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FUNDAMENTOS

DA ADMINISTRAÇÃO
Visão Sistêmica e
Administração
Visão Sistêmica e Administração
Com base nas contribuições originais do biólogo Ludwing Von Bertalanffy (1901-1972), o enfoque
sistêmico passou a ocupar posição de destaque na teoria de administração a partir da década
de 1970. De início, mostrou-se como uma linguagem nova, potente, capaz de transformar as
organizações. Sistema, subsistemas, fronteiras, ecossistema, organizações como sistemas abertos,
entradas, caixa-preta, processamento, saídas e feedback são conceitos que nunca mais foram
abandonados pelos estudiosos. Mas a experiência demonstrou, e também os livros sobre o tema,
que a aplicação do enfoque sistêmico depende das abordagens anteriores, como a clássica e a de
relações humanas. Não há até hoje um modelo acabado para gestão sistêmica empresarial.

Nessa direção, foram feitas tentativas e inúmeras propostas e metodologias inspiradas no enfoque
sistêmico: gestão pela qualidade total, reengenharia, gestão de processos, ERP e inovação aberta,
apenas para citar algumas bem conhecidas. Certamente, como proposta, como concepção global da
organização e também como tentativa de articular outras visões e enfoques mais particulares, a visão
sistêmica tornou-se cada vez mais importante. Contudo, o enfoque sistêmico não é propriamente um
modelo de gestão, mas sim uma proposta de como deve ser abordado o fenômeno organizacional,
reconhecendo sua complexidade, antes relegada.
Globalização, sociedade em rede, mundo digital e crescimento da população do mundo só fizeram
aumentar a interdependência e a complexidade dos problemas, demandando articulação das
percepções especializadas. Nesse sentido, visão do todo e das partes e suas articulações, bases do
enfoque sistêmico, jamais sairão da moda.

Recomendação de Leitura
Bertalanffy, L.V. Teoria geral dos sistemas. Petrópolis: Vozes, 1973. Castells, M. A sociedade
em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
LUDWIG VON
BERTALANFFY E A TEORIA
GERAL DOS SISTEMAS

Os “todos” são
formados de partes
interdependentes. Para
compreender, é preciso
analisar não apenas os
elementos, mas suas
inter-relações.

1901 - 1972
Vários enfoques atuais que marcaram e ainda marcam a moda, representam aplicações
do enfoque sistêmico:

Gestão pela qualidade total

Reengenharia

CRM, Supply Chain, Inovação Aberta

ERP

Cadeia de Valor

Modelo de Negócio

Retorno Sobre o Investimento da Dupont (ROi)


O conceito original manteve sua
importância para a formação do
pensamento administrativo atual

Senge define o pensamento sistêmico


como “A Quinta Disciplina”

SENGE (1990)
Visão sistêmica: Exemplo 1
Como você prefere que seu cirurgião cardíaco enxergue sua cirurgia?

ASSIM? OU ASSIM?
Pensamento sistêmico

“É a disciplina que visualiza o todo,


reconhece padrões e inter-relações
e aprende como estruturar estas
inter-relações de forma mais
eficiente e efetiva.”
Pensamento sistêmico
O enfoque sistêmico envolve quatro pressupostos:

1. o todo é maior que a soma das partes


2. o todo determina a natureza das partes
3. as partes não podem ser entendidas se
consideradas isoladamente do todo
4. as partes são dinamicamente
interdependentes
Níveis de Agregação dos
Fenômenos envolvidos na Gestão
SOCIEDADE

CLUSTER

EIA PRODUTIVA
CAD
SETOR

EMPRESA

LD
CIONA EPART
N A
FU

M
GRUPO
EA

EN
ÁR

TO
TAREFA CARGO

INDIVÍDUO
Temos dois tipos de contribuições dos autores da abordagem sistêmica:

• concepção de organização como


um sistema aberto, formado por
subsistemas que interagem entre
si e com o ambiente externo, com
intensa troca de informações

• o método proposto para


entendimento e análise de problemas
da organização e de seus segmentos,
tratados como subsistemas
Características comuns dos
sistemas abertos
1. Importação de Energia
2. A Transformação
3. O Output
4. Sistemas como Ciclos de Eventos
5. Entropia Negativa
6. Input de Informação, Retroinformação Negativa e Processo de Codificação
7. Estado Firme e Homeostase Dinâmica
8. Diferenciação
9. Equifinalidade

Ilustração das características 1, 2, 3 e 6 dos


Sistemas Abertos

Entrada Processamento Saída Objetivo

Feedback
O conceito de eficiência
Eficiência, ou produtividade, significa a relação entre saída, ou produtos gerados
pelo sistema, e entradas, ou recursos utilizados para gerar os produtos.

É expressa pela fórmula: Produto/Recurso

Recursos Transformação Produtos

Eficiência Técnica
Método de Custeio ABC
Insumos disponíveis na
RECURSOS organização (capital, rec.
humanos, materiais etc.)

ATIVIDADES As atividades consomem


recursos (gerando cursos)

Direcionadores
de Custo

SERVIÇOS/ Os serviços/ produtos


PRODUTOS consomem atividades

Os clientes consomem
CLIENTES serviços/produtos

SILVA (2007)
Caixa preta e o conjunto
de subsistemas
• Uma organização pode ser pensada como um conjunto de partes interdependentes
denominadas subsistemas.
• Muitas vezes, um subsistema de uma organização não é desvendado por todos, em
todos os seus segredos e processos de transformação.
• Nesse caso, esse subsistema é denominado caixa-preta.
• Por vezes, é aceitável desconhecer os detalhes de suas operações, como quando
ligamos e utilizamos aparelhos complexos sem saber exatamente como funcionam.
• Em outros casos, caixas-pretas representam dificuldades para a reconstrução e
mudança do sistema

Caixa preta e
o conjunto de
subsistemas
Multifuncional x Funcional
Análise de sistemas
A análise de sistemas envolve pelo menos três níveis de referência:

1. o sistema em estudo
2. seu ambiente ou ecossistema
3. suas partes constituintes ou subsistemas

Os subsistemas, e principalmente a organização,


possuem fronteiras que ajudam a caracterizar sua
própria identidade.
Análise de Sistemas e
Revisão de Processos
O fluxo real Análise dos Componentes de um Sistema
representa
a sequência ENTRADAS PROCESSAMENTO SAÍDAS OBJETIVOS CLIENTE
temporal dos
fenômenos:
Recursos e Quais são as
entrada, Quais são? procedimentos Quais são? Quais são?
demandas?
adotados?
processamento,
saída. São coerentes
Coerência com o com o ambien- Estão sendo
Volume? fluxo de entradas Forma?
O fluxo analítico te e com as atendidas?
e saídas saídas?
tem sentido
oposto e procura
Forma? Frequência?
compreender a
coerência das
São coerentes
etapas, do fim para Frequência? com a capaci-
dade do pro-
o começo. cessador?

São coerentes
com a capaci- Atendem o
dade do pro- usuário?
cessador?
GIANESI E CORREA (1994)
ARIS
1.1
Gerir Pessoas Administrar Pessoal

1.1
Administrar Pessoal

1.1.1. Gerir Quadro


Funcional
1.2
Desenvolver Pessoas

1.1.2. Administrar
1.3. Realizar Registros Vida Funcional
Financeiros na
Folha de Pagamento

1.4 Articular
Relações Sindicais
Business
Process
Modeling
Notation
(BPMN),
Version 1.0
(Modelagem
de Negocios)
Hierarquização de Sistemas

Formas de
hierarquização
propostas por
Mesarovic
REALIZAÇÃO APOIO

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