que elas o desgaste.
Geralmente pode ser observado em pessoas com alto QE, uma vez que ao
permitirem o autoconhecimento de suas emoções, podem antecipar prováveis
reações, o que faz com que tenham mais autocontrole, sem que uma nova
situação leve ao cansaço mental. Caso isso aconteça em uma empresa, um líder
com estas características é capaz de trazer certa tranquilidade aos funcionários
em um momento que seria de desespero.

Uma pessoa antifrágil também se diferencia de uma pessoa resiliente. Este


último irá mudar e se transformar diante a uma situação de mudança e
estresse, e superar essa fase voltando à neutralidade. Um exemplo disso é o
bambu, que se transforma com o vento, mas volta para sua forma neutra,
sendo que com o passar do tempo ele enrijece.

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O antifrágil consegue superar a questão da mudança e da crise com
aprendizados e evolução pessoal, é como o músculo do corpo humano, que
quebra a rigidez e cresce com o tempo.

Sendo assim, podemos destacar que pessoas com inteligência emocional


elevada são capazes de controlar suas emoções. Isso acaba interferindo no
modo como se comportam, já que o conhecimento é aplicado em suas atitudes
diárias, como quando possuem empatia por outra pessoa. A empatia é um ato
de extrema importância, afinal ela auxilia em uma melhor relação com quem
está ao seu redor, sendo possível uma sociabilidade ainda mais impactante e
superior.

Podemos Mudar o Comportamento das Outras


Pessoas?
Sim, porém devemos lembrar que cada um de nós é único e nossas
experiências no decorrer da vida não são iguais. Também sabemos que o
conhecimento das técnicas, aqui descritas, podem não ter chegado ainda a
todas as pessoas com as quais nos relacionamos.

Portanto é mais coerente que nós possamos aprender a flexibilizar nossos


filtros comportamentais antes de promovermos qualquer mudança no
comportamento alheio, pois toda ação pede uma reação e os iguais se atraem.
Ex.: só posso ter um ambiente de trabalho em equipe, bem-sucedido, se eu
aprender a trabalhar em equipe tão bem que o meu comportamento contagie o
comportamento dos meus companheiros, ou seja, é através dos meus
estímulos sinceros que posso promover todas as mudanças desejadas no
mundo. Aliás, os relacionamentos podem se dividir em dois tipos: os do tipo
tênis e os do tipo frescobol.

O objetivo do jogo de tênis é o de derrotar o adversário. Joga−se tênis para


fazer o outro errar. Nele o bom jogador é aquele que tem a exata noção do
ponto fraco do outro. O adversário, incapaz de devolver a bola, conclui a sua
derrota.

O prazer do tênis, enfim, é quando um dos dois jogadores é colocado fora do


jogo; um está alegre porque ganhou, o outro está triste porque perdeu.

O frescobol, no entanto, muito parecido com o jogo de tênis, se diferencia por


não ter adversário.

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É preciso que nenhum dos jogadores perca para o jogo ser bom, ou os dois
ganham ou ninguém ganha. O que se deseja é que ninguém erre, pois não há
adversário a ser derrotado.

Quando um erra fica chateado, e o que provocou o erro também, mas não tem
importância: começa−se de novo o jogo onde ninguém marca pontos.

Nos relacionamentos do tipo tênis é assim: um recebe as palavras, os sonhos


do outro, e com críticas os destroem.

Nos relacionamentos do tipo frescobol é diferente: um recebe do outro as


palavras como ensinamentos, os sonhos como algo delicado que vem do
coração. Ninguém ganha e se deseja então estar sempre junto, para que o jogo
nunca tenha fim...

“Fabricar álibis, e desculpas, com as quais justificamos os fracassos, é um


passatempo nacional."

O hábito é tão velho quanto à raça humana e fatal para o sucesso na vida!

Porque as pessoas se apegam às suas desculpas favoritas? A resposta é clara.


Defendem−nas porque foram elas que as criaram! A desculpa é filha da
imaginação do homem − é próprio da natureza humana defender os filhos de
nossa mente.

Se tivermos a coragem de nos vermos como realmente somos, descobriremos


o que há de errado conosco e corrigiremos.

Em seguida, poderíamos ter a oportunidade de aproveitar os nossos erros,


para aprender alguma coisa com a experiência dos outros... Pois se nada
estivesse errado conosco, estaríamos agora onde deveríamos estar se
tivéssemos passado mais tempo analisando nossas fraquezas e menos tempo
inventando desculpas para elas.

Uso da Inteligência Emocional no Mundo Atual


e sua Importância:
Daniel Goleman é um psicólogo PhD conhecido mundialmente por ser
considerado o pai da Inteligência Emocional. O profissional se perguntou
sobre algo tradicionalmente utilizado por contratadores, sejam eles de
empresas grandes ou pequenas, para admitir seus funcionários. O Quociente
de Inteligência (QI) é extremamente conhecido como o requisito
inquestionável para verificar a excelência de alguém. Mas seria esta a melhor

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maneira de verificar a competência de uma pessoa? Goleman afirma que não,
o mundo de hoje não aceita mais que a capacidade do indivíduo de reter
informações seja capaz de predizer o seu sucesso. Ele defende a ideia de que o
modo como uma pessoa lida com suas emoções e as dos outros é muito mais
importante do que o QI.

As pesquisas de Goleman seguiram tendo como foco o mundo dos negócios.


Executivos de grandes empresas foram analisados para que pudessem
constatar quais habilidades faziam com que se destacassem, tendo como
resultado a inteligência emocional. Grandes líderes e administradores
possuem altos índices de IE, sendo extremamente aptos para reconhecerem e
entenderem a necessidade dos outros, retendo mais talentos e tendo melhores
relações com seus colegas de trabalho, bem como seus superiores. Se você
deseja inspirar e engajar pessoas, melhorar o desempenho do seu time e se
destacar como líder, precisa estar preocupado em desenvolver sua IE.

Em estudos, o psicólogo demonstra que a inteligência emocional chega a ser


duas vezes mais importante em pessoas com altos índices de produtividade
quando comparado às suas capacidades técnicas e QI, sem ter relação direta
com o cargo que esses indivíduos ocupam na empresa. Além disso, o QE é
importante porque um líder com estas características consegue sempre estar
aberto a sugestões, delegando tarefas aos seus funcionários para que eles
também tomem decisões importantes, mesmo não ocupando cargos maiores.

Atualmente, este âmbito é o que mais aplica o conceito apresentado pelo


psicólogo em 1995. O impacto da IE no mundo dos negócios foi tão grande que
o conceito se tornou uma maneira de educação para adultos, fazendo com que
funcionários desenvolvam suas habilidades intrínsecas de liderança. A
Harvard Business Review aclamou a inteligência emocional como “uma ideia
inovadora, capaz de destruir paradigmas”, uma das ideias empresariais mais
influentes da década. O QE está se tornando uma das principais ferramentas
em contratação, promoção e desenvolvimento de trabalhadores, empresas
como Johnson & Johnson já utilizam esta ferramenta para tal fim.

Com isso, fica evidente que precisamos cada vez mais nos inovar a aprofundar
nossos conhecimentos não somente nas informações, dados concretos e fatos.
Também é necessário que saibamos reconhecer emoções e controlar nossos
próprios sentimentos, afinal de nada adianta possuir QE elevado se o
temperamento pessoal não está controlado.

Por esse motivo, é extremamente importante desenvolvermos nossa


inteligência emocional e o primeiro passo para isso é o autoconhecimento. O
autocontrole emocional e empatia podem ser habilidades mais poderosas e
benéficas quando comparadas às competências mentais e cognitivas. Saber
balancear os pilares descritos pelo psicólogo em junção com o

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aperfeiçoamento da sua IE faz com que o indivíduo se torne uma pessoa
melhor em todos os campos da sua vida, seja ele o profissional ou o particular.

As vantagens de se ter inteligência emocional são profundamente amplas,


dentre elas podemos destacar:

1º) Consciência emocional:

Conhecendo suas emoções e como elas são expressas, é possível determinar


como elas afetarão aqueles à sua volta;

2º) Autorregulação:

Regular suas atitudes antes que elas aconteçam, tomando decisões mais
assertivas;

3º) Gerenciamento das emoções de uma equipe:

Perceber e gerenciar suas próprias emoções faz com que seja mais fácil para
identificar os sentimentos dos outros, permitindo que conflitos sejam
antecipados e resolvidos antes que eles possam acontecer de fato;

4º) Desenvolvimento de uma comunicação rápida e eficiente:

A facilidade na comunicação faz com que esta seja realizada de forma mais
assertiva, possibilitando avaliar as respostas das outras pessoas envolvidas na
situação

Neurofisiologia das Emoções:


Emoções: A palavra “emoção” tem origem no latim: movere (mover, pôr em
movimento). A ideia de emoção como conceito traz um movimento de
externalizar as necessidades internas mais importantes que uma pessoa tem.
As emoções constituem parte daquilo que consideramos serem os principais
motivos provocadores dos comportamentos humanos. As emoções, por muitas
vezes, desencadeiam ações do ser humano de maneira tão espontânea que a
pessoa em questão raramente percebe que foi uma emoção que despertou um
pensamento, uma ação ou uma atitude. As emoções possuem duas qualidades
que as determinam: são reações psicológicas incontroláveis e possuem reações
físicas.

