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Beira
2022
BANGUIJA PAULO BANGUIJA
SÔNIA JOAQUIM
Docente:
Beira
2023
Índice
Introdução ........................................................................................................................................ 1
Objectivo geral ................................................................................................................................ 1
Objectivos especifico ....................................................................................................................... 1
Metodologia ..................................................................................................................................... 1
Problematização............................................................................................................................... 2
Significado da Palavra Carreira ....................................................................................................... 3
Carreira Proteana ......................................................................................................................... 4
Carreira sem Fronteiras ................................................................................................................ 5
Carreira Interna e Carreira Externa .............................................................................................. 5
A Teoria Desenvolvimentista .......................................................................................................... 5
Mapeamento de Competências Profissional .................................................................................... 9
Conclusão ...................................................................................................................................... 13
Referências bibliográficas ............................................................................................................. 14
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Introdução
A teoria profissional é um processo reflexivo e contínuo que se preocupa com as necessidades
pessoais do professor. Pressupõe uma aprendizagem ao longo de toda a carreira, em contextos
diversificados, em que o professor assume um papel fundamental, sendo as suas potencialidades
valorizadas.
Tendo em conta o atual nível de competitividade que as empresas enfrentam, a Gestão por
Competências assume hoje um fator de extrema importância estratégica para as organizações, na
medida em que permite se adaptem ao mercado, e sejam mais incisivas e objetivas no momento da
seleção/formação, de forma a dotarem os colaboradores de competências que lhes permitam
competir no seu ambiente.
Objectivo geral
Analisar a teoria ou percurso profissional
Objectivos especifico
Descrever o significado da palavra carreira
Identificar a tipologia dos percursos profissionais
Definir o conceito do mapeamento de competências profissionais
Metodologia
Para a execução deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliográfica a respeito do assunto nos
principais autores da literatura nacional e internacional sobre o tema, sendo examinados livros,
artigos científicos e sites da Internet, constituindo-se um ensaio teórico.
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Problematização
Muitas organizações têm desenvolvido os seus modelos de competências como uma ferramenta
para identificarem os conhecimentos, aptidões e atributos essenciais para o sucesso no desempenho
das funções alinhadas com a estratégia.
Hall (2002 apud COSTA, 2010) resumiu quatro diferentes significados atribuídos à palavra
carreira. O primeiro refere-se à carreira como ascensão vertical por área, profissão ou organização.
O segundo relaciona carreira a uma profissão propriamente dita, como a profissão de professor,
por exemplo. O terceiro significado identifica a carreira como sendo uma sequência de empregos
que uma pessoa ocupa no decorrer da vida profissional, que considera que todas as pessoas que
trabalham possuem uma carreira. O quarto e último significado está atrelado à carreira como
sequência de experiências pelas quais as pessoas passam durante suas vidas, independentemente
de exercerem, ou não, atividades profissionais.
De acordo com Hall e Mirvis (1995), a carreira tradicional, em que o profissional passa a vida
inteira trabalhando na mesma organização, é incompatível com as mudanças pelas quais as
organizações precisam passar para superar os desafios do ambiente externo.
Para Chanlat (1995) o novo modelo de carreira tem foco na pluralidade tanto social, quanto de
gênero, uma vez que as mulheres passaram a ocupar carreiras com os mesmos títulos que os
homens. Neste sentido, segundo este autor, a democratização da educação corroborou para o acesso
das mulheres e de pessoas de origem mais modesta a este novo modelo. A diversificação de carreira
é, ainda, reforçada pela diversidade étnica, que vem ganhando espaço recentemente.
Kilimnik et al. (2006) consideram que o autodirecionamento da carreira é uma tendência nos dias
de hoje, o que significa dizer que a trajetória de carreira passa a ser de responsabilidade da própria
pessoa. Neste sentido, torna-se mandatório que os profissionais tenham pleno conhecimento dos
objetivos que desejam alcançar na vida e, principalmente, que estejam conscientes de seus valores
no que tange à carreira.
