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Livro Eletrônico

Aula 04

Fundamentos da Educação p/ AGU (Técnico em Assuntos


Educacionais) Pós-Edital
Greisi Goulart

08975651690 - DAYANE CAROLINA TEIXEIRA COSTA


Greisi Goulart
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APRESENTAÇÃO DO TEMA

AULA 04

Educação: principais definições e conceitos, seus


fins e papel na sociedade ocidental contemporânea.
Tecnologia e Educação.

Seja bem-vindo (a) à Aula 04 do Curso de Fundamentos da


Educação para AGU, especialmente dedicado às diversas especialidades do
cargo de Técnico em Assuntos Educacionais.

Não deixe de acompanhar as novidades no canal do


aluno, por meio das nossas respostas no fórum de dúvidas e
dos nossos possíveis recados gerais com dicas
complementares, até a data da prova.

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APRESENTAÇÃO DA AULA 04

Assim como ocorrerá com as demais aulas deste curso, esta aula possui
um formato predominantemente teórico, conceitual e analítico.

A aula 03 abordará os seguintes itens constantes no tópico “Fundamentos


da Educação”, que será exigido para Técnico em Assuntos Educacionais da
AGU:

“2.Educação: principais definições e conceitos, seus fins


e papel na sociedade ocidental contemporânea. 8.
Tecnologia e Educação”.
Organizamos esta aula de forma esquemática, com alguns tópicos de
destaque (itens e conceitos que consideramos mais relevantes) de modo a
facilitar o entendimento do assunto. Claro que, os temas que serão cobrados
na prova, da forma que foram elencados no Edital, são um tanto abstratos e
muito abrangentes, permitindo que a banca exija muitos conteúdos
relacionados.

Assim, seria impossível termos a pretensão de esgotar os temas


relacionados a estes itens. Nesse sentido, focaremos nos temas cuja intuição
indica como necessários à resolução das possíveis questões da prova vindoura.

No estudo desta aula, é necessário que você mantenha a “mente aberta”,


pois entraremos num conteúdo teórico associado às ciências sociais e
humanas, onde nem sempre existem conceitos únicos, nem respostas únicas
aos problemas apresentados.

"Se você pode sonhar, você pode fazer."


Walt Disney

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IMPORTANTE: Este curso não se trata de um curso integralmente


desenvolvido em videoaulas, pelo contrário, as videoaulas que poderão vir a
ser disponibilizadas servem como complemento às aulas escritas.

Observação importante: Além das aulas em PDF, estarei


disponível para retirar dúvidas dos alunos matriculados,
por meio do fórum virtual, e, sempre que entender
necessário, disponibilizaremos materiais extras aos
matriculados, visando contribuir neste processo de
preparação para a prova.

Observação importante II: este curso é protegido por


direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98,
que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos
autorais e dá outras providências.

Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei


e prejudicam os professores que elaboram os cursos.
Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos
honestamente através do site Estratégia Concursos.

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Educação: principais definições e


conceitos, seus fins e papel na
sociedade ocidental contemporânea.
Tecnologia e Educação.

Nossa penúltima aula chegou! A primeira parte pode assustar quem não
estiver familiarizado com o tema, mas ele serve apenas para fundamentar os
temas que virão em seguida, os quais deverão realmente ser o foco da sua
banca. Esses temas, por sua vez, que tratam do papel da escola na
sociedade contemporânea, são assuntos bastante amplos, de modo que não
temos a pretensão de esgotá-lo, uma vez que isso não seria possível. A
intenção é abrir sua mente, para que, independentemente da forma como a
banca venha a trabalhar “a escola contemporânea”, você tenha condições de
responder a(s) questão(ões) e ter a sua aprovação.

Ótimos estudos! E desde já, confie em você! Você estará indo para a prova
bem preparado e com grandes chances de aprovação. Boa aula!

A função social da escola

Sociologia: ciência que estuda a sociedade, por meio da pesquisa do


comportamento humano e as formas de organização humana. Teve início
como disciplina científica relacionando-se com as revoluções Industrial e
Francesa. Aponta-nos que os homens são produtos da sociedade, assim
como esta é um produto dos homens.

SOCIOLOGIA → OBEJTO DE ESTUDO: SOCIEDADE

A Revolução Francesa e a Revolução Industrial contribuíram para


diversas transformações sociais, políticas, econômicas, espaciais,
tecnológicas e culturais, que geraram novos rearranjos sociais, que a
sociologia buscou compreender.

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Apesar de Auguste Comte (1798-1857) ser conhecido como o pai da
sociologia, foi Émile Durkheim (1858-1917) que fez com que a sociologia
passasse a ser vista como uma ciência. Para Durkheim, os fatos sociais
(valores, normas e estruturas sociais) poderiam ser estudados com
objetividade, pois entendia que a vida social era regida por leis e
princípios, os quais poderiam ser descobertos e analisados com base em
métodos das ciências naturais. Por meio do método sociológico, a
sociedade poderia ser entendida como objeto de estudo, com natureza e
dinâmicas próprias.

AUGUSTE COMTE → PAI DA SOCIOLOGIA

ÉMILE DURKHEIM → MÉTODO SOCIOLÓGICO → SOCIOLOGIA COMO


CIÊNCIA → PAI DA SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO

Para Durkheim, os fatos sociais devem ser vistos como “coisas”, para
serem individualizados e observáveis. Nessa análise, o sociólogo deve
procurar distanciar-se do objeto de estudo, deixando de lado seus valores
e sentimentos pessoais. Durkheim aponta, ainda, que um fato social tem
por base um outro fato que o impulsionou.

O sociólogo apontou três características dos fatos sociais:

Coerção social: os fatos sociais exercem uma força sobre os


indivíduos, fazendo com que eles se questionem sobre as regras da
sociedade, mas acabam sofrendo punições quando se rebelam contra
essas normas.

Exterioridade aos indivíduos: as regras sociais, as leis e os


costumes já existem quando o indivíduo nasce e são impostos a ele pela
educação, independentemente das vontades individuais ou da adesão
consciente.

Generalidade: os fatos sociais se repetem em todos os indivíduos,


ou em quase todos, de forma que é social todo fato que é geral. A
generalidade do fato é que garante a sua normalidade. Exemplos: a
moral, as formas de comunicação, de habitação, etc.

O sociólogo Durkheim acredita que a educação se organiza como


instituição para realizar uma função moralizadora da sociedade,
produzindo no homem um conjunto de valores, atitudes e indispensáveis
para coesão social. A partir desse entendimento, já podemos perceber que
Durkheim compreende a principal relação do ambiente escolar (professor-
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aluno) como uma relação em que a geração madura (professores)
socializa a geração mais jovem (educandos), socializando também o
conhecimento. Notamos, dessa forma, a concepção da educação de
Durkheim, a qual se trata de um bem social. A educação teria o papel de
garantir a manutenção de certos laços sociais por meio do
desenvolvimento de três funções:

✓ senso de disciplina,

✓ de pertencimento ao grupo e

✓ de autonomia individual dos sujeitos.

Assim, para Émile Durkheim, o processo educativo poderia beneficiar


imensamente a sociedade se fosse eficiente. Por isso, os conhecimentos
desenvolvidos pelas pesquisas em Sociologia da Educação poderiam ser
utilizados para orientar os docentes na construção de uma nova moral
educacional, embasada no racionalismo e na laicidade.

Embora Durkheim tenha sido o sociólogo que foi mais a fundo nos
estudos sobre os reais mecanismos de desenvolvimento da educação,
outros autores também podem ser destacados:

✓ Karl Marx: para o sociólogo, as relações entre indivíduo e


sociedade não poderiam ser estudadas de forma dissociada das
condições materiais em que essas relações se apoiam. No que se
refere especificamente à Sociologia da Educação, Marx
acreditava que a burguesia fazia uso da educação para
reproduzir ideologias de seu interesse. Segundo Marx, a escola
poderia contribuir para a reprodução da opressão ou para a
emancipação do indivíduo, de acordo com os princípios, valores,
conteúdos que ensinava.

✓ Max Weber: para o estudioso, a sociedade só poderia ser


compreendida por meio da análise das ações individuais
reciprocamente referidas. Weber defendia que a educação,
enquanto racionalidade instrumental de dominação burocrática,
tratava-se de um fator de seleção e estratificação social, um
instrumento de controle.

Embora cada um traga contribuições específicas, todos os


pesquisadores da sociologia educacional contribuíram para que a
educação fosse vista em um contexto social, sendo que a própria
sociedade se forma a partir dos processos educativos. Mostram-nos que

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a sociologia da educação, tendo como objeto de privilegiado a escola e
suas relações, não se caracteriza somente como formulação teórica,
sendo importante que se perceba a escola como uma instituição social
com força para fornecer elementos que nos auxiliam na compreensão da
sociedade.

Mas esse campo do conhecimento não estuda apenas as relações


sociais e de poder perpetuadas na escola, nem mesmo apenas a
importância da educação para a manutenção da sociedade. A Sociologia
da Educação também analisa outras minúcias do ambiente escolar, como
os fatores que podem interferir nos resultados escolares: notas boas ou
ruins, disciplina e indisciplina, comportamentos vistos como não
adequados, etc.

Por meio dos apontamentos da Sociologia, entende-se que os


resultados escolares não ocorrem apenas por conta da capacidade de cada
um ou inteligência individual do estudante. Embora, compreender a
individualidade seja importante, outros elementos colaboram para esses
resultados.

Assim, com a Sociologia da Educação podemos perceber que mais do


que conteúdos básicos, a escola perpetua as relações sociais, ensinando
como viver em sociedade.

Sociologia da Educação: disciplina que estuda os processos sociais de


ensino e aprendizagem, os aspectos organizacionais e institucionais que
influenciam no desenvolvimento da educação e as relações sociais que
envolvem os indivíduos inseridos nos processos educacionais.

Destaques da Sociologia da Educação


• Émile Durkheim → Pioneiro → principais obras: “Educação e
Sociologia”, “Educação Moral” e “A Educação Pedagógica na França”.

• Karl Marx e

• Max Weber.

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Educação e sociedade e a prática escolar.
Relações entre sujeitos, conhecimentos e
realidades.

Desigualdades e diferenças: cuidado com os


conceitos!
Na nossa sociedade é possível que observemos com facilidade
diversas diferenças e desigualdades.

Diferenças e desigualdades? Mas esses termos não se referem a


mesma coisa?

Claro que não!

O termo desigualdade, normalmente, expressa uma carga valorativa,


enquanto o termo diferença é utilizado apenas para demonstrar algo que
não é igual. Ou seja, quando usamos o termo diferença, estamos
deixando de lado qualquer julgamento prévio de algo como “melhor” ou
“pior”, como “inferior” e “superior”. Portanto, o diferente não é desigual.

Quando pensamos em etnia, geração, gênero, escolhas etc. estamos


utilizando o conceito de diferença. Já quando queremos nos referir às
desigualdades de oportunidades de fruição de bens, de estudo, etc.
estamos falando de desigualdades, que, entretanto, muitas vezes, são
decorrências das diferenças.

Desigualdades Socioeconômicas
As desigualdades socioeconômicas manifestam-se de formas
diferentes, de acordo com a organização de cada sociedade. As três
formas clássicas de organização social que implicam formas específicas de
sociabilidade e de desigualdade são:

1) o sistema de castas – Na antiguidade, China e Grécia


organizavam-se por este sistema. Atualmente, temos o exemplo
da Índia, que organiza seu sistema de castas com base na
hereditariedade e nas profissões. Da casta mais alta para a mais
baixa, temos os brâmanes; os xátrias; os viaxás; e os sudras. No
sistema de castas não há mobilidade social, nem mesmo contato
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físico entre membros de diferentes castas. Porém, nenhum
sistema é totalmente rígido. Os costumes, ritos e crenças dos
brâmanes são adotados pelas castas inferiores e pode haver
casamentos entre membros de castas diferentes, o que
demonstra que o sistema não é totalmente inflexível.

2) os estamentos – Como exemplo clássico temos o sistema feudal.


A grosso modo, um estamento caracteriza-se pela existência de
um conjunto de direitos e deveres, privilégios e obrigações, que
não forma, necessariamente, outorgados, mas que são
publicamente reconhecidos, reproduzidos e sustentados. Embora
fosse possível a mudança de um estamento para outro, isso não
era comum. A dinâmica dos estamentos fundamenta-se numa
relação de reciprocidade, pois, embora a terra determinasse o
poder, havia sempre um conjunto de obrigações dos servos para
com os senhores (trabalho) e destes com aqueles (proteção).