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O psicólogo Paul Ekman (1934-) afirma que o ser humano possui cinco
emoções básicas: felicidade, tristeza, nojo, medo e raiva. Ekman afirma,
também, que a surpresa seria uma espécie de sexta emoção, pois, afinal,
também possui a característica de ser uma reação psicológica incontrolável e
de resultar em reações físicas. Vale dizer que cada uma das emoções é tanto
desencadeada como vivida de maneiras diferentes por cada pessoa em cada
momento.

Felicidade:

Dentro do conjunto das emoções às quais o ser humano tem acesso, a


felicidade é a que a maior parte das pessoas persegue e deseja ao máximo. A
felicidade é tida como prazerosa e satisfatória, dizendo respeito à possibilidade
de nela encontrar contentamento, diversão e alegria.

Basicamente, a felicidade faz com que a pessoa se sinta bem. Ao experienciar


momentos de felicidade, a linguagem corporal tende a trazer à tona um estado
mais relaxado, o sorriso e, também, um tom de voz mais animado e agradável.
Suas variações estão entre a serenidade e o êxtase. A felicidade costuma deixar
as pessoas com um prisma mais bonito sobre a vida e, constantemente, é
associada à saúde individual e coletiva. A felicidade também é vinculada à
produtividade e à capacidade de as pessoas lidarem com frustração e
momentos de desamparo.

Tristeza:

Ao contrário da felicidade, a tristeza não é uma emoção muito desejada pelas


pessoas. É considerada uma emoção transitória, ou seja, ela geralmente é uma
reação emocional a um conjunto de acontecimentos e tende a se dissipar
conforme esses eventos são resolvidos ou esquecidos. Muitas vezes, a tristeza
está ligada a sentimentos de desapontamento, desilusão, luto, e desinteresse.
As reações mais comuns que a tristeza traz ao indivíduo são: quietude, mágoa,
choro, irritabilidade, letargia e isolamento. O nível em que essas reações se
apresentam varia e, no geral, está completamente ligado ao motivo que
originou a emoção e a habilidade com a qual a pessoa em questão lida com
frustrações, problemas e tragédias.

Nojo:

É considerado, também, uma emoção transitória, ou seja, ele geralmente é


uma reação emocional a um acontecimento, um objeto ou um conjunto de
acontecimentos e, conforme eles são solucionados ou esquecidos, a emoção
tende a se dissipar. A reação mais comum ao nojo, no geral, consiste na
tentativa de evitar aquilo que desencadeia tal emoção. O nojo traz uma
sensação de que algo não é agradável ou mesmo de que algo é desprezível. A
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reação de se afastar daquilo que traz a sensação frequentemente ocorre junto
de sensações como a ânsia de vômito ou com o próprio ato de vomitar,
afastar-se fisicamente do objeto, torcer o nariz, tampar o nariz, fechar os olhos
etc. Os objetos de atenção que desencadeiam o nojo podem ter as mais
diversas naturezas. Podem dizer respeito a um gosto ou cheiro ruim ou algo
desagradável aos olhos daquele que observa. Pode ser um alimento, algo ou
alguém que pareça ter pouca higiene, corpos, sangue, fungos, coisas em
decomposição, alguns animais, coisas que podem transmitir doenças, coisas
ou pessoas mortas. O nojo é algo bastante subjetivo e pode vir a ser bem
específico em cada pessoa. Algumas pessoas podem ter nojo das coisas mais
inesperadas para outros, como o nojo de usar sandálias nas ruas. Outras
pessoas podem ter nojo vinculado a questões raciais e racistas. O nojo é algo
extremamente diferente para cada ser humano tanto em relação àquilo que o
desencadeia como à reação que o indivíduo terá perante ele. É importante
atentar para o fato de que o nojo é uma emoção que traz consigo caráter de
sobrevivência, colocando o indivíduo em uma disponibilidade para afastar-se
daquilo que sente que é ruim, prejudicial, nocivo ou até mesmo perigoso,
contudo, seu excesso pode o privar de diversas experiências, tornar-se formas
de preconceito ou até mesmo de mania, obsessão ou paranoia.

Medo:

É uma emoção intensa e com papel muito importante no que diz respeito à
sobrevivência do ser humano. Quando uma pessoa sente essa emoção, ela
entra naquilo que chamamos de estado de luta ou estado de sobrevivência.
Seus músculos ficam rígidos e tensos, a frequência de seus batimentos
cardíacos e de sua respiração aumenta e sua mente e seus órgãos sensoriais
ficam em estado de alerta, dando a sustentação para que o seu corpo reaja à
situação, seja ficando para lutar, seja correndo. Os níveis de hormônios e
respostas neurológicas também reagem ao medo com a mesma finalidade, a de
evitar riscos e sobreviver a qualquer custo.

O medo traz diversas características presentes na linguagem corporal e na


expressão facial, tais como uma abertura maior ou mesmo exagerada dos
olhos, busca de fuga, esconder-se ou lutar, abertura da boca ou ranger dos
dentes, tremores, aumento da sudorese e diversas outras. Sentir medo varia
desde ter pequenas apreensões diante de alguns fatores até o próprio terror. O
medo pode também levar à completa paralisação de um indivíduo perante
uma situação de risco, quando o terror o domina e ele fica sem reação, o que
dificulta sua capacidade de protagonismo na situação e, por consequência, na
sobrevivência do evento em questão. O medo em excesso pode levar a uma
diversidade de quadros patológicos, tais como ansiedade, síndrome do pânico,
paranóia e depressão.

21
Raiva:

Pode se tornar uma emoção bastante intensa, poderosa e perigosa. Ela, no


geral, é caracterizada por sentimentos de hostilidade, agressividade, agitação,
frustração e antagonismo ao próximo. Assim como no caso mencionado
anteriormente, o do medo, a raiva pode desenvolver um papel fundamental
para a sobrevivência tendo ligação com o estado de luta/sobrevivência.
Quando algo coloca uma pessoa em risco, a raiva pode ser um fator que traz a
possibilidade de defesa e proteção da vida através de, até mesmo, atos
violentos e intensos como maneira de eliminar o perigo. A raiva também traz
diversas alterações hormonais, endócrinas e neurológicas. Manifesta-se
através da linguagem corporal e da expressão facial de diversas formas, tais
como o ato de encarar ou ficar com o rosto carrancudo, gritar, enrubescer,
aumento da sudorese, olhos arregalados, ranger dos dentes e comportamentos
típicos das extremidades do corpo, como socar e chutar. Sua variação está
entre a irritação e a fúria e sua principal qualidade positiva é que ela coloca a
pessoa em movimento, pois é na raiva que alguém tende a ter mais ímpeto e
iniciativa para resolver aquilo que ameaça ou frustra.

Uma maneira divertida e interessante de entrar em contato com a ideia de


emoções e como elas acabam por orientar muitas de nossas atitudes, posturas,
ações e pensamentos é assistir ao filme DivertidaMente, da Pixar.

É uma caricatura bastante simples da influência e das variações na forma


como a emoção atinge a vida do ser humano.

A figura a seguir apresenta uma correlação de emoções mais complexas


resultantes da combinação de duas emoções mais básicas, apenas como um
modelo ilustrativo sobre as múltiplas emoções e a complexidade com a qual o
campo emocional atua em nossas vidas, já que é possível estar feliz e triste ao
mesmo tempo, com raiva e nojo ao mesmo tempo e, também, todas as demais
combinações.

Ekman define surpresa como uma emoção básica e não como uma combinação
de felicidade e medo. Isso porque a surpresa deriva de uma reação a algo
inesperado.

Traz a comum reação de abertura de olhos e bocas, saltos para trás e gritos,
sensação de choque ou, às vezes, de paralisia. As surpresas, assim como as
demais emoções, podem ser boas e ruins e são elas que facilitam a construção
e a permanência de memórias afetivas.

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Sua variação pode ser desde uma pequena distração até um grande
maravilhamento. A surpresa pode se dar diante de um susto que desencadeia
um comportamento destinado à sobrevivência. A surpresa pode acontecer
quando alguém faz algo maravilhoso ou terrível sem que isso fosse esperado.

De toda maneira, emoções são bases do comportamento humano e, no geral,


são automáticas. Reconhecer a maneira como elas se manifestam e usar esse
conhecimento de forma racional é o que a psicologia chama de sentimento.
Saber que uma situação deixou a pessoa melhor ou pior do que ela estava
anteriormente pressupõe uma atribuição de valor para a situação e o
sentimento é a aplicação racional desse valor estabelecido. Fazer coisas (ou
não fazer outras coisas) para que o próximo se sinta bem, acolhido, querido,
cuidado, respeitado e/ou apreciado tem muito a ver com isso. Toda cultura
tem diversos padrões e rituais com a finalidade de trazer bons sentimentos ao
próximo. Desde oferecer um copo d’água para aquele que vem à sua porta até
amparar o desconhecido que se encontra em intenso sofrimento e/ou
desamparo.

Lidar com as emoções e favorecer um processo de autoconhecimento e


autoconsciência acerca de suas próprias emoções é fundamental, como
mencionado no primeiro capítulo do presente trabalho.

● É fundamental para que não sejamos escravos de nossas emoções e


sentimentos.
● É fundamental para que possamos ter empatia.
● É fundamental para que possamos compreender o outro e entrar em
contato com ele.
● É fundamental para aumentar o êxito em nossa sobrevivência e vida.
● É fundamental para nos relacionarmos com os outros e sermos queridos
por eles.
● É fundamental para o autocontrole.
● É fundamental para tudo aquilo que diz respeito ao desenvolvimento e
ao cuidado consigo mesmo e com os outros.

