DIRETRIZES 2023

Diretrizes

Para o
funcionamento
das Escolas
Cidadãs Integrais,
Escolas Cidadãs
Integrais Técnicas
e Escolas Cidadãs
Socioeducativas

2023
da Paraíba

1
Governador do Estado da Paraíba
DIRETRIZES 2023
JOÃO AZEVÊDO LINS FILHO

Vice-Governador do Estado da Paraíba

LUCAS RIBEIRO NOVAIS DE ARAÚJO

Secretário de Estado da Educação

CLAUDIO BENEDITO SILVA FURTADO

Secretária Executiva de Adm. de Suprimentos e Logística

ELIS REGINA NEVES BARREIRO

Secretário Executivo de Gestão Pedagógica

GABRIEL DOS SANTOS SOUZA GOMES

Secretário Executivo da Ciência e Tecnologia

RUBENS FREIRE RIBEIRO

Coordenadora geral da Comissão Executiva de Educação Integral - CEEI

LUIZA IOLANDA PEGADO CORTEZ DE OLIVEIRA

Especialista Pedagógica da Comissão Executiva de Educação Integral - CEEI

JARLEYDE ANDRESSA SANTOS SALES DE OLIVEIRA

Especialista em Gestão da Comissão Executiva de Educação Integral - CEEI

SÂMEA DAMÁSIO DA MOTA SILVA

Especialista em Infraestrutura da Comissão Executiva de Educação Integral - CEEI

FRANCISCO DIASSIS DE ARAÚJO SOARES

Coordenação Pedagógica da Comissão Executiva de Educação Integral - CEEI

ÍSIS DA SILVA OLIVEIRA GONÇALVES

Coordenação em Gestão da Comissão Executiva de Educação Integral - CEEI

LUIZ CORDEIRO DE LIMA NETO

Coordenação de Infraestrutura da Comissão Executiva de Educação Integral - CEEI

VALÉRIO DAMÁSIO DA MOTA SILVA

Coordenação de Protagonismo da Comissão Executiva de Educação Integral - CEEI

ROMÁRIO FARIAS PEDROSA DOS SANTOS
 DIRETRIZES
Coordenação de Socioeducação da Comissão Executiva de Educação Integral - CEEI 2023
ANTÔNIO SOARES VIEIRA

Coordenação de Núcleo de Acompanhamento Formativo da Comissão Executiva de Edu-

cação Integral - CEEI
DANUSA CLEA ARAUJO MENDES

Coordenação de Ensino Técnico Comissão Executiva de Educação Integral - CEEI

WENNIA RAFAELLY SOUZA FIGUEIREDO

Coordenação de Comunicação - CEEI

FHELIPY ARRUDA ROCHA

Elaboradores de Propulsão
CLEIDISON C NDIDO DA SILVA
RITA NOGUEIRA DA SILVA

Coordenação de Tecnologia da Informação

ANTÔNIO DE PÁDUA RIQUE DE PLÁCIDO
GABRIEL GOMES DA SILVA
GABRYELLE ALVES DA SILVA CABRAL
VIVIANE PINHEIRO RIBEIRO

Coordenadora Pedagógica de Colabore & Inove

SANDRA HELENA DOS SANTOS

Coordenador de Logística e Egresso da Escola Cidadã Integral

JÚLIO CÉSAR ALVES

Coordenação Financeira
CELLY ALANA CARVALHO MODESTO

Secretária da CEEI
VIVIAN PINHEIRO RIBEIRO

Revisão Textual
ANNECY BEZERRA VEN NCIO
ÍSIS DA SILVA OLIVEIRA GONÇALVES
RITA NOGUEIRA DA SILVA

Capa, Projeto Gráfico e Diagramação

FHELIPY ARRUDA ROCHA
3
sumário

9 OLÁ, ESCOLAS CIDADÃS INTEGRAIS!

10 ESCOLAS CIDADÃS INTEGRAIS
1.1 Escolas Cidadãs Integrais Propedêuticas
1.2 Escolas Cidadãs Técnicas
1.3 Escolas Cidadãs Socioeducativas
1.4 Escolas Cidadãs Integrais Indígenas
12 PROTAGONISMO JUVENIL
2.1 Conceito
2.2 Protagonismo Profissional
2.3 Acolhimento Inicial
2.4 Liderança de Turma
2.5 Conselho de Líderes
2.6 Grêmios Estudantis
2.7 Monitoria
2.8 Clubes de Protagonismo
2.9 Orgulho ENEM
2.9.1 Lista de ações do Orgulho ENEM
2.10 Orgulho IDEB
2.11 Se Liga Prota
2.12 Olimpíadas
2.12.1 Sugestões de Olimpíadas do Conhecimento

28 METODOLOGIAS DE ÊXITO
3.1 Projeto de Vida
3.2 Protagonismo Juvenil
 3.2.1 Distribuição das aulas de PJ
3.2.2 Perfil do professor(a) de Protagonismo Juvenil
3.2.2 Avaliação de PJ
3.3 Tutoria
3.3.1 Tutoria para os professores T30 nas ECITS
3.3.2 Tutoria nas ECIS - Escolas Socioeducativas
3.3.3 Tutoria e o Novo Ensino Médio
3.4 Colabore E Inove
3.4.1 Colabore e Inove e o Novo Ensino Médio
3.4.2 Quem pode lecionar esta disciplina?
3.4.3 Quais são os dias destinados à disciplina de Colabore e Inove?
3.4.4 Como avaliar em Colabore e Inove?
3.5 Pré-Médio
3.6 Pós-Médio
3.7 Estudo Orientado
3.8 Eletivas
3.8.1 Eletivas nas Escolas Técnicas
3.9 Propulsão
3.10 Práticas Experimentais
3.10.1 SHAPE

3.11 Avaliação Semanal

3.12 Simulado
54 PRÁTICAS EDUCATIVAS
4.1 Acolhimento Diário
4.2. Bandas Marciais
57 ECOSSISTEMA AUDIOVISUAL DAS ESCOLAS CIDADÃS
58 ESPECIFICIDADES DAS ESCOLAS CIDADÃS INTEGRAIS TÉCNICAS
6.1 Educação Profissional e Inovação
6.2 Educação Profissional nas ECITs
6.3 Conhecendo a Matriz Curricular?
6.4 Aula inaugural sobre Escola Cidadã Integral Técnica
6.5 Coordenação de Área
6.5.1 Atribuições do(a coordenador(a) de Área Técnica
6.5.2 Carga horária do Coordenador de Área Técnica
6.5.3 Reuniões de fluxo da área técnica
6.5.4 Envio da ata assinada
6.6 Coordenação de estágio
6.6.1 Atribuição do(a) Coordenador(a) de Estágio
6.6.2 Carga horária do(a) Coordenador(a) de Estágio
6.6.3 Produção de ata e visitas ao Setor Produtivo
6.7 Orientações sobre Formação Básica para o Mundo do Trabalho
6.7.1 Disciplinas Complementares : Educação Tecnológica e Midiática
6.7.2 Disciplinas Empreendedoras
6.7.3 Atribuições do(a) professor(a) T30
6.7.4 Orientações no contexto híbrido e remoto
6.8 ORIENTAÇÕES SOBRE FORMAÇÃO PROFISSIONAL
6.8.1 Carga horária dos componentes curriculares x quantidade de avaliações por carga horária
6.8.2 Avaliações Formativas e Somativas nas disciplinas da Área Técnica
6.8.3 Competências e Habilidades
6.8.4 Ementários das Disciplinas Profissionais
 6.8.5 Avaliação semanal das disciplinas técnicas e aplicação da avaliação técnica
6.8.6 Conceito das disciplinas do curso Técnico (Aprovação e Reprovação)
6.8.7 Integração curricular
6.9 Trabalho de Conclusão de Curso -TCC
6.9.1 Orientações Gerais sobre TCC
6.9.2 Diferença de TCC e Relatório de Estágio
6.9.3 Apresentação do TCC e Relatório de Estágio
6.9.4 Documentação necessária para defesa de Trabalho de Conclusão de Curso e Relatórios de Estágio
6.9.5 Propostas de modelo de TCC para 2023
6.9.6 Orientações Específicas de TCC
6.9.7 Carga horária dos(as) Professores(as) Orientadores(as)
6.9.8 Estágios Curriculares
6.9.9 Orientações específicas sobre Estágios
6.9.10 Informações sobre o Programa Primeira Chance
6.10 Summer Job
89 BOLETIM ESCOLAR CURSOS TÉCNICOS
7.1 Pontuação para Avaliação Final
7.2 Processo de certificação das ECIT
7.3 Histórico e certificado de conclusão de cursos
7.4 Hospedagem de material didático dos cursos técnicos
7.5 Transferência de Escola, como proceder?
7.6 Contratação de Professores(as) Técnicos(as)
91 AÇÕES DOS CURSOS TÉCNICOS
8.1 Feiras de Profissões
8.2 Palestras
8.3 Fóruns
8.4 Visita técnica
8.5 Exposição de Maquetes Interativas
8.6 Oficinas em Parceria com Setor Produtivo
93 OPERACIONALIZAÇÕES E PARTE ADMINISTRATIVA
9.1 Equipe administrativa e Apoio administrativo
9.2 Infraestrutura
9.3 Recurso financeiro
9.3.1 Recurso EMTI
9.3.2 Alimentação - Gás
9.3.3 PDDE
9.3.4 Transporte escolar
9.4 PDDETEC
9.5 Funcionamento e Operacionalização das Escolas Cidadãs Integrais
9.6 Carga horária dos Professores com duas matrículas na ECI/ECIT
98 ROTINAS DE GESTÃO
10.1. MACROESTRUTURA
10.1.1 Macroestrutura das ECI Socioeducativas
10.2 Atribuições
10.2.1 Função e papel
10.3 Monitoramento
10.3.1 Indicadores e Metas
10.3.2 Ciclo de Acompanhamento formativo
10.4 Ritos de gestão
10.4.1 Reuniões de fluxo
10.4.2 Planejamento estratégico
 10.4.3 Conselho escolar
10.5 Plano de Ação
10.5.1 Quadro de Monitoramento
10.5.2 Quadro de resultados
10.6 Gestão à vista
10.7 Calendário de ações
10.8 Rotinas escolares
10.8.1 E-Saber
10.8.2 Cardápio
10.9 GPS das Disciplina da Parte Diversificada do Currículo
10.10 Programa de Ação + Guia de Aprendizagem + plano de aula (pactuado com Pla-
no de Ação).
10.10.1 Programa de Ação
10.10.2 Guia de Aprendizagem
10.10.3 Plano de aula

129 O DIREITO NA ESCOLA

11.1 Estrutura Jurídica (Leis) relativas ao setor educacional
11.2 O Direito dos(as) estudantes ao Continuum Curricular - Resolução 480/2022 do
Conselho Estadual de Educação da Paraíba.
133 ESCOLAS CIDADÃS INTEGRAIS SOCIOEDUCATIVAS
12.1 ROTINAS E PRÁTICAS EDUCATIVAS NAS ECIS
12.1.1 Pedagogia da Presença nas ECIS
12.1.2 Presença educativa no SINASE:
12.2 Acolhimento nas ECIS
12.3 Protagonismo Juvenil nas ECIS
12.4 Clubes de Protagonismo nas ECIS
12.5 Tutoria nas ECIS
12.6 Plantão Pedagógico nas ECIS
12.7 Reuniões de Fluxo nas ECIS
12.8 Observação em Sala de Aula nas ECIS
12.9 METODOLOGIAS DE ÊXITO NAS ECIS
12.9.1 Projeto de Vida nas ECIS
12.9.2 Projeto de Vida no SINASE:
12.9.3 Disciplinas Eletivas nas ECIS
12.9.4 Estudo Orientado nas ECIS
12.9.5 Práticas Experimentais nas ECIS
12.9.6 Propulsão nas ECIS
12.10 INSTRUMENTOS DE TECNOLOGIA EM GESTÃO EDUCACIONAL (TGE) NAS ECIS
12.10.1 Plano de Ação nas ECIS
12.10.2 Macroestrutura nas ECIS
12.10.3 Planilha de Monitoramento de Frequência nas ECIS
12.10.4 Programa de Ação nas ECIS
12.10.5 Ciclos de Acompanhamento Formativo nas ECIS
12.11 Outros Componentes e Aspectos do Modelo Integral nas ECIS
12.12 OUTRAS ESPECIFICIDADES DAS ESCOLAS CIDADÃS INTEGRAIS SOCIOEDUCATI-
VAS
156 MATRIZES
13.1 Matrizes dos cursos técnicos
157 REFERÊNCIAS
162 ANEXOS
DIRETRIZES 2023

OLÁ, ESCOLAS CIDADÃS INTEGRAIS!
Começamos um novo ano. Com ele, no-
vos desafios; mas, também, novas opor-
tunidades.
Em novembro de 2022, uma nova gestão
foi nomeada para a coordenação do Pro-
grama de Educação Integral do Estado
da Paraíba. Assumimos com a missão de
organizar, reconstruir e pensar em novas
possibilidades e horizontes para a Edu-
cação Integral no Estado.
Após muita reflexão, constatamos que
inovar é preciso. E, para nós, nesse con-
texto, a inovação surge como um retor-
no ao básico: precisamos fortalecer con-
ceitos, práticas e princípios do modelo
pedagógico e de gestão das Escolas Ci-
dadãs Integrais.
Munidos(as) desse intuito, buscamos
construir, por meio de muitas mãos, ori-
entações e ações que fortaleçam a base
fundante da Educação Integral no Estado.
Estas diretrizes são uma parte do resulta-
do desse esforço coletivo. Destacamos
que é uma parte, cujo todo se manife-
stará em formação para gestores(as), co-
ordenadores(as) pedagógicas, coorde-
nadores(as) administrativo-financeiros
e docentes; ações de monitoramento;
construção de material didático e feed-
backs. Desse modo, buscamos, através
das diretrizes, ofertar maior segurança no
modelo das Escolas Cidadãs Integrais e
apontar caminhos integradores, que am-
pliem possibilidades de parcerias e atu-
ação nas escolas.
DIRETRIZES 2023
É fundamental destacar que essa análise
não foi feita de maneira isolada ou “en-
castelada”. Buscamos compreender o
cenário que se apresentava, aos nossos
olhos, de maneira intersetorial e inter-
institucional, a fim de construir aponta-
mentos e orientações que conversem e
façam sentido para as mais diversas real-
idades escolares, no âmbito das Escolas
Cidadãs Integrais. Desse modo, alme-
jamos espaços e meios de diálogo que
fortaleçam o propósito da oferta de uma
educação integral de qualidade na nossa
terra.
Neste documento, há algumas seções
que são novidade em relação às diretriz-
es de anos anteriores: ecossistema audio-
visual, orientações jurídicas gerais (que
serão detalhadas em documento poste-
rior), além de sugestões de novas abord-
agens metodológicas e links que tratam
de oferta formativa online.
Com esse ânimo, desejamos uma boa lei-
tura e um bom aproveitamento destas
diretrizes que vocês têm em mãos.
Um grande abraço, cheio de esper-
ança.
Luiza Iolanda Pegado Cortez de Oliveira
Jarleyde Andressa Santos Sales de Oliveira
Sâmea Damásio da Mota Silva
Francisco Diassis de Araújo Soares
Coordenação da Comissão Executiva de
9
Educação Integral/CEEI
DIRETRIZES 2023

ESCOLAS CIDADÃS INTEGRAIS

1.1 Escolas Cidadãs competências e das ações solidárias.

Tudo isso, baseado no incentivo e no
Integrais Propedêuticas
desenvolvimento do Protagonismo Ju-
venil.
O modelo de educação integral, desen-
volvido nas Escolas Cidadãs Integrais, traz
As Escolas Cidadãs Integrais Propedêuti-
inovações e propostas que buscam rep-
cas são alicerçadas através dos modelos
resentar um divisor de águas na história
de Tecnologia de Gestão Educacional e
da educação do Estado da Paraíba, e tem
do Modelo Pedagógico. A partir desses
como objetivo formar indivíduos protag-
dois modelos, as ECIs Propedêuticas pas-
onistas, agentes de mudança sociais e
sam a definir seus princípios, suas prem-
produtivos, que possam contribuir com
issas, bem como os componentes que
o mundo atual e suas necessidades.
estão inseridos na Parte Diversificada do
Currículo. A movimentação da Premis-
As escolas possuem um currículo ped-
sa Educação Profissional e Inovação nas
agógico voltado para a formação edu-
escolas propedêuticas é feita através de
cacional interdimensional de excelência,
disciplinas específicas, sem a oferta de
conforme a regulamentação da Base
cursos técnicos.
Nacional Comum Curricular (BNCC), e a
profissionalização do(a) estudante con-
forme método didático e administrativo
próprios. 1.2 Escolas Cidadãs Técnicas

O objetivo é oferecer os fundamentos A Escola Cidadã Integral Técnica (ECIT)

de uma escola inclusiva, que visa a for-
mar a(o) cidadã(o) para os desafios do
século XXI, e também para as exigências
profissionais do mundo contemporâneo,
tendo como ponto de partida o(a) estu-
dante, e buscando desenvolver os pilares
essenciais para a formação de indivíduos,
que possam contribuir com a sociedade
a partir de sua autonomia, das diferentes
segue o mesmo modelo que a Escola
Cidadã Integral Propedêuticas, mas tem
como diferencial os cursos técnicos in-
tegrados, que visam à formação dos(as)
jovens para atuarem no mercado de tra-
balho. Ambas têm, como foco, propor-
cionar aos(às) jovens se reconhecerem
como protagonistas em seus locais de
atuação. Assim, quando um(a) estudante

concluir o Ensino Médio numa ECIT, se
sentirá seguro(a) para lidar com questões
da vida, num contexto profissional.
Além do Curso Técnico, os(as) discentes
terão o suporte educacional de Profes-
sores(as) Tutores(as), participarão de dis-
ciplinas Eletivas, terão momentos de Es-
tudo Orientado e Avaliações Semanais,
para mediarem seus conhecimentos e
treinarem para as avaliações externas.
Poderão ainda, criar ou participar de
Clubes de Protagonismo, tendo todo o
suporte para a concretização dos seus
sonhos na disciplina de Projeto de Vida
e muito mais, que será apresentado no
decorrer desta Diretriz.
1.3 Escolas Cidadãs
Socioeducativas
No ano de 2017, na Paraíba, iniciou-se
uma nova história de sucesso na ofer-
ta de políticas públicas de atendimen-
to aos(às) adolescentes em privação de
liberdade, levando o Estado a se tornar
uma referência para o Brasil. Através do
decreto nº 37.505, de 18 de julho de
2017, foi implementada a Escola Cidadã
Integral Socioeducativa, cuja missão é
de promover atendimento escolar de
excelência, seguindo a adoção de um
modelo de educação inclusiva, a fim de
DIRETRIZES 2023
contribuir na ressocialização, na ressig-
nificação e (re)construção dos Projetos
de Vida dos(as) adolescentes.
Além do atendimento escolar, o sistema
socioeducativo envolve profissionais do
Direito, da Saúde, da Assistência Social,
da Segurança e da Educação. No estado
da Paraíba, a garantia do atendimento
socioeducativo a esses(as) adolescentes
e jovens, é atribuição da Secretaria de
Desenvolvimento Humano (SEDH), at-
ravés da Fundação Desenvolvimento da
Criança e do Adolescente Alice de Almei-
da (FUNDAC).
1.4 Escolas Cidadãs
Integrais Indígenas
O modelo de Educação Integral alcançou
as Escolas Cidadãs Integrais Indígenas
(ECII) em 2021, apoiando a modalidade
de Educação dos povos indígenas de for-
ma diferenciada, intercultural e bilíngue.
Desse modo, possibilita-se às comuni-
dades indígenas, a difusão e a afirmação
de sua cultura e de sua identidade étni-
ca. Busca-se assegurar, também, o acesso
aos conhecimentos das sociedades não
indígenas, em consonância com a Res-
olução 207/03 do Conselho Estadual de
Educação da Paraíba.
11
DIRETRIZES 2023
PROTAGONISMO JUVENIL
2.1 Conceito
O Protagonismo Juvenil é uma das bas-
es de sustentação do modelo da Escola
Cidadã Integral e, enquanto modalidade
de ação educativa, visa desenvolver jov-
ens autônomos(as), solidários(as) e com-
petentes, atores(atrizes) e sujeitos(as) da
própria ação, preparados(as) para buscar
soluções de problemas reais na escola, na
comunidade e na vida pessoal e social.
Esse Protagonismo pode ser compreen-
dido como princípio, premissa e prática.
Enquanto princípio, ele defende que to-
dos(as) da escola podem ser Protagoni-
stas, pois são agentes transformadores
de suas histórias e da história da comu-
nidade do entorno escolar. Enquanto
Premissa, observa-se que ele é um ponto
de partida para o desenvolvimento de
metas e de objetivos. Enquanto prática,
leva a comunidade escolar ao ato da ação
educativa, capaz de possibilitar espaços e
condições para o pleno desenvolvimen-
to das capacidades dos(as) jovens.
Assim, o Protagonismo Juvenil refere-se
à formação de um(a) sujeito(a) ativo(a),
com espírito de liderança, capaz de tomar
decisões e fazer escolhas embasadas no
conhecimento, na reflexão, na consider-
ação de si próprio(a) e do coletivo. Nesse
sentido, o(a) jovem deve ser visto(a)
como fonte de liberdade, de iniciativa e
de compromisso, sendo impulsionado(a)
e acompanhado(a) pela equipe escolar, a
fim de que assuma o papel consciente e
intencional das ações que executa.
2.2 Protagonismo
Profissional
Além dos atributos trabalhados nas ECIs
para o desenvolvimento do protago-
nismo dos(as) estudantes, as Escolas Ci-
dadãs Integrais Técnicas desenvolvem
a preparação desses(as) jovens para o
mundo do trabalho, por meio de proje-
tos empreendedores e da aplicação de
conteúdos ligados ao desenvolvimento
de competências e de habilidades, com
os(as) estudantes sendo inseridos(as) em
contextos reais para analisar e para solu-
cionar possíveis problemas.
As disciplinas de Inovação Social e Cientí-
fica, Intervenção Comunitária e Empresa
Pedagógica – que serão detalhadas mais
à frente – são importantes espaços para
o desenvolvimento do Protagonismo
Profissional, cujos princípios e valores
são alicerçados concomitantemente,
com a disciplina de Protagonismo Juve-
 DIRETRIZES 2023

nil: da heteronomia à autonomia (uma Diversificada, favorecem a ampliação

exclusividade da nossa rede de ensino), do repertório profissional, tecnológico,
e outras importantes disciplinas da Parte científico e cultural da comunidade es-
diversificada do currículo, como: Projeto tudantil, respeitando sempre sua cultura,
de Vida, Pós-Médio e Eletivas. Nas escolas língua e o contexto em que está inserida.
propedêuticas, o protagonismo profis-
sional também ganha sentido através
de componentes curriculares como Co-
2.3 Acolhimento Inicial
labore e Inove (outra exclusividade da
Nas Escolas Cidadãs Integrais o
nossa rede) e práticas experimentais, que
acolhimento inicial é considerado o pas-
ajudam o(a) estudante a aprender a fazer.
so inicial para a construção do Projeto de
Vida dos estudantes. Toda ação é desen-
Nas Escolas Cidadãs Integrais Indíge-
volvida pelos estudantes veteranos da
nas, o currículo é voltado para a sua re-
instituição que são formados pela Secre-
alidade, com componentes curriculares
taria Estadual de Educação por meio da
que relacionam história, língua e cultura
Gerência Executiva de Educação Integral
local. Nessa perspectiva, o Protagonismo
e atuam nessa ação enquanto Protag-
Profissional possibilita que o(a) jovem,
onistas Acolhedores, impulsionando o
no contexto em que está inserido(a),
Protagonismo dos novos estudantes da
possa atuar com responsabilidade, val-
escola.
orizando seus costumes e ampliando as
possibilidades de atuação no mundo do
Objetivos do acolhimento inicial:
trabalho, econômico e social.
• Acolher os novos estudantes ingres-
Aqui, o protagonismo juvenil e o desdo-
santes na escola;
bramento em protagonismo profissional,
enquanto modalidade de ação educati- • Apresentar o Modelo Integral;
va, também necessita do acompanha-
mento de todos(as) os(as) profissionais • Instigar o Protagonismo dos Estu-
da escola e do engajamento da comu- dantes, acolhedores e ingressantes;
nidade escolar, com metas e objetivos
previamente estabelecidos, garantindo • Possibilitar a construção de novos
que todas as ações sejam planejadas e laços de amizade;
executadas com intencionalidade.
• Dar início a criação de vínculo a um
ambiente estável ao estudante.
Essas estratégias de um currículo pensa-
do para integrar conteúdos interdisciplin-
ares da BNCC, da Base Técnica e da Parte 13
DIRETRIZES 2023
Produtos do acolhimento inicial:
• Coletar os sonhos dos estudantes
para realizar a tabulação dos son-
hos que servirá para o planejamento
geral da equipe;
• Elaboração do Portfólio de cada es-
tudante;
• Elaboração das Cápsulas do tempo
dos estudantes;
• Elaboração do contrato de convivên-
cia.
2.4 Liderança de Turma
Eleitos(as) por suas respectivas turmas,
os(as) líderes possuem a missão de se co-
municarem adequadamente entre os(as)
seus(suas) colegas de turma e a gestão
escolar, além de tornarem-se parte da
equipe gestora, buscando a solução de
possíveis desafios enfrentados pela co-
munidade escolar.
Os(As) líderes precisam exercer o papel
de protagonistas sempre buscando o
melhor para a convivência solidária na
escola. É de suma importância que esta
invista diretamente, na formação e no
fortalecimento dos(as) líderes à luz da
Liderança Servidora.
Dentre as atribuições dos(as) Líderes
de Turmas, temos:
1. Reunir com o trio gestor(a) sempre
que necessário, porém fica alinha-
da uma reunião periódica sema-
nal (fluxo) com data, horário, local e
pauta, que devem estar expostas e
acessíveis a todos(as);
2. Representar as turmas no Conselho
de Líderes de Turma;
3. Representar os(as) estudantes nos
Conselhos Bimestrais e em outras
reuniões da escola cuja sua partici-
pação esteja prevista;
4. Colaborar com o monitoramento de
infrequência dos(as) colegas de tur-
ma, a fim de fortalecer os trabalhos
de busca ativa na escola;
5. 5. Apoiar no planejamento e na ex-
ecução dos acolhimentos diários;
6. Apoiar a formação dos(as) colegas
em relação aos princípios do mod-
elo e da liderança servidora;
7. Apoiar e estimular a participação
dos(as) colegas em eventos, ações e
programas estudantis como Orgulho
IDEB, Redação Nota Mil, Se Liga Pro-
ta, Conexão Mundo, Programa Celso
Furtado, Programa Ouse Criar, dentre
outros promovidos pela SEE-PB;
8. Apoiar o planejamento de eventos
e ações recreativas e culturais da
escola;
 DIRETRIZES 2023

9. Apoiar e incentivar a participação desenvolvem habilidades de organi-

dos(as) colegas no grêmio estudantil;
10. Apoiar e incentivar a participação
dos(as) colegas em monitoria de dis-
ciplinas, encontros de tutoria, clubes
de protagonismo e outros espaços de
protagonismo da escola;
1. Colaborar com a movimentação e
monitoramento dos instrumentos
da escola, como Guias de Aprendiza-
gem, Quadro de Monitoramento de
Frequência, Cardápio, Plano de Ação,
Agenda Bimestral etc.
Todos esses pontos devem ser trabalhados
pelo trio gestor(a) durante os momentos
de formação dos líderes de turma, bem
como durante as reuniões com a gestão e
o Conselho de Líderes.
zação, autogestão, comunicação, artic-
ulação e resolução de desafios. As re-
uniões do Conselho de Líderes devem
possuir pautas, e os líderes devem orga-
nizar os registros das reuniões através de
atas, fotos e outros meios que acharem
pertinentes.
É muito importante que a gestão escolar
não confunda CONSELHO DE LÍDERES
DE TURMA com CONSELHO BIMES-
TRAL OU CONSELHO ESCOLAR, esses
dois últimos serão conceituados mais
adiante. Durante a formação dos(as) Lí-
deres de Turma, a gestão escolar deve
esclarecer aos(às) estudantes sobre as 5
etapas de organização e funcionamento
do Conselho de Líderes:

2.5 Conselho de Líderes 1 -Implantação do

Conselho de Líderes de
O Conselho de Líderes de Turma consiste Turma após eleição.
num potente espaço de protagonismo
da escola, onde os-
(as) Líderes de Turma
serão estimulados(as) a
5 - Reunião de 2 - Reunião entre
desenvolverem o pro- feedback entre o o Líder e sua
tagonismo autêntico, líder e sua turma. turma
sendo uma ponte de
diálogo entre a comu-
nidade estudantil e a
gestão escolar.

No Conselho de Líde- 4- Reunião entre 3 - Reunião

res, os(as) estudantes Líderes de Turmas e entre Líderes de 15
Trio Gestor Turmas
DIRETRIZES 2023
1. momento: Os(As) Líderes de Turma,
após eleitos(as) no início do ano, es-
tabelecem a implantação do Consel-
ho de Líderes e o cronograma de re-
união semanal (sempre em horários
que não concorram com as aulas),
a forma de registro das reuniões, a
nomeação do(a) secretário(a) re-
sponsável pela elaboração de atas,
etc.
2. momento: Os(As) Líderes devem
se reunir com as suas respectivas
turmas para desenvolver a escu-
ta atenta e pautar os assuntos que
serão abordados com os(as) demais
líderes de turma, a fim de encamin-
har as demandas que serão discuti-
das com o trio Gestor(a). Essa etapa,
assim como as demais, deve ter ata
com a assinatura de todos(as) os(as)
presentes ou outra forma de registro
(a exemplo dos prints de grupos de
whatsapp ou google meet, que ates-
te a participação da turma).
3. momento: Os(As) Líderes se reúnem
entre si, no conselho de líderes, a fim
de discutir as pautas elaboradas em
todas as turmas e unificá-las em ape-
nas uma, além de apresentá-las na
reunião com o Trio Gestor. Trata-se
de uma ocasião em que é estimula-
da a capacidade de síntese, de me-
diação e de interlocução entre os(as)
estudantes envolvidos.
4. momento: Os(As) Líderes se reú-
nem com o Trio Gestor(a) para apre-
sentação da pauta definida ante-
riormente, para fazer acordos, para
definir prazos e para formular en-
caminhamentos. Tudo isso deve ser
registrado em ata, a ser assinada por
todos os(as) participantes no final
do encontro. Logo, eventuais de-
mandas da Gestão, na perspectiva
pedagógica, administrativa e finan-
ceira podem ser levadas para essa re-
união. O laço de confiança entre os-
(as) estudantes e a Equipe Gestora é
reforçado a cada encontro realizado.
5. momento: Os(As) Líderes formulam
devolutivas e apresentam feedback
às suas turmas, a partir dos acordos
feitos na reunião com o(a) Gestor(a).
É de suma importância que a gestão
observe se a 1º etapa de implantação
do Conselho de Líderes foi concluída,
e estimulem a movimentação das de-
mais etapas, garantindo a autonomia
necessária para a condução dos tra-
balhos pelos(as) Líderes de Turma.
2.6 Grêmios Estudantis
O grêmio estudantil consiste na repre-
sentação máxima dos(as) estudantes no
âmbito escolar. Os membros do grêmio
podem atuar juntos ao conselho esco-
lar, no desenvolvimento de eventos es-
tudantis, bem como na representação

dos(as) estudantes junto aos órgãos exter-
nos da escola. Além da representatividade,
o grêmio estudantil possui a finalidade de
estimular o desenvolvimento do protag-
onismo dos(as) estudantes, engajando
os(as) estudantes em ações de transfor-
mação da escola e da comunidade.
Os grêmios estudantis possuem regula-
mentação através das legislações federais
e estaduais, de forma que seus estatu-
tos devem respeitar a legislação vigente.
Nesse sentido, as escolas cidadãs integrais,
da nossa rede de ensino, reconhecem os
grêmios como um importante espaço de
protagonismo dos(as) estudantes e por
esse motivo, devem garantir as condições,
dentro da legislação vigente, para que os-
(as) estudantes tenham o direito de con-
stituir o grêmio estudantil.
Para garantir esse suporte, os gestores e
as equipes escolares podem tomar como
uma das referências as sequências didáti-
cas do componente curricular Protagonis-
mo Juvenil: da heteronomia à autonomia,
para as turmas da 1ª série, que foi inserida
no currículo das ECIs e ECITs a partir do
ano de 2022, e tem um capítulo sobre o
funcionamento dos Grêmios Estudantis. A
referida sequência didática está disponível
no Drive de Materiais da GEEI/SEE.
2.7 Monitoria
A monitoria de turma consiste num
DIRETRIZES 2023
importante espaço de protagonismo,
no qual os(as) estudantes terão a opor-
tunidade de se inscrever para atuarem
como monitores(as) das disciplinas que
possuem maior afinidade, fortalecendo
a movimentação da BNCC e dos com-
ponentes da Parte Diversificada ou Base
Técnica.
A atuação dos(as) monitores(as) de dis-
ciplinas deve ocorrer sob a orientação
dos(as) professores(as) e por meio da
regulamentação da coordenação ped-
agógica da escola, que ficará responsável
pela articulação do Plano de Trabalho
dos(as) estudantes monitores de disci-
plinas e dos(as) professores supervisores.
Dessa forma, se faz necessário que os(as)
professores(as) elaborem o Plano de Tra-
balho da Monitoria e que o referido pla-
no seja validado pelas coordenações de
área e pela coordenação pedagógica.
Em relação a construção do Plano de Tra-
balho da Monitoria de disciplinas, FICA
VEDADO AO(À) ESTUDANTE:
1. Substituir o(a) professor(a) em sala
de aula;
2. Atribuir nota em trabalhos e provas
de alunos(as);
3. Realizar o registro de frequência e
dos conteúdos no diário de classe e
as de caráter administrativo.
17
DIRETRIZES 2023
A Coordenação Pedagógica e as Coorde-
nações de Áreas devem orientar a equi-
pe escolar sobre a elaboração do:
1. Edital de abertura da monitoria para
seleção de monitores(as);
2. Plano de Trabalho da Monitoria;
3. Termo de ciência e compromisso
dos(as) monitores(as);
4. Modelo de relatório anual da mon-
itoria para os(as) estudantes e para
o(a) professor(a).
Para garantir esse alinhamento, às equi-
pes escolares podem tomar como uma
das referências as sequências didáticas
do componente curricular Protagonismo
Juvenil: da heteronomia à autonomia,
para as turmas da 1ª série, que foi inseri-
da no currículo das ECIs e ECITs a partir
do ano de 2022, e tem um capítulo com
o passo a passo de como implantar e im-
plementar a monitoria de disciplinas na
escola. A referida sequência didática está
disponível no Drive de Materiais da GEEI/
SEE.
2.8 Clubes de Protagonismo
O Clube de Protagonismo é um espaço
destinado aos(às) estudantes, oferecido
para colaborar com o seu sucesso e o da
comunidade de forma coletiva e solidária.
Nele, os(as) estudantes desenvolvem e
exercitam muitas habilidades essenciais
para a sua formação e para a sua atuação
na vida pessoal, social e produtiva. O que
há de mais atraente no Clube de Protag-
onismo é que ele possibilita a integração
das pessoas e o desenvolvimento delas.
Nesse espaço, os(as) estudantes têm a
oportunidade de assimilar posturas e
atitudes que são indispensáveis para
o desenvolvimento do protagonismo.
Tal prática configura-se como um dos
principais instrumentos para o desen-
volvimento do protagonismo autêntico,
que é um dos princípios norteadores do
Modelo da Escola Cidadã Integral. Eles
surgem a partir da vivência e do interes-
se coletivo dos(as) estudantes, ou seja,
ocorrem em períodos de intervalo, na
hora do almoço, até mesmo em horários
depois das aulas ou nos fins de semana
(exceto nas ECI Socioeducativas, pois são
integrados ao horário das aulas). Porém,
é preciso sempre haver a comunicação e
o agendamento dessas atividades junto
à gestão escolar, assim como a presença
de um adulto (no caso dos fins de sema-
na e horários pós-aula).
Os Clubes de Protagonismo têm como
objetivo a convivência e o desenvolvi-
mento da solidariedade e do respeito às
diferenças. Além disso, nos clubes, os(as)
estudantes desenvolvem habilidades da
BNCC de formas variadas e intencionais,
em cujo processo os professores atuam
como padrinhos, orientando os(as) par-
ticipantes, quando necessário.
Os(as) estudantes escolhem e elegem os

seus membros representantes como pres-
idente(a), vice-presidente(a), secretário(a),
etc. Tudo para colaborar de forma efetiva
com o bom funcionamento desse espaço
de protagonismo. Para a efetivação de-
les, a GEEI/SEE media a realização de
uma Semana de Protagonismo, que é re-
alizada entre os meses de março e abril (e,
nas ECI Socioeducativas, bimestralmente).
Em suma, o objetivo é que 100% dos(as)
estudantes estejam engajados(as) nessa
prática. Portanto, o(a) Gestor(a) e toda a
comunidade escolar precisam incentivar
a participação e acompanhar o funciona-
mento dos clubes. Para isso, é necessário
fazer reuniões semanais (fluxo) com os-
(as) presidentes(as) dos clubes. Nessas re-
uniões, os planos de ação dos clubes são
revistos, formações são realizadas e orien-
tações são dadas para o desenvolvimen-
to e para a manutenção dos clubes. Ade-
mais, a escola precisa compreendê-los
como espaços de aprendizado contínuo
e interdimensional.
Para garantir o aprofundamento sobre o
funcionamento dos Clubes de Protago-
nismo, as equipes escolares podem tomar
como uma das referências as sequências
didáticas do componente curricular Pro-
tagonismo Juvenil: da heteronomia à au-
tonomia, para as turmas da 1ª série, que
foi inserida no currículo das ECIs e ECITs a
partir do ano de 2022, e tem um capítulo
DIRETRIZES 2023
com o passo a passo de como conduz-
ir as ações dos Clubes de Protagonismo.
A referida sequência didática está dis-
ponível no Drive de Materiais da GEEI/
SEE.
2.9 Orgulho ENEM
As ações referentes ao #OrgulhoENE-
MPB, serão desenvolvidas em três etapas:
planejamento, divulgação e execução.
Assim, a gestão precisará organizar as
ações e as atribuições dos(as) profes-
sores(as) e dos(as) líderes, a fim de alca-
nçar a excelência desse movimento e
atingir os objetivos que foram traçados
abaixo:
OBJETIVO 01
Motivar os(as) estudantes a realizarem o
ENEM;
OBJETIVO 02
Preparar os(as) estudantes para o ENEM;
OBJETIVO 03
Comunicar e engajar os(as) estudantes
sobre as ações a serem desenvolvidas.
19
DIRETRIZES 2023
2.9.1 Lista de ações do Orgulho
ENEM
AÇÕES DA ESCOLA
A escola precisa organizar ações que mo-
bilizem, motivem e movimentem os(as)
estudantes e a comunidade (premissa da
corresponsabilidade) para a realização
das provas do ENEM. Dentre estas ações,
estão:
• Mobilização dos(as) para solicitarem
isenção da taxa de inscrição (a meta
é 100% dos estudantes das 3ª séries
solicitem);
• Mobilização dos(as) estudantes que
precisam justificar ausência no ENEM
de anos anteriores;
• Realizar acolhimentos temáticos;
• Realizar reuniões e planejamento
das ações de mobilização para pedi-
dos de isenção e inscrição;
• Disponibilização de ferramentas para
que os estudantes realizem todas as
etapas de isenção, justificativa de
ausência e inscrição no ENEM 2023;
• Realizar reuniões e planejamento
das ações DENOMINADA DE MARA-
TONA DO ENEM;
• Realizar aulões de todas as áreas do
conhecimento com os professores
da escola, e quando possível, fazer
intercâmbio de professores com es-
colas vizinhas.
Estudantes egressos da rede, também
podem ser convidados para essas ações.
A GEEI irá disponibilizar orientações es-
pecíficas para essas ações, com datas es-
pecíficas, junto com os materiais para o
planejamento das Escolas Cidadãs.
AÇÕES DO (A) GESTOR (A)
O(A) gestor(a), como principal fonte irra-
diadora de referência da escola, exercen-
do a sua função de líder, precisará engajar
todos os(as) atores/atrizes do processo
na ação. Para isso, é de suma importância
que ocorra o momento de reunião com
os(as) sujeitos(as) do processo: profes-
sores(as) e estudantes. Assim, será pos-
sível desenvolver um planejamento de
acordo com as especificidades de sua
escola.
É importante que o(a) gestor(a):
• Realize reuniões de planejamento;
• Participe das ações de divulgação;
• Convoque estudante e profes-
sores(as) para participar da ação;
• Mobilize a comunidade escolar;
• Participe ativamente das ações;

• Monitore todo o processo.
AÇÕES DO (A) COORDENADOR (A)
O(A) coordenador(a) Pedagógico(a) pre-
cisará organizar, junto com os(as) profes-
sores(as) coordenadores(as) de áreas, a
organização dos aulões da Maratona do
Enem de acordo com áreas de conheci-
mento do ENEM no turno da manhã.
• Pensar em estratégias pedagógicas
para o desenvolvimento das ações;
• Engajar os(as) professores(as) no
desenvolvimento dos aulões;
• Organizar, orientar e acompanhar
o planejamento dos(as) profes-
sores(as) de acordo com as áreas do
conhecimento.
AÇÕES DO(A) PROFESSOR(A)
Dessa forma, como você já observou nas
ações a serem desenvolvidas, alguns irão
atuar de acordo com a sua disciplina e
com a área do conhecimento. Logo, os-
(as) professores(as) irão atuar, prioritaria-
mente, nas seguintes ações:
• Desafio Redação Nota 1000;
• Aulão de acordo com aula do Con-
hecimento;
• Divulgação dos eventos escolares e
estaduais.
DIRETRIZES 2023
Primeiramente, é importante que o(a)
professor(a) possa motivar os(as) estu-
dantes a participarem da ação, e claro,
desenvolver um aulão com muita mo-
tivação e dinamicidade.
AULÕES DAS ÁREAS DO CONHECI-
MENTO:
Com o intuito de revisar os conteúdos
didáticos cobrados pelo ENEM, a escola
pode realizar aulões por áreas curricu-
lares, de modo que os(as) professores(as),
alinhados(as) com as coordenações de
áreas e pedagógica, se envolvam na
elaboração e na metodologia desses
aulões. Destarte, a escola pode elaborar
um calendário de aulões de acordo com
o contexto escolar específico de cada in-
stituição de ensino.
PARA A DINAMICIDADE DA AÇÃO
• O(A) professor(a) de Pós-Médio deve
estar à frente de toda a ação, orga-
nizando, orientando e monitorando;
• Os(As) professores(as) deverão or-
ganizar o aulão temático, de acordo
com a área do conhecimento;
• Por ser uma das últimas ações a ser-
em desenvolvidas referente ao ENEM,
o momento requer motivação para
que os(as) estudantes fiquem con-
21
DIRETRIZES 2023
fiantes quanto a sua participação
no exame, toda a equipe escolar
deve se encarregar de dar o apoio
necessário aos(às) estudantes;
• Para a divulgação da ação, o(a)
professor(a) também pode fazer
vídeos, convites ou utilizar o ele-
mento suspense para gerar curi-
osidade nos(as) estudantes insti-
gando-os(as) a participarem das
ações;
• Nos aulões, fazer uso de ferra-
mentas atrativas para os(as) jov-
ens, músicas, aplicativos, paródias,
questões do dia a dia;
• A estratégia de realizar parceria
com outros(as) professores(as) de
outras escolas para aulões, geram
um bom engajamento dos(as) es-
tudantes (pensem nisso!);
• Pensar em desafios a serem solu-
cionados durante os aulões.
DICAS PARA O DESENVOLVIMENTO
DAS AÇÕES
• Os(As) jovens articuladores são de
grande importância no processo de
comunicação com os(as) estudantes.
Assim, a participação deles(as) é de
suma importância para o sucesso
da ação. Convoque-os(as) para que
possam gravar vídeos, Tik-Toks, fazer
paródias, músicas, danças e veiculem
nas redes sociais informando os(as)
participantes sobre as ações que
serão desenvolvidas, datas e hora;
• Após a escola ter realizado várias
ações para o ENEM, nos últimos
aulões, na Maratona ENEM, é impor-
tante que seja pensado como um
momento de descontração e como
uma ação motivacional para com os-
(as) estudantes;
• Que tal pensar em uma ação in-
terescolar, com aulões articulados
entre duas escolas ou mais?
• Utilizem a criatividade para o desen-
volvimento das ações, fantasias, e
músicas.
MONITORAMENTO DA GESTÃO
Por fim, mas não menos importante, é
necessário que o(a) gestor(a) escolar já
tenha montado o seu banco de dados
acerca dos estudantes que prestaram o
Exame Nacional do Ensino Médio, em
pelo menos dois anos anteriores, para
que possam tomar decisões de acordo
com esse material. As informações, de
notas e aprovações, serão solicitadas pela
Secretaria Estadual de Educação para
consolidação de dados estaduais.

