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SENSOS JAPONESES NA LOGÍSTICA

A gestão da qualidade é essencial para o bom funcionamento dos


estabelecimentos. O programa dos sensos japoneses (5s’s) pode ser utilizado
como ferramenta para implantação de programas de qualidade.
Este programa ajuda a organizar a empresa por intermédio da criação
de regras. Por 14 meio de pequenas mudanças de hábitos e de atitudes e com
disciplina pode-se tornar o ambiente mais organizado e produtivo. Isso também
é importante para padronização de processos, além de proporcionar a
otimização do tempo.
O nome 5S’s vem das iniciais de cinco palavras japonesas: SEIRI,
SEITON, SEISO, SEIKETSU E SHITSUKE. Essas palavras foram traduzidas
como: arrumação, ordenação, limpeza, higiene e disciplina.
Significado dos 5 sensos:

Seiri – Senso de Arrumação. Ordenar, separar as coisas úteis das


inúteis

Deve-se organizar os objetos úteis e utilizados com frequência próximos


do local de trabalho. Esse senso ajuda a diminuir espaços destinados ao
armazenamento e deixa os objetos úteis mais acessíveis.

Seiton – Senso de Ordenação. Ordenar cada objeto em um local


específico e identificar

A visualização facilitada faz com que qualquer pessoa possa localizar


qualquer objeto. Também é aconselhável que os objetos fiquem expostos para
visualização. Desta forma, otimiza-se o tempo.

Seiso – Senso de Limpeza


Permanecer somente com objetos úteis nas áreas de trabalho, de forma
a proporcionar limpeza. O ideal é que não se suje e que as causas da sujeira
sejam eliminadas, o que evita retrabalho. Cada área deve ter o seu
responsável pela limpeza e organização. Uma ferramenta a ser utilizada neste
senso é o plano de gerenciamento de resíduos, nele podem ser encontradas as
diretrizes de descarte da empresa;

Seiketsu – Senso de Higiene

Utilizar todos os sensos para melhorar a qualidade de vida. A pessoa


deve cuidar bem de si, implantar a segurança no trabalho, cumprir horários.
Esse senso ajuda a melhorar a imagem da empresa tanto interna como
externamente;

Shitsuke – Senso de Autodisciplina

É a etapa que consiste em obedecer às regras dos sensos anteriores.


Deve haver treinamento, avaliação das rotinas, troca de experiências.

Para a correta implantação deste sistema de qualidade é necessário


fazer um diagnóstico inicial da empresa e, a partir daí, iniciar a implantação do
programa por setores. No início do programa as pessoas devem ser
informadas da importância dos 5’S em sua rotina diária. Esse programa visa
uma mudança de comportamento, o que gera mudança em todos os setores da
vida e não só no trabalho.

PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS

O plano de gerenciamento de resíduos, conforme RDC 306, constitui-se


em um conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implementados a
partir de bases científicas e técnicas, normativas e legais, com o objetivo de
minimizar a produção de resíduos e 16 proporcionar aos resíduos gerados, um
encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos
trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos resíduos naturais e do
meio ambiente.
A empresa deve elaborar o plano de gerenciamento de resíduos onde
deve constar:
• Características do estabelecimento: descrever a infraestrutura do
prédio (área total, parede, piso, tipo de pinturas e revestimentos, tipo de
ocupação, fornecimento de água);
• Corpo técnico: descrever programa de capacitação e treinamento
interno, benefícios fornecidos;
• PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) e o
PCMSO ( Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional);
• Diagnóstico inicial: quantidade de lixo e tipo de resíduos gerados;
• Frequência da coleta interna, horários de coleta: final do
expediente.

Tipos de coleta externa:


• Acondicionamento: tipo de embalagens;
• Tratamento e disposição final dos resíduos;
• Fornecimento de água e seu tratamento;
• Apresentar a equipe técnica responsável pela elaboração e
revisão do PGRSS (Plano de Gerenciamento de Resíduos nos Serviços de
Saúde).