12 Estratégias para ter mais Inteligência


Emocional:
Não sabe por que ficou tão chateado depois da última conversa com o seu
chefe? Ficou perplexo com o mau humor do seu colega durante o almoço?
Talvez a sua rotina seja marcada por menos “mistérios” se você desenvolver
sua inteligência emocional.

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Mas, se você fica confuso com os altos e baixos emocionais do seu ambiente de
trabalho, não se preocupe: você não está sozinho, a deficiência na
interpretação e na gestão de sentimentos é epidêmica.

Apenas 36% das pessoas conseguem identificar suas próprias emoções,


segundo um estudo feito por Travis Bradberry e Jean Greaves, autores do livro
“Emotional Intelligence 2.0” (Inteligência emocional 2.0), da TalentSmart.

Feita com mais de 500 mil pessoas ao longo de uma década, a pesquisa
demonstra que essa competência, além de rara, é muito valiosa. O chamado
QE, ou quociente emocional, está ligado a 58% do sucesso profissional em
qualquer carreira.

A boa notícia, é que esse tipo de inteligência pode ser treinado. “É possível
trabalhá-la em quatro eixos: autopercepção, percepção social, autogestão e
gestão de relacionamentos”, afirma.

Seguem algumas estratégias para se desenvolver em cada um desses âmbitos:

— AUTOPERCEPÇÃO:

1º) Identifique os “gatilhos” das suas emoções. Se você tem alguma reação a
um evento, pare e procure descobrir por que você está se sentindo tão nervoso
ou tão aliviado, por exemplo.

2º) Visite os seus valores. Saber o que é importante para você contribui para o
seu autoconhecimento e ajuda a prever as suas próprias reações.

3º) Procure feedback dos outros. Saber o que as pessoas pensam das suas
atitudes − e estar aberto a essas opiniões − ajuda a conhecer melhor o seu
próprio modo de ser.

— AUTOGESTÃO:

4º) Conte até dez. Para “esfriar o sistema” e elevar o nível das suas respostas, a
dica é esperar um tempo antes de agir. Atrasar a sua reação emocional pode
evitar desgastes desnecessários causados por uma “explosão”.

5º) “Durma sobre o problema". Deixar uma decisão difícil para o dia seguinte,
após uma noite de sono restauradora, pode arejar as ideias e garantir um
comportamento mais tranquilo.

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6º) Saiba que as mudanças estão “na esquina”. A consciência de que os
vínculos e os conflitos são passageiros aumenta a sua resiliência. Você aguenta
melhor o impacto dos problemas se sabe que eles vão ter fim.

— PERCEPÇÃO SOCIAL:

7º) Chame as pessoas pelo nome. O hábito desarma e faz o outro “baixar a
guarda”. Com esse vínculo criado, você terá um acesso mais fácil às emoções
alheias.

8º) Limpe a mente de distrações ao interagir socialmente. Esqueça o resto das


suas preocupações e fixe a sua atenção na outra pessoa. Isso porque é
impossível perceber as emoções do outro se você não é capaz de ouvi-lo.

9º) Observe as pessoas. Quando você não estiver participando de uma cena,
assista a ela. Estudar o modo como os outros falam, riem e interagem pode dar
dicas valiosíssimas sobre como se relacionar com eles.

— GESTÃO DE RELACIONAMENTOS:

10º) Seja curioso a respeito dos outros. Se você demonstra interesse em


conhecer uma pessoa, cresce exponencialmente a sua capacidade de
influenciá-la no ambiente de trabalho.

11º) Explique as suas decisões, não apenas tome decisões. Comunicar


frequentemente os motivos das suas atitudes contribui para que os outros
compreendam você e se tornem seus aliados.

12º) Use expressões para a correção de conflitos. Pedir desculpas nunca é


demais. Outra dica é trazer para si o motivo da briga no discurso. É melhor
dizer uma frase como “eu fiz algo que afetou você” do que “você fez algo que
me afetou”. Se o outro entende que você não o culpa pelo problema,
aumentam as chances de reconciliação.

Inteligência Interpessoal:
É a habilidade de entender outras pessoas: o que as motiva, como trabalham,
como trabalhar cooperativamente com elas.

Nós vivemos em sociedade, e como tal devemos ter habilidade de conviver


bem com outras pessoas. A inteligência interpessoal está ligada justamente às
nossas habilidades sociais e de relacionamento.

25
Uma pessoa de forte inteligência interpessoal tem maior habilidade para
entender as outras pessoas, suas emoções, necessidades, motivações e
intenções. Sabe como se relacionar com elas de forma que se cria um ambiente
favorável para a relação.

Dessa forma, é uma pessoa que consegue gerenciar suas relações com mais
efetividade. Tem facilidade para conquistar amigos e habilidade para lidar
com pessoas difíceis. É geralmente uma pessoa extrovertida e que consegue
trabalhar bem com diversos outros tipos de pessoas. Tem bom relacionamento
interpessoal.

Alguém com habilidade interpessoal consegue expressar seus desejos e


vontades com clareza e sem ofender ou conquistar a antipatia dos outros.

Algumas das principais características de pessoas com


inteligência interpessoal são:

- Têm empatia

- São extrovertidas

- Compreendem as emoções alheias

- São simpáticas

- Entendem as normas sociais

- Gostam de conhecer novas pessoas

- Possuem facilidade de interação com os outros

- Têm carisma

- São bem-humoradas

- Conseguem estabelecer uma relação de confiança com rapidez

- São bons comunicadores

- Têm habilidade de liderança

- Possuem habilidade de conectar-se com outras pessoas

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- São socialmente influentes

- Possuem habilidade de entender tanto a comunicação verbal como a não


verbal

- Têm grande poder de resolução de conflitos. Conseguem reduzir a tensão e


promover harmonia.

- Têm um bom relacionamento com pessoas de todos os tipos

- Sabem utilizar-se de tato e diplomacia nas relações

- Praticam escuta ativa para compreender as demais pessoas

As carreiras que mais demandam inteligência interpessoal são


aquelas que exigem maior relacionamento entre pessoas.
Alguns exemplos são:

- Gerentes e diretores

- Professores

- Médicos

- Advogados

- Psicólogos

- Políticos

- Vendedores

- Diplomatas

- Atores

Pessoas com capacidade interpessoal se dão bem com a interação social e


costumam ter bastante autenticidade. Rapidamente conseguem estabelecer
uma relação de confiança com os outros. Geralmente são pessoas com muitos
amigos e outros gostam de estar à sua volta.
27
Seguidamente as pessoas buscam sua ajuda e conselhos.

Para quem tem interesse em cargos de liderança numa empresa, deve-se


trabalhar fortemente o aprendizado da psicologia interpessoal.

Como desenvolver inteligência interpessoal?


Inteligência interpessoal requer que você tenha uma ampla gama de
habilidades interpessoais para saber qual usar em qual momento e com quem.
A inteligência pode ser desenvolvida. Com exercício regular intencional a
tendência é melhorar.

Para desenvolvê-la é necessário que você se coloque em situações em que essas


habilidades sociais sejam exigidas.

Seguem algumas sugestões de como fazer isso.

1. Force-se a interagir mais com as pessoas:

Quanto mais você conversar e mais interagir com os demais, maior se


fortalecerá a sua capacidade de se relacionar com os outros.

2. Participe de trabalhos em equipe:

Trabalhos em equipe exigem comunicação e colaboração. Uma excelente


forma de estimular a interação e a troca.

3. Procure se relacionar com pessoas de diferentes tipos:

(introvertidos e extrovertidos, humildes e arrogantes, chatos e carismáticos


etc.): Isso irá ajudá-lo a entender e conhecer diferentes tipos de pessoas.
Quanto melhor conseguir se relacionar com uma maior variedade de perfis
pessoais, mais estará compreendendo o conceito de relacionamento
interpessoal e aprimorando sua habilidade nesse sentido.

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4. Assuma a liderança de alguma iniciativa onde você trabalha
ou em algum outro local:

Por exemplo, você pode se oferecer para tomar a frente em um novo projeto da
empresa em que trabalha. Pode se candidatar a ser Síndico do seu prédio ou
liderar uma iniciativa de trabalho voluntário. Pode ainda organizar uma
viagem com amigos, por exemplo.

5. Ensine:

Ajude as outras pessoas compartilhando o seu conhecimento. Pode ser


simplesmente mostrando a um colega de trabalho como fazer alguma
atividade que você domina. Ou pode ser algo mais avançado como ministrar
um treinamento ou mesmo dar aulas em alguma instituição de ensino.

6. Faça apresentações para audiências:

Numa empresa em que trabalhei existia um grupo que se chamava


toastmasters. Essa é uma iniciativa mundialmente difundida onde as pessoas
se reúnem para praticar a habilidade de falar em público. Você pode participar
de um grupo desse tipo ou simplesmente oferecer uma palestra para colegas
ou outros locais do seu círculo de relacionamentos.

7. Organize uma festa:

Não precisa ser uma festança. Pode ser uma pequena festinha para celebrar
uma conquista importante da sua equipe de trabalho, por exemplo.