2.10 Orgulho IDEB
A Ação “Orgulho IDEB” será realizada em
três etapas, mas, primeiramente, teremos
alguns objetivos a serem atingidos nesse
processo:
• Garantir que todos os estudantes da
escola tomem conhecimento das
avaliações externas;
• Envolver toda a escola na mobili-
zação “Orgulho IDEB”;
• Mobilizar todos/as estudantes a par-
ticiparem das provas.
Nossa meta é aumentar a nota do IDEB
da Paraíba, sermos destaque Nacional e
conhecermos ainda mais as necessidade
e potencialidades da educação no nosso
Estado. A Paraíba tem um potencial in-
crível e podemos ser referência para todo
o Brasil. Vem fazer parte dessa história!
A Ação Orgulho IDEB irá movimentar
toda a escola e, num primeiro momen-
to, haverá uma reunião dos(as) Líderes
com a gestão escolar para definir alguns
passos, que deve acontecer uma semana
antes da SEMANA DE MOBILIZAÇÃO.
• Passo 1: Contextualizar a Ação Or-
gulho IDEB e a sua importância para
o estado da Paraíba e a garantia da
Educação Pública de Qualidade.
• Passo 2: Definir a data e o turno em
DIRETRIZES 2023
que as ações serão realizadas.
• Passo 3: Formar as duplas, prezan-
do a equidade de gênero, garantin-
do presença de meninas e meninos
no processo. É de suma importância
garantir a diversidade presente nas
nossas escolas.
• Passo 4: Organizar o material que
será utilizado: slides, vídeos e con-
teúdos.
ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVI-
DAS:
• Acolhimento Temático do IDEB: a
escola deverá desenvolver, durante
uma semana, todos os dias, o acolhi-
mento diário com o tema de “Incen-
tivo à participação no IDEB”.
• Exibição de vídeo pela escola sobre
a importância e/ou engajamento
para o IDEB.
• Fala dos líderes com a turma sobre
o IDEB.
DESAFIO
Os(As) líderes de cada escola deverão
elaborar uma campanha que envolva
estudantes e que seja criativa, atrativa
e protagonista. Pode ser: vídeos, fotos,
paródia, poesia, cordel e etc!
23
DIRETRIZES 2023
A campanha deverá ser postada nas re-
des sociais da Escola e divulgada am-
plamente nas redes sociais pessoais dos
estudantes. Quem tiver maior engaja-
mento, mobilização, views e participação
protagonista, estará em destaque nas
nossas redes sociais oficiais.
TEMA DA CAMPANHA:
Eu Sou #ORGULHOIDEB
2.11 Se Liga Prota
O SE LIGA PROTA é um evento que tem
o objetivo de abrir as portas das Escolas
Cidadãs Integrais a toda a comunidade
externa, apresentando o modelo e suas
especificidades por meio dos estudantes
protagonistas, que mostram em suas
palavras, ações e escolhas, o que é ser
estudante de uma ECI, e assim angariar
matrículas para o modelo integral.
O 1º SE LIGA PROTA ocorreu no ano de
2018 quando tínhamos 100 escolas inte-
grais, depois em 2019 com todas as 153
escolas. No ano de 2021 a ação ocorreu
2 vezes de forma virtual, e depois pres-
encial, de acordo com a possibilidade de
cada escola, em 2022 foi facultado às es-
colas o desenvolvimento dessa ação e, a
partir de 2023 a ação deverá ser desen-
volvida por todas as Escolas Cidadãs In-
tegrais.
O evento é um momento para apresen-
tar os princípios da Escola Cidadã Integral
a possíveis estudantes no ano seguinte,
e fortalecer o protagonismo de nossos
Jovens Protagonistas, que já estão estu-
dando no modelo. A formação dos Estu-
dantes acontece por meio da Secretaria
Estadual de Educação, via Gerência Ex-
ecutiva de Educação Integral, que en-
caminhará todas as informações e mate-
riais necessários para sua execução.
2.12 Olimpíadas
A SEE acredita que a participação em
olimpíadas de conhecimento é um
grande privilégio para os(as) estudantes
da rede, pois, nessas competições,
eles(as) desenvolvem não só o conhe-
cimento acadêmico, como também o
espírito esportivo e outras habilidades
socioemocionais essenciais para a for-
mação como ser humano.
Atualmente, existem olimpíadas de con-
hecimento nas mais diversas áreas. Elas
acontecem em níveis locais, estaduais,
nacionais e até internacionais. Incenti-
vamos a participação dos(as) estudantes
nestes eventos, pois, dessa forma, eles
desenvolvem muitas habilidades, como
a autonomia, a ética, a linguagem, o ra-
ciocínio, etc.
Ademais, a Base Nacional Comum Cur-
ricular (BNCC) estabelece que é papel do
Ensino Básico, entre outros:

“
III – o aprimoramento do educando
como pessoa humana, incluindo a
formação ética e o desenvolvimento
da autonomia intelectual e do pens-
amento crítico;
IV – a compreensão dos fundamen-
tos científico-tecnológicos dos pro-
cessos produtivos, relacionando a
teoria com a prática, no ensino de
cada disciplina.”
Alinhados a essa proposta, estão dentro
dos objetivos educacionais da SEE/PB,
a compreensão do significado da ciên-
cia, das letras e das artes nos processos
de transformação social e cultural e no
desenvolvimento da dimensão humana,
incluindo-se a formação ética, a autono-
mia intelectual e o espírito crítico.
Para isso, as Olimpíadas do Conhecimen-
to são ótimas aliadas. Elas auxiliam o(a)
estudante a desenvolver autonomia nos
estudos, pensamento crítico, resolução
de problemas de forma ética, responsab-
ilidade e capacidade de lidar com desafi-
os e frustrações.
2.12.1 Sugestões de Olimpíadas
do Conhecimento
Diante do universo rico e diversificado
das Olimpíadas do Conhecimento, de-
stacamos e sugerimos as seguintes:
DIRETRIZES 2023
• Olimpíadas de Língua Portugue-
sa (OLP): Consiste num concurso de
produção textual de professores(as)
e de estudantes, de caráter forma-
tivo, que foi criado em 2008 com o
intuito de contribuir para a melhoria
da leitura e da escrita de estudantes
do 5º ano do Ensino Fundamental à
3ª série do Ensino Médio de escolas
públicas brasileiras. Para saber mais,
clique aqui.
• Olimpíadas Brasileiras de
Matemática das Escolas Públi-
cas e Privadas (OBMEP): A OBMEP
é uma realização do Instituto de
Matemática Pura e Aplicada - IMPA,
que tem como objetivo estimular o
estudo da Matemática e revelar tal-
entos na área. Para mais informações
clique aqui.
• Olimpíada Nacional de Ciências
(ONC): A ONC se destina aos(às)
estudantes que estiverem regular-
mente matriculados(as) no Ensino
Fundamental II (6º, 7º, 8º ou 9º ano);
no Ensino Médio (1ª, 2ª ou 3ª série);
e estudantes da 4ª série do Ensino
Técnico, bem como estudantes da
Educação de Jovens e Adultos das
séries ou anos citados acima. Mais in-
formações podem ser obtidas aqui.
• Olimpíada Brasileira de Astronomia e
Astronáutica (OBA) e Mostra Brasile-
ira de Foguetes (MOBFOG): Podem
25
DIRETRIZES 2023

participar da OBA e da MOBFOG ca (OBR): A Olimpíada Brasileira de

estudantes do primeiro ano do en-
sino fundamental até estudantes do
último ano do ensino médio. O con-
junto dessas atividades levam a des-
pertar nos(as) jovens, o interesse por
ciências, desenvolvendo habilidades
cognitivas e socioemocionais, que
fazem parte das metas de desen-
volvimento humano da Educação
Cidadã. Mais informações aqui.
Robótica, ou OBR, é uma olimpíada
de conhecimento para estudantes
do ensino fundamental e ensino mé-
dio. Foi fundada como parte de uma
iniciativa de pesquisadores na área
de robótica para difusão da robótica
na sociedade brasileira. Para saber
mais, clique aqui.

• Olimpíada Brasileira de Física das

Escolas Públicas (OBFEP): Acontece
anualmente desde 2012 em todo
o Brasil, sendo destinado, exclusiv-
amente, aos estudantes do Ensino
Médio, e do último ano (9o ano)
do Ensino Fundamental de Escolas
Públicas. São premiados, estudantes,
escolas e professores; os estudantes,
melhor classificados, podem receber
Bolsas de Iniciação Científica Júnior.
Mais informações aqui.

• Olimpíada Nacional em História do

Brasil (ONHB): A Olimpíada Nacional
em História do Brasil começou em
2009 e tem sido um sucesso entre
alunos(as) e professores(as) de todo
o país. Elaborada pelo Departamen-
to de História da Unicamp, a iniciati-
va firmou-se no cenário educacional
como uma proposta inovadora de
estudo consistente de história. Mais
informações aqui.

• Olimpíada Brasileira de Robóti-

DIRETRIZES 2023

27
DIRETRIZES 2023
METODOLOGIAS DE ÊXITO
As Metodologias de Êxito são os compo-
nentes curriculares que estão inseridos
na Parte Diversificada do Currículo. Tais
metodologias precisam ser o fio condu-
tor entre as práticas sociais e o mundo
acadêmico, considerando o plano de
ação da escola, de modo a contribuir,
maximizar e diversificar as experiências e
os conhecimentos dos(as) nossos(as) es-
tudantes.
Desse modo, para garantir a eficiência da
execução das Metodologias de Êxito nos
espaços escolares, é necessário “lançar
mão” de práticas pedagógicas que levam
em consideração a experimentação de
atividades contextualizadas e significati-
vas, nas mais distintas áreas, para os(as)
estudantes. Em outras palavras, as met-
odologias de êxito nos convidam a rep-
ensar:
• O que vamos ensinar?
• Como vamos ensinar?
• Como conduzir os processos de en-
sino e de aprendizagem a fim de
contribuir com a formação protago-
nista de nossos(as) discentes?
Além disso, é de suma importância que
as Metodologias de Êxito estejam bem
articuladas às temáticas e aos conteúdos
das áreas e dos componentes da BNCC,
levando em consideração o Plano de
Ação da Escola, com foco nos objetivos a
serem alcançados.
Para que essa articulação aconteça, o
Modelo Pedagógico e o Modelo de
Gestão precisam caminhar lado a lado,
traçando as metas a serem atingidas e o
modo como cada uma das Metodologias
de Êxito contribuirá com o sucesso da es-
cola.
As Metodologias de Êxito são divididas
em categorias: Projeto de Vida, Pré-Mé-
dio, Pós-Médio, Propulsão, Eletivas, Pro-
tagonismo Juvenil, Estudo Orientado,
Avaliação Semanal e Práticas Experimen-
tais.
3.1 Projeto de Vida
O Projeto de Vida é a Metodologia de
Êxito que se traduz na centralidade do
modelo de Escola Cidadã Integral, que
objetiva refletir as múltiplas dimensões
da identidade dos(as) jovens ainda em
formação. Assim, as aulas de Projeto de
Vida não se referem apenas a um projeto
de carreira voltado, exclusivamente, para

o lado profissional, pois é uma Metodolo-
gia de Êxito, que nos convoca à reflexão
sobre o “ser e o querer ser”, tendo por ob-
jetivo ajudar nossos(as) jovens a planejar-
em e traçarem os caminhos que precis-
am trilhar, tendo solidez nas dimensões
pessoal, social e produtiva da vida, em
períodos de curto, médio e longo prazos.
Dessa forma, é importante frisar que o
Projeto de Vida acontece na junção de
duas variáveis: A primeira diz respeito à
identidade, ou seja, quanto mais o(a) jo-
vem se conhece, experimenta as poten-
cialidades individuais, descobre o gosto,
aquilo que sente prazer em fazer, maior
será sua capacidade de elaborar seu
projeto. Já a segunda, contribui na elab-
oração do Projeto de Vida por meio do
conhecimento da realidade.
Logo, quanto mais eles(elas) conhecem
a realidade na qual estão inseridos, mais
compreendem o funcionamento da es-
trutura social, com seus mecanismos de
inclusão e de exclusão, além de terem
consciência dos limites e das possibili-
dades na área em que queiram atuar, am-
pliando as possibilidades de elaborarem
e de implementarem os seus projetos.
Sendo assim, as duas variáveis deman-
dam espaços e tempos de experimen-
tação, bem como uma ação educativa.
Ademais, o(a) professor(a) de Projeto de
Vida desempenha esse papel de orienta-
dor(a) e de interlocutor(a) desse proces-
so na vida do(a) jovem protagonista.
Para os(as) professores(as) das aulas de
DIRETRIZES 2023
Projeto de vida, há especificidades que
devem ser consideradas. Não existe um
“perfil perfeito”, entretanto, esses(as) do-
centes precisam ter a habilidade de in-
fluenciar o(a) jovem, cultivando uma
atuação transformadora, que envolve
subjetividade e objetividade, além de
motivar sobre seus sonhos, interesses,
aquilo que desejam para suas vidas, onde
pretendem chegar e o que anseiam ser,
refletindo sempre sobre a ação e suas
etapas para alcançar um Projeto de Vida
bem sucedido. Outrossim, por se tratar
do principal condutor para realizar junto
ao jovem seus sonhos, desejos e planos
de vida, orientamos que, o(a) professor(a)
de Projeto de Vida não lecione nenhuma
outra disciplina da base diversificada do
currículo, nem assuma a Coordenação
de Área, pois garantirá o foco no que se
deseja e poderá contribuir para o suces-
so da escola a partir desta Metodologia
de Êxito.
O acompanhamento da disciplina de
Projeto de Vida deve ser realizado pelo(a)
Coordenador(a) Pedagógico(a) com re-
uniões regulares e registro em ata. Ori-
entamos que seja disponibilizado um
horário específico, dentro da realidade
de cada escola para este momento, de
modo que os professores possam se re-
unir com a coordenação pedagógica
para alinhamento e monitoramento das
aulas estruturadas e ações do Projeto de
Vida.
Diante da necessidade de incentivar e 29
DIRETRIZES 2023
apoiar os(as) estudantes para realização
do seu Projeto Escolar, o desenvolvimen-
to do Projeto de Vida na escola deve
seguir fielmente todas as orientações
específicas deste componente curricu-
lar. O(A) professor(a) de Projeto de Vida
deve acompanhar as ações dos protag-
onistas no acolhimento inicial, recolher
os produtos gerados, à saber: escada dos
sonhos e carta do futuro (para a cápsu-
la do tempo), acompanhando e moni-
torando todo o processo a fim de prov-
er condições para desenvolvimento de
competências dos(as) estudantes, que
permitirão atravessar e atuar frente aos
desafios que encontrarão no caminho
para consolidação de um projeto para a
sua vida.
O Projeto de Vida do(a) estudante é o
coração da escola. Apesar de existir uma
metodologia específica do currículo,
toda equipe escolar deve acompanhar
e se envolver em suas ações, inclusive,
acompanhar o GPS de Projeto de Vida,
articulando as temáticas aos componen-
tes curriculares que ministram. Nas ECITs
não é diferente, essa articulação também
deve acontecer, de modo que os(as) es-
tudantes visualizem isto na prática dos
educadores(as), e se sintam apoiados,
motivados e capazes de construir um
projeto que crie expectativas para o fu-
turo.
IMPORTANTE! Os(As) estudantes que
realizaram matrícula após o acolhimen-
to inicial, o(a) professor(a) de Projeto de
Vida deve realizar o processo em sala
de aula, de modo que esse(a) estudante
também passe pelo mesmo processo
que os demais. Esse monitoramento é
imprescindível, e deve ser rigorosamente
acompanhado, e culminado na abertura
da cápsula do tempo ao final do ano le-
tivo.
3.2 Protagonismo Juvenil
Nas nossas ECIs e ECITs encontramos
várias expressões do protagonismo, que
foram impulsionadas com a criação de
espaços e condições de participação
dos(as) estudantes, como: Liderança de
Turma, Grêmios Estudantis, Clubes de
Protagonismo, Monitoria, Acolhimentos,
entre outras ações.
Diante de um processo de avaliação do
protagonismo, tendo em vista as neces-
sidades de nossos jovens, alinhadas aos
princípios, premissas e práticas da Escola
Cidadã Integral e frente a implantação do
novo ensino médio, foi pensado na im-
plementação de um componente curric-
ular da parte diversificada, que apoiasse
os(as) jovens estudantes na fase de sua
travessia entre a heteronomia da infân-
cia e adolescência, até a autonomia da
vida adulta, atuando em nossas ações
estudantis, fortalecendo os processos
de desenvolvimento do protagonismo
autêntico por meio do acompanhamen-
to do professor.
 DIRETRIZES 2023

O componente curricular “Protagonismo 3.2.1 Distribuição das aulas

Juvenil: da heteronomia à autonomia” -
gentilmente abreviada por “PJ” - surgiu
de PJ
como mais um espaço na Escola Cidadã
Nas ECIs e ECITs, a disciplina contará com
Integral para que os(as) jovens possam
1h/aula semanal por turma. Dessa forma,
desenvolver suas habilidades alinhadas
recomenda-se que cada professor(a) de
às 10 competências gerais da BNCC. Os-
Protagonismo Juvenil assumam no máxi-
(as) estudantes serão acompanhados
mo 5 turmas por série, ou seja, a partir de
pelos(as) professores(as) em Encontros
6 turmas em cada série, se faz necessário
Educativos e nos Encontros de Mentoria,
2 professores, de forma que as turmas se-
com reflexões sobre inúmeras temáti-
jam distribuídas de maneira proporcio-
cas relevantes para a discussão atual do
nal.
cenário local e global, contribuindo para
sua formação pessoal,social e produtiva.
Nas escolas onde o somatório de tur-
mas da 1ª e 2ª série não ultrapassem o
A implantação da disciplina está di-
total de 10 turmas, é possível manter o(a)
vidida em três fases:
mesmo(a) professor(a) de PJ para as duas
séries, no intuito de maximizar a apro-
• Na 1ª fase, o componente curricular
priação dos(a) professores(as) em relação
foi inserido nas escolas cidadãs inte-
aos materiais desse componente curric-
grais e técnicas, no ano de 2022, para
ular.
as turmas da 1ª série do ensino mé-
dio;
Para realizar a distribuição da disciplina
• A segunda fase da implantação junto aos professores, é necessário que o
ocorrerá no presente ano de 2023, gestor observe as restrições no que diz
com a inserção do componente para respeito ao acúmulo de disciplinas, de
as turmas da 1ºe 2ª séries das ECIs forma que os(as) professores de PJ não
e ECITS, e para algumas turmas das devem:
escolas socioeducativas;
• Acumular Protagonismo Juvenil com
• Por fim, no ano de 2024 ocorrerá a Projeto de Vida;
conclusão da 3ª fase da implantação,
com a inserção do componente nas • Acumular Protagonismo Juvenil com
turmas do 1ª, 2ª e 3ª série do ensino Colabore e Inove;
médio das ECIs e ECITs.
• Ser professor(a) da Base Técnica T(20).
31
DIRETRIZES 2023
3.2.2 Perfil do professor(a) de
Protagonismo Juvenil
Sobre o perfil do(a) professor(a) de PJ,
é importante que a gestão faça a dis-
tribuição do componente, atentando
para os seguintes critérios:
• Espírito juvenil;
• Atenção às questões das gerações
juvenis da contemporaneidade;
• Domínio de ferramentas audiovi-
suais básicas;
• Proatividade;
• Apreço por causas sociais;
• Abertura para o novo;
• Criatividade e capacidade de in-
ovação.
Além dessas características, os(as) profes-
sores(as) devem participar das formações
ofertadas pela Coordenação de Protago-
nismo Juvenil da GEEI/SEE, para fortalecer
sua apropriação sobre os materiais de PJ.
Cabe ao Coordenador Pedagógico ga-
rantir o monitoramento e alinhamento
das ações do Componente Protagonis-
mo Juvenil na escola, mantendo a equi-
pe escolar informada sobre a movimen-
tação dos indicadores de Protagonismo
Juvenil, que estiverem presentes no Pla-
no de Ação da Escola , e alinhada sobre
ações de PJ.
3.2.2 Avaliação de PJ
O componente curricular Protagonismo
Juvenil: da heteronomia à autonomia,
conta com um instrumento de avaliação
denominado “avaliação em foco”. Nesse
instrumento, o professor transforma os
CONCEITOS da autoavaliação realizada
pelos estudantes em notas que devem
ser registradas no boletim do(a) estu-
dante. Esse instrumento, bem como seu
passo a passo estão contidos nas sequên-
cias didáticas de PJ, cabendo aos pro-
fessores(as) observar as instruções e ex-
ecutá-las. Outra observação importante,
é que por se tratar de um componente
da Parte Diversificada, não há retenção
de estudantes por nota em Protagonis-
mo Juvenil.
3.3 Tutoria
A Tutoria visa a promover a interação, por
meio da qual uma pessoa dá apoio a out-
ra para tornar possível que ela se desen-
volva e ponha em ação algum direito,
dever, conhecimento, competência ou
habilidade. Trata-se de uma das práticas
que fortalecem a Pedagogia da Presença
nas escolas, e dela devem participar os-
(as) professores(as) e a gestão escolar,

sem exceções. Ou seja, os(as) integrantes
do trio gestor também precisam ser tu-
tores de alguns estudantes, mas com o
quantitativo reduzido.
Nas Escolas Cidadãs Integrais, a tutoria
é um caminho para realizar uma inter-
ação pedagógica, alicerçada no acom-
panhamento acadêmico, em que o(a)
educador(a) (tutor(a)) acompanha e se
comunica com os(as) estudantes de for-
ma sistemática, planejando seu desen-
volvimento e avaliando a eficiência de
suas orientações, de modo a resolver
problemas que possam ocorrer durante
o processo educativo, registrando as in-
formações pertinentes em instrumento
padrão (Ficha de Tutoria Padrão da GEEI
- acessada via link de materiais), com vis-
tas ao desenvolvimento do seu Projeto
de Vida.
Cada professor(a) tutor(a) deve com-
preender a devida importância de sua
função e compreensão de o quanto a
Pedagogia da Presença, Tutoria e Projeto
de Vida devem estar alinhados em suas
ações e apoio aos estudantes. Para isso,
é importante e indispensável o uso de
instrumento de apoio e monitoramento
dos estudantes (Ficha de Tutoria Padrão
da GEEI), acessada via link de materiais.
Não há como conceber a tutoria sem
registro. Por isso, é importante que as in-
formações contidas na Ficha de Tutoria
estejam disponíveis para a gestão escolar
e, de preferência, em drive online.
Tutoria e Pedagogia da Presença são in-
DIRETRIZES 2023
dissociáveis no Modelo Escola Cidadã In-
tegral. O modelo da estratégia de escol-
ha dos(as) tutores(as) a ser adotado pela
escola deverá ser objeto de discussão e
de definição em virtude das condições
existentes, buscando adequação de es-
tratégias e visando a atingir a totalidade
dos(as) estudantes matriculados(as). Para
qualquer que seja a definição, é funda-
mental assegurar que os(as) estudantes
tenham a liberdade de fazer a escolha so-
bre aquele que será o(a) seu(sua) tutor(a).
Para isso, é importante que os(as) estu-
dantes do Ensino Fundamental possam
escolher professores(as) deste segmen-
to, e que estudantes do Ensino Médio
possam escolher os(as) professores que
atendam a essas turmas.
3.3.1 Tutoria para os
professores T30 nas ECITS
Na Implantação do Novo Ensino, a Tu-
toria passou a ser um componente cur-
ricular. A disciplina de tutoria será exe-
cutada nas turmas de 1ª e 2ª séries. A
carga horária deste componente só deve
ser atribuída no quadro dos(as) profes-
sores(as) T30 quando os(as) profissionais
tiverem carga horária excedente em seu
quadro. Nas turmas de 3ª séries a tuto-
ria NÃO é um componente curricular,
pois, a inserção do Novo Ensino Médio
só começou ser implantada em 2022 nas
turmas de 1ª séries.
33
DIRETRIZES 2023
A prática da tutoria é diferente do com-
ponente curricular. A disciplina irá seguir
uma sequência didática com conteúdos
e a prática deve ser realizada por todos(as)
os(as) professores(as) da Escola, inclusive
os professores T30. A distribuição da car-
ga horária dessa categoria foi apresen-
tada neste documento e ela elenca que
o(a) docente tem 10h de Planejamento,
sendo (cinco) horas/aula no dia da re-
união de Fluxo na Escola + 5 hrs de EPA
(Estudos, Planejamento e Atendimento).
Resumindo, a disciplina curricular Tutoria
é inserida no quadro do(a) professor(a)
T30 quando tiver disponibilidade em sua
carga horária. E a prática educativa de
TUTORIA deve ser desenvolvida por todo
o corpo docente, inclusive os(as) profes-
sores T30.
3.3.2 Tutoria nas ECIS - Escolas
Socioeducativas
A Tutoria pode ser, também, realizada de
modo anônimo. Isto é, embora o(a) estu-
dante não saiba quem é seu(sua) tutor(a),
ele(a) será acompanhado(a) de perto e
encorajado(a) por meio de ações con-
juntas entre o(a) tutor(a) e os(as) demais
professores(as).
3.3.3 Tutoria e o Novo Ensino
Médio
Dando seguimento a implantação do
Novo Ensino Médio, para este ano de
2023, as turmas da 1ª e 2ª Séries do En-
sino Médio, terão aulas de Tutoria. Os(As)
estudantes destas turmas ainda poderão
escolher seus tutores. Esse processo de
escolha, que envolve todas as turmas
da escola, se dará na segunda semana
de aulas, após os(as) professores(as) de
Projeto de Vida consolidarem os sonhos
dos(as) estudantes, repassando assim,
para os(as) respectivos(as) tutores(as).
O modelo da estratégia de escolha
dos(as) tutores(as) a ser adotado pela
escola deverá ser objeto de discussão e
definição em virtude das condições ex-
istentes. Seja através do Google Forms,
do Sympla ou até mesmo em fichas de
papel. Para qualquer que seja a definição,
é fundamental assegurar que os(as) estu-
dantes tenham a liberdade de fazer a es-
colha sobre aquele(a) que será o seu(sua)
tutor(a). Para estudantes do Ensino Fun-
damental - Anos Finais, sugerimos que
eles(as) possam optar por professores(as)
do Fundamental. E que estudantes do
Ensino Médio possam escolher profes-
sores(as) deste segmento. Neste proces-
so de escolha, os(as) estudantes deverão
ter no mínimo três opções. A divisão de
estudantes tutorados(as) deve ser pro-
porcional para todos(as) os(as) profes-
sores(as). O trio gestor também faz parte
desse processo de escolha, mas com um
quantitativo menor de estudantes.
Para estudantes que se matricularem na

escola após esse processo coletivo de
escolha de tutores(as), deve-se tratar ess-
es casos da mesma maneira com que se
trata na disciplina de Projeto de Vida. Eles
também devem ter seus sonhos registra-
dos e terem a oportunidade de escolher-
em seus(suas) tutores(as).
Na disciplina de Tutoria serão tratados
aspectos para o fortalecimento desta
prática educativa, da orientação do currí-
culo e da participação ativa dos(as) estu-
dantes na vida escolar. As aulas de Tutoria
serão geminadas e devem ser realizadas
nas terças-feiras nas 6ª e 7ª aulas. Algu-
mas especificidades serão detalhadas em
documento à parte, que orienta o desen-
volvimento da disciplina de Tutoria.
O acompanhamento da disciplina de Tu-
toria será feito pelo(a) Coordenador(a)
Pedagógico (CP) que deve realizar re-
uniões com registro em ata. Para os de-
mais tutores, o acompanhamento de-
verá ser realizado pelo(a) Coordenador(a)
de Área nas respectivas reuniões.
3.4 Colabore E Inove
A disciplina Colabore e Inove nasceu por
meio de uma parceria única realizada
entre o Governo da Paraíba (através da
SEE), a Comissão Executiva das Escolas
Cidadãs Integrais e o Proakatemia, uma
escola de empreendedorismo vinculada
à Universidade de Ciências Aplicadas de
Tampere (TAMK- Tampere University of
DIRETRIZES 2023
Applied Sciences), na Finlândia.
A construção desse novo componente
curricular foi guiada pela coach Hanna
Saraketo, tendo como objetivo principal
o ensino de empreendedorismo e hab-
ilidades fundamentais para o(a) profis-
sional do século XXI. Essa iniciativa busca
alinhar a educação paraibana aos siste-
mas educacionais públicos de referência,
adaptando-a para a nossa realidade. Des-
sa maneira, os(as) estudantes poderão se
envolver mais ativamente no processo
de ensino e aprendizagem, tornando-o
mais significativo, ao traçar paralelos en-
tre educação escolar, educação para a
vida e o mundo do trabalho.
Dentre as habilidades fundamentais
mencionadas acima, destacam-se com-
petências socioemocionais, tais como:
a criatividade, o trabalho colaborativo,
a autonomia, a confiança, a capacidade
de contextualização e a de exercitar o
diálogo. Os(As) professores(as) trabalham
eixos temáticos com os(as) estudantes,
utilizando metodologias ativas, por ex-
emplo, aprendizagem baseada em equi-
pes (TBL: team-based learning), apren-
dizagem baseada em problemas (PBL:
problem-based learning) e aprendiza-
gem baseada em projetos (PrBL: proj-
ect-based learning).
O propósito é dar ênfase ao poten-
cial do corpo discente no processo de
ensino-aprendizagem. Neste ínterim,
35
pretende-se estimular a participação
 DIRETRIZES 2023

do(a) estudante, destacando qualidades

e conhecimentos prévios; mas, para isso, A Colabore e Inove é desenvolvida
é necessário que haja o desenvolvimento nas escolas, através dos seguinte
de certas habilidades do(a) educador(a) e Eixos Temáticos:
também do(a) estudante. Nesse processo
de ensino-aprendizagem, a construção de • Criatividade
uma relação de confiança entre profes-
sores(as) e estudantes cria um ambiente • Direitos Humanos
mais favorável e significativo para o desen-
• Economia
volvimento.
• Educação
Partindo desse pressuposto, a disciplina
Colabore e Inove irá viabilizar o desenvolvi- • Empreendedorismo Social
mento de uma ambiência que cria possib-
• Saúde
ilidades variadas de aprendizagem; valori-
za métodos autênticos de avaliação, ação • Sustentabilidade
e compreensão do contexto; promove o
fortalecimento da autoconfiança, empod- • Tecnologia
eramento e participação; estimula a colab-
oração e favorece a autonomia.

A proposta da disciplina Colabore e Inove 3.4.1 Colabore e Inove e o Novo

apresentada se constitui em um processo
educacional, com o intuito de relacionar
métodos educacionais e pessoas - estu-
dantes e professores(as). Sua base funda-
menta-se no método desenvolvido por
Carl Rogers, da aprendizagem centrada
no(a) estudante, e na pedagogia da au-
tonomia, de Paulo Freire.
É importante salientar que essa discipli-
na abre espaço para que professores(as)
possam engajar os(as) estudantes em Pro-
gramas da Rede, tais como: Celso Furtado;
Ouse Criar; Redação Nota 1.000; Flirede;
Arte em Cena.
Ensino Médio
Esse componente curricular da parte di-
versificada do currículo, é ofertada nas
1ª séries do Ensino Médio, das Escolas
Cidadãs Integrais Propedêuticas. Porém,
em 2023 teremos Colabore e Inove tam-
bém, na 2ª Série como parte das ações
de implantação do Novo Ensino Médio.
Os temas a serem abordados durante
este ano letivo serão:
• Criatividade e Inovação
• Contrato de Aprendizagem

• Cultura Maker
• Aprendizagem Baseada em Prob-
lemas - PBL (Problem Based Learning)
• Aprendizagem Baseada em Times -
TBL (Team-Based Learning)
• Aprendizagem Baseada em Projetos -
PrBL (Project Based Learning)
• Design Thinking
• Economia Criativa e Comportamental
• Educação Financeira
3.4.2 Quem pode lecionar esta
disciplina?
Professores(as) de qualquer área/disci-
plina propedêutica que sejam dinâmi-
cos(as), tenham identificação com met-
odologias ativas e desenvolvimento
de projetos. Sugerimos, no entanto,
professores(as) que já participaram de
formações, a exemplo do Programa Gi-
ramundo Finlândia, não sendo essa for-
mação uma condição obrigatória para
lecionar a referida. Não recomendamos
que professores(as) coordenadores(as)
de área ou que ministram a disciplina
Projeto de Vida sejam os(as) responsáveis
pelo ensino da Colabore e Inove, a fim
de evitar sobrecarga de atribuições. Em
relação ao número de professores(as) de-
sta disciplina por escola, orientamos que
DIRETRIZES 2023
sejam divididos conforme a quantidade
de turmas das 1ª e 2ª séries das ECIs.
Recomendamos, no máximo, 3 profes-
sores para o componente, por escola,
dependendo do número de turmas.
3.4.3 Quais são os dias
destinados à disciplina de
Colabore e Inove?
Para o contexto de ensino presencial,
a disciplina poderá ser ofertada no dia
que melhor se encaixar na realidade de
cada unidade escolar. No entanto, as
duas aulas destinadas à disciplina pre-
cisam, necessariamente, ser gemina-
das/conjugadas. Já para o contexto de
ensino híbrido, a recomendação é que
se utilize as sequências didáticas dis-
ponibilizadas prezando pela transver-
salidade de conteúdos entre a Colabore
e Inove e as disciplinas propedêuticas.
3.4.4 Como avaliar em
Colabore e Inove?
É importante ressaltar que a avaliação
desse componente curricular será feita
com base em competências e habil-
idades. Competência pode ser com-
preendida como a capacidade de o(a)
estudante mobilizar recursos visando
a abordar e compreender situações
complexas. Constitui-se, portanto, no
37
DIRETRIZES 2023
processo do saber conhecer do discente.
Habilidade, por sua vez, pode ser com-
preendida como a aplicação prática de
uma determinada competência para a
resolução de situações complexas. Incide,
preferencialmente, sobre os processos
desenvolvidos pelos(as) estudantes face
às tarefas propostas tanto no contexto
de ensino presencial quanto no ensino
remoto. Assim, os critérios de avaliação
relacionam-se ao processo formativo. Os
erros detectados devem ser encarados
como parte integrante da aprendizagem,
não sendo redutíveis a algo culpável ou
punível. Pelo contrário, devem ser aprove-
itados para revelar a natureza das repre-
sentações, lógicas e estratégias, elabora-
das pelo(a) estudante. É importante, pois,
identificar o erro e a causa. Apenas assim,
é possível ao(à) professor(a) encontrar
a adequação do seu ensino às necessi-
dades de aprendizagem do(a) estudante.
Algumas sugestões para a avaliação
da disciplina são:
• Avaliação Diagnóstica
• Avaliação Formativa
• Sessões de feedbacks (Mentoria com
vista a localizar o(a) estudante onde
e como ele(a) se encontra na disci-
plina)
• Sessões de feedforward (Mentoria
com vista a melhoria e ao alcance de
resultados)
• Desempenho em Critérios (esforço,
motivação, progresso, autonomia
etc)
• Portfólio
• Perfil (descrição da performance
do(a) estudante de maneira descri-
tiva e detalhada, apontando seus
pontos fortes e fracos)
O acompanhamento da disciplina de
Colabore e Inove será feito pelo(a) Co-
ordenador(a) Pedagógico (CP) que deve
realizar reuniões com registro de ata.
3.5 Pré-Médio
É uma disciplina destinada apenas para
os(as) estudantes do 9º ano, na qual em
duas aulas semanais, terão espaço para
avaliar o percurso de desenvolvimento
desde os anos iniciais, e se preparar para
as experiências em uma nova fase. Ela
procura contribuir com o processo de
transição entre o Ensino Fundamental
e o Ensino Médio. A disciplina deve ga-
rantir aos(às) estudantes a possibilidade
de fortalecer o foco no Projeto de Vida,
correlacionando-o com a rotina escolar
e os repertórios apresentados nas aulas.
O horário destinado para o Pré-Médio é
de duas aulas semanais dentro da carga
horária destinada para esta disciplina.
Este componente curricular possui ma-
terial próprio, elaborado por professo-
ras da Rede Estadual da Paraíba. Logo,

suas aulas devem seguir o que sugere o
Material Norteador junto com o materi-
al das Aulas Estruturadas. Professores(as)
também devem realizar aulas com ori-
entações sobre as mudanças que os(as)
estudantes enfrentarão no Novo Ensino
Médio e as novas disciplinas. Para isso,
devem ser convidados(as) professores(as)
das matérias de Física, Química, Biologia,
Filosofia e Sociologia para apresentarem
esses componentes curriculares e tirar
dúvidas, uma vez que são essas as disci-
plinas com que os(as) estudantes ainda
não tiveram contato, assim como pro-
fessores(as) de língua portuguesa que já
apresentem as aulas de redação, literatu-
ra e gramática.
Recomenda-se, ainda, a realização de au-
las com temas de atualidades, rodas de
conversas sobre suas expectativas, dúvi-
das e anseios sobre o Ensino Médio. Além
de convidar ex-estudantes matriculados
em Universidades para contar como a
dedicação durante a Educação Básica foi
determinante para o ingresso no Ensino
Superior.
O acompanhamento da disciplina de
Pré-Médio será feito pelo(a) Coorde-
nador(a) Pedagógico (CP) que deve re-
alizar reuniões com registro de ata, se-
melhante ao que ocorre na disciplina de
Projeto de Vida.
3.6 Pós-Médio
DIRETRIZES 2023
É um componente curricular destinado
apenas para os(as) estudantes da 3ª série
do Ensino Médio e oportuniza uma série
de diálogos referentes a área escolhida
por eles(as) frente a importância do Ex-
ame Nacional do Ensino Médio (ENEM)
entre outras possibilidades que os(as)
discentes seguirão Seja no ingresso no
mercado de trabalho, na carreira militar,
no empreendedorismo, etc.
Entre tantas reflexões, aquelas referentes
ao caminho que se deve tomar para a
sua formação profissional certamente
acompanharão os(as) protagonistas, e
suas decisões se tornarão tão mais com-
plexas, quanto menos eles(as) tiverem
sido apoiados(as) e/ou dedicado tempo
e atenção ao planejamento do seu Pro-
jeto de Vida. Por isso, cabe ao(à) profes-
sor(a) deste componente acompanhar
os(as) estudantes nessa reflexão e de-
cisão, apoiando-os(as) na construção do
seu próprio marco lógico e levando-os-
(as) a pensar sobre o fato de que talvez
tenham preferências por alguma área da
atividade humana (paixão) e até sejam
bons nessa área (talento), mas também
precisam considerar formas de prover
seu sustento (necessidade).
Por outro lado, não é recomendável lim-
itá-los(as) a uma reflexão que os(as) leve
a vislumbrar uma profissão que remune-
re bem (necessidade), mas que não lhes
traga felicidade (paixão) ou não explore
as suas habilidades (talento). Contudo, é
importante levar em consideração todo 39
DIRETRIZES 2023
o arcabouço estudado e vivido por es-
te(a) jovem que chega na 3ª série pronto
para revisitar seu Plano de Ação do seu
Projeto de Vida, construído na 2ª série.
Um dos materiais do Pós-Médio, denom-
inado “Pós-Médio: Um Mundo de Possi-
bilidades”, traz um conjunto robusto de
referências, informações e orientações
que deverão auxiliar o trabalho que
você, professor(a), organizará para apoiar
seus(suas) estudantes neste momento
de consolidação das escolhas voltadas
ao seu Projeto de Vida. Por mais que
este material não apresente aulas estru-
turadas, como apresentadas nas séries
anteriores, o desenvolvimento das aulas
com base neste material, deve se dar a
partir de um planejamento sistematiza-
do que organize sequências alternadas
entre Aulões Preparatórios para o ENEM,
Intercâmbio dialógico com os mais di-
versos profissionais (de modo a ampliar
a visão dos(as) estudantes). Outro ma-
terial disponível na Rede tem por título
“Ainda Mais Possibilidades” e se apresen-
ta como material complementar para o
repertório do(a) professor(a) na disciplina
de Pós-Médio (será disponibilizado em
tempo hábil de ser aplicado no 2º seme-
stre de 2023).
O acompanhamento da disciplina de
Pós-Médio será feito pelo(a) Coorde-
nador(a) Pedagógico (CP) que deve re-
alizar reuniões com registro de ata, se-
melhante ao que ocorre na disciplina de
Projeto de Vida.
3.7 Estudo Orientado
Todos nós, enquanto professores(as) -
provavelmente - já ouvimos a expressão
“estudo tanto, mas na hora da prova me
dá um branco e esqueço de tudo o que
estudo”. Ouvir esta frase de nossos(as) es-
tudantes é mais comum do que aparen-
ta, e talvez já tenha acontecido conos-
co também. Isso ocorre pela forma que
buscamos organizar a nossa rotina de
estudos, na qual, muitas das vezes, não
é a forma mais adequada. De forma mais
popular, isso quer dizer que não estamos
sabendo estudar da forma correta.
Quando o assunto é estudar e estudar da
forma correta, a disciplina de Estudo Ori-
entado (E.O) entra com força total na vida
dos(as) nossos(as) estudantes. Estudo
Orientado integra um dos componen-
tes da Parte Diversificada do Currículo,
e é uma metodologia de êxito de suma
importância na carreira acadêmica dos
nossos(as) discentes. Vale a pena ressal-
tarmos que é nessa disciplina, que serão
apresentadas um leque de técnicas de
estudos, visando que cada pessoa possui
uma forma de compreensão diferente da
outra e aprende em ritmo distinto.
Pensando nisso, o E.O apresenta à co-
munidade acadêmica a ideia de que não
existe uma fórmula eficaz de estudo, que
sirva como padrão para aprendermos,
pois somos diferentes, e cada um(a) pos-
sui um processo de aprendizagem di-

