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Dossiê
Abstract: This paper presents some considerations about the myth of one of the Egyptian
deities - Ra - as a symbolic manifestation of the archetypes that form, together with the
instincts, the collective unconscious, which is common to all individuals. To this end,
the paper sought theoretical contributions from the studies of the Swiss psychiatrist Carl
Gustav Jung about the human psyche. For this author, myth corresponds to a form of
expression of archetypes, created in a specific way and transmitted over long periods of
time (JUNG, 2002). In this sense, the considerations presented in the paper will aim to
show the relationship between myth and archetype.
Para os antigos egípcios o mundo estava cheio de deuses. [...], para eles nada era inanimado, havia
uma alma em cada coisa. Havia deus-céu, deus-terra, deus-água; animais estranhos eram deuses
maus ou demônios. Todos eram forças sobrenaturais, importantes para o homem. Tanto como
entre os homens, também entre os deuses havia relacionamentos, sociedades de deuses, famílias
de deuses, tríades, ogdôdes, enéades, pois, como uma regra, esses deuses apareciam em forma
humana, ou algumas vezes também em forma animal e até forma composta. Mesmo quando
representados na forma humana, os deuses nunca perdiam completamente suas primitivas
características de animal, líquido, mineral ou vegetal; e como tais inspiravam nos egípcios um
imorredouro temor religioso (1995, p. 93).
De acordo com Herder Lexikon (1990) para todos os povos, o sol caracteriza um dos símbolos
mais relevantes, sendo reverenciado como uma divindade por diversos povos primitivos e antigas
Cerimônias eram realizadas pelos sacerdotes cada ano para garantir a chegada da inundação, e o
rei agradecia a colheita solenemente às divindades adequadas. Oráculos dos deuses - em especial
os de Amon no Reino Novo e em épocas posteriores - desempenhavam um papel importante
na solução de problemas políticos e burocráticos e eram também consultados pelos homens do
povo antes de tornarem decisões de algum peso. As mulheres sem filhos se desnudavam diante
de touros ou carneiros sagrados, esperando mudar a situação por sua exposição a tais símbolos
de fertilidade. A medicina era penetrada de magia e religião. O aspecto supersticioso das cren-
ças multiplicava o uso de amuletos e outras proteções mágicas, tanto pelos vivos quanto pelos
mortos (1996, p. 92).
[...] nos diz que, no concernente aos conteúdos do inconsciente coletivo, estamos tratando de
tipos arcaicos - ou melhor - primordiais, isto é, de imagens universais que existiram desde os
tempos mais remotos (JUNG, 2002, p. 16).
[...], eles simbolizam os processos naturais que atuam no mundo e nos seres humanos. Estes pro-
cessos incluem as fases do desenvolvimento humano físico e psicológico, as mudanças sazonais e
os movimentos celestes, associados às transformações contínuas da vida: nascimento, crescimento,
maturidade, morte, e à realização e conclusão de ideias, objetivos, planos, relacionamentos e
trabalho durante o ciclo completo de experiências. Então, vem a continuação da semente fertili-
zada e a renovação da vida humana e da natureza, o ciclo de existência continuamente nascendo,
existindo, morrendo, com a continuidade da vida em diferentes formas revelando a verdadeira
imortalidade e o processo de renascimento (PAUL, 1992, p. 21).
Assim, os mitos solares são representações simbólicas que assumiram grande importância
na história das civilizações. No antigo Egito, os mitos solares, bem como outros mitos, constituiam
Notas
Referências