8. Pratique empatia:

Coloque-se no lugar do outro e tente entender suas necessidades e porque se


comporta de determinada maneira

9. Tenha bom humor:

Uma das melhores formas de criar conexão com as pessoas é pelo humor.
Relaxa e abre as pessoas para ficarem mais receptivas.

10.Utilize escuta ativa:

Procure entender o outro e suas questões ouvindo genuinamente o que eles


têm para dizer.

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11. Seja flexível nas interações com os outros:

Procure entender a opinião dos outros e seja flexível nas interações em vez de
fincar o pé na sua forma de pensar. Dessa forma, conseguirá melhor encontrar
um ponto de vista conciliador e que atende da maneira mais adequada
possível as diferentes opiniões e necessidades.

Nós seres humanos somos seres sociais. Conviver e interagir com outras
pessoas faz parte da nossa natureza.

Algumas pessoas têm maior facilidade de rapidamente estabelecer conexão


com outras. Mas essa é uma habilidade que pode ser desenvolvida. Pode até
parecer um pouco difícil, porém não subestime sua capacidade.

Cultivá-la traz muitos ganhos para nossa vida profissional e para a qualidade
das nossas relações pessoais. Isso pode resultar em experiências muito mais
ricas na sua vida.

Os 5 Fatores da Inteligência Emocional:

1º) AUTOCONHECIMENTO EMOCIONAL:

Capacidade de reconhecer as próprias emoções e sentimentos. A ausência


dessa habilidade de reconhecer os sentimentos nos deixa à mercê das
emoções. Pessoas com esta habilidade são os melhores “pilotos” das suas
vidas.

2º) CONTROLE EMOCIONAL (AUTOGERENCIAMENTO):

É a habilidade de lidar com os próprios sentimentos, adequando-os a cada


situação vivida. Tendo consciência das emoções negativas que nos bloqueiam,
podemos nos libertar delas por meio de um processo dirigido pela razão.

Se estamos tristes, podemos escolher pensar de maneira otimista, da mesma


forma que um passeio pode nos acalmar quando estamos furiosos. Porém, se
não conseguimos reconhecer as emoções que estamos vivendo, dificilmente
poderemos fazer algo a respeito delas.

3º) AUTOMOTIVAÇÃO:

Trata-se da capacidade de dirigir as emoções a serviço de um objetivo ou


realização pessoal. Se nos deixarmos levar pela ansiedade e pelos
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aborrecimentos, dificilmente conseguiremos nos concentrar na tarefa que
estamos realizando. Por outro lado, se estivermos motivados, encontraremos
prazer no trabalho e não perderemos a calma durante o período de espera pela
gratificação.

4º) RECONHECIMENTO DAS EMOÇÕES EM OUTRAS


PESSOAS (CONHECIMENTO DO OUTRO):

Diz respeito à habilidade de reconhecer emoções no outro e ter empatia de


sentimentos. Empatia é outra habilidade que constrói o autoconhecimento
emocional. Ela permite às pessoas reconhecerem necessidades e desejos nos
outros, permitindo-lhes a construção de relacionamentos mais eficazes.

5º)RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS
(GERENCIAMENTO DOS OUTROS - EMPATIA):

Habilidade de interação com outros indivíduos, utilizando competências


sociais. O relacionamento é, em grande parte, a habilidade de gerir
sentimentos de outros. É a base de sustentação da popularidade, da liderança
e da eficiência interpessoal. Pessoas com esta capacidade são mais eficazes em
tudo o que diz respeito às interações interpessoais.

Autoconsciência:
O Fator Determinante no Desenvolvimento da Inteligência Emocional:
Segundo Weisinger (2001), se ficarmos atentos às nossas emoções, poderemos
obter informações muito importantes acerca de nós mesmos e das pessoas
com quem convivemos. Quando um indivíduo no trabalho explode com seu
colega é muito provável que este seja um sinal de cansaço obtido por excesso
de trabalho; quando somos invadidos por ondas de ansiedade antes de
apresentarmos algum projeto, esta sensação pode estar nos avisando que
precisamos nos preparar mais a respeito do assunto e, até mesmo o
sentimento de frustração que sentimos depois de um contato não satisfatório
com um cliente, pode ser um alerta para encontrarmos uma forma diferente
de abordá-lo numa próxima vez.

Ampliando a Autoconsciência:

Segundo Weisinger (2001), a autoconsciência é algo que pode ser trabalhada e


ampliada, para isso é necessário comprometimento do indivíduo ao
disponibilizar tempo para uma séria introspecção, além de coragem para

31
enfrentar as reações às pessoas e momentos de sua vida profissional. O autor
vai além e determina cinco passos específicos para fazer este exercício interno:

- Examinar como se faz avaliações:

Avaliações são as diferentes interpretações que fazemos de algo ou alguém,


elas são influenciadas por nossos valores e personalidade. Ao estarmos cientes
de como isso ocorre internamente conosco, é possível determinar como nossos
pensamentos influenciam nossos sentimentos, ações e reações e, desta forma,
podemos alterá-los previamente.

- Estar atento aos sentidos:

Por diversas vezes deixamos que nossos sentidos sejam influenciados por
nossos sentimentos, ou seja, com um pré julgamento ouvimos o que queremos
e vemos coisas onde não há. É importante que se consiga manter os sentidos
limpos de forma que possamos enxergar, ouvir e ver somente a realidade.

- Dar atenção aos sentimentos:

Tanto os sentimentos positivos quanto os negativos devem ser levados em


conta pela pessoa emocionalmente inteligente, pois ambos devem ser
trabalhados de modo a trazer benefícios em suas ações. Ao ignorar
sentimentos o indivíduo perde a chance de reconhecê-los e controlá-los para
seguir em frente.

- Identificar suas intenções:

Consideramos como intenções nossos desejos imediatos e os de longo prazo e,


assim como nossos sentimentos, elas podem se tornar conflitantes e trazer
confusões ao nosso dia a dia, por isso, é muito importante identificá-la e tê-las
muito claras para si, para que desse modo consiga tomar sempre a atitude
mais acertada em cada situação.

- Estar atento a seus atos:

Os atos podem dizer muito sobre a pessoa, por isso, é primordial prestar
atenção na forma que agimos em determinadas situações. Essa análise pode
nos preparar para novos acontecimentos e assim conseguir nos controlar e ter
uma atitude mais condizente com nossos objetivos.

Conforme Grinberg (2013), mesmo que o mundo corporativo aparente ser


objetivo e racional, os sentimentos são responsáveis por uma grande parcela
do resultado final que a empresa alcança. Por isso, a importância de
reconhecer esses instintos e usá-los em favor próprio direcionando-os de
32
forma à obtenção do sucesso profissional. O autor destaca em seu livro
algumas feras que podemos entender como sendo as mais perigosas e
existentes dentro do profissional, e que, quando este permite que seus
instintos falem mais alto, dominam totalmente suas atitudes.

“Essas feras são seus instintos primitivos

que se manifestam sem controle. Elas são famintas e ávidas por sair em busca
de algo que alimente sua natureza. Quando essas feras ficam soltas em um
ambiente de trabalho, sem direcionamento positivo, grandes estragos podem
acontecer.” GRINBERG (2013 p. 19).

Conforme Grinberg (2013), as feras podem ser nossas ou de nossos


companheiros de trabalho e é importante que o profissional as reconheça e
esteja alerta para que a partir disso, aja com cuidado e saiba como lidar com
cada uma delas, de modo que, não se torne uma presa fácil na grande selva
que é o mundo corporativo. Ele explica as sete feras da seguinte forma:

Fera 1- A obsessão destrutiva:

Muitas vezes, na ânsia de alcançar seus objetivos, os profissionais ficam


obcecados e se tornam protagonistas de disputas ferozes para destruir seus
adversários sem levar em conta valores e ética e isso traz como resultado final
prejuízos para ambas as partes.

Fera 2- A insegurança:

A insegurança paralisa o profissional não permitindo que este se desenvolva.


Outro problema que a insegurança apresenta é a ansiedade, profissionais
inseguros tendem a ser mais ansiosos e isso pode ser muito perigoso quando o
assunto é a tomada de decisões, pois a pessoa age pelo pânico e isso pode
acarretar danos irreparáveis.

Fera 3- A agressividade:

Uma das feras mais comuns no mundo corporativo e isso acontece por conta
da pressão, cobranças e estresses sofridos no dia a dia profissional. O
importante é ressaltar que atitudes agressivas podem ter conseqüências
desastrosas para o clima organizacional, o que refletirá negativamente na
produtividade.

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Fera 4- A arrogância e a subserviência:

Esta fera de duas cabeças é composta por um lado de profissionais


considerados prepotentes e arrogantes, os conhecidos como os donos da
verdade que não aceitam críticas e não são capazes de ouvir ninguém, por
vezes a arrogância é tanta que nem mesmo o que os clientes ou o mercado diz
tem relevância para este tipo de pessoa. Do outro lado, mas não menos
perigosos, estão aqueles que aceitam tudo e são incapazes de dizer não, são
profissionais que, na ânsia de agradar a todos, são levados ao estresse extremo
e se tornam improdutivos.

Fera 5- A impulsividade:

Uma fera muito perigosa pois o profissional dominado por ela pode ter
atitudes capazes de destruir a sua carreira e a empresa em que trabalha pelo
simples fato de agir sem pensar. Quando o profissional age por impulso é
dominado única e exclusivamente por suas emoções e isso é capaz de cegá-lo
para partes relevantes do problema, essas atitudes fazem com que as outras
pessoas se distanciem de profissionais assim.