3) as classes sociais – Para Karl Marx, primeiro estudioso a analisar


as classes sociais, no capitalismo, as relações entre as classes são
regidas pelas relações entre capital e trabalho, sendo a
propriedade o fundamento e o bem maior a ser preservado.
Porém, Marx não estudou o capitalismo em toda sua amplitude. O
sociólogo optou apenas por privilegiar a dimensão fabril. Já Max
Weber dá uma explicação diferente para o conceito de classe
social. Para o autor, classe é todo grupo de indivíduos que se
encontram em uma situação semelhante de classe, com a mesma
posição social, com os mesmos acessos e as mesmas
possibilidades de aquisição material.

Até o século XV havia um direito desigual para os desiguais, as


explicações para as desigualdades socioeconômicas giravam em torno de
uma “herança natural”: cada pessoa nasce diferente e, sendo assim,
devem assumir sua condição.

A partir do século XVI, com uma série de modificações estruturais nas


nações europeias, começaram a adquirir relevância os questionamentos
acerca da existência das desigualdades. Hobbes (1588-1679) asseverava
que os homens são naturalmente iguais; Locke (1632-1704) acreditava
em uma diferença natural entre os homens; já Rousseau (1712-1778)
defendia que as desigualdades são provenientes da convivência dos
indivíduos em sociedade, e não de caráter natural.

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Desse modo, ao longo dos anos, mudanças foram ocorrendo. A
Revolução Francesa trouxe uma série de direitos políticos, sociais e civis,
mas que não beneficiaram a maior parte da população; sistema buscou
atribuir igualdade perante a lei a todos, no entanto, concretizar esse
direito em uma sociedade tão desigual em termos sociais e econômicos
não tem se demonstrado muito fácil. Assim sendo, os direitos acabam
virando privilégios de poucos. A própria educação, que deveria ser um
direito, tem sido privilégio de alguns.

Educação e sociedade

Quando falamos em educação e sociedade, temos que lembrar de


uma via de mão dupla, de uma troca. Como especifica a LDB, a educação
abrange processos que se desenvolvem no meio social:

Art. 1º A educação abrange os processos formativos que se


desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no
trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos
movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas
manifestações culturais.

Assim, ao mesmo tempo que a educação contribui para a evolução


da sociedade, esta contribui para o crescimento, a valorização e o
desenvolvimento da sua educação formal (sistema educacional) e
informal.

Para Konder (2000, p. 112):

Toda sociedade vive porque cada geração nela cuida da


formação da geração seguinte e lhe transmite algo dos seus
conhecimentos e da sua experiência, educando-a.
Não há sociedade humana sem trabalho e sem educação.

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Nesse sentido, temos que destacar o papel da escola, no sentido de
levar o conhecimento a todos, sem qualquer forma de discriminação,
formando cidadãos críticos e aptos para desempenhar seu papel social.

A própria LDB destaca o papel da escola para a formação da


sociedade quando coloca que:

Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com duração de


9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6
(seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do
cidadão, mediante:

(...)

II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema


político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se
fundamenta a sociedade;

(…) e que

Art. 43. A educação superior tem por finalidade:

(...)

II - formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores
profissionais e para a participação no desenvolvimento da
sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua;

(...)

Assim, para cumprir com seu papel social, a escola deve estar atenta
para questões atuais que envolvem o acesso fácil à informação, o uso de
novas tecnologias, a valorização das diferentes culturas, o respeito pelas
diferenças, a formação de cidadãos críticos e conscientes de seu papel
para a construção de uma sociedade mais justa e solidária.

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Desafios da educação e da sociedade do mundo
contemporâneo

Ao longo dos anos as sociedades e respectivas culturas se


transformam e, consequentemente, as exigências do mundo educacional
também. Por isso, a escola de hoje não deve ser a mesma de anos
atrás, deve acompanhar as transformações sociais e dar
respostas às novas demandas.

Nesse cenário, deve-se considerar que as informações se


tornaram mais rápidas e acessíveis, inclusive, aos educandos, que
estão cada vez mais adaptados às novas tecnologias da informação e
independentes. As informações estão em todos os lugares: nas revistas,
nas TVs, nos rádios, cinemas, computadores, celulares, etc.

Mas será que informação e conhecimento são a mesma coisa?

Não! Vamos a definição de cada termo:

Informação:

É uma mensagem construída por um conjunto de dados


devidamente organizados. A informação pode ajudar na solução de
problemas e na tomada de decisões, desde que se faça uso dela de
forma racional, por meio do conhecimento.

Já o conhecimento:

Refere-se ao saber, a ter noção de algo, relaciona-se com a


instrução e com o uso inteligente e racional da informação, ou
seja, trata-se da informação com utilidade.

Assim, embora os alunos tenham acesso facilitado à informação,


cabe ao professor atuar como mediador do conhecimento. Todavia, o
professor deve ter clareza de que, como o mundo não é regido pela
linearidade, ensinar também não é uma simples receita de bolo, em que
se faz isto e se chega ao resultado X. Nesse sentido, cabe lembrarmos do
que ensina Freire, quando explica que a educação:

“(...)implica uma busca realizada por um sujeito que é o


homem. O homem deve ser o sujeito de sua própria

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educação. Não pode ser objeto dele. Por isso, ninguém
educa ninguém.”

Desse modo, na era da informação, é preciso repensar o processo


de ensino e o uso de determinadas ferramentas frequentemente,
pois a produção de conhecimentos é incessante e o desenvolvimento de
novas tecnologias também. Trata-se de um processo constante,
crescente e irreversível, que fazem com que algumas práticas,
ferramentas e metodologias tenham que ser readaptadas.

A educação ocupa-se de influência e inter-relações que


contribuem para a formação de traços de personalidade social e
de caráter. Envolve ideais, valores, modos de agir, os quais podem ser
traduzidos em convicções ideológicas, morais, políticas e em desafios da
vida cotidiana. Nesse sentido, no mundo contemporâneo, também não
se pode esquecer do papel da educação como formadora de
identidade. Cabe à escola estar atenta, visto que na atualidade o
mesmo indivíduo tem que adaptar-se a várias identidades.

Alberto Melucci (apud ARAÚJO, 2014) utiliza a expressão


“identização” para se referir ao "caráter processual, auto-reflexivo e
construído da definição de nós mesmos". Sendo a identidade para o
autor, "um processo de constante negociação entre as diversas
partes do eu, tempos diversos do eu e ambientes ou sistemas
diversos de relações, nos quais cada um está inserido", e que
capacita o sujeito para responder pelos múltiplos e contraditórios
elementos que lhe formam nos diversos momentos.

Assim, as transformações e as exigências da sociedade atual


fazem com que a escola também tenha que adotar um perfil
contemporâneo, ajudando o indivíduo a responder aos desafios
que lhe serão apresentados.

Dessa maneira, a educação escolar deve fazer uso dos mais


diversos instrumentos para a socialização dos conhecimentos
científicos e tecnológicos, já que o uso racional das informações
das diversas ciências é indispensável para o exercício da
cidadania.

Nesse sentido, temos o que ensina Morin (1999), segundo o qual a


educação deve organizar-se em torno de quatro pilares:

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• aprender a conhecer - adquirir os mecanismos da
compreensão;

• aprender a fazer - para poder agir sobre o meio;

• aprender a viver juntos - a fim de participar e cooperar


com os outros indivíduos na variadas atividades humanas;

• aprender a ser - via essencial que integra as três


precedentes.

Assim, a educação contemporânea deve ultrapassar as ideias


puramente instrumentais da educação, considerada fundamental
para o alcance de certas metas (de saber fazer, econômicas, etc.) para
a considerar em sua plenitude, ou seja, capaz de atuar sobre a
totalidade do ser.

Dessa forma, a educação contemporânea, voltada para as novas


exigências de nossa sociedade deve considerar que:

• as tecnologias vêm mudando os conceitos de tempo,


espaço e ensino;

• compete à educação o desenvolvimento integral da


pessoa humana;

• os educandos devem ser preparados para viver em


uma sociedade tecnológica e globalizada;

• o mundo atual não muda apenas o modo de ensinar e


aprender na escola, muda também o que se necessita
saber;

• o eixo dos conteúdos deve ser modificado para o eixo das


competências e habilidades.

Destarte, cabe a escola criar condições que garantam o aprendizado


de conteúdos úteis para a vida em sociedade oferecendo, por meio
dos mais variados instrumentos da didática, possibilidades de
compreensão da realidade, bem como favorecendo a participação
dos educandos nas instâncias da sociedade em que vivem.

Dessa forma, deve-se deixar de lado a lógica do acordo, do


consenso e da homogeneidade para utilizar a lógica da experiência,
que é aquela que produz diferença, heterogeneidade e pluralidade

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(LARROSA, 2014). Uma forma de fazer isso é oferecer um ensino
contextualizado, com elementos da vida do educando e com
conteúdos que façam sentido para eles. Trata-se de tornar a disciplina
aplicável no dia a dia do aluno, ou ao menos, num futuro, em uma
perspectiva real.

O que deve buscar a escola contemporânea para atender as


exigências de nossa sociedade atual?

✓ Tornar a escola interessante;

✓ Utilizar novas tecnologias;

✓ Fazer uso da contextualização, interdisciplinaridade e


transversalidade;

✓ Os professores devem ser constantemente capacitados;

✓ Utilizar os antigos recursos de maneira readaptada;

✓ A escola deve preocupar-se em formar pensadores, etc.

Exigências de um novo perfil de cidadão

A educação é um fenômeno social e universal, sendo que cada


sociedade precisa auxiliar na formação de seus partícipes em
sentido amplo, ou seja, precisa ajudar no desenvolvimento de
capacidades físicas, emocionais e morais, formando um cidadão, apto a
participar da comunidade de forma ativa e transformadora.

Assim, compete às Políticas Públicas para a Educação e à Didática,


bem como ao conjunto de ações delas decorrentes (o Currículo, a
Formação do Professor, o Financiamento da Educação etc.), tornarem
efetivo o processo de ensino e aprendizagem, de acordo com a opção
de cidadão que se deseja formar, e ao tipo de sociedade a que se
planeja.

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Dessa forma, na era da informação, o professor deve atuar como um
facilitador do aprendizado, como já defendia em outros tempos, a
proposta Humanista de Carl Rogers (1902 – 1987). Para isso, a escola deve
preparar o cidadão para o seu meio social, devendo o professor
planejar sua prática de acordo com a realidade de seus alunos.

Assim, a educação contemporânea deve contribuir para a formação


de pensadores, de modo que o educando, o qual, no geral, tem acesso a
uma grande gama de informação, seja capaz de controlar suas emoções,
fazer seus julgamentos e desenvolver sua inteligência.

O produto da escola pós-moderna, por tanto, vai além de um sujeito


educado para o trabalho deve ser um cidadão dotado de competências
técnicas, sociável, comprometido com o bem comum, com conhecimento
dos pressupostos científicos e da sua comunidade, de forma que seja capaz
de intervir qualitativamente na sua realidade, exercendo a cidadania.

Porém, para isso, é importante que a escola esteja comprometida em


avaliar constantemente seu currículo e sua didática, incorporando as
mudanças que se fizerem necessárias, para que a educação vá, de fato,
além das funções clássicas, e possibilite ao educando o gerenciamento de
seus pensamentos e de sua existência. Afinal, a escola não pode limitar-se
a conteúdos clássicos desconectados da realidade do aluno e de seus
problemas reais.

Portanto, a educação escolar deve focar na formação humana,


desenvolvendo o sujeito não para um futuro distante, mas para a vida em
um sentido amplo. Assim, os educadores precisam se utilizar de todos os
meios possíveis para tornar a escola prazerosa e dotá-la de significado para
seus educandos.

A educação é um fenômeno social e universal, sendo que cada


sociedade precisa auxiliar na formação de seus partícipes em
sentido amplo, ou seja, precisa ajudar no desenvolvimento de
capacidades físicas, emocionais e morais, formando um cidadão, apto
a participar da comunidade de forma ativa e transformadora.

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Mas como tornar a escola mais interessante?

Visando tornar a escola mais interessante, cabe ao educador se


perguntar: O que os alunos buscam? O que os atrai? Em que contexto
social estão inseridos?

Sabe-se que, independentemente de motivação, os alunos vão a


escola por uma obrigação imposta pelo governo, sociedade e seus pais.
Mas, para a escola se tornar enriquecedora e emancipadora, ela precisa
de alunos envolvidos e motivados, que percebam a importância do
ambiente escolar e a capacidade deste de os auxiliar no seu
desenvolvimento.

