C) O narrador descreve as atitudes covardes do menino Fernando diante das situações de perigo e Miguilim dificuldades. .De repente lá vinha um homem a cavalo. Eram dois. Um D) O texto revela um menino inventor, construtor dos seus senhor de fora, o claro de roupa. Miguilim saudou, brinquedos, que refletirá no adulto capaz de pedindo a bênção. O criar e imaginar através da ficção, por isso “O menino é o homem trouxe o cavalo cá bem junto. Ele era de óculos, pai do homem”. corado, alto, com um chapéu diferente, mesmo. . Deus te abençoe, pequenino. Como é teu nome? 3- Leia o texto abaixo: . Miguilim. Eu sou irmão do Dito. “FIQUEI impressionado com o que o Mandrake me havia . E o seu irmão Dito é o dono daqui? dito. A minha sensação era de que o poder de fazer . Não, meu senhor. O Ditinho está em glória. milagres ia se acabar de uma hora para outra. Por via das O homem esbarrava o avanço do cavalo, que era zelado, dúvidas, resolvi empurrar a noite mais para diante e fazer manteúdo, formoso como nenhum outro. Redizia: ainda um grande milagre naquele dia. Qual podia ser? . Ah, não sabia, não. Deus o tenha em sua guarda... Mas De súbito me ocorreu uma idéia, saltei de alegria: que é que há, Miguilim? – Eu quero visitar o Sítio do Pica-pau Amarelo! Miguilim queria ver se o homem estava mesmo sorrindo No mesmo instante me vi andando por uma estradinha, para ele, por isso é que o encarava. passei por uma porteira, e lá estava a Narizinho . Por que você aperta os olhos assim? Você não é limpo Arrebitado sentada nos degraus da varanda do famoso de vista? Vamos até lá. Quem é que está em tua casa? sítio, tendo Emília a seu lado.” . É Mãe, e os meninos... (SABINO, 2008, p. 54-55) Estava Mãe, estava tio Terez, estavam todos. O senhor A partir do fragmento acima, retirado de O menino no alto e claro se apeou. O outro, que vinha com ele, era um espelho, de Fernando Sabino, estabeleça uma relação camarada. com toda a narrativa e marque a alternativa que está O senhor perguntava à Mãe muitas coisas do Miguilim. INCORRETA. Depois perguntava a ele mesmo: .. .Miguilim, espia daí: quantos dedos da minha mão você está enxergando? E A) O poder de fazer milagres, apresentado pelo narrador, agora?. explicita a religiosidade que perpassa por toda a ROSA, João Guimarães. Manuelzão e Miguilim. 9ª ed. Rio história do romance. de Janeiro: Nova Fronteira, 1984. B) O menino Fernando, após assistir a um filme americano sobre o homem que fazia milagres, começa a Esta história, com narrador observador em terceira descrever os seus próprios milagres através do sonho. pessoa, apresenta os acontecimentos da perspectiva de C) O poder de fazer milagres representa a fantasia e o Miguilim. O fato de o ponto de vista do narrador ter imaginário do mundo da criança que pode acabar quando Miguilim como referência, inclusive espacial, fica o menino crescer; por isso o mágico diz para o menino explicitado em: que o poder que ele tinha iria acabar. D) O autor, em seu processo de criação, estabelece um (A) .O homem trouxe o cavalo cá bem junto.. diálogo com o mundo mágico do cinema e dos livros (B) .Ele era de óculos, corado, alto (...). infantis. (C) .O homem esbarrava o avanço do cavalo, (...). (D) .Miguilim queria ver se o homem estava mesmo 4- Sobre Infância, de Graciliano Ramos, todas as sorrindo para ele, (...). alternativas estão corretas, EXCETO (E) .Estava Mãe, estava tio Terez, estavam todos. A) O texto apresenta uma narrativa fragmentária, pois os 2- Sobre a narrativa O menino no espelho, de Fernando capítulos são relatos independentes, mas que estão Sabino, todas as alternativas estão corretas, EXCETO interligados a outros episódios. A) A narrativa recria os espaços dos clubes, das praças, B) O personagem-narrador, através do seu relato das ruas e das avenidas da cidade de Belo memorialístico, consegue construir a trajetória de vida do Horizonte, onde viveu o autor Fernando Sabino nas escritor de forma linear, pois a narrativa está dividida em décadas de 20–30 do século XX. princípio, meio e fim. B) O autor discute a construção do duplo na literatura