verso. Talvez, a melhor forma para Maria
aprender, não seja a melhor forma para
João, e assim entre os(as) demais.
O objetivo desse componente é apre-
sentar à comunidade escolar diversas
formas de estudos e, com isso, auxiliá-la
a desenvolver autonomia suficiente para
identificar qual a melhor técnica se en-
caixa no seu perfil e na sua rotina. Ferra-
mentas como o Kanban, cronogramas de
estudos, técnica Pomodoro, mapas men-
tais, resumos, organização de tópicos,
seminários, entre outras, são técnicas de
estudos que proporcionam aos(às) dis-
centes meios para aprender a aprender,
tornando-os(as) protagonistas do seu
desenvolvimento científico, deixando de
ser aluno(a) e passando a ser estudante.
Dizemos que o(a) bom(boa) aluno(a) é
aquele(a) que vai para escola, está pre-
sente nas aulas, está sempre ouvindo o(a)
professor(a), realiza as suas atividades e
anotações, no entanto, coloca-se em uma
posição confortável, aguardando sem-
pre as orientações e ensinamentos do(a)
seu(sua) professor(a). Já o(a) estudante
é conhecido(a) por seu protagonismo,
ele(a) busca meios que possibilitem o
desenvolvimento de suas competências
e habilidades. O(A) estudante adota a
postura de pesquisador(a), elaborador(a)
e questionador(a). O(A) estudante apren-
de para ensinar e ensina para aprender.
É por meio do Estudo Orientado que
podemos identificar esses(as) discentes
que caracterizam-se como estudantes
DIRETRIZES 2023
e nomeá-los(as) como monitores(as) da
turma, os(as) quais poderão auxiliar os-
(as) professores(as) durante o processo
de ensino e aprendizagem dos(as) de-
mais discentes, buscando por meio das
técnicas de estudos e em consonância
com outros componentes curriculares,
como por exemplo, Propulsão, o nivela-
mento da turma como um todo.
A disciplina de Estudo Orientado é dis-
tribuída em duas aulas semanais para
cada série. No entanto, especificamente
no Ensino Fundamental, essas aulas ocor-
rem de forma geminadas nas terças-fei-
ras com o horário da 4ª e 5ª aula, tendo a
quinta aula dedicada à aplicação da Aval-
iação Semanal (AVS). Para o Ensino Mé-
dio, o E.O inicia-se na 3ª aula da terça-fei-
ra, dando continuidade após o intervalo
com a aplicação da AVS na 4ª e 5ª aula.
3.8 Eletivas
As Eletivas são componentes temáticos,
propostas pelos(as) professores(as) e/ou
pelos(as) estudantes que pretendem faz-
er um mergulho na diversificação das ex-
periências escolares, aprofundando, en-
riquecendo e ampliando os conteúdos
e temas trabalhados nas mais diversas
áreas do conhecimento contempladas
na Base Nacional Comum Curricular.
Esses componentes têm o objetivo de
ser um espaço de aprendizagem difer-
41
DIRETRIZES 2023
enciado, possibilitando ao(à) estudante
se aproximar das habilidades curriculares
que estão associadas ao seu Projeto de
vida, ou seja, as Eletivas buscam contex-
tualizar os elementos do mercado de tra-
balho atual trazendo a possibilidade de
parcerias com profissionais de diferentes
áreas da própria comunidade escolar e
o desenvolvimento do processo ensi-
no-aprendizagem em espaços diferen-
ciados dentro e fora da Escola.
Assim, com o objetivo tão importante
para a excelência acadêmica, as Eletivas
objetivam a ampliação e o enriqueci-
mento do repertório cultural dos jovens,
além de aguçar a criatividade através do
estudo de temas presentes nas ciências,
nas artes, nas linguagens e na cultura cor-
poral por meio de metodologias dinâmi-
cas e atividades diversificadas.
Nesse contexto, as Eletivas são de ofer-
ta obrigatória, mas de livre escolha. Elas
acontecem no período de duas horas/
aulas semanais (cem minutos). As aulas
devem acontecer nas segundas-feiras,
no 4º e 5º horários.
A Eletiva deve ter como característica
principal a interdisciplinaridade, deven-
do integrar, pelo menos, dois(duas) pro-
fessores(as) de disciplinas distintas e, no
máximo, três (sejam elas da base comum
ou área técnica). Todos(as) os(as) pro-
fessores(as) podem ministrar as Eletivas,
com exceção, para os(as) professores(as)
de Projeto de Vida e coordenadores de
área. As Eletivas propostas devem ter
como objetivo trabalhar temas, conteú-
dos e áreas que colaborem para a efe-
tivação de um conhecimento que não
foi alcançado a partir das disciplinas
obrigatórias da base comum e técnica,
ampliando, diversificando e aprofundan-
do conceitos, procedimentos ou temáti-
cas, bem como o desenvolvimento de
habilidades e competências, levando em
consideração o projeto de vida dos estu-
dantes, uma vez que é, também, a cen-
tralidade do modelo. Nas Escolas Cidadãs
Integrais Técnicas, as eletivas propostas
devem contemplar a Base Nacional Co-
mum e a área Técnica em pelo menos
30% das Eletivas ofertadas.
Os(As) professores deverão propor uma
Ementa que oriente a Eletiva e que deve
ser apresentada aos(às) estudantes, que
farão a escolha da disciplina de que par-
ticiparão. Os(As) estudantes estarão livres
para escolher a que mais lhe convenha.
A quantidade de Eletivas deve ser em
um número mínimo igual ao número
de turmas existentes nas escolas, assim
como deve-se fixar um número máximo
de participantes para cada Eletiva, bem
como as inscrições, que devem aconte-
cer de maneira a possibilitar chances ig-
uais de escolha.
A duração de cada Eletiva proposta é se-
mestral, contemplando, assim, o primeiro
e o segundo semestres com grupos dif-
erentes de eletivas. Apenas para as ECITs,
nas turmas de 3ª série, não há oferta de

Eletiva no segundo semestre, em razão
dos estudantes estarem à disposição do
Estágio ou na elaboração do Trabalho de
Conclusão de Curso – TCC.
Recomenda-se que a mesma Eletiva não
seja repetida em outro semestre, exceto,
em caso de interesse de um novo grupo
de estudantes em cursar a mesma Eleti-
va e não tendo havido a possibilidade de
contemplar a demanda de procura. Nesse
caso, a coordenação pedagógica deverá
validar a reoferta da Eletiva (porém, é ex-
tremamente importante que o projeto
tenha um outro foco e não seja repetido
o mesmo projeto nem a mesma Emen-
ta). Ao final de cada semestre, determi-
na-se uma culminância para evidenciar
os resultados alcançados e os trabalhos
produzidos pelos estudantes durante o
curso. A culminância deve ser um even-
to aberto à toda comunidade escolar, as
sugestões de datas estarão disponíveis
no calendário escolar da GEEI.
É importante que as Escolas que ofertam
o ensino fundamental criem Discipli-
nas Eletivas específicas para os(as) estu-
dantes do 6º, 7º e 8º anos, as quais de-
vem ser planejadas de forma mais lúdica
e prática e em uma linguagem que pos-
sa ser atrativa e de simples compreensão
para os(as) estudantes dessa faixa etária,
mantendo o foco e objetivo no reforço
e complementação da aprendizagem
das disciplinas da BNCC. Para os 9º anos,
serão ofertadas as mesmas Eletivas cria-
DIRETRIZES 2023
das para o Ensino Médio.
As Disciplinas Eletivas são componentes
previstos na matriz curricular e se sub-
metem, portanto, aos regimentos legais.
A frequência deve ser registrada e con-
tabilizada para efeito da frequência geral
do estudante. A parte diversificada não
implica em reprovação do estudante,
conforme prevê a legislação, mas isso
não significa que não devam existir me-
canismos de avaliação. Uma ponderação:
como há o objetivo de assegurar a inte-
gralização entre a Parte Diversificada e a
Base Comum e Base Técnica, recomen-
da-se que o desenvolvimento dos es-
tudantes nas Eletivas deva, de alguma
forma, ser considerado na avaliação das
disciplinas da BNCC e BT, a partir de ati-
tudes, habilidades, competências e am-
pliação dos seus conhecimentos.
OBSERVAÇÃO: As Eletivas são, essen-
cialmente, interdisciplinares. Para tanto,
nas ECITs, sugere-se que, em ao menos
25% das Eletivas, a cada semestre, seja
evidente a interdisciplinaridade entre
componentes técnicos e da BNCC, agre-
gando conhecimento comum ao(à) es-
tudante e buscando fortalecer o enten-
dimento dos conteúdos que convergem
entre essas duas áreas.
3.8.1 Eletivas nas Escolas
Técnicas
Assim como as outras áreas de conhec- 43
 DIRETRIZES 2023
imento, a base técnica deve se fazer pre-
sente na construção das eletivas, tendo
em vista que os sonhos de inúmeros(as)
estudantes matriculados(as) nas ECITs en-
volvem a base técnica. As eletivas, desse
modo, fortalecem os cursos da base técni-
ca, ao possibilitarem uma ampliação da
visão técnica para outras dimensões e as-
pectos.
Como, então, poderá ocorrer a eletiva em
uma ECIT? É necessário levar em consid-
eração o indicador do plano de ação que
indica que 25% (vinte e cinco por cento)
das eletivas precisam estar associadas com
a oferta de curso disponibilizada com a sua
escola. Existe a recomendação mínima da
participação da base técnica nas Eletivas,
mas ela não é limitante, podendo ser am-
pliada.
É importante atentar sobre as condições
do(a) professor(a) participar das eletivas di-
ante de sua carga horária. Como as eletivas
são feitas semestralmente, a coordenação
da base técnica poderá ver qual o seme-
stre mais favorável para o(a) professor(a)
contribuir diretamente com as eletivas. É
preciso deixar claro que, de uma forma ou
outra, se faz importante o envolvimento
da base técnica nessa construção.
Esse critério poderá ser revisto quando es-
ses(as) professores(as) apresentarem carga
horária disponível em suas respectivas di-
sponibilidades na escola, exceto para pro-
fessores(as) de projeto de vida. A proposta
da eletiva deverá ser realizada por um(a)
professor(a) titular e pelo menos mais
um(a) docente colaborador(a). Am-
bos deverão participar efetivamente da
proposta da eletiva desde a elaboração
até a culminância final. É necessário re-
alizar essa interdisciplinaridade e apre-
sentar aos(as) estudantes que é possível
executar vários conteúdos dos com-
ponentes curriculares de BNCC e Base
Técnica, simultaneamente, além disso,
inserir quando possível o setor produtivo
da sua região.
3.9 Propulsão
O modelo de educação integral tem
como missão a formação de jovens
protagonistas, objetivando o pleno
desenvolvimento das habilidades de
conhecimentos pedagógicos e sociais,
elementos imprescindíveis na realização
dos seus Projetos de Vida. Para tanto,
faz-se necessária a criação de ações es-
tratégicas que auxiliem nesse processo.
Uma das ações criadas pela rede com
esse propósito foi, por muito tempo,
conhecida por Nivelamento, que visa
suprir as defasagens no aprendizado,
que acompanham estudantes advindos
(as) de séries anteriores. No ano de 2021,
através de escolha democrática, os(as)
próprios(as) estudantes da rede estadu-
al de ensino da Paraíba, escolheram uma
nova nomenclatura para Nivelamento,
passando a ser conhecido, desde então,

por Propulsão.
No ano de 2023, com foco na recom-
posição da aprendizagem, a Propulsão
vem com uma grande novidade para
toda a comunidade escolar, além de Lín-
gua Portuguesa e Matemática, que pos-
suem a carga horária de duas horas/aula,
sendo estas específicas para Propulsão
em cada uma dessas áreas de conheci-
mento e uma hora/aula para o Ensino
Fundamental, a SEE/PB passa a ofertar
aos(às) discentes, a possibilidade de rev-
er objetos de conhecimento em Ciências
da Natureza. A aula de propulsão reser-
vada para essa área, ocorrerá quinzenal-
mente, em horário específico dentro da
própria disciplina, com duração de uma
hora/aula para os anos finais do Ensino
Fundamental. O IDEB já aplica, de forma
experimental, a avaliação de Ciências da
Natureza neste segmento e, agora, conta-
remos com ações, estratégias e materiais
didáticos voltados para a recomposição
de aprendizagem desse componente
curricular.
Desse modo, para o ano letivo atual,
contaremos com uma equipe de profes-
sores(as) especialistas para elaboração
de materiais didáticos para Propulsão,
tais como: a Matriz de Referência de ha-
bilidades essenciais, a serem trabalhadas
no corrente ano letivo, as Avaliações di-
agnósticas e as SD/Sequências didáticas
para cada ano/série dos anos finais do
ensino Fundamental e do Ensino Médio,
em Língua Portuguesa, em Matemática
DIRETRIZES 2023
e em Ciências (apenas no Ensino Funda-
mental).
Já sabendo que Propulsão é uma ação
emergencial, com o objetivo principal
de promover e orientar esse processo de
recomposição da aprendizagem de for-
ma significativa, em que todos(as) os(as)
estudantes da rede estadual da Paraíba
possuam as mesmas oportunidades de
retomarem o desenvolvimento das ha-
bilidades em defasagem, as ações ped-
agógicas e formativas deste componen-
te da parte diversificada, enfatizam que
os conteúdos a serem trabalhados estão
pautados no currículo e nas habilidades
de anos/séries anteriores. Ou seja, um(a)
estudante da 2ª série do ensino médio
terá uma nova oportunidade de apren-
der e/ou consolidar conteúdos e/ou ha-
bilidades da 1ª série do ensino médio.
As novidades não param por aí. Para este
ano, ainda contaremos com um painel
dinâmico e informatizado que possibili-
tará à equipe de Propulsão acompanhar
o preenchimento das ações e metod-
ologias nos Planos, bem como os status
dessas ações (quantas delas estão con-
cluídas, em andamento, não iniciadas,
atrasadas e não preenchidas) e também
da aplicação das sequências didáticas.
Esse acompanhamento pela Secretaria é
possível devido a nova estrutura dos Pla-
nos, que passaram a ser um instrumento
único por escola e que, agora, contém a
aba “Resumo”, que permitirá à Coorde-
nação Pedagógica das escolas ter uma 45
 DIRETRIZES 2023
visão geral das ações planejadas pelos
Professores(as) de cada disciplina/série/
ano, demonstrando graficamente o status
dessas ações.
Ademais, ressaltamos a importância de
trabalhar Propulsão não apenas em Lín-
gua Portuguesa, Matemática e Ciências,
mas entender, que o trabalho de recom-
por aprendizagem, é uma tarefa coletiva
de toda a escola, que deve ser realizada
de forma articulada por todos(as) os (as)
professores(as), ou seja, para que esse tra-
balho discorra em um fluxo contínuo e efi-
ciente, é necessária a articulação mediada
pela coordenação pedagógica, para todas
as coordenações de áreas e, consequente-
mente, para todo o corpo docente.
Portanto, deve-se estimular os(as) estu-
dantes para o reconhecimento desse pro-
cesso de ensino e aprendizagem, articu-
lado não apenas às disciplinas de Língua
Portuguesa, Matemática e Ciências, mas
também potencializando-os(as) em todas
as áreas do conhecimento, com o intuito
de fortalecer a concretização dos seus Pro-
jetos de Vida.
Assim, a Propulsão se faz presente em
mais um ano letivo, através da SEE/PB, al-
mejando contribuir de forma significativa
para o bom desenvolvimento do processo
de ensino-aprendizagem, auxiliando pro-
fessores(as) em suas práticas pedagógicas,
e impulsionando o conhecimento dos(as)
estudantes, para que esses(as), possam
obter sucesso contínuo no contexto
profissional e social, atuando, positiva-
mente, como indivíduos protagonistas
em seus projetos de vida, e sendo agen-
tes transformadores de suas realidades,
em âmbito escolar, familiar e social.
3.10 Práticas Experimentais
O ensino e a aprendizagem, por meio
das Práticas Experimentais (PEX), é uma
metodologia de êxito que alguns(as) do-
centes já desenvolvem em suas rotinas
pedagógicas, no entanto, ainda se faz
necessário pensar em meios de replicar
as PEX para todas as escolas.
Pensando nisso, as Escolas Cidadãs In-
tegrais oferecem à comunidade escolar,
o componente de Prática Experimental,
com o objetivo de oferecer a experimen-
tação, referente ao conhecimento teóri-
co, aos (às) estudantes da rede estadual.
As Práticas Experimentais precisam ser
trabalhadas, não somente pelos(as) do-
centes de Ciências da Natureza e de
Matemática, mas por todas as áreas de
conhecimento, de forma que a inter-
disciplinaridade e a interação entre os
conteúdos aconteçam de maneira práti-
ca. Tem sido cada vez mais necessário,
imergir nossos(as) estudantes em casos
experimentais, nos quais eles(as) pos-
sam simular situações voltadas para o
seu cotidiano. São destinadas ao com-
ponente de Prática Experimental, duas
horas/aula de forma geminada, com car-

ga horária atribuída aos(as) professores(as)
de Ciências da Natureza e/ou Matemática.
O movimento STEAM/Science, Technol-
ogy, Engineering, Art e Mathematic, sigla
em inglês para Ciências, Tecnologia, En-
genharia, Artes e Matemática, deu-se no
início nos anos de 2000 e, desde então,
pôde contribuir bastante com as discipli-
nas de Práticas Experimentais. A aborda-
gem STEAM é relativamente nova no Bra-
sil, sendo uma metodologia de ensino que
defende que a aprendizagem integrada é
mais atrativa e, apresenta resultados mais
significativos, quando comparados aos
resultados obtidos nos estudos de cada
componente curricular de forma isolada.
Quando entendemos que, no cotidiano
dos(as) estudantes, as situações-proble-
ma também são complexas e requerem
conhecimento de habilidades de diversas
áreas de conhecimento, torna-se possível
conduzirmos o(a) estudante para que ele
(a) seja um(a) sujeito ativo(a) no processo
de ensino-aprendizagem, nos moldes da
corresponsabilidade.
Dessa forma, as Práticas Experimentais e
a abordagem STEAM têm, por objetivo
geral, contribuir com o desenvolvimen-
to de habilidades dos(as) estudantes ao
resolverem situações-problema no seu
cotidiano, por meio de aplicações relativas
ao conhecimento teórico de forma prática
e integrada.
DIRETRIZES 2023
3.10.1 SHAPE
No item anterior, tratamos sobre como
abordagens pedagógicas e metodológi-
cas podem ser utilizadas para o desen-
volvimento de competências e habili-
dades.
Uma dessas possibilidades é o SHAPE (no
acrônimo, em inglês, SHAPE), nome co-
letivo para as Ciências Sociais, Humanas
e Artes para Pessoas e Economia/Ambi-
ente, dialogando com a proposta trazi-
da no STEAM. O SHAPE foi desenvolvi-
do como uma ferramenta para contar a
história das pessoas, que nos ajudam a
entender o mundo humano, a valorizar
e expressar a complexidade da vida e da
cultura e a entender e resolver questões
globais.
Lançada em 2020, a campanha SHAPE
visa aproveitar o poder coletivo das ciên-
cias sociais, humanas e artes para moldar
um futuro mais brilhante e próspero. Na-
scido da reflexão sobre a falta de coesão
na construção da narrativa sobre a rele-
vância das ciências sociais, humanas e
artísticas, o conceito de SHAPE começou
a tomar forma através de pesquisa-
dores(as) da Academia Britânica, da Ac-
ademia de Ciências Sociais, das Artes e
Humanities Research Council, Economic
and Social Research Council.
A pesquisa e as habilidades do SHAPE
são particularmente valiosas para o local
47
DIRETRIZES 2023
de trabalho do século 21 – elas são vitais
para a saúde, bem-estar e prosperidade
da nação e para enfrentar grandes desa-
fios. Ensinam-nos a analisar, interpretar,
criar, comunicar e colaborar com rigor,
clareza e energia, competências cruciais
para os dias de hoje. E junto com as dis-
ciplinas STEM, eles nos ajudam a fazer a
inovação funcionar mais para o benefício
de todos. Sugestão de leitura (em língua
inglesa) sobre o tema no link: https://
www.thebritishacademy.ac.uk/this-is-
shape/ .
Como desenvolver o SHAPE?
Por meio de projetos sociais e interdis-
ciplinares, que possam ser aplicados em
diversos programas da Rede Estadual
de Educação, a exemplo dos programas
Celso Furtado; Ouse Criar; Arte em Cena;
dentre outras ações e propostas da nossa
Rede. Outra dica, para visualizar essa in-
tegração e interdisciplinaridade, é tomar
a Agenda 2030 como base para ações e
projetos. Sobre a Agenda 2030, indica-
mos os seguintes sites: https://cursoag-
enda2030.com.br/ (PNUD Brasil).
3.11 Avaliação Semanal
A aprendizagem é o principal objetivo
da escola, e é através da prática avaliativa
que é possível apreciar não só os resul-
tados do conhecimento adquirido pelos
jovens, mas também o processo ensi-
no-aprendizagem, redimensionando e
organizando também o fazer pedagógi-
co do professor.
Nesse processo de formação humana,
é importante mensurar que, a avaliação
semanal é, portanto, um instrumento
que não só atribui nota e/ou conceito,
mas auxilia o processo de aprendizagem,
tornando-o legítimo e prazeroso, na con-
quista do conhecimento advindo do
hábito construído no processo educacio-
nal em todos os seus aspectos.
Sendo assim, a AVS - Avaliação Sema-
nal, planejada para melhoria contínua,
deve ser realizada uma vez por semana,
pelo período de duas horas/aulas (cem
minutos), e deve ocorrer às terças-feiras,
no quarto e quinto horários, logo após
a aula de Estudo Orientado. A avaliação
deve ser composta por um bloco de vinte
questões, sendo dez para cada disciplina,
e questões objetivas (múltipla escolha),
com cinco opções de resposta (A, B, C, D,
E) e acompanhada por um gabarito para
as respostas.
Em caso de segunda chamada (recuper-
ação ou reposição), ela deve ser subjetiva,
aplicada pelo professor(a) da disciplina
em sua aula, com dez questões, garantin-
do que todos os estudantes participem
desse processo de avaliação.
Os horários que correspondem à AVS
- Avaliação Semanal, devem ser total-
mente aproveitados pelos(as) estudantes
para a realização da avaliação. Desse
modo, não é recomendado que os(as)
estudantes deixem a sala antes do cum-
primento dos cem minutos. Para tanto, a
escola pode adotar a estratégia de não
realizar a entrega de todas as provas de
uma vez, dividindo o tempo entre elas.
 DIRETRIZES 2023

A Avaliação Semanal deve obedecer ao seguinte calendário:

Escola Cidadã Integral – ECI ENSINO FUNDAMENTAL

1ª Semana Redação

2ª Semana Geografia

3ª Semana História

4ª Semana Matemática

5ª Semana Ciências

6ª Semana Ensino Religioso e Inglês

7ª Semana Português

8ª Semana Arte e Educação Física

9ª Semana Simulado

Escola Cidadã Integral – ECI ENSINO MÉDIO

1ª Semana Português e Redação Dissertativa-argumentativa

2ª Semana Geografia e Filosofia

3ª Semana História

4ª Semana Matemática

5ª Semana Arte e Física

6ª Semana Sociologia e Biologia

7ª Semana Inglês e Educação Física

8ª Semana Espanhol e Química

49
9ª Semana Simulado
DIRETRIZES 2023
ESCOLA CIDADÃ INTEGRAL TÉCNICA – ECIT
1ª Semana Português e Redação Dissertativa-argumentativa
2ª Semana
3ª Semana
4ª Semana
5ª Semana
6ª Semana
7ª Semana
8ª Semana
9ª Semana
É importante que as avaliações sejam
aplicadas por, pelo menos, dois profes-
sores em cada turma, em formato de
rodízio na aplicação. Todos os professores
da unidade de ensino devem se envolver
na aplicação da Avaliação Semanal, fican-
do a cargo da coordenação pedagógica
a orientação sobre a aplicação.
Trata-se de uma prática que visa o desen-
volvimento dos 4 princípios que com-
põem o Modelo das ECIs, que considera
o desenvolvimento das competências
para o século XXI na mesma medida da
formação acadêmica de excelência e for-
mação para a vida, portanto, necessita
ser concebida como um espaço próprio
de desenvolvimento integral dos en-
volvidos.
Geografia e Química
História e Sociologia
Matemática e Filosofia
Inglês e Física
Espanhol e Biologia
Disciplinas da Base Técnica
Arte e Educação Física
Simulado
As avaliações devem ser elaboradas pelo
professor de cada disciplina e entreg-
ues ao coordenador de área, que deve
formatá-las e avaliar se as questões pos-
suem necessidade(s) de ajuste(s). O co-
ordenador de área deverá entregar as
avaliações já formatadas e validadas para
a coordenação pedagógica que, junto à
secretaria da escola, fará a impressão.
Posteriormente, será feita a distribuição
das provas aos aplicadores e essas de-
verão estar acompanhadas das atas de
frequência. Após serem realizadas, por se
tratar de provas objetivas acompanha-
das de um gabarito à parte, as avaliações
devem ser corrigidas pelos professores,
com apoio dos coordenadores de área.

Uma dica é que cada aplicador possa
corrigir a sua respectiva turma, tendo
em vista que toda semana essa ação se
repete e a quantidade fica bem dividida,
sem sobrecarregar um único professor
por semana.
À Coordenação Pedagógica e à Coor-
denação de Área, cabem realizar o le-
vantamento dos resultados junto aos
professores, e gerar uma planilha de
acompanhamento de resultados da
Avaliação Semanal. Essa ação dá foco
ao acompanhamento pedagógico e da
aprendizagem dos estudantes, ofere-
cendo uma visão das suas fragilidades e
potencialidades, demonstradas por meio
dos instrumentos avaliativos aplicados.
É importante que todos os Estudantes
tenham acesso ao Sistema Saber, bem
como seus respectivos responsáveis, para
que em tempo hábil possam receber
suas notas lá registradas. Implementar
essa cultura de acesso e acompanham-
ento pelos estudantes do Sistema Saber,
possibilita o rompimento de uma cultu-
ra de divulgação e exposição de notas,
assim como fortalece o autodesenvolvi-
mento e autogestão dos estudantes.
Avaliação Semanal no Contexto
Remoto/Híbrido:
Caso seja necessário, durante o Ensi-
no Remoto/Híbrido a Avaliação Sema-
nal estará suspensa e outras formas de
avaliação explicitadas no Documento
DIRETRIZES 2023
Arquitetura Avaliativa deverão ser aplica-
das. Desse modo, nas circunstâncias su-
pramencionadas, enviaremos a arquite-
tura avaliativa num momento posterior
oportuno.
No entanto, é necessário entender que
a Avaliação Semanal é uma extensão do
Estudo Orientado, enquanto Metodolo-
gia de Êxito, que apoia o desenvolvimen-
to e monitoramento da aprendizagem a
curto prazo.
Assim, para fins de registro e produ-
tividade no Sistema Saber, os profes-
sores devem registrar normalmente o
calendário de Avaliação Semanal. Para
o registro da Avaliação, o professor deve
estar alinhado à Coordenação Pedagógi-
ca para obter as habilidades que são tra-
balhadas e avaliadas nas disciplinas da
BNCC em cada Semana de acordo com o
calendário de avaliações.
Para o registro das notas no sistema, seg-
ue a mesma orientação do modo pres-
encial: deve-se considerar para fins de
registro, uma nota entre 7,0 e 10,0 pontos
que representam a participação e assidu-
idade do estudante nos processos avali-
ativos.
É importante destacar que a Parte Diver-
sificada do Currículo, por força de lei, não
deve gerar reprovação, não se tornando,
nesse sentido, inferior à BNCC, mas sim,
uma extensão de apoio, aprofundamen-
to e enriquecimento do que se propõe 51
DIRETRIZES 2023
nos processos de aprendizagem.
3.12 Simulado
O segredo para o sucesso é a dedi-
cação ao estudo e o foco no objeti-
vo no qual se pretende chegar, mas
também, de ajudar na formação de
caráter desses(a) estudantes, ou seja,
formar cidadãos(ãs) que tenham con-
hecimento de seus direitos e deveres.
Os simulados são grandes aliados que
ajudam os estudantes a perceberem
quais são seus pontos fortes e pontos
de melhoria, além, é claro, de prepará-
los, psicologicamente, para uma pro-
va desafiadora, com bastante leitura e
que exige máxima concentração.
A dinâmica dos simulados estabelece
uma rotina de constante estudo e
preparação, ou seja, diariamente, o
discente constrói o hábito de estudar
para as avaliações semanais e demais
atividades, inclusive com apoio das
aulas de Estudo Orientado, que con-
tribuem para o aumento do nível de
aprendizado, e excelência no ensino
oferecido, que consequentemente au-
menta cada vez mais o desempenho
escolar dos(as) estudantes.
É com esse olhar que os estudantes
devem enxergar os simulados. O re-
sultado deve ser uma amostra daqui-
lo que se deve aprofundar, onde deve
ser dedicada maior atenção. Também é
necessário traçar estratégias para contro-
lar o tempo e o nervosismo.
Descobrir as dificuldades enquanto se
faz o simulado é mais vantajoso do que
as descobrir quando se está fazendo
uma avaliação externa, havendo tempo
hábil de redefinir metas e estratégias.
Além disso, é importante para ajudar o
estudante a familiarizar-se com o tipo de
prova, o tempo que se deve dedicar a
cada questão, quais questões devem ser
respondidas primeiro e quais devem ser
deixadas por último.
Já no que concerne à quantidade de
questões:
A regra deve ser a mesma adotada pe-
las avaliações do Enem, distribuindo
as avaliações em duas tardes e seguin-
do a mesma lógica da divisão das áreas
de conhecimento, sendo duas áreas de
conhecimento a cada dia. A quantidade
de questões a serem aplicadas também
deve ser a mesma das provas do Enem.
Quanto às regras: As regras a serem
seguidas também devem estar em
consonância com as aplicadas nas
provas do Enem, a saber:
• Apresentação de documento de
identificação;
• Horário de chegada, entrada e saída
da sala;
• Proibição do uso de celular e outros
 DIRETRIZES 2023

aparelhos eletroeletrônicos;

• Fiscais para ida aos banheiros;

• Dois aplicadores por sala;

• Mapeamento da distribuição dos es-

tudantes por sala com nome na lista
de entrada;

• Orientação aos estudantes para levar

canetas, água e lanches;

• Provas em envelopes lacrados, com

capas de cores distintas e folha de
coleta de assinaturas;

• Folha de gabarito para respostas.

IMPORTANTE

O simulado não deve gerar nota de

avaliação, visto que os nossos objetivos
são outros que vão além da avaliação,
porém, é importante citar a necessidade
de corrigir as questões de cada disciplina
e socializá-las em sala de aula. Para as es-
colas técnicas, ressaltamos que as disci-
plinas da base técnica não devem entrar
no simulado. Para as escolas com Ensino
Fundamental, devem aplicar o simulado
apenas para as turmas de 9o ano do En-
sino Fundamental e seguir as mesmas re-
gras do Ensino Médio.

53
DIRETRIZES 2023
PRÁTICAS EDUCATIVAS
As práticas Educativas oferecem aos(às)
professores(as) múltiplas possibilidades
a serem exploradas junto aos(as) estu-
dantes, objetivando enriquecer o seu
repertório e suas aprendizagens, consid-
erando as várias dimensões da sua for-
mação, tornando-o construtor e condu-
tor do seu processo de aprendizagem e
desenvolvimento.
Assim, necessitam ser asseguradas en-
quanto recurso metodológico nas diver-
sas áreas do conhecimento e trabalhadas
de acordo com o planejamento diário do
professor(a), dando subsídios para am-
pliar as oportunidades de descobertas,
de inovação, de criação para o exercício
da cidadania e o desenvolvimento pleno
dos estudantes.
Desse modo, as Práticas Educativas devem
ser realizadas com frequência regular, de
maneira contínua, vista na compreensão
e vivência daquilo que é habitual na roti-
na da escola, ou seja, como parte da vida
escolar. As Práticas Educativas são as se-
guintes: o acolhimento diário, a tutoria,
os clubes de protagonismo, a liderança
de turma e o conselho de líderes.
4.1 Acolhimento Diário
É o momento em que a equipe escolar
acolhe os(as) estudantes em sua chegada.
O foco é esse, seja “bem-vindo!”, comuni-
cado por palavras, gestos e olhares, e tam-
bém é o momento de interação da gestão
escolar ou dos(as) educadores(as) em geral
com . É o compartilhamento do olhar sobre
o(a) estudante, de modo que ele(a) possa
realmente ser visto em sua interdimen-
sionalidade, o que mantém íntima relação
com dois princípios educativos do Modelo:
Pedagogia da Presença e Educação Interdi-
mensional.
No acolhimento diário, podem ocorrer as
celebrações das conquistas dos(as) estu-
dantes e/ou da equipe de educadores(as)
por algum resultado alcançado. Além do
mais, podem ser feitas dinâmicas, leituras
de textos, apresentações artísticas, músicas,
rádio escolar, etc.
Faz-se importante a participação de tur-
mas, Clubes de Protagonismo ou grupos
de estudantes nessa ação. É essencial que
a escola entenda a importância do acolhi-
mento diário, uma vez que ele precisa ser
a prioridade da escola a cada início de dia.
Portanto, esse momento não deve deixar
de acontecer, e que seja diariamente, pois

é considerado uma manifestação genuína
da Pedagogia da Presença.
É imprescindível que esse acolhimento
seja direcionado ao(a) aluno(a). Inde-
pendentemente da forma como esse
momento venha a ser planejado e exe-
cutado, é essencial que os(as) discentes
possam identificar esse momento como
algo produtivo e especial, podendo par-
tilhar dos seus resultados em sua con-
vivência diária social e familiar.
4.2. Bandas Marciais
As Bandas Marciais, como Prática Educa-
tiva estão em consonância com a BNCC
(2018) e tem como propósito utilizar as
linguagens artísticas, tais como Música,
Dança e Artes integradas, como ferra-
mentas no auxílio à formação educacion-
al integral dos(as) estudantes da Rede Es-
tadual de Ensino, uma vez que combate
a evasão escolar, promove a inclusão so-
cial, o exercício da cidadania, a transdis-
ciplinaridade, suscita a autonomia e pro-
tagonismo através da interação crítica e
reflexiva, além de favorecer o diálogo e
o respeito às diferenças étnico-culturais
fundamentais no processo de ensino e
aprendizagem.
ATIVIDADE DIA/HORÁRIO
Acolhimento Sexta-feira, horário de entrada
Eletiva Segunda-feira, quarta e quinta aula
Clubes do Protagonismo Diariamente, horário de almoço
DIRETRIZES 2023
Desta forma, a dinâmica desta prática vi-
abiliza ações como: Laboratório de Práti-
cas Interpretativas; festivais de Música
e Dança; encontros de Bandas; concer-
tos didáticos; masterclasses; workshops;
formação continuada para professores/
as; suporte pedagógico referente aos
itinerários formativos; atividades teóri-
co-práticas para diversos instrumentos
e técnicas corporais; além de buscar par-
cerias transversais para agregar na edu-
cação e formação social e profissional.
Assim, a formação da Banda Escolar, no
contexto das práticas educativas, con-
siste em duas partes: Linha de frente
(Pelotão Cívico, Corpo Coreográfico, Bal-
iza e Comandante Mór) e Corpo Musical
(Metais e Percussão). Para que esse tra-
balho se desenvolva de forma integral,
é fundamental haver um(a) profissional
para cada área das linguagens aplicadas:
Dança e Música.
Com relação a carga horária dos/as profes-
sores/as, estes(as) deverão cumprir 30h se-
manais, sendo 5h reservadas para planeja-
mento pessoal. Segue a divisão dessa carga
horária de forma sistematizada:
CARGA HORÁRIA
1h/a
2h/a
5h/a 55
DIRETRIZES 2023

ATIVIDADE DIA/HORÁRIO CARGA HORÁRIA

Aula Prática Horário extraescolar* 10h/a
Sexta-feira, junto do planejamento
Planejamento Escolar da área de linguagem 7h/a

Planejamento Individual Fora da escola 5h/a

TOTAL 30 horas/aula
*Este Horário extraescolar poderá ocorrer aos sábados ou após o expediente escolar, de
acordo com o prévio diálogo e com a orientação do(a) equipe gestor(a).