ELABORAÇÃO DE MANUAL DE BOAS PRÁTICAS E


PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO

Quando falamos em assistência farmacêutica aplicada à logística,


devemos destacar as obrigações e tarefas do farmacêutico. 17
O farmacêutico deve garantir a aplicação da legislação sanitária,
fiscalizando os processos envolvidos com a cadeia de produtos farmacêuticos,
quais sejam:

• Armazenagem;
• Distribuição;
• Transporte.

O primeiro passo é a elaboração ou revisão do Manual de Boas Práticas.


O manual, bem como todos os procedimentos, deve ter as suas cópias
controladas, os funcionários devem ter fácil acesso aos procedimentos escritos.
Para que isso ocorra pode-se distribuir uma cópia em cada setor para que
todos possam recorrer à leitura quando surgirem dúvidas.
Deve-se relacionar em uma planilha o setor que receber uma cópia e
esta deve estar marcada com a inscrição “cópia controlada”. A seguir está um
exemplo de como pode ser montada a planilha de controle de cópias de
documentos.
Distribuição de cópias controladas:

Data Setor Tipo de Responsável Validade do


documento pela guarda documento:

Sendo que:
• Data: deve ser considerada a data de distribuição do documento;
• Setor: nome do setor ou departamento que recebeu a cópia. Pode
ser o nome de uma pessoa, caso ela tenha recebido uma cópia;
• Tipo de documento: manual, procedimento, formulário, etc.;
18

• Responsável pela guarda: pode ser o chefe de cada setor ou uma


pessoa designada para fornecer o documento ou deixá-lo exposto aos
funcionários;
• Validade do documento: cada documento tem uma data de
validade, após a qual deve ser revisado. Esta data será colocada na planilha de
controle de cópias de documentos para facilitar a troca de documentos.

O manual de Boas Práticas de uma empresa deve apresentar:


• Autoridade e Responsabilidade: devem ser listadas as pessoas
responsáveis pela aprovação e revisão do manual. O ideal é que o
Responsável Técnico seja responsável pelo controle, revisão e emissão do
manual, ficando a aprovação inicial deste manual é feita pelo Diretor;
• Descrever nos objetivos, o que se pretende com a elaboração e
implantação do Manual;
• Dados da empresa: esses dados são necessários em auditorias,
vistorias e também são solicitados por clientes, por isso é aconselhável colocar
uma página no manual de boas práticas com todos os dados da empresa.
Pode-se listar dados como razão social, nome fantasia, endereço, bairro,
cidade, CEP, data de fundação da empresa, número do registro da empresa no
conselho de classe, dados, dados dos diretores da empresa, CNPJ, Inscrição
Estadual, Inscrição Municipal, Alvará de Proteção e Prevenção Contra
Incêndios, Alvará para localização, Alvará de saúde, Licença Ambiental,
Autorização especial de funcionamento, Autorização de funcionamento
(medicamentos), Autorização de funcionamento (produtos para saúde),
Responsável Legal, responsável técnico com número no registro de classe;
• Missão, visão e valores;
• Nome dos responsáveis pela elaboração e revisão do documento;
• Controle de Revisões: É feito através do número de revisão
indicado na capa do documento. Todas as revisões devem ser aprovadas pelo
diretor da empresa com sua assinatura no original do mesmo. Deve ser
anualmente revisado e atualizado. As modificações só poderão ser
implementadas a partir da data em que o documento entrar em vigor, ou seja,
após sua aprovação. A cada nova revisão do 19 manual, todos os funcionários
da empresa devem ser treinados a fim de tomarem conhecimento do que foi
modificado no mesmo;
• Data de elaboração;
• Data da revisão;
• Validade: normalmente pelo período de um (1) ano;
• A política da qualidade adotada pela empresa;
• Responsabilidade técnica: o farmacêutico responsável técnico
deve supervisionar todas as etapas pertinentes à importação, distribuição,
estocagem e transporte das mercadorias que a empresa comercializa. O
profissional deve possuir autonomia e autoridade para executar suas funções,
evitando assim o comprometimento de suas atividades e assegurando com
isso o bom desenvolvimento das atividades da empresa;
• Organograma: representação gráfica da estrutura hierárquica da
empresa;
• Fluxograma: representação gráfica da rotina de trabalho;
• Descrição de cargos e funções: descrever quais as
responsabilidades de cada cargo e quais as tarefas pertinentes a cada um;
• Aprovação do documento: deve constar a aprovação do
documento assinada pelo responsável técnico e responsável legal;
• Declaração dos funcionários: todos os funcionários devem assinar
declaração de que leram e entenderam os procedimentos da empresa.

