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Discentes:
Rufino Latifo
Pemba, 2023
Universidade Católica de Moçambique
Ano de frequência:1
Pemba,2023
Índice
Introdução.............................................................................................................................................4
Principios Reguladores da interacao discursiva.....................................................................................5
princípio de cooperação....................................................................................................................5
máximas conversacionais..............................................................................................................6
Principio de cortesia..........................................................................................................................9
Principio de relevância....................................................................................................................10
Conclusão............................................................................................................................................12
Bibliografia..........................................................................................................................................13
Introdução
A interação discursiva e um fenomeno complexo que permeia todas as esferas da
comunicação humana. Desde conversas informais ate debates académicos , as interacões
discursivas são essências para a construcao de significados e compartilhamento de
conhecimento.
Nesse contexto a compreesnsao dos princípios reguladores que governam essas interacoes e
de vital importância para desvendar os mecanismos subjacentes a comunicacao eficaz e a
troca de ideas .
Este trabalho tem como objectivo explorar e analisar os princios reguladores que moldam a
interacao discursiva em diferentes contexto. Ao investigar esses principos, buscaremos
compreender como eles influenciam a forma como as pessoas se comunicam, trocam
informacoes e constroem signmificados compartilhados. A analise desses princios também
nos permitira examinar como factores linguísticos, sócias e culturais interagem para moldar
as interacoes discursivas.
Principios Reguladores da interacao discursiva
Para que a interacao discursiva se desenvolva de modo eficiente e correta e alcance o seu
objectivo e necessário observar alguns princios reguladores, os quais orientam o modo os
falantes interagem.
A comunicacao pressupõe uma espécie de acao conjunta entre os interlocutores, que actuam
de forma responsável, coordenada e alternando os papeis de locutor e interlocutor.
princípio de cooperação
Um dos princípios universais, introduzidos por H. P. Grice, que guiam a interação
conversacional.
Segundo este princípio, o locutor deve preocupar-se em interagir com o alocutário da forma
mais completa e explícita possível para que todos os enunciados sejam, corretamente,
interpretados.
máximas conversacionais
Conjunto de regras que, segundo Grice, devem conduzir o ato conversacional e que
concretizam o princípio da cooperação.
"Não diga nada para o qual você não tenha evidência suficiente."
Suponha que você esteja em uma aula de história e alguém está apresentando fatos sobre um
evento histórico. Para seguir a Máxima de Qualidade, o apresentador deve se certificar de que
as informações que compartilha são baseadas em fontes confiáveis e precisas. Se o
apresentador começa a inventar detalhes ou apresentar informações que não têm base factual,
ele estaria violando a Máxima de Qualidade, pois estaria transmitindo informações que não
são verdadeiras ou confiáveis.
Em um contexto mais informal, imagine que você está conversando com um amigo sobre um
filme que ambos assistiram. Se você começa a dar informações erradas sobre a trama ou os
personagens do filme, seu amigo pode ficar confuso ou desconfiar da sua informação, pois
você não está seguindo a Máxima de Qualidade ao compartilhar informações imprecisas.
Exemplo:
B – Lasanha.
– Lasanha, que é uma das sugestões do chefe deste restaurante que eu, por acaso, conheço
desde pequena.
Isso significa que as pessoas, ao falar ou ouvir, esperam que as informações compartilhadas
tenham algum valor informativo ou persuasivo em relação ao contexto da conversa. Em
outras palavras, as mensagens devem fornecer insights novos ou confirmar conhecimentos
prévios para serem consideradas relevantes.
Exemplo:
Suponha que você está em uma reunião de planejamento de projetos e alguém está
apresentando um relatório sobre os progressos. Para seguir a Máxima da Relevância, o
apresentador deve compartilhar informações que sejam pertinentes ao tópico da reunião,
como atualizações do projeto, desafios encontrados e próximos passos. Se o apresentador
começar a falar sobre suas últimas férias sem uma conexão clara com o projeto, os
participantes podem achar isso irrelevante e, consequentemente, não estarão otimizando sua
compreensão da situação.
