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CRJonline nº 325

A ser publicado em 24 de agosto de 2023

TÍTULO: Empresa que discriminou empregada grávida é


condenada a pagamento de indenização por dano moral
coletivo

A Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) deu provimento ao recurso


de revista do Ministério Público do Trabalho no Distrito Federal e no Tocantins (MPT-
DF/TO) e condenou a empresa CSH Águas Claras Comércio de Alimentos Ltda - ME ao
pagamento de indenização por danos morais decorrentes de atitude discriminatória
deferida a empregada grávida. A Corte Superior fixou astreintes em caso do
descumprimento das obrigações de não fazer instituídas pela Justiça do Trabalho no
DF.
O MPT instaurou inquérito civil após o recebimento de ofício encaminhado pelo
Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT10) relatando que uma empregada
da CSH sofreu assédio moral após noticiar sua gravidez – situação reconhecida em
sentença de primeiro grau e confirmada por acórdão regional transitado em julgado.
Na ação civil pública, o MPT-DF/TO requereu a condenação da empresa ao pagamento
de indenização por danos morais coletivos bem como fixação de tutela inibitória e
astreintes. A ação foi extinta sem resolução do mérito pelo Juízo da 1ª Vara do
Trabalho de Brasília, por falta de interesse de agir. A decisão foi reformada pelo TRT10
que deferiu a tutela inibitória, estabelecendo obrigações de fazer e não fazer sobre o
tema assédio e discriminação.
O MPT-TO/DF recorreu ao TST, e a Segunda Turma reformou o acórdão Regional para
fixar o pagamento de indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 50mil,
bem como a aplicação de multa diária de R$ 5mil para cada descumprimento da tutela
inibitória imposta. Os valores serão destinados a fundo indicado pelo autor em
execução.
O acórdão, de relatoria da ministra Liana Chaib, ainda não foi publicado. O processo
está sendo acompanhado, na Coordenadoria de Recursos Judiciais e Órgão Agente
(CRJ) da Procuradoria Geral do Trabalho (PGT), pela subprocuradora-geral do Trabalho
Vera Regina Della Pozza Reis.
Processo TST- RR - 754-08.2018.5.10.0001

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desde que citada a fonte. Secretaria de Comunicação Social da Procuradoria Geral do
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TÍTULO: Mantida condenação do município de São Bento do


Una (PE) por negligência no enfrentamento ao trabalho infantil

A Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) manteve a condenação imposta


pela Justiça do Trabalho no Maranhão ao Município de São Bento do Una (PE) por
negligência no enfrentamento ao trabalho infantil.
A ação foi movida pelo Ministério Público do Trabalho Pernambuco (MPT-PE) com o
intuito de compelir o Município a adotar política pública de erradicação do trabalho
infantil. Após a fiscalização flagrar o trabalho irregular de crianças e adolescentes em
feiras livres e mercados públicos do município, o MPT propôs a assinatura de termo de
ajustamento de conduta que foi recusado pelo ente público. O Parquet então expediu
recomendação para que fossem adotadas, no prazo de 90 dias, providências diversas
destinadas a impedir o trabalho infantil na região – mais uma vez o Município ignorou
o comando do MPT.
O Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT6) acolheu os pedidos do MPT-PE e
condenou o Município em obrigações de fazer referente ao enfrentamento ao
trabalho infantil, e estabeleceu o pagamento de indenização por dano moral coletivo.
O ente público recorreu da decisão ao TST, mas nenhum dos recursos alcançou êxito.
Na última semana, os ministros da Sexta Turma, por unanimidade, negaram
provimento ao agravo interno interposto pelo réu e, diante de sua improcedência,
aplicaram multa de 2% do valor atualização da causa. “O TRT é categórico ao afirmar
que, para além da constatação do efeito material da revelia no caso concreto, a
veracidade dos fatos alegados na exordial "estão satisfatoriamente comprovados por
meio da vasta prova documental produzida pelo autor", destacou o ministro relator
Augusto César Leite de Carvalho.
Segundo o magistrado, as premissas fáticas conduzem à conclusão de que “o réu foi,
no mínimo, omisso em relação ao dever de erradicar o trabalho infantil constatado em
logradouros públicos (feira livre/mercado público) de modo que seu comportamento
implicou grave risco à formação e integridade física e moral da criança e do
adolescente, ensejando o pagamento de indenização por danos morais coletivos”.
O processo está sendo acompanhado, na Coordenadoria de Recursos Judiciais e Órgão
Agente (CRJ) da Procuradoria Geral do Trabalho (PGT), pela subprocuradora-geral do
Trabalho Vera Regina Della Pozza Reis.
Leia o acórdão do TST. Clique aqui.