Fera 6- A ganância:

O problema desta fera é o extremo, ou seja, quando a ambição toma


proporções inadequadas e se torna dominante em um profissional. Neste
momento o indivíduo não é capaz de observar nada que não seja o seu
objetivo, ele é capaz de qualquer coisa para alcançá-lo e, agindo assim, se
torna perigoso para si e para a organização em que trabalha.

Fera 7- A obsolescência:

É o medo do novo, é a vontade de permanecer em sua zona de conforto.


Profissionais assim querem sempre manter as coisas como estão e são avessas
a inovações. O problema é que pessoas dominadas por esta fera se tornam
obsoletas, desnecessárias, pois não se renovam e têm a utopia de que o mundo
tem que aceitá-las como são. Na realidade, quem permite que essa fera
domine sua carreira faz um grande mal para si, muitas vezes até sem perceber.

Grinberg (2013), explica que mesmo que sejamos muito influenciados


por nossos instintos, o ambiente em que vivemos também deve ser encarado
com bastante relevância em nossas atitudes. O que nos possibilita as escolhas,
ou seja, mesmo que tenhamos conhecimentos das feras que podem surgir
durante nossa trajetória profissional, cabe a nós a escolha de como reagiremos
ao nos defrontarmos com cada uma delas. Ele concluiu que o profissional
comprometido com o sucesso deve valorizar seus pontos positivos e ser capaz
de usar a razão para domar suas feras interiores. É dessa forma que ele será

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capaz de superar seus medos e inseguranças, se tornando um ser humano
realmente evoluído aprendendo a cada dia ser melhor no que se propõe a fazer

Automotivação
Todos gritamos aos 4 cantos o quanto estamos desmotivados e sem inspiração.
Chame do que quiser – você sabe o sentimento. Você fica preso e incapaz de
progredir sobre o que importa para você. Você sente preguiça, cansaço – e
diminuído. Bem, é hora de levantar-se e fazer o máximo para sua vida. É
tempo de sair de seu medo motivacional.

Lembre-se que a sua motivação é você quem faz. Seu chefe, seu parceiro, seu
cônjuge, seus amigos, parentes ou analistas não são responsáveis por isso.
Você é o único responsável por isso. Se você concorda que a motivação é um
problema para você, aqui estão algumas dicas que vão ajudar você a criar uma
rotina diária para fomentar a sua motivação.

1º) Encontre o seu mantra:

A primeira de nossas dicas motivacionais tem um lado um tanto místico. Um


mantra não precisa ser longo – ele só precisa te deixar animado. Todo mundo
tem sua própria vida para viver e, eu não posso dizer qual é o seu mantra –
mas eu aposto que você provavelmente já tem alguma coisa em mente. Tenha
um mantra para manter você na linha da motivação.

2º) Lembre-se dos seus momentos de pico:

Essa é uma daquelas técnicas de automotivação que não são difíceis de aplicar.
Podemos chamar isso também de “estar na área” ou “no clima”. Mas os
momentos de pico significam encontrar o seu melhor momento de trabalho.
São momentos de triunfo e eles nos lembram de quem somos, o que estamos
fazendo – e por que estamos perseguindo nossos objetivos únicos de vida. Um
momento de pico é um momento em que você sente que está no auge de seu
momento de produtividade. E continuar assim é uma ótima maneira de se
manter motivado. Em seu momento de pico você se conecta com o tempo em
que você se sentiu mais realizado, mais disposto, mais presente.

Um momento de introspecção em que você diz:

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"Sim, isso é algo para se lembrar, esse é um momento na minha maior
essência, meu momento mais autêntico e melhor“.

Se você não está no seu melhor momento – tente lembrar-se das vezes em que
você estava e, use isso para recarregar as baterias e entrar na dinâmica da
motivação.

3º) Seja ativo:

Há tantas pesquisas por aí que falam sobre os benefícios do exercício – e


inúmeras pesquisas mostram como ele pode melhorar. Quando você não faz
exercício, não é só a sua forma física que sofre, mas seus outros objetivos
sofrem também. O seu trabalho depois de uma sessão de exercícios, após uma
corrida e um banho refrescante se torna um dia muito produtivo e, você
deveria fazer isso todos os dias. Certamente você vai sentir a diferença. É uma
das melhores maneiras de se motivar todos os dias. Você não precisa entender
toda a ciência: o que você precisa saber é se você está com medo e realmente
batendo a cabeça na parede com o seu trabalho – você pode ficar melhor
afastando-se por um momento e cuidando do seu corpo. Isso vai se refletir na
sua mente.

Faça uma pausa e corra, caminhe ou se estique por meia hora – você vai voltar
revigorado e pronto para trabalhar.

Acredite, os exercícios físicos podem ajudar você a ter a dose de motivação que
você precisa.

4º) Motive-se diariamente:

A motivação reside em você mesmo.O que você acha que é mais fácil:

Motivar-se após um dia improdutivo, semana ou mês.

Motivar-se depois de uma série de sucessos, um melhor que outro?É claro que
é mais fácil estar motivado quando as coisas já estão vindo em sua direção.
Então por que não começar o dia com algum impulso?

Comece o seu dia com uma dose de inspiração. Você será lembrado
diariamente sobre a sua motivação e seguirá em frente em direção aos seus
objetivos.

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5º) Lembre-se que esse momento é precioso:

Às vezes, quando não estamos motivados para fazer o que precisa ser feito,
precisamos nos lembrar que, se perdermos essa oportunidade, essa chance
pode ser única e nunca vamos conseguir outra igual.

Nossos minutos, horas e dias vêm em torno de um tempo – e cabe a nós


mesmo viver a vida que queremos, nesse momento. Saber administrar o
tempo!

Cada momento de nossa vida é importante – lembre-se disso e sinta a


construção da motivação dentro de você.

6º) Não deixe a energia acabar:

São as pequenas coisas que levam a uma queda motivacional. É pular um


treino para sair com os amigos, depois 2, e assim por diante.

Na semana seguinte, na parte de trás da mente você já está racionalizando que


hoje é um dia ruim para a academia – há tanto ímpeto trabalhando contra
mim que é difícil começar de novo.

Não caia nessa armadilha. Assim, não há como criar motivação!

Quando você se vê caindo nas mesmas velhas rotinas, tome uma atitude
imediatamente, não importa quão pequena seja a vitória, use esse impulso
para novas tarefas.

Não deixe que o desânimo tome conta de você.

7º) Saia da esteira da falha:

A última de nossas dicas motivacionais é para aumentar também sua


confiança. A falta de motivação é uma das maiores razões para as pessoas
falharem. Sabe do que mais?

Uma vez que as pessoas começam a falhar, fica mais difícil de se motivar –
muitas vezes, até atingirem o fundo do poço e não terem para onde ir.

Então, se você se encontra em um ciclo tóxico de fracasso – você tem que sair
dele. Você precisa começar a ter algumas pequenas vitórias – assim você pode
sentir os benefícios de tomar alguma ação em sua vida.

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Não deixe que a falta de motivação vença você: aprenda a como se motivar
todos os dias!

Muitas vezes parece impossível vencer a falta de motivação: estamos


desanimados, desligados e parecemos vencidos.

Mas, existe uma saída e uma luz no fim do túnel. Se você cria uma rotina de
produtividade e que ajuda você a manter o seu equilíbrio em dia e sua energia
em alta, você começa a vencer a falta de motivação e, passa a ter mais energia
para as tarefas do dia a dia. Essa é a melhor maneira de como se manter
motivado.

Quando você cria uma rotina voltada para a motivação, a falta de motivação
fica cada vez mais distante e, assim você tem mais gás e energia.

Empatia
No dicionário, uma das definições diz que ela é a capacidade de se identificar
com outra pessoa, de sentir o que ela sente e de querer o que ela quer. Em
resumo, poderíamos dizer que ter empatia é se colocar no lugar do outro. No
entanto, ser empático envolve saberes diversos e mais profundos.

Com a empatia, a sensação é de ser aquela pessoa e, por isso, compreender


escolhas, alegrias, medos, arrogância, agressividade e ignorância, ou seja, o
que há de bom e de ruim em alguém. É acreditar que faria exatamente a
mesma coisa.

Mas como abandonar as próprias emoções, crenças ou expectativas para viver


a empatia em sua totalidade? Para caminhar por essa estrada de aprendizado é
necessário entender que ninguém é perfeito. Segundo a especialista em
autoconhecimento e inteligência comportamental Heloísa Capelas, não é
possível chegar ao amor sem empatia, por isso, essa é uma capacidade tão
importante.

"Eu preciso primeiro me abrir, olhar para o outro do ponto de vista dele,
renunciar aos meus julgamentos, minhas verdades e minhas crenças. Poder
me abrir para poder compreender o que o outro está vivendo é empatia, e ela
vem muito antes do amor", afirma.

Como melhorar a empatia?

A empatia é uma competência que só se desenvolve na prática. Por mais que as


leituras, as conversas e as reflexões ajudem a compreender a vida e as
dificuldades do outro, a melhor maneira de ser uma pessoa empática é na vida

38
real. O lado bom é que, enquanto se tenta ter empatia com alguém, esse
mesmo alguém pode estar neste processo com você, o que deixa as tentativas
mais verdadeiras. Saiba como começar com estes exercícios diários para você
melhorar sua empatia, vamos lá:

1º) Não julgue:

Esse talvez seja o primeiro mandamento para ter empatia. Quando escolhe
não fazer julgamentos, é capaz de ouvir, acreditar e se aprofundar sem
procurar pelas falhas. Em vez de julgar, indique caminhos possíveis para dias
melhores.