ELABORAÇÃO DE PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO –


POP’S

Os procedimentos operacionais padrão (POP’s) são procedimentos


escritos que detalham cada função ou atividade que é realizada dentro da
empresa.
Quando a empresa já está funcionando é necessário que o responsável
pela elaboração dos POP’s acompanhe as tarefas e registre todos os passos,
depois haverá a análise 20 do material e serão feitas as alterações necessárias.
Os procedimentos devem apresentar:

• Título: procurar de maneira sucinta abordar o assunto a ser


tratado;
• Responsável pela elaboração: o ideal é ser elaborado pelo
farmacêutico ou por funcionário do setor que realize a tarefa a ser registrada;
• Responsável pela revisão: pode ser o responsável legal ou o
farmacêutico, deve ser uma pessoa diferente da que elaborou;
• Data da elaboração;
• Data da revisão: estabelecer um prazo para realizar a revisão do
documento, normalmente um ano ou, quando necessário, antes. Este prazo
deve ser determinado no manual de Boas Práticas;
• Cabeçalho com dados da empresa como o logotipo;
• Objetivo: falar o que se deseja com o procedimento;
• Responsáveis: pessoas responsáveis pela execução das tarefas;
• Materiais: todos os materiais necessários para desenvolver a
tarefa, incluir até materiais de escritório, como folhas, caneta;
• Detalhamento da tarefa: a tarefa deve ser descrita com detalhes.

Os procedimentos devem ser descritos de forma clara para que qualquer

Empresa X

POP 01 – TREINAMENTO
Elaboração:_________________
Aprovação: __________________
Data de elaboração:________
Data da próxima revisão:_______________
colaborador de posse do procedimento e dos materiais necessários possa
realizar a tarefa sem precisar de auxílio de terceiros.

A seguir um modelo de procedimento operacional padrão:

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OBJETIVO: estabelecer procedimentos para treinamentos de
funcionários;
MATERIAIS: ficha para registro do treinamento, caneta e material
pertinente a cada treinamento;
RESPONSÁVEIS: responsáveis pelos setores.
CONSIDERAÇÔES:
a) Realizar treinamento inicial para os novos funcionários,
abordando, além de treinamento específico da função, o Manual de Boas
Práticas e os pop’s referentes à atividade desenvolvida;
b) Realizar treinamento conforme dificuldades encontradas ou
implementação de novas atividades;
c) Registrar os treinamentos em documento apropriado;
d) Encaminhar registros de treinamento ao responsável técnico para
fins de arquivamento.

PROCEDIMENTO:
• Marcar horário anteriormente com os envolvidos no processo;
• Separa o material;

• Realizar o treinamento no local em que é desempenhada cada


função para possibilitar demonstrações.

