-Transformação –Agrobacterium tumefaciens e biobalistica -Genes de seleção: 1) Genes marcadores – genes que codificam para uma proteína com atividade enzimática – resistência a um determinado substrato Ex: neo (neomicina fosfotransferase – neomicina, canamicina, gentamicina A, etc); aro A – resistencia ao glifosato 2) Genes reporteres – genes que codificam para uma proteínas facilmente identificadas. Ex: gus (ß-glucoronidase – coloração azul); luc (luciferase – vaga-lume) – produz luz verde-amarelada detectada por luminômetro. Tabaco - Por questões de biossegurança genes que conferem resistência a antibióticos tem sido evitados. - Planta regenerada transformada é denominada T0 - Nela tem apenas 1 alelo do transgene por isso necessita da autofecundação ate chegar a homozigose. - Selecionado melhor evento será avaliado pela CTNBio. - 97 transgênicos aprovados pela CTNBio (nov/2020) - Culturas: soja, milho, algodão, feijão, eucalipto e cana-de-açucar - Principais eventos: tolerância a herbicidas e a insetos (Lepdóptera) - Feijão resistente ao Vírus do Mosaico Dourado - Eucalipto – aumento volumétrico da madeira - Cana-de-açúcar – resistência a insetos (Bt) Biossegurança de plantas geneticamente modificadas BIOSSEGURANÇA refere-se ao conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, Introdução produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, visando à saúde do homem e dos animais, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados Introdução A análise de segurança de produtos de biotecnologia consiste na avaliação de risco/ segurança e da gestão de risco; A análise de risco de plantas geneticamente modificadas (OGM) deve ser baseada em dados científicos sólidos e aplicados caso a caso. Análise de risco É um procedimento científico que auxilia na busca sistematizada de informações sobre determinado risco, de forma a avaliar o perigo envolvido e adoção de práticas que eliminem ou controlem o perigo detectado; Órgãos governamentais e intergovernamentais têm planejado estratégias e protocolos para estudo de segurança de alimentos derivados de cultivos transgênicos; Os testes de segurança são conduzidos caso a caso e modelados para as características específicas das culturas modificadas O objetivo da avaliação de biossegurança de plantas geneticamente modificadas é identificar e avaliar os riscos associados com a liberação e cultivo dessas plantas em comparação com a cultivar isogênica não transgênica. As preocupações na análise de biossegurança incluem: 1. Caracterização molecular e estabilidade da modificação; 2. Demonstração da inexistência de alterações não intencionais nos níveis de nutrientes essenciais, substância tóxicas ou antinutrientes naturais; 3. Avaliação toxicológica; 4. Avaliação do potencial alergênico do novo cultivar; 5. Avaliação do potencial de transferência horizontal e vertical dos transgenes; 6. Avaliação do potencial do evento transgênico em comportar-se como planta voluntária; 7. Avaliação dos possíveis efeitos adversos em organismos não-alvo Análise de risco Perigo/ risco: -Agente nocivo físico, químico ou biológico, capaz de causar efeitos adversos; Ex: - inserção de um gene que cause efeito alergênico - No controle de pragas têm sido estudado a inserção de genes que produzem toxinas (Bt) ou para proteínas antimetabólicas, que interferem no processo digestivo de insetos. Teriam ação sobre outros insetos, hemipteros e ortopteros, que não são controlados pelo Bt. Análise de risco -Bt – produz toxinas (proteínas Cry e Cyt) que tem atividade inseticida devido a formação de poros. -Ambas proteínas produzem inclusões cristalinas que possuem ação tóxica à diversos insetos das ordens Lepidoptera, Coleoptera e Diptera; -Não possui toxicidade para mamíferos -A ação das endotoxinas depende de pH alcalino (8- 10) para serem solubilizadas Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda)