Abra-se para as histórias: prestar atenção nos detalhes, questionar menos,


superar os próprios preconceitos, tudo isso envolve compreensão e aceitação.
"Ser empático não é concordar com tudo, mas compreender do seu ponto de
vista", indica Elizângela Barbosa, consultora especialista em assessoria para
Recursos Humanos.

2º) Pratique a escuta atenta:

"Caso não possa ouvir a pessoa naquele momento, seja gentil em dizer que não
pode e o procure assim que possível", completa Elizângela. Essa é uma decisão
inteligente, pois ter empatia significa se envolver com o que se está escutando.
Preste atenção no tom de voz e na linguagem corporal.

3º) Esteja disposto:

não só a ouvir, mas a ajudar, colocar a mão na massa. Procurar viver situações
desconhecidas para entender o que as pessoas que estão inseridas naquele
contexto enfrentam faz parte dessa disposição.

4º) Reconheça as diferenças:

Somos iguais em nossa humanidade, mas, ao mesmo tempo, completamente


diferentes uns dos outros. Esse reconhecimento nos coloca no lugar de
vulnerabilidade necessário para nos deixar enxergar cada pessoa de uma
maneira.

5º) Trate bem as pessoas:

cuide de sua postura nos momentos de estresse e, durante os conflitos, seja


gentil. Lembre-se de que o momento passa, os problemas serão resolvidos e
sua postura diante deles, caso seja ruim, nunca será esquecida.

39
6º) Demonstre confiança:

Fofocas, críticas e exposição desnecessária estão no lado oposto da empatia.


Isso afasta as pessoas, provoca insegurança e ansiedade, por isso, mostrar-se
alguém sincero e de confiança torna as relações empáticas.

Para além das relações pessoais, existe a crença de que a empatia é um


tipo de faculdade a ser desenvolvida em âmbito profissional. É o caso de
Fabiana Gutierrez, cofundadora da Carlotas, uma empresa com propósito
social, que tem como objetivo espalhar empatia e respeito à diversidade,
contribuindo para desenvolver relações humanas mais harmoniosas.

"Não apenas lutamos e defendemos isso, por meio de oficinas e programas em


empresas e escolas, mas investimos 10% do nosso faturamento bruto na causa.
Esse investimento é o Programa Explore Calotas, que objetiva levar
gratuitamente o diálogo e o desenvolvimento das competências
socioemocionais para instituições de educação e assistência públicas", explica
Gutierrez.

A atuação da empresa se dá em diferentes frentes. Entre elas, estão os


programas de desenvolvimento humano e responsabilidade social para
empresas e organizações, e parcerias com escolas públicas e particulares para
a formação de educadores e alunos por meio de suas competências
socioemocionais.

Outro exemplo de como a empatia pode extrapolar —de um jeito bom — as


relações pessoais é o trabalho desenvolvido por Fernanda Guerra, advogada
pioneira na abordagem de Contratos Conscientes. "A proposta é termos um
documento vivo que sirva de guia para a relação que as partes trouxeram para
o contrato. O contrato passa a ser baseado em valores e cria ações, e não
regras, para gerar sustentabilidade aos negócios e aos relacionamentos", diz.

Segundo a advogada, por meio da vulnerabilidade e da empatia, é possível que


as partes desistam de ter razão e passem a se reconhecer como seres humanos,
capazes de errar e acertar.

Dicas para ter mais empatia

Às vezes, as coisas não são ditas e aquilo que se queria dizer fica guardado por
muito tempo. Por isso, a capacidade de identificar nas atitudes e no
comportamento o que alguém deseja falar, mas ainda não consegue, é um
exercício positivo para quem está em busca de melhorar essa competência.
Outro ponto é tentar reconhecer em si mesmo essa dificuldade. Por exemplo:
no dia a dia de um casal, uma pia de louças sujas pode ser motivo para uma
grande briga. É possível que dizer "Eu sou o único a cuidar da casa" tenha um

40
impacto diferente de "Eu me sinto triste quando você não vê que estou
cansado". Ou seja, exercer a comunicação de forma não violenta viabiliza um
diálogo de mais compaixão, sem acusações.

O problema, no entanto, é que a paciência com pessoas que não conhecemos


tende a ser maior. Colocamos as máscaras da simpatia, da resiliência, da
compreensão e até mesmo da empatia a fim de tentar nos adequar às situações
e, principalmente, às expectativas do outro. Buscamos recursos para moldar
socialmente os comportamentos aceitáveis, mas essas máscaras não duram o
tempo todo e caem no fim do dia. Por isso, a dica especial para ser uma pessoa
ainda mais empática é treinar essa habilidade com os seus: desatar os nós para
melhorar os laços.

De acordo com Capelas, também é importante ter em mente que a empatia


nunca prejudica os relacionamentos. "Eu só posso ser empático com alguém se
eu for empática comigo mesmo. Isso significa que eu posso compreender as
minhas misérias emocionais, posso perdoar as minhas mazelas, fortalecer os
meus talentos, me apropriar dos meus recursos internos, aprender a ser
proprietária de mim e, assim, ser empática com o outro", diz.

Integrando a Inteligência Emocional na sua


Forma de Trabalhar:
A inteligência emocional no trabalho é uma das competências mais
demandadas pelas empresas atualmente, sobretudo quando as tarefas mais
repetitivas e rotineiras se automatizam. De fato, conforme um recente estudo
da empresa de consultoria CapGemini denominado Emotional Intelligence:
The Essential Skillset For The Age Of AI, 76% dos executivos consideram que
os funcionários devem desenvolver estas competências, dado que terão que se
adaptar a mais funções relacionadas com o tratamento pessoal e do cliente.

Seguindo com o relatório, a mesma porcentagem indica que os funcionários


terão que assumir mais tarefas que exigem competências emocionais e não
podem ser automatizadas, como é o caso da empatia, da persuasão e do
trabalho em equipe. Em geral, 83% das empresas indicam que ter um quadro
de pessoal com altas competências em termos de inteligência emocional será
imprescindível para alcançar o sucesso nos próximos anos.

Segundo Goleman, um alto coeficiente intelectual só é capaz de prever 20%


dos fatores determinantes do sucesso, enquanto os 80% restantes dependem
de outro tipo de variáveis, como a classe social, a sorte e, em grande parte, da
inteligência emocional. Nas empresas, acontece algo parecido, de acordo com
o que menciona o estudo: 60% das organizações com um quadro de pessoal
emocionalmente inteligente conseguem um resultado 20% superior ao resto
41
em diversos fatores de negócio, tais como produtividade, satisfação do
trabalhador, quota de mercado ou atendimento ao cliente.

Segundo Ryback (2002) para se obter o tão sonhado sucesso profissional, é


preciso acrescentar Inteligência Emocional à inteligência racional formando
assim, a Inteligência Executiva. Para tanto, é preciso estar atento a algumas
atitudes que farão com que se consiga, efetivamente, integrar a Inteligência
Emocional à forma de trabalhar:

Aguçar os sentidos:

Ter conhecimento dos seus sentimentos é essencial para ser uma pessoa
inteligente emocionalmente, porque através disso, fica mais fácil controlar
suas atitudes em relação ao próximo, entender as outras pessoas e assim,
conseguir motivar-se a si e ao outro. Quando o indivíduo consegue olhar e
entender os seus sentimentos, fica mais fácil para ele desenvolver a empatia, o
que é muito importante para aprimorar as relações interpessoais.

Ryback (2002) diz que estar em sintonia com seus sentidos é muito
importante principalmente na tomada de decisões, pois na sua grande maioria
elas envolvem muito mais que razões racionais, e é preciso ter consciência das
emoções envolvidas para que dessa forma, se consiga chegar a uma decisão
mais eficaz.

Muitas vezes isso não será possível de imediato por conta da pressão do dia a
dia que o trabalho nos impõe, mas quando isso acontecer é preciso que
consigamos nos afastar por um momento, longe de distrações para que todas
as opções que envolvem a decisão sejam avaliadas, sempre levando em
consideração nossas emoções em relação ao assunto. Agindo dessa maneira
será possível conseguir visualizar não somente o lado lógico e racional que
implicará nossa decisão, mas também as consequências mais complexas que
ficariam escondidas, caso ignorássemos nossos sentimentos.

Controlar os sentimentos negativos:

Todos os dias algumas situações no ambiente de trabalho fazem com que


sejamos invadidos por sentimentos de raiva, frustração, ansiedade, dentre
outras sensações desagradáveis. Quanto antes conseguirmos identificar esses
sentimentos negativos, antes seremos capazes de dominá-los e nos libertarmos
deles. Por muito tempo pensou-se que o mais apropriado era expor nossos
sentimentos desabafando simplesmente, porém, pesquisas recentes mostram
que o mais saudável é reconhecer os sentimentos negativos que temos em
relação a algo ou alguém e depois nos livrarmos deles.