PROCESSOS LICITATÓRIOS (REGRAS BÁSICAS PARA A


AQUISIÇÃO NO SETOR PÚBLICO – LEI 8666)
É importante o conhecimento sobre processos licitatórios uma vez que a
licitação é o procedimento administrativo através do qual a Administração
Pública seleciona a proposta que oferece mais vantagens para o contrato de
23 processos
seu interesse. Na área da saúde existem muitos licitatórios.
A seguir, será apresentada e comentada a lei 8883, que aborda tal
temática.
A licitação é um procedimento a que o Poder Público se submete,
estando prevista na Constituição e em legislação, que se desenvolve na ideia
de competição isonômica entre interessados em contratar.
A competência para legislar sobre licitação assiste às quatro ordens de
pessoas jurídicas de capacidade política (União, Estados, Distrito Federal e
Municípios), competindo à União a edição de normas gerais sobre o assunto.
O processo licitatório é regido, em órbita federal, pela Lei nº 8.666, de 21
de junho de 1993, com as alterações que lhe foram introduzidas pela Lei nº
8.883, de 08 de junho de 1994.
Essas normas gerais aplicam-se, sem distinção, às licitações e contratos
dos quatro entes citados, bem como de seus autárquicos, fundacionais e
empresariais.
Existem cinco modalidades de licitação, as quais estão relacionadas a
seguir:
• Concorrência: é a modalidade de licitação entre quaisquer
interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir
os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu
objeto. Prazo de divulgação: no mínimo, 30 dias. Meios de divulgação: Diário
Oficial e jornal de grande circulação;
• Tomada de preços: é a modalidade de licitação entre interessados
devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas
para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das
propostas, observada a necessária qualificação Prazo de divulgação: no
mínimo, 15 dias. Meios de divulgação: Diário Oficial e jornal de grande
circulação;
• Convite: é a modalidade de licitação entre interessados do ramo
pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em
número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local
apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais
cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse
com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das
propostas;
• Concurso: é a modalidade de licitação entre quaisquer
interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante
a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios
constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de
45 (quarenta e cinco) dias;
• Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados
para a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos
legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis
prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da
avaliação (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994).

Etapas da licitação:
• Etapa interna: definição dos critérios a serem utilizados no edital,
bem como necessidades do órgão público, quantidades de produto, consumo
estimado; Etapa externa: divulgação do edital.

Fases da etapa externa:

a) Habilitação: a documentação exigida para habilitação de participantes


em licitações é apresentada na lei 8666 de 21/06/1993, conforme exposto a
seguir.

- Para a habilitação nas licitações os interessados devem apresentar


documentação relativa a:

I - Habilitação jurídica
Documentação necessária:
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a) Cédula de identidade;
b) Registro comercial, no caso de empresa individual;
c) Ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, devidamente
registrado, em se tratando de sociedades comerciais, e, no caso de sociedades
por ações, acompanhado de documentos de eleição de seus administradores;
d) Inscrição do ato constitutivo, no caso de sociedades civis,
acompanhada de prova de diretoria em exercício;
e) Decreto de autorização, em se tratando de empresa ou sociedade
estrangeira em funcionamento no País, e ato de registro ou autorização para
funcionamento expedido pelo órgão competente, quando a atividade assim o
exigir.

II - Qualificação técnica

Documentação necessária:

a) Registro ou inscrição na entidade profissional competente;


b) Comprovação de aptidão para desempenho de atividade
pertinente e compatível em características, quantidades e prazos com o objeto
da licitação, e indicação das instalações, do aparelhamento e do pessoal
técnico adequados e disponíveis para a realização do objeto da licitação, bem
como da qualificação de cada um dos membros da equipe técnica que se
responsabilizará pelos trabalhos;

c) Comprovação, fornecida pelo órgão licitante, de que recebeu os


documentos, e, quando exigido, de que tomou conhecimento de todas as
informações e das condições locais para o cumprimento das obrigações objeto
da licitação;
d) Prova de atendimento de requisitos previstos em lei especial,
quando for o caso;
e) Capacitação técnico-profissional: comprovação do licitante de
possuir em seu quadro permanente, na data prevista para entrega da proposta,
profissional de nível superior ou outro devidamente reconhecido pela entidade
competente, detentor de 26 atestado de responsabilidade técnica por execução
de obra ou serviço de características semelhantes, limitadas estas
exclusivamente às parcelas de maior relevância e valor significativo do objeto
da licitação, vedadas as exigências de quantidades mínimas ou prazos
máximos; (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994). As parcelas de maior
relevância técnica e de valor significativo serão definidas no instrumento
convocatório (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994);
f) Será sempre admitida a comprovação de aptidão através de
certidões ou atestados de obras ou serviços similares de complexidade
tecnológica e operacional equivalente ou superior;
g) Nas licitações para fornecimento de bens, a comprovação de
aptidão, quando for o caso, será feita através de atestados fornecidos por
pessoa jurídica de direito público ou privado;
h) As exigências mínimas relativas a instalações de canteiros,
máquinas, equipamentos e pessoal técnico especializado, considerados
essenciais para o cumprimento do objeto da licitação, serão atendidas
mediante a apresentação de relação explícita e da declaração formal da sua
disponibilidade, sob as penas cabíveis, vedada as exigências de propriedade e
de localização prévia;
i) No caso de obras, serviços e compras de grande vulto, de alta
complexidade técnica, poderá a Administração exigir dos licitantes a
metodologia de execução, cuja avaliação, para efeito de sua aceitação ou não,
antecederá sempre à análise dos preços e será efetuada exclusivamente por
critérios objetivos.