Considerando o acesso fácil a informação e a necessidade de a escola


fazer a ponte entre o conhecimento e a sua aplicação, temos que,
necessariamente, falar da didática. Afinal, a didática investiga os processos
de ensino e de aprendizagem, sendo a responsável por produzir objetivos
de ensino a partir de objetivos sociopolíticos, pedagógicos. É a didática que
define o que ensinar (conteúdos) e como ensinar (métodos), a partir das
capacidades e necessidades cognitivas, emocionais e sociais do educando
e, claro, dos objetivos de aprendizagem. A Didática generaliza processos e
procedimentos, visto que está vinculada à teoria da Organização Escolar,
bem como, à Teoria do Conhecimento e às Teorias da Aprendizagem.

Resumidamente, temos que a Didática envolve:

• os cursos para formação de professores;

• o conteúdo que enfatiza a forma de se organizar o ensino;

• a disciplina que trata dos meios, do processo e das


técnicas de ensino;

Outros diversos aspectos: o homem, como sujeito; o conhecimento;


a própria escola; os métodos de ensino; o educando; o professor; o
ensino e aprendizagem; as avaliações de aprendizagem.

Assim, toda a Didática precisa ser repensada e readequada para


tornar as aulas interessantes, ou seja, é necessário que se desenvolva
estratégias inovadoras de ensino, que vão além do uso de novas
tecnologias. Muitas vezes, cabe ao professor utilizar aqueles recursos
que há muito tempo fazem parte das salas de aula (os tradicionais, como

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livros, canetas e papéis), porém a partir de uma nova perspectiva,
contextualizando seu uso, sua aplicabilidade, o modo como pode facilitar
o aprendizado do conteúdo que está sendo trabalhado, etc. A criatividade
do professor e da escola deve envolver projetos diferenciados que se
utilizem da contextualização, da interdisciplinaridade e da
transversalidade, visando tornar o processo de ensino e
aprendizagem mais dinâmico e interativo.

Nesse sentido, podemos lembrar os ensinamentos de Jacotot que


nos diz que para a educação ser emancipadora, é necessário que haja
um mestre que tenha como princípio a igualdade das inteligências, indo
além da mera atitude de explicar. Essa emancipação intelectual não deve
ser institucionalizada, mas praticada, porque se trata de um princípio
político que nos remete a outra forma de educar, ensinar e aprender. Em
uma educação emancipadora, ensinar é disponibilizar signos, oferecendo
um exemplo do aprender; sendo que o aprender se dá quando o
indivíduo é capaz de seguir esses signos por si mesmo.

Assim, deve haver uma reflexão a respeito das teorias


educacionais prescritas e suas contradições, como o currículo
escolar engessante, o qual, padronizando o pensamento, menospreza
a experiência.

Entre os exemplos de inovação da escola contemporânea, podemos


citar o ensino gramificado.

Ensino gramificado, professor?

É! O ensino gramificado se utiliza de jogos educativos, criando


desafios, pontuações, rankings, etc. São capazes de motivar, pois, no
geral, melhoram a atenção, o aluno que erra pode tentar de novo,
evitando a exposição da nota baixa da prova e, muitas vezes, ainda há a
possibilidade premiar os educandos.

Outro fator que é fundamental nos dias de hoje, é o uso de


tecnologias. A sociedade pós-moderna, contemporânea ou informática
desloca o saber para o saber fazer. Assim, por conta as exigências da
sociedade um dos maiores desafios da escola é transformar a
tecnologia em aliada da educação. Afinal, não há mais como negar
que os computadores, tablets e smartphones fazem parte da realidade
educacional do século XXI. Todavia, é importante que as ferramentas
tecnológicas sejam vistas como um meio de potencializar o ensino e a
aprendizagem e não como um fim em si mesmas. As tecnologias podem
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auxiliar pesquisas, a troca de informações, a interação entre os
estudantes e entre os estudantes e o professor, no esclarecimento de
dúvidas, em leituras complementares, na formação de grupos de
discussão e estudos, etc.

Claro que lidar com tecnologias e com a velocidade de suas


transformações geram muitos desafios. É preciso ter em mente que em
muitas escolas públicas os recursos tecnológicos estão restritos à sala de
Tevê Escola ou laboratórios de Informática, muitas vezes,
“ultrapassados”. Nesse sentido, a escola deve buscar proporcionar o
acesso democrático à informação.

Além da escassez de recursos para adequação das salas de aula, há


necessidade de investimento em cursos de aperfeiçoamento do corpo
docente. Assim, a escola e o professor devem envidar esforços para
suprir todas essas possíveis carências e precisam ter consciência de que,
mesmo em um ambiente escolar dotado de variadas ferramentas
tecnológicas, os professores foram e continuarão sendo mediadores
indispensáveis para o processo de ensino e aprendizagem.

Outro fator importante para a escola contemporânea desenvolver


um bom relacionamento no ambiente escolar. Cabe destacar que
este ambiente é construído desde as fases de planejamento, incluindo os
momentos de construção e reconstrução dos significados das práticas em
sala de aula. Assim, podemos constatar que a gestão pedagógica é uma
parte importante desse processo, pois a esta cabe o estabelecimento de
objetivos específicos, bem como a definição das ações em função dos
objetivos e do perfil dos educandos e da comunidade na qual a escola
está inserida.

A escola contemporânea deve auxiliar na formação de um


cidadão dotado de competências técnicas, sociável,
comprometido com o bem comum, com conhecimento dos
pressupostos científicos e da sua comunidade, de forma que seja
capaz de intervir qualitativamente na sua realidade, exercendo a
cidadania.

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Tecnologia e Educação

Muitas dos métodos e técnicas tradicionais podem ser adaptados


para serem desenvolvidas com o auxílio das Tecnologias da Informação e
Comunicação (TICs).

Mas o que são as TICs?

As Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), ou


simplesmente Tecnologias da Informação (TI), referem-se às diferentes
formas de tecnologias que contribuem para o processo de
disponibilização da informação e de comunicação. Dizem respeito,
portanto, as funções de hardware, software e telecomunicações. São
utilizadas em diversos segmentos.

Mas como elas são utilizadas no segmento educacional?

As TICs fornecem recursos didáticos apropriados às diferenças do


alunado, possibilitando a adequação do processo de ensino-
aprendizagem a diversos contextos. As TICs podem ser utilizadas de
formas variadas, facilitando a pesquisa, por meio do acesso facilitado a
diversas fontes de informação, bem como oportunizando ao professor
formas diferenciadas de apresentar os saberes (imagens, filmes,
músicas, etc.). As TICs ainda podem criar ambientes virtuais de
aprendizagem, no qual, além do acesso a informação, pode haver troca
entre alunos e entre estes e os professores.

➔ A internet tem contribuído significativamente com a difusão do


uso das TICs.

É importante destacar que o uso das tecnologias da informação por


si só não melhora, necessariamente, o processo de ensino-
aprendizagem. A inclusão de tecnologias na educação precisa considerar
multifatores, entre os quais:

✓ o domínio do professor sobre as tecnologias existentes e sua


utilização na prática, e isso envolve, além de uma boa
formação acadêmica, a formação continuada do professor;

✓ uma escola dotada de boa estrutura física e material, que


possibilite a utilização de tecnologias durante as aulas;

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✓ motivação por parte do professor para aprender e inovar em
sua prática pedagógica;

✓ integração da utilização de novas tecnologias aos diversos


conteúdos e disciplinas;

✓ contextualização e interdisciplinaridade; etc.

Função histórico-cultural da escola

O entendimento de várias culturas contribui para a diminuição de


preconceitos e, ainda, para que haja abertura à influência de outras
culturas que, na visão do indivíduo, podem vir a ser úteis e
interessantes. Facilita o entendimento da história, das
transformações sociais, das carências e demandas de uma
comunidade. Além disso, sabe-se que a pluralidade cultural faz parte do
contexto brasileiro e, consequentemente, está, de alguma forma,
presente no contexto escolar, manifestando-se em diversas áreas: nas
artes, nas músicas e danças, na culinária, no modo de falarmos, etc.
Ainda, tem-se que o conhecimento da diversidade cultural facilita a
compreensão, o respeito e o desenvolvimento da organização
política, econômica e social, afinal, a escola deve desenvolver
cidadãos críticos e conscientes.

Dessa forma, é possível perceber que há diversas razões para a


escola oportunizar as diferenças e estimular o desenvolvimento do
conhecimento em diferentes níveis de aprendizagem, afinal, o ensino
deve ir além da transmissão de informações técnicas e científicas,
envolvendo os diversos fatores capazes de contribuir para a formação
dos saberes. Nesse sentido, temos a percepção de Freire, que entende
que o processo educativo é formado pela relação entre o currículo, o
conhecimento e a cultura, devendo a escola possibilitar ao
educando a compreensão de que nossa sociedade é fruto da
evolução histórica, política, social, cultural e econômica, sendo um
processo que iniciou-se no passado, mas que continua nos dias atuais,
visto que a história é construída por nós, indivíduos.

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Temos que ter em mente, também, que só somos capazes de
viver em sociedade porque, de alguma forma, aprendemos sua
cultura, mas que somos também responsáveis pelas mudanças
que se produzem na sociedade. Diz-se que o homem não nasce “ser
social”, mas torna-se pelo contato que estabelece com as outras
pessoas.

Sabe-se, ainda, que, embora a cultura brasileira seja formada pela


junção de diversas etnias e culturas, pela diversidade de paisagens e
fisionomias, algumas vezes, essa diversidade produz conflitos nos mais
variados ambientes, podendo chegar até a escola.

Desse modo, o currículo, que deve contribuir para a formação de


cidadãos críticos e comprometidos com o social, deve explorar a
diversidade cultural.

Freire entende que o processo educativo é formado pela relação


entre o currículo, o conhecimento e a cultura, devendo a escola
possibilitar ao educando a compreensão de que nossa sociedade é fruto
da evolução histórica, política, social, cultural e econômica. Este é um
processo que iniciou-se no passado, mas que continua nos dias atuais,
visto que a história é construída por nós, indivíduos.

Por que trabalhar a pluralidade cultural na escola?

• Exigências normativas;

• Os educandos precisam conhecer diversas culturas;

• Contribui para formação de cidadãos mais críticos e sociáveis;

• Contribui com o combate ao preconceito e com o respeito pelas


diferenças;

• A pluralidade cultural faz parte do contexto brasileiro, etc.

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Alguns temas contemporâneos, aos quais a escola precisa


estar atenta...

Pluralidade e combate ao Bullying


Trabalhar a pluralidade e o respeito às diferenças na escola ainda é
uma ótima forma de combater o bullying.

Mas você sabe o que é bullying?

Com certeza você já ouviu falar e tem uma noção a respeito do


assunto. Mas, para “concursos, é fundamental que saibamos que a há
uma definição em lei, a qual instituiu, em 2015, o Programa de Combate
à Intimidação Sistemática (Bullying), com vistas a fundamentar as ações
do Ministério da Educação e das Secretarias Estaduais e Municipais de
Educação, bem como de outros órgãos, aos quais a matéria diz respeito.

Assim, a Lei nº 13.185/2015 estabelece que se considera


intimidação sistemática (bullying):

“todo ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo


que ocorre sem motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo,
contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la,
causando dor e angústia à vítima, em uma relação de desequilíbrio de
poder entre as partes envolvidas”.

➔ Caracteriza-se a intimidação sistemática (bullying) quando há


violência física ou psicológica em atos de intimidação,
humilhação ou discriminação e, ainda:

✓ ataques físicos;

✓ insultos pessoais;

✓ comentários sistemáticos e apelidos pejorativos;

✓ ameaças por quaisquer meios;

✓ grafites depreciativos;

✓ expressões preconceituosas;

✓ isolamento social consciente e premeditado;

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✓ pilhérias.

Mesmo se praticados pela internet, esses atos são considerados


bullying, ou mais especificamente, cyberbullying:

Cyberbullying → quando há intimidação sistemática na rede


mundial de computadores, por meio dos instrumentos que lhe são
próprios para depreciar, incitar a violência, adulterar fotos e dados
pessoais com o intuito de criar meios de constrangimento psicossocial.

A intimidação sistemática (bullying) pode ser classificada,


conforme as ações praticadas, como:

Classificação das formas de bullying de acordo com a Lei nº 13.185/2015

Verbal Moral Sexual Social Físico Material Psicológica Virtual

insultar, xingar e difamar, assediar, ignorar, socar, furtar, perseguir, depreciar,


apelidar caluniar, induzir isolar e chutar, roubar, amedrontar, enviar
pejorativamente; disseminar e/ou excluir; bater; destruir aterrorizar, mensagens
rumores; abusar; pertences intimidar, intrusivas da
de dominar, intimidade,
outrem; manipular, enviar ou
chantagear adulterar fotos e
e infernizar; dados pessoais
que resultem
em sofrimento
ou com o intuito
de
criar meios de
constrangimento
psicológico e
social.