42
Conforme Ryback (2002), a preocupação é um dos sentimentos negativos que
mais nos aflige no ambiente de trabalho e, isso ocorre quando permitimos que
nossa imaginação seja dominada pelo pessimismo, resultando em muita
ansiedade. O autor explica que o indivíduo emocionalmente inteligente deve
primeiramente analisar se a preocupação que está sentindo é realmente
genuína e pertinente, caso seja, ele deverá verificar as opções que lhe cabem
para resolver o problema, em seguida, deve procurar orientação com pessoas
mais experientes que de alguma forma poderão lhe aconselhar a respeito.
Dessa forma o profissional se colocará no controle da situação e conseguirá
vê-la de uma forma mais clara, o que lhe possibilitará uma maior
tranquilidade.

Para Ryback (2002), o profissional que aprende a trabalhar com suas próprias
emoções negativas está à frente da concorrência, pois consegue lidar com sua
equipe de uma forma mais produtiva, estimulando e motivando-os a trabalhar
mais felizes.

Descobrir seus talentos e fazer com que eles trabalhem para


você:

Quando o indivíduo consegue ter conhecimento de suas próprias emoções ele


é capaz de ajustar sua forma de trabalho para um melhor aproveitamento
daquilo que o faz se sentir bem no ambiente organizacional. E, descobrir o que
se gosta realmente de fazer, pode ser uma forma excelente de entrar em
contato com os próprios sentimentos, além de possibilitar ao profissional se
destacar com a descoberta de seu verdadeiro talento. Normalmente, aquilo
que mais gostamos de fazer é o que fazemos de melhor e, por isso, devemos
dedicar um tempo maior para o aperfeiçoamento dessas habilidades de modo
que elas se tornem qualidades que nos destaquem e nos sejam favoráveis no
mundo corporativo.

Conforme Ryback (2002) é muito importante que, após descobrir seu real
talento, o profissional não se acomode e esteja sempre trabalhando e buscando
melhorar essa habilidade, seja aceitando novos desafios na área, lendo sobre o
assunto ou de qualquer outra forma que lhe possibilite um contínuo
treinamento e desenvolvimento. Sobre os benefícios e resultados positivos
colhidos posteriormente a toda essa dedicação constante, necessária ao
profissional que deseja se destacar por seu talento, o autor escreve:

“A característica aqui identificada, tão importante no mundo dos negócios,


assim como em todos os lugares, é conhecida como “gratificação adiada”, a
capacidade de adiar a satisfação imediata por um proveito posterior, de
trabalhar arduamente hoje para o sucesso de amanhã, de investir agora
para enriquecer no futuro. São essas coisas que aumentam o sucesso.”
(RYBACK, 2002 p.56).

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Ryback (2002) explica que quanto mais trabalhamos nossos talentos, mais
criativos e produtivos nos tornamos, o que com certeza é considerado um
grande diferencial competitivo no mundo organizacional atual. Porém, o autor
evidencia que, apesar de na teoria essas três atitudes parecerem simples de
serem adotadas como estilo profissional, na prática é muito mais complexo
por diversos fatores internos de cada ser humano. Por isso é importante que
essas ideias sejam adotadas de maneira gradativa, mudando aos poucos, mas
de forma eficaz, a maneira de se entender e agir no ambiente de trabalho.

A Inteligência Executiva no Trabalho:


Segundo Grandi (2013), inteligência do tipo executiva é aquela capaz de
resolver os problemas e isto está diretamente ligado à capacidade de tomar as
decisões mais acertadas, aquelas que trarão resultados positivos para a
organização como um todo. Este diz que esta competência de avaliar situações
e escolher as melhores ações a serem tomadas, precisa e deve ser desenvolvida
pelos profissionais contemporâneos. Há de se considerar, a experiência, a
instrução e o conhecimento acumulado como fatores de muita importância
nesse processo, porém, há outros mais sutis que podem colaborar, e muito,
sendo a intuição o fator que merece um maior destaque quando o assunto é a
tomada de decisões.

Grandi (2013) diz que diversos fatores influenciam na capacidade de


discernimento e decisão do profissional, como a experiência, instrução e
conhecimento técnico. Porém, há outra habilidade mais sutil, mas não menos
importante, que deve ser considerada quando o assunto é decidir
acertadamente, a intuição. Essa faculdade que todo ser humano tem, está
muito mais presente no cotidiano corporativo do que imaginamos e vem
ajudando grandes líderes a tomar muitas e boas decisões, sempre como uma
aliada aos outros fatores racionais.

Grandi (2013) explica que a Inteligência Executiva nada mais é que a junção,
por parte do profissional, dos elementos que lhe auxiliarão a analisar
corretamente os problemas e, posteriormente, solucioná-los da maneira mais
satisfatória para a organização. Se valendo do conhecimento e da intuição, este
profissional estará propenso a decisões mais acertadas do que aqueles que
ainda não descobriram a importância desse poderoso mix de habilidades.

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A Importância do uso da Intuição nas Decisões:
Segundo Parikh (2000), o papel da intuição na tomada de decisões está sendo
considerado cada vez mais importante entre os executivos. Isso se explica por
atualmente estarmos vivendo em um ambiente repleto de informações e
opções, onde temos a necessidade de processos decisórios mais efetivos.
Parikh (2000) diz que algumas pessoas parecem ter um dom especial para
decidir corretamente e sempre no momento mais adequado. São aquelas que
normalmente atribuímos sorte, quando na realidade, o que ocorre é que elas
são mais sensíveis as suas intuições e as levam em consideração como uma
fonte valiosa de informação, antes de uma decisão.

Estar abastecido de informações corretas é o que faz com que se tome a


decisão mais eficiente diante de um problema, porém, por mais que estejamos
atualizados com processos racionais, isso não nos garante estar à frente dos
nossos competidores num mundo em constante mudança. E é aíque entra a
nossa intuição.

“Com as mudanças tornando-se a constante do momento, precisaremos de


novos métodos para definir e manter qualquer constância em nossas metas,
em nossas estratégias e em nossas tarefas diárias. A intuição poderá vir a ser a
única capaz de manter o profissional atualizado e no rumo certo. O giroscópio
permanece a prumo não apesar de seu centro giratório, mas por causa dele:
quando as mudanças tentam privar-nos do controle sobre os nossos rumos,
podemos manter-nos no curso apenas descobrindo o eixo da nossa mente e
seguindo adiante num equilíbrio dinâmico,” (PARIKH, 2000 p.62).

Além de ajudar em relação às instabilidades inerentes ao ambiente


corporativo, Parikh (2000) explica que a intuição também pode ser uma
grande aliada quando o profissional se depara com um excesso de
complexidade que pode tornar determinado problema ainda mais difícil de ser
compreendido. Nesse momento, ele deve recorrer a sua orientação interior
que poderá ajudá-lo a definir as prioridades de suas ações.

Nossa intuição pode e deve ser usada como uma importante ferramenta
eliminadora da complexidade desnecessária que tende a aparecer quando
analisamos muito um problema em busca de sua solução. É importante que o
profissional consiga prestar atenção no que realmente importa e não
desperdice energia e esforço com detalhes irrelevantes para uma boa decisão e,
uma visão intuitiva pode ajudá-lo nesse processo.

45
“Aproximar-se demais dos detalhes é como voar perto do chão; precisamos
conservar um senso de perspectiva interior para continuarmos avançando
de forma coerente.” (PARIKH 2000 p. 64).

Diante disso, Parikh (2000) afirma que um número cada vez maior de
profissionais está admitindo o uso da intuição em processos decisórios. Ele
apresenta um estudo feito com alguns países sobre esse assunto, e nesse
levantamento é possível observar o quanto a intuição exerce influência na vida
profissional das pessoas de cada país pesquisado, conforme mostra a tabela:

Analisando esse estudo, pode-se verificar que somente 7,5% dos profissionais
usam mais a intuição, enquanto 38,9% são adeptos mais da razão em suas
vidas profissionais e, a grande maioria com 53,6% faz uso da combinação
intuição/lógica no ambiente corporativo em que atuam. O que deixa claro a
relevância da intuição para os profissionais, em âmbito mundial.

Cabe ressaltar também, como nossos profissionais ainda estão relutantes em


utilizar a intuição em suas decisões. O Brasil, neste quesito, mostrou-se
extremamente conservador, fazendo muito pouco uso dessa importante
ferramenta em ambientes corporativos, o que deve ficar como um alerta para
que nossos profissionais se sintam motivados a fazerem parte dessa grande
tendência mundial.

46
Inteligência Emocional como Forma de
Liderança e Gestão:
Conforme Chiavenato (2006), cada líder apresenta uma forma diferente de
gerir a sua equipe. Alguns são mais reprimidos e analíticos e outros mais
carismáticos e decididos, sem contar que, cada situação demanda uma forma
de liderança e gestão, porém sob um único aspecto líderes eficientes são
iguais: todos têm um elevado grau de Inteligência Emocional.

Para Goleman (2001) a Inteligência Emocional representa uma condição


essencial para a liderança eficiente, principalmente para aqueles que ocupam
os níveis mais elevados de uma organização. Sem ela, o indivíduo pode ser
detentor do melhor treinamento, ter uma mente incrivelmente aguda e
perspicaz e uma criatividade infinita, porém não se tornará um grande líder.

Chiavenato diz:

“Inteligência emocional não significa simplesmente ter autocontrole sobre as


emoções ou se dar bem com as pessoas, mas entender bem sua própria
constituição emocional e a das outras pessoas para direcioná-las no rumo
certo para a realização dos objetivos da empresa. Pessoas que dominam suas
emoções são capazes de ir em frente com as mudanças sem entrar em
pânico”. (CHIAVENATO 2006, p.162).