Na visão de Balassiano e Costa (2006), a carreira tende a ser associada às trajetórias profissionais
das pessoas, independentemente da área de formação ou da organização em que tais trajetórias se
desenvolvam.
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Carreira Proteana
Dentre os novos formatos de carreira propostos consta o que foi denominado de carreira proteana,
por Hall (1993). O termo Protean é uma alusão ao deus grego Proteu, devido aos seus poderes
metamórficos. Na mitologia grega, o deus Proteu tinha a habilidade de mudar de forma de acordo
com sua própria vontade.
Hall (1993) considera que neste novo cenário o profissional alterna de posição nas mais variadas
direções. O que pode ocorrer dentro da organização e entre organizações, além de ser possível
ocorrer o retorno do profissional para uma mesma organização. Na carreira proteana não é a
organização, mas sim, o profissional quem tem a responsabilidade por orquestrar a sua própria
trajetória de carreira. Esta nova concepção de carreira incorpora as mais diversas experiências da
pessoa.
Seguem três aspectos relevantes relacionados ao modelo proteano de carreira, segundo Abrahim
(2008):
Apresenta uma nova forma de enxergar o trabalho, já que este novo conceito engloba a
questão da mobilidade. Anteriormente, o desenvolvimento da carreira era visto unicamente
como a ascensão dentro da mesma empresa.
Amplia o conceito de carreira, uma vez que deixa de relacionar carreira, somente ao
trabalho remunerado realizado nas organizações. Nesta nova concepção, as atividades do
trabalho vão além das fronteiras da empresa e de sua própria função. O trabalho pode ser
realizado em casa, por exemplo, além de não se restringir a uma única função.
Altera a relação entre profissional e organização, considerando que os empregados
passaram a administrar suas próprias carreiras. O fato de assumir as rédeas de suas carreiras
aumenta a empregabilidade dos profissionais, tornando-os mais requisitados, mais
autônomos e mais adaptáveis para assumirem novas funções (HALL e MIRVIS, 1995).
Ainda de acordo com o relato de Abrahim (2008), a carreira proteana contempla as dimensões
listadas abaixo:
A administração da carreira passa a ser realizada pelo próprio profissional, que passa a ser
responsável por todas as etapas do seu planejamento, assim como de seu
autodesenvolvimento e aperfeiçoamento.
Semelhante ao que ocorre com a carreira proteana, na carreira sem fronteiras o profissional também
é responsável pelo planejamento de sua própria carreira. Os objetivos pessoais passam a ter maior
importância e as aspirações não são direcionadas à ascensão hierárquica em uma determinada
organização, conforme ocorre, normalmente, na carreira tradicional.
No entanto, se a carreira for pensada como sendo aquilo que qualquer indivíduo consideraria como
as etapas e fases de seu trabalho, é possível dizer que todas as pessoas têm uma carreira. Esta seria
a definição de carreira interna. Já o conceito de carreira externa, este se refere aos estágios
necessários para desempenhar uma profissão ou para progredir dentro dessa profissão. A maioria
das carreiras externas requer um período de treinamento ou aprendizagem.
A Teoria Desenvolvimentista
A Teoria Desenvolvimentista foi iniciado em 1951, por Eli Ginzberg (Bock, 2013). A principal
mudança proposta por essa abordagem, em comparação com as anteriores, foi a idealização da
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escolha profissional como um processo contínuo, que ocorre entre os últimos anos da infância e
início da vida adulta (Sparta, 2003).
Super (1957, 1981, 1985, 1990) foi o autor desenvolvimentista mais representativo nos estudos
sobre desenvolvimento de carreira. O pesquisador elaborou suas premissas mediante investigações
empíricas, durante cerca de 40 anos. Acompanhou a trajetória de carreira de jovens na faixa etária
entre 14 e 15 anos até os 25 anos de idade, por meio de um estudo longitudinal iniciado em 1951
(Balbinotti, 2003; Bardagi, 2010).