Com relação ao Programa de Combate à Intimidação Sistemática


(Bullying), este tem como objetivos:

Atente-se aos destaques!

1. prevenir e combater a prática da intimidação sistemática


(bullying) em toda a sociedade;

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2. capacitar docentes e equipes pedagógicas para a
implementação das ações de discussão, prevenção, orientação
e solução do problema;

3. implementar e disseminar campanhas de educação,


conscientização e informação;

4. instituir práticas de conduta e orientação de pais, familiares e


responsáveis diante da identificação de vítimas e agressores;

5. dar assistência psicológica, social e jurídica às vítimas e aos


agressores;

6. integrar os meios de comunicação de massa com as escolas e


a sociedade, como forma de identificação e conscientização do
problema e forma de preveni-lo e combatê-lo;

7. promover a cidadania, a capacidade empática e o respeito a


terceiros, nos marcos de uma cultura de paz e tolerância
mútua;

8. evitar, tanto quanto possível, a punição dos agressores,


privilegiando mecanismos e instrumentos alternativos que
promovam a efetiva responsabilização e a mudança de
comportamento hostil;

9. promover medidas de conscientização, prevenção e combate a


todos os tipos de violência, com ênfase nas práticas
recorrentes de intimidação sistemática (bullying), ou
constrangimento físico e psicológico, cometidas por alunos,
professores e outros profissionais integrantes de escola e de
comunidade escolar.

➔ Observe que não são só os alunos que cometem bullying. A intimidação


pode ser praticada por qualquer pessoa, incluindo os próprios
professores.

➔ Saiba que, de acordo com a Lei: é dever do estabelecimento de ensino,


dos clubes e das agremiações recreativas assegurar medidas de
conscientização, prevenção, diagnose e combate à violência e à
intimidação sistemática (bullying).

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➔ De acordo com a Lei, deverão ser relatórios bimestrais das ocorrências
de intimidação sistemática (bullying) nos Estados e Municípios para
planejamento das ações.

➔ Para a implementação e a correta execução dos objetivos e diretrizes do


Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying), os entes
federados (Estados e Municípios) poderão firmar convênios e
estabelecer parcerias.

Pluralidade e combate aos distúrbios alimentares


Mas o que são os transtornos alimentares?

Transtornos alimentares: qualquer tipo de alteração relacionada à


alimentação, podendo ocorrer por conta de questões metabólicas,
fisiológicas, econômicas e psicológicas.

Atualmente, um dos principais causadores são fatores socioculturais,


que firmam um “padrão de beleza”, associado à magreza, impossível de
ser atingido pela maioria da população. Todos os que estão fora desse
padrão, são julgados como inadequados, feios, incapazes.

Mas qual a relação da escola com tudo isso?

Conforme sabemos a escola é influenciada pelos fatores culturais e


sociais, bem como capaz de influenciar transformações nestes. Nesse
sentido, cabe frisar que o público mais atingido pelas mídias e que tem
buscado esse padrão de beleza são os adolescentes, os quais passam
parte significativa de seus dias dentro da escola. E aí entra o papel da
escola.

Como combater? Infelizmente, deixando-se levar por essas ideias


advindas da sociedade, muitas vezes, os próprios mestres acabam, sem
perceber, incentivando a manutenção de um pensamento que pode ser
destrutivo (a busca do padrão de beleza). Nesse sentido, todos os
professores devem estar atentos aos seus comentários e observações.

Mas, considerando a função social da escola, há mais que esta


possa fazer. É preciso que todos os profissionais da educação estejam
atentos aos comportamentos das crianças e jovens.

O bullying é uma das formas que pode fazer com que um educando
desenvolva um transtorno alimentar. A cobrança excessiva das famílias
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pela perfeição, nos seus diversos aspectos, também pode contribuir.
Cabe que esses casos específicos sejam combatidos pela escola.

Num âmbito mais amplo, cabe a escola agir de forma preventiva,


combatendo o bullying, o estabelecimento de padrões, desenvolvendo
campanhas e estudos a respeito da alimentação saudável, dos benefícios
dos exercícios físicos para nossa saúde e bem-estar.

Mas como identificar um jovem que já esteja passando por


esse problema?

Para isso, os profissionais da educação precisam conhecer os


principais transtornos e estarem atentos às crianças e jovens com os
quais trabalhem.

ANOREXIA NERVOSA: Perda de peso intensa, devido a uma restrição


alimentar auto imposta, com ou sem comportamentos bulímicos. A
anorexia nervosa ocasiona a distorção da imagem corporal: a pessoa se
vê gorda, quando, na verdade, todos percebem sua magreza. Principais
sinais: perda rápida de peso; magreza esquelética; interesse em saber
tudo sobre os alimentos; alimentos escondidos (guardam para comer
em um momento de ansiedade, mas, em seguida, vomitam); dias sem
comer; preocupação excessiva com o peso e a imagem; tristeza e/ ou
depressão, que podem estar associada a um ganho mínimo de peso;
fraqueza; mal humor; desidratação; queda de cabelos; distúrbios
gastrointestinais. Pode levar a morte, sendo a arritmia cardíaca uma
das suas principais causas.

BULIMIA NERVOSA: Períodos de compulsão, em que há a ingestão


excessiva de alimentos, seguida alimentar, os episódios bulímicos,
normalmente associados a um descontrole emocional. Todavia, para
não ganhar peso, em seguida fazem uso de métodos compensatórios,
como vômitos auto induzidos, uso de laxantes, anorexígenos e
diuréticos. Esse descontrole é acompanhado, posteriormente, por
sentimento de culpa, angústia e/ ou vergonha. Os bulímicos costumam
ter um peso normal, já que não costumam ter uma distorção da própria
imagem tão significativa, como no caso dos anoréxicos. Porém, podem
desenvolver diversas complicações, como: inflamações no tubo
digestivo, provocadas pelo esforço para vomitar; alterações da função
intestinal; desidratação; menstruação irregular, no caso das meninas.
Podem, ainda, em decorrência, desenvolver deficiências de vitaminas e
sais minerais, como cálcio, potássio e magnésio, que são essenciais

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para o organismo, podendo surgir, ainda, complicações
cardiovasculares.

OBESIDADE: Distúrbio do metabolismo energético, ocasionada pela


associação de fatores genéticos e comportamentais. Caracteriza-se
como doença crônica e complexa, de etiologia multifatorial.

ORTOREXIA: Caracteriza-se pela busca insaciável de alimentos cada


vez mais naturais e puros. Costuma iniciar-se com pequenos cortes na
alimentação. A pessoa deixa de comer carne, por exemplo, e, depois,
começa a abster-se de todos os derivados de animais. Como algumas
pessoas fazem isso sem nenhum acompanhamento de médicos ou
nutricionistas, acabam deixando, por vezes, de ingerir importantes
nutrientes, comprometendo a manutenção do seu organismo.

➔ Assim, com vistas a cumprir sua função social, a escola deve


tratar abertamente do assunto, desenvolver campanhas
relacionadas à boa saúde física e emocional. Trabalhar a
pluralidade contribui significativamente, já que muitos desses
distúrbios são ocasionados por problemas psicológicos, como os
de baixo autoestima e ansiedade.

➔ Lembre-se que, assim como o bullying, os distúrbios alimentares


podem ser tratados de forma transversal, sendo inseridos no
contexto de várias disciplinas ou no desenvolvimento de
atividades interdisciplinares.

Pluralidade e a diversidade sexual e de gênero; o


combate ao machismo e à LGBTfobia.
Diversidade sexual e de gênero: trata-se das várias formas de
vivência e de manifestação da sexualidade. O termo é utilizado para o
tratamento inclusivo que deve ser dado a toda a diversidade de sexos,
orientações sexuais e identidades de gênero.

Sexo Biológico: conjunto de informações cromossômicas e


características fisiológicas que distinguem “machos” e “fêmeas”. Existem
pessoas que podem apresentar características de ambos os sexos, casos
chamados de Intersexos.

Orientação sexual: atração afetiva e/ou sexual que uma pessoa


manifesta em relação à outra pessoa. Os principais tipos são:
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✓ Heterossexual - pessoa que sente atração por pessoas do
sexo/gênero oposto.

✓ Homossexual - pessoa que sente atração por pessoas do mesmo


sexo/gênero (gays, lésbicas).

✓ Bissexual - pessoa que sente atração por pessoas de ambos os


sexos/gêneros.

Atenção! Não é recomendado o uso do termo “opção sexual”, visto o


entendimento de que a orientação sexual (termo correto) não se trata de
uma escolha.

Gênero: visa distinguir a dimensão biológica (machos e fêmeas) da


dimensão social, que se expressa pela cultura. Nesse sentido, homens e
mulheres são produtos de uma realidade social e cultural historicamente
construída e não decorrência direta da anatomia de seus corpos.

Atenção! Sexo é biológico, gênero é construção social!

Machismo: supervalorização das características físicas e culturais


associadas com o sexo masculino; exagerado senso de orgulho
masculino; virilidade agressiva; macheza.

LGBTfobia: forte aversão, medo, repugnância, ódio, preconceito que


algumas pessoas sustentam contra os homossexuais, lésbicas, gays,
bissexuais, transexuais, travestis e transgêneros.

Feitos esses esclarecimentos, vamos refletir um pouco de a


escola trabalhar esses assuntos:

Orientação sexual
Muitas vezes a família evita conversar sobre sexualidade com seus
filhos. Consequentemente, a responsabilidade acaba recaindo sobre a
escola, que precisa sanar dúvidas de seus discentes, bem como
conscientizá-los sobre a prevenção de doenças, preconceitos, respeito
por si e pelo outro.

Trata-se de um tema que, embora tenha envolvido as sociedades de


todos os tempos, pode sofrer diferenças no seu tratamento, visto que a
forma como as questões se manifestam na sociedade também se
transformam. Nesse sentido e considerando a forma diferente como o

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tema pode ser encarado nas famílias, é comum que o professor se
choque com alunos extremamente tímidos para falar do assunto, assim
como os outros o tratem por meio de piadas. Assim, é fundamental que
o professor crie um ambiente propício à aprendizagem sexual. Um
ambiente que transmita a relevância do tema, bem como a sua
naturalidade; que leve os alunos a entenderem a necessidade do
conhecer a si mesmo, para, futuramente, poder conhecer e respeitar o
seu parceiro ou parceira.

Importante destacarmos que a sexualidade trata-se deum tema


transversal e como tal, pode ser abordado ao longo de todo o currículo,
podendo o professor fazer uso da interdisciplinaridade com diversas
áreas do conhecimento.

A educação ou orientação sexual (como citado nos PCNs) deve


iniciar-se cedo. Na educação infantil, o corpo humano deve começar a
ser trabalhado, comportamentos adequados e inadequados, até mesmo
para que elas sejam alertadas quanto às ações de abuso. Para isso, um
material didático adequado para a idade deve ser escolhido, de modo
que as respostas as perguntas sobre “de onde vêm os bebês?”, “por que
meu corpo é diferente?” sejam respondidas com naturalidade.

A chegada da puberdade deve ser tratada ainda com maior atenção,


já que é uma fase que traz muitas inseguranças para os jovens e muitas
dúvidas.

No ensino médio, as discussões devem ganhar dimensões maiores,


sobre o impacto de suas ações para ele, aqueles que estão a sua volta e
sociedade, sobre os preconceitos incutidos no nosso meio, sobre a
solidariedade com os portadores de doenças, como HIV, bem como com
culturas diferentes.

Importante!

✓ Em 1998, os Parâmetros Curriculares Nacionais formalizaram a


recomendação de inclusão da educação sexual, sob a nomenclatura de
“orientação sexual”, na educação básica de forma transversal.

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✓ Nos PCNs inclui-se a discussão de temas como “gênero, sexo,
masturbação, doenças sexualmente transmissíveis, gravidez não
planejada etc.”

✓ Os PCNs afirmam que a orientação sexual não é uma disciplina a ser


inserida na grade de disciplinas, mas sim um conteúdo que deve ser
abordado de maneira transversal e interdisciplinar pelas diversas áreas
do conhecimento.

✓ Temas contemporâneos, como bullying, transtornos alimentares,


orientação sexual, escolhas profissionais, entre outros, exigem formação
constante do professor. Justamente por se tratarem de temas
contemporâneos, podem surgir novas respostas a qualquer tempo para
questões relacionadas a esses temas. Portanto, a formação continuada
com vistas a prepara o professor para lidar com temas desse tipo é
muito importante.

