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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia

Curso Técnico em Química

Relatório da prática 6
CROMATOGRAFIA EM COLUNA

Luana Oliveira Araújo Bittencourt

Salvador, Ba
2023
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia
Curso Técnico em Química
Disciplina: Química Orgânica - Prática
Docente: Edeilza Lopes Dos Santos

Relatório da prática 6
CROMATOGRAFIA EM COLUNA

Relatório apresentado ao Curso Técnico de


Química do Instituto Federal da Bahia como
requisito parcial para obtenção de nota na
disciplina Química Orgânica Prática, sob
orientação da Prof.ª Edeilza Lopes Dos Santos

Luana Oliveira Araújo Bittencourt


Gabriel dos Santos Nascimento
Hysa Flor Costa Dantas
Turma 8821

Salvador, Ba
2023
SUMÁRIO

1 OBJETIVOS……………...……………………………………………………………………… 4
2 RESULTADOS E DISCUSSÕES………………………………………………………………. 5
2.1 ESCOLHA DA FASE MÓVEL (ELUENTE)……………………………………………… 5
2.1.1 Etanol…………………………………………………………………………………….. 6
2.1.2 Água destilada………..……………………………………………………………….. 6
2.1.3 Ácido acético 50%……………………………………………………………………... 7
2.2 SELETIVIDADE DA INTERAÇÃO DOS ELUENTES COM OS COMPONENTES
DA AMOSTRA……………………………………………………………………………………… 8
2.2.1 Etanol e alaranjado de metila……………………………………………………….. 8
2.2.2 Ácido acético 50% e azul de bromotimol………………………………………… 8
2.3 ORDEM DE ELUIÇÃO NA COLUNA…………………………………………………….. 8
2.3.1 Alaranjado de metila…………………………………………………………………. 9
2.3.2 Azul de bromotimol…………………………………………………………………… 10
3 CONCLUSÃO………………………………………………………………………………………. 10
4 REFERÊNCIAS…………………………………………………………………………………….. 11
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1 OBJETIVOS

- Escolher por CCD uma fase móvel adequada para a separação dos compostos
orgânicos em uma mistura;
- Realizar a separação dos compostos orgânicos em mistura por cromatografia em
coluna;
- Analisar qualitativamente por CCD as frações obtidas.

2 RESULTADOS E DISCUSSÕES

2.1 ESCOLHA DA FASE MÓVEL (ELUENTE)

A natureza do eluente é ditada pela natureza dos componentes a serem separados.


Assim, eluentes polares são usados para aquelas substâncias que têm polaridade
semelhante, ou seja, polares, e eluentes apolares são utilizados para substâncias
apolares.
Desse modo, quando a fase móvel tem polaridade semelhante à da amostra, há maior
interação dos componentes da fase móvel com a fase estacionária. Quando a fase móvel
é polar, os componentes da amostra que possuem afinidade por grupos polares na fase
estacionária tendem a interagir mais fortemente com ela. Assim, há a retenção adequada
dos componentes durante o processo de separação, e, consequentemente, uma maior
resolução que facilita a distinção entre esses componentes.
A amostra, composta por alaranjado de metila e azul de bromotimol, foi separada por
três eluentes: etanol, água destilada e ácido acético.

2.1.1 Etanol

Para a separação do alaranjado de metila, o eluente utilizado foi o etanol, pois,


visto que a molécula do alaranjado de metila é polar, é adequado que a fase móvel
também seja polar. Na Figura 2, pode-se observar a molécula do alaranjado de metila,
que é formada por vários grupos funcionais polares, como grupos hidroxila (-OH) e um
grupo sulfônico (-SO3H), ligados a um grupo azo (N=N) ligado a um anel benzeno.
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Figura 2: Estrutura do Alaranjado de Metila

Fonte: Site Passei Direto

Na Figura 3, pode-se observar a estrutura do etanol, que é formado por uma cadeia
de hidrocarbonetos, que é apolar, e um grupo hidroxila (-OH), que confere polaridade à
molécula:
Figura 3: Estrutura do etanol

Fonte: autoria própria

2.1.2 Água destilada

Para coletar o residual de etanol, foi utilizada água destilada, pois ambos são
altamente miscíveis devido às ligações de hidrogênio. Na Figura 4, pode-se observar a
molécula da água, que é polar, assim como a molécula do etanol (Figura 3).

Figura 4: Estrutura da água

Fonte: Site Toda Matéria

2.1.3 Ácido acético 50%

Para separar o azul de bromotimol, foi utilizado como eluente o ácido acético 50%,
pois ambos são formados por moléculas polares. Na Figura 5, pode-se conferir a
molécula do azul de bromotimol, que é polar, apresentando grupos funcionais polares,
como os átomos de oxigênio e enxofre:
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Figura 5: Estrutura do azul de bromotimol

Fonte: Site Wikipédia

Na Figura 6, observa-se a molécula do ácido acético, que é polar, apresentando o grupo


funcional polar carboxila (-COOH):

Figura 6: Estrutura do ácido acético

Fonte: Site Toda Matéria

2.2 SELETIVIDADE DA INTERAÇÃO DOS ELUENTES COM OS COMPONENTES DA


AMOSTRA

O etanol e o ácido acético possuem diferentes polaridades e, quando usados


separadamente como fases móveis, interagem de maneiras distintas com os compostos
na sílica gel.