Dentre os conceitos elaborados por Super, destacam-se como essenciais para o avanço do
conhecimento científico em relação à orientação profissional: estágios de desenvolvimento,
autoconceitos, papéis de vida, valores, e maturidade de carreira (Savickas, 2001). O autoconceito
é desenvolvido mediante os diversos papéis sociais que o sujeito assume ao longo da vida, sendo
definido como a formação das percepções que possui a respeito de si mesmo (Bardagi, 2007).
A dimensão longitudinal do modelo (simbolizada pela parte externa do arco-íris) retrata os estágios
do desenvolvimento de carreira, com as respectivas idades aproximadas. A dimensão latitudinal
(correspondente à parte interna do gráfico) abrange os papéis e posições usualmente ocupados pelo
sujeito em cada estágio do ciclo vital (Oliveira et. al., 2012). Esses papéis, de acordo com Super
(1980) são de: criança (filho / filha); estudante; cidadão; trabalhador (incluindo os desempregados);
e homem / mulher dedicados a atividades domésticas e familiares.
De acordo com Magalhães (2005), a síntese e categorização das informações coletadas durante a
exploração são denominadas de cristalização. Por meio da especificação, o sujeito avalia os seus
valores e as oportunidades do contexto, comprometendo-se com uma preferência profissional. O
estágio de implementação (ou realização) caracteriza-se por ações efetivas relativas à carreira
(Magalhães & Redivo, 1998), como, por exemplo, iniciar um curso de graduação ou inserir-se no
mercado de trabalho.
O estágio de estabelecimento acompanha a transição para a vida adulta e consolida o estatuto
profissional, convertendo as preferências em realidade (Bardagi, 2007). Nesse estágio, o
autoconceito fica mais estabilizado, devido à concentração de esforços no sentido de manter-se na
área de atuação escolhida (Pimenta, 1981). O estabelecimento abarca três subfases: estabilização,
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Esses dois pilares apresentam um mecanismo constante de interação, de modo que o lado esquerdo
reflete as realizações profissionais do sujeito e o direito o estabelecimento de alguma ação prática
no plano profissional. Essa interação dinâmica entre os dois pilares abrange os estágios de
desenvolvimento alinhados ao cumprimento de certas tarefas, de acordo com as expectativas
individuais e sociais (Oliveira et. al., 2012).
Nessa oportunidade, Brandão e Bahry (2005, p.180) elencam dois tipos de competência:
A disciplina encarregada para mapear as habilidades profissionais é a gestão por competência, que
surge com o objetivo de orientar esforços para planejar, captar, desenvolver e avaliar, nos diferentes
níveis da organização, as competências necessárias à consecução de seus objetivos em consonância
com a estratégia e missão da organização.
Segundo Brandão e Bahry (2005) esse processo se inicia a partir da formulação da estratégia
organizacional, e continua com o levantamento de indicadores de desempenho e metas, se tornando
um processo cíclico e contínuo, na medida em que permite fazer o acompanhamento dos processos
de trabalho para então oferecer o feedback aos gestores.
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Segundo Sanghi (2007), os modelos de competências fazem parte das ferramentas que demonstram
como os sistemas de RH suportam a estratégia das organizações, uma vez que são a base para
posicionar as os colaboradores nas funções certas para eles.
competência
Spencer & Painel de peritos para recolha de dados pertinentes para a identificação das
Spencer (1993) competências; entrevistas de incidentes comportamentais; análise dos dados
para o desenvolvimento do modelo de competências e consequente validação
Cascão (2004) Realização de entrevistas a grupos de discussão com gestores e profissionais
com realizações superiores; realização de entrevistas de situações
comportamentais, através do método de incidentes críticos
Brandão & Análise à estratégia da organização; realização de entrevistas a colaboradores
Babry (2005) com grande conhecimento sobre a organização
(Amaral et al., Definição dos atributos que os colaboradores devem possuir
2008)
Ceitil (2016) Abordagens top-down e bottom-up
Tabela 1 - Metodologias propostas para o mapeamento de competências
Sanghi (2007) apresenta vários modelos de competências, mostrando a diversidade que podem
assumir.