Integração escola-família e comunidade

Para Libâneo (2004):

“A participação é o principal meio de se assegurar a


gestão democrática da escola, possibilitando o envolvimento de
profissionais e usuários no processo de tomada de decisões e no
funcionamento da organização escolar. Alem disso, proporciona um
melhor conhecimento dos objetivos e metas, da estrutura
organizacional e de sua dinâmica, das relações da escola com a
comunidade, e favorece uma aproximação maior entre
professores, alunos, pais”.

Assim, observa-se que a participação nas decisões da escola


favorece o dinamismo, a compreensão e satisfação de todos, bem
como o alcance das metas estipuladas, pois, conhecendo as metas e
sentindo-se parte do processo de construção destas, todos se sentem
mais responsáveis pelo seu atingimento.

Um instrumento que auxilia significativamente na construção de


um trabalho coletivo é o Projeto Político-pedagógico, já estudado
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por nós, especialmente se ele é construído de forma coletiva
(como deve ser). Só para relembrar:

O Projeto Político-Pedagógico de uma escola é o instrumento


teórico-metodológico, definidor das relações da escola com a
comunidade a quem vai atender, explicita o que se vai fazer, porque
se vai fazer, para que se vai fazer, para quem se vai fazer e como se
vai fazer. É nele que se estabelece a ponte entre a política
educacional do município e a população, por meio da definição
dos princípios, dos objetivos educacionais, do método de ação e das
práticas que serão adotadas para favorecer o processo de
desenvolvimento e de aprendizagem das crianças e
adolescentes da comunidade. Seu desenvolvimento requer
reflexão, organização de ações e a participação de todos -
professores, funcionários, pais e alunos, num processo
coletivo de construção. Sua sistematização nunca é definitiva, o
que exige um planejamento participativo, que se aperfeiçoa
constantemente durante a caminhada.(MEC)

No que se refere ao papel do professor na integração escola-


família e comunidade, entre outras questões que poderiam ser
levantadas, está o fato de que, ao desenvolver seu papel nos
instrumentos de planejamento e gestão da escola, deve estimular a
participação das famílias, valorizando suas opiniões (isso não significa
que o professor deve acatar a todas as opiniões, mas deve respeitá-
las e procurar compreendê-las, analisando a viabilidade ou não das
propostas), deve também se mostrar aberto e receptivo dando o
feedback relacionado às questões que lhe competem.

Essa postura do professor deve ser levada para todas as


instâncias nas quais o professor atue como um representante da
escola, sejam instâncias formais ou mesmo no contato direto com os
pais e responsáveis pela criança.

Cabe frisar que, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da


Educação Nacional e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA),
as escolas têm a obrigação de promover a articulação com as
famílias, bem como os pais têm o direito a informações sobre
o processo pedagógico e de participar das definições atreladas
às propostas educacionais.

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Uma dúvida que sempre surge é “os pais tem a obrigação de
ajudar no ensino dos conteúdos e os professores em ensinar bons
modos?” Nesse viés achamos muito propícia esta colocação de
Antônio Carlos Gomes da Costa, pedagogo mineiro e um dos
redatores do ECA: "O papel do pai e da mãe é estimular o
comportamento de estudante nos filhos, mostrando interesse pelo
que eles aprendem e incentivando a pesquisa e a leitura"
(gestãoescolar.org.br).

Nesse sentido, os professores devem orientar os pais, tirar


dúvidas e subsidiá-los com informações sobre o processo de
ensino e de aprendizagem. Devem ainda colaborar na difusão
dos objetivos da unidade escolar, dos projetos desenvolvidos
por esta, das formas de participação e levando ideias para os
conselhos (de classe e deliberativo) sobre meios que auxiliem na
efetivação da colaboração escola-família.

Abaixo seguem algumas sugestões que podem ser desenvolvidas


pelos professores ou corpo dirigente da escola e que auxiliam na
construção de um trabalho colaborativo:

1. Apresentar a escola e os funcionários da escola à família.

2. Fazer entrevista com os pais e os alunos.

3. Assegurar a participação no projeto político pedagógico

4. Expor o currículo e os projetos.

5. Promover reuniões em horários adequados para os


responsáveis e focar a pauta no processo de ensino.

6. Agir de forma respeitosa com aqueles pais que têm mais


dificuldades em participar dos encontros

7. Informar sobre as dificuldades, as facilidades e demais


questões relacionadas à aprendizagem da criança.

8. Dar visibilidade às produções dos educandos.

7. Informar a comunidade, pelos mais diversos meios, sobre o


andamento da escola.

9. Demonstrar respeito e transparência com todos.

10. Constituir a Associação de Pais e Mestres (APM).


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11. . Incentivar a participação no conselho escolar.

12. Disponibilizar um espaço para realização de eventos e


promovê-los sempre que possível (reuniões, festas e comemorações).

13. Difundir informações que ajudam a educar.

14. Visitar as famílias dos educandos.

Dessa forma, o mais importante é termos em mente que o


envolvimento da comunidade, dos pais e de todos os funcionários da
escola nas suas decisões favorece o dinamismo, a compreensão e
satisfação de todos, bem como o alcance das metas
estipuladas, pois, conhecendo as metas e sentindo-se parte do
processo de construção destas, todos se sentem mais
responsáveis pelo seu atingimento. Além disso, os professores
melhor poderão direcionar as práticas pedagógicas
desenvolvidas em sala, pois só a partir do conhecimento do
contexto escolar (que envolve comunidade, família, etc.) é que um
planejamento poderá ser feito adequadamente.

Por fim, pode-se afirmar que: família participativa = estudantes


estimulados, professores motivados, escola com melhor desempenho.

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As questões e seus comentários aprofundam e complementam os


conhecimentos vistos na aula. Além disso, aproveitaremos para revisar
assuntos estudados em aulas anteriores. Por isso, resolva as questões e leia os
comentários. Na aula de hoje, em especial, é muito importante uma leitura
atenta. São assuntos que precisam ser refletidos, pois, devido a amplitude do
tema, temos que ir para a prova com base teórica, mas, especialmente, com
uma capacidade crítico-reflexiva.

QUADRIX 2017 – PROFESSOR – SEDF

1) Considerando as formas de oferta e de organização da


educação, julgue o item que se segue.

Em relação às tecnologias da informação e comunicação (TIC),


que podem trazer dados, imagens e resumos de forma rápida e
atraente, a aquisição de informações e de dados pelo aluno
depende cada vez menos do professor, cabendo ao professor o
papel de ajudá-lo a interpretar, relacionar e contextualizar
esses dados.
Resposta: Certo. De fato, atualmente os alunos têm fácil acesso a uma
grande quantidade de dados e informações. Cabe ao professor auxiliá-los no
uso desses dados e na interpretação crítica das informações.

QUADRIX 2017 – PROFESSOR - ADMINISTRAÇÃO – SEDF

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2) Analise a tirinha acima e, considerando a interrelação entre


a prática pedagógica e as áreas de conhecimento, julgue o
seguinte item.

É de extrema importância a implementação da linguagem


digital nas escolas de Educação Infantil, de modo a promover o
desenvolvimento integral das crianças com até cinco anos de
idade.

Resposta: Certo. De fato, hoje em dia, as tecnologias precisam ser utilizadas


desde a educação infantil. As tecnologias fazem parte do nosso dia-a-dia e
precisam ser ofertadas às crianças para seu desenvolvimento integral.

IDECAN - 2016 - ESPECIALISTA DE EDUCAÇÃO - SUPORTE


PEDAGÓGICO – SEARH-RN

3) Analise os trechos correlatos.


I. “González Rey (2001) nos leva a uma reflexão que rompe
com o sistema tradicional de ensino de que ensinar e aprender
são relações de mão única (o professor ensina, ou seja,
transmite o conteúdo e o aluno decora esse conteúdo sem
questionar e discutir); o mesmo autor nos propõe a ideia de que
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a sala de aula não é simplesmente um cenário relacionado com
os processos de ensinar e aprender. Nela aparecem, como
constituintes de todas as atividades aí desenvolvidas,
elementos de sentido e significação procedentes de outras
zonas de experiência social, tanto de alunos quanto de
professores. Sabemos que cada um constrói sua história,
vivencia fatos, experiências coletivas e individuais."
PORTANTO
II. “A sala de aula é o lugar em que há uma reunião de seres
pensantes que compartilham ideias, trocam
experiências, contam histórias, enfrentam desafios, rompem
com o velho, buscam o novo, enfim, há pessoas que trazem
e carregam consigo saberes cotidianos que foram
internalizados durante sua trajetória de vida, saberes esses
que precisam ser rompidos para dar lugar a novos saberes. O
aluno precisa se apropriar das informações que circulam nos
meios sociais e culturais para transformá las em conhecimento.
Não podemos perder de vista que essas informações deveriam
fazer sentido para a vida desse sujeito, para que ele possa ser
articulado com suas ações, seus objetivos e seus sonhos e
outras aspirações que tenha."
Assinale a alternativa correta.
A . Os trechos I e II são falsos.
B . O trecho I é verdadeiro e II, falso.
C . O trecho I é verdadeiro e o II complementa o I.
D . O trecho I é verdadeiro e o II não complementa o I.

Resposta: C. Os dois trechos estão corretos. Vale a releitura.

IDECAN - 2016 – PROFESSOR DE ENSINO RELIGIOSO – SEARH-RN

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4) Para Paulo Freire (1984, p. 23), é necessário entender a
educação não apenas como ensino, não no sentido de habilitar,
de “dar" competência, mas no sentido de humanizar. A
pedagogia que trata dos processos de humanização, a escola, a
teoria pedagógica e a pesquisa, nas instâncias educativas,
devem assumir a educação enquanto processos temporal,
dinâmico e libertador, aqueles em que todos desejam se tornar
cada vez mais humanos. A escola demonstra ter se esquecido
disso, tanto nas relações que exerce com a criança, quanto com
a pessoa adolescente, jovem e adulta.

A gestão democrática, educa se para a conquista da cidadania


plena, mediante a ação conjunta que busca, nos movimentos
sociais, elementos para criar e recriar o trabalho na escola,
mediante:

I. Compreensão da globalidade da pessoa, enquanto ser que


aprende, que sonha e ousa, em busca da conquista de uma
convivência social libertadora fundamentada na ética cidadã.

II. Implementação dos processos e procedimentos


burocráticos, assumindo os planos pedagógicos, os objetivos
institucionais e educacionais pelo corpo pedagógico e técnico a
escola as atividades educacionais como forma de buscar
soluções conjuntas.

III. Restrição das relações interpessoais, tornando se mais


solitários, gerindo se de tal modo, que se sintam independentes
a conhecer melhor os seus propósitos, e a trabalhar
individualmente sem traduzir as suas dificuldades e
expectativas pessoais e profissionais, pois isto pode causar

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desconforto a si e aos demais.

IV. Instauração de relações entre os estudantes,


proporcionando lhes espaços de convivência e situações de
aprendizagem, por meio dos quais aprendam a se compreender
e se organizar em equipes de estudos e de práticas esportivas,
artísticas e políticas.

V. Presença articuladora e mobilizadora do gestor no cotidiano


da instituição e nos espaços com os quais a instituição escolar
interage, em busca da qualidade social das aprendizagens que
lhe caiba desenvolver, com transparência e responsabilidade.
Estão corretas apenas as afirmativas

A . I e IV.
B . I, IV e V.
C . II, III e IV.
D . III, IV e V.

Resposta: B. A II está incorreta, porque a gestão democrática, requer a


participação, e não a implementação de procedimentos burocráticos. Já a III
está errada, visto que a gestão democrática visa ampliar as relações
interpessoais, mas não as restringir.

CESPE 2015 – TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS – MPOG

5) Com relação à comunicação e à interação grupal no processo de


planejamento, julgue o item a seguir.

Na participação em um grupo, seja ele social, de estudo ou de


trabalho, deve-se ter comprometimento com os objetivos
pessoais de cada um dos participantes.

Resposta: Errada. Naturalmente, para que um grupo alcance seus respectivos


objetivos, todos precisam agir pensando no coletivo. Essa orientação é muito
válida para as ações da escola, estejam estas relacionadas diretamente aos

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processos de ensino-aprendizagem (trabalhos/ pesquisas em grupo), seja nas
ações de gestão, afinal a escola precisa cumprir com seu papel social.