O Ministério da Saúde possui Manual para aquisição de medicamentos


para assistência farmacêutica no SUS. Este manual apresenta os requisitos
técnicos que devem ser exigidos na aquisição de medicamentos, os quais
estão relacionados a seguir:

• A proposta das empresas deverá conter a marca (medicamentos


de referência e similar), o fabricante e a procedência do medicamento;
• Especificações técnicas: os medicamentos devem estar com as
especificações em conformidade com o que foi solicitado: forma farmacêutica,
concentração, condições de conservação, etc.;
• Número do registro na ANVISA: deverá ser entregue junto com a
proposta de preços, prova de registro do medicamento emitido pela Anvisa ou
cópia da 27 publicação do Diário Oficial da União;
• Para produtos da Portaria no 344/1998, a empresa deverá
apresentar autorização especial de funcionamento, emitida pela Anvisa;
• Embalagem: o medicamento deve ser entregue na embalagem
original, em perfeito estado, sem sinais de violação, sem aderência ao produto,
umidade, sem inadequação de conteúdo, identificadas, nas condições de
temperatura exigida em rótulo, e com o número do registro emitido pela Anvisa;
• Rotulagens e bulas: todos os medicamentos, nacionais ou
importados, devem ter constados, nos rótulos e bulas, todas as informações
em língua portuguesa. Ou seja: número de lote, data de fabricação e validade,
nome do responsável técnico, número do registro, nome genérico e
concentração de acordo com a Legislação Sanitária e nos termos do artigo 31
do Código de Defesa do Consumidor, dentre outros;
• Responsável técnico: as embalagens devem apresentar o nome
do farmacêutico responsável pela fabricação do produto, com o respectivo
número do Conselho Regional de Farmácia (CRF). O registro do profissional
deve ser, obrigatoriamente, da unidade federada onde a fábrica está instalada;
• Lote: o número do lote deve estar especificado na nota fiscal por
quantidade de cada medicamento entregue;
• Validade do medicamento: os medicamentos devem ser
entregues por lotes e data de validade, com seus respectivos quantitativos na
nota fiscal;
• Todos os lotes deverão vir acompanhados de laudo analítico
laboratorial, expedido pela empresa produtora/titular do registro na ANVISA
e/ou laboratório integrante da Rede Brasileira de Laboratórios Analíticos em
Saúde (Reblas);
• O prazo de validade dos medicamentos não deverá ser inferior a
12 meses, a contar da data da entrega do produto. O edital deve dispor sobre o
prazo de medicamento, quando da entrega;
• Laudo de Análise de controle de qualidade: os fornecedores
(fabricantes, distribuidoras ou empresas importadoras) deverão apresentar o
laudo técnico de análise dos medicamentos, emitido pelo fabricante/detentor do
registro e/ou laboratório integrante da Reblas. Se necessário, o edital deve
dispor sobre esta 28 exigência para apresentação do laudo, juntamente com a
proposta. O Laudo de Análise deve contemplar: identificação do laboratório;
especificações (valores aceitáveis) e respectivos resultados das análises dos
produtos; identificação do responsável com o respectivo número de inscrição
no seu conselho profissional correspondente; lote e data de fabricação;
assinatura do responsável; data; e resultado. O Laudo de Análise deve ser
apresentado para cada lote a ser fornecido. As especificações de cada produto
devem estar baseadas em referências farmacopeicas oficialmente
reconhecidas;
• Certificado de cumprimento das boas práticas de fabricação:
poderá ser exigido que o fornecedor apresente, junto com a proposta, cópia do
certificado das boas práticas de fabricação, e/ou cópia da publicação no Diário
Oficial da União;
• Distribuidoras e/ou importadoras deverão apresentar certificado
de boas práticas de fabricação e controle do fabricante do produto por ele
comercializado;
• Os produtos a serem fornecidos pelas empresas vencedoras das
licitações devem apresentar em suas embalagens a expressão “PROIBIDA A
VENDA NO COMÉRCIO”.

