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E NEGOCIAÇÃO
Introdução
Neste capítulo, você conhecerá as principais técnicas de vendas utilizadas
nas empresas atualmente, bem como identificará as fases que compõem
o processo de vendas: prospecção, abordagem, levantamento de neces-
sidades, proposta de valor, negociação, fechamento e pós-venda. Por fim,
reconhecerá as fases da venda como um processo sistêmico, que precisa
ser pensado em sua totalidade, de modo a entender que as fases têm
ligação uma com a outra e que, juntas, consigam atender às metas e aos
objetivos da empresa de maneira eficaz.
Assim, pode-se mensurar como foi o início e a busca pela oferta e demanda
de bens e produtos e a adaptação das empresas na procura por treinamentos e
desenvolvimento da sua equipe de vendas, pois sabe-se que a força de vendas é
um dos principais responsáveis pela satisfação dos clientes, principal objetivo
das empresas para o aumento do faturamento e da lucratividade. Kotler (2000)
traz que vendas é a comunicação verbal direta concebida para explicar como
bens, serviços ou ideias de uma pessoa ou organização servem às necessidades
de um ou mais clientes potenciais.
Deve-se compreender que a venda depende, em essência, de um esforço
de negociação e das habilidades do vendedor para que o processo seja eficaz
e para que haja a transferência de posse de um bem, serviço ou até mesmo de
uma ideia para o seu cliente. Segundo Weitz, Castleberry e Tanner (2004), a
venda é definida como um processo de comunicação em que um vendedor
identifica e satisfaz às necessidades de um comprador para o benefício de
longo prazo de ambas as partes.
Técnicas e fases de venda 3
Na verdade, não existe uma forma perfeita de vender e que possa oferecer ao
vendedor técnicas milagrosas, capazes de fechar todas as vendas. No entanto,
existem ferramentas e métodos com o objetivo de direcionar a maneira de
agir do vendedor diante dos clientes, para que o profissional de vendas possa
se sentir mais seguro e capaz de atingir e/ou superar suas metas, de modo a
alcançar os resultados que a empresa almeja.
Para Castro e Neves (2008, p. 13),
[...] os métodos de vendas devem ser muito mais baseados em métodos soft do
que hard. Métodos hard são aqueles em que o vendedor tentará vender sem
levar em consideração a real necessidade do cliente. Em outras palavras, o
produto será vendido mesmo se o cliente não estiver certo de que precisa dele.
A técnica PNL não pode ser confundida com manipulação. É o estudo do que promove
êxito no pensamento, na linguagem e no comportamento. É uma forma de codificar e
reproduzir que lhe permite a excelência para alcançar consistentemente os resultados
que deseja tanto para si mesmo quanto para os seus negócios.
Figura 1. O interesse em servir ao cliente aumenta à medida que o nosso próprio interesse
diminui.
Fonte: Futrell (2014, p. 24).
etapas, já Stanton e Spiro (2000) mencionam oito. Aqui, serão abordadas oito
fases, descritas a seguir (KOTLER, 2000; SPAREMBERGER, 2008).
A prospecção refere-se a todas as ações de captação de novos clientes,
e os prospects são pessoas que devem ser atraídas para realizarem o ato de
compra. Investimentos em ações de prospecção são muito comuns pelas atuais
empresas, que desejam conquistar um maior número de clientes no mercado.
O vendedor deve gastar parte do tempo com clientes potenciais que estão
dispostos a comprar. De acordo com Futrell (2003), a prospecção é a força vital
das vendas, uma vez que identifica os clientes potenciais. As razões para um
profissional de vendas procurar novos clientes potenciais são: para aumentar
as vendas e/ou para substituir clientes que serão perdidos ao longo do tempo.
A etapa de abordagem é o momento em que os produtos e serviços ofe-
recidos pela empresa chegam até seus consumidores por meio da mídia e/
ou do contato com consultores. Nos últimos anos, as organizações têm se
preocupado mais com a qualidade da abordagem e dos contatos com clientes.
Os investimentos em ações de mídias (formais ou informais) e a qualificação de
profissionais para realizar essa etapa de forma plena, com qualidade e eficácia,
têm se tornado uma constante no mercado, agregando mais qualidade a todo
o processo de vendas. Essa fase inclui as atividades de coleta de informações,
realizadas pelos vendedores para conhecer os fatos relevantes dos clientes
potenciais, suas necessidades e situações. Conhecendo as necessidades do
cliente, o vendedor pode recomendar uma solução criativa que beneficie
tanto ele quanto o comprador. Na abordagem, o vendedor deve causar uma
boa impressão, e, para isso, deve ser pontual, vestir-se adequadamente, ter
uma conversa introdutória, apresentar o propósito da visita de forma clara
e objetiva e, principalmente, criar um ambiente que facilite a exposição da
proposta, além de saber ouvir o cliente. O Quadro 1, a seguir, apresenta alguns
tipos de abordagem.
Técnicas e fases de venda 9
[...] lembre-se de que ainda há muito trabalho a ser feito depois da venda.
Entregas precisam ser marcadas, instalações devem ser planejadas e,
depois que o sistema estiver operando, temos de monitorar para garantir
que o nosso produto tenha o desempenho esperado. Essa atividade nos
dá um acesso quase ilimitado ao cliente, o que nos leva automatica-
mente de volta à primeira fase do ciclo. Agora temos a oportunidade
de descobrir novas necessidades, desenvolvê-las e encontrar novos
problemas que precisem de soluções. Só que, desta vez, será muito mais
fácil, porque agora temos a maior de todas as vantagens competitivas,
um cliente satisfeito (SPAREMBERGER, 2008, p. 121).
Lopes (2012) define visão sistêmica como a capacidade profissional de “ver” a empresa
como um todo e entender como funcionam e se integram seus processos de obtenção,
transformação e entrega de seus serviços, produtos e informações ao mercado e,
particularmente, aos seus clientes. Entender como se integram os processos internos
e como eles se relacionam com o ambiente externo, como circulam as informações
veiculares por meio desses processos internos, desde seus pontos de origem (onde
são geradas) até seus destinos (onde são utilizadas), é uma característica de quem
possui a competência da visão sistêmica.
BAZERMAN, M. H.; NEALE, M. A. Negociando racionalmente. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
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