IESES 2015 – ARQUITETURA DE COMPUTADORES/ ESTRUTURA DE


DADOS/ SISTEMAS OPERACIONAIS – IFC-SC

6) O conhecimento humano, dependendo dos diferentes


referenciais, é explicado diversamente em sua gênese e
desenvolvimento, o que condiciona conceitos diversos de homem,
mundo, cultura, sociedade educação, etc. Diversos autores têm
analisado e comparado as abordagens do processo de ensino
aprendizagem classificando e agrupando as correntes teóricas
segundo critérios diferentes. Assim, no que se refere à
Abordagem Sociocultural, é INCORRETO afirmar:

a) O diálogo e os grupos de discussão são fundamentais para o


aprendizado.

b) Os objetivos educacionais são definidos a partir das


necessidades concretas do contexto histórico social no qual se
encontram os sujeitos.

c) A relação entre professor e aluno deve ser vertical.

d) Os temas geradores para o ensino devem ser extraídos da


prática de vida dos educandos.

Resposta: C. Na Abordagem Sociocultural de Mizukami, é o educador que


direciona e conduz o processo de ensino e aprendizagem, sendo a relação
entre professor e aluno horizontal, de modo que ambos possam se posicionar
como sujeitos do ato de conhecimento. Apenas para complementar, Mizukami
é estudiosa do processo de ensino-aprendizagem, o qual explica por meio de
cinco abordagens: a tradicional, a comportamentalista, a humanista, a
cognitivista e a sociocultural. Esta última percebe o educando como uma
pessoa concreta, objetiva, que determina e é determinada pelo social, político,
econômico, individual (pela história). De acordo com ela, o homem é sujeito da
própria educação.

FCC -2012- ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO - SEE-MG

7) A escola inclusiva baseia-se na defesa de princípios e valores


éticos, nos ideais de cidadania, justiça e igualdade para todos.
Para que se torne realidade, a escola precisa responder às
necessidades dos alunos. Nesse sentido, é fundamental

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a) uma transformação e democratização da educação que
envolva o compromisso de pais, professores, especialistas,
agentes do poder público e de outros atores sociais.

b) que a escola seja um espaço que receba todas as crianças


indistintamente e possa se adaptar de tal forma que não precise
de aparelhamento específico, professores especializados e nem
reformas do espaço físico.

c) evitar discussões na sala de aula que possam evidenciar


posicionamentos diferenciados, pois cada grupo deve garantir
sua identidade podendo se defender da perda de suas
características, mantendo-as intactas.

d) um currículo diferenciado para cada segmento da sociedade,


adaptando os conteúdos escolares às especificidades dos alunos,
sejam elas de fundo social, econômico, cultural, étnico, religioso,
político, físico ou intelectual.

Resposta: A. A letra “b” está incorreta, pois para receber toda as crianças, que
é o ideal, a escola terá que se adaptar, precisando, portanto de aparelhamento
específico, professores especializados e nem reformas do espaço físico. A “c”
está incorreta, pois discussões com opiniões diferenciadas são comuns em um
ambiente de aprendizagem e podem enriquecer esse processo se forem bem
conduzidas e, claro, respeitosas. A letra “d”, por sua vez, erra ao falar em um
currículo adaptado para cada segmento da sociedade. O currículo será um para
a escola, porém passível de adaptações/ flexibilizações de acordo com as
necessidades individuais dos alunos.

FCC- 2011- ANALISTA JUDICIÁRIO- ESPECIALIDADE PEDAGOGIA -


TRT23

8) Em relação à diversidade cultural, pode-se afirmar que


práticas educativas são coerentes quando se considera que

a) manifestações culturais não devem compor o currículo escolar


porque não produzem conhecimento formal.

b) diferentes crenças, opções políticas e ideológicas, saberes,


práticas sociais, diferentes manifestações de grupos raciais,
étnicos, também constituem um currículo escolar.

c) na educação infantil não se faz necessário desenvolver


atividades desta ordem, visto que as crianças não têm ainda
compreensão das diferenças sócio- culturais.
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d) a diversidade cultural deve ser aceita nas escolas como
estratégia para a contenção de manifestações de protesto e
violência.

e) o respeito às diferentes formas de linguagem implica em que


não se corrijam os erros gramaticais no ciclo inicial da
alfabetização.

Resposta: B. Conforme vimos, é relevante que os educandos conheçam


diversas culturas, para se tornarem mais críticos e sociáveis. A letra “a” está
errada, porque as manifestações culturais devem compor o currículo e geram
sim conhecimentos formais. A letra “c” está incorreta, pois a educação para a
diversidade cultural já deve ser iniciada na educação infantil. Já a letra “d” está
errada, visto que o ensino da pluralidade/ diversidade cultural visa objetivos
mais amplos. A letra “e”, por fim, erra ao afirmar que os erros de gramática
não devem ser corrigidos. Embora deva haver respeito às diferentes formas de
linguagem, os erros gramaticais devem ser corrigidos.

VUNESP – 2018 – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA I – PREFEITURA


DE GARÇA - SP

9) É correto afirmar que Auad (2016) defende, em sua obra


Educar meninas e meninos - relações de gênero na escola, que

a) sexo e gênero são sinônimos, portanto designam pessoas do


mesmo sexo ou do mesmo gênero.

b) o gênero humano é relevante, pois se trata de uma diferença


anatômica, responsável pela continuidade da espécie humana.

c) gênero e sexo são sinônimos, porque ambos dizem respeito às


características físicas de homens e mulheres.

d) as diferenças entre homens e mulheres são naturais, pois cada


um desses grupos possuem atributos diferentes.

e) sexo é percebido como uma questão relativa à biologia,


enquanto o gênero é uma construção histórica a partir de fatos
genéticos.

Resposta: E. Quanto às incorretas:

a) Sexo e gênero não são sinônimos.

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b) Sexo se refere a uma diferença anatômica, mas não gênero.

c) Gênero não diz respeito a características físicas, mas sim ao como o


indivíduo se percebe.

d) A assertiva está incorreta porque generalizou, como se homens e


mulheres tivessem diferenças inatas que comprometessem, por
exemplo, o desenvolvimento das mesmas atividades.

IF-SC – 2017 – PROFESSOR - PEDAGOGIA – IF-SC

10) De acordo com estudos relacionados às questões de gênero,


há diferença entre sexo, orientação sexual, identidade de gênero
e expressão de gênero.

Analise o quadro a seguir e associe as colunas corretamente.

Assinale a alternativa que contém a ordem CORRETA de


associação de cima para baixo

a) 1Db, 2Ad, 3Ca, 4Bc

b) 1Aa, 2Dd, 3Bb, 4Cc

c) 1Db, 2Bc, 3Cd, 4Aa

d) 1Ac, 2Ca, 3Dc, 4Bb

e) 1Db, 2Ad, 3Cc, 4Ba

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Resposta: A.

Sexo -> É definido por uma configuração de cromossomos, hormônios,


gônadas, unidades reprodutivas e anatomia interna e externa. Ex.: macho,
fêmea, intersexual.

Orientação Sexual -> Indica por quem a pessoa sente atração física e/ou
emocional. Ex.: homossexual, heterossexual, bissexual, assexual, pansexual
(aquele que sente atração sexual ou amorosa por uma pessoa,
independentemente do sexo ou da identidade de gênero).

Identidade de gênero -> Refere-se a como a pessoa pensa a respeito de si


mesma. É a maneira como ela se identifica. Ex.: transgênero (expressa
gênero diferente do sexo), homem, mulher.

Expressão de gênero -> Diz respeito a como a pessoa demonstra seu gênero
pela forma de agir, se vestir, interagir e se expressar. Ex.: andrógino (mistura
características femininas e masculinas), homem, mulher.

IF-SC – 2017 – PROFESSOR - PEDAGOGIA – IF-SC

11) No artigo “Gênero e sexualidade: pedagogias


contemporâneas”, Guacira Lopes Louro (2008) retoma a frase de
Simone de Beauvoir “Ninguém nasce mulher: torna-se mulher”
para introduzir as discussões sobre gênero e sexualidade.
Ademais, menciona que, atualmente, essa frase poderia ser
compreendida também no masculino. Ao fazer isso, ela evidencia
seu entendimento em relação ao assunto.

Qual das alternativas a seguir expressa a compreensão da


autora?

a) Tornar-se mulher ou tornar-se homem não resulta de um ato


único, inaugural, como o nascimento. Ao invés disso, diz
respeito a uma construção que acontece em meio a cultura.

b) Ao nascer, o sexo da pessoa não está definido. Em função


disso, tornar-se mulher ou tornar-se homem resulta das
aprendizagens que são construídas pelo indivíduo ao longo da
vida.

c) Tornar-se mulher ou tornar-se homem é algo determinado pelo


sexo da pessoa.

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d) Como, ao nascer, o sexo da pessoa não está definido, depois
de uma certa idade, ela deve optar por tornar-se mulher ou
tornar-se homem.

e) Tornar-se mulher ou tornar-se homem tem relação direta com


a orientação sexual da pessoa.

Resposta: A. Conforme vimos, a sexualidade e suas manifestações decorrem


de uma série de fatores, sendo o “sexo” apenas um dos elementos de
caracterização.

CS-UFG – 2017 – ASSISTENTE DE ALUNOS – IF-GO

12) A escola tem sido apontada como espaço de intervenção


sobre a sexualidade do adolescente. Mais que um problema
moral, trata-se de um problema de saúde pública. (ALTMAN,
2003, p.283). Por suas características, a educação sexual deve
envolver a família e a escola. Temas como a prevenção da
gravidez precoce e de doenças sexualmente transmissíveis são
importantes, mas precisam estar associados a práticas que
promovam:

a) o entendimento sobre o que é dar ou receber um


consentimento sexual e perceber quando algo ou alguém passou
dos limites.

b) a consciência corporal sobre os limites dados por cada faixa


etária e os riscos de práticas excessivas na idade adulta.

c) o conhecimento do corpo, a valorização e os cuidados estéticos


necessários à sua saúde como condição necessária para usufruir
de prazer sexual.

d) o respeito à diversidade de valores e aos comportamentos


relativos à sexualidade e à valorização das formas convencionais
de sua expressão.

Resposta: A. Quanto às incorretas:

b) Riscos de práticas excessivas na vida adulta? Isso existe?! Excessivas em


que sentido?!

c) Cuidados estéticos necessários à saúde? O que uma coisa tem a ver com a
outra?
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d) O problema da assertiva está em falar na “valorização das formas
convencionais de expressão”, pois, continuamente a sociedade, sua cultura e,
consequentemente, as formas de expressão estão se transformando. Então,
não há razão para a escola valorizar apenas as formas tradicionais de
expressão, agindo de forma preconceituosa com o que for novo.

PREFEITURA DE FORTALEZA – 2018 – ASSISTENTE DE EDUCAÇÃO


INFANTIL – PREFEITURA DE FORTALEZA - CE

13) Leia o trecho a seguir:

“A integração família e escola tem sido tema de muitos debates


educacionais nos últimos anos e, de acordo com teóricos, a
parceria entre essas instituições pode contribuir para a melhoria
da educação de crianças e jovens. Considerando que a vida
familiar e a vida escolar são simultâneas, fica clara a importância
do diálogo entre família e escola, o que tornará mais positiva e
significativa a formação dos sujeitos.” (FORTALEZA, 2016, p. 54)

Com base no trecho acima, que fala sobre a importância da


parceria entre família e escola, marque o item correto.

a) A necessidade da articulação entre família e escola para o


êxito do processo educativo ainda é algo questionável.

b) O diálogo entre família e escola precisa ser estabelecido desde


o momento da matrícula, principalmente quando se trata de
crianças pequenas.

c) O responsável pelo processo de matrícula não precisa deixar


claro para os pais o interesse da instituição pelas
particularidades de cada criança. É dispensável colher
informações sobre a situação familiar, condições de nascimento,
hábitos de alimentação e de sono, dentre outros.

d) Para o primeiro dia de aula o espaço físico da escola deve ser


organizado para proporcionar uma boa acolhida apenas para os
alunos. Os pais devem ir embora e não podem participar do
período de adaptação.

Resposta: B. Quanto às incorretas:

a) O diálogo entre família e escola é fundamental.

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c) O responsável pela matrícula já precisa deixar claro o interesse da escola
pelas particularidades da criança. É indispensável colher essas
informações com a família.

d) Os pais precisam ser sempre bem acolhidos e podem participar do


período de adaptação. Naturalmente, a escola deve orientar os pais com
boas práticas para facilitar a adaptação. Mas a escola deve ser sempre
um ambiente acolhedor para a criança e a família.