ECOSSISTEMA AUDIOVISUAL
DAS ESCOLAS CIDADÃS
Jesús Martín-Barbero articulou o conceito
de ecossistema comunicativo, composto
não apenas pelas tecnologias e meios de
comunicação, mas também pela trama
de configurações constituída pelo con-
junto de linguagens, representações e
narrativas que penetra nossa vida cotid-
iana de modo transversal (MARTÍN-BAR-
BERO, 2000). O conceito de ecossistema,
desenvolvido pela Biologia, foi incorpo-
rado para a comunicação no sentido de
ressaltar a relação de trocas, de interde-
pendência entre seres diferentes, que
acontece em variados níveis; e do fato de
que ecossistemas maiores podem conter
ecossistemas menores.
Diante disso, destacamos a importância
da linguagem audiovisual não apenas na
rede de comunicação virtual, mas tam-
bém nas produções textuais e impressas,
que tragam cores, inspirem sensações e
identificação, sobretudo com os(as) estu-
dantes das escolas cidadãs integrais.Isso
implica em buscar a descentralização
de vozes, a dialogicidade, a interação.
As publicações e formas de interação
audiovisuais devem buscar equilíbrio e
harmonia em ambientes onde convivem
DIRETRIZES 2023
diferentes atores e atrizes, não apenas no
mundo tecnológico, mas em todas as es-
feras.
O Programa de Educação Integral é uma
política pública que tem crescido rap-
idamente em todo estado da Paraíba,
tanto por expansão quanto por adesão
dos(as) estudantes, atingindo um públi-
co complexo e heterogêneo. Para essa
continuidade, é de grande importância
um ecossistema audiovisual em identi-
dade que comunique de maneira plural.”
Assim, serão utilizados vários canais de
comunicação, nas redes sociais, a fim de
movimentar ações, publicizar e divulgar
informes, projetos, boas práticas, dentre
outras ações e projetos que envolvam
possibilidades para a Educação Integral.
Estamos em constante reflexão para que
possamos encontrar formas de tornar
mais inclusivo e acessível o Ecossistema
de comunicação das Escolas Cidadãs.
Partimos da necessidade de se promov-
er uma gestão da comunicação em es-
paços educativos, e utilizar redes sociais
com fins didáticos e de engajamento em
torno da educação.
57
DIRETRIZES 2023
ESPECIFICIDADES DAS
ESCOLAS CIDADÃS
INTEGRAIS TÉCNICAS
6.1 Educação Profissional e
Inovação
A Formação Profissional e Técnica na
Rede Estadual de Educação da Paraíba,
em cumprimento aos objetivos da Ed-
ucação Nacional, está vinculada aos di-
versos níveis e modalidades de Educação
voltadas ao âmbito do Trabalho, da Ciên-
cia e da Tecnologia. A Formação Técnica
objetiva formar profissionais para o mer-
cado de trabalho, mas, com a perspectiva
da preparação integral do(a) estudante,
para atender às demandas do setor pro-
dutivo e principalmente do desenvolvi-
mento socioeconômico Local, Regional
e Nacional.
Em 2017 potencializou-se no Estado da
Paraíba a oferta de Formação Profissional
por meio do Técnico Integrado na Rede
Estadual de Ensino através das Escolas
Cidadãs Integrais Técnicas, que passaram
por um processo de redesenho do cur-
rículo. Desta vez, com o(a) estudante e
seu Projeto de Vida centralizado desen-
volvendo o Protagonismo Social e Profis-
sional através da Integração Curricular
desenvolvida no modelo da Escola.
6.2 Educação Profissional
nas ECITs
Inicialmente, se faz necessário com-
preender que Educação Profissional e
Tecnológica é uma proposta educacio-
nal que prepara jovens para o mundo
do trabalho. Nas ECIT’s a oferta do Ensi-
no Técnico é integrado considerando os
mais diversos espaços de aprendizagem
e mantendo a permanência do(a) estu-
dante na escola integralmente.
O modelo de Escola Cidadã Integral
Técnica emprega um arranjo curricular
que fortalece a Formação Integral do
Profissional, através da articulação curric-
ular no processo de estruturação do(a)
estudante. Diante desse contexto, as
propostas para o Itinerário de Educação
Profissional e Técnica do Estado da Paraí-
ba envolve um trabalho multidisciplinar
e diante dessa complexidade pressupõe
a necessidade de formação inicial e prin-
cipalmente continuada para os profis-
sionais envolvidos. No decorrer do ano
letivo são planejados momentos formati-
vos para os(as) professores(as) para con-
hecer e ampliar respectivamente os con-
hecimentos inerentes ao funcionamento
e as práticas que envolvem o modelo da
Escola Cidadã Integral Técnica.
 DIRETRIZES 2023

6.3 Conhecendo a Matriz as disciplinas das áreas de conhecimen-

to de Linguagens, Ciências Humanas,
Curricular?
Ciências da Natureza e Matemática.
A matriz curricular é um documento nor-
Uma parte diversificada: São as Eletivas,
teador que define os componentes cur-
Tutoria, Protagonismo Juvenil, Práticas
riculares e a carga horária total do currícu-
Experimentais, Nivelamento,Avaliação
lo. A Educação Profissional e Tecnológica
Semanal e Orientação de Estudos. Esses
apresenta diferentes matrizes de acordo
componentes curriculares permitem o
com a modalidade, neste sentido, iremos
diálogo entre a Base Nacional Curricular
apresentar a da Escola Cidadã Integral
Comum e a Base Técnica.
Técnica.
Formação Profissional e Tecnológica.
.Matriz da EScola Cidadã Integral Técnica:
Que é definida através das ofertas de cur-
Apresenta 4.200 horas anuais sendo dis-
so das ECIT’s em diálogo com a realidade
tribuídas da seguinte maneira:
local e o Projeto de vida dos Estudantes;
Segue exemplo de uma matriz curricular
da ECIT:
Formação Geral Básica Propedêutica: São

MATRIZ CURRICULAR

59
DIRETRIZES 2023
DIRETRIZES 2023

61
DIRETRIZES 2023
6.4 Aula inaugural sobre Es-
cola Cidadã Integral Técnica
Professores(as), a aula inaugural é um
momento que proporciona ao estudante
o acolhimento e as orientações impor-
tantes para a realização das atividades
escolares durante o ano letivo. Dessa
forma, sugerimos, que, nas primeiras
semanas de aula seja elaborado pelo(a)
coordenador(a) e professores(as) da área
técnica, coordenação pedagógica e, caso
não tenha essa equipe técnica formada
na escola, o trio gestor ou algum(a) rep-
resentante da escola, uma aula inaugu-
ral com a apresentação inerente ao Curso
Técnico ofertado na escola. Na oportuni-
dade, os(as) professores devem expor a
importância do Curso para a comuni-
dade local, apresentar a Matriz Curricular,
elencar a diferença das ofertas de discipli-
nas alocadas , elucidar as competência e
habilidades dos cursos técnicos. Utilizem
os equipamentos digitais da escola, caso
seja necessário para exposição do ma-
terial visual. É importante que todas as
turmas do Ensino Médio sejam alinhadas
e contempladas com as informações do
Curso Técnico.
A aula inaugural precisa ser registrada
com fotos para que estas sejam poste-
riormente inseridas em ata que deverá
ser lavrada em modelo a ser disponibili-
zado no site do Paraíba Educa e enviada
para o link até dia 06 de Março de 2023
até às 23:59min.
6.5 Coordenação de Área
A coordenação de área Técnica possui
um papel fundamental frente ao(aos)
curso(os) ofertado(os) na escola. É através
dela que realiza-se os alinhamentos ped-
agógicos, orientações aos(às) estudantes
e a realização de parcerias com o setor
produtivo para possíveis estágios junta-
mente com coordenação financeira.
6.5.1 Atribuições do(a
coordenador(a) de Área
Técnica
• Participar das reuniões de fluxo se-
manais na segunda-feira com o Trio
Gestor;
• Gerenciar o funcionamento do(s)
curso(s), apoiado pelo Trio Gestor
da escola, bem como auxiliar o trio
gestor na coleta de documentos
para solicitação da certificação do(s)
curso(s) técnico(s) ofertado(s) na sua
escola junto a Gerência Regional;
• Realizar reuniões de planejamento
semanal com o corpo docente da
área Técnica e elaborar as atas dos
encontros com fotos e o envio dos
documentos para a Secretaria de Ed-
ucação;
• Coordenar as atividades pedagógi-
cas inerentes à área técnica, manten-
do o alinhamento com o(a) coorde-
nador(a) pedagógico(a);

• Contribuir com a construção e con-
solidação dos instrumentos de TGE
por parte de todos(as) os(as) profes-
sores(as) técnicos(as), como agenda
bimestral, guias de aprendizagem e
programas de ação;
• Monitorar e acompanhar os indicadores
da área no plano de ação da escola;
• Fortalecer do alinhamento entre as
áreas de conhecimento através das
reuniões de fluxo com o Trio Gestor
e as coordenações de área;
• Preparar, consolidar e enviar, nos pra-
zos estipulados, relatórios avaliativos
à Coordenação da escola, quando
solicitados;
• Responder, quando solicitado, aos
formulários on-line ou físicos refer-
ente a levantamento de dados da
área técnica enviados da Secretaria
de Educação para a escola;
• Organizar as etapas de desenvolvi-
mento do Trabalho de Conclusão
de Curso: organização de orientado-
res(as)-orientandos(as); preparação
para banca avaliadora; organização
para armazenamento de TCC; reg-
istros no E-Saber e em ferramentas
digitais adotadas pela escola;
• Organizar substituições, obedecen-
do aos seguintes critérios: em casos
de substituição de professor(a) da
área técnica, a primeira opção será
DIRETRIZES 2023
um(a) professor(a) da área técnica,
a segunda o(a) coordenador(a) de
estágio e, por último, o(a) coorde-
nador(a) de área técnica. Em último
caso, o(a) professor de BNCC substi-
tui o(a) professor(a) da área técnica.
• E se caso o(a) coordenador(a) da
área técnica seja apenas o(a) único(a)
professor(a) T40 da escola, deverá
buscar opções de substituições na
área que apresentar maior número
de professores(as) com carga horária
sobrando de planejamento. O(A)
professor(a) T30 pode substituir o(a)
professor(a) T40, se o(a) mesmo(a)
tiver disponibilidade na sua carga
horária. Caso aconteça do(a) profes-
sor(a) T40 substituir o(a) professor(a)
T30 nas suas atribuições pedagógi-
cas, o(a) mesmo(a) deverá pagar as
aulas posteriormente. Nos casos de
apresentação de atestado médico,
em qualquer situação, os(as) profes-
sores(as) ficam respaldados por Lei
e não se faz necessária a substituição
das aulas posteriormente;
• Validar mapeamento juntamente
com o(a) CAF da Escola, os principais
potenciais do setor produtivo local
relacionados ao curso de sua esco-
la, formalizando parcerias para pos-
síveis aulas práticas e estágios pela
via empresa X escola;
• Zelar para que as atividades de está-
gio via empresa X escola sejam artic-
63
DIRETRIZES 2023
uladas com empresas e instituições
idôneas e que estas disponham de
profissionais qualificados para o
acompanhamento das exigências ou
competências pertinentes à prática;
• Monitorar os estágios e elaborar um
relatório mensal de cada estudante,
a fim de verificar possíveis prob-
lemáticas e auxiliá-lo(a) na resolução
desses problemas, bem como iden-
tificar a evolução do aprendizado at-
ravés do estágio;
• Garantir as informações ao(à) orien-
tador(a) do(a) estudante, para que
este auxilie o(a) discente a desen-
volver o relatório de estágio;
• Orientar os(as) estudantes referente
aos códigos de conduta e ética no
ambiente de trabalho;
• Coordenar e acompanhar, sempre
que necessário, a dinâmica do tra-
balho de estágio nos diferentes cur-
sos, adotando medidas necessárias
para o cumprimento de suas finali-
dades;
• Adotar estratégias de reflexão e ação,
que permitam intervir na construção
qualitativa do estágio, envolvendo
os segmentos responsáveis pela sua
dinâmica operacional;
• Elaborar ata para registrar visitas às
empresas parceiras e possíveis acon-
tecimentos em que sejam necessári-
os registros referentes aos horários
de saídas da escola. Na ata, devem
constar informações, como: in-
tenção da visita, duração, data, pos-
síveis acordos com a empresa e as
assinaturas dos(as) participantes.
6.5.2 Carga horária do
Coordenador de Área
Técnica
Os(As) professores(as) Escolas Cidadãs
Integrais Técnicas terão sua carga horária
dividida da seguinte maneira:
CARGA HORÁRIA DO(A) COORDE-
NADOR(A) DE ÁREA TÉCNICA
• 8h (oito horas) de Coordenação de
Área.
• 20h (vinte horas) de aulas.
• Sendo 28 (vinte e oito) horas/aula
e 12h (doze horas) de EPA (Estudos,
planejamento e atendimento).
6.5.3 Reuniões de fluxo da área
técnica
As reuniões de fluxo da área técnica de-
vem acontecer todas as terças-feiras,
impreterivelmente, com a presença de
todos(as) os(as) professores(as) da área.
Na oportunidade o(a) coordenador(a)
da área Técnica deverá elaborar uma ata
digital elencando a pauta e o que foi de-

mandado na reunião.
6.5.4 Envio da ata assinada
O modelo de ata será disponibilizado
no site do Paraíba Educa. No documen-
to, deverá constar o nome dos(as) par-
ticipantes, data da reunião, fotos, anexo
(quando cabível) e deverá ser assinada
no site do GovBr. É importante que to-
dos(a) os(as) participantes tenham ca-
dastro nesta ferramenta, pois todas as
assinaturas digitais serão feitas através
dessa plataforma. Caso algum(a) partici-
pante ausente-se da reunião, deverá ser
justificado no documento. A ata, após as-
sinada por todos os membros presentes,
deverá ser enviada para a Secretaria de
Educação todas as terças-feiras até as
17:00 através do Link. A ata deverá ser
enviada a partir do dia 28/02/2023.
Observação: Nos feriados designados
no calendário escolar (que forem na
terça-feira) NÃO se faz necessário o envio
da ata através do link acima, apenas em
dias letivos úteis.
6.6 Coordenação de estágio
A função de Coordenador(a) de Estágio
em uma ECIT é extremamente estratégi-
ca, pois através dela é possível assegurar a
articulação entre a escola e o setor produ-
tivo, possibilitando assim a maximização
das competências e habilidades absorvi-
DIRETRIZES 2023
das ao longo do curso Técnico. Dentro das
características recomendadas para o perfil
que desempenhará na função, destaca-se
a boa comunicação e a capacidade de
persuasão, a fim de assegurar campos de
estágio para os estudantes.
6.6.1 Atribuição do(a)
Coordenador(a) de Estágio
AS ATRIBUIÇÕES DO(A) COORDE-
NADOR DE ESTÁGIO SÃO:
• Participar de reuniões, formações e
eventos relacionados à função e ao
Programa Primeira Chance;
• Realizar mapeamento do setor pro-
dutivo local;
• Estabelecer parcerias e zelar para
que as atividades de estágio sejam
articuladas com empresas e institu-
ições idôneas, coerentes com a área
de atuação do(s) curso(s);
• Realizar a Mentoria quinzenalmente
na escola, destinada a estagiários(as)
vinculados(as) ao Programa Primeira
Chance;
• Organizar, arquivar e quando
necessário enviar documentos para
a Secretaria de Educação referentes
ao estágio dos(as) estudantes, quan-
do solicitado; 65
 DIRETRIZES 2023
• Assegurar o cumprimento da legis-
lação e das normas pertinentes ao
estágio, procurando articulá-lo com o
projeto pedagógico de cada curso e
com as exigências do mercado de tra-
balho;
• Estabelecer parcerias com órgãos ob-
jetivando a orientação dos alunos
acerca dos códigos de conduta e ética
no ambiente de estágio;
• Orientar o desenvolvimento do
relatório de estágio dos(as) estudantes
vinculados(as) nas modalidades de pri-
meira e segunda via de estágio.
6.6.2 Carga horária do(a)
Coordenador(a) de Estágio
A coordenação de estágio trabalhará em
pleno alinhamento com o Programa Estad-
ual Primeira Chance, cujo principal objeti-
vo é atuar na concessão de estágios para
estudantes e egressos da rede. Nesta per-
spectiva, as horas destinada à função serão
fracionadas da seguinte forma:
CARGA HORÁRIA DO(A)
COORDENADOR(A) DE ESTÁGIO
• 16h (dezesseis horas) de sala de aula;
• 12h (doze horas) para EPA (Estudo,
planejamento e atendimento);
• 12h (doze horas) para a coordenação
de estágio (ações relacionadas ao
Programa Primeira Chance - parce-
rias pelas duas vias, além de monito-
ramento e supervisão dos estágios).
Para as ações relacionadas à coorde-
nação, destina-se às 8h da quarta-feira,
podendo diluir as 4h restantes em out-
ros dias, ou seja, o(a) professor(a) precisa
preservar as quartas-feiras para planeja-
mento das atividades de estágio e diluir
as demais horas em outros dias da sema-
na. A carga horária do(a) coordenador(a)
de estágio deverá estar presente no
quadro/SAP do(a) mesmo(a) a partir do
1º bimestre até o final do ano letivo.
6.6.3 Produção de ata e visitas
ao Setor Produtivo
As orientações quanto ao envio de atas
das visitas ao setor produtivo e das fer-
ramentas de monitoramento ficarão sob
a responsabilidade do Programa Primeira
Chance, e a equipe entrará em contato
com as escolas e coordenadores(as) de
estágio para execução das atividades.
Ressalvo, que, os(as) coordenadores(as)
de estágio estarão trabalhando frente
aos estágios de 1ª e 2ª via coordenados
pelo Programa Primeira Chance.
As parcerias entre EMPRESA X ESCOLA
devem ser realizadas sob a responsab-
ilidade do(a) Coordenador(a) de área
Técnica juntamente com o CAF. E as atas

das visitas e parcerias formalizadas serão
monitoradas durante o ano letivo.
6.7 Orientações sobre
Formação Básica para o
Mundo do Trabalho
A Formação Profissional preconiza as
possibilidades de desenvolvimento
técnico para o mundo do trabalho e tem
como centralidade a Educação Básica,
definida inclusive no Art. da Lei 9394/96
(Lei de Diretrizes e Bases da Educação). É
necessário desenvolver a soma de várias
habilidades técnicas para alcançar com-
petências específicas relacionadas ao âm-
bito profissional.As etapas de formação
são contínuas e abrange fatores emocio-
nais, sociais, ambientais e tecnológicos.
Objetivando o desenvolvimento da For-
mação Básica para o Mundo do Trabalho
e a articulação com os 4 eixos estrutur-
antes estabelecidos pelo Novo Ensino
Médio (investigação científica, processos
criativos. mediação e intervenção socio-
cultural e empreendedorismo) são ofer-
tadas as disciplinas empreendedoras
Inovação Social e Científica, Intervenção
Comunitária,Empresa Pedagógica e os
componentes complementares Edu-
cação Tecnológica e Midiática.Higiene e
Segurança do Trabalho, que desempen-
ham um papel fundamental para cada
ano de formação do(a)protagonista.
DIRETRIZES 2023
6.7.1 Disciplinas
Complementares : Educação
Tecnológica e Midiática
Qual o objetivo desse componente
curricular?
Inserir os(as) estudantes de forma inclu-
siva, no universo das tecnologias para
que se tornem fluentes tecnológicos e
letrados midiáticos, de modo que uti-
lizem a tecnologia para fortalecer o pro-
cesso de ensino e aprendizagem, tornan-
do-os(as) cidadãos(ãs) autônomos(as),
críticos(as) e conscientes .
Quem leciona esses componentes e
qual público alvo?
Sugere-se que estes componentes sejam
ministrados pelo(a) coordenador(a) da
área técnica ou professores(as) de quais-
quer áreas do conhecimento que gostem
de trabalhar a criatividade, realizar proje-
tos e inovar. Professores(as) que tiverem
cursos complementares, como Educação
midiática, informática, Ferramentas digi-
tais, Metodologias ativas e afins que con-
templem a aplicabilidade do componen-
te. A disciplina de Educação tecnológica
e midiática - ETM será ministrada para
turmas de 1ª e 2ª séries.
Higiene e Segurança do Trabalho
Qual o objetivo da disciplina?
67
DIRETRIZES 2023
Contribuir para o processo de recon-
hecimento da importância na garantia
da integridade física e mental do(a) tra-
balhador(a), assim como dar a conhecer
os caminhos para fazê-lo, a fim de pro-
mover saúde e bem-estar àquele(a) que
se dedica a colocar suas capacidades
para atender às necessidades da socie-
dade.
Quem leciona esses componentes e
qual público alvo?
Devem ser lecionadas, preferencial-
mente, pelo(a) Coordenador(a) de área
técnica ou Professores(as) que tiverem
cursos complementares, como Segu-
rança do Trabalho, Biologia, entre outros
cursos afins. Estes também são perfis que
contemplam a aplicabilidade do com-
ponente. Este componente curricular
divide-se em duas aulas semanais para
turmas de 1ª série.
6.7.2 Disciplinas
Empreendedoras
Intervenção Comunitária (IC)
Objetivo da disciplina:
Realizar mudanças na comunidade que
consigam promover bem-estar social. Na
prática, isso significa abrir espaço para o(a)
aluno(a) compreender seu entorno, iden-
tificar a problemática e propor soluções.
Inovação social Científica (ISC)
Objetivo do Componente curricular:
Permitir a participação dos(as) estu-
dantes em oficinas práticas, facilitadas
pelos(as) professores(as), cujo tema gera-
dor é o desenvolvimento de tecnologias
sociais em áreas como Ciência, Tecnolo-
gia, Engenharia e Matemática relativas ao
curso técnico escolhido.
Quem pode lecionar estes compo-
nentes de IC e ISC?
Docentes da área Técnica ou de quais-
quer áreas do conhecimento que gostem
de trabalhar a criatividade, realizar proje-
tos e inovar. Professores(as) que tiverem
cursos complementares, como Admin-
istração, Informática Básica, Pedagogia,
Empreendedorismo e afins também são
perfis que contemplam a aplicabilidade
dos componentes.
Empresa Pedagógica - EP
Qual o objetivo deste componente?
Proporcionar uma interação entre a com-
preensão de contexto, experiência inves-
tigativa e resolução de problemas dos(as)
alunos(as) com a empresa parceira no in-
tuito de produzir novos conhecimentos
através de tecnologias sociais voltadas a
projetos empreendedores, ampliando os
conhecimentos dos(as) discentes para a
análise dos fenômenos de mercado que
acontecem no cotidiano do setor produ-

tivo, estimulando o senso crítico e reflex-
ivo dos(as) mesmos(as).
Quem pode lecionar estes compo-
nentes de Empresa Pedagógica?
Este componente deverá ser ministra-
do pelos(as) docentes da área técnica
ou professores(as) que tiverem cursos
complementares, como Administração,
Informática Básica, Pedagogia, Em-
preendedorismo também são perfis que
contemplam a aplicabilidade do compo-
nente.
Carga Horária das Disciplinas Em-
preendedoras
Os(as) professores(as) poderão lecionar
o componente de Intervenção Comu-
nitária para até duas turmas de 1ª séries.
A disciplina de ISC pode ser lecionada
pelo(a) mesmo(a) docente em duas tur-
Exemplo 01
Segunda-feira
4 aulas de EP - 13:20 até 17:00
Exemplo 02
Segunda-feira
2 aulas de EP - 13:20 até 15:00
DIRETRIZES 2023
mas de 2ª séries, e as aulas precisam ser
geminadas por ambos os componentes.
Essas disciplinas representam 2 aulas na
carga horária do(a) docente + 2 horas de
planejamento. Se o(a) mesmo(a) profes-
sor(a) lecionar em duas turmas o mes-
mo componente curricular (IC ou ISC), o
planejamento não será acumulativo, ou
seja, contará apenas 2 horas de planeja-
mento e não 4 horas.
Empresa pedagógica apresenta 4 aulas
na carga horária + 4 horas de planeja-
mento. Se o(a) mesmo(a) professor(a)
lecionar em duas turmas o mesmo
componente curricular, o planejamen-
to não será acumulativo, ou seja, con-
tará apenas 4 horas de planejamento e
não 8 horas. As aulas devem ser min-
istradas geminadas ou desmembradas
durante a semana.
Quinta-feira
2 aulas de EP - 13:20 até 15:00 69
DIRETRIZES 2023
Envio dos relatório finais das Disci-
plinas Empreendedoras?
O envio desses relatórios deverão ser no
final dos semestres que as disciplinas são
ofertadas. Os links para depósito dos doc-
umentos serão disponibilizados antes do
prazo final das disciplinas.
Orientações Gerais das Disciplinas
Complementares e Empreendedoras
As cartilhas das disciplinas com infor-
mações detalhadas e sequência didática
estão disponíveis no site do PB Educa,
clique aqui para acessar.
6.7.3 Atribuições do(a)
professor(a) T30
Atualmente nas ECITs, estão lotados(as)
professores(as) com disponibilidade de
30 horas semanais. A distribuição da car-
ga horária foi apresentada no tópico 2.13
deste documento.
A contratação de professores T30 é para
ministrar aulas do Itinerário Profissional
e orientar os(as) estudantes para o Tra-
balho de Conclusão de Curso. Além dis-
so, os(as) professores(as) devem assistir às
reuniões de fluxo com o coordenador(a)
de área para manter o alinhamento ped-
agógico semanal toda terça-feira. Em al-
guns casos, se o(a) professor(a) apresen-
tar carga horária sobrando, podem ser
atribuídas disciplinas diversificadas para
completar a carga horária. Os(as)
professores T30 participam da
Prática da Tutoria normalmente.
Reforçamos, neste documento,
que os(as) professores(as) T30
podem exercer qualquer outra
atividade profissional nos turnos
em que não estejam estipulados
pela escola.
Os professores T30 não aplicam
prova de avaliação semanal devi-
do ao dia do planejamento, caso
a aplicação seja em outro dia da
semana (devido ao número de
disciplinas) ou tenha aplicação
de outras atividades pedagógi-
cas externas, que sejam em out-
ros dias da semana, o(a) profes-
sor(a) participa normalmente da
rotina da escola.
Nos dias em que, por alguma
razão (aplicação de avaliações
diagnóstica, simulado, evento
na escola e etc), não tenha aula
das disciplinas do(a) professor(a)
T30, o(a) mesmo(a) deverá com-
parecer na escola para cumprir
sua carga horária semanal junto
ao(à) coordenador(a) de área.
6.7.4 Orientações no
contexto híbrido e
remoto
Atualmente algumas escolas da

Rede Estadual de Ensino encontram-se
em reforma e reparos em suas estrutu-
ras prediais e estão realizando suas ativi-
dades remotamente.As orientações ped-
agógicas para essas unidades é que o
contexto pedagógico aconteça normal-
mente sem ônus para os(as) estudantes.
Em hipótese alguma, os(as) alunos(as)
deverão ficar sem aulas e sem avaliações
semanais. A escola deverá buscar estraté-
gias com o trio gestor para que a rotina
aconteça normalmente sem a necessi-
dade de rodízios.
E as avaliações semanais?
As avaliações semanais devem ser feitas
através do Formulário on-line do Goo-
gle para as disciplinas profissionalizantes.
Sugerimos que os(as) professores(as) uti-
lizem a ferramenta do Padlet para ativi-
dades contínuas e objetivas nas discipli-
nas de avaliações qualitativas.
Orientações para as aulas síncronas
As aulas devem ser ministradas através
da plataforma de videoconferência on-
line, seja Google Meet, Teams ou alguma
de sua preferência, desde que as aulas
sejam lecionadas de acordo com a integ-
ridade da matriz. O(a) docente não deve
utilizar apenas vídeos do Youtube como
ferramenta pedagógica para aproveita-
mento pedagógico do(a) estudante. O(a)
aluno(a) precisa de aulas síncronas e ativ-
idades assíncronas, além da disponib-
ilidade do professor(a) na retirada de
DIRETRIZES 2023
dúvidas em horário útil de trabalho. O(a)
professor(a) poderá utilizar de outras fer-
ramentas digitais, como Whatsapp, Tele-
gram, Google Sala de aula, Mentimeter,
Jamboard e outras dessa natureza para
dinamizar o processo de ensino e apren-
dizagem.
Agendamento de aulas síncronas
O(a) coordenador(a) de área, com o Trio
Gestor, deverá agendar e gerar o link
das aulas com antecedência, ou seja,
após a construção do horário de aulas
da escola, para a disponibilidade dos(as)
estudantes.Esse agendamento poderá
ser realizado uma única vez através das
plataformas de aulas de acordo com o
horário das aulas síncronas, ou seja, os-
(as) estudantes devem usar o mesmo link
para cada componente curricular.
Solicitamos que após o planejamento
do horário a ser executado na escola,
seja enviado um relatório para Gerência
Regional de Ensino através da Assesso-
ria Regional comunicando as estratégias
que a escola buscou para alcançar os
estudantes sem internet e o horário das
aulas síncronas dos(as) estudantes com
acesso a internet.Sugerimos,se possível,
que os links das aulas sejam inseridos
neste relatório. É um relatório simples
e necessário para possível acompan-
hamento ou monitoramento das aulas
dos(as) estudantes.
O modelo do relatório estará disponível 71
DIRETRIZES 2023
no site do Paraíba Educa. E deverá ser en-
viado até 30 dias após o início de cada
bimestre.
Atividades assíncronas
É importante a adoção de atividades as-
síncronas no processo de ensino e apren-
dizagem dos(as) estudantes. Sugerimos
que os(as) docentes utilizem o Google
Classroom para o depósito de atividades
semanais.
Orientações para estudantes sem
acesso remoto
Aos(as) estudantes que não tenham
acesso à Internet, a equipe escolar, jun-
tamente com o Trio Gestor, deverá bus-
car estratégias para alcançar esses(as)
discentes através da busca ativa e da en-
trega de material impresso com as infor-
mações que foram ministradas para os-
(as) estudantes em modalidade remota.
É cabível e necessária a inserção de um
espaço na construção das apostilas para
que os(as) estudantes elenquem dúvidas
das atividades e essas sejam respondidas
na devolutiva do material. O(a) docente
deverá planejar atividades quinzenais
para os(as) estudantes com entrega se-
manal para correção. Dessa forma, aten-
tem-se ao que será explorado no materi-
al, para que esteja em consonância com
o que for exposto aos(as) estudantes
com acesso remoto e para que não haja
prejuízo pedagógico para os(as) mes-
mos(as).
6.8 ORIENTAÇÕES SOBRE
FORMAÇÃO PROFISSIONAL
6.8.1 Carga horária dos
componentes curriculares x
quantidade de avaliações por
carga horária
As avaliações da área técnica devem
obedecer à rotina da escola, ou seja, ser-
em realizadas bimestralmente, por mais
que os componentes curriculares sejam
semestrais. Caso algum(a) estudante
não alcance a média para aprovação en-
tre os dois bimestres, a avaliação final só
será realizada no final do ano junto com
as demais disciplinas da BNCC na rotina
da escola.
6.8.2 Avaliações Formativas e
Somativas nas disciplinas da
Área Técnica
As avaliações somativas são essenciais
para informar e situar os(as) estudantes
da escola como um todo. Enquanto a
avaliação formativa é utilizada para um
processo contínuo e longo, no qual o
erro não é nada mais que um fator que
faz parte do processo de ensino-apren-
dizagem dos(as) estudantes. Nesse sen-
tido, as disciplinas que apresentam 2
créditos (2 h/a semanal) recomenda-se

optar por 2 avaliações no bimestre. As
que têm 3 e 4h/a semanais, sugere-se
aplicar 3 ou 4 avaliações respectivamente.
A escolha do tipo de avaliação deverá
ser realizada pelo(a) professor(a) titular
do componente curricular com comuni-
cação antecipada ao coordenador(a) de
área técnica e o(a) coordenador(a) ped-
agógico(a).
6.8.3 Competências e
Habilidades
Os cursos ofertados nas ECITs apresen-
tam Competências e Habilidades con-
struídas pelos(as)professores(as) da Rede
Estadual de Ensino através do I Fórum de
Competências realizado pela Secretaria
de Educação nos anos anteriores. As no-
vas ofertas de cursos que não possuem
suas competências e habilidades terão
a oportunidade de neste ano elaborar
com a efetivação do II Fórum de Com-
petências nas escolas. Os(as) professores
interessados(as) no resgate desse materi-
al devem acessar o site do Paraíba Educa.
6.8.4 Ementários das Disciplinas
Profissionais
Os cursos ofertados nas ECITs apresen-
tam Ementários para turmas das 1ª Séries
construídas pelos(as)professores(as) da
Rede Estadual de Ensino através do I
Fórum de Competências realizado pela
DIRETRIZES 2023
Secretaria de Educação nos anos anteri-
ores. As novas ofertas de cursos que não
possuem suas próprias ementas terão
a oportunidade, neste ano, de elaborar
com a efetivação do II Fórum de Com-
petências nas escolas. Os(as) professores
interessados(as) no resgate desse materi-
al devem acessar o site do Paraíba Educa
para ementas de turmas de 1ª série.
6.8.5 Avaliação semanal das
disciplinas técnicas e aplicação
da avaliação técnica
A avaliação semanal das disciplinas técni-
cas devem obedecer ao calendário e aos
critérios de aplicação estabelecidos no
tópico de AVS deste documento. Suger-
imos que, caso tenha a necessidade de
expandir essas avaliações para mais um
dia na semana devido ao número de dis-
ciplinas ofertadas nos cursos, seja aplica-
da no próximo dia e horário de aula de
um componente curricular técnico.
Aconselhamos que sejam contempladas
todas as disciplinas profissionais na aval-
iação semanal e sejam adotadas, no mín-
imo, cinco questões por componente
curricular, para elaboração da avaliação.
As disciplinas de Formação Geral Básica
não participam da avaliação semanal, ex-
ceto Higiene e Segurança do Trabalho.
Os professores avaliam os estudantes
através de outras metodologias e es-
tratégias de aferição do conhecimento 73
DIRETRIZES 2023
- como abordadas anteriormente neste
documento.
Sugerimos que o(a) coordenador(a) de
área técnica crie uma pasta no Drive
com sua conta Institucional e realize a
elaboração de um modelo de avaliação
semanal com as questões separadas por
nome de disciplina e com as alternativas
A, B, C, D, E. Os(as) demais professores(as)
recebem o link do modelo da prova e
preenchem de acordo com as suas espe-
cificidades. Além disso, pode criar uma
planilha no Excel com o gabarito na mes-
ma pasta, para que os(as) professores(as)
possam preencher as alternativas corre-
tas. O objetivo é facilitar o seu trabalho
e transparecer o processo para todos(as)
os(as) professores(as) da área Técnica. A
entrega da prova deverá ser realizada
antecipadamente para a criação junto
aos(às) docentes envolvidos(as) da área
técnica, bem como a entrega para im-
pressão à coordenação pedagógica.
Disciplinas profissionais com aulas práti-
cas
Nas disciplinas profissionais que têm aula
prática, os(as) professores(as) podem ad-
otar avaliações práticas e, neste caso, is-
entar a participação da avaliação sema-
nal. Essa decisão deve ser tomada entre
os(as) professores(as) da área Técnica e
o(a) Coordenador(a) de área, bem como
repassada antecipadamente à Coorde-
nação Pedagógica.
Participação na aplicação das AVS’s
A aplicação das provas de avaliação sem-
anal de todas as áreas de conhecimento
não devem ser aplicadas pelos(as) profes-
sores(as) que estejam em planejamento,
ou seja, os(as) docentes da área Técnica.
No dia em que a avaliação semanal for
aplicada, os(as) professores(as) deverão
dar apenas o suporte para retirada de
possíveis dúvidas dos(as) aplicadores(as)
e estudantes nas questões pedagógicas
inerentes à prova, se necessário.
6.8.6 Conceito das disciplinas
do curso Técnico (Aprovação e
Reprovação)
Se faz necessário entender que o sistema
das Escolas Técnicas é integrado, ou seja,
BNCC e Base Técnica trabalham simultan-
eamente, através da interdisciplinaridade
e integridade curricular. Na prática, todos
os critérios estabelecidos para as discipli-
nas que compõem a BNCC são as mes-
mas para as da Base Técnica.
Exemplo 1 : O(A) estudante X não ob-
teve rendimento na disciplina de História
( BNCC) e ficou com média 4,0, fez a recu-
peração e avaliação final e infelizmente
não atingiu a média de aproveitamento.
Esse(a) estudante será retido(a), ou seja,
reprovado(a).
Exemplo 2 : O(a) estudante X estuda na
ECIT Y no curso de Agroindústria, não ob-
teve rendimento na disciplina de Intro-

dução a Agroindústria (Base Técnica) e
ficou com média 4,0. Fez a recuperação
e avaliação final e infelizmente não atin-
giu a média de aproveitamento, esse(a)
estudante será retido(a), ou seja, reprova-
do(a).
Observa-se nos exemplos acima a mes-
ma situação para áreas de conhecimen-
to distintas e os mesmos critérios para
ambas as situações. Na escola, os pro-
cedimentos precisam ser executados
dessa maneira, entendendo que o curso
técnico faz parte da integridade da esco-
la e principalmente do projeto de vida
dos(as) estudantes.
E nos casos de Trabalho de Conclusão
de Curso?
Exemplo 1 : O(a) estudante X estuda na
ECIT Y no curso de Agroindústria, não re-
alizou o Trabalho de Conclusão de Curso,
não obteve rendimento na disciplina de
TCC (Base Técnica), ficou com média 0,0
e infelizmente não atingiu a média de
aproveitamento.
O que deve ser realizado? Esse(a) es-
tudante será retido(a), mas terá a opor-
tunidade de entregar o Trabalho de Con-
clusão de Curso no prazo de até dois anos
após a conclusão do mesmo. Ao entregar
o documento com os critérios estabeleci-
dos pela unidade, o(a) mesmo(a) poderá
receber o certificado de conclusão de
curso médio/técnico. Ao contrário disso,
fica retida a entrega da documentação
DIRETRIZES 2023
de conclusão de qualquer natureza. Essa
informação precisa estar alinhada com
toda equipe escolar para que não haja
prejuízo aos critérios estabelecidos pela
Secretaria de Educação.
6.8.7 Integração curricular
Primeiramente, queremos esclarecer o
objetivo da Integração Curricular. Essa ar-
ticulação possibilita uma educação inte-
gral e integrada, capaz de promover uma
relação estreita entre BNCC, Formação
Geral, Componentes Técnicos Específi-
cos e a Preparação Básica para o Trabalho.
Em tese, precisamos promover uma con-
versa constante entre o que é trabalhado
nas áreas de conhecimento da Base Na-
cional Comum Curricular e o que é apre-
sentado na grade curricular técnica. Ar-
ticular é o mesmo que realizar atividades
interdisciplinares ou multidisciplinares
voltadas para o mesmo objetivo. Vamos
aos exemplos? Vamos lá!
Como faço para articular/integrar os
componentes curriculares?
No nosso dia a dia, realizamos essas ativi-
dades involuntariamente quando precis-
amos dirigir um carro ou andar de bici-
cleta, por exemplo. Para dirigir o carro,
é necessário ter a competência (saber
dirigir) e entender as habilidades (os pro-
cessos que fazem dirigir o carro: marcha,
75
freio, direção, noção de direita e esquer-
DIRETRIZES 2023
da, sinaleiras, farol etc). Sabendo disso,
haverá a execução da competência (diri-
gir o carro) com tarefas multidisciplinares
(que foram aprendidas nas habilidades,
lembra?) e realiza isso involuntariamente,
não é? Só que para essa atividade acon-
tecer, é preciso entender de matemática
(entender o tempo da marcha do car-
ro), de química (para entender quando
o carro esquenta o motor ou quando a
água do radiador está inaproveitável), de
informática (para interpretar os dados
que são acionados no painel), de Língua
Portuguesa (Ler as informações verticais
e horizontais de trânsito) , a Física (saber
como o carro pode ter mais ou menos
força), da Biologia (entender um pouco
de combustão) e assim por diante.
E no dia a dia, como devo proceder
na escola?
Você entendeu que esses processos
ocorrem naturalmente? Então, vamos lá!
A primeira coisa é deixar exposto o seu
material de TGE (Guia de Aprendizagem)
para que você possa elencar em qual
ponto de partida estão as disciplinas de
BNCC e Base Técnica. Sempre temos con-
teúdos de melhor associação para os(as)
estudantes e a partir daí conseguir identi-
ficar essa interdisciplinaridade. Após isso,
é necessário sentar e articular com os
componentes como pode ser executado
no dia a dia. A sugestão é que, quando isso
acontecer na sala de aula, o(a) estudante
seja lembrado(a) que o conteúdo está sen-
do visto em Biologia, por exemplo.
Exemplo de integração curricular: A
ECIT oferta o curso de Agroecologia e
na matriz tem a disciplina de Adubação
Orgânica, o(a) professor(a) irá ministrar
seu conteúdo do componente curric-
ular e convida os(as) professores(as) de
Matemática e Biologia para articular as
disciplinas e mostrar a clareza do con-
teúdo em diferentes vertentes. O(a) pro-
fessor(a) de Biologia trabalha em sala
de aula conteúdos como solo, matéria
orgânica, frutas, legumes, resíduos só-
lidos orgânicos etc. O(a) professor(a) de
matemática vislumbra a quantidade de
matéria orgânica para adubar uma deter-
minada cultura de planta, o tamanho da
cova de uma planta etc. E é importante
o(a) docente sempre apresentar aos(às)
estudantes que é possível trabalhar o
mesmo conteúdo em diferentes possibi-
lidades e percepções. Esta ação promove
a articulação entre os diversos conteúdos
trabalhados em sala de aula e fortalece a
formação integral dos(as) estudantes.
6.9 Trabalho de Conclusão
de Curso -TCC
Você sabia que no segundo semestre as
turmas de 3ª série técnica terão 20 horas
semanais voltadas para a criação do Tra-
balho de Conclusão de Curso ou Partici-
pação em Estágios?

O(a) estudante poderá optar em:
1. Realizar um estágio pelas 2 vias de
inserção do Primeira chance ou a via
Empresa x Escola) e, ao final, desen-
volver um relatório das atividades
executadas nesse estágio ou;
2. Desenvolver uma atividade de Tra-
balho de Conclusão de Curso.
E o que é um Trabalho de Conclusão
de Curso?
O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
é uma atividade acadêmica que con-
siste na sistematização, registro e apre-
sentação de conhecimentos culturais,
científicos e técnicos, produzidos na área
do curso, como resultado do trabalho de
pesquisa e investigação científica. É um
estudo de natureza reflexiva, para orde-
nar as ideias sobre temas específicos.
Portanto, para que o conhecimento pro-
duzido na Escolas Técnicas tenham visib-
ilidade junto à comunidade, é necessário
que os Trabalhos Conclusão de Curso
(TCC) sejam desenvolvidos e apresenta-
dos de acordo com as regras de normal-
ização exigidas pelos padrões vigentes,
ou seja, a Associação Brasileira de Nor-
mas Técnicas (ABNT).
DIRETRIZES 2023
6.9.1 Orientações Gerais sobre
TCC
Inicialmente, sugere-se que o turno da
tarde do segundo semestre dos(as) estu-
dantes de 3ª série sejam ocupados com
orientações dos trabalhos de Conclusão
de Curso, para quem optou pelo TCC.
Os(as) estudantes que optaram pelos
estágios irão deslocar-se nesse horário
para esta função, está bem? Nesse sen-
tido, os(as) estudantes que NÃO irão es-
tagiar precisam de tempo para serem
instruídos(as) para elaboração dos tra-
balhos. Dessa forma, sugerimos que os-
(as) orientadores elaborem um plano de
orientação e atividades para esses estu-
dantes executarem na escola no contra-
turno das aulas, em espaços de uso co-
letivo como Biblioteca, Laboratórios ou
algum espaço de convivência da escola.
Segue exemplo de implantação:
Exemplo 1: O(a) estudante pode ser ori-
entado(a) a como construir uma capa ou
resumo de um trabalho acadêmico. O(a)
professor(a) orientador(a) irá solicitar que
o(a) estudante elabore uma capa ou re-
sumo de acordo com orientações repas-
sadas em sala.
Outra sugestão é que o(a) orientador(a)
planeje algumas possibilidades de vivên-
cias na escola e, claro, o objetivo desta
ação é que o(a) aluno(a) esteja passando
pelos setores da unidade escolar e possa 77
 DIRETRIZES 2023
experimentar de diversas atividades elab-
oradas no setor.
Como isso funciona?
Inicialmente, o(a) estudante precisa es-
colher a alternativa que mais se encaixa
com seu perfil e construir a ideação junto
com o(a) orientador(a). A validação deverá
ser realizada com a coordenação de área
técnica. Essa aplicação precisa ser eviden-
ciado para o(a) estudante e estar em con-
sonância com o eixo do curso ofertado. A
seguir, será apresentada algumas possibil-
idades dessas ações e vivências no âmbito
escolar.
Exemplo:
O curso Técnico ofertado é de Gastrono-
mia: Os(as) estudantes podem realizar es-
tágios na cozinha da escola aprendendo
técnicas inerentes ao curso.
O curso Técnico é de Administração: Os-
(as) estudantes podem auxiliar a Coorde-
nação financeira na prestação de contas
da escola.
Curso Técnico de Informática: Se a escola
tiver laboratório de informática, pode es-
tagiar oferecendo um serviço de digitação
ou acesso nas mídias digitais.
É importante frisar que esta prática foi im-
plantada na ECIT Francisca Martiniano da
Rocha. São estratégias adaptadas à real-
idade da localização da escola e do eixo
tecnológico que o curso oferece, impor-
tante destacar.
Outra sugestão:
A realização de aulas de metodologia
científica, produzindo o passo a passo
para a criação do trabalho de conclusão
de curso, a partir de Julho/2023. Os tra-
balhos tendem a demandar tempo para
serem elaborados e esse tempo precisa
ser utilizado a favor da construção desses
trabalhos sob a orientação do(a) orienta-
dor(a). Caso o número de estudantes não
seja igualitário para os(as) professores(as)
da base técnica orientarem, a orien-
tação será abrir carga horária para que
os(as) professores(as) interessados(as) e
com perfil da BNCC orientem os(as) es-
tudantes. Os trabalhos podem e devem
ser construídos com abordagem inter-
disciplinar ou multidisciplinar, o(a) pro-
fessor(a) orientador(a) deverá traçar viés
de sua competência associada ao curso
ofertado na escola para conseguir orien-
tar o(a) estudante.
Exemplo:
Curso Técnico de Análises Clínicas: Caso
um(a) docente de Biologia seja contem-
plado(a) com orientação, o que ele(a)
deve fazer? Pode recolher amostras
para realizar diagnósticos moleculares
e ambientais. E se fosse matemática?
O(a) docente trabalharia análises quan-
titativas e qualitativas, medir e controlar
vários processos físico-químicos e/ou

biológicos, contagem de células para es-
tabelecer uma proporção entre organis-
mos saudáveis, e assim sucessivamente.
De toda forma, pense em estratégias para
aumentar a formação dos (as) estudantes
da 3ª série na escola no segundo seme-
stre no turno da tarde com atividades
extracurriculares. Lembre-se que isso é
para os estudantes que escolheram TCC.
Sugerimos, que estas estratégias sejam
executadas apenas após o resultado final
da seleção dos estudantes participantes
do Programa Primeira Chance. Após o
resultado dos(as) estudantes, a escola
juntamente com a coordenação de área
técnica saberá quais estudantes foram
contemplados com o estágio e assim
conseguirá identificar os que não foram
selecionados e assim elaborar metas para
os(as) estudantes excedentes.
6.9.2 Diferença de TCC e
Relatório de Estágio
Primeiramente, vamos entender a dif-
erença de TCC e Relatório de Estágio. São
documentos distintos , mas que abran-
gem o mesmo objetivo, tá?
Quando o(a) professor(a) indica Relatório
de Estágio na ECIT? Quando o(a) estu-
dante realiza um estágio por via do Pro-
grama Primeira Chance ou da Parceria
Empresa x Escola traz consigo uma baga-
gem de experiências para relatar em um
DIRETRIZES 2023
documento. Isso é um relatório de está-
gio, tudo bem?
Um trabalho de conclusão de curso - TCC
é fruto de experiências, estudos, pesqui-
sas, criação de produtos, apresentação
de processos que obtêm um resultado
final. O sucesso dessas alternativas ren-
derão uma conclusão com perguntas
e respostas (partindo do objetivo de
estudo) e com a junção de todas as in-
formações, você pode junto com o(a)
estudante construir um documento
chamado monografia, artigo científico
ou revisão bibliográfica. Todos denomi-
nados de TCC. A diferença de categoria
vai depender da exigência da Institu-
ição/Coordenação que o(a) estudante
está sendo formado(a). Essas unidades
apresentam total liberdade e autonomia
de escolher os tipos de trabalho que o(a)
estudante pode desenvolver na escola e
assim executar o seu TCC.
Quais as atribuições dos(as) estu-
dantes na elaboração do TCC?
Na etapa de elaboração do TCC, o(a)
aluno(a) terá junto ao orientador(a) e à
coordenação as seguintes atribuições:
ATRIBUIÇÃO DO(A) ESTUDANTE NA
ELABORAÇÃO DE TCC
• Escolher o orientador e preencher o
Termo de Aceite;
• Frequentar os encontros especifica- 79
 DIRETRIZES 2023
dos pelo professor da disciplina de
TCC;
• Manter contatos periódicos com o
professor orientador para discussão,
análise e aprimoramento do tra-
balho;
• Elaborar o artigo científico de acor-
do com as normas de elaboração do
TCC;
• Entregar o artigo científico dentro
do prazo determinado pela coorde-
nação;
• Apresentar o TCC em data combina-
da com o(a) orientador(a).
6.9.3 Apresentação do TCC e
Relatório de Estágio
O(A) discente deverá apresentar o TCC em
data definida pela coordenação técnica e
alinhada com a coordenação pedagógica,
conforme cronograma. A apresentação
constituirá uma exposição oral de até 20
minutos na qual será feita uma síntese
do trabalho. A banca examinadora será
composta pelo(a) orientador(a), como
presidente e dois membros avaliadores
convidados, que poderá ser da própria
escola ou membro externo. A banca fará
a avaliação e cada examinador(a) deverá
receber um exemplar do trabalho em
formato PDF, no mínimo 15 (quinze) dias
antes da defesa pública. Na apreciação
do trabalho, cada examinador(a) em ses-
são secreta dará nota na escala de zero a
cem pontos, considerando os critérios de
avaliação. Será aprovado o trabalho de
conclusão de Curso que obtiver a média
final igual ou superior a 70 (setenta). Caso
o trabalho seja aprovado com alterações,
o(a) acadêmico(a) deverá efetuar as cor-
reções e entregá-las ao(à) responsável
pela disciplina, com declaração do(a) ori-
entador(a) de que as mesmas foram dev-
idamente realizadas, conforme crono-
grama. A versão final deverá ser entregue
no prazo estabelecido pela Coordenação
da área Técnica.
As orientações para a apresentação dos
relatórios de estágios da parceria via Es-
cola X Empresa são de responsabilidade
do(a) Coordenador(a) de área Técnica. As
instruções de apresentação são as mes-
mas citadas para TCC.
6.9.4 Documentação necessária
para defesa de Trabalho de
Conclusão de Curso e Relatórios
de Estágio
A coordenação de área Técnica deverá
emitir Declarações de participação para
os membros avaliadores da banca exam-
inadora dos TCC e dos Relatórios de está-
gio via Empresa X Escola e entregar após
a apresentação do trabalho do estu-
dante. O documento deverá ser assinado
 DIRETRIZES 2023

pelo(a) coordenador(a) e gestor(a), além 6.9.5 Propostas de modelo de

do carimbo da escola. O modelo será di- TCC para 2023
sponibilizado no site do Paraíba Educa:
https://pbeduca.see.pb.gov.br/. São propostas que devem ser inseridas
para todas as ofertas de cursos, entre elas:

1- MONOGRAFIA

2- ARTIGO CIENTÍFICO

81
 DIRETRIZES 2023
3- RELATO DE EXPERIÊNCIA
No corrente ano, vamos implantar a con-
strução de um trabalho de até 4 estu-
dantes que envolva o protagonismo ju-
venil e profissional dos(as) estudantes e
remeta ao fim do processo a execução do
TCC de uma forma coesa e aberta à comu-
nidade local.
E como será essa Inovação?
O(a) estudante terá a oportunidade de
criar produtos, realizar feiras, feiras tec-
nológicas, feira de robótica (a depender
do curso) produzir eventos específicos
na escola, oficinas voltadas para o eixo do
curso, fóruns e práticas experimentais. O
objetivo é realizar o aproveitamento dos
resultados dessas alternativas e reverter
em Trabalho de Conclusão de curso para
o(a) estudante através da elaboração de
um relato de experiência.
Como ocorre na prática?
Essa ação demandará 3 etapas, sendo a
primeira fase a escrita do projeto; a se-
gunda a execução e a terceira a escrita
do relato de experiência. Inicialmente,
o(a) orientador(a) deverá apresentar as
alternativas para os(as) estudantes e os-
(as) mesmo(as) escolhem a que mais se
encaixa em seu perfil. Se a escolha do(a)
estudante for o Fórum, por exemplo,
os(as) estudantes devem planejar essa
ação através de um projeto de TCC apre-
sentando Introdução, Desenvolvimen-
to e Conclusão, elencando como esta
ação será desenvolvida dentro da escola.
Posteriormente, o(a) orientador(a) jun-
tamente com os(as) estudantes executa
a ação para a comunidade local e esta
servirá como apresentação de seu TCC.
Após a fase, os(as) estudantes precisarão
entregar o relato de experiência com im-
agens, anexos (se necessário) e principal-
mente trazer o protagonismo profission-
al para o eixo central da sua formação.
O modelo de relato estará disponível no
site do Paraíba Educa.
Ressaltamos que essas etapas devem ser
cumpridas para qualquer alternativa es-
colhida acima.
 DIRETRIZES 2023

4- ARTIGO TECNOLÓGICO

6.9.6 Orientações Específicas de como orientador(a). Poderá ainda ter

TCC co-orientador(a) interno ou externo
à base técnica do curso, ou seja, da
Caso o(a) estudante opte pelo TCC, de- BNCC.
verá contar com as seguintes atribuições:
4. A carga horária de 20 horas semanais
para o cumprimento do Trabalho de
1. A monografia, artigo tecnológico e ar-
Conclusão de Curso é para o(a) es-
tigo científico deverão ser elaborados
tudante. Para a carga horária de ori-
individualmente pelo(a) estudante,
entação do(a) professor(a), não se
com o número mínimo de 6 páginas
atribui carga horária específica den-
e máximo de 12 páginas.
tro de seu quadro.
2. Caso o(a) estudante escolha o relato
5. Para fins de registro de frequência,
de experiência, este deve seguir as
aulas e notas no Sistema E- SABER,
orientações mencionadas no tópico
é atribuída a Carga Horária de 1h se-
6.6.12.
manal ao(à) Coordenador(a) da Área
3. Cada discente deverá escolher um(a) Técnica.
professor(a) da Base Técnica do curso
6. As orientações para o Trabalho de 83
DIRETRIZES 2023
Conclusão de Curso dos cursos
técnicos vinculados às Escolas Ci-
dadãs Integrais Técnicas do Estado
da Paraíba devem ser de responsab-
ilidade, prioritariamente, dos(as) pro-
fessores(as) técnicos(as) vinculados
à escola, podendo ser incluído, caso
haja necessidade e disponibilidade,
dos(as) professores(as) da Base Na-
cional Comum Curricular.
6.9.7 Carga horária
dos(as) Professores(as)
Orientadores(as)
No segundo semestre deste ano, será
disponibilizada uma cartilha norteadora
no site do Paraíba Educa Paraíba Educa
referente à distribuição da carga horária
dos(as) professores(as) orientadores(as)
dos Trabalhos de Conclusão de curso.
6.9.8 Estágios Curriculares
Os cursos técnicos das ECITs ofere-
cem em sua grade curricular a opção
do(a) estudante realizar um estágio não
obrigatório ou de elaborar um TCC. O
objetivo do estágio é proporcionar uma
experiência em que o(a) jovem possa co-
locar em prática o que aprendeu durante
a sua formação, podendo conseguir, as-
sim, um diferencial para entrar no merca-
do de trabalho.
Aqueles(as) que se decidem por fazer um
estágio têm duas vias para tal: através do
Programa Estadual Primeira Chance ou
através do Convênio Empresa x Escola.
Para ambos os meios, deve ser segui-
do o que preconiza a Lei do Estágio (Lei
11.788/2008), ressaltando-se o oferec-
imento de estágios dentro da área de
formação do estudante. Para auxiliar
nesta identificação, sugere-se consultar
o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos
(CNCT), disponível em Catálogo Nacion-
al de Cursos Técnicos.
6.9.9 Orientações específicas
sobre Estágios
Dentro do cenário da educação profis-
sional, o estágio pode ser considerado
uma das etapas mais importantes de
um curso técnico, visto que sua função
na consolidação de competências e ha-
bilidades desenvolvidas pelo estudante
apresenta alta relevância.
Os estágios devem ser observados sob a
perspectiva da Lei Federal 11.788 de 25 de
setembro de 2008, além da matriz curric-
ular de cada curso técnico ofertado pela
instituição. A lei supracitada apresenta a
distinção entre estágios obrigatórios e
estágios não obrigatórios. A saber:
Estágios obrigatórios: são os estágios cuja
carga horária é requisito para aprovação
e obtenção do diploma.

Estágios não obrigatórios: são compreen-
didos como atividades opcionais, acres-
cida à carga horária regular e obrigatória.
No modelo proposto pelas Escolas Ci-
dadãs Integrais Técnicas (ECITs) e Esco-
las Profissionalizantes Técnicas (EPTs) do
Estado da Paraíba, as matrizes curricu-
lares contemplam o estágio como não
obrigatório, uma vez que a prática é op-
cional. Para obtenção da certificação de
técnico, o estudante deverá realizar o
trabalho de conclusão de curso (TCC) ou
estágio.
Neste contexto, os estágios poderão
ocorrer através das seguintes opções:
1- Programa Estadual Primeira
Chance e 2 - Parceiras Empresa x
Escola
Convênio Empresa x Escola
O Convênio Empresa x Escola se dá at-
ravés da parceria entre a ECIT e as em-
presas que desejam oferecer vagas de
estágio na área do(s) curso(s) técnico(s)
disponibilizados na escola. A atribuição
dessa parceria é a da Coordenação de
área Técnica e a CAF.
Para que isso seja possível, a escola de-
verá realizar um mapeamento das em-
presas no setor produtivo do seu mu-
nicípio ou atender às que demonstrarem
interesse por conta própria. Identificadas
as empresas, a escola verificará a sua
idoneidade por meio da análise dos se-
DIRETRIZES 2023
guintes documentos:
• Cadastro Nacional da Pessoa Jurídi-
ca (CNPJ), disponível no endereço:
Emissão de Comprovante de In-
scrição e de Situação Cadastral
• Prova de regularidade para com a
Fazenda Federal (Certidão Negativa
de Débitos para com a Receita Fed-
eral), obtida no site: https://solucoes.
receita.fazenda.gov.br/Servicos/cer-
tidaointernet/PJ/Emitir
• Prova de regularidade para com a
Fazenda Estadual (Certidão Nega-
tiva de Débitos para com a Receita
Estadual), obtida no site: Emissão de
Certidão de Débitos - CND - SER/PB
• Prova de regularidade para com a
Fazenda Municipal do domicílio ou
sede do licitante, obtido no site ou
na Prefeitura Municipal da Cidade.
• Prova de regularidade relativa à Se-
guridade Social e ao Fundo de Ga-
rantia por Tempo de Serviço (FGTS),
demonstrando situação regular no
cumprimento dos encargos sociais
instituídos por lei. (Redação dada
pela Lei Federal no 8.883, de 1994),
obtida no site: Consulta Regulari-
dade do Empregador
• Prova de inexistência de débitos
inadimplidos perante a Justiça do
Trabalho, mediante a apresentação
de certidão negativa, nos termos 85
DIRETRIZES 2023
do Título VII- A da Consolidação das
Leis do Trabalho, aprovada pelo De-
creto-Lei n° 5.452, de 1° de maio de
1943 (Incluído pela Lei no 12.440, de
2011), obtida no site: Certidão Nega-
tiva de Débitos Trabalhistas - TST
• Caso o(a) empresário(a) seja Micro-
empreendedor(a) Individual, será
solicitado o comprovante de MEI, di-
sponível no SITE: EMISSÃO DE COM-
PROVANTE (CCMEI) — Empresas &
Negócios
• Caso o(a) MEI não possua emprega-
dos, ele(a) deverá substituir a Prova
de regularidade relativa à Seguridade
Social e ao Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço (FGTS), indicada no
item 4.2.5, pela Declaração de Aus-
ência de Fato Gerador para Recolhi-
mento de FGTS, SEM MOVIMENTO,
gerado por meio do SEFIP, código
115, para ausência de fato gerador
de FGTS e INSS, OU apresentação do
relatório Resumo das informações à
Previdência Social, constante do ar-
quivo SEFIP, por competência, para
a comunicação de ausência de fato
gerador de FGTS, com presença de
INSS – categorias 11 a 16, código 115,
Modalidade 1. Os relatórios deverão
estar acompanhados do Protocolo de
transmissão via Conectividade Social.
O mesmo procedimento é feito com
empresas que desejam receber estagiári-
os(as) por meio do edital do Primeira
Chance. As atribuições de estágios pela
1ª e 2ª via do Programa Primeira Chance
ficarão sob a responsabilidade do coor-
denador(a) de estágio da escola.
Estando a empresa regular, a escola
poderá firmar o convênio utilizando um
Termo de Convênio. A partir daí, é pos-
sível realizar a seleção dos(as) estudantes
que irão atuar em cada empresa.
De acordo com a Lei do Estágio (Lei
11.788/2008), por se tratar de um está-
gio não obrigatório, a empresa deverá,
obrigatoriamente, fornecer uma bolsa
no valor mínimo de R$350,00 (trezentos
e cinquenta reais), bem como o aux-
ílio-transporte e o seguro estágio contra
acidentes pessoais.
6.9.10 Informações sobre o
Programa Primeira Chance
O Programa Estadual Primeira Chance foi
instituído através da Lei Estadual 11.344
de 05 de junho de 2019 e atende estu-
dantes de todo o Estado. Dentre os seus
principais objetivos, o Programa visa
oferecer acesso a estágios e cursos para
estudantes da rede estadual do ensino
médio técnico, regular, EJA e egressos.
Além dos cursos e estágios, o Programa
desenvolve ações de acompanhamento
e mentoria com os(as) estudantes partic-
ipantes e contribui para a atualização do
currículo dos cursos técnicos mediante

interação com o setor produtivo.
Etapas de ingresso no estágio
Inscrições dos(as) estudantes
Para ser um(a) estagiário(a) do Programa
Estadual Primeira Chance, é necessário
realizar o cadastro no Banco de Talen-
tos, que é a base de dados através da
qual são selecionados(as) os(as) estu-
dantes que irão realizar atividades de
estágio em diferentes empresas e ter
a primeira experiência profissional at-
ravés do programa. Portanto, para esta
etapa é necessário possuir documentos
pessoais, tais como: RG, CPF, Currículo
Lattes, comprovante de residência, cer-
tificados de cursos, entre outros.
Classificação dos(as) estudantes
A classificação dos(as) estudantes
obedecerá às seguintes fases:
• ●Validação dos documentos no
banco de talentos;
• ● Análise de desempenho no
cursinho preparatório e habilidades
de Português e Matemática, a ser
mensurado em teste aplicado pelo
próprio programa;
• ●Análise de desempenho nas en-
trevistas junto às empresas, anal-
DIRETRIZES 2023
isando habilidades técnicas e socio-
emocionais e considerando a nota
de corte na fase anterior.
Início das atividades de estágio
Acontece após o trabalho realizado pelo
programa e as escolas para captar, inscre-
ver e validar as empresas de diferentes
setores produtivos. Logo, o início das
atividades de estágio está condicionado
ao vínculo dos estagiários classificados
junto à FAPESQ, órgão que financia as
bolsas e emite os Termos de Outorga e
Formulário do Bolsista. Como também, à
assinatura do Termo de Compromisso e
Plano de Atividades de Estágio entre os
entes envolvidos (Estagiário(a), Escola,
Empresa e Programa).
Informações gerais sobre as empre-
sas
• Eixos
• Carga horária semanal e total
• Feriados
• Auxílio transporte, Seguro Estágio e
supervisor local de estágio
• Competências e Habilidades
• Mentoria
87
DIRETRIZES 2023

INFORMAÇÕES PROGRAMA PRIMEIRA PARCERIAS EMPRESA

CHANCE X ESCOLAS
480h (carga horária total) 420h (carga horária total)
4h diárias 105 dias letivos (4h diárias /
CARGA HORÁRIA 120 dias 20h semanais)
20h semanais 84 dias letivos (5h diárias /
480h total 25h semanais)
6 (seis) meses 70 dias letivos (6h diárias /
Perspectiva de início: 3 de julho 30h semanais)
de 2023 Possibilidade de início: 1º dia
Perspectiva de encerramento: 3 do 3º bimestre.
de janeiro de 2024

Quando necessário, obrigatório, Deverá ser negociado com

AUXÍLIO em alinhamento ao edital. Valor
TRANSPORTE negociável, de acordo com a
realidade local e suficiente para
cobrir o trajeto de ida e volta
do(a) estudante.
Através da mentoria do
FORMAÇÃO programa. Acontece de forma
CONTINUADA quinzenal, com material
e formação ofertada pelo
programa, aplicada pelo
coordenador(a) de estágio.
DOCUMENTOS Termo de Compromisso
NECESSÁRIOS PAE (Plano de Atividades de
Estágio)
Termo de Outorga (FAPESQ)
Formulário do(a) Bolsista
Apólice de seguro estágio
a empresa, sempre em
conformidade com a lei e
suficiente para cobrir o trajeto
de ida e volta do(a) estudante.
Acompanhamento do
relatório de estágio e suporte
nas necessidades rotineiras
do(a) estudante.
Termo de Convênio (Escola x
Empresa)
Termo de Compromisso
PAE (Plano de Atividades de
Estágio)
Apólice de seguro estágio

SEGURO ESTÁGIO Obrigatória a contratação de seguro contra acidentes pessoais

por parte da empresa em valor compatível com os de mercado,
em alinhamento à Lei Federal 11.788 de 25 de setembro de 2008.
FERIADOS Nenhum(a) estagiário(a) poderá realizar atividades de estágio em
feriados municipais, estaduais ou federais;

6.10 Summer Job abordam temas atuais que auxiliarão os-

O Summer Job é um curso preparatório
para o mundo do mercado de trabalho
com duração de 3 meses, sendo estru-
turado em módulos com disciplinas que
(as) estudantes nesse novo desafio.
O curso acontece de forma remota com
aulas síncronas e assíncronas, sendo ofer-
tado pelo Programa Estadual Primeira

Chance e é uma oportunidade para os-
(as) estudantes que estão inscritos(as) no
Banco de Talentos, mas que não estão es-
tagiando ou recebendo bolsa por partici-
pação em outros projetos e programas. O
Summer Job oferece uma bolsa de R$500
BOLETIM ESCOLAR
CURSOS TÉCNICOS
O Boletim das ECIT’s precisam inserir as
disciplinas técnicas no mesmo docu-
mento. O boletim é o documento no qual
os(as) estudantes têm a oportunidade de
acompanhar seu desempenho durante
o ano letivo. A Escola Integral Técnica é
uma unidade integrada ao ensino médio.
Dessa forma, é obrigatória a inserção das
disciplinas e notas Bimestrais dos estu-
dantes neste documento.
7.1 Pontuação para
Avaliação Final
As avaliações finais da Área Técnica são
realizadas no final de cada ano letivo. É
necessário orientar os(as)estudantes a
partir do primeiro dia de aula sobre a im-
portância de dedicar-se aos componen-
tes curriculares e apresentar os prazos
que são realizadas as avaliações finais. A
área técnica tem uma tabela de pontos
para calcular a pontuação que o(a) estu-
dante precisará na avaliação final. Esse
DIRETRIZES 2023
paga pelo Governo do Estado por um
período de 3 meses a estudantes de Esco-
las Cidadãs Integrais Técnicas (ECIT) e Es-
colas Profissionalizantes Técnicas (EPT) de
diversos municípios do Estado que foram
aprovados no processo seletivo.
material será disponibilizado no site do
Paraíba Educa em momento oportuno.
7.2 Processo de certificação
das ECIT
A equipe gestora com apoio da Coor-
denação da Área Técnica deve se infor-
mar junto à Assessoria da sua respectiva
Gerência Regional de Ensino sobre o pro-
cesso de Renovação da Autorização de
Funcionamento do(s) Curso(s) Técnico(s)
da referida unidade de ensino.
Faz-se necessário providenciar toda doc-
umentação exigida no Art. 17 da Res-
olução no 340/2001 do CEE/PB – Con-
selho Estadual de Educação da Paraíba,
segundo consta na Resolução de nº
340/2001.
89
DIRETRIZES 2023
7.3 Histórico e certificado de
conclusão de cursos
As Gerências Regionais das escolas têm
os históricos e certificados a serem utiliza-
dos no corrente ano pelas Ecit. Apenas as
escolas que já tiveram seus cursos recon-
hecidos estão autorizados a emitir certifi-
cados de conclusão dos cursos técnicos
para os(as) estudantes concluintes. As
escolas que não tiveram o reconheci-
mento efetivado devem entregar uma
declaração da própria unidade escolar
para o(a) estudante, caso seja necessário.
7.4 Hospedagem de
material didático dos cursos
técnicos
O material didático referente aos Cur-
sos Técnicos será disponibilizado no site
do Paraíba Educa neste ano de 2023. O
objetivo é facilitar a comunicação entre
o núcleo técnico e as Escolas Técnicas.
Desta forma, matrizes, competências
e habilidades, documentos em forma
geral serão comunicados previamente
a sua construção para as escolas, mas a
hospedagem de todo material ocorrerá
via Paraíba Educa.
7.5 Transferência de Escola,
como proceder?
As informações inerentes à transferência
de unidades escolares deverão ser checa-
das pelas escolas através da Assessoria
Regional de Ensino. Faz-se necessária
a busca ativa por meio da Gerência Re-
gional de Ensino sobre vacância na es-
cola desejada e, caso haja interesse e
necessidade da unidade escolar recep-
tora, o caso pode ser avaliado e assim
a assessoria Regional de Ensino tomará
as providências cabíveis quanto à ori-
entação da documentação necessária
(ofício e requerimento) dentro do pra-
zo estabelecido pela Secretaria de Edu-
cação.
7.6 Contratação de
Professores(as) Técnicos(as)
Os(As) professores(as) técnicos(as) são
vinculados às disciplinas técnicas, medi-
ante a necessidade de cada escola. An-
ualmente, a gestão escolar deve elaborar
o planejamento para o cumprimento das
disciplinas, sendo enviado o quadro para
as Gerências Regionais com a real neces-
sidade de ocupação. Os assuntos refer-
entes à contratação de professores(as)
são tratados junto às Gerências Regionais
de Ensino.

AÇÕES DOS
CURSOS TÉCNICOS
As ações complementares ao Ensino
Médio Técnico são propostas formais de
Ensino destinadas aos(às) estudantes de
cursos técnicos matriculados nas ECIT’s.
Se faz necessário validar as ações e boas
práticas que são realizadas e construídas
nas Escolas através do empenho dos(as)
professores(as) e, pensando nisso, troux-
emos esse ano as possibilidades de in-
serção de atividades extracurriculares
que já são executadas nas unidades de
ensino e que precisam ser disseminadas
e até publicadas na Revista de Educação
Profissional. É uma publicação que é re-
alizada trimestralmente e é uma opor-
tunidade de propagar e registrar o seu
trabalho na Rede Estadual de Ensino.
8.1 Feiras de Profissões
Sugerimos, a realização de Feiras de
Profissões nas Escolas.
Qual a finalidade?
É uma modalidade vinculada com o Pro-
jeto de Vida dos(as) estudantes matric-
ulados(as) na escola e pode contar com
as parcerias existentes entre as empresas
e a escola, fortalecendo o setor produ-
tivo. Além disso, a escola pode realizar
parcerias com as Instituições ou Órgãos
Públicos da Cidade fortalecendo essa
conjuntura e aplicando possibilidades
DIRETRIZES 2023
na carreira profissional do(a) estudante.
Nesta ação podem estar inseridos(as)
vários(as) estudantes que desejam inclu-
sive executar a ação e escrever um relato
de experiência, expondo seus méritos e
alcançando vários objetivos. Vale ressal-
tar que as ações para a construção do
Trabalho de Conclusão de Curso podem
ser pensadas ao longo do ano e executa-
das quando possível durante o ano letivo.
8.2 Palestras
Sugerimos, que, os(as) coordenadores(as)
de área técnica, com o apoio da equipe
escolar, promovam atividades extra sala
para os estudantes.Apresentações de
cunho profissional são enriquecedoras
para a formação dos(as) estudantes.. Para
as escolas que têm internet, as palestras
podem ocorrer de forma síncrona para
o(a) palestrante, e a transmissão pode ser
realizada através das Tvs em suas respec-
tivas salas de aula. As escolas que não
possuem internet em suas salas de aula
podem convidar profissionais da área a
qual o curso está vinculado que resid-
am na cidade em que a escola é lotada e
agregar informações e a troca de saberes
com os(as) estudantes. Essa é uma práti-
ca exitosa e bastante utilizada nas esco-
las da Rede Estadual de Ensino. Como
sugestão, os(as) estudantes concluintes
91
DIRETRIZES 2023
podem usar dessa ferramenta para via-
bilizar um ciclo de palestras na escola e
assim conseguir realizar uma ação para a
escola e em consequência construir seu
Trabalho de Conclusão de Curso. Lem-
bre-se de emitir declaração para o(a) pal-
estrante e para os(as) estudantes partici-
pantes. Essa é uma maneira de valorizar
e reconhecer o trabalho compartilhado.
8.3 Fóruns
Os(as) estudantes podem aderir Fóruns
de debate na escola com temas profis-
sionais que envolvam o curso técnico
ofertado na escola. Um fórum permite
interação entre os(as) participantes, por
meio de debates ou simples perguntas
e respostas, em torno de temas específ-
icos. Essa sugestão é válida para os(as)
estudantes discutirem temas atuais en-
volvendo o que é visto em sala de aula.
Dessa forma, reforçando a integração
curricular.
8.4 Visita técnica
Aconselhamos, a realização de parceria
com órgãos públicos e viabilização de
visitas técnicas no Setor Produtivo local.
As Escolas Integrais Técnicas estão situ-
adas em setores de produção e que, na
maioria das vezes, têm semelhança com
o eixo do curso ofertado. Caso seja viável,
essas visitas técnicas serão uma opor-
tunidade grandiosa para os estudantes
de cada ação promovida pela escola. Na
maioria das vezes, não se faz necessário
visitar locais afastados e que precise de
transporte. Em algumas situações, é pos-
sível realizar parcerias que viabilizem o
transporte público para as ações fora dos
muros da escola.
8.5 Exposição de Maquetes
Interativas
Sugerimos ,a exposição de maquetes in-
terativas na comunidade escolar é uma
ação exitosa e pode ser executada du-
rante o horário das aulas. Os materiais
de papelaria devem ser adquiridos com
o recurso do PDDETEC . O(a) professor(a)
pode dividir vários temas da sua discipli-
na e solicitar que os(as) estudantes culm-
inem seus materiais em uma Exposição
Profissional na Escola. Esse momento
poderá ser aberto à comunidade local
fortalecendo o protagonismo juvenil e
profissional dos(as) estudantes.
8.6 Oficinas em Parceria com
Setor Produtivo
As escolas podem promover a discussão
em sala de aula sobre ideações e imersões
das equipes na construção de Oficinas
para a comunidade. Se o curso ofertado
for em Gastronomia, por exemplo, o(a)
docente pode apresentar dicas de servir,
de preparo etc. Se for em Agroindústria,
pode convidar a comunidade local para
produzir uma receita de um doce da fru-
ta da época da região, por exemplo. É
um momento de compartilhar saberes
e agregar valor às boas práticas que são
construídas dia a dia na escola.
 DIRETRIZES 2023

OPERACIONALIZAÇÕES E
PARTE ADMINISTRATIVA

9.1 Equipe administrativa e órgãos responsáveis.

Apoio administrativo
Acerca da equipe administrativa, as 302
escolas cidadãs integrais e cidadãs in-
tegrais técnicas são formadas com pes-
soas terceirizadas (inspetores, Auxiliar
de Serviços Gerais, Auxiliar de Secretaria,
Merendeiras etc), técnicos estaduais e
secretários, que buscam prestar serviços
administrativos envolvendo: confecção
de documentos, realização de matrículas,
suporte e atividades de rotinas adminis-
trativas e operacionais. As equipes estão
diretamente ligadas aos CAFs onde bus-
ca, através da sua obrigação inerente, a
sua função da celeridade nos processos
dentro das escolas.
9.2 Infraestrutura
A infraestrutura das escolas integrais
são de ordem de uma equipe de ma-
nutenção e suporte da SEE, bem como
se houve a necessidade de reforma, con-
strução e ampliação sendo direcionada
a SUPLAN/PB. A análise da necessidade
reforma, construção e ampliação em es-
colas cidadãs integrais e escolas cidadãs
integrais técnica será feita conforme in-
formações colhidas junto às escolas e
Na questão da análise a ser feita entre a
Gerência Executiva de Educação Integral,
será pontuado como estão o estado e
o ambiente da escola que necessite de
reforma, construção e ampliação, levan-
do em consideração a real necessidade.
9.3 Recurso financeiro
9.3.1 Recurso EMTI
Os recursos transferidos para apoio ao
EMTI devem ser utilizados pelas Secre-
tarias Estaduais e Distrital de Educação,
exclusivamente em despesas, destinado
à manutenção e ao desenvolvimento do
ensino nas escolas participantes e vincu-
ladas ao Programa de Fomento ao Ensi-
no Médio em Tempo Integral. Conforme
a Lei nº 13.415/2017 e a Resolução FNDE
nº 7/2016, os recursos do EMTI devem
ser utilizados com despesas de capital e
custeio, sejam elas: serviços, aquisição de
materiais e equipamentos, obras e ma-
nutenção do ensino médio integral par-
ticipantes (incisos I, II, III, V e VIII) do art.
70 da LDB). 93
DIRETRIZES 2023
9.3.2 Alimentação - Gás
A lei 11.947/2009 instituiu o Programa
Nacional de Alimentação Escolar – PNAE,
sendo este um programa que vai além da
transferência direta, pelo Governo Feder-
al, por intermédio do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação à Secretar-
ia de Estado da Educação da Paraíba – SEE
- PB, mas também institui a necessidade de
procedimentos de segurança alimentar e
nutricional para uma melhor aplicação da
merenda escolar da rede estadual de ensi-
no.
O Governo do Estado entra como contra-
partida, para o auxílio na manutenção da
alimentação, o Programa de Auxílio à Ali-
mentação Escolar – PAAE/PB, que consiste
na transferência direta, pela Secretaria de
Estado da Educação da Paraíba – SEE-PB,
de recursos financeiros aos Conselhos Es-
colares para custear despesas com a aqui-
sição do Alimentação Escolar, necessários
para o fornecimento de almoço e mais um
lanche para a Educação integral rede es-
tadual de ensino.
O decreto estadual nº 39.303/2019 insti-
tuiu o Programa de Auxílio Gás nas Escolas
– PROGÁS/PB consiste na transferência di-
reta, pela Secretaria de Estado da Educação
da Paraíba – SEE-PB, de recursos financeiros
aos Conselhos Escolares para custear des-
pesas com a aquisição do gás de cozinha,
necessários para a preparação da alimen-
tação escolar da rede estadual de ensino.
9.3.3 PDDE
O Programa Dinheiro Direto na Escola –
PDDE, sendo este recurso federal, recebi-
do pelas entidades, atualmente é regido
pela Resolução CD/FNDE/MEC nº 15, de
16 de setembro de 2021. O PDDE possui
caráter suplementar e consiste na desti-
nação anual de recursos financeiros re-
passados às entidades participantes, cu-
jas finalidades consistem em contribuir
para a promoção de melhorias em sua
infraestrutura física e pedagógica; e o
incentivo da autogestão escolar e do ex-
ercício da cidadania, com a participação
da comunidade no controle social. Há
diversas modalidades de PDDE Federal:
Básico, Qualidade, Estrutura e Educação
e Família etc.
Em relação ao PDDE Estadual, temos o
PDDE - PB, que visa auxiliar nas despesas
das escolas integrais no tocante ao gas-
to com materiais de custeio: Material de
expediente e Material de Higienização.
Outro recurso, sendo este, envolvendo
as escolas cidadãs técnicas, é o PDDE-
TEC, voltado à aquisição de materiais de
custeio e capital voltado ao curso que a
escola oferta.
9.3.4 Transporte escolar
Instituído pelo decreto estadual nº
39.052/2019, o Programa Estadual de
Transporte Escolar – PTE/PB consiste na

transferência direta, pela Secretaria de
Estado da Educação da Paraíba – SEE-PB,
de recursos financeiros aos Municípios
para custear despesas com o transporte
escolar dos(as) alunos(as) da rede estad-
ual de ensino, residentes em zona rural,
sem necessidade de convênio ou outro
instrumento congênere.
9.4 PDDETEC
Em 2018, o Governo Estadual da Paraíba
instituiu o PDDETEC por meio do decreto
nº 38.072 de 07 de fevereiro de 2018 e
pela portaria nº1021 de 30 de julho de
2018.
Qual o objetivo do Programa?
Transferir recursos financeiros auxilia-
res para as Escolas Técnicas da Rede Es-
tadual de Ensino adquirem insumos e
equipamentos que contribuam para o
crescimento, desenvolvimento e apren-
dizagem dos(as) estudantes.
Como solicitar o recurso?
Os recursos financeiros são liberados
para as EPT, ECIT. É enviado para os(as)
gestores(as) um plano de trabalho, no
qual os(as) mesmos(as) preenchem jun-
tamente com o(a) coordenador(a) de
área técnica para serem solicitados os
materiais necessários para o andamento
do curso técnico. Este plano é assinado e
DIRETRIZES 2023
validado pelo Trio Gestor, o(a) presiden-
te do conselho e o(a) coordenador(a) da
área técnica. Além desse plano, devem
ser entregues o ofício de pedido de so-
licitação do recurso e ata da reunião do
conselho escolar.
O que podemos comprar?
O art 6º apresenta o que pode ser com-
prado com o recurso do PDDETEC:
1. Material de expediente;
2. Material de apoio ao ensino;
3. Materiais de consumo para eventos
técnicos;
4. Material de infraestrutura para o En-
sino Técnico Mobiliário.
O que não podemos comprar com
esse recurso?
1. Pagamento pessoal;
2. Equipamento de grande porte;
3. Transporte.
ATENÇÃO: O Recurso é dividido em 70%
Custeio e 30% capital. E o cálculo deve
ser realizado através do valor por aluno
do Eixo Tecnológico multiplicado pelo
quantitativo de estudantes por CURSO.
Se a escola oferece 2 ou 3 cursos, deverá
realizar o cálculo para saber o valor que
pode ser utilizado para cada oferta.Será 95
DIRETRIZES 2023
disponibilizado mais informações na
cartilha informativa.
Mais informações quanto
ao PDDETEC?
A escola poderá procurar os(as) asses-
sores(as) regionais para retirada de dúvi-
da quanto ao que pode comprar, os
prazos estabelecidos para prestação de
conta, bem como ter acesso ao plano de
trabalho. Além disso, será disponibilizada
no site do Paraíba Educa a cartilha infor-
mando os detalhes para a aquisição dos
insumos para as escolas.
9.5 Funcionamento e
Operacionalização das
Escolas Cidadãs Integrais
Sobre a operacionalização e o funcio-
namento da parte administrativa das
ECI, ECIT, ECIS e ECII, seguimos o Art. 5º
da Lei Nº 11.100, de 06 de abril de 2018
que preconiza o seguinte: Os(as) Profes-
sores(as), Coordenadores(as) Pedagógi-
cos(as), Coordenadores(as) Administrati-
vo-Financeiro(a) e Diretor(a) das Escolas
Cidadãs Integrais, Escolas Cidadãs Inte-
grais Técnicas e Escolas Cidadãs Integrais
Socioeducativas terão carga horária de
40 (quarenta) horas semanais, diurnas,
cumpridas, obrigatoriamente, na ECI,
ECIT ou ECIS, em que estiverem lotados,
sob o Regime de Dedicação Docente In-
tegral - RDDI, salvo os(as) professores(as)
que porventura vierem a ser contratados
em regime especial para lecionar as dis-
ciplinas técnicas profissionalizantes nas
Escolas Cidadãs Integrais Técnicas.
Acerca do questionamento frequente
sobre qual a carga horária de trabalho
dos(as) profissionais contratados(as) para
lecionar as disciplinas técnicas profission-
alizantes nas Escolas Cidadãs Integrais
Técnicas em regime especial, seguem as
orientações:
Estes professores(as) são aqueles(as)
contratados(as) para exercer 30 horas
semanais (T-30) de carga horária, cuja
distribuição se dá, da seguinte maneira:
IV. 20h (vinte horas) de sala de aula;
V. 10h de Planejamento, sendo 5 horas/
aula no dia da reunião de Fluxo na
Escola + 5 horas de EPA (Estudos,
Planejamento e Atendimento).
Esses(as) profissionais são contratados(as)
para ministrar aulas dos componentes
da Formação Geral Básica, Componentes
Profissionais e orientar os(as) estudantes
para o Trabalho de Conclusão de Curso.
Caso este(a) professor(a) fique com carga
horária excedente, ele poderá atuar nas
disciplinas diversificadas.
2.13.1 Carga Horária dos Professores(as)
lotados na Escola Integral
 DIRETRIZES 2023

Os(As) professores(as) das Escolas Ci-

dadãs Integrais, Escolas Cidadãs Integrais
Técnicas e Escolas Cidadãs Integrais So-
cioeducativas terão sua carga horária di-
vidida da seguinte forma:

I – 28 (vinte e oito) horas semanais em

sala de aula, inclusive em atividades mul-
tidisciplinares;
II – 12 (doze) horas semanais dedicadas
a Estudos, Planejamento e Atendimen-
to – EPA, a serem realizadas no ambiente
escolar ou em atividades pedagógi-
cas propostas pela escola em ambien-
tes didáticos planejados, estando dis-
poníveis para além do exercício de suas
atividades.

9.6 Carga horária dos

Professores com duas
matrículas na ECI/ECIT
Nas Escolas Cidadãs Integrais, para os-
(as) professores que apresentam duas
matrículas ativas na unidade, a dis-
tribuição da carga horária é a mesma cit-
ada no tópico 2.13.1.

A diferença para esta situação é que :

Os(as)professores(as) não têm direito a
receber a gratificação da Bolsa Cidadã
Integral, cedida para os(as) docentes das
Escolas Cidadãs Integrais.

97
DIRETRIZES 2023
ROTINAS DE GESTÃO
As rotinas de gestão apresentadas aqui
têm como objetivo guiar os(as) agen-
tes escolares sobre as ferramentas de
acepção do Modelo de Escola Cidadã im-
plantada no estado da Paraíba. Trata-se
de um guia para a implementação dos
instrumentos de Tecnologia de Gestão
Educacional - TGE, presentes no modelo.
Recomendamos um estudo aprofunda-
do sobre a Macroestrutura das Escolas
Cidadãs presente na próxima seção. O
seu entendimento é fundamental para
a compreensão do Modelo, baseado no
acompanhamento dos resultados.
Destarte, passamos para a seção que de-
screve algumas funções dos elementos
que formam a escola. Na sequência, tere-
mos a descrição do monitoramento e do
planejamento, elementos presentes em
todos os processos do modelo. Encon-
tramos, também, a descrição do mod-
elo de gestão democrática da escola. Ao
longo do texto, encontramos a descrição
de ferramentas auxiliares para a real-
ização das tarefas cotidianas inerentes às
funções dos agentes cidadãos (Plano de
Ação Escolar, Programas de Ação, Guias
de Aprendizagem e Planos de Aula).
10.1. MACROESTRUTURA
Na Educação Cidadã, utilizamos um in-
 DIRETRIZES 2023

strumento de TGE denominado de “Mac- tação. Para favorecer esse entendimento,

roestrutura”. Essa ferramenta tem como
função demonstrar claramente o fluxo
intencional do Princípio Gestão da Co-
municação. Trata-se de um instrumento
gráfico que deve estar à vista de toda
comunidade escolar4. Esse instrumento
é de extrema importância para o alinha-
mento pleno entre funções de cada el-
emento e para a garantia do monitora-
mento dos indicadores pactuados com
SEE, efetivando o movimento do Ciclo
Virtuoso. Por isso, é imprescindível que
toda a comunidade se aproprie dele e
participe ativamente de sua implemen-
vamos destrinchar um pouco sobre seu
desenho.
Inicialmente vamos dividir o diagrama
em três setores, vindo da direita para a
esquerda, que somados representam
toda a comunidade escolar: SEE, repre-
sentada diretamente pela GEEI e indire-
tamente por outros agentes internos e
externos; Escola, representada por todos
seus agentes do cotidiano; Comunidade,
que envolve os agentes externos, dire-
ta ou indiretamente envolvidos com a
aprendizagem dos estudantes.