III - Qualificação econômico-financeira

Documentação necessária:

a) Balanço patrimonial e demonstrações contábeis do último


exercício social, já exigíveis e apresentados na forma da lei, que comprovem a
boa situação financeira da empresa, vedada a sua substituição por balancetes
ou balanços provisórios, podendo ser atualizados por índices oficiais quando
encerrado há mais de 3 (três) meses da data de apresentação da proposta;
b) Certidão negativa de falência ou concordata expedida pelo
distribuidor da sede da pessoa jurídica, ou de execução patrimonial, expedida
no domicílio da pessoa física;
c) Garantia, nas mesmas modalidades e critérios previstos no
"caput" e § 1o do art. 56 da Lei 8666, limitada a 1% (um por cento) do valor
estimado do objeto da 29 contratação.

Quando permitida na licitação a participação de empresas em consórcio,


observar-se-ão as seguintes normas:

a) Comprovação do compromisso público ou particular de


constituição de consórcio, subscrito pelos consorciados;
b) Indicação da empresa responsável pelo consórcio que deverá
atender às condições de liderança, obrigatoriamente fixadas no edital;
c) Apresentação dos documentos exigidos nos arts. 28 a 31 da Lei
8666 por parte de cada consorciado, admitindo-se, para efeito de qualificação
técnica, o somatório dos quantitativos de cada consorciado, e, para efeito de
qualificação econômicofinanceira, o somatório dos valores de cada
consorciado, na proporção de sua respectiva participação, podendo a
Administração estabelecer, para o consórcio, um acréscimo de até 30% (trinta
por cento) dos valores exigidos para licitante individual, inexigível este
acréscimo para os consórcios compostos, em sua totalidade, por micro e
pequenas empresas assim definidas em lei;
d) Impedimento de participação de empresa consorciada, na mesma
licitação, por meio de mais de um consórcio ou isoladamente;
e) Responsabilidade solidária dos integrantes pelos atos praticados
em consórcio, tanto na fase de licitação quanto na de execução do contrato;
f) No consórcio de empresas brasileiras e estrangeiras a liderança
caberá, obrigatoriamente, à empresa brasileira;
g) O licitante vencedor fica obrigado a promover, antes da
celebração do contrato, a constituição e o registro do consórcio, nos termos do
compromisso referido no inciso I deste artigo.

IV - Regularidade fiscal

30 Documentação necessária:

a) Prova de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no


Cadastro Geral de
Contribuintes (CGC);
b) Prova de inscrição no cadastro de contribuintes estadual ou
municipal, se houver, relativo ao domicílio ou sede do licitante, pertinente ao
seu ramo de atividade e compatível com o objeto contratual;
c) Prova de regularidade para com a Fazenda Federal, Estadual e
Municipal do domicílio ou sede do licitante, ou outra equivalente, na forma da
lei;
d) Prova de regularidade relativa à Seguridade Social e ao Fundo de
Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), demonstrando situação regular no
cumprimento dos encargos sociais instituídos por lei (Redação dada pela Lei nº
8.883, de 1994);

V - Cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7o da


Constituição Federal (Incluído pela Lei nº 9.854, de 1999)

a) Julgamento das propostas: é a fase da licitação que verifica o


atendimento às normas do edital;
b) Adjudicação: apresenta a classificação, atribui ao vencedor o
objeto da licitação;
c) Homologação: a autoridade competente declara a regularidade do
processo.

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