CESPE – 2018 – TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS – IFF

14) No que se refere à relação entre escola e família, assinale a


opção correta.

a) A escola e a família são responsáveis pela sistematização e


organização dos conteúdos escolares, pois cabe a todos zelar
pela aprendizagem dos filhos.

b) As famílias devem acompanhar diariamente as tarefas de casa,


e os professores devem zelar pelo cumprimento dos dias letivos
estabelecidos no calendário escolar.

c) A escola deve reduzir o número de reuniões de pais, porque é


mais produtivo conversar individualmente com os pais dos alunos
que apresentem algum problema; assim, juntos, podem construir
uma solução.

d) A família e a escola constituem os dois principais ambientes de


desenvolvimento humano nas sociedades ocidentais
contemporâneas, sendo importante o envolvimento dos pais nas
atividades curriculares da escola.

e) Família e escola têm os mesmos objetivos e as mesmas


responsabilidades no que se refere à escolarização das crianças e
jovens.

Resposta: D. O candidato pode ter ficado em dúvida entre a “d” e a “b’, mas
perceba que os professores precisam passar tarefas para casa que os alunos
consigam desenvolver sozinhos. Naturalmente, os pais devem acompanhar a
vida escolar de seus filhos, mas não, necessariamente, a tarefa de casa precisa
ser acompanhada diariamente.

PR-4 – 2017 – ASSISTENTE DE ALUNOS – UFRJ

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15) A violência relacionada a práticas discriminatórias
resultantes de pré-concepções quanto à raça mostra-se evidente
na comunidade escolar. Os relatos a seguir foram dados
coletados de uma pesquisa realizada em escola pública de
Florianópolis.

“A minha filha sofre preconceito na escola, mas é o inverso. A


maioria dos alunos são negros e minha filha é branca. Aí por ser
branca, ela é completamente discriminada na escola. Já
ameaçaram até de cortar o cabelo dela, que tem o cabelo liso,
comprido e loiro.” “_ o que essa loira aguada tá fazendo aqui?”
(grupo focal de pais de escola pública em Florianópolis).

“De fato, existe, por parte de vários alunos, de membros do corpo


técnico-pedagógico e de pais, o reconhecimento de que há
preconceito racial na escola. Isso frizado principalmente pelos
que foram vitimizados, aos quais são dirigidas expressões como
negona, molambo, fedorenta e cabelo de Bombril.”

(ABRAMOVAY, M. ; RUA. M. das G. pág. 46).

Nos relatos apresentados, são evidenciadas formas de


discriminação. Os valores invadem a escola e não sendo
discutidos educativamente contribuem para a formação de
preconceito. Neste sentido, é correto afirmar que preconceito
pode se caracterizar como um:

a) ato agressivo de forma intencional e excessiva para ameaçar


ou cometer algum ato que resulte em acidente.

b) juízo pré-concebido que se manifesta numa atitude


discriminatória perante pessoas, crenças, sentimentos e
tendências de comportamento.

c) conjunto de regras adquiridas através da cultura, da educação,


do cotidiano que orientam o comportamento humano dentro de
uma sociedade.

d) juízo concebido que se manifesta em ações solidárias junto ao


sentimento das pessoas.

e) juízo pré-concebido cristalizado em fundamentos críticos,


isentos de sentimentos e de tendências discriminatórias.

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Resposta: B. Questão tranquila. A definição correta está na letra “b”.

CESPE – 2017 – TÉCNICO MUNICIPAL – NÍVEL SUPERIOR – PSICOLOGIA


– PREFEITURA DE SÃO LUÍS

16) No contexto escolar, o fenômeno bullying é uma forma de


violência que tem chamado a atenção de educadores e pais pelas
sérias implicações a ele associadas. A respeito desse fenômeno, é
correto afirmar que

a) a vítima típica é aquela que provoca e atrai reações


agressivas.

b) as características pessoais do agressor não são um fator que


influencia ou estimula as ações agressivas.

c) ele tem relação direta com o clima organizacional da escola.

d) ele ocorre em contextos sociais específicos, e não em qualquer


contexto social.

e) é caracterizado pelo potencial de poder causar traumas


psíquicos, pelo desequilíbrio de poder entre agressor e vítima e
pela intencionalidade da ação.

Resposta: E. Quanto às incorretas:

a) Não costuma ser a vítima quem atrai ou provoca reações.

b) As características pessoais do agressor influencia em suas ações agressivas.

c) O bullying não tem uma relação direta com o clima do ambiente escolar.

d) Ele pode ocorrer em qualquer contexto social, entre os mais ricos, mais
pobres, etc.

CESPE 2013 – PROFESSOR PLENO I - SEDUC-CE

17) Com relação às características e às propriedades relativas à


didática e à formação dos professores, assinale a opção correta:

a) A relação entre o professor, o aluno e o ensino de conceitos


científicos constitui uma tríade na qual convergem apenas estudos
teóricos de diferentes domínios do conhecimento.

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b) Didática é a articulação entre teoria e prática na formação do
professor.

c) A formação do professor de biologia é complexa e envolve


inúmeras disciplinas que, pela especificidade de cada uma delas,
não devem se complementar.

d) Um dos princípios gerais da didática é o foco em conteúdos e


atividades de ensino que tenham sentido essencialmente
pedagógicos.

e) Uma formação global e integral de professores de biologia


requer especialização do professor em determinada disciplina do
curso.

Resposta: B. Tranquila esta questão. Mas vamos aproveitar para aprofundar.


Primeiro cabe lembrar que didática pode ser entendida como “o tratamento
dos preceitos científicos que orientam a atividade educativa de modo a torná-la
eficiente. De maneira mais abreviada, 'a arte de transmitir conhecimentos;
técnica de ensinar (COMENIUS apud CORDEIRO, 2015). Além disso, para
esclarecer as assertivas que estão erradas, cabe lembrar que, de acordo com
Libâneo (2013), “a Didática e as metodologias específicas das matérias de
ensino formam uma unidade, mantendo entre si relações recíprocas. A Didática
trata da teoria geral do ensino. As metodologias específicas, integrando o
campo da Didática, ocupam-se dos conteúdos e métodos próprios de cada
matéria na sua relação com fins educacionais.” Perceba que, embora possamos
ter uma visão geral sobre didática e sobre metodologias e métodos de ensino,
cada disciplina, assim como se ocupa de seus conteúdos, deve se preocupar
com as metodologias específicas e os métodos mais apropriados para o
desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem daquele conteúdo. No
entanto, a Didática é fundamental para qualquer atuação docente, ou seja,
para o ensino de conteúdos de qualquer disciplina.

Educação não transforma o mundo.

Educação muda pessoas.

Pessoas transformam o mundo”.


Paulo Freire

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Seguem as questões vistas nesta aula, sem os comentários, para você


praticar e ver se, realmente, conseguiu absorver o conteúdo. Hora de praticar!

QUADRIX 2017 – PROFESSOR – SEDF

1) Considerando as formas de oferta e de organização da


educação, julgue o item que se segue.

Em relação às tecnologias da informação e comunicação (TIC),


que podem trazer dados, imagens e resumos de forma rápida e
atraente, a aquisição de informações e de dados pelo aluno
depende cada vez menos do professor, cabendo ao professor o
papel de ajudá-lo a interpretar, relacionar e contextualizar
esses dados.

QUADRIX 2017 – PROFESSOR - ADMINISTRAÇÃO – SEDF

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2) Analise a tirinha acima e, considerando a interrelação entre


a prática pedagógica e as áreas de conhecimento, julgue o
seguinte item.

É de extrema importância a implementação da linguagem


digital nas escolas de Educação Infantil, de modo a promover o
desenvolvimento integral das crianças com até cinco anos de
idade.

IDECAN - 2016 - ESPECIALISTA DE EDUCAÇÃO - SUPORTE


PEDAGÓGICO – SEARH-RN

3) Analise os trechos correlatos.


I. “González Rey (2001) nos leva a uma reflexão que rompe
com o sistema tradicional de ensino de que ensinar e aprender
são relações de mão única (o professor ensina, ou seja,
transmite o conteúdo e o aluno decora esse conteúdo sem
questionar e discutir); o mesmo autor nos propõe a ideia de que
a sala de aula não é simplesmente um cenário relacionado com
os processos de ensinar e aprender. Nela aparecem, como
constituintes de todas as atividades aí desenvolvidas,
elementos de sentido e significação procedentes de outras
zonas de experiência social, tanto de alunos quanto de
professores. Sabemos que cada um constrói sua história,
vivencia fatos, experiências coletivas e individuais."
PORTANTO
II. “A sala de aula é o lugar em que há uma reunião de seres
pensantes que compartilham ideias, trocam
experiências, contam histórias, enfrentam desafios, rompem
com o velho, buscam o novo, enfim, há pessoas que trazem
e carregam consigo saberes cotidianos que foram

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internalizados durante sua trajetória de vida, saberes esses


que precisam ser rompidos para dar lugar a novos saberes. O
aluno precisa se apropriar das informações que circulam nos
meios sociais e culturais para transformá las em conhecimento.
Não podemos perder de vista que essas informações deveriam
fazer sentido para a vida desse sujeito, para que ele possa ser
articulado com suas ações, seus objetivos e seus sonhos e
outras aspirações que tenha."
Assinale a alternativa correta.
==c5d27==

A . Os trechos I e II são falsos.


B . O trecho I é verdadeiro e II, falso.
C . O trecho I é verdadeiro e o II complementa o I.
D . O trecho I é verdadeiro e o II não complementa o I.

IDECAN - 2016 – PROFESSOR DE ENSINO RELIGIOSO – SEARH-RN

6) Para Paulo Freire (1984, p. 23), é necessário entender a


educação não apenas como ensino, não no sentido de habilitar,
de “dar" competência, mas no sentido de humanizar. A
pedagogia que trata dos processos de humanização, a escola, a
teoria pedagógica e a pesquisa, nas instâncias educativas,
devem assumir a educação enquanto processos temporal,
dinâmico e libertador, aqueles em que todos desejam se tornar
cada vez mais humanos. A escola demonstra ter se esquecido
disso, tanto nas relações que exerce com a criança, quanto com
a pessoa adolescente, jovem e adulta.

A gestão democrática, educa se para a conquista da cidadania


plena, mediante a ação conjunta que busca, nos movimentos
sociais, elementos para criar e recriar o trabalho na escola,
mediante:

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I. Compreensão da globalidade da pessoa, enquanto ser que


aprende, que sonha e ousa, em busca da conquista de uma
convivência social libertadora fundamentada na ética cidadã.

II. Implementação dos processos e procedimentos


burocráticos, assumindo os planos pedagógicos, os objetivos
institucionais e educacionais pelo corpo pedagógico e técnico a
escola as atividades educacionais como forma de buscar
soluções conjuntas.

III. Restrição das relações interpessoais, tornando se mais


solitários, gerindo se de tal modo, que se sintam independentes
a conhecer melhor os seus propósitos, e a trabalhar
individualmente sem traduzir as suas dificuldades e
expectativas pessoais e profissionais, pois isto pode causar
desconforto a si e aos demais.

IV. Instauração de relações entre os estudantes,


proporcionando lhes espaços de convivência e situações de
aprendizagem, por meio dos quais aprendam a se compreender
e se organizar em equipes de estudos e de práticas esportivas,
artísticas e políticas.

V. Presença articuladora e mobilizadora do gestor no cotidiano


da instituição e nos espaços com os quais a instituição escolar
interage, em busca da qualidade social das aprendizagens que
lhe caiba desenvolver, com transparência e responsabilidade.
Estão corretas apenas as afirmativas

A . I e IV.

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B . I, IV e V.
C . II, III e IV.
D . III, IV e V.

CESPE 2015 – TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS – MPOG

5) Com relação à comunicação e à interação grupal no


processo de planejamento, julgue o item a seguir.

Na participação em um grupo, seja ele social, de estudo ou de


trabalho, deve-se ter comprometimento com os objetivos
pessoais de cada um dos participantes.

IESES 2015 – ARQUITETURA DE COMPUTADORES/ ESTRUTURA DE


DADOS/ SISTEMAS OPERACIONAIS – IFC-SC

6) O conhecimento humano, dependendo dos diferentes


referenciais, é explicado diversamente em sua gênese e
desenvolvimento, o que condiciona conceitos diversos de homem,
mundo, cultura, sociedade educação, etc. Diversos autores têm
analisado e comparado as abordagens do processo de ensino
aprendizagem classificando e agrupando as correntes teóricas
segundo critérios diferentes. Assim, no que se refere à
Abordagem Sociocultural, é INCORRETO afirmar:

a) O diálogo e os grupos de discussão são fundamentais para o


aprendizado.

b) Os objetivos educacionais são definidos a partir das


necessidades concretas do contexto histórico social no qual se
encontram os sujeitos.

c) A relação entre professor e aluno deve ser vertical.

d) Os temas geradores para o ensino devem ser extraídos da


prática de vida dos educandos.

FCC -2012- ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO - SEE-MG

7) A escola inclusiva baseia-se na defesa de princípios e valores


éticos, nos ideais de cidadania, justiça e igualdade para todos.