4 Sendo aqui compreendida como o conjunto de elementos que de maneira direta 99

ou indireta afeta ou é afetado pelo processo educacional da instituição.
DIRETRIZES 2023
O fundamental aqui é entender o movi-
mento desse fluxo. Para tal, perceba que o
Ciclo Virtuoso é impulsionado pelo Siste-
ma de Comunicação, motriz do modelo
de gestão, a partir dos RESULTADOS alca-
nçados pelos(as) estudantes, cujo com-
parativo emerge das metas pactuadas
para garantir a eficiência e a eficácia do
modelo. Note que as setas partindo dos
resultados, movem-se ordenadamente
por todos os agentes e culminam nos(as)
estudantes. Forma-se, então, um elo en-
tre SEE, escola e comunidade, cujo obje-
tivo é desenvolver o(a) estudante e seu
PROJETO DE VIDA, centralidade do nosso
modelo pedagógico e de gestão.
Agora vamos entender um pouco mais
sobre o direcionamento das setas e
como acontece a comunicação entre os
elementos presentes no diagrama.
O primeiro passo para o entendimento é
introduzirmos a palavra-chave MONITO-
RAMENTO para o centro de nossa rotina.
O monitoramento de todas as ações é
uma constante do modus operandi das
Cidadãs e deve ser realizado por TODOS
os agentes da comunidade escolar, con-
siderando cada um e cada uma como
especialista de sua função, e que com-
preende seu papel no todo.
Então, como monitorar esses resultados?
Perceba que na base da Macroestrutura
encontramos os resultados seguidos de
três palavras:
• ACOMPANHAMENTO, que con-
siste na coleta e tratamento de
dados;
• AVALIAÇÃO, que trata da transfor-
mação dos dados em informação;
• REVISÃO, que transforma infor-
mação em conhecimento, consti-
tuindo assim uma Comunidade de
Aprendizagem5.
Vamos agora tomar o sentido das setas
seguindo da direita para esquerda.
A SEE, responsável pela criação e imple-
mentação das políticas públicas, monito-
ra TODA escola a partir dos resultados al-
cançados. Dentro da escola o(a) gestor(a)
é responsável por monitorar os resulta-
dos das premissas do modelo, garantin-
do o cumprimento dos objetivos. Além
disso, é responsável por disseminar o Cír-
culo Virtuoso por meio do que chama-
mos de Liderança Servidora6, identifican-
do as necessidades da equipe, buscando
ferramentas para auxiliar, motivando e
garantindo que todos se compreendam
também como gestores dentro da sua
área de atuação e repliquem a Liderança
Servidora.
Compreender que o espírito da Liderança
Servidora deve permear todas as áreas
dentro da escola permite que todos(as)
se articulem para garantir o alcance dos
resultados esperados, inferindo que o
cumprimento das metas só ocorre com
 DIRETRIZES 2023

a contribuição factual de cada um. Para transformam em informação, analisam,

tanto, a comunicação efetiva é primordi-
al. Por isso, a Macroestrutura precisa estar
exposta na escola de modo convidativo
e deve ser compreendida por toda a co-
munidade escolar. Também é primordial
que ela esteja preenchida com os dados
da escola e de seu pessoal no Plano de
Ação Escolar, para que não haja dúvidas
quanto aos respectivos alinhamentos e
atribuições da equipe.
A gestão escolar é formada por três
membros: Gestor(a), Coordenador(a) Ad-
ministrativo-Financeiro(a) (CAF), Coorde-
nador Pedagógico(a) (CP). O(A) gestor(a)
monitora a escola como um todo, garan-
tindo as premissas do modelo7, o(a) CAF
fornece dados das ações administrativas
e o(a) CP fica responsável pela parte ped-
agógica, juntos reúnem esses dados, os
avaliam e comunicam a comunidade es-
colar.
O ritual de a companhamento, avaliação
e revisão precisa ser realizado em todos
os processos para a garantia do sucesso
do modelo. O(A) CAF é líder da equipe
administrativa, e precisa exercer a função
de Liderança Servidora, que deve ser rep-
licada pelos(as) liderados(as), o(a) CP re-
aliza a mesma liderança com os(as) pro-
fessores(as) da parte diversificada e com
os(as) Coordenadores(as) de Área (CA)
e da Base Técnica, que fazem o mesmo
com os(a) professores(as) de sua área, que
fazem o mesmo dentro das disciplinas
ministradas… Todos estimulam os(as)
estudantes a seguirem o mesmo ritmo,
por meio dos clubes de protagonismo,
monitoria, liderança de turma, grêmio

5 Segundo Ruiz (2003), Comunidades de aprendizagem são grupos de indivíduos

autônomos e independentes que, com base em uma série de ideias e ideais com-
partilhados, são forçados por sua própria vontade a aprender e trabalhar juntos,
engajando-se e influenciando-se mutuamente em um processo de aprendiza-
gem. Neles, destacam-se três componentes: aprendizagem colaborativa, apren-
dizagem do(a) professor(a) e aprendizagem do(a) estudante. O elemento essencial
das comunidades de aprendizagem é a tendência de aprender trabalhando em
conjunto para melhorar a educação. Os(As) professores(as) estão empenhados em
trabalhar e aprender juntos, concentrando sua atividade coletiva na aprendiza-
gem dos(as) estudantes. Eles fornecem um espaço interativo que permite que os
professores(as) e seu conhecimento prático da sala de aula sejam conectados ao
cenário mais amplo do conhecimento profissional. Ser capaz de compartilhar a es-
pecialização dos diferentes membros, enfrentar problemas complexos, multiplicar
os recursos limitados, oferecer a possibilidade de aument

6 “O líder servidor é aquele que influencia pessoas a partir de uma autoridade con-
quistada pelo serviço e pela referência pessoal e profissional. Essa influência dire-
cionada para cumprir a missão da escola e conquistar sua visão de futuro pode (e
deve) ser exercida por toda a Equipe Escolar dentro do seu contexto de gestão”
(ICE, 2020). 101
7 Protagonismo; Formação continuada; Excelência em gestão; Corresponsabilidade;
Replicabilidade.
DIRETRIZES 2023
estudantil, estímulo à organização e real-
ização de atividades acadêmicas, esport-
ivas e culturais, projetos, participação de
programas da SEE, MEC, entre outros,
inclusive da iniciativa privada, parcerias
com instituições públicas e privadas, etc.,
sempre tendo como farol o desenvolvi-
mento do projeto de vida deles(as), por
meio do protagonismo juvenil.
A comunidade se comunica com a escola
por meio da participação ativa dos(as) re-
sponsáveis no acompanhamento do de-
sempenho dos(as) estudantes, por meio
de reuniões, de contato com profes-
sores(as), tutores(as), coordenadores(as)
pedagógicos(as), gestores(as), pessoal
de apoio, etc.; pelo acompanhamento
da destinação dos recursos da escola na
aquisição de bens e serviços, ou na aqui-
sição e controle de qualidade da mer-
enda escolar, etc., por meio dos(as) ge-
stores(as), CAFs, Conselhos Escolares (nos
quais têm representatividade); por meio
de parcerias público-privadas, entre out-
ras formas.
A escola necessita obrigatoriamente
apresentar os resultados dos(as) estu-
dantes à comunidade, desde o desem-
penho acadêmico, o desenvolvimento
das atividades dos clubes de protagonis-
mo, das disciplinas, da execução de pro-
jetos, etc., e buscar parcerias com a so-
ciedade que construam um ambiente de
aprendizagem para a vida.
A escola precisa pensar em projetos que
extrapolem as fronteiras de seus mur-
os e sirvam à sociedade, demonstrando
que ela é uma ferramenta social transfor-
madora, e que os jovens são detentores
desse poder de transformação.
É necessário que, continuamente, acon-
teçam momentos formativos sobre a
Macroestrutura escolar e sobre as Dire-
trizes Operacionais em todos os ambi-
entes escolares, garantindo que todos os
profissionais, Líderes e familiares possam
compreender o seu funcionamento. O
bom andamento dos trabalhos é primor-
dial para o serviço público e para a oferta
de uma educação de qualidade. Sendo
assim, a Gestão deve focar no alinham-
ento das demandas com toda a comu-
nidade escolar, utilizando como “mantra”,
que a TGE serve ao pedagógico.

10.1.1 Macroestrutura das ECI Socioeducativas
10.2 Atribuições
A Paraíba possui uma lei responsável pela
criação e regulamentação do Programa
de Educação Integral na rede estadual
de ensino formada por três segmentos:
Escolas Cidadãs Integrais, as ECI, Escolas
Cidadãs Integrais Técnicas, as ECIT e Es-
colas Cidadãs Integrais Socioeducativas,
as ECIS, essa é a lei Nº 11.100, de 06 de
abril de 2018.
Ela também institui o Regime de Ded-
DIRETRIZES 2023
icação Docente Integral – RDDI, que in-
dica que os professores e as professoras
dessas instituições possuem a obrigato-
riedade de cumprir 40 horas semanais de
dedicação ao modelo, desempenhando
as atribuições a eles e a elas conferidas.
Além disso, ela ainda define um mod-
elo de governança formado por um trio
gestor, que é composto por diretor(a),
coordenador(a) administrativo-finan-
ceiro(a) e coordenador(a) pedagógico(a),
e também por coordenadores(as) das
103
DIRETRIZES 2023

áreas de Matemática e Ciências da Natureza, Lin- semanalmente e que esses resultados

guagens e Ciências Humanas, além de coorde- sejam discutidos em todas as reuniões
nadores(as) da base técnica para ECITs. de fluxo.

A legislação também estabelece as funções e os A gestão administrativa e financeira é

papéis de cada um(a) desses(as) agentes, con- gerida pelo(a) CAF, que é responsável
forme pode ser observado na próxima seção. pelas compras de materiais didáticos,
merenda escolar, por tratar com dis-
tribuidores, liderar o pessoal de apoio.
10.2.1 Função e papel É importante frisar que o(a) gestor(a)
gerencia as atividades do(a) CAF, mas
Vamos pensar na gestão escolar como o “fluido” respeita sua autonomia para lidar com
que movimenta a TGE. Ela pode ser dividida em as situações que lhe cabe na rotina es-
três frentes: Gestão pedagógica; Gestão adminis- colar.
trativa; Gestão de comunidade. O(A) gestor(a) é
o(a) condutor(a) desse “fluido”. É um trabalho que Cabe ao(à) gestor(a) escolar incentivar
exige competência, eficácia, eficiência e muita a participação das famílias e atendê-las
dedicação. Ainda bem que esse não é um tra- quando necessário.
balho solitário, mas sim democrático. Para isso,
ele(a) conta com auxiliares diretos, o(a) CP e o(a) O(A) coordenador(a) de área ou da
CAF, conta também com toda a equipe, que por base técnica tem o papel de articu-
meio da Liderança Servidora também é gestora lar as propostas curriculares de forma
dentro de sua área. interdisciplinar, auxiliar os(as) profes-
sores(as) na criação dos programas
A liderança do(a) gestor(a) tem papel funda- de ação e das guias de aprendizagem
mental no desenvolvimento da Macroestrutura, articuladas com as diretrizes do mod-
é responsável por monitorar todas as políticas elo, promover a formação continua-
públicas para a escola, os indicadores e as metas da dos(as) professores(as) no modelo
pactuadas, garantir que missão, objetivos, metas, pedagógico e de gestão e nas diretriz-
indicadores, estratégias e ações estejam alinha- es operacionais da educação paraiba-
dos perante a equipe escolar. Promove parcerias na, incentivar e valorizar os trabalhos
entre a equipe, motiva, identifica e resolve prob- desenvolvidos na sua área, promover
lemas de forma democrática. atividades integradas com as demais
áreas etc.
A gestão pedagógica é gerida pelo(a) CP e ge-
renciada pelo(a) gestor(a). É fundamental que O papel do(a) professor(a) é de criar e
essa dupla monitore os indicadores pedagógicos oferecer condições que potencializem
a aprendizagem e o desenvolvimento

dos(as) estudantes, para que eles(as) as-
sumam o protagonismo no seu projeto
de vida, compreendendo o(a) estudante
como o centro de todo o processo de
ensino e aprendizagem, promovendo
a autonomia, a solidariedade e a com-
petência..
As responsabilidades específicas do
Trio Gestor, dos(as) Docentes e coorde-
nadores(as) de área das ECI, ECIT e ECIS,
em termos da lei Nº 11.100, estão conti-
das na sequência de quadros abaixo.
Responsabilidades específicas do(a)
Diretor(a)
São atribuições específicas do(a) Di-
retor(a) de ECI, ECIT ou ECIS, além de
bom desempenho nas atribuições
referentes ao respectivo cargo:
I. planejar, estabelecer e gerir as ativ-
idades destinadas a desenvolver o
conteúdo pedagógico, método
didático e gestão curricular e ad-
ministrativa próprias da escola;
II. articular, acompanhar e intervir na
elaboração, execução e avaliação
do Projeto Político-Pedagógico;
III. planejar, implantar, acompanhar
as ações e seus respectivos resul-
tados conforme o Plano de Ação
da unidade de ensino;
IV. coordenar, anualmente, a elab-
DIRETRIZES 2023
oração do Plano de Ação da uni-
dade de ensino, alinhado ao Plano
de Ação da Secretaria de estado
da Educação;
V. orientar a elaboração dos respec-
tivos Programas de Ação do(a)
Coordenador(a) Administrativo-Fi-
nanceiro(a), do Coordenador(a)
Pedagógico(a) e docentes, bem
como orientar a elaboração e o
cumprimento das rotinas dos(as)
demais servidores(as);
VI. gerir os recursos humanos, finan-
ceiros e materiais para a execução
do currículo escolar na integral-
idade da sua Base Nacional Co-
mum Curricular e Parte Diversifi-
cada, bem como das atividades de
tutoria, de protagonismo e todas
aquelas necessárias ao desenvolvi-
mento dos estudantes, consider-
ados o contexto social da respecti-
va unidade de ensino e respectivos
projetos de vida;
VII. estabelecer, junto ao(à) Coorde-
nador(a) Pedagógico(a), as es-
tratégias necessárias ao desen-
volvimento do protagonismo no
âmbito da unidade de ensino e no
universo dos(as) estudantes, entre
outras atividades escolares, inclu-
sive por meio de parcerias, subme-
tendo-as aos órgãos competentes;
VIII. orientar e acompanhar o desen-
volvimento das atividades do pes- 105
DIRETRIZES 2023
soal docente, técnico e adminis-
trativo da respectiva unidade de
ensino, acionando para isso os re-
cursos necessários e indicados;
IX. acompanhar e zelar pelo cumpri-
mento do Regime de Dedicação
Docente Integral – RDDI, de 40
(quarenta) horas semanais;
X. planejar e promover atividades e
ações voltadas ao esclarecimento
do modelo pedagógico da escola,
em consonância ao Projeto Políti-
co-Pedagógico, junto aos pais e re-
sponsáveis, com especial atenção
ao Projeto de Vida dos estudantes;
XI. acompanhar e avaliar a produção
didático-pedagógica dos(as) pro-
fessores(as), com vistas aos resulta-
dos esperados, alinhados ao Plano
de Ação da unidade de ensino;
XII. sistematizar e documentar as ex-
periências e as práticas educacio-
nais e de gestão específicas, com
objetivo de subsidiar a Secretaria
de Estado da Educação na ex-
pansão do Modelo de Escola Ci-
dadã;
XIII. atuar como agente difusor(a) e
multiplicador(a) das ações ped-
agógicas e de gestão, conforme os
parâmetros fixados pela Secretaria
de Estado da Educação;
XIV. acompanhar a execução dos tra-
balhos do(a) Coordenador(a) Ad-
ministrativo-Financeiro(a);
XV. deliberar, no âmbito de sua com-
petência, sobre casos omissos.
O(A) diretor(a) poderá delegar atribuições
ao(à) Coordenador(a) administrativo-fi-
nanceiro(a) de Escola. Os(As) demais
profissionais da escola estarão subordi-
nados ao(à) Diretor(a).
Responsabilidades específicas do(a)
Coordenador(a) Administrativo-Fi-
nanceiro(a)
São atribuições específicas do(a) Co-
ordenador(a) Administrativo-Finan-
ceiro(a) da ECI, ECIT ou ECIS, além do
bom desempenho das atribuições
inerentes ao ocupante do respectivo
posto de trabalho:
I. auxiliar o(a) Diretor(a) Escolar na
coordenação da elaboração do
Plano de Ação;
II. realizar planejamento, execução e
prestação de contas de verbas ad-
vindas do poder Executivo, junta-
mente aos conselhos responsáveis;
III. executar medidas de conservação
do imóvel da escola, suas insta-
lações, mobiliário e equipamentos;
IV. administrar os recursos humanos
e materiais da escola, zelando pelo
bom funcionamento da unidade
de ensino;

V. administrar conflitos no espaço
escolar;
VI. convocar reuniões ordinárias e
extraordinárias com o Conselho
Escolar e demais segmentos da
unidade de ensino;
VII. elaborar, anualmente, o seu Pro-
grama de Ação com os objetivos,
metas e resultados de apren-
dizagem a serem atingidos;
VIII. assumir a gestão escolar na
ausência do(a) Diretor(a), bem
como substituí-lo(a) nos casos
de impedimentos legais e tem-
porários, quando o(a) mesmo(a)
não se fizer presente. Parágrafo
único.
Responsabilidades específicas do(a)
Coordenador(a) Pedagógico(a)
São atribuições específicas do(a)
Coordenador(a) Pedagógico(a) das
ECI, ECIT e ECIS além do bom desem-
penho das atribuições inerentes ao
ocupante do respectivo posto de tra-
balho:
I. auxiliar o(a) gestor(a) da unidade
de ensino na execução do proje-
to político-pedagógico de acordo
com o Plano de Ação;
II. desenvolver o projeto pedagógi-
co de acordo com o currículo, os
DIRETRIZES 2023
programas de ação e os guias de
aprendizagem;
III. orientar as atividades dos(as) pro-
fessores(as) em horas de trabalho
pedagógico coletivo e individual,
assegurando a execução das suas
respectivas agendas de estudo;
IV. orientar os(as) professores(as) na
elaboração e monitorar a execução
dos guias de aprendizagem;
V. organizar as atividades de nature-
za interdisciplinar e multidisci-
plinar, de acordo com o plano de
ação;
VI. auxiliar na produção didático-ped-
agógica, em conjunto com os(as)
professores(as) da escola;
VII. avaliar e sistematizar a produção
didático-pedagógica;
VIII. coordenar o trabalho dos(as) coor-
denadores de área;
IX. auxiliar a gestão escolar no diálo-
go com a comunidade escolar,
pais/responsáveis e alunos(as)
mediante necessidade e demanda
existente;
X. apoiar o(a) Diretor(a) da unidade
de ensino nas atividades de difusão
e multiplicação do modelo ped-
agógico e de gestão pedagógica,
conforme os parâmetros fixados
pelos órgãos centrais da Secretar- 107
DIRETRIZES 2023
ia Estadual de Educação; organi-
zar, entre os membros do corpo
docente da respectiva unidade de
ensino, a realização das substitu-
ições dos(as) professores(as), em
áreas afins, nos seus impedimen-
tos legais e temporários, salvo nos
casos de licenças previstas em lei;
XI. elaborar, anualmente, o seu pro-
grama de ação com os objetivos,
metas e resultados de aprendiza-
gem a serem atingidos;
XII. responder pela direção da esco-
la, em caráter excepcional e so-
mente em termos operaciona-
is, em ocasional ausência do(a)
Diretor(a) e/ou Coordenador(a)
Administrativo-Financeiro(a).
Responsabilidades específicas
dos(as) Docentes(as)
São atribuições específicas do(a) pro-
fessor(a) da ECI, ECIT e ECIS a serem
exercidas com carga horária integra-
da, além do bom desempenho das
atribuições inerentes ao respectivo
cargo ou função:
I. desenvolver e implementar anual-
mente o seu Programa de Ação
com os objetivos, metas e resul-
tados de aprendizagem que se
pretende atingir, ajustando perio-
dicamente de acordo com a ne-
cessidade;
II. planejar e executar seu papel ped-
agógico de forma colaborativa e
cooperativa, objetivando o cum-
primento do plano de ação da ECI,
ECIT e ECIS;
III. planejar, desenvolver e atuar na
parte diversificada do currículo vi-
gente;
IV. incentivar e oferecer apoio para as
atividades de protagonismo juve-
nil;
V. realizar, em caráter irrevogável, a
totalidade das 40 (quarenta) horas
semanais de trabalho pedagógico
coletivo e individual no ambiente
da ECI, ECIT e ECIS onde está lota-
do;
VI. atuar em atividades de tutoria
aos(às) estudantes;
VII. participar, obrigatoriamente, das
orientações técnico-pedagógicas
relativas à sua atuação na escola
e dos cursos de formação contin-
uada ofertados pela Secretaria de
Estado da Educação ou entidades
por ela apontadas para esse fim;
VIII. auxiliar, a critério do(a) Diretor(a) e
conforme diretrizes da Secretaria
de Estado da Educação, nas ativi-
dades de orientação técnico-ped-
agógicas desenvolvidas no âmbito
da escola;

IX. elaborar guias de aprendizagem,
sob a orientação do(a) Coorde-
nador(a) Pedagógico(a) e Coorde-
nador(a) de área;
X. produzir material didático-ped-
agógico em sua área de atuação
e na conformidade do modelo
pedagógico próprio das ECI, ECIT
e ECIS;
XI. substituir, na própria área de con-
hecimento, ou fora dela, sempre
que necessário, os(as) profes-
sores(as) da escola em suas ausên-
cias e impedimentos legais;
XII. participar do planejamento de
área, que ocorrerá em dia determi-
nando por diretriz da Secretaria de
Estado da Educação;
XIII. assumir a Coordenação de Área
quando houver compatibilidade
de carga horária, de acordo com
recomendação do(a) Coorde-
nador(a) Pedagógico(a).
Responsabilidades específicas
dos(as) coordenadores(as) de área
O(A) professor(a), ao assumir a função
de coordenador(a) de área, deverá
atender às seguintes atribuições:
I. elaborar e executar o seu Programa
de Ação com os objetivos, metas e
resultados a serem atingidos;
DIRETRIZES 2023
II. orientar e acompanhar os(as) pro-
fessores(as) de sua área na elab-
oração dos Programas de Ação e
dos Guias de Aprendizagem;
III. executar, como etapas contínuas
do trabalho pedagógico, o plane-
jamento, a execução, a checagem
e a avaliação das ações previstas
no Programa de Ação, sensibili-
zando e envolvendo todos os seg-
mentos da comunidade escolar;
IV. orientar as atividades dos(as) pro-
fessores(as) em horas de trabalho
pedagógico coletivo e individual;
V. organizar as atividades de nature-
za interdisciplinar de acordo com
o Plano de Ação da Escola;
VI. participar da reunião semanal com
o(a) Coordenador(a) Pedagógi-
co(a) para a avaliação do trabalho
com professores(as) das áreas de
conhecimento e discutir ativi-
dades de natureza interdisciplinar;
VII. organizar, juntamente com o(a)
Coordenador(a) Pedagógico(a), a
agenda de planejamento/estudo
semanal com os(as) professores(as),
por área de conhecimento;
VIII. elaborar e desenvolver atividades
de estudo destinadas às reuniões
das áreas de conhecimento;
IX. elaborar, juntamente com o(a) Co-
109
ordenador(a) Pedagógico(a), os
DIRETRIZES 2023
horários das aulas dos(as) profes-
sores(as), das atividades curricu-
lares e das avaliações;
X. garantir o cumprimento da Agen-
da Bimestral da escola;
XI. garantir o cumprimento da carga
horária estabelecida pela Secretar-
ia Estadual de Educação;
XII. elaborar o cronograma de atendi-
mento e realização das práticas nos
Laboratórios de Informática, Biolo-
gia e Química, Física e Matemática.
10.3 Monitoramento
10.3.1 Indicadores e Metas
Os indicadores servem para medir os
resultados educacionais, com base nas
metas planejadas e pactuadas8, contidas
no Plano de Ação da Escola, oriundas do
Plano de Ação da GEEI. É função de TO-
DOS(AS) os agentes monitorar esses in-
dicadores, cada um dentro de sua área e
o(a) gestor(a) monitorar os resultados da
escola como um todo.
Temos seis premissas que OBRIGATOR-
8 O termo “pactuada” é usado porque trata de análises conjuntas entre os membros
da equipe escolar e entre escola, regionais e SEE.
IAMENTE devem estar no farol de mon-
itoramento: Protagonismo, Formação
Continuada, Educação Profissional e In-
ovação (prioritariamente em ECIT), Ex-
celência em Gestão, Corresponsabilidade
e Replicabilidade. Cada uma delas possui
um conjunto de indicadores e metas que
servem de guia para os(as) profission-
ais na elaboração de seus Programas de
Ação e servem como base de monito-
ramento para a Secretaria de Estado da
Educação.
A regra de entendimento é bem simples,
toda a equipe analisa o Plano de Ação
Escolar, cada membro identifica quais in-
dicadores poderá dar uma contribuição
mais efetiva, traça estratégias de como
pode ajudar a alcançar a meta, registra
nos instrumentos de monitoramento e
MONITORA.
CADA UM É LÍDER E ESPECIALISTA NA
SUA ÁREA! Lembre-se sempre que é as-
sim que temos, na prática, a democra-
tização da gestão.
Numa Escola Cidadã deve ser garan-
tido aos(às) estudantes que estejam
presentes, permanentes, motivados e
conscientes; a equipe escolar deve es-
tar alinhada, preparada, comprometida
e motivada; a comunidade envolvida e
corresponsável; os parceiros participati-
vos e; a Secretaria de Estado da Educação

apoiadora, presente e atuante no planejamento, execução, avaliação e revisão dos seus
processos e procedimentos.
ATORES
Estudantes
Equipe escolar
Comunidade
Parceiros
Secretaria de Estado da Educação
Perceba que toda a comunidade escolar
é corresponsável por esse fluxo, e que os
resultados são o que o movimenta, por
isso, é função de todos realizar o moni-
toramento, onde o gesto(a) é o(a) “mae-
stro(a)” que rege essa sinfonia, e para
10.3.2 Ciclo de
Acompanhamento formativo
A SEE monitora os resultados de difer-
entes formas, um bom exemplo disso,
são os ciclos de acompanhamento for-
DIRETRIZES 2023
CONDIÇÕES
Presentes, permanentes,
motivados e conscientes.
Alinhada , preparada,
comprometida e motivada.
Envolvida e corresponsável.
Participativos.
Apoiadora, presente e atuante no
planejamento, execução, avaliaçao e revisão
dos seus processos e procedimentos.
que haja afinação (alinhamento), cada
um(a) deve compreender sua função e
a importância importância dela nessa
engrenagem, por isso, é tão essencial a
compreensão da macroestrutura e a for-
mação continuada fazer parte da rotina.
mativos, que em conjunto com a escola,
os resultados são coletados, analisados
e revisados, e por meio do diálogo é
produzido em um ambiente formativo
harmônico, capaz de construir valores,
neles busca-se identificar, valorizar e
111
tornar referência os êxitos alcançados,
DIRETRIZES 2023

as formas e as ferramentas, e identificar dicadores Monitorados no Ciclo, que

e solucionar problemas de forma coop- deve nortear outras questões;
erativa.
• Sessão de fechamento com a equipe
Os(As) professores(as) formadores anal- escolar e leitura - validação - entrega
isam os instrumentos disponibilizados do relatório elaborado.
pela escola previamente, via Assessoria
Regional e, em seguida, conversam com
O relatório deixado na escola deve ser
a Gestão, Equipe Escolar e estudantes,
apresentado à toda equipe escolar, por
perpassando os indicadores da escola
meio da qual os pontos de atenção
com vistas a reconhecer pontos positivos
e melhoria devem ser discutidos e as
e construir recomendações de melhoria
recomendações colocadas em práticas
ou de atenção em fragilidades identifica-
para os ajustes necessários, a fim de cor-
das.
rigir os problemas detectados em busca
do Ciclo de Melhoria Contínua.
No Ciclo, devem se fazer presentes, du-
rante todo o dia, a Gestão Escolar (Gestor,
CP, CAF e Secretário) e os Coordenadores
de Área. Os professores que estiverem 10.4 Ritos de gestão
sem aula devem se fazer também pre-
sentes nos momentos livres e poden-
do retornar às suas atividades, quando 10.4.1 Reuniões de fluxo
necessário.
Para o desenho da Macroestrutura fun-
O desenvolvimento do Ciclo em Rede na cionar, é INDISPENSÁVEL o alinhamento
escola se dá a partir da seguinte pauta: da equipe, esse alinhamento ocorre pri-
oritariamente por meio das reuniões de
• Análise dos Instrumentos enviados; fluxo. Na sequência listamos em quadro
algumas dessas reuniões, e sua pauta
• Reunião com a Equipe Gestora e
mínima.
Equipe Escolar;

• Encontro com estudantes, com os

líderes de turma e presidentes de
Clubes (se já organizados);

• Imersão nos Indicadores de Processo

da escola, a partir do Quadro de In-
 DIRETRIZES 2023

REUNIÃO RESPONSÁVEL PARTICIPANTE PAUTA

Acompanhamento ped- Gestor(a) Gestor(a) + Coorde- Organização Pedagógica

agógico + administrativo e nador(a) Pedagógico(a) +
financeiro Coordenador(a) Adminis-
trativo- financeiro(a)
do cotidiano escolar; aval-
iação e encaminhamen-
tos da articulação entre
BNCC, Parte Diversificada
e Base Técnica (Para as
ECIT); Monitoramento do
programa de ação do(a)
CP; Alinhamento, moni-
toramento e encaminha-
mentos referentes ao tra-
balho da equipe de apoio,
o zelo pela escola, a dis-
ponibilidade de material
e distribuição da merenda
escolar;
Monitoramento do Pro-
grama de ação do(a) CAF;
Formação continuada so-
bre as bases do modelo e
sobre as diretrizes opera-
cionais, com revezamento
semanal entre elas.

Acompanhamento ped- Coordenador(a) Pedagógi- Coordenador(a) Pedagógi- Alinhamento e encamin-

agógico co(a) co(a) + Coordenador(a) de hamento dos Currículos
Área de cada Área; Monitora-
mento dos programas
de ação dos(as) coorde-
nadores(as) de área; (No
caso de ECIT, alinhamento,
monitoramento e
encaminhamentos das
disciplinas da Base Técni-
ca).

Acompanhamento ad- CAF CAF + Equipe de apoio Alinhamento de funções,

ministrativo encaminhamentos da
equipe de apoio, o zelo
pela escola, o cumprimen-
to de horários.

113
DIRETRIZES 2023

Acompanhamento Projeto Coordenador(a) Pedagógi- CP + professores(as) de PV Alinhamento, monitora-

de Vida co(a) mento e encaminhamen-
tos referentes ao trabalho
nas aulas de PV; Monito-
ramento do Programa de
ação do(a) professor(a) de
PV.
Acompanhamento Estudo Coordenador(a) Pedagógi- CP + professores(as) de EO Alinhamento, monitora-
Orientado co(a) mento e encaminhamen-
to referente ao trabalho
com EO.
Acompanhamento Co- Coordenador(a) Pedagógi- CP + professores(as) de CI9 Alinhamento, monitora-
labore e Inove co(a) mento e encaminhamen-
to referente ao trabalho
com CI9.
Acompanhamento Nivela- Coordenador(a) Pedagógi- CP + professores(as) de Alinhamento, monitora-
mento co(a) Nivelamento mento da aplicação do
nivelamento, levantamen-
to de resultados e moni-
toramento das habilidades
adquiridas.
Acompanhamento de Pro- Coordenador(a) Pedagógi- CP + PJ e TUTORIA Alinhamento, com profes-
tagonismo Juvenil e Tuto- co(a) sor(a) de Protagonismo Ju-
ria venil e Professores(as) de
Tutoria.
Planejamento da área de Coordenador(a) da área de CA + professores(as) de Alinhamento e encamin-
linguagens linguagens linguagens hamento dos Currículos
da área de linguagens;
Monitoramento dos pro-
gramas de ação dos(as)
professores(as) da área de
linguagens; Monitoramen-
to dos resultados acadêmi-
cos da área; Formação
continuada sobre as bases
do modelo e sobre as di-
retrizes operacionais, com
revezamento semanal en-
tre elas, planejamento de
aulas e atividades e atual-
ização do sistema e-saber.
 DIRETRIZES 2023

Planejamento da área de Coordenador(a) da área CA + professores(as) de Alinhamento e encamin-

ciências da natureza de ciências da natureza e ciências da natureza e ex- hamento dos Currículos da
exatas atas área de ciências da nature-
za e exatas; Monitoramen-
to dos programas de ação
dos(as) professores(as) de
ciências da natureza e ex-
atas; Monitoramento dos
resultados acadêmicos da
área; Formação continua-
da sobre as bases do mod-
elo e sobre as diretrizes
operacionais, com reveza-
mento semanal entre elas,,
planejamento de aulas e
atividades e atualização do
sistema e-saber.
Planejamento da área Coordenador(a) da área CA + professores(as) da Alinhamento e encamin-
técnica (apenas para as técnica área técnica hamento dos Currículos
ECIT) da área técnica; Monito-
ramento dos programas
de ação dos(as) profes-
sores(as) da área técnica;
Monitoramento dos resul-
tados acadêmicos da área;
Formação continuada
sobre as bases do mod-
elo e sobre as diretrizes
operacionais, com reveza-
mento semanal entre elas,,
planejamento de aulas e
atividades e atualização do
sistema e-saber.
Reunião de articulação Coordenador(a) da área CP + CA + CP + CA +
curricular (apenas para as técnica professores(as) re- professores(as) re-
ECIT) sponsáveis pela articu- sponsáveis pela articu-
lação no bimestre lação no bimestre
Liderança de turma Trio Gestor Trio Gestor + Líderes e Discussão sobre necessi-
vice- líderes de turma dades dos(as) estudantes
e da escola; resultados de
aprendizagem; formação
em liderança servidora e
protagonismo, formação
continuada sobre as bases
do modelo.

115
DIRETRIZES 2023

Clubes de Protagonismo Gestor(a) Gestor(a) + Presidentes de Acompanhamento dos

Clube de protagonismo planos de ação dos clubes;
monitoramento do per-
centual de adesão dos
estudantes aos clubes;
agenda de atividades dos
clubes.
Acompanhamento de Par- CAF CAF + Acompanhamento de par-
cerias Coordenador(a) da Área cerias de estágio e de sua
Técnica (Estágio) formalização.

Acompanhamento de Es- CAF CAF + Acompanhamento do

tágio Coordenador(a) da Área desenvolvimento dos es-
Técnica (Estágio) tágios dos(as) estudantes.

Acompanhamento de Par- Gestor(a) Gestor(a) + CAF + Coor- Resultados e monitora-

cerias e Estágio denador da Área Técnica mento das parcerias e es-
(Estágio) tágios desenvolvidos junto
à escola.
Acompanhamento, ped- Gestor(a) Gestor(a) + Coorde- Alinhamento e monitora-
agógico, administrativo e nador(a) Pedagógico(a) + mento de necessidades da
financeiro CAF comunidade escolar.
Acompanhamento ad- Gestor(a) Gestor(a) + CAF + Presi- Alinhamento e monitora-
ministrativo e financeiro dente do Conselho mento, encaminhamen-
tos de compras e neces-
sidades da comunidade
escolar.
Reunião de pais ou re- Gestor(a) Toda comunidade escolar Acolhimento, resultados
sponsáveis da escola, apresentação
das rotinas, apresentação
dos clubes de protago-
nismo, das atividades/
projetos das disciplinas,
prestação de contas, for-
mação no modelo, moni-
toramento dos resultados
dos estudantes.

Conselho Escolar Presidente do conselho
Orientações gerais para as reuniões de
fluxo:
• •
• Todas as reuniões precisam de pau-
tas predefinidas, publicadas e publi-
cizadas;
• Todas as reuniões precisam de regis-
tro em atas.
• As atas necessariamente precisam
ser assinadas, por todos os partici-
pantes após validação, com exceção
das reuniões com responsáveis dos
estudantes, ou demais membros da
sociedade, que devem ter registro de
frequência de todos os participantes,
mas, assinatura em ata de apenas
um representante e cada segmen-
to eleito no momento do encontro,
incluindo representante dos estu-
dantes. Também assinam todos os
DIRETRIZES 2023
Presidente do conselho + Direcionamento das ações
Trio Gestor + demais con- da escola; emissão de
selheiros pareceres; acompanham-
ento e fiscalização de toda
a gestão; monitoramento
da evasão escolar; bus-
ca de parcerias; estímulo
ao protagonismo juvenil;
apoio ao projeto de vida
dos estudantes; busca de
estratégias que estimulem
a permanência e a apren-
dizagem; acompanham-
ento das ações educativas
desenvolvidas na escola;
análise dos problemas e
buscar soluções, formação
continuada sobre as bases
do modelo e sobre as dire-
trizes operacionais.
professores e todo o trio gestor.
As atas das reuniões de Líderes de-
vem ser redigidas pelos estudantes, o
gestor deve proporcionar formação
específica para eles sobre os ritos de
gestão, incluindo a construção de
pautas e atas, a organização de re-
uniões, etc. E a escola deve garantir
as ferramentas necessárias para eles
promoverem essas atividades.
NOTA:
• Caso seja feriado programado no dia
da reunião de fluxo, a reunião prec-
edente deve prever em ata o plane-
jamento para a semana em questão.
• Todas as atas devem demonstrar
alinhamento entre a equipe escolar,
117
DIRETRIZES 2023
comunidade e as políticas públicas
educacionais do estado da Paraí-
ba, incluindo as articulações para
desenvolver os indicadores do Plano
de Ação.
10.4.2 Planejamento
estratégico
O planejamento é, indiscutivelmente, es-
sencial para qualquer atividade, não é dif-
erente nas Escolas Cidadãs. É importante
que toda equipe escolar compreenda
a necessidade de que o Planejamento
não se resuma apenas a repasse de infor-
mações, mas que seja também um ambi-
ente formativo, gerador de novas ideias e
práticas. Para tanto, é necessário que as
Coordenações Pedagógica e de Áreas es-
tejam alinhadas e focadas na Formação
Continuada, levantando em consider-
ação os Fatores Críticos de Apoio, Com-
petências e Habilidades a Desenvolver,
com o objetivo de fortalecer as vivências
e o planejamento estratégico da escola.
É no Planejamento das áreas que os pro-
fessores dão início ao acompanhamento
(fluxo) dos estudantes. Essa é uma tarefa
que materializa as ações, estratégias edu-
cacionais e a pedagogia da presença. Por
conseguinte, os Conselhos de Classe con-
figuram-se em um espaço próprio para
apresentação dos resultados e encamin-
hamentos de novas estratégias coletivas,
analisando sempre as especificidades de
cada estudante, as quais já vêm sendo
analisadas nos planejamentos semanais.
10.4.3 Conselho escolar
O Conselho de Escola é um colegia-
do representativo que envolve todos
os segmentos da comunidade escolar,
é um espaço de diálogo, construção e
compartilhamento de ideias e tem poder
de decisão sobre as ações escolares. Eles
são constituídos por pais/mães ou re-
sponsáveis, representantes de alunos(as),
professores(as), funcionários(as), mem-
bros da comunidade e membros da ad-
ministração da escola.
Esse órgão age em três campos de ação
indistintamente: pedagógico, admin-
istrativo e financeiro. Citamos cinco
funções do Conselho que devem englo-
bar TODOS esses campos:
• Função deliberativa: tomar decisões
que direcionam ações da escola;
• Função consultiva: emitir pareceres;
• Função fiscalizadora: acompanhar e
fiscalizar toda a gestão, e monitorar a
evasão escolar;
• Função mobilizadora: apoiar e estim-
ular a comunidade escolar e local,
buscar parcerias, melhoria do ensi-
no, estimular o protagonismo juve-
nil, apoiar o projeto de vida dos estu-

dantes, estimular a permanência e a
aprendizagem;
• Função pedagógica: acompanhar as
ações educativas desenvolvidas na
escola, analisar os problemas e bus-
car soluções.
Cada escola deve estabelecer regras
transparentes e democráticas de eleição
dos membros do conselho por meio de
seu regimento e todos devem ter sapiên-
cia delas.
É função do conselho a criação e a atual-
ização do regimento escolar, sendo solic-
itado que na abertura do ano letivo, essa
comissão seja formada, o regimento seja
revisto ou criado por meio de um proces-
so dialético envolvendo a máxima repre-
sentatividade e aprovado em assembleia.
Para as escolas integrais que ofertam en-
sino regular no turno da noite, é prefer-
encial que o presidente do conselho seja
um professor ligado ao turno integral,
pela maior disponibilidade de acompan-
hamento das demandas escolares.
É fundamental que todos os membros
da escola e da comunidade saibam a
importância deste instrumento, prin-
cipalmente o trio gestor e os(as) pro-
fessores(as), e todos(as) sejam replica-
dores(as) desse conceito dentro e fora do
ambiente escolar. Deve-se compreender
que esse órgão é vital para o bom funcio-
namento da escola, se ele não funcionar
DIRETRIZES 2023
corretamente, dificilmente haverá uma
gestão democrática e participativa. Sua
boa atuação é preponderante para aju-
dar a escola a formar cidadãs(os) consci-
entes de seu papel na sociedade, o que
é uma das premissas da educação para-
ibana.
10.5 Plano de Ação
O plano de ação é o Instrumento de TGE
que contém o planejamento geral das
ações a serem desenvolvidas na escola
durante o ano letivo, ele é inspirado no
Plano de Ação da SEE, dentro de cada
premissa do Modelo e articulando obje-
tivos, prioridades e estratégias, a fim de
alcançar as metas pactuadas para cada
indicador. Nesse ano, temos um novo
layout e novos indicadores, por isso é
importante que os atores revejam com
atenção todos os pontos e identifiquem
como serão trabalhados no seu Pro-
grama de Ação.
Ele deve ser construído com a partici-
pação de todos da equipe, incluindo os-
(as) professores(as) da área técnica, sob
a liderança do(a) Gestor(a) Escolar. Esse
instrumento se configura como o Pro-
jeto de Vida da Escola. Sendo assim, ele
deve contar toda a história da escola e da
comunidade, e responder aos seguintes
questionamentos: qual a missão da esco-
la?, qual o seu legado?, onde ela se en-
119
DIRETRIZES 2023
contra?, e onde ela quer chegar?
Após a elaboração, o Plano de Ação deve
ser validado por toda a equipe escolar e
exposto em lugar estratégico da escola
onde possa estar sempre à vista, a fim de
que a comunidade escolar tenha aces-
so imediato a ele e as suas atualizações.
É dever da escola reconhecer sua inten-
cionalidade, e que trata-se de um instru-
mento VIVO, monitorável e objetivo.
Mesmo sendo uma ferramenta anual, as
metas pactuadas devem ser analisadas
semanalmente por toda equipe escolar,
cada um(uma) especialista na sua área
de atuação analisa os indicadores cor-
respondentes, e ao fim de cada bime-
stre, deve ser revisada e atualizada por
toda equipe, garantindo a construção e
checagem do Quadro de Monitoramen-
to, essa ação deve ser socializada com
toda comunidade escolar, colocando em
prática o PDCA.
Lembrem-se das três ações de monitora-
mento: acompanhar, avaliar e revisar.
É responsabilidade do(a) Gestor(a) a ga-
rantia desse ciclo.
10.5.1 Quadro de
Monitoramento
O Quadro de Monitoramento do Plano
de Ação é um instrumento de TGE com-
plementar que visa ao monitoramento
dos Indicadores de Processo. Ele deve ser
alimentado constantemente, e ter preen-
chimento definitivo ao fim de cada bime-
stre, movimentando o PDCA (nas etapas
C e A - análise e ajuste) dos resultados em
nível de processo.
Plano de Ação da
GEEI / SEE

É de responsabilidade do(a) gestor(a)
garantir a consolidação dos dados e, em
seguida, transformar esses resultados
em informações e decisões que devem
nortear o planejamento das ações do bi-
mestre seguinte pela equipe escolar, que
articularão seus Programas de Ação de
acordo com as necessidades de cumpri-
mento das metas.
Para que se chegue a essas consolidações
em processo (bimestre a bimestre), é
necessário compreender essa ferramen-
ta como o fluxo de rotina presente em
reuniões de fluxo com pauta bem defini-
da, organizada e acontecendo de acordo
com o cronograma semanal e no plane-
jamento semanal. Essas ações ajudam a
garantir o sucesso da escola perante o
modelo.
Para ficar claro, vamos a um exemplo:
determinado professor de determinada
disciplina consolida o Indicador “taxa de
reprovação” para as turmas que ele minis-
tra, posteriormente, o(a) Coordenador(a)
da Área faz o consolidado de todas as
disciplinas que fazem parte dessa área e
repassa os dados dela para que o(a) Co-
ordenador(a) Pedagógico consolide os
dados da escola e assim possa preencher
o indicador no Quadro de Monitoramen-
to do Plano de Ação e discuti-lo em nível
da gestão escolar.
DIRETRIZES 2023
10.5.2 Quadro de resultados
O quadro de resultados é a parte do Pla-
no de Ação, preenchida ao final do ano
letivo, em que a equipe faz a consoli-
dação dos resultados finais de cada um
dos indicadores trabalhados ao longo do
ano letivo. Portanto, é necessário obser-
var o que segue:
• A consolidação e o preenchimen-
to devem se ser feitos a partir do
Quadro de Monitoramento do Plano
de Ação - por isso, é deveras impor-
tante que se tenha atenção contínua
ao micro monitoramento;
• Durante a consolidação e o preen-
chimento, podem surgir questões
como: mas e se não batermos a
meta? - Nesse caso, registra-se o
resultado obtido, batendo, não ba-
tendo ou superando a meta. Novas
Metas só serão estabelecidas no
próximo Plano de Ação, a partir, ex-
atamente, das impressões geradas
por esses resultados. Isso se dá no
campo de Análise do Resultado;
• Na Análise do Resultado é que serão
elencadas as impressões supracita-
das (A meta foi alcançada? A meta
foi superada? Não batemos a meta?).
Após essas impressões, seguem os
desafios e/ou fatores que influenci-
aram para se chegar a esse resultado
(é importante ser sucinto, porém de-
talhista naquilo que é relevante para 121
DIRETRIZES 2023
que se compreenda que desafios e/
ou fatores irão nortear as novas es-
tratégias no ano seguinte, frente às
novas metas estabelecidas no novo
Plano de Ação);
• Por fim, a equipe pactua a Nova Meta
frente a cada um dos indicadores do
Plano de Ação, sempre pautado na
melhoria contínua das ações, das es-
tratégias, dos resultados e, por con-
seguinte, do Projeto de Vida Escolar,
levando em consideração, para esse
estabelecimento de Nova Meta, aq-
uilo que já está sendo pactuado no
Plano de Ação da Secretaria como
parâmetro (que será referendado no
Plano de Ação da SEE 2023) para não
fugir da realidade da rede e sua ex-
pectativa.
Após esse preenchimento, o Quadro de
Resultados deverá ser socializado com
todos da Comunidade Escolar, bem
como ser enviado via Google Forms para
a Comissão, através de link que será dis-
ponibilizado à posteriori.
Por fim, esse quadro preenchido deve
ser retomado na elaboração do Plano
de Ação do ano seguinte, bem como ser
exposto nas paredes da escola durante
todo o vindouro, ou seja, de 2024.
10.6 Gestão à vista
Partindo do pressuposto de que no Mod-
elo da Escola Cidadã Integral o conceito
de gestão permeia toda a escola, ao ga-
rantir o desenvolvimento da premissa da
corresponsabilidade, que visa o compro-
metimento de todos(as) com os objetivos
da comunidade, são designados “gestão
à vista” aqueles instrumentos de TGE que
devem ser expostos na escola para toda
a comunidade escolar, de modo a garan-
tir o alinhamento e monitoramento das
ações pedagógicas e administrativas.
10.7 Calendário de ações
A SEE, por meio da GEEI, disponibilizou
uma ferramenta chamada de “Calendário
de ações”, junto com os materiais de
rotina das Escolas Cidadãs 2023. Esse
instrumento é um instrumento de fácil
compreensão, trata-se do calendário no
qual a escola expõe TODOS os eventos
e TODAS as ações que irá realizar duran-
te o ano letivo de 2023. Na semana de
planejamento, é necessário que as datas
sejam definidas, e o calendário exposto
para toda comunidade. No nosso mod-
elo, trabalhamos com PREVISIBILIDADE,
dessa forma, é indispensável o planeja-
mento estratégico. De todo modo, essa
ferramenta não é estática, pode e deve
ser atualizada, porém respeitando os
princípios e as premissas que regem o
modelo.