Fonte: Embrapa milho e sorgo – foto :Ivan Cruz
Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda)
Fonte: Embrapa milho e sorgo – foto :Ivan Cruz
Análise de risco -Adoção do milho Bt no cinturão verde nos EUA promoveu uma significativa diminuição na população de Ostrinia Nubialis (Science- Hutchison et al., 2010);
-Após 14 anos da liberação- 63% da área
plantada de milho é Bt Análise de risco -Surgimento de insetos resistentes? -Normas de plantio com áreas de refúgio – milho não Bt Análises moleculares -Além do gene de interesse uma planta geneticamente modificada recebe sequências regulatórias como promotores e terminadores, além de genes marcadores e outros elementos úteis para o desenvolvimento do processo; -Verifica-se a integridade da estrutura do DNA exógeno, as sequências flanqueadoras, a localização, número de cópias, a interferência em genes da planta e o nível de expressão ao longo do tempo e nos diferentes tecidos DESNATURAÇÃO 93°-95°C Primers 30’’ – 1’ específicos ANELAMENTO 37°-65°C 30’’ – 1’ EXTENSÃO 72° 1’ Análises de risco alimentar Está relacionado aos efeitos colaterais sobre os consumidores; Até o momento nenhum efeito relevante foi detectado; As proteínas são inativadas pelo calor; As proteínas homologia ou propriedade semelhantes às das cadeias protéicas alergênicas; Doses elevadas são administradas em camundongos, codornizes e seres humanos; Equivalência substancial É uma estrutura de avaliação que se baseia na ideia de alimentos já existentes podem servir como base para comparação de alimentos geneticamente modificados; 1) O alimento é equivalente quanto a sua composição e aos seus aspectos agronômicos e toxicológicos; 2) O alimento é substancialmente equivalente, exceto por poucas diferenças claramente definidas; 3) O alimento não é equivalente, porque diferenças não podem ser definidas ou porque análogo convencional não existe Estudos com animais Para avaliação de segurança a longo prazo, é necessário o consumo de alimentos durante um período de 90 dias; Deve-se expor os animais à doses mais elevadas possíveis sem causar desequilíbrio nutricional e a doses baixas comparadas ao consumo humano; Até o momento testes realizados com mais de 50 variedades GM aprovadas em diversos países permitem concluir que são tão seguros e nutritivos quanto de cultivos tradicionais. Análises de risco ambiental A análise de risco ambiental inclui estudos sobre transferência de genes para plantas relacionadas e para organismos não relacionados (Fluxo gênico); Fluxo gênico consiste na transferência de gene de uma população para outra; Pode ser por meio de sementes ou pólen (transferência vertical ou horizontal); Normas de plantio Zonas de exclusão do algodão Bt Análises de risco ambiental Trabalhos científicos recentes na Europa, EUA e Argentina mostram impactos positivos para o meio ambiente e para biodiversidade agrícola a partir da adoção de variedades de milho resistentes a insetos e tolerantes a herbicidas; Adoção de cultivos com tolerância a herbicidas, gerou preocupação quanto a intensificação do uso de apenas um herbicida, o que poderia levar ao aumento de plantas daninhas resistentes ao herbicida em uso; Análises de risco ambiental Estudos realizados após 10 anos de uso mostraram que não houve diferença no perfil de resistência de plantas invasoras; De qualquer forma, recomenda-se manejo adequando para minimizar o aparecimento de resistência (rotação da cultura e do herbicida) Atualmente são descritas 195 espécies resistentes a herbicidas em 60 países (115 dicotiledoneas e 80 monocotiledoneas). No Brasil são 26 espécies resistentes, sendo 5 resistentes ao glifosato (Conyza bonariensis e C. canadensis, Digitaria insularis, Lolium multifolium e Euphorbia heterophylla) Rotulagem A rotulagem dos transgênicos está prevista no Decreto nº 4680/03 Alimentos com presença de organismos geneticamente modificados (OGM) – acima de 1% da composição final do produto