Você está na página 1de 5

Arquivo aula Processo Civil – Processo nos tribunais

Data: 31/03/2020

Pressupostos Recursais extrínsecos: Ligados aos aspectos procedimentais


do recurso

Tempestividade: Devem ser propostos dentro do seu prazo. Art 1003 cpc
parágrafo 5.

O Art 1003 traz alguns requisitos quanto a tempestividade. Prazo é contado em


dias úteis,sendo o expediente forense. O prazo passa a correr a partir da
intimação, sendo válido no dia seguinte.

Os feriados locais,devem ser comprovados por meio de documentação


idônea, para interposição de recurso tempestivo.

RESP: 1763167 – GO – Terceira Turma. DJE: 26/02/2020

Prazos recursais não são considerados peremptórios, podendo as partes


alterar o prazo recursal antes de seu início, observando o princípio da
isonomia.

No CPC anterior existia um entendimento de que o recurso interposto antes de


seu prazo,era intempestivo.

O novo CPC em seu art 218 paragrafo 4, passou a considerar tempestivo o ato
praticado antes do termo inicial do prazo.

O MP, Defensoria, e os litisconsortes com advogados diferentes possuem


prazo em dobro.

No litisconsorte quando apenas um tem interesse em apelar da primeira


decisão, este terá o prazo em dobro da apelação. Todavia, em caso de
interposição de recurso, passará a aplicar o prazo simples, ao invés do prazo
em dobro.

Art.1004 CPC – Suspensão do prazo – Falecimento da parte ou do seu


advogado, o motivo de força maior que suspenda o curso do processo, será
tal prazo restituído.

O prazo será suspenso com regra geral no CPC, portanto contando-se a partir
de quando houve a suspensão, não sendo devolvido na íntegra.

Neste caso atual do corona vírus, força maior, falecimento da parte ou


advogado, será devolvido na íntegra o prazo recursal, sendo portanto
uma interrupção, apenas os prazos recursais.
A primeira turma do STJ,possui entendimento no sentido de que caso o que a
mera alegação de que o sistema recursal apresenta inconsistência, ou
indisponibilidade, não é motivo de força maior, para suspensão do prazo,
devendo ser comprovado por meio de documentação oficial.

Pressuposto do Recolhimento das custas de preparo art 1007 CPC: O


STJ, possui entendimento no sentido que a composição do preparo refere-se
as custas judiciais, porte de remessa e retorno,sendo os custos de envio, e
retorno do recurso. Tratando-se do processo eletrônico, não existe porte de
remessa e retorno. Ausência do recolhimento, portanto. gera a deserção do
recurso não sendo reconhecido.

Existem sujeitos que não necessita recolher o preparo, MP, Estado, União,
DPU, e o beneficiário da assistência gratuita.

A gratuidade poderá ser interposta no momento da apelação, ou razões


recursais, não necessitando recolher e depois pedir a isenção.

O STJ possui entendimento de que o pedido de gratuidade da justiça só poderá


ser negado, se realmente a parte não comprovou a hipossuficiência. Deverá
ser dado a parte a oportunidade de comprovar por meio de documento, que faz
jus a gratuidade. Deve-se fazer declaração, e também outro documento como
extrato, etc.

ACORDAO RESP 1787491

No momento da interposição do recurso, deve-se fazer a comprovação do


recolhimento das custas de preparo, apresentando a guia de recolhimento, sob
pena de preclusão consumativa.

Sumula 484

O parágrafo 7, apresenta que provando-se o impedimento de recolhimento por


justo impedimento, haverá o prazo de 5 dias. Ex Expediente bancário
encerrado antes.

Os valores insuficientes recolhidos no preparo, implicará deserção se o


recorrente não comprovar o complemento no prazo improrrogável de 5 dias.
Paragrafo 2

Deve o relator intimar o recorrente para a complementação do


recolhimento.

O recorrente que não procedeu o recolhimento, conforme parágrafo 4, será


intimado na pessoa do seu advogado, para recolhimento em dobro, sob
pena deserção.
Caso na segunda chance de recolhimento, ou complementação não for
recolhido o valor correto, não haverá outra chance.

Caso o recorrente tenha recolhido, porém, não apresentou no primeiro


momento, deverá o recorrente recolher o valor para complementar a quantia
em dobro.

Pressuposto da regularidade formal: Forma do recurso, de qual maneira o


recurso deve ser interposto, as razões recursais.

Aula 15/05/2020

Agravo de instrumento – Taxatividade mitigada, pesquisar aulas passadas.

Necessário recolher as custas de preparo sob pena de deserção.

Caso não juntar, será obrigada recolher em dobro, ou, se inferior, recolher o
faltante.

Será interposto diretamente no tribunal.

Na falta de qualquer peça obrigatória, ou algum vício que comprometa a


admissibilidade, deve o relator dar um prazo de 5 dias para que o vício seja
sanado, primazia do julgamento do mérito recursal.

Sendo eletrônico os autos do processo, dispensam-se essas peças. Faculta ao


agravante a anexar outras peças que entender serem úteis ao entendimento do
processo. Poderá juntar novos documentos se entender serem úteis.

O agravante poderá requerer a juntada dos autos do processo originário de


cópia do agravo de instrumento de cópia da interposição. Poderá peticionar
para o juízo de primeiro grau, informando a interposição do agravo ao juízo de
primeiro grau. Prazo de 3 dias para informar o juiz de primeiro grau, para um a
possível reconsideração da decisão. Caso não informar no prazo, desde que
arguido e provado pelo agravado, importa em inadmissibilidade do agravo de
instrumento, ou seja, poderá levar ao não reconhecimento do recurso de
agravo. Acaba sendo um pressuposto de inadmissibilidade do agravo de
instrumento.

Em regra tem efeito devolutivo, porém, poderá pedir o efeito suspensivo. O


relator poderá conceder desde que seja pedido, não podendo ser concedido de
ofício.
O relator intimará o agravado, para que responda no prazo de 15 dias, para
contra razões.

O relator solicitará prazo de 1 mês para marcar a votação.

A técnica de julgamento estendido poderá ser aplicada pelo art 942 CPC.
Parágrafo 3, aplicando-se igualmente pelo julgamento não unânime em agravo
de instrumento, desde que haja reforma da decisão. Se a decisão não for
reformada, não haverá possibilidade. Deve ser interposto contra decisão
interlocutória que julgou parcialmente o mérito, se foi dado provimento e se não
foi unânime.

Agravo Interno – Art.1021 CPC


Contra decisão proferida pelo relator, ou qualquer membro do tribunal que
tenha proferida uma decisão monocrática.

Pode ser referente a decisão do juízo de admissibilidade ou de mérito.

Prazo de 15 dias.

Não de necessidade de recolhimento de custas de preparo.

Devendo ser observada as regras quanto ao processamento, ao respectivo


órgão colegiado.

Deverá o agravo interno atacar apenas os fundamentos da decisão do relator,


especificadamente, demonstrando o porque que ela está errada, para de
submeter ao julgamento colegiado.

O agravo interno será dirigido a ele, podendo o relator fazer uma


reconsideração da decisão. Caso ele mantenha seu entendimento, poderá
submeter o agravo aos outros julgadores, analisando se poderia ou não julgar
monocraticamente. O agravo interno é interposto contra o próprio relator. Caso
ele não reconsidere, mantendo sua decisão, irá submeter aos outros
julgadores, para analisarem se essa decisão se está correta.

Caso a maioria dos votos entenda que não poderá ser julgado
monocraticamente, a decisão do relator será anulada, fazendo com que o
recurso em questão venha a ser julgado pelo colegiado.

Você também pode gostar