10.8 Rotinas escolares
10.8.1 E-Saber
O e-Saber é uma plataforma web que
reúne todas as informações necessárias
para a gestão integral da rede de ensi-
no estadual paraibana. Trata-se de uma
ferramenta que visa organizar todas as
informações num mesmo local de tra-
balho, permitindo assim aos gestores e
professores, a elaboração de diagnósti-
cos, bem como a realização de avaliações
quantitativas e, também, qualitativas.
A plataforma e-Saber possui ferramentas
específicas, capazes de transformar os
dados em informações e gerar o conhe-
cimento necessário para subsidiar toma-
das de decisões, o que leva a otimização
dos recursos. Como ela está em contínua
expansão, no momento, fornece suporte
e reúne informações por unidade escolar,
servidores e estudantes. É um eficiente
apoio no auxílio a melhoria contínua da
gestão, tendo em vista o seu poder de
consolidação.
No documento que se encontra dis-
ponibilizado neste link, a Gestão Escolar
consegue ter acesso a todos os tutoriais
do Sistema de Matrículas do e-Saber, vol-
tados para as suas atribuições. Visando
facilitar ainda mais o acesso, trazemos
a seguir os links com os tutoriais expli-
cativos sobre os principais pontos de
preenchimento do Sistema, basta clicar
DIRETRIZES 2023
ou copiar e colar os respectivos links no
seu navegador para visualizar o passo a
passo de cada uma das etapas de preen-
chimento no Sistema:
• Como devo cadastrar minha escola?
https://scribehow.com/shared/9h-
D1oikRQii70EOQo-QemQ
• Como devo cadastrar o endereço
da minha escola? https://scribehow.
com/shared/ImQlxMSDSSCmPUcu-
WEDdwg
• Como devo cadastrar as salas na
minha escola: https://scribehow.
com/shared/q8_7v4YLTOCWGf-
4bA_eNPg
• Como devo cadastrar a Infraestru-
tura da escola? https://scribehow.
com/shared/rpY9tjbiQxu9loCXZ-
fil8w
• Como devo preencher a Organi-
zação Escolar? https://scribehow.
com/shared/n6wPEp6fSA2gRp-
w1KuIGXA
• Como posso preencher as carac-
terísticas da escola? https://scribe-
how.com/shared/ivjF8h3KQSm9x4y-
fbLg8wA
• Como consigo vincular as Matrizes?
https://scribehow.com/shared/tkvg-
FbO_RxWqa1nBVVYONA
• Como devo criar uma nova tur-
ma?https://scribehow.com/ 123
DIRETRIZES 2023
shared/73yqqSdNSeWyDZsJhaDfKw
• Como devo fazer o Processo Ret-
roativo de uma Turma? https://
scribehow.com/shared/jJ9_fjjJTKe-
HXQL7FkoSyA
• Como devemos fazer a criação
de turma com alunos veteranos?
https://scribehow.com/shared/kcB-
wY3BuRwOUjA9nLnDuJw
• Como devemos fazer a criação de
turma com alunos novatos? https://
scribehow.com/shared/PH26GRH-
QQb2K1Fb60oBe6Q
• Como devo fazer a alocação dos
profissionais na minha escola?
https://scribehow.com/shared/
Como_devo_fazer_a_alocacao_
dos_profissionais_na_minha_esco-
la__Gi0PV-9VT4GGoqskWsHXng
Por outro lado, neste documento os Pro-
fessores conseguem ter acesso a todos
os tutoriais do Sistema e-Saber, voltados
para as atividades de suas responsabili-
dades no Sistema. Visando facilitar ainda
mais o acesso, trazemos a seguir os links
com os tutoriais explicativos sobre os
principais pontos de preenchimento do
Sistema, basta clicar ou copiar e colar os
respectivos links no seu navegador para
visualizar o passo a passo de cada uma
das etapas de preenchimento no Siste-
ma:
• Como o professor consegue aces-
sar suas matrículas e seus dados?
https://scribehow.com/shared/
Como_o_professor_consegue_ac-
es-sar_suas_Matriculas_e_seus_Da-
dos__Tk_hvQcvSJir8FQ3MvAL6g
• Como devo adicionar as Formações
Acadêmicas dos professores?
https://scribehow.com/shared/rTC-
UO72pQbCmAz02WXpgQQ
• Como posso visualizar Minhas Tur-
mas referentes à minha matrícula?
https://scribehow.com/shared/Xd-
VLbHmXQVStMT4IAOBqfw
• Como devo fazer o registro de aula
e frequência? https://scribehow.
com/shared/X21Quhq-TraV78IcP8_
d5A
• Como devo fazer o Registro de
Avaliações? https://scribehow.com/
shared/W-4i9T5vQJKxQP7kI867kg
• Como acesso meu Boletim Esco-
lar? https://scribehow.com/shared/
MI3bGMcDR46f9WfDgTS2pA
Por fim, caso a Gestão Escolar e/ou os(as)
Professores(as) ainda tenham pontos de
dúvida quanto ao cadastro, preenchimen-
to e manuseio do e-Saber, nós elabora-
mos um FAQ (perguntas mais frequentes)
com perguntas e respostas. Pode ser que
o seu questionamento já esteja respondi-
do nele, acesse-o clicando aqui.

10.8.2 Cardápio
Nas Escolas Cidadãs, há oferta de três
refeições diárias: lanche da manhã, al-
moço e lanche da tarde. A responsabili-
dade pela garantia da qualidade dessas
refeições é do(a) Coordenador(a) Ad-
ministrativo-Financeiro(a), que também
PRECISA receber feedbacks a respeito
da aceitação dessas refeições por parte
dos(as) estudantes.
Além do monitoramento a respeito da
aprovação do cardápio, o(a) CAF, jun-
to à equipe da cozinha, precisa manter
contato direto com os(as) estudantes,
primando pelo valor da transparência.
Portanto, deve haver, impreterivelmente,
nos arredores do refeitório, a exposição
do cardápio semanal da escola. Este pre-
cisa estar atualizado e ser seguido intei-
ramente. Qualquer mudança deverá ter
anuência do NUAEI da GRE vinculada à
escola. Todos(as) os(as) estudantes pre-
cisam ser informados(as) dessa mudança,
assim como os motivos que a provocar-
am.
10.9 GPS das Disciplina
da Parte Diversificada do
Currículo
As sequências didáticas das disciplinas
da Parte Diversificada, Projeto de Vida,
Colabore e Inove, Protagonismo Juvenil
contarão com monitoramento especial
DIRETRIZES 2023
no ano de 2023, assim como as sequên-
cias didáticas de Propulsão de Língua
Portuguesa, Matemática e Ciências da
Natureza. Como ocorre todo ano, a GEEI
disponibilizará os materiais para uso
dos(as) professores(as) e estudantes e
efetuará a contagem da aplicação efetiva,
por meio do percentual de cumprimen-
to das aulas dessas disciplinas utilizando
ferramenta própria, construída para esse
fim.
10.10 Programa de Ação
+ Guia de Aprendizagem
+ plano de aula (pactuado
com Plano de Ação).
Os três instrumentos a seguir represen-
tam a operacionalização do Plano de
Ação Escolar. O Programa de Ação é a
ferramenta que roteiriza as práticas ex-
ecutadas pelos elementos responsáveis
pelo fluxo do Ciclo Virtuoso, o Guia de
Aprendizagem comunica aos(às) estu-
dantes as práticas adotadas em sala de
aula, e o plano de aula é o roteiro individ-
ual de cada ação do(a) professor(a).
10.10.1 Programa de Ação
O Programa de Ação é um instrumento
que visa operacionalizar os meios e as
estratégias para alcançar as metas pac-
tuadas pelas diretrizes do Plano de Ação
125
DIRETRIZES 2023

Escolar, estruturando enfoques (dentro Vida da Comunidade Escolar, a ausência

de cada área de atuação) que colaborem
para a efetivação. É um instrumento práti-
co, que coloca em ação as estratégias es-
tabelecidas, para tal, as ações devem ser
executadas a partir de uma organização e
de uma sistematicidade necessárias, pos-
sibilitando o acompanhamento pleno e o
monitoramento assertivo de indicadores
para a realização da Melhoria Contínua.
Os grandes resultados são construídos
ao passo em que a Melhoria Contínua é
bem administrada no processo.
Ao tratar-se disso, de imediato lembra-
mos de um outro instrumento que mate-
rializa e dá operacionalização a esse ciclo,
o PDCA. Para tanto, é imprescindível que
o Programa de Ação seja entendido nes-
sa óptica, a partir do seguinte: ELABORAR
PROGRAMA DE AÇÃO é atribuição bem
definida no escopo da Lei 11.100/2018,
que deixa claro que o mesmo deve ser
orientado pelo(a) Gestor(a) Escolar (se-
guindo as devidas substituições, na aus-
ência deste). Importante sempre lem-
brar que, o Programa de Ação Escolar
é também entendido como Projeto de
desse instrumento elaborado deixa o
Plano sem operacionalização e, portanto,
deixa o Projeto Escolar “sem vida”. Cada
profissional (gestor(a), coordenador(a)
pedagógico(a), coordenador(a) adminis-
trativo-financeiro(a) e professores) deve
elaborar o programa de ação de acordo
com sua atuação, bimestralmente.
A sequência para elaboração do pro-
grama de ação deve seguir a seguinte
ordem: Professores(as) da Base Comum
e Base Técnica; Coordenadores(as) de
área da Base comum e Base Técnica; Co-
ordenador(a) Pedagógico(a); Gestor(a).
O(A) CAF precisa entregar também o seu
programa de ação ao(à) Gestor(a) que, só
após receber o Programa de Ação do(a)
CAF e do(a) CP deverá elaborar o seu. Tra-
ta-se de uma responsabilidade de cada
profissional monitorar o seu programa de
ação, assim como é responsabilidade da
coordenação de área monitorar os Pro-
gramas de Ação dos(as) professores(as)
da sua área; bem como do(a) Gestor(a)
monitorar o Programa de Ação do(a) CP
e do(a) CAF.

SEQUÊNCIA DE PLANEJAMENTO PARA

ELABORAÇÃO DOS PROGRAMAS DE AÇÃO

PROGRAMA PROGRAMA DE AÇÃO DE

COORDENADORES(AS) DE
DE AÇÃO DE ÁREA E COORDENADORES(AS)
PROFESSORES(AS) PEDAGÓGICOS(AS)
PROGRAMA DE
AÇÃO DOS(AS)
GESTORES(AS)
PROGRAMA DE
AÇÃO DE COORDENADORES(AS)
ADMINISTRATIVO-
FINANCEIRO(A)

É importante ressaltar que o próprio Pla-
no de Ação Escolar e o fluxo de validação
dos demais membros da equipe validam
o Programa de Ação do(a) Gestor(a). Não
existe uma pessoa ou função que o re-
alize. O(A) Gestor(a) necessita de exercer
fidedignamente a função de “guardião”
do Plano de Ação Escolar e essa validação
faz parte dessa relação dialógica entre a
função e o instrumento, logo, ele/ela é
quem encerra o fluxo de validação. Na
página 70, do Caderno 11 de Formação
- Tecnologia de Gestão Educacional, en-
contramos o seguinte parágrafo, que
corrobora a esse pensamento exposto
acima:
“O Gestor, por sua vez, elabora o seu
próprio Programa de Ação à luz do
Programa de Ação do Coordenador
Pedagógico e do Coordenador
Administrativo-financeiro. O
Programa de Ação do Gestor deve
ser um instrumento que demonstre
a articulação do fazer pedagógico
da escola alinhada com suas metas
e com as estratégias da Secretaria
de Educação.”
Para mais informações consultar o Plano
de Referência para Elaboração e Atual-
ização do Programa de Ação.
10.10.2 Guia de Aprendizagem
Guia de Aprendizagem é um recurso que
se destina a orientar processos de plane-
DIRETRIZES 2023
jamento e de acompanhamento ped-
agógico, de maneira objetiva, à luz dos 3
Eixos Formativos, 4 Pilares da Educação e
Princípios Educativos em um ciclo bime-
stral:
• Junto ao(à) professor(a): para o
planejamento e desenvolvimento
das atividades pedagógicas da disci-
plina que ele ministra.
• Junto ao(à) estudante: para apoiar
o desenvolvimento da capacidade
de autorregulação da sua apren-
dizagem, pois fornece informações
sobre os componentes curriculares
(objetivos, atividades didáticas e au-
todidáticas, fontes de consulta etc.),
que eles necessitarão para criar os
seus próprios mecanismos de plane-
jamento de estudos.
• Junto às famílias: para complemen-
tar os mecanismos de comunicação
de que a escola já dispõe e apoiá-las
no acompanhamento de ensino/
aprendizagem dos estudantes, for-
talecendo a corresponsabilidade das
famílias nesse processo.
Nesse sentido, o Guia de Aprendizagem
inova ao ser, simultaneamente, um recur-
so que atende três níveis distintos desse
processo de formação (professores(as),
estudantes e famílias) e articula planeja-
mento e comunicação, monitoramento
e cumprimento do currículo, bem como
127
DIRETRIZES 2023
dimensões fundamentais nos mecanis-
mos de melhoria contínua dos processos
pedagógicos.
A implementação do instrumento no
cotidiano da escola contribui para o
rompimento de uma estratégia há mui-
to utilizada pelas escolas, que é a de “so-
mente” o(a) professor(a) sabe o que vai
ser ensinado em um determinado perío-
do e o(a) estudante “somente” recebe es-
sas informações.
O Guia compartilha com os interessa-
dos (estudantes e familiares) o que será
contemplado no bimestre e como será
o acesso ao conhecimento. Esse mov-
imento possibilita que a Pedagogia da
Presença, a Educação Interdimensional, o
Protagonismo e os 4 Pilares da Educação
sejam movimentados no cotidiano da
sala de aula e para além dela.
Logo, os Guias de Aprendizagem devem
estar expostos nas salas de aula, de ma-
neira a garantir que todos os(as) estu-
dantes tenham acesso. É necessário que
os(as) professores(as) retomem o con-
teúdo dos Guias em todas as aulas minis-
tradas, a fim de fazer com que os(as) es-
tudantes se apropriem do instrumento,
entendam a importância do seu monito-
ramento e estudem com antecedência o
conteúdo que será trabalhado nas aulas.
Além do mais, o Guia de Aprendizagem
é um instrumento utilizado tanto para
as disciplinas da Base Nacional Comum
Curricular, como também para a Base
Técnica. Nos Guias de Aprendizagem, são
apresentados os Conteúdos Programáti-
cos e no mesmo campo, abaixo dos con-
teúdos, os(as) professores devem indicar
quais Habilidades de Propulsão que serão
movimentados durante as atividades ou
na própria condução dos conteúdos, as
habilidades e competências específicas
da BNCC e as competências socioemo-
cionais contidas nas 10 competências
Gerais da BNCC.
10.10.3 Plano de aula
O plano de aula é um instrumento criado
pelo(a) professor(a) para detalhar e orien-
tar a prática pedagógica utilizada para a
aplicação de cada conteúdo. É o roteiro
do cotidiano da sala de aula. Ele deve es-
tar alinhado ao Guia de Aprendizagem,
Programa de Ação, Planejamento de
Área e Plano de Ação Escolar objetivan-
do efetivar o projeto de vida dos(as) es-
tudantes. Este instrumento precisa ser
validado pelos(as) professores(as) da área
e Coordenadores(as) de Área. Precisam
explicitar a interdisciplinaridade inter-
na entre as disciplinas da BNCC, da Base
Técnica (quando houver) e da BNCC com
a Base Técnica (em ECITs), a relação com
o mundo do trabalho, e evidenciar a in-
tencionalidade de cada ação.
Recomenda-se o uso das metodologias
ativas em TODO processo. O(A) profes-
sor(a), ao construir esse instrumento,

deve adotar a prática de questionar quais
ferramentas serão proporcionadas para
os(as) estudantes desenvolverem as ha-
bilidades e as competências propostas?
Deve-se pensar numa aula dialógica, in-
terativa, participativa e colaborativa. No
modelo da Escola Cidadã, a aprendiza-
gem é construída cotidianamente, bus-
cando desenvolver o(a) estudante como
um(a) indivíduo autônomo, solidário e
O DIREITO NA ESCOLA
Olá, equipe! Esta é uma das novidades
que temos para 2023. Este tópico é di-
recionado a levar informações de cunho
jurídico/administrativo, úteis para todas
as escolas preocupadas com o manejo
dos conflitos que são inerentes à Edu-
cação. Assim, entendemos que o desafio
representado pelos conflitos ocorridos
no chão da escola, somente poderão ser
enfrentados através de um trabalho sério,
diuturno, firme, decidido e preventivo.
Dessa maneira, a SEE/PB tem se preocu-
pado com os valores que são represen-
tados atualmente pelas demandas judi-
ciais/administrativas passíveis de serem
propostas em desfavor das escolas e dos
DIRETRIZES 2023
competente, ciente de sua função social.
A avaliação da aprendizagem também
faz parte, e deve ser entendida como
um processo, o que implica em monito-
ramento (acompanhar, avaliar e revisar),
que não pode ser confundido com de-
sempenho em avaliações somativas.
seus sujeitos de deveres e de direitos. Há
ainda a preocupação pela resolução de
conflitos que ocorrem dentro do contex-
to escolar, tais como: Bullying, Racismo,
Discriminações, Assédios, Processos Ad-
ministrativos, entre outros.
Assim, temos uma nova frente de tra-
balho aqui na GEEI, voltada a dirimição
de conflitos, criada com o intuito de
aproximar as orientações jurídicas às re-
alidades escolares. Ademais, no decor-
rer deste ano letivo, será publicada uma
Cartilha com orientações específicas, ba-
seadas em estudos de caso e problemas
recorrentes nas escolas.
129
DIRETRIZES 2023
11.1 Estrutura Jurídica (Leis)
relativas ao setor educacional
A Educação é baseada em objetivos
concretos e é amparada pela legislação
brasileira. As Leis impactam de maneira
direta a educação e reforçam nosso rep-
ertório social. No Brasil, temos um marco
legal que reforça e detalha os principais
componentes das leis educacionais: te-
mos como ordenamento jurídico a Con-
stituição Federal do ano de 1988 que
versa sobre a Educação, tema este tão
sensível e de grande repercussão na so-
ciedade, que leva os poderes constituí-
dos a quererem melhorar, aperfeiçoar e
frequentemente alterar o marco legal.
E qual seria o marco legal da educação
brasileira? Quando falamos em marco le-
gal, referimo-nos ao conjunto de leis que
influenciam diretamente a educação do
nosso país. Essas medidas são tomadas
ao longo das décadas, o que perpassa
vários governos e diferentes abordagens.
A seguir, mencionaremos as principais
leis do ordenamento jurídico no que se
refere às políticas públicas da Educação
na conjuntura nacional, bem como no
âmbito do nosso Estado, pois é a nossa
Secretaria de Educação o órgão público
responsável pelos assuntos relacionados
à Rede de Educação no Estado da Paraí-
ba. São elas:
• Constituição Federal de 1988 - é a Lei
Maior do país, nela encontramos um
conjunto de normas que regulam
o funcionamento da sociedade, em
vários aspectos, e sobre a educação,
a C.F/88 nos diz que a educação é
um direito social, define a estrutura
e os objetivos de todo o sistema ed-
ucacional.
• Estatuto da Criança e do Adolescen-
te (ECA) de 1990 - É a lei que trata
dos direitos das crianças e dos ado-
lescentes.
• Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB) de 1996 - É a mais im-
portante lei brasileira que se refere à
educação, ela estabelece as diretriz-
es, os direcionamentos da educação
nacional.
• Diretrizes Curriculares Nacionais da
Educação Básica (DCNs) de 2013 -
são normas obrigatórias para orien-
tar o planejamento curricular das es-
colas e sistema de ensino.
• Plano Nacional de Educação (PNE) de
2014 - É uma lei, um plano nacional,
que determina diretrizes, metas e es-
tratégias para a política educacional.
Foram estabelecidas 20 metas para
educação brasileira, que devem ser
cumpridas até 2024.
• Base Nacional Curricular Comum
(BNCC) de 2018 - É um documento
normativo que descreve as apren-
dizagens básicas e essenciais, chama-
das de habilidades, para todos os
estudantes brasileiros tenham uma

educação completa.
• Lei Complementar 58/2003 - Dispõe
sobre o Regime Jurídico dos Servi-
dores Públicos Civis do Estado da
Paraíba.
• Lei 11.100/2018 - Lei que cria o Pro-
grama de Educação Integral no Esta-
do da Paraíba.
• Instrução Normativa da Secretaria
Estadual de Educação SEECT/PB nº
001/2022 - Estabelece normas e pro-
cedimentos nas unidades escolares
petencentes a Secretaria de Estado
da Educação do nosso Estado.
Podemos perceber que nesse compila-
do consistente de leis destinadas à ed-
ucação, o nosso ordenamento jurídico
evoluiu nos últimos anos, e a qualidade
do ensino e da aprendizagem deve
acompanhar essa implementação con-
tínua de novas leis como também apri-
morar a gestão educacional baseadas na
atual conjuntura social.
11.2 O Direito dos(as)
estudantes ao Continuum
Curricular - Resolução
480/2022 do Conselho
Estadual de Educação da
Paraíba.
A proposta, chamada “currículo contin-
DIRETRIZES 2023
uum”, está prevista na Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional (LDB) e tem
como objetivo central garantir que estu-
dantes de todas as escolas tenham o di-
reito de aprender conteúdos previstos na
BNCC. Assim, a proposta que tinha vali-
dade até 2022, foi prorrogada para o ano
de 2023. Ou seja, no corrente ano letivo,
além dessa garantia supramencionada,
o projeto prevê flexibilizar o currículo,
possibilitando que as escolas ofereçam
programas previstos para 2022/2023
em apenas um ano, a fim de evitar a re-
provação e a desistência de alunos(as).
Dessa forma, a proposta foi renovada
para as escolas estaduais da Paraíba, at-
ravés da resolução 480/2022, do Consel-
ho Estadual de Educação da Paraíba, mo-
tivando-nos a focar na recomposição das
aprendizagens de nossos(as) estudantes
da Rede.
Assim, um forte aliado do continuum
Curricular é o componente curricular Pro-
pulsão, que visa, essencialmente dar uma
nova oportunidade de aprendizagem
aos(às) estudantes, sobretudo nas disci-
plinas de Matemática, Língua Portugue-
sa e Ciências, de modo interdisciplinar
com todos os componentes curriculares.
Dessa forma, tendo como premissa a re-
composição da aprendizagem, para os-
(as) estudantes que forem promovidos
- mesmo que apresentando dificuldades
educacionais -, e para os(as) estudantes
131
que forem retidos(as), os(as) profes-
DIRETRIZES 2023
sores(as), em alinhamento com as coor-
denações de área e com a coordenação
pedagógica, precisarão elaborar um doc-
umento no qual sejam identificadas to-
das as dificuldades desses(as) estudantes
supracitados(as), no sentido de trabalhar
essas dificuldades ao longo do próximo
ano letivo. O objetivo é sistematizar as di-
ficuldades identificadas, e não fazer coro
à defasagem educacional.
Vale destacar que o Conselho Estadual
de Educação defende, na resolução nº
480/2022, que:
Art. 1º Estabelecer que o Continu-
um Curricular, disposto no art. 5º da
Resolução CEE PB nº 210/2021, pub-
licada em 19 de agosto de 2021, per-
dure nos anos letivos de 2022 e 2023,
respeitadas as normas pedagógicas
da legislação vigente, sobretudo no
que se refere à organização dos cur-
rículos e dos calendários escolares.
Parágrafo único. Para que seja con-
siderado o Continuum Curricular
explicitado no caput do artigo, é
preciso que o estudante tenha tido
frequência adequada nas aulas de,
no mínimo, 75% das atividades ped-
agógicas propostas pela escola ao
longo do ano letivo de 2022.
Assim, diante dos argumentos ressal-
tados neste documento, entendemos
que as estratégias de recomposição das
aprendizagens precisam ser reforçadas,
pois elas devem permitir que a conta da
defasagem causada/ampliada pela pan-
demia seja diluída em prazos que extrap-
olam o ano letivo anterior (2022). Logo,
se o(a) estudante apresentou dificul-
dades que justificaram sua retenção, elas
podem ser trabalhadas continuamente
no ano letivo de 2023. Por isso, é impor-
tante a elaboração desse documento
com as identificações das defasagens e
das estratégias pedagógicas a serem tra-
balhadas pela equipe escolar no corrente
ano letivo.
É importante destacar que nas escolas, a
decisão por aprovar ou reprovar é tom-
ada nos conselhos de classe, envolven-
do tanto os(as) professores(as) quanto a
equipe gestora. A escola deve oferecer
possibilidades de recomposição, então é
necessário considerar se um(a) discente
teve evolução em relação a ele(a) mes-
mo(a). É preciso levar em conta todo o
esforço dele(a) e as suas limitações. Re-
fletindo, inclusive, sobre o que a escola
oferecerá para a recomposição da apren-
dizagem desse(a) estudante no ano se-
guinte, pois é preciso ter clareza que cada
estudante está em um ciclo, não em um
ano (é o que preceitua o Conselho Estad-
ual de Educação).
Ao decidir pela retenção de um(a) es-
tudante, um questionamento deve ser
o norte desta decisão: “Decidindo pela
retenção desse(a) estudante, qual é o
benefício que a escola lhe dará no sen-

tido da garantia dos seus direitos à Edu-
cação?”. Para responder a essa pergunta,
muitas vezes é necessário ultrapassar-
mos os muros da escola.
Ainda assim, quando o conselho esco-
lar decide reprovar um(a) aluno(a), é
necessária a empatia na comunicação
dessa decisão para o(a) estudante e para
a família, informando assertivamente de
que essa decisão trata-se de uma nova
oportunidade de aprendizagem, e não
de uma punição. E, para garantir essa
nova oportunidade, é fundamental que
a escola tenha um plano de ação para
recompor as aprendizagens desse(a) es-
tudante no ano seguinte, utilizando-se
inclusive das premissas de Propulsão,
como dito anteriormente.
Logo, as escolas devem ter planos, elab-
orados pelos(as) professores(as) e valida-
do pelas coordenações de áreas e ped-
ESCOLAS CIDADÃS INTEGRAIS
SOCIOEDUCATIVAS
O conceito de “socioeducação”, surge no
Estatuto da Criança e do Adolescente,
no qual são abordados os tipos de me-
didas socioeducativas - ações do poder
9 O Artigo 103 do Estatuto da Criança e do Adolescente conceitua ato infracional a
conduta descrita como crime ou contravenção penal.
DIRETRIZES 2023
agógicas e pela gestão, para garantir as
aprendizagens tanto dos(as) alunos(as)
que foram aprovados(as) com dificul-
dades quanto daqueles(as) que foram
retidos(as).
Entendemos que esse processo de aval-
iar e intervir repetidamente ao longo do
ano é ideal para manter as aprendiza-
gens, sem deixar que a avaliação do fi-
nal do ano apenas classifique os(as) dis-
centes entre aqueles(as) que passaram
ou não de ano.
Em suma, para 2023, é importante plane-
jar as ações de recuperação/recom-
posição que serão oferecidas aos(às)
estudantes, sobretudo aos(às) que têm
mais dificuldades. Assim, é essencial que
o ano feche com uma boa documen-
tação que indique para os(as) profes-
sores(as) do ano seguinte como determi-
nados(as) estudantes estão.
público destinadas a adolescentes que
cometem atos infracionais9. As medidas
vão desde advertências, reparação dos
danos causados, prestação de serviços
133
DIRETRIZES 2023
à comunidade, até a internação em es-
tabelecimento educacional. Nesses es-
tabelecimentos, os(as) adolescentes po-
dem cumprir medidas10 em regime de
semiliberdade ou privação de liberdade.
Os(as) adolescentes que frequentam ECI
Socioeducativas estão em cumprimento
da Medida Provisória (que pode durar até
quarenta e cinco dias) ou da Medida de
Internação (que pode durar de seis meses
a três anos). A idade para internação seg-
ue a definição do Estatuto da Criança e
do Adolescente11: a pessoa “entre doze
e dezoito anos de idade”, e ,excepciona-
lmente, “entre dezoito e vinte e um anos
de idade” (Art. 2º). No nosso Estado há
seis unidades de atendimento socioedu-
cativo da FUNDAC, estando situados:
No município de João Pessoa:
• O Centro Educacional do Adoles-
cente - CEA (ECI Almirante Saldanha,
acolhendo adolescentes do sexo
masculino em medida provisória);
• O Centro Socioeducativo Edson
Mota - CSE (ECI Almirante Saldanha,
acolhendo adoslescentes do sexo
masculino sentenciados com idade
entre 12 a 18 anos incompletos);
• O Centro Educacional do Jovem - CEJ
(ECI Almirante Saldanha, acolhen-
10 Entende-se por medidas socioeducativas as previstas no Artigo 112 do Estatuto da
Criança e do Adolescente.
11 Para saber mais sobre o ECA acesse: L8069
do adolescentes do sexo masculino
cumprindo medida socieducativa,
excepcionalmente, com idade ente
18 a 21 anos);
• A Casa Educativa Rita Gadelha (ECI
Almirante Saldanha, acolhendo ado-
lescentes do sexo feminino em me-
dida socioeducativa de internação
provisória e sentenciadas);
• No município de Lagoa Seca:
• O Complexo Lar do Garoto Padre
Otávio Santos (ECIS anexa à ECIT
Francisca Martiniano da Rocha, acol-
hendo adoslecentes do sexo mascu-
lino em medida de internação pro-
visória e sentenciados);
• No município de Sousa:
• O Centro Educacional do Adoles-
cente Raimundo Doca Benevides
Gadelha - CEA (ECIS anexa à ECI Me-
stre Júlio Sarmento acolhendo ad-
olescentes do sexo masculino em
medida de internação provisória e
sentenciados).
• O documento norteador utilizado na
implementação intitulava-se Uma
Janela para o Futuro e contava com
as primeiras diretrizes para o atendi-
mento escolar em período integral.

Devido ao alto índice de distorção idade-
série identificado nos(as) estudantes12
que chegam ao sistema socioeducati-
vo, foi adotada a modalidade da Edu-
cação de Jovens e Adultos (EJA) para o
atendimento escolar nas unidades de
internação, visando contribuir para a di-
minuição dessa distorção. Nessa modal-
idade, a seriação se organiza por ciclos
com duração de um ano cada, os quais
correspondem aos anos e séries do Ensi-
no Regular, como se segue:
• CICLO I - 1º ao 3º ano do Ensino Fun-
damental;
• CICLO II - 4º ao 5º ano do Ensino Fun-
damental;
• CICLO III - 6º ao 7º ano do Ensino
Fundamental;
• CICLO IV - 8º ao 9º ano do Ensino
Fundamental;
• CICLO V – 1ª a 2ª série do Ensino Mé-
dio;
• CICLO VI – 3ª série do Ensino Médio.
Objetivos específicos das ECIS
Contribuir para a ressocialização dos(as)
jovens e adolescentes em cumprimen-
to de medida socioeducativa de inter-
nação, por meio da oferta de ensino in-
12 De acordo com a Coordenação do Eixo Educação da FUNDAC, mais de 90% dos
estudantes estão fora da série adequada para sua idade
DIRETRIZES 2023
tegral, visando à formação de estudantes
autônomos, solidários e competentes;
Promover ações para incentivar ou resga-
tar o interesse desses(as) estudantes pe-
los estudos, de modo a reduzir as taxas
de reprovação, bem como acompanhar
a sua evolução no âmbito das escolas em
tempo integral;
Aplicar metodologias, estratégias e práti-
cas educativas inovadoras introduzidas
e consolidadas pela equipe de implan-
tação do Programa de Educação Integral,
em sintonia com as especificidades
do sistema socioeducativo, asseguran-
do aos(as) estudantes as condições para
a construção dos seus Projetos de Vida;
Incorporar, nas práticas educativas, a
abordagem a temas transversais, des-
construindo e reconstruindo valores de
modo a ressignificar a identidade dos(as)
estudantes enquanto sujeitos apropria-
dos de seus direitos;
Reconhecer a singularidade e as dif-
erenças, bem como valorizar as identi-
dades desses(as) adolescentes e jovens,
enfrentando toda forma de discrim-
inação, com especial atenção às di-
mensões social, geracional, racial, étnica
e de gênero.
Despertar nos(as) adolescentes a aptidão
135
DIRETRIZES 2023
de reconhecer-se como agente de trans-
formação social, e ademais, suscitar a cri-
atividade e impulso de buscar novos con-
hecimentos, habilidades e competências
cognitivas/socioemocionais fundamen-
tais para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.
As Práticas Educativas e Metodologias
de Êxito do Modelo da Escola Cidadã In-
tegral estão em consonância com as
diretrizes pedagógicas presentes na lei
do Sistema Nacional de Atendimento So-
cioeducativo (SINASE)13, através das quais
espera-se despertar no(a) adolescente
a necessidade de reconstrução e ressig-
nificação do seu projeto de vida a partir
de um olhar auspicioso sobre o seu fu-
turo, fomentado por um relacionamento
saudável estabelecido consigo mesmo,
com seus próprios sentimentos e aspi-
rações, e com o coletivo, fundamentado
nos princípios dos direitos universais do
homem e sem a reincidência da prática
de atos infracionais (BRASIL, 2006).
12.1 ROTINAS E PRÁTICAS
EDUCATIVAS NAS ECIS
Essa seção destina-se aos profissionais
da educação que trabalham com as Es-
colas em funcionamento nos centros
de atendimento socioeducativo do Es-
13 Para saber mais sobre o SINASE acesse: Sistema Nacional de Atendimento Socioed-
ucativo SINASE
13 Entenda mais sobre Pedagogia da Presença no modelo da Escola Cidadã Integral no
Caderno 2, Princípios Educativos.
tado da Paraíba, sejam professores(as),
coordenadores(as) pedagógicos(as), ge-
stores(as), funcionários(as) da Secretaria
de Estado da Educação ou a Comuni-
dade em geral.
As informações e orientações aqui apre-
sentadas são um aprofundamento das
Diretrizes Operacionais das Escolas Ci-
dadãs Integrais, com o objetivo de delin-
ear a forma como o modelo se material-
iza por meio do Programa de Educação
Integral da Rede Estadual nas Escolas
Cidadãs Integrais Socioeducativas, aux-
iliando na compreensão e execução
dos processos formativos que ocorrem
nesses espaços.
12.1.1 Pedagogia da Presença
nas ECIS
A Pedagogia da Presença14 fundamenta
a relação educador(a) - educando(a). Nas
Escolas Cidadãs Integrais Socioeducati-
vas, os momentos de convivência ultra-
passam as paredes da sala de aula e as-
sim são criadas novas oportunidades de
fortalecer o processo de ensino e apren-
dizagem, da mesma forma que nas esco-
las em meio aberto.
Nas ECI Socioeducativas, há detalhes
que precisam de atenção especial. É
 DIRETRIZES 2023

recomendável ao(a) professor(a) dessa tudantes se torna muito mais efetiva e

modalidade que busque compreender intencional.
seu papel nesses espaços no tocante à
sua importância e limites. Por se tratar
de um contexto de privação de liber-
12.1.2 Presença educativa no
dade, o campo de atuação do(a) profes-
sor(a) deve estar restrito à escola, pois as
SINASE:
relações pessoais externas dos(as) estu-
Fazer-se presente na ação socioeduca-
dantes (com familiares e profissionais de
tiva dirigida ao(à) adolescente é aspec-
outras áreas) durante o cumprimento da
to fundamental para a formação de um
medida socioeducativa são conduzidas
vínculo. A presença construtiva, solidária,
pela FUNDAC.
favorável e criativa representa um passo
importante para a melhoria da qualidade
ATENÇÃO!
da relação estabelecida entre educa-
dores(as) e adolescentes.
Não fornecer aos (às) estudantes infor-
mações pessoais tais como: endereço,
Neste sentido, a exemplaridade é aspec-
número de telefone, perfis em redes
to fundamental. Educar - particularmente
sociais, e-mail ou qualquer outra forma
no caso de adolescentes - consiste em
de contato, seu ou de outrem. Caso o(a)
ensinar aquilo que se é. Portanto, a for-
estudante solicite, o(a) professor(a) deve
ma como o programa de atendimento
argumentar que é necessária uma autor-
socioeducativo organiza suas ações, a
ização oficial da Coordenação das ECI So-
postura dos profissionais, construída em
cioeducativas, na Secretaria de Estado da
bases éticas, frente às situações do dia a
Educação.
dia, contribuirá para uma boa atitude ci-
dadã do(a) adolescente.
Há, no entanto, outras formas do(a) pro-
fessor(a) da ECIS se fazer presente na vida
escolar do(a) estudante como: o enga- 12.2 Acolhimento nas ECIS
jamento nas metodologias de êxito, na
Tutoria, nos Clubes de Protagonismo, O Acolhimento15 é a “porta de entrada”
Acolhimento, Plantão Pedagógico, Ele- da realização do Projeto de Vida. Ele se
tivas e eventos culturais ou recreativos. destina à equipe escolar, aos Pais e Re-
Dessa forma, a contribuição dos(as) pro- sponsáveis e aos(às) Estudantes. Nas ECI
fessores(as) para a formação dos(as) es- Socioeducativas, esses momentos são

137
15 Para mais informações sobre Acolhimento Diário, consulte o Volume 3 dos Cader-
nos de Formação: Rotinas e Práticas Educativas
DIRETRIZES 2023
conduzidos pelas equipes escolares,
mas sempre na perspectiva de incluir os-
(as) estudantes, colocando-os(as) como
centro do processo. Deve-se ter em
mente o desenvolvimento da autono-
mia desses(as) estudantes, tendo como
primazia o protagonismo juvenil. Sem-
pre que houver a possibilidade de um(a)
ou mais estudantes estarem à frente dos
Acolhimentos, deve-se fazer o possível
para que isso aconteça. É importante
salientar que todas as questões de segu-
rança devem estar previamente alinha-
das com as direções das unidades.
O Acolhimento Diário é direcionado
aos(às) Estudantes e, conforme a nomen-
clatura, deve ser realizado todos os dias
para cada turma que entra nos espaços
de aprendizagem da escola - uma vez
que, nessas escolas, os(as) estudantes
são conduzidos(as) de seus alojamentos
para os locais de estudo. Seja a primeira
aula do dia na sala de aula, na quadra, na
biblioteca ou no auditório, o Acolhimen-
to Diário precisa acontecer.
É preferível que o Acolhimento Diário
aconteça em um local por onde os(as)
estudantes passem antes de entrarem
nos espaços de aprendizagem. No en-
tanto, a dinâmica para esse momento
pode variar de acordo com a disponibili-
dade de espaço e questões de segurança
de cada unidade. Caso necessário, pode
acontecer dentro da própria sala de aula.
IMPORTANTE!
Assim como cada atividade realizada fora
de contexto de sala de aula, os agentes
socioeducativos, supervisores e direção
das unidades devem estar prévia e de-
talhadamente informados quanto ao
horário e como irão acontecer. Além do
início das aulas, o Acolhimento também
deve ser realizado nas Culminâncias das
Eletivas e nos eventos de caráter cultural
ou alusivos às datas comemorativas.
12.3 Protagonismo Juvenil
nas ECIS
As práticas educacionais devem ser pau-
tadas na participação do(a) adolescente
em seu processo formativo, pensando
nesse(a) estudante como protagonista
do Projeto de Vida que está sendo con-
struído. Partindo da perspectiva aberta
para o futuro, deve-se criar espaços para
que os(as) socioeducandos(as) primei-
ramente se aceitem e compreendam
como são e, só então, iniciem uma trans-
formação naquilo que almejam ser.
As ações devem promover a manifes-
tação de suas potencialidades, privi-
legiando o desenvolvimento de habi-
lidades como ponderação, análise de
problemas, trabalho em grupo, planeja-
mento, liderança, tomada de decisões,