Processo TST- Ag-AIRR-673-21.2016.5.06.0331

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TÍTULO: TRT deve observar Lei 7.347/85 ao destinar


condenações decorrentes de ação civil pública
A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) reformou acórdão do Tribunal
Regional do Trabalho da 11ª Região (TRT11) que destinou a instituições a serem
escolhidas pelo próprio Regional, os valores decorrentes da condenação por dano
moral coletivo – e eventuais astreintes – decretada em ação civil pública movida pelo
Ministério Público do Trabalho no Amazonas e Roraima (MPT-AM/RR).
Os ministros, por unanimidade, deram provimento ao recurso interposto pelo MPT-
AM/RR e determinaram que os valores da condenação sejam destinados aos órgãos
públicos ou instituições beneficentes indicadas pelo Ministério Público, na forma do
artigo 13 da Lei 7.347/85.
O ministro relator Mauricio Godinho Delgado destacou que a decisão do Regional não
observou os critérios estabelecidos na Lei 7.347/85, incorrendo em ofensa ao
dispositivo legal “Registre-se que o Ministério Público do Trabalho da 11ª Região
formulou expressamente o pedido para que os valores objeto da condenação da
presente ação civil pública fossem destinados aos ‘órgãos públicos ou instituições
beneficentes indicadas pelo Autor e, subsidiariamente, ao Fundo de Amparo ao
Trabalhador – FAT’.”
O processo está sendo acompanhado, na Coordenadoria de Recursos Judiciais e Órgão
Agente (CRJ) da Procuradoria Geral do Trabalho (PGT), pela subprocuradora-geral do
Trabalho Vera Regina Della Pozza Reis.
Leia o acórdão do TST. Clique aqui.

Processo TST- RR-1011-66.2015.5.11.0015

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TÍTULO: Culpa in vigilando do Estado de Manaus é mantida pela
Segunda Turma do TST

A Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) negou provimento ao agravo


interno interposto pelo Estado do Amazonas em ação civil pública movida pelo
Ministério Público do Trabalho (MPT), mantendo a condenação subsidiária imposta
pelo Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (TRT11), em razão de culpa in
vigilando.
O Regional, concluiu que a Administração Pública, tomadora dos serviços, seria
subsidiariamente responsável pela integralidade da dívida trabalhista de empresa
terceirizada, uma vez que o ente público não provou o cumprimento do seu dever de
fiscalização. “Evidenciada a consonância do acórdão regional com a tese veiculada pelo
STF no RE 760.931/DF (Tema 246) e com o entendimento da SBDI-1 sobre o ônus
subjetivo da prova (E-RR-925-07.2016.5.05.0281, Rel. Min. Cláudio Mascarenhas
Brandão, DEJT 22/05/20), sobressai inviável o acolhimento da pretensão recursal, ante
a aplicação do óbice previsto no artigo 896, § 7º, da CLT e na Súmula nº 333 d.”,
concluiu a ministra relatora Liana Chaib.
A magistrada ressaltou ser vedado aplicar-se genericamente a responsabilidade
subsidiária da administração pública, devendo ser analisado, em cada caso concreto, a
existência ou não de demonstração da culpa in vigilando da Administração Pública.
Destacou que a Subseção 1 Especializada em Dissídios Individuais (SBDI-1) fixou
entendimento - em julgamento proferido no E-RR-925-07.2016.5.05.0281 – com base
na aplicação do princípio da aptidão da prova, de que cabe ao ente público o encargo
de demonstrar a efetiva fiscalização do cumprimento das obrigações trabalhistas por
parte da prestadora de serviços.
“No presente caso, portanto, a responsabilidade subsidiária do ente público não foi
reconhecida de forma automática. Ao revés, decorreu da culpa in vigilando da
Administração Pública”, concluiu a relatora.
O processo está sendo acompanhado, na Coordenadoria de Recursos Judiciais e Órgão
Agente (CRJ) da Procuradoria Geral do Trabalho (PGT), pela vice-procuradora-geral do
Trabalho e vice coordenadora da CRJ, Cristina Aparecida Brasiliano.
Leia o acórdão do TST. Clique aqui.

Processo TST- Ag-AIRR-2010-12.2016.5.11.0006

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