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27/04/2021

ATENDIMENTO AO
POLITRAUMATIZADO

Profa Adélia Dalva Oliveira

Objetivos do atendimento
inicial
⚫ De 37% a 42% das mortes por traumas potencialmente
estáveis ocorrem depois da chegada ao hospital, por
erros na primeira fase do atendimento e falhas na
estruturação do diagnóstico. ⚫ Identificar situações de risco
Chiara, 2016
⚫ Iniciar o suporte básico de vida

⚫ Acionar tratamento definitivo

Mandamento PERÍODO DE OURO

⚫ Não desperdice tempo!


Tempo decorrido entre a ocorrência do trauma
⚫ Dê prioridade para as lesões ameaçadoras da vida
⚫ Não perca muito tempo manejando lesões menos
e o tratamento definitivo.
importantes, mesmo que o paciente esteja estável
O tempo na cena não deve exceder 10
minutos.

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Avaliação da cena Exame Primário


1. Segurança (Avaliação Inicial)
A equipe está segura?
A vítima está segura?
2. Situação PRIORIDADE MÁXIMA
O que realmente aconteceu aqui?
Por que a ajuda foi solicitada?
Qual o mecanismo de trauma?
Quais as forças e energias provocaram lesões na vítima?
Quantas pessoas estão envolvidas e quais as suas idades?
É necessária outra ambulância para tratamento ou transporte? Identificação e atendimento rápido de
São necessários outros recursos ou pessoal, como polícia,
bombeiros, companhia elétrica?
condições com risco de morte
É necessário equipamento especial para salvamento ou retirada das
ferragens?
É necessário transporte aéreo?
É necessário um médico para ajudar no atendimento ou na triagem?

ETAPAS DA AVALIAÇÃO
PRIMÁRIA

X - Hemorragia Exsanguinante, ou seja, hemorragia externa grave

A - Abertura das vias aéreas e proteção da coluna cervical

B – Respiração/Ventilação

C - Circulação e sangramento - HPPP

D - Avaliação neurológica

E - Exposição e proteção do ambiente

Vias Aéreas Causas mais comuns de


⚫ Técnicas de manutenção das Vias Aéreas obstrução de vias aéreas
⚫ Elevação do mento – chin lift
⚫ Queda da língua
⚫ Tração da mandíbula – jaw thrust ⚫ Sangue
⚫ Corpos estranhos
⚫ Cânula orofaríngea
⚫ Dentes fraturados
⚫ Cânula nasofaríngea ⚫ Vômitos

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Suspeitar OVACE em adultos


quando:
⚫ Toda vítima que subitamente pare de respirar,
tornando-se cianótica e inconsciente, sem razão
aparente.
⚫ Deve-se tomar cuidado na diferenciação de OVACE

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Métodos de desobstrução de Vias


Suspeitar OVACE em crianças Aéreas
quando:
Dividem-se em dois tipos, conforme a natureza da
⚫ Houver dificuldade respiratória de início súbito obstrução:
acompanhada de tosse, respiração ruidosa, chiado e ⚫ obstrução por líquido (rolamento de 90º e aspiração)
náusea. ⚫ Obstrução por sólido (remoção manual e manobras
⚫ Se essa obstrução se tornar completa, ocorre de desobstrução).
agravamento da dificuldade respiratória, cianose e
perda de consciência.

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Via aérea definitiva

Material para intubação

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Controle da coluna cervical

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B - Respiração/Ventilação)
⚫ Exposição do Tórax
⚫ Inspeção
⚫ Palpação
Oxímetro
⚫ Percussão de pulso

⚫ Ausculta

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Respiração/Ventilação
Condições Ameaçadoras da Vida

⚫ Pneumotórax Hipertensivo

⚫ Hemotórax Maciço
Tratar
⚫ Pneumotórax Aberto

⚫ Tórax Instável / Contusão Pulmonar

⚫ Tamponamento Cardíaco

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Avaliação
focada com
Ultrassono
grafia

Circulação com controle de


hemorragia

⚫ Hemorragia é a principal causa de morte pós-


traumática evitável

⚫ Hipotensão pós-trauma deve ser considerada de


etiologia hemorrágica até que se prove o contrário

Controlando hemorragia Circulação


1. Pressão direta ou curativo compressivo ⚫ Nível consciência 2 acessos IV
calibrosos
2. Torniquetes
⚫ Cor da pele
DC = FC x Volume sistólico

⚫ Perfusão capilar
Amostras de
sangue
⚫ Pulso / PA Hb/Ht/
tipagem
sanguínea
bioquímica

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Controle de Hemorragia
- Avaliar possíveis perdas ocultas
▪ Ciladas
- Idosos
- Crianças
- Atletas
▪ Controle da hemorragia externa

Avaliação Neurológica
⚫ Escala de Coma de Glasgow
< 8 indica lesão grave
9 a 12 – lesão moderada
13 a 15 – lesão mínima

Avaliar pupilas se paciente inconsciente

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A pupila tem um diâmetro de 3 a


5 mm. Em grande luminosidade
Anisocoria o diâmetro chega a medir Miose
1,5 mm. No escuro, pode atingir
o diâmetro de 8 mm.
Exame neurológico:
- Pupilas anisocóricas: aumento da PIC ou pressão do
no 3º par do nervo craniano

MIDRÍASE EXPOSIÇÃO/AMBIENTE

Remover o tanto de roupa necessário para


determinar a presença de uma condição ou
lesão.
Despir – Examinar
Aquecer – Prevenção da hipotermia

MEDIDAS AUXILIARES AO EXAME


PRIMÁRIO E REANIMAÇÃO
Lesões por Explosões
▪ Sonda urinária e gástrica
▪ Monitorização
- freqüência respiratória
- gasometria arterial
- oximetria de pulso
- pressão arterial

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EXAME SECUNDÁRIO
(Histórico e exame físico direcionados) Exame Secundário
⚫ Rever o ABCD
⚫ O Exame secundário identifica lesões ou problemas
que não foram identificados durante o exame ⚫ Considerar Transferência
primário
⚫ Exame físico detalhado da cabeça aos pés
⚫ Medidas de reanimação iniciadas
⚫ “Dedos e tubos em todos os orifícios”
⚫ Certificar normalização dos dados vitais
⚫ Exames complementares

Exame Secundário
⚫ Histórico Ampla
A: Alergias, principalmente a medicamentos
M: Medicações – uso regular
P: Passado médico e antecedente cirúrgico
L: Líquidos e alimentos ingeridos
A: Ambiente e eventos que levaram ao trauma

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