quando o menino Fernando retira do espelho o seu C) O primeiro relato “Nuvens” apresenta um movimento por mais que o anil alveje a nossa vida. do eu em direção às névoas que encobrem o passado, Ô de casa!... Que casa! Que menino? deixando evidente que o escritor não consegue Quando foi, se é que foi – era submersa reconstruir os fatos do passado como realmente que me torna, de velho, pequenino? aconteceram. (ANDRADE, 2006. p. 249) D) A narrativa reconstrói o processo da leitura e aquisição da escrita como algo doloroso e árduo, semelhante à Faça uma leitura interpretativa do poema “Repetição”, de própria infância do menino. Boitempo, de Carlos Drummond de Andrade, e marque a alternativa que está INCORRETA. 5- Leia o texto abaixo: “Em posição de Buda me ensabôo, A) O poema apresenta o poeta Drummond como leitor resignado me contemplo. dos poetas clássicos quando ele pede: “Ninita O mundo é estreito. Uma prisão de água Castinho / a Careta com versos de Bilac”. envolve o ser, uma prisão redonda. B) O eu lírico descreve o espaço físico e geográfico da Então me faço prisioneiro livre. cidade de Itabira onde o escritor Drummond viveu a sua Livre de estar preso. Que ninguém me solte infância. deste círculo de água, na distância C) O eu, no presente da escrita, revela uma visão crítica de tudo mais. O quarto. O banho. O só. do adulto em relação à escravidão dos negros no O morno. O ensaboado. O toda-vida. Brasil desde o Império. Podem reclamar, D) O poeta Drummond, já velho, faz uma viagem à sua podem arrombar terra natal e consegue encontrar, do mesmo jeito, a a porta. Não me entrego cidade e a casa onde viveu. ao dia e seu dever.” (ANDRADE, 2006. p. 142-143). 7- Assinale a alternativa que NÃO pode ser confirmada pela leitura de “Campo Geral”, de Guimarães Rosa. Com base no fragmento do poema “Banho de Bacia”, de A) O relacionamento entre pais e filhos caracteriza-se Boitempo, de Carlos Drummond de Andrade, pelo idealismo poético da infância. assinale a interpretação que está INCORRETA. B) Os animais recebem nomes e relacionam-se afetivamente com os demais personagens. A) O poema representa o estado de meditação do eu C) Dito é um menino extraordinariamente sábio, que adulto através do episódio do banho de bacia do parece deslocado na desordem do Mutum. menino. D) Um conflito expresso na narrativa é a percepção de B) O espaço do banho de bacia, com toda a água que Miguilim do casamento desajustado dos pais. envolve o menino, significa a liberdade e a prisão, mas também pode significar o vazio e a solidão do 8- Leia com atenção o fragmento em destaque: homem no mundo. C) O eu adulto reconstrói o episódio do banho de bacia “Miguilim olhou. Nem não podia acreditar! Tudo era uma como uma forma de expor o seu comprometimento claridade, tudo novo e lindo e diferente, as coisas, com os fatos históricos de Itabira. as árvores, as caras das pessoas. Via os grãozinhos de D) A repetição da vogal “o” em vários versos não só dá areia, a pele da terra, as pedrinhas menores, as sonoridade ao poema, mas também pode formiguinhas passeando no chão de uma distância. E representar o próprio formato da bacia e do mundo. tonteava. Aqui, ali, meu Deus, tanta coisa, tudo...” (ROSA, 1984. p. 139-140) 6- Leia o poema abaixo: A partir do fragmento, e tomando como base a obra lida, REPETIÇÃO assinale a alternativa INCORRETA. Volto a subir a Rua de Santana. De novo peço a Ninita Castinho A) O olhar para as coisas miúdas demonstra uma a Careta com versos de Bilac. apreensão nova sobre o mundo sensível e poético. É toda musgo a tarde itabirana. B) A possibilidade de ver representa, simbolicamente, a Passando pela Ponte, Luís Camilo realização afetiva plena do personagem. (o velho) vejo em seu laboratóriooficina, C) Ver simboliza compreender melhor o mundo ao seu de mágico sardônico. entorno, dando dimensão outra à vida do menino. Na Penha, o ribeirão fala tranqüilo D) A luz que o olhar de Miguilim percebe assinala para que Joana lava roupa desde o Império uma nova etapa de luz, distante do mundo sombrio e não se alforriou desse regime do Mutum.