2.2.1 Etanol e alaranjado de metila

O alaranjado de metila é uma molécula polar (com grupos funcionais polares, como
o grupo sulfonato (-SO3Na)) (Figura 2). O etanol é um eluente polar, possuindo o grupo
polar hidroxila (-OH). Assim, o etanol e o alaranjado de metila interagem por meio de
forças de dipolo, como ligações de hidrogênio, e outras interações intermoleculares.
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Já com o azul de bromotimol, que é uma molécula anfifílica, com partes polares
(grupos sulfonato) e partes apolares (anel aromático e cadeias hidrocarbonadas) (Figura
5), o etanol não interage adequadamente, pois é um eluente polar, tendo maior afinidade
por compostos polares. Para separá-lo, foi necessário utilizar um eluente que interaja com
suas partes polares e apolares de forma eficiente.

2.2.2 Ácido acético 50% e azul de bromotimol

O azul de bromotimol é anfifílico (com partes polares e apolares). Assim, o ácido


acético, que é um ácido fraco e menos polar que o etanol, tem uma afinidade maior pelas
partes apolares do azul de bromotimol, permitindo uma interação mais forte. Assim, esse
foi o eluente adequado para utilizar na separação.

2.3 ORDEM DE ELUIÇÃO NA COLUNA

A ordem de eluição em uma coluna cromatográfica depende das interações dos


compostos a serem separados com a fase móvel e com a fase estacionária. Os
componentes que interagem mais com a fase estacionária ficam mais retidos, assim, o
tempo de eluição é mais longo. Por outro lado, os componentes que interagem menos
com a fase estacionária ficam menos retidos e, assim, o tempo de eluição é mais curto. A
ordem de eluição (Figura 1, 2 e 3), levando em consideração o tempo, observada no
experimento (de baixo para cima) foi:

- Primeiro: alaranjado de metila


- Segundo: azul de bromotimol
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Figura 2: Decorrer do experimento


Figura 1: Início do experimento (35 min após o início) Figura 3: Fim do experimento

Fonte: autoria própria Fonte: autoria própria Fonte: autoria própria

Visto que a sílica gel (fase estacionária utilizada) é uma molécula polar, ela retém
mais os componentes polares. Ao analisar a interação do alaranjado de metila e do azul
de bromotimol (componentes a se separar) com a sílica gel (fase estacionária), pode-se
justificar a ordem de eluição observada:

2.3.1 Alaranjado de metila

O alaranjado de metila é um composto ácido e polar. Na fase estacionária de sílica


gel, que também é polar, o alaranjado de metila pode interagir através de ligações de
hidrogênio com a sílica gel, assim, o tempo de eluição do alaranjado de metila na fase
móvel é menor, se comparado ao tempo de eluição do azul de bromotimol.

2.3.2 Azul de bromotimol

O azul de bromotimol também é polar e, em comparação com o alaranjado de


metila, é menos ácido. Na fase estacionária de sílica gel, o azul de bromotimol pode
interagir através de ligações de hidrogênio e forças de dispersão de London. Essas
interações são mais fortes do que as interações com o alaranjado de metila e, assim, o
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azul de bromotimol fica mais retido na fase estacionária, resultando em um maior tempo
de eluição.

3 CONCLUSÃO

Observa-se, através da análise dos resultados expostos neste relatório, o sucesso da


prática de cromatografia em coluna, utilizando-se etanol e ácido acético 50% como
solventes. A resolução obtida entre as camadas na coluna foi boa, porém, como o tempo
de retenção dos compostos foi menor do que o indicado para a prática, a separação dos
compostos orgânicos foi satisfatória.
As frações obtidas ao fim da cromatografia em coluna também não puderam ser
analisadas qualitativamente por CCD, pois o tempo de prática não foi suficiente.
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5 REFERÊNCIAS

- SILVA, P.D; DOS SANTOS, E.L; CERQUEIRA, R.C.A; BRITO, M.P.C; BAHIA, M.V.
Manual de Laboratório: Química Orgânica - Prática PARTE 1. Salvador, Ba: IFBA, v.
8, 2023. 55p.

- BRONDANI, Patrícia Bulegon. Cromatografia em Coluna. UFSC. Santa Catarina,


2020. 11 p. Disponível em:
https://patyqmc.paginas.ufsc.br/files/2019/07/Cromatografia-em-Coluna.pdf.
Acesso em: 26 jul. 2023.

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