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Para que se torne realidade, a escola precisa responder às


necessidades dos alunos. Nesse sentido, é fundamental

a) uma transformação e democratização da educação que


envolva o compromisso de pais, professores, especialistas,
agentes do poder público e de outros atores sociais.

b) que a escola seja um espaço que receba todas as crianças


indistintamente e possa se adaptar de tal forma que não precise
de aparelhamento específico, professores especializados e nem
reformas do espaço físico.

c) evitar discussões na sala de aula que possam evidenciar


posicionamentos diferenciados, pois cada grupo deve garantir
sua identidade podendo se defender da perda de suas
características, mantendo-as intactas.

d) um currículo diferenciado para cada segmento da sociedade,


adaptando os conteúdos escolares às especificidades dos alunos,
sejam elas de fundo social, econômico, cultural, étnico, religioso,
político, físico ou intelectual.

FCC- 2011- ANALISTA JUDICIÁRIO- ESPECIALIDADE PEDAGOGIA -


TRT23

8) Em relação à diversidade cultural, pode-se afirmar que


práticas educativas são coerentes quando se considera que

a) manifestações culturais não devem compor o currículo escolar


porque não produzem conhecimento formal.

b) diferentes crenças, opções políticas e ideológicas, saberes,


práticas sociais, diferentes manifestações de grupos raciais,
étnicos, também constituem um currículo escolar.

c) na educação infantil não se faz necessário desenvolver


atividades desta ordem, visto que as crianças não têm ainda
compreensão das diferenças sócio- culturais.

d) a diversidade cultural deve ser aceita nas escolas como


estratégia para a contenção de manifestações de protesto e
violência.

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e) o respeito às diferentes formas de linguagem implica em que


não se corrijam os erros gramaticais no ciclo inicial da
alfabetização.

VUNESP – 2018 – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA I – PREFEITURA


DE GARÇA - SP

9) É correto afirmar que Auad (2016) defende, em sua obra


Educar meninas e meninos - relações de gênero na escola, que

a) sexo e gênero são sinônimos, portanto designam pessoas do


mesmo sexo ou do mesmo gênero.

b) o gênero humano é relevante, pois se trata de uma diferença


anatômica, responsável pela continuidade da espécie humana.

c) gênero e sexo são sinônimos, porque ambos dizem respeito às


características físicas de homens e mulheres.

d) as diferenças entre homens e mulheres são naturais, pois cada


um desses grupos possuem atributos diferentes.

e) sexo é percebido como uma questão relativa à biologia,


enquanto o gênero é uma construção histórica a partir de fatos
genéticos.

IF-SC – 2017 – PROFESSOR - PEDAGOGIA – IF-SC

10) De acordo com estudos relacionados às questões de gênero,


há diferença entre sexo, orientação sexual, identidade de gênero
e expressão de gênero.

Analise o quadro a seguir e associe as colunas corretamente.

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Assinale a alternativa que contém a ordem CORRETA de


associação de cima para baixo

a) 1Db, 2Ad, 3Ca, 4Bc

b) 1Aa, 2Dd, 3Bb, 4Cc

c) 1Db, 2Bc, 3Cd, 4Aa

d) 1Ac, 2Ca, 3Dc, 4Bb

e) 1Db, 2Ad, 3Cc, 4Ba

IF-SC – 2017 – PROFESSOR - PEDAGOGIA – IF-SC

11) No artigo “Gênero e sexualidade: pedagogias


contemporâneas”, Guacira Lopes Louro (2008) retoma a frase de
Simone de Beauvoir “Ninguém nasce mulher: torna-se mulher”
para introduzir as discussões sobre gênero e sexualidade.
Ademais, menciona que, atualmente, essa frase poderia ser
compreendida também no masculino. Ao fazer isso, ela evidencia
seu entendimento em relação ao assunto.

Qual das alternativas a seguir expressa a compreensão da


autora?

a) Tornar-se mulher ou tornar-se homem não resulta de um ato


único, inaugural, como o nascimento. Ao invés disso, diz
respeito a uma construção que acontece em meio a cultura.

b) Ao nascer, o sexo da pessoa não está definido. Em função


disso, tornar-se mulher ou tornar-se homem resulta das

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aprendizagens que são construídas pelo indivíduo ao longo da


vida.

c) Tornar-se mulher ou tornar-se homem é algo determinado pelo


sexo da pessoa.

d) Como, ao nascer, o sexo da pessoa não está definido, depois


de uma certa idade, ela deve optar por tornar-se mulher ou
tornar-se homem.

e) Tornar-se mulher ou tornar-se homem tem relação direta com


a orientação sexual da pessoa.

CS-UFG – 2017 – ASSISTENTE DE ALUNOS – IF-GO

12) A escola tem sido apontada como espaço de intervenção


sobre a sexualidade do adolescente. Mais que um problema
moral, trata-se de um problema de saúde pública. (ALTMAN,
2003, p.283). Por suas características, a educação sexual deve
envolver a família e a escola. Temas como a prevenção da
gravidez precoce e de doenças sexualmente transmissíveis são
importantes, mas precisam estar associados a práticas que
promovam:

a) o entendimento sobre o que é dar ou receber um


consentimento sexual e perceber quando algo ou alguém passou
dos limites.

b) a consciência corporal sobre os limites dados por cada faixa


etária e os riscos de práticas excessivas na idade adulta.

c) o conhecimento do corpo, a valorização e os cuidados estéticos


necessários à sua saúde como condição necessária para usufruir
de prazer sexual.

d) o respeito à diversidade de valores e aos comportamentos


relativos à sexualidade e à valorização das formas convencionais
de sua expressão.

PREFEITURA DE FORTALEZA – 2018 – ASSISTENTE DE EDUCAÇÃO


INFANTIL – PREFEITURA DE FORTALEZA - CE

13) Leia o trecho a seguir:

“A integração família e escola tem sido tema de muitos debates


educacionais nos últimos anos e, de acordo com teóricos, a
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parceria entre essas instituições pode contribuir para a melhoria


da educação de crianças e jovens. Considerando que a vida
familiar e a vida escolar são simultâneas, fica clara a importância
do diálogo entre família e escola, o que tornará mais positiva e
significativa a formação dos sujeitos.” (FORTALEZA, 2016, p. 54)

Com base no trecho acima, que fala sobre a importância da


parceria entre família e escola, marque o item correto.

a) A necessidade da articulação entre família e escola para o


êxito do processo educativo ainda é algo questionável.

b) O diálogo entre família e escola precisa ser estabelecido desde


o momento da matrícula, principalmente quando se trata de
crianças pequenas.

c) O responsável pelo processo de matrícula não precisa deixar


claro para os pais o interesse da instituição pelas
particularidades de cada criança. É dispensável colher
informações sobre a situação familiar, condições de nascimento,
hábitos de alimentação e de sono, dentre outros.

d) Para o primeiro dia de aula o espaço físico da escola deve ser


organizado para proporcionar uma boa acolhida apenas para os
alunos. Os pais devem ir embora e não podem participar do
período de adaptação.

CESPE – 2018 – TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS – IFF

14) No que se refere à relação entre escola e família, assinale a


opção correta.

a) A escola e a família são responsáveis pela sistematização e


organização dos conteúdos escolares, pois cabe a todos zelar
pela aprendizagem dos filhos.

b) As famílias devem acompanhar diariamente as tarefas de casa,


e os professores devem zelar pelo cumprimento dos dias letivos
estabelecidos no calendário escolar.

c) A escola deve reduzir o número de reuniões de pais, porque é


mais produtivo conversar individualmente com os pais dos alunos
que apresentem algum problema; assim, juntos, podem construir
uma solução.

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d) A família e a escola constituem os dois principais ambientes de


desenvolvimento humano nas sociedades ocidentais
contemporâneas, sendo importante o envolvimento dos pais nas
atividades curriculares da escola.

e) Família e escola têm os mesmos objetivos e as mesmas


responsabilidades no que se refere à escolarização das crianças e
jovens.

PR-4 – 2017 – ASSISTENTE DE ALUNOS – UFRJ

15) A violência relacionada a práticas discriminatórias


resultantes de pré-concepções quanto à raça mostra-se evidente
na comunidade escolar. Os relatos a seguir foram dados
coletados de uma pesquisa realizada em escola pública de
Florianópolis.

“A minha filha sofre preconceito na escola, mas é o inverso. A


maioria dos alunos são negros e minha filha é branca. Aí por ser
branca, ela é completamente discriminada na escola. Já
ameaçaram até de cortar o cabelo dela, que tem o cabelo liso,
comprido e loiro.” “_ o que essa loira aguada tá fazendo aqui?”
(grupo focal de pais de escola pública em Florianópolis).

“De fato, existe, por parte de vários alunos, de membros do corpo


técnico-pedagógico e de pais, o reconhecimento de que há
preconceito racial na escola. Isso frizado principalmente pelos
que foram vitimizados, aos quais são dirigidas expressões como
negona, molambo, fedorenta e cabelo de Bombril.”

(ABRAMOVAY, M. ; RUA. M. das G. pág. 46).

Nos relatos apresentados, são evidenciadas formas de


discriminação. Os valores invadem a escola e não sendo
discutidos educativamente contribuem para a formação de
preconceito. Neste sentido, é correto afirmar que preconceito
pode se caracterizar como um:

a) ato agressivo de forma intencional e excessiva para ameaçar


ou cometer algum ato que resulte em acidente.

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b) juízo pré-concebido que se manifesta numa atitude


discriminatória perante pessoas, crenças, sentimentos e
tendências de comportamento.

c) conjunto de regras adquiridas através da cultura, da educação,


do cotidiano que orientam o comportamento humano dentro de
uma sociedade.

d) juízo concebido que se manifesta em ações solidárias junto ao


sentimento das pessoas.

e) juízo pré-concebido cristalizado em fundamentos críticos,


isentos de sentimentos e de tendências discriminatórias.

CESPE – 2017 – TÉCNICO MUNICIPAL – NÍVEL SUPERIOR – PSICOLOGIA


– PREFEITURA DE SÃO LUÍS

16) No contexto escolar, o fenômeno bullying é uma forma de


violência que tem chamado a atenção de educadores e pais pelas
sérias implicações a ele associadas. A respeito desse fenômeno, é
correto afirmar que

a) a vítima típica é aquela que provoca e atrai reações


agressivas.

b) as características pessoais do agressor não são um fator que


influencia ou estimula as ações agressivas.

c) ele tem relação direta com o clima organizacional da escola.

d) ele ocorre em contextos sociais específicos, e não em qualquer


contexto social.

e) é caracterizado pelo potencial de poder causar traumas


psíquicos, pelo desequilíbrio de poder entre agressor e vítima e
pela intencionalidade da ação.

CESPE 2013 – PROFESSOR PLENO I - SEDUC-CE

17) Com relação às características e às propriedades relativas à


didática e à formação dos professores, assinale a opção correta:

a) A relação entre o professor, o aluno e o ensino de conceitos


científicos constitui uma tríade na qual convergem apenas estudos
teóricos de diferentes domínios do conhecimento.

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b) Didática é a articulação entre teoria e prática na formação do


professor.

c) A formação do professor de biologia é complexa e envolve


inúmeras disciplinas que, pela especificidade de cada uma delas,
não devem se complementar.

d) Um dos princípios gerais da didática é o foco em conteúdos e


atividades de ensino que tenham sentido essencialmente
pedagógicos.

e) Uma formação global e integral de professores de biologia


requer especialização do professor em determinada disciplina do
curso.

GABARITO

1 Certo 8 B 15 B

2 Certo 9 E 16 E

3 C 10 A 17 B

4 B 11 A 18

5 Errado 12 A 19

6 C 13 B 20

7 A 14 D 21

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Principais fontes:

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SERRAZES, Karina Elizabeth. O COHECIMENTO E OS DESAFIOS DO MUNDO


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MEC. Educação profissional técnica de nível médio integrada ao ensino médio. Brasília:
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MEC. Um novo modelo de educação profissional e tecnológica. Brasília: MEC, 2010.
MEC. Diretrizes Curriculares Nacionais da educação Básica. Brasília: MEC, 2013.

MEC_PCNs. Orientação Sexual. Disponível em:


http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/orientacao.pdf
Outros links:
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Rede/catalg_rede_06.pdf
www.planalto.gov.br; e

www.mec.gov.br.

Em caso de dúvidas:

Bons estudos!

Fundamentos da Educação p/ AGU (Técnico em Assuntos Educacionais) Pós-Edital 65


www.estrategiaconcursos.com.br

08975651690 - DAYANE CAROLINA TEIXEIRA COSTA

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