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OBJETIVOS
Esta aula tem relação com a aula da semana anterior, na qual discutimos a função termodinâmica,
entalpia. Por isso é muito importante que você tenha entendido este conceito aplicado às reações químicas.
Função de estado:
“Apesar de normalmente não haver um meio de saber o valor preciso da energia interna de um sistema, há um valor
fixo para certo quadro de condições. As condições que influenciam a energia interna incluem a temperatura e a
pressão. Além disso, a energia interna total de um sistema é proporcional à quantidade total de matéria, no sistema,
uma vez que a energia é uma propriedade extensiva.” (BROWN, 2005). Veja o exemplo abaixo:
Suponha que o sistema definido seja aquele em que temos 50g de água a 25ºC. O sistema poderia ter chegado a esse
estado através do resfriamento de 50g de água a 100ºC ou pela fusão de 50g de gelo e, subsequente aquecimento da
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água a 25ºC. A energia interna da água a 25ºC é a mesma em ambos os casos. Ou seja, a energia interna, uma função
de estado, depende apenas do estado atual do sistema, e não do caminho pelo qual o sistema chegou àquele estado.
Sistema e vizinhança:
Em se tratando de uma reação química que se processa num frasco o sistema provavelmente será o conjunto de
reagentes mais produtos. O frasco é considerado como parte da vizinhança.
A entalpia, que é uma função de estado, responde pelo fluxo de calor nas mudanças químicas que ocorrem à
pressão constante quando nenhuma forma de trabalho é realizada a não ser trabalho PV. A entalpia é igual a energia
interna mais o produto da pressão pelo volume do sistema, conforme expressão abaixo:
H = E + PV
Suponhamos que a mudança ocorra à pressão constante, então a equação acima pode ser escrita da seguinte
forma:
∆H = ∆E + P∆V
Quando um sistema sofre qualquer mudança física ou química, a variação obtida em sua energia interna (∆E)
é dada pelo calor absorvido ou liberado do sistema (q), mais o trabalho realizado pelo ou no sistema (ω), ou seja:
∆E = q + ω
Substituindo o valor de ∆E e sabendo que o trabalho de expansão de um gás é dado pela expressão
ω = P ∆V, temos:
∆H = q (a pressão constante)
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Como a maioria das reações químicas usuais são realizadas em condições de pressão constante podemos
concluir que a variação da entalpia (∆H) corresponde ao calor liberado ou absorvido em um sistema.
Em virtude da variação da entalpia ser uma função de estado, o processo químico de transformação de uma
substância A em uma substância B não depende da sequência de reações em que a transformação é feita, nem se
existem uma ou mais etapas, unicamente da quantidade de substância que sofre a variação, da natureza dos estados
inicial e final dos reagentes e produtos.
Além disso, se equações descrevendo reações químicas são combinadas de modo a originar a equação de
uma nova reação, pode-se, da mesma forma, combinar os ∆H’s das reações originais para obter-se o ∆H da nova
reação. Esse é o enunciado da Lei de Hess.
Veja o exemplo abaixo de combustão do metano. Se uma reação é executada em uma série de etapas, o ∆H
para a reação será igual à soma das variações de entalpia para as etapas individuais.
Fonte: http://www.infopedia.pt/$germain-henri-hess
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PARTE PRÁTICA
Com o auxílio de uma proveta, medir 50 mL de água destilada e transferir para o erlenmeyer. Verificar a
temperatura do sistema. Anotar o valor. T1 =
Pesar 0,50g de NaOH sólido. Lembre-se que a pesagem do NaOH deve ser efetuada o mais rápido possível,
por ele ser higroscópico.
Transferir o NaOH sólido para o erlenmeyer contendo a água e agitar com o auxílio de um bastão de vidro.
Anotar a temperatura máxima atingida. T2 =
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Procedimento 2: Determinação do calor de neutralização entre uma solução de NaOH e uma solução
de HCl (Q2)
Com o auxílio de uma proveta, medir 50 mL de uma solução de ácido clorídrico 0,25 mol/L e transferir para o
erlenmeyer. Verificar a temperatura do sistema. Anotar o valor. T1 =
Com o auxílio de outra proveta, medir 50 mL de uma solução de NaOH 0,25 mol/L e transferir para o
erlenmeyer contendo a solução de ácido clorídrico. Agitar com o auxílio de um bastão de vidro. Anotar a
temperatura máxima atingida. T2 =
Calcule a quantidade de calor liberado (Q2) na reação de neutralização entre o NaOH e o HCl,
considerando os dados abaixo apresentados.
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Procedimento 3: Determinação do calor de reação entre o NaOH sólido e uma solução de HCl (Q3)
Com o auxílio de uma proveta, medir 50 mL de uma solução de ácido clorídrico 0,25 mol/L e transferir para o
erlenmeyer. Verificar a temperatura do sistema. Anotar o valor. T1 =
Pesar 0,50g de NaOH sólido e transferir para o erlenmeyer contendo a solução de HCl. Agitar com o auxílio de
um bastão de vidro. Anotar a temperatura máxima atingida. T2 =
Calcule a quantidade de calor liberado (Q3) na reação de neutralização entre o NaOH e o HCl,
considerando os dados acima apresentados.
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Calcule os valores de variação de entalpia (∆H1, ∆H2 e ∆H3) através da equação 5 apresentada na
aula anterior. Expresse os valores encontrados em J/mol. Não se esqueça de atribuir o sinal ao
valor de ∆H.
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Referências Bibliográficas:
1. Giesbrecht, E.; “Experiências de Química, Técnicas e Conceitos Básicos - PEQ - Projetos de Ensino de
Química”, Ed. Moderna – Universidade de São Paulo, São Paulo,1979.
2. Barros, H. L. de C.; “Química Inorgânica, Uma Introdução”, Ed. UFMG, Belo Horizonte, Minas Gerais,1992.
3. Brown, T.L.; LeMay, E.; Bursten, B.R.; Burdge, J.R. Química, a Ciência Central, 9ª Edição, Pearson Prentice
Hall, São Paulo, 2005.
AUTO-AVALIAÇÃO
experimento?
2. Que modificações poderiam ser feitas para melhorar os resultados
experimentais?
3. Determine a entalpia de combustão do metanol líquido, a 25ºC e 1 atm, em
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