A Máxima Conversacional de Modo ajuda a explicar por que escolhemos diferentes níveis de
formalidade, vocabulário e estilo ao falar com pessoas diferentes ou em contextos variados.
Exemplo:
Imagine uma situação em que alguém está explicando uma tarefa complexa a um colega de
trabalho e a um amigo. Ao colega de trabalho, a pessoa usaria uma linguagem mais técnica e
detalhada, utilizando termos específicos do campo de trabalho. Isso minimiza o esforço do
colega para entender a tarefa e garante que a comunicação seja eficiente para alcançar um
objetivo profissional.
Ao falar com o amigo, no entanto, a mesma pessoa usaria uma linguagem mais casual e
informal. Eles poderiam usar analogias simples e exemplos do cotidiano para tornar a
explicação mais fácil de entender, maximizando o efeito comunicativo e mantendo o
interesse do amigo na conversa.
Nesse exemplo, a Máxima Conversacional de Modo orienta a pessoa a adaptar sua linguagem
de acordo com as necessidades comunicativas de cada interlocutor, escolhendo o modo de
expressão que seja mais relevante e eficaz para cada situação.
Principio de cortesia
O Princípio da Cortesia é um dos aspectos fundamentais da teoria da comunicação
pragmática, que aborda como as pessoas usam a linguagem para manter interações sociais
harmoniosas e eficazes. Ele se concentra em como as pessoas gerenciam suas interações
linguísticas de maneira a preservar a face (a imagem pública ou autoestima) tanto do emissor
quanto do receptor da mensagem.
Exemplo:
Imagine que você está em uma festa e deseja sair mais cedo. Uma abordagem direta poderia
ser: "Desculpe, mas eu estou indo embora." No entanto, isso pode parecer um pouco brusco e
desconsiderado, especialmente se os anfitriões fizeram um esforço para receber os
convidados. Uma abordagem mais cortês poderia ser: "Foi realmente ótimo estar aqui e me
divertir com todos vocês. Infelizmente, tenho que sair mais cedo, mas muito obrigado pela
hospitalidade."
Nesse exemplo, a abordagem mais cortês leva em consideração os sentimentos dos anfitriões
(cortesia positiva) e também respeita a autonomia do falante (cortesia negativa), tornando a
interacção social mais suave e agradável.
Principio de relevância
O Princípio da Relevância faz parte da teoria da comunicação conhecida como Teoria da
Relevância, desenvolvida por Dan Sperber e Deirdre Wilson. Essa teoria explora como os
seres humanos processam a linguagem e a informação de maneira a maximizar a eficiência
comunicativa. O Princípio da Relevância sugere que os interlocutores esperam que as
mensagens que recebem sejam relevantes, ou seja, contribuam de forma significativa para seu
conhecimento e compreensão da situação.
Isso significa que os interlocutores presumem que as informações compartilhadas têm valor
informativo ou persuasivo em relação ao contexto da conversa. As mensagens relevantes são
aquelas que fornecem novas informações, confirmam conhecimentos prévios ou têm um
impacto emocional importante.
Exemplo:
Imagine que você está assistindo a uma palestra sobre as mudanças climáticas. O palestrante
começa explicando os conceitos básicos da teoria do aquecimento global e suas implicações.
As informações compartilhadas são relevantes para a palestra, pois estabelecem a base
necessária para entender o tópico principal.
Agora, suponha que o palestrante comece a falar sobre seu último fim de semana na praia e
detalhes pessoais que não têm relação com o tema das mudanças climáticas. Nesse caso, a
audiência pode considerar essas informações irrelevantes, pois não contribuem para o
entendimento do tópico principal.
2. Grice, H.P. (1996). Lógica e conversacao. In: A lógica da linguagem. Jorge Zahar Editor.
3.Searle,J. (1995). Os Actos de Fala: como Agimos quando falamos, edições 70.