Modelo Descrição
Assessment de baseia-se em entrevistas e na observação de desempenhos excecionais e
competência médios para determinar as competências que os diferenciam
profissional
Assessment de também diferencia comportamentos, mas para reduzir custos, os
modificação da entrevistadores fornecem uma lista dos incidentes críticos
competência
profissional
Sobreposição do consta na compra de modelos de competências genéricos para uma
modelo genérico função específica
Modelo genérico é usada uma lista experimental de competências que são identificadas na
personalizado organização que ajuda na seleção de um modelo genérico, validando-o
com os desempenhos excecionais e médios
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Segundo Sanghi (2007), o modelo deverá ser validado pelos stakeholders que terão por base de
análise as políticas e processos da empresa.
Uma vez definido o portfólio de competências, segue-se a avaliação das mesmas, com o intuito de
apurar os gap’s existentes entre as competências detidas e as requeridas. Após essa análise,
encontram-se reunidas as condições para a definição de um plano de ação com vista ao
desenvolvimento de competências (Cascão, 2004). Ao serem identificados os gap’s, os modelos de
competências ajudam a garantir a eficácia dos planos de formação, fazendo com que o orçamento
seja gasto de uma forma mais proveitosa (Sanghi, 2007). Os planos em causa poderão ser
direcionados aos fatores organizacionais e aos colaboradores e o seu domínio das competências.
Depois do plano ser executado, vislumbra-se necessário proceder a nova avaliação de
competências. Após a definição e respetiva avaliação das competências, importa integrar o
portfólio definido nos diferentes processos de GRH, de modo a torna-la estratégica e integrada
(Cascão, 2004).
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Conclusão
A Gestão por Competências beneficia a própria organização, mas também os seus colaboradores e
os seus gestores, uma vez que, através do Mapeamento de Competências, permite à organização
ter um suporte de apoio à sua estratégia, missão, visão e cultura, clarificando as responsabilidades
e aumentado a eficácia da formação, relacionando está com critérios de sucesso. Permite também
que os colaboradores tomem consciência das suas próprias lacunas, promove o alcance dos níveis
de desempenho desejados e clarifica os objetivos e responsabilidades de cada um, o que também
contribui para o aumento da satisfação dos colaboradores. O mapeamento de competências permite
ainda que os gestores tenham um conhecimento mais profundo das competências dos seus
subordinados, como desenvolvê-los para que os desempenhos contribuam para o alcance dos
objetivos da organização, e facilitando assim a criação de laços relacionais que contribuam para
uma melhor comunicação entre todos.
O conhecimento referente à trajetória percorrida pelo campo da orientação profissional permite aos
pesquisadores e profissionais uma compreensão que suscita reflexões a respeito das possiblidades
de atuação. Ao considerar que a profissão representa apenas uma das questões importantes na vida
dos sujeitos, os processos de aconselhamento de carreira passam a integrar vivências de diversos
níveis pessoais e contextuais.
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Referências bibliográficas
Ambiel, R. A. M. (2014). Adaptabilidade de carreira: uma abordagem histórica de conceitos,
modelos e teorias. Revista Brasileira de Orientação Profissional, 15 (1), 15-24.
Bock, S. D. (2013). Orientação profissional: a abordagem sócio - histórica. São Paulo: Cortez.
Bock, S. D. (2013). Orientação profissional: a abordagem sócio - histórica. São Paulo: Cortez.
Oliveira, M. C., Melo-Silva, L. L., & Coleta, M. F. (2012). Pressupostos teóricos de Super: datados
ou aplicáveis à Psicologia Vocacional contemporânea? Revista Brasileira de Orientação
Profissional, 13(2), 223-234.
Magalhães, M., & Redivo, A. (1998). Re-opção de curso e maturidade vocacional. Revista
Brasileira de Orientação Profissional, 2(2), 7-28.
Taveira, M. C. (2010/2011). Análise crítica do modelo Life Designing: contributos para reflexão.
Revista Portuguesa de Psicologia, 42, 71-81.