A habilidade de liderar com Inteligência Emocional pode ser dividida em


quatro capacidades fundamentais, como segue:

AUTOCONSCIÊNCIA:

Autoconsciência emocional:

trata-se de como indivíduo entende as próprias emoções e de que forma estas


impactam em seu desempenho profissional e pessoal. Pode ser trabalhada e
pra isso é exigido muita dedicação e força de vontade.

- Auto-avaliação:

é a capacidade de conseguir se olhar internamente de forma a perceber suas


forças e fraquezas buscando aprender com os erros cometidos e, desta forma,
aumentar seus pontos fortes.

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- Autoconfiança:

habilidade de se reconhecer positivamente, encarando seus pontos fortes


como algo a ser valorizado. É quando o indivíduo consegue ser feliz sendo ele
mesmo, apesar de seus defeitos e limitações.

AUTOGERENCIAMENTO

- Autocontrole:

é a capacidade que o indivíduo tem de se manter estável diante de situações


difíceis. Conseguir controlar seus instintos e impulsos irracionais.

- Confiança:

habilidade de despertar no próximo o senso de que o indivíduo em questão é


honesto e integro.

- Estado-consciente:

é ser capaz de se autoconduzir de forma correta e responsável.

- Adaptabilidade:

habilidade em se adequar a situações diferentes e incomuns a sua rotina.

- Orientação de proezas:

habilidade de conseguir encontrar internamente um padrão de excelência.

- Iniciativa:

é ser capaz de aproveitar as oportunidades quando aparecem.

CONSCIÊNCIA SOCIAL

- Empatia:

é quando o indivíduo se preocupa genuinamente com a emoção do próximo. É


quando ele consegue se colocar no lugar do outro e entende suas perspectivas
com interesse. Quanto mais o ser humano é consciente de suas emoções, mais
ele é capaz de entender o sentimento alheio.

48
- Consciência organizacional:

habilidade de entender a vida organizacional, construir decisões em networks


e dirigir políticas.

- Orientação de serviço:

habilidade de entender e diagnosticar as necessidades de seus clientes.

HABILIDADE SOCIAL

- Liderança visionária:

é a capacidade que um líder tem de inspirar com uma visão convincente do


futuro.

- Influência:

é saber ser persuasivo de forma a convencer o próximo.

- Desenvolver pessoas:

habilidade de fortalecer as características positivas dos outros através do


retorno e orientação.

- Comunicação:

é saber ouvir e falar corretamente de forma a entender e se fazer entender


corretamente.

- Mudança catalisadora:

habilidade de ter novas idéias e liderar pessoas em novas direções.

- Gestão de conflitos:

capacidade de influenciar pessoas a entenderem que o conflito é prejudicial e


conseguir desta forma instalar um consenso.

- Construção de laços:

habilidade de cultivar e manter uma rede de relacionamentos.

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- Trabalho de equipe e colaboração:

capacidade de instalar um clima de cooperação entre as pessoas e desenvolver


equipes.

Assim, Chiavenato (2006) diz que o profissional que deseja desenvolver a


excelência em sua forma de liderar, tem que se preocupar em desenvolver e
aprimorar constantemente estas habilidades, por que elas lhe permitirão a
criação de um relacionamento baseado na confiança e lealdade de seus
liderados.

Dicas para se Comunicar Melhor


A dificuldade de se expressar é um problema recorrente entre profissionais e
um dos principais obstáculos que as empresas enfrentam para obter
resultados. A inabilidade de comunicação leva à má compreensão de objetivos,
que leva ao esforço inútil e sem foco.

A informação mal transmitida e mal digerida causa conflitos nas equipes, o


que, além de improdutivo, é desgastante para todos os envolvidos. Veja como
aprimorar sua capacidade de se fazer entender no trabalho:

TENHA UMA META

Antes de começar uma conversa, pense no resultado. Ter foco no objetivo final
faz com que a discussão tenha foco e rapidez. Quando começar a falar, diga a
seu ouvinte o que você pretende. “Revele, em uma ou duas frases, o que será
tratado”, diz Reinaldo Polito, professor de expressão verbal do Instituto
Reinaldo Polito, de São Paulo.

INCLUA SEU INTERLOCUTOR

Um bom jeito de ser ouvido com atenção é mostrar a seu interlocutor que ele
faz parte da solução. Isso ajuda a pessoa a se comprometer. Para incluir o
outro na conversa, use o pronome “nós”, que deixa claro que há algo a ser
compartilhado. “Use o ‘você’ somente para elogiar”, diz Vera Martins, da
Assertiva, consultoria de São Paulo.

MANTENHA O RESPEITO

Ao conversar sobre algum assunto mais delicado, demonstre respeito. Olhe


nos olhos de seu interlocutor e leve os argumentos dele em consideração. “Fale
com a pessoa, não para a pessoa”, diz Reinaldo Passadori, do Instituto
Passadori, especializado em educação corporativa, de São Paulo.

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Demonstre que a conversa não é unilateral e que você também está aberto a
ouvir. Tome cuidado para manter a firmeza, mas evite a agressividade.

PERGUNTE MAIS

Procure compreender a perspectiva da outra pessoa, fazendo perguntas para


esclarecer o assunto. Repetir as palavras do interlocutor ajuda a conferir se
você interpretou o que foi dito corretamente.

Para direcionar a conversa, formule questões objetivas quando tiver dúvidas,


do tipo: “Quando isso aconteceu?”. Se o assunto precisar de esclarecimentos,
use perguntas amplas, como: “Por que você chegou a essa conclusão?”.

ESCUTE DE VERDADE

Quando uma pessoa fala, nem sempre os outros escutam. Prestar atenção é
uma qualidade importante do comunicador. Uma maneirade evitar devaneios
durante uma conversa é olhar para a pessoa e não interrompê−la.

Evite planejar mentalmente uma resposta enquanto o outro ainda estiver


falando — isso também distrai. Ouvir atentamente não significa virar estátua.
Dê sinais de que está prestando atenção. “Acene com a cabeça e use expressões
de acompanhamento, como ‘sim’ e ‘entendi’”, diz Reinaldo Polito.

FIQUE ATENTO AO TOM

Nada pior do que ouvir pedido de desculpas ou elogio que soa falso. A maneira
como as pessoas interpretam o que é dito não depende apenas do conteúdo,−
mas também da forma como se fala. Lembre−se que o tom da voz e a postura
corporal transmitem mensagens. “Evite o sarcasmo e a ironia”, diz Reinaldo
Passadori. Fale com naturalidade.

CUIDADO COM A LINGUAGEM CORPORAL

Seu corpo fala tanto quanto sua voz — e há muito mais tempo. A linguagem
corporal foi desenvolvida pelos homens antes da linguagem falada. O cérebro é
preparado para detectá−la e compreendê−la. Durante uma conversa, cuide da
postura e de sua fisionomia. “Verifique se há coerência entre o que você diz e o
modo como seu corpo se comporta”, diz Reinaldo Polito.

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FAÇA CRÍTICAS OBJETIVAS

Se for criticar, coloque o foco no comportamento inadequado, e não na pessoa.


É difícil mudar uma personalidade, mas é possível ajudar alguém a ter uma
atitude mais adequada com sugestões objetivas e impessoais.

ARGUMENTE COM EXEMPLOS

Evite ser impreciso ou generalizar demais. Em vez de dizer que a pessoa se


atrasa, aponte casos específicos que provem seu argumento, como lembrar que
ela chegou tarde nos quatro últimos dias. No caso de uma reunião, tente usar
exemplos e histórias para reforçar sua argumentação e ajudar os participantes
a fixar melhor a pauta.

USE “E” EM VEZ DE “MAS”

Se quiser fazer um elogio, evite construções do tipo “Adorei a ideia, mas será
que podemos adaptá− la?”. Quando se fala “mas”, o interlocutor desconsidera
o elogio e fixa a atenção na crítica.

O melhor é construir frases unidas pela conjunção “e”. “Adorei a ideia e acho
que uma abordagem diferente seria mais eficaz”, por exemplo. Esse artifício
faz com que a outra pessoa ouça seu ponto com mais tranquilidade.

NÃO FIQUE NA DEFENSIVA

Vários problemas de comunicação poderiam ser evitados se os profissionais


não ficassem na defensiva. Adote uma postura assertiva. Faça perguntas para
explorar as diferenças de pontos de vista. “À medida que as defesas diminuem,
a capacidade de compreender argumentos aumenta”, diz Vera Martins, da
consultoria Assertiva.

SAIBA FICAR EM SILÊNCIO

Ficar calado pode ser muito útil. O silêncio permite a quem escuta ganhar
tempo para processar o que foi dito e a organizar os pensamentos antes de
uma resposta apressada. “Ficar em silêncio não significa entrar mudo e sair
calado, mas suspender a fala por alguns momentos para proporcionar
reflexão”, diz Reinaldo Polito.

PRATIQUE A EMPATIA

A diversidade de pontos de vista é enorme porque todo mundo tem os


próprios valores e influências que moldam o jeito de enxergar o mundo. Por

52
isso, a melhor maneira de se fazer entender é tentar se colocar no lugar do
outro para imaginar como determinada informação será encarada. “Pense em
como gostaria de ser tratado se estivesse no lugar do outro”, diz Reinaldo
Polito.

Concluído!

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