(auto)avaliação, relação com os outros e
resolução de conflitos de forma pacífica.
O(a) adolescente deve ser reconhecido
como o(a) protagonista deste cenário.
Enquanto ele(a) for visto(a) apenas como
um problema ou o problema, será excluí-
do da possibilidade de canalizar constru-
tivamente suas energias como agente de
transformação pessoal e social.
Se liga na novidade:
A disciplina “Protagonismo Juvenil” passa
a ser ofertada, semanalmente, na Parte
Diversificada das ECI Socioeducativas,
em uma hora/aula dentro do horário res-
ervado para a disciplina Oficina de Leitu-
ra (exclusivamente nos Ciclos III, IV, V e VI)
e para a disciplina Oficina de Arte (ape-
nas nos Ciclos I e II), através de sequên-
cias didáticas disponibilizadas pela SEE.
O intuito é estimular o(a) estudante à
análise e à reflexão sobre os conceitos de
autonomia, responsabilidade e solidarie-
dade humana, que alicerçados nos qua-
tro pilares da educação contribuirão na
formação de sujeitos críticos e criativos,
conduzindo-os(as) na (re)construção
dos seus Projetos de Vida.
IMPORTANTE!
Os(as) professores(as) das ECI Socioed-
ucativas contribuirão com a produção
de um material complementar voltado,
16 Para mais informações sobre Clubes de Protagonismo, recomendamos a leitura do
Caderno de Formação: Rotinas e Práticas Educativas.
DIRETRIZES 2023
exclusivamente, para esse público, que
deve ser considerado e incorporado às
sequências didáticas do material orig-
inal. Novas orientações poderão surgir
mediante desenvolvimento da disciplina
de Protagonismo ao longo do ano leti-
vo, sob supervisão da Coordenação re-
sponsável da GEEI, devendo as unidades
socioeducativas ficarem atentas às so-
licitações para o acompanhamento do
novo componente curricular.
12.4 Clubes de
Protagonismo nas ECIS
Os Clubes de Protagonismo16 serão
desenvolvidos, semestralmente, dentro
horário reservado à disciplina de Pro-
tagonismo Juvenil, nunca ultrapassan-
do 50% do tempo destinado ao estudo
das sequências didáticas, tendo como
particularidade a necessidade das suas
atividades sempre mediadas por um(a)
professor(a), que acompanha e orienta
os encontros.
12.5 Tutoria nas ECIS
Tendo em vista a efetivação das inter-
ações pedagógicas, a tutoria é uma
prática utilizada nas Escolas Cidadãs In-
tegrais que também se materializa nas
ECI Socioeducativas. Nesses espaços,
139
DIRETRIZES 2023

os(as) Professores(as) Tutores(as) po- provindas da tutoria fornecem subsídios

dem acompanhar o desenvolvimento para construção e acompanhamento do
escolar de seus tutorados, dialogando Plano Individual do(a) Adolescente (PIA).
diretamente com eles(as) e com as Co- Além disso, nas ECI Socioeducativas, os(a)
ordenações de Áreas e Pedagógica. Por Professores(as) Tutores(as) possuem um
meio da utilização das Fichas de Tutoria, papel importante no desenvolvimento
os(as) Professores(as) Tutores(as) podem das aulas de Estudo Orientado, conforme
acompanhar e fornecer informações so- será explanado adiante, pois eles têm
bre seus respectivos tutorados(as) sem- as ferramentas necessárias para identi-
pre que necessário. Essa prática pode ser ficar as necessidades de aprendizagem
realizada de forma anônima inicialmente, prioritárias apresentadas pelos(as) estu-
mas deve objetivar a ciência dos(as) es- dantes.
tudantes sobre o processo à medida em
que desenvolvem a maturidade sobre
sua intencionalidade. 12.6 Plantão Pedagógico
É imprescindível que esse papel seja
nas ECIS
compreendido por todos os membros
De acordo com o SINASE, a participação
da comunidade escolar, especialmente
da família é fundamental para um bom
pelos(as) estudantes e familiares. Os Cad-
desenvolvimento da ação socioeducati-
ernos de Formação definem o papel
va. Nesse sentido, a contribuição da es-
do(a) tutor(a) como pessoas que “acom-
cola para o fortalecimento dos vínculos
panham e comunicam-se com seus tu-
familiares pode se materializar também
torados de forma sistemática, planejan-
por meio da realização dos Plantões Ped-
do, entre outras coisas, a sua evolução
agógicos, proporcionando uma partici-
e avaliando a eficiência de suas orien-
pação ativa e qualitativa da família nesse
tações com vistas ao desenvolvimento
processo.
de seu Projeto de Vida”. As ações dos(as)
professores(as) tutores(as) estendem-se
Nas ECI Socioeducativas, os Plantões
também aos Plantões Pedagógicos, por
Pedagógicos17 acontecem preferencial-
meio das quais seja possível responder
mente nos dias de visita, com a escala
aos pais ou responsáveis que buscarem
de professores designados para o aten-
as escolas com a pergunta “como está
dimento dos familiares dos estudantes.
o(a) meu/minha filho(a) na escola?”.
Eles devem estar munidos das Fichas
de Tutoria e demais informações acerca
É importante ressaltar que informações

17 (Lei nº 12.594 de 2012 - SINASE) Consulte Atividades para o Plantão Pedagógico,

página 20 do caderno Rotinas e Práticas Educativas.

do atendimento escolar oferecido aos
estudantes. Devido a alta rotatividade é
preferível que os plantões pedagógicos
ocorram ao menos quinzenalmente, a
fim de atender o máximo de adoles-
centes e seus familiares.
Tudo que é objetivo na formação do(a)
adolescente é extensivo à sua família.
Portanto, o protagonismo do(a) adoles-
cente não se dá fora das relações mais
íntimas. Sua cidadania não acontece
plenamente se ele não estiver integrado
à comunidade e compartilhando suas
conquistas com a sua família.
12.7 Reuniões de Fluxo nas
ECIS
As Reuniões de Fluxo são encontros se-
manais que visam ao acompanhamento
e desenvolvimento de estratégias para
melhoria das ações realizadas no âmbito
escolar. Elas compõem uma dinâmica in-
stitucional que garante a horizontalidade
das informações e dos saberes entre os
membros da equipe multiprofissional.
Para as ECI Socioeducativas, apontamos
a seguinte rotina de Reuniões de Fluxo:
• Gerência Executiva de Educação
Integral e Gestão Escolar/Coorde-
nação Pedagógica;
• Gestão Escolar e Gestão da Unidade
Socioeducativa;
DIRETRIZES 2023
• Gestão Escolar e Coordenação Ped-
agógica;
• Coordenação Pedagógica e Coorde-
nações de Áreas;
• Coordenação Pedagógica e Profes-
sores da Parte Diversificada do Cur-
rículo;
• Coordenações de Áreas e Profes-
sores de suas respectivas Áreas do
Conhecimento (BNCC);
• Coordenações de Áreas e Profes-
sores Tutores.
ATENÇÃO!
As reuniões de fluxo e planejamentos
pedagógicos poderão ocorrer em for-
mato híbrido, em datas e horários pre-
viamente firmados entre GEEI e Gestão
Escolar. Todas as reuniões, obrigatori-
amente, devem ter registro em livro de
ata, assinado por todos os participantes e
compartilhado em ambiente disponibili-
zado pela GEEI.
12.8 Observação em Sala de
Aula nas ECIS
O cumprimento das Guias de Aprendiza-
gem é uma das metas do Plano de Ação
da escola. Por isso, é importante que os-
(as) Coordenadores(as) de Área (CAs) re-
141
DIRETRIZES 2023
alizem o acompanhamento das aulas de
suas respectivas áreas do conhecimento,
no intuito de auxiliar os demais profes-
sores em suas práticas educacionais, por
meio da análise das interações construí-
das entre professores, estudantes e con-
teúdos trabalhados em sala de aula.
As visitas às aulas devem ser realizadas
conforme a disponibilidade de horário
dos(a) CAs, com dia e horário definidos
previamente junto ao professor minis-
trante. É recomendável que os estudantes
sejam informados sobre a intencionali-
dade da visita, para que eles estejam ci-
entes dos procedimentos pedagógicos
realizados na escola. Não é necessário
que o(a) CA acompanhe a aula inteira,
desde que sejam verificados os aspectos
pertinentes à visita.
O instrumento utilizado para o acom-
panhamento é a pauta da observação,
construída em conjunto com o professor
ministrante. Após a observação, deve-se
realizar a devolutiva por meio de uma
conversa e apresentação de um relatório
a ser entregue ao professor e à Coorde-
nação Pedagógica. Recomenda-se que o
relatório de observação seja previamente
discutido entre Coordenador(a) e Coor-
denado(a), e em seguida a ação registra-
da no livro de atas. Esse momento é uma
contribuição da Coordenação de Área
para o campo Fatores Críticos de Apoio,
no Programa de Ação do(a) professor(a).
ROTEIRO DA OBSERVAÇÃO
1. Elaboração do cronograma de visitas
às aulas (disponível para visualização
por toda a equipe);
2. Elaboração da pauta (CAs e profes-
sores);
3. Realização da visita - observar:
• A interação entre estudantes e
conteúdo;
• A interação entre estudantes e
professor(a);
• A interação entre estudantes e
colegas;
• Como os Princípios Educativos
são movimentados em sala de
aula;
• Devolutiva da visita e entrega
do relatório (ao(à) professor(a) e
à Coordenação Pedagógica);
• Registro da ação de observação
em livro de ata.
A observação das aulas da Parte Diversifi-
cada (incluindo as aulas de Música) e dos
Cursos Profissionalizantes fica a cargo
da Coordenação Pedagógica e segue os
mesmos critérios acima.

12.9 METODOLOGIAS DE
ÊXITO NAS ECIS
As Metodologias de Êxito18 são compo-
nentes curriculares da Parte Diversificada
responsáveis pela vinculação das práticas
sociais ao mundo acadêmico, elas con-
tribuem para o fortalecimento e difusão
das experiências e conhecimentos dos
socioeducandos.
12.9.1 Projeto de Vida nas ECIS
O trabalho com a disciplina Projeto de
Vida, muitas vezes, requer bem mais do
que levar o(a) estudante a descobrir a ne-
cessidade de projetar seus sonhos, mas
também de perceber que, justamente
devido às suas circunstâncias, sonhar é
tão importante. E além do sonho, com-
preender-se enquanto indivíduo dotado
de desejos, necessidades e potenciali-
dades para concretizar esses anseios.
A consolidação do Estatuto da Criança
e do Adolescente ampliou o comprom-
isso do Estado e da Sociedade Civil com
soluções efetivas para assegurar aos ad-
olescentes do sistema socioeducativo
uma autêntica mudança de trajetória e
(re)construção de seus Projetos de Vida.
No intuito de aprimorar o atendimento a
esses estudantes durante as aulas de Pro-
18 Aprofunde seus conhecimentos sobre o tema consultando o caderno de formação:
Metodologias de Êxito.
DIRETRIZES 2023
jeto de Vida, além do material disponibi-
lizado às escolas para o Ensino Funda-
mental e Médio, os(as) professores(as)
das ECI Socioeducativas contribuirão
com a produção de um material com-
plementar voltado, exclusivamente, para
esse público, que deve ser considerado
e incorporado às sequências didáticas do
material original.
É necessário que a Coordenação Ped-
agógica realize o acompanhamento das
atividades de perto, pois as produções
dos(as) estudantes nas atividades de Pro-
jeto de Vida podem e devem contribuir
para os Planos Individuais de Atendimen-
to (PIA), um instrumento de acompanha-
mento psicossocial dos(as) adolescentes
e jovens em cumprimento de medidas
socioeducativas, mas não para sua op-
eracionalização, pois o PIA diz respeito
aos objetivos do(a) estudante durante
o cumprimento da medida socioeduca-
tiva e o Projeto de Vida vai além o perío-
do de internação e da vida escolar.
Se liga na informação:
Nos Ciclos I e II, as aulas de Projeto de
Vida contemplam os temas do material
do Ensino Fundamental - Anos Iniciais.
Os Ciclos III e IV utilizam os temas do ma-
terial do Ensino Fundamental - Anos Fi-
nais (incluindo o material de Pré-Médio,
exclusivamente, no Ciclo IV). Já no ciclo V,
o material norteador é o mesmo da 1ª e
143
DIRETRIZES 2023
2ª séries do Ensino Médio. Por fim, no Ci-
clo VI, os(as) estudantes das ECI Socioed-
ucativas têm aulas de Pós-Médio.
12.9.2 Projeto de Vida no
SINASE:
As ações socioeducativas devem exercer
uma influência sobre a vida do(a) adoles-
cente, contribuindo para a construção
de sua identidade, de modo a favorecer
a elaboração de um projeto de vida, o
seu pertencimento social e o respeito às
diversidades (cultural, étnico-racial, de
gênero e orientação sexual), possibilitan-
do que assuma um papel inclusivo na
dinâmica social e comunitária. Para tan-
to, é vital a criação de acontecimentos
que fomentem o desenvolvimento da
autonomia, da solidariedade e de com-
petências pessoais relacionais, cognitivas
e produtivas (Lei nº 12.594 de 2012 - SI-
NASE).
Os(As) professores(as) de Projeto de Vida
das ECI Socioeducativas têm a impor-
tante missão de contribuir ativamente
para uma nova percepção da identidade
dos(as) e nos(as) estudantes, de modo
que eles(as) conheçam a potencialidade
dos sonhos e comecem a construir ou
reconstruir seus Projetos de Vida, rumo a
uma mudança positiva de trajetória. As-
sim, cabe aos(às) docentes à frente dessa
disciplina um cuidadoso planejamento
das atividades e observação e preparo
das sequências didáticas disponibiliza-
das pela SEE para cada etapa de ensino.
• Pré-Médio: Destinada ao Ciclo IV, a
disciplina é integrada às aulas de Pro-
jeto de Vida. Ela se destina a construir
um espaço de transição da vivência
no Ensino Fundamental para o Ensi-
no Médio.
• Pós-Médio: Destinada, exclusiva-
mente, aos(à) estudantes do Ciclo
VI, possibilita orientar e aprofundar
a preparação dos(as) estudantes, a
partir da área escolhida por eles(as),
tanto na perspectiva do ENEM PPL,
como em outros itinerários.
Nos ciclos iniciais da EJA (I e II), os(as)
estudantes apresentam defasagem sig-
nificativa em suas habilidades de pro-
dução e compreensão textuais, por isso
é essencial que os(as) Professores(as) de
Projeto de Vida articulem o planejamen-
to de suas atividades com os(as) profes-
sores(as) dos Ciclos iniciais do Ensino
Fundamental, de modo a potencializar a
oferta dos conteúdos para esse público
com necessidades tão específicas.
12.9.3 Disciplinas Eletivas nas
ECIS
As Disciplinas Eletivas compõem a Parte
Diversificada do currículo, ampliando e
diversificando os ambientes e possibili-

dades de aprendizagem e contribuindo
para o fortalecimento de habilidades por
meio da articulação com os componen-
tes da Base Nacional Comum Curricular,
o Protagonismo e os Projetos de Vida
dos(as) estudantes. Por isso, as ECI So-
cioeducativas desempenham a missão
de promover um atendimento escolar
com a máxima excelência, viabilizando
uma formação interdimensional sólida,
no intuito de reconstruir valores para res-
significar suas identidades enquanto su-
jeitos de direitos e protagonistas de suas
histórias.
Para a criação e realização das aulas
das disciplinas eletivas, recomen-
da-se a seguinte orientações:
1. Sequência do levantamento dos
sonhos dos(as) estudantes;
2. Utilização dos dados consolidados e
observância das necessidades espe-
cíficas desse público;
3. Elabora-se a ementa da disciplina.
Se liga na informação:
É obrigatória a inserção dos temas
transversais de Educação em Direit-
os Humanos e Mundo do Trabalho nas
propostas de todas as disciplinas eletivas
ofertadas nas ECIS.
19 Aprofunde seus conhecimentos sobre Estudo Orientado consultando os materiais e
o caderno de formação: Metodologias de Êxito.
DIRETRIZES 2023
As eletivas devem ter duração de
duas horas-aula sequenciadas, dando
preferência pela metodologia de proje-
tos (com um produto final como resulta-
do material), sendo sua oferta semestral
através de Feirão das Eletivas (garantin-
do-se o direito de escolha dos(as) estu-
dantes) e Culminâncias ao final de cada
semestre com divulgação interna para os
familiares e exposição das produções.
As Disciplinas Eletivas das ECI Socioed-
ucativas também podem se tornar
Clubes de Protagonismo, desde que se
siga as orientações de segurança e plane-
jamento necessárias. Elas podem envolv-
er componentes curriculares de áreas dif-
erentes (como Matemática e Arte) e até
mesmo ser articuladas com as aulas de
Música e Cursos Profissionalizantes, com
a participação direta desses(as) profes-
sores(as) contribuindo para enriquecer
os conteúdos apresentados e diversificar
as práticas educativas.
12.9.4 Estudo Orientado nas
ECIS
O Componente curricular Estudo Orien-
tado19 é uma Metodologia de Êxito da
Parte Diversificada do modelo da Esco-
la Cidadã Integral na qual o estudante
é contemplado com estratégias para o
desenvolvimento de suas habilidades
e competências no sentido de garantir
e ampliar sua autonomia na hora de re-
145
DIRETRIZES 2023

alizar seus estudos. vos componentes curriculares.

Nas ECI Socioeducativas, os momentos • Segundo passo: Os(as) Coorde-

de Estudo Orientado devem ser incorpo- nadores(as) de Área definem junto
rados às aulas dos componentes curricu- à Coordenação Pedagógica em que
lares da BNCC e estar presentes nos pro- momentos na semana acontecerão
gramas de ação dos(as) professores(as) e as aulas de Estudo Orientado, pois
coordenadores(as) de área. Para que isso elas serão incorporadas no horário
aconteça, é necessário que as equipes se semanal dentro das aulas dos com-
atentem ao fluxo apresentado a seguir: ponentes curriculares, ficando reser-
Passo zero: caso o(a) estudante chegue vada uma hora-aula de Estudo Ori-
à escola sem comprovação de escolari- entado por semana, e um dia para
dade, e não seja possível o contato com cada área do conhecimento.
a instituição de ensino anterior, deve
aplicar a Avaliação Diagnóstica de Nive- É recomendável que para as áreas
lamento imediatamente. de Linguagens e Ciências da Nature-
za e Matemática, as aulas de Estu-
• Primeiro passo: Os(as) Profes- do Orientado aconteçam na carga
sores(as) Tutores(as) devem acom- horária disponibilizada para Língua
panhar e relatar as necessidades de Portuguesa e Matemática, respecti-
aprendizagem de seus tutorados nas vamente. Já em Ciências Humanas,
Reuniões de Fluxo de Área. Essas ne- deve-se identificar as possibilidades
cessidades dizem respeito às práti- de acordo com cada caso.
cas de estudos: foco, entusiasmo, es- O quadro abaixo apresenta uma sug-
forço, responsabilidade, autonomia, estão de como as aulas de Estudo
entre outros. As informações identi- Orientado podem ser incorporadas
ficadas pelos(as) Tutores(as) devem no horário semanal da escola.
ser sistematizadas e repassadas para
os(as) professores(as) dos respecti-

SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA

E.O - C. Exatas
SEMANA O1 ( 1 Aula de Matemática)
E.O - C. Humanas
SEMANA O2 (1 Aula de Geografia)

SEMANA O3 E.O - C. Linguagens

(1 Aula de Ling.
Portuguesa)
E.O - C.Natureza
SEMANA O4 (1 Aula de Biologia)

Terceiro passo: Após as aulas de Estu-
do Orientado, os(as) professores(as) Tu-
tores(as) devem realizar o acompanham-
ento das dificuldades apresentadas por
seus tutorados, verificando se elas per-
manecem.
O conteúdo do Estudo Orientado é a
própria prática de se estudar, estruturado
sob “uma metodologia que deve favore-
cer o desenvolvimento da autoconfiança
dos adolescentes e jovens na sua capaci-
dade de aprender a aprender” (ICE, 2020,
p. 65).
12.9.5 Práticas Experimentais
nas ECIS
As Práticas Experimentais compõem
a Parte Diversificada do currículo com
foco na área de Ciências da Natureza
e Matemática, ampliando as oportuni-
dades de aprendizagem por meio da
experimentação. Elas devem ser articu-
ladas ao aspecto teórico e conceitual de
Matemática, Química, Física e Biologia.
Nas ECI Socioeducativas, apesar de não
possuírem carga-horária pré-fixada na
matriz curricular, as Práticas Experimen-
tais devem ser incorporadas nas aulas
de ciências da natureza e matemática,
presentes nos Guias de Aprendizagem e
acompanhadas por meio dos Programas
de Ação.
DIRETRIZES 2023
12.9.6 Propulsão nas ECIS
O trabalho de Propulsão (Nivelamento)
vem sendo fortalecido desde a imple-
mentação do modelo integral, pois, ao
longo dos anos, verificou-se a necessi-
dade de contribuir para minimizar os
níveis de distorção idade-série apresen-
tados pelos estudantes que ingressam
no sistema socioeducativo. As ações vol-
tadas para o Nivelamento consistem em
identificar, acompanhar e avaliar os níveis
e necessidades de aprendizagem dos es-
tudantes especialmente nas habilidades
referentes às disciplinas de Língua Portu-
guesa, Matemática e Ciências.
ORIENTAÇÕES GERAIS
• Para um melhor desenvolvimento
das práticas educativas e resulta-
dos de aprendizagem, as equipes
pedagógicas devem se utilizar das
estratégias e instrumentos de Pro-
pulsão apresentados abaixo.
• Avaliação Diagnóstica Inicial – apli-
cada, prioritariamente, aos(à) estu-
dantes que chegam à escola sem os
documentos comprobatórios de seu
nível de escolaridade;
• Plano de Propulsão - Desenvolvi-
mento de estratégias com base nas
necessidades de aprendizagem
identificadas a partir das Avaliações
147
DIRETRIZES 2023
Diagnósticas;
• Aplicação das Sequências Didáticas -
Ação realizada para o fortalecimento
das habilidades em defasagem;
• Avaliação Processual - (1º ao 4º bi-
mestre) elaboradas com base nos
resultados das avaliações diagnósti-
cas e com a intenção de realizar o
acompanhamento intermediário do
desenvolvimento das habilidades;
• Avaliação Diagnóstica de Saída - Ver-
ificação do desenvolvimento das ha-
bilidades.
Se liga na informação:
A Gerência Executiva de Educação Inte-
gral disponibilizará às equipes das esco-
las os materiais orientadores, Sequências
Didáticas, os arquivos para impressão
das Avaliações Diagnósticas e demais
orientações específicas que se fizerem
necessárias às ECI Socioeducativas.
12.10 INSTRUMENTOS DE
TECNOLOGIA EM GESTÃO
EDUCACIONAL (TGE) NAS
ECIS
12.10.1 Plano de Ação nas ECIS
O Plano de Ação é o instrumento de TGE
que contém o planejamento estratégico
a ser desenvolvido na escola (inspirado
no Plano de Ação da SEE) dentro de
cada premissa do Modelo, articulando
objetivos, prioridades, e estratégias a fim
de alcançar as metas pactuadas dentro
dos mais diversos indicadores. É anual,
mas deve ser revisado bimestralmente,
garantindo o preenchimento do Quadro
de Monitoramento.
Considerando a intencionalidade dos
instrumentos de TGE, os desdobramen-
tos do Plano de Ação nos Programas de
Ação ocorrem de acordo com a forma
como estão descritos nas Diretrizes Op-
eracionais vigentes, assim como a Agen-
da Bimestral.
12.10.2 Macroestrutura nas
ECIS
A denominada “Macroestrutura” é um
instrumento gráfico da TGE que deve
estar à vista de toda comunidade esco-
lar e demonstra claramente o fluxo do
Princípio da Comunicação. É de extrema

importância para o pleno alinhamento
entre as funções da equipe escolar, ga-
rantia do monitoramento e da efetivação
do movimento do Ciclo Virtuoso.
12.10.3 Planilha de
Monitoramento de Frequência
nas ECIS
O comparecimento às atividades ped-
agógicas é obrigatório nas ECI Socioed-
ucativas. Por isso, a frequência é um
dos indicadores monitorados no Plano
de Ação da escola. O Sistema E-saber
atende aos fins de registro sistemático
dos dados estatísticos das escolas e estu-
dantes na Rede Estadual de Ensino. Con-
tudo, é necessário considerar questões
que vão além da presença ou ausência,
como transferência de estudantes entre
as unidades de internação, progressão
ou extinção da medida socioeducativa,
suspensão da aula por motivos de força
maior, comparecimento do(a) estudante
a audiências, dias de visita ou retorno aos
alojamentos.
Para um acompanhamento mais preciso
da frequência e dos motivos das aus-
ências, a Coordenação das ECI So-
cioeducativas desenvolveu as Planilhas
de Monitoramento de Frequência, dis-
ponibilizadas e atualizadas mensalmente
às equipes escolares.
DIRETRIZES 2023
12.10.4 Programa de Ação nas
ECIS
O Programa de Ação é um instrumen-
to que visa articular as estratégias do
Plano de Ação escolar (sejam elas para
o ensino presencial e/ou híbrido), a fim
de estruturar enfoques (dentro de cada
área de atuação) que colaborem para a
efetivação das metas pactuadas com o
plano de ação. Logo, afirma-se que é por
meio deste instrumento operacional que
será possível o “fazer acontecer”, colocar
em prática as estratégias estabelecidas
no Plano de Ação Escolar, a fim de que as
metas pactuadas sejam alcançadas se, e
somente se, as ações forem executadas a
partir de uma organização e de uma siste-
maticidade necessárias e indispensáveis.
Essa organização e essa sistematicidade
é que dão condições de acompanham-
ento pleno e de monitoramento asser-
tivo de indicadores para a realização de
toda a Melhoria Contínua que caberá no
processo de execução das ações plane-
jadas, entendo que não se alcança um
resultado potente da noite para o dia.
Os grandes resultados são construídos
ao passo em que a Melhoria Contínua é
bem administrada no processo.
Ao tratar-se disso, de imediato lembra-
mos de um outro instrumento que mate-
rializa e dá operacionalização a esse ciclo,
o PDCA. Para tanto, é imprescindível que
o Programa de Ação seja entendido nes-
sa óptica, a partir do seguinte:
149
DIRETRIZES 2023
ELABORAR PROGRAMA DE AÇÃO é
atribuição bem definida no escopo da Lei
11.100/2018, que deixa claro que o mes-
mo deve ser orientado pelo(a) Gestor(a)
Escolar (seguindo as devidas substitu-
ições, na ausência deste).
Importante sempre lembrar que, se o
Programa de Ação operacionaliza o Pla-
no de Ação Escolar (que também pode
ser entendido como Projeto de Vida da
Comunidade Escolar), a ausência desse
instrumento elaborado deixa o Plano
sem operacionalização e, portanto, deixa
o Projeto Escolar “sem vida”.
Cada profissional gestor(a), coorde-
nador(a) pedagógico(a), coordenador(a)
administrativo-financeiro e professores
devem elaborar o programa de ação
de acordo com sua atuação, bimestral-
mente.
A sequência para elaboração do pro-
grama de ação deve seguir a seguinte
ordem:
• Professores(as) da Base Comum;
• Coordenadores(as) de área da Base
Comum;
• Coordenador(a) Pedagógico(a);
• Gestor(a).
O(A) Gestor(a) que, só após receber o
Programa de Ação do(a) CP deverá elab-
20 Para mais informações consultar o Plano de Referência para Elaboração e Atual-
ização do Programa de Ação: bit.ly/2RW8xs
orar o seu. Trata-se de uma responsabi-
lidade de cada profissional monitorar o
seu programa de ação, assim como é re-
sponsabilidade da coordenação de área
monitorar os Programas Ação dos(as)
professores(as) da sua área; do(a) CP
monitorar os dos CAs; bem como do(a)
Gestor(a) monitorar o Programa de Ação
do(a) CP.
O próprio Plano de Ação escolar e o
fluxo de validação dos demais membros
da equipe validam o Programa de Ação
do(a) Gestor(a). Não existe uma pessoa
ou função que o realize. O(A) Gestor(a)
necessita de exercer fidedignamente a
função de “guardião” do Plano de Ação
Escolar e essa validação faz parte dessa
relação dialógica entre a função e o in-
strumento, logo, ele/ela é quem encerra
o fluxo de validação. Na página 70, do
Caderno 11 de Formação - Tecnologia
de Gestão Educacional, encontramos o
seguinte parágrafo, que corrobora a esse
pensamento exposto acima:
“O Gestor, por sua vez, elabora o seu
próprio Programa de Ação à luz do Pro-
grama de Ação20 do Coordenador Ped-
agógico e do Coordenador Administra-
tivo-financeiro. O Programa de Ação do
Gestor deve ser um instrumento que
demonstre a articulação do fazer ped-
agógico da escola alinhada com suas
metas e com as estratégias da Secretaria
de Educação.”

12.10.5 Ciclos de Acompanham-
ento Formativo nas ECIS
Os Ciclos de Acompanhamento Forma-
tivo são uma das ações da Secretaria de
Estado da Educação que visa verificar o
desempenho das equipes escolares. São
momentos para orientação e escuta dos
gestores, coordenadores pedagógicos,
professores e estudantes sobre o dia a
dia na escola.
Um Ciclo consiste em uma reunião en-
tre consultores pedagógicos e de gestão
enviados pela Gerência Executiva de Ed-
ucação Integral (que pode ser acompan-
hado por um assessor regional), a equipe
escolar e os estudantes, no qual são ob-
servados aspectos essenciais da escola,
considerando o tipo de escola, o ano da
implementação do modelo e pautas es-
pecíficas. Ele acontece até quatro vezes
ao ano em datas previamente informa-
das às escolas e de acordo com as pos-
sibilidades de execução: presencial ou
virtualmente.
Nas ECI Socioeducativas, os consultores
conduzem o Ciclo assim como nas de-
mais escolas, tendo apenas um olhar
especial para a questão da privação de
liberdade dos estudantes e as circun-
stâncias do cumprimento de medidas
socioeducativas. Isso porque algumas
práticas educativas ocorrem de maneira
diferenciada para que, mesmo em uma
unidade de internação, o estudante vi-
DIRETRIZES 2023
vencie a experiência de estudar em uma
Escola Integral o mais próxima possível
do que ele encontrará após o cumpri-
mento de sua medida socioeducativa.
Nesse sentido, as questões a serem re-
spondidas durante os ciclos são, por ex-
emplo: “Quais estratégias a equipe adota,
conforme as orientações da Secretaria de
Educação, para garantir uma educação
de qualidade de acordo com o Modelo
Integral?”; “Como são verificados e acom-
panhados os resultados?”; “Qual o nível
de apropriação e maturidade da equipe
em relação aos Modelos Pedagógico e
de Gestão?”. Somado a isso, questões
quanto ao tempo de permanência
dos(as) estudantes na escola - determi-
nado pela duração da medida provisória
ou de internação, existência de grupos
rivais, nível de compreensão da equipe
acerca desses tópicos, entre outras, tam-
bém entram nessa equação, cujo resulta-
do são orientações específicas para cada
caso. Durante os Ciclos, é bom ter à mão:
Plano de Ação, Guias de Aprendizagem,
Programas de Ação, Planos de Ação dos
Clubes de Protagonismo, Ementas das
Eletivas, Ementas dos Cursos Profission-
alizantes e de Música, Quadro de Indica-
dores e Quadro de Resultados.
Quem participa? Todos os membros
da equipe escolar que não estiverem em
aula no momento e os estudantes convi-
dados pela Coordenação Pedagógica.
151
DIRETRIZES 2023
ATENÇÃO!
Preparação: Consultores e Coorde-
nadores(as) Pedagógicos(as) devem en-
trar em contato antes do início do ciclo
para confirmar se houve alguma ocor-
rência na noite anterior que impossibilite
o ciclo presencial ou a entrevista com os
estudantes por questões de segurança.
12.11 Outros Componentes
e Aspectos do Modelo
Integral nas ECIS
Desde a implementação do modelo
nas escolas das unidades de internação
no Estado da Paraíba, muitos aspec-
tos do Modelo Integral precisaram ser
adequados ou adaptados de forma que
pudessem ser replicados nesses espaços,
diante das peculiaridades decorrentes da
privação de liberdade. Pelo fato da edu-
cação estar sempre em evolução, algu-
mas características próprias das Esco-
las Cidadãs Integrais e Escolas Cidadãs
Integrais Técnicas ainda estão em fase
de estudos, análise ou adaptação para
uma posterior incorporação às ECI So-
cioeducativas.
Colabore e Inove (CI9) - Componente
destinado aos(às) estudantes da 1ª
série do Ensino Médio Propedêutico so-
bre empreendedorismo, por meio de
metodologias ativas, já implementadas
na Rede Estadual.
Metodologias Empreendedoras (Inter-
venção Comunitária - IC, Inovação Social
Científica - ISC e Empresa Pedagógica -
EP) - Realizadas para desenvolver o pro-
tagonismo social e profissional no(a) es-
tudante, direcionadas aos(à) estudantes
de escolas ofertantes de cursos técnicos.
Práticas Profissionais e Estágios - Tem
o objetivo de potencializar o desenvolvi-
mento da educação profissional em artic-
ulação com o setor produtivo para os(as)
estudantes da 3ª série do Ensino Médio
das Escolas Cidadãs Integrais Técnicas.
Conselho de Líderes - Grupo forma-
do pelos líderes de turma que se reúne
com a gestão para tratar de temas de
interesse da comunidade escolar, mais
especificamente, dos(as) discentes. Nas
ECI Socioeducativas existe a prática da
escuta atenta dos(as) estudantes e suas
necessidades, realizadas pela Gestão e
Coordenação Pedagógica. No entanto,
ainda se configura de maneira distinta do
Conselho de Líderes.
Avaliação Semanal - Suporte às práticas
de Propulsão.

12.12 OUTRAS
ESPECIFICIDADES
DAS ESCOLAS
CIDADÃS INTEGRAIS
SOCIOEDUCATIVAS
ENEM PPL
Para os(as) estudantes do sistema so-
cioeducativo em privação de liberdade
que estão cursando os ciclos V e VI da EJA,
o Exame Nacional do Ensino Médio tem
uma edição especial com edital, datas de
inscrição e questões próprias, e é intitu-
lado como ENEM PPL (Exame Nacional
do Ensino Médio para Pessoas Privadas
de Liberdade). É o Eixo Educação da
FUNDAC que fica responsável por prov-
idenciar as documentações e inscrições.
No entanto, cabe à escola a preparação
dos(as) adolescentes e jovens para o ex-
ame.
O desenvolvimento de atividades
próprias a esse fim pode incluir aulas
temáticas (como estudar para as pro-
vas, motivação, dicas para a leitura e
resolução de questões, simulados, práti-
ca de redação, exibição de videoaulas e
aplicação do material didático do Se Liga
no Enem, entre outros), aulões, eventos e
demais ações que a escola possa realizar.
IMPORTANTE
Desafio nota 1000 – É importante que
DIRETRIZES 2023
as equipes das ECI Socioeducativas en-
corajem os(as) estudantes a participar
do Desafio Nota Mil, pois é um momen-
to em que os(as) socioeducandos tem a
oportunidade de participar ativamente
de uma ação da Rede Estadual de Ensino
juntamente com os demais estudantes
da Paraíba.
Componentes Curriculares Específi-
cos das Escolas Cidadãs Integrais So-
cioeducativas
A Parte Diversificada do currículo nas ECI
Socioeducativas é composta por com-
ponentes específicos, elaborados para
atender às determinações do atendi-
mento escolar para estudantes do siste-
ma socioeducativo, conforme definido
no ECA e na lei do SINASE, visando
a potencializar habilidades socioemocio-
nais e garantir direitos como o acesso ao
esporte, cultura e lazer.
Práticas Restaurativas - Endossada pelas
práticas pertinentes à Justiça Restaurati-
va, trabalha questões relacionadas à con-
vivência, a exemplo de: resolução pacífica
de conflitos, compreensão da necessi-
dade de reparação dos danos causados
e comunicação não-violenta.
Práticas Esportivas - Tem o objetivo de
contribuir para o desenvolvimento de
habilidades físicas e motoras, além de
proporcionar momentos de lazer por
meio do esporte. 153
DIRETRIZES 2023
Eletiva de Direitos Humanos - Fruto da
parceria entre a Secretaria de Estado
da Educação (SEE) com o Instituto Aus-
chwitz de Prevenção ao Genocídio e
Atrocidades em Massa (AIPG), foi conce-
bida como uma proposta de intervenção
educativa no espaço da escola, por meio
do projeto Cidadania e Democracia des-
de a Escola.
Oficina de Leitura e Escrita - Espaço des-
tinado ao reforço das habilidades em Lín-
gua Portuguesa para os(as) estudantes
de todos os níveis de aprendizagem das
ECI Socioeducativas com foco na orali-
dade, compreensão e produção textuais.
Oficina de Artes - Traz a proposta de am-
pliar o acesso à cultura nas ECI Socioedu-
cativas, por meio da prática das diversas
linguagens artísticas.
Oficina de Música - Com professores(as)
músicos(as) atuantes em bandas do Es-
tado da Paraíba, tem o importante papel
de fortalecer a cultura local e ampliar as
possibilidades de aprendizagem dos es-
tudantes das ECI Socioeducativas por
meio da música.
Cursos profissionalizantes - Oferecidos
pela SEE e também acompanhados pe-
las coordenações dos Eixos Educação e
Profissionalização da FUNDAC, trazem
oportunidades de aprendizagem volta-
das para a capacitação profissional em
áreas específicas por meio de Cursos de
Formação Inicial e Continuada (FIC).
Impossibilidade de Uso da Imagem
dos(as) Estudantes
Muitas são as oportunidades de desen-
volvimento das práticas educacionais
que envolvem as relações estabelecidas
virtualmente na época em que vivemos.
Entretanto, a divulgação das ações real-
izadas nas ECI Socioeducativas possui
sérias restrições, especialmente no que
diz respeito ao artigo 17 do ECA, o qual
trata da divulgação de imagem de cri-
anças e jovens, bem como a preservação
da imagem dos mesmos:
• Art. 17. O direito ao respeito consiste
na inviolabilidade da integridade físi-
ca, psíquica e moral da criança e do
adolescente, abrangendo a preser-
vação da imagem, da identidade,
da autonomia, dos valores, ideias e
crenças, dos espaços e objetos pes-
soais. (Lei n.º 8069 de 1990, Estatuto
da Criança e do Adolescente).
Portanto, é VETADO o uso da imagem ou
nome de qualquer estudante do sistema
socioeducativo para fins de divulgação
de ações da escola de qualquer natureza.
Segurança dos(as) Estudantes e Fun-
cionários(as) da Escola
As ECI Socioeducativas fazem parte das
dependências das unidades de inter-
nação, as quais contam com equipe es-
pecificamente designada para agir em

situações de conflito ou potencialmente
violentas. Os(as) socioeducadores(as)
ou agentes socioeducativos(as) das uni-
dades possuem atribuições que favore-
cem a realização das atividades escolares
e visam a garantir a segurança nesses es-
paços.
As atribuições dos(as) socioeduca-
dores(as) deverão considerar o profis-
sional que desenvolva tanto tarefas rela-
tivas à preservação da integridade física
e psicológica dos(as) adolescentes e dos
CONDIÇÕES DE INSALUBRIDADE
• Ruído contínuo ou intermitente
• Ruído de impacto
• Exposição ao calor
• Radiações ionizantes
• Trabalho sob condições hiperbári-
cas
• Radiações não-ionizantes
• Vibrações
• Frio
• Umidade
• Agentes químicos cuja insalubri-
dade é caracterizada por limite de
tolerância
• Limites de tolerância para poeiras
minerais
• Agentes químicos
• Benzeno
• Agentes biológicos
DIRETRIZES 2023
funcionários quanto das atividades ped-
agógicas. Este enfoque indica a necessi-
dade da presença de profissionais para
o desenvolvimento de atividades ped-
agógicas e profissionalizantes específicas
(Lei nº 12.594 de 2012 - SINASE, Capítulo
V). É importante ressaltar que os adicio-
nais de insalubridade e periculosidade
não se aplicam aos(à) profissionais da
educação das ECI Socioeducativas, se-
gundo as Normas Regulamentadoras 15
e 16 do Ministério do Trabalho, as quais
definem:
CONDIÇÕES DE PERICULOSIDADE
Operações Perigosas com/em:
• Explosivos
• Inflamáveis
• Radiações ionizantes ou substâncias ra-
dioativas
• Exposição a roubos ou outras espécies
de violência física nas atividades profis-
sionais de segurança pessoal ou patri-
monial
• Energia elétrica
• Motocicleta
155
DIRETRIZES 2023

MATRIZES

13.1 Matrizes dos cursos técnicos

As matrizes dos cursos técnicos estão disponíveis para acesso no site do Paraíba Educa
Paraíba Educa e no quadro a seguir.

As matrizes curriculares construídas em 2021 no Fórum de Competências serão utilizadas

nas turmas de 3º série do corrente ano, lembrando que essa matriz não apresenta as mod-
ificações ocorridas no currículo do Novo Ensino Médio.

As matrizes de 2022 serão utilizadas de forma gradativa pelas escolas, iniciou-se em 2022
com as turmas de primeira série, neste ano (2023) pelas turmas de segunda série e em
2024 com todo o ensino médio, em decorrência da implantação do currículo do Novo
Ensino Médio. O reconhecimento do período de uso da matriz é de responsabilidade da
escola reconhecer o período de uso (identificado em cada matriz) para aplicação na escola.
 DIRETRIZES 2023

REFERÊNCIAS 157
DIRETRIZES 2023

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.Citações em documentos,NBR 10250.

Rio de Janeiro,2002.

ABNT. NBR 6023: Informação e documentação: elaboração: referências. Rio de Janeiro,

2018b. 68 p

BRASIL. Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do

Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do
Brasil, Brasília, DF, 16 jul. 1990. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
l8069.htm>. Acesso em: 17. janeiro. 2022.

BRASIL.Ministério da Educação. Programa Nacional de Alimentação Escolar

(PNAE). Disponível em: <https://www.gov.br/fnde/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-
programas/programas/pnae>. Acesso em: 12 de jan. 2023.

BRASIL.Ministério da Educação. Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE.

Disponível em: <https://www.gov.br/fnde/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-
programas/programas/pdde>. Acesso em: 12 de jan. 2023.

BRASIL.Ministério da Educação. Programa de Fomento às Escolas de Ensino Médio

em Tempo Integral (EMTI). Disponível em: <https://www.gov.br/fnde/pt-br/acesso-a-
informacao/acoes-e-programas/programas/programas_suplementares/ensino_medio/
emti>. Acesso em: 12 de jan. 2023.

BRASIL. Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Sistema Nacional de

Atendimento Socioeducativo – SINASE. Brasília: CONANDA, 2006.

DAS, Presencialidade. Re480-2022 (Normativa - Retorno a Presencialidade das Aulas Face

a Pandemia da Covid-19).pdf. Google Docs. Disponível em: <https://drive.google.com/
file/d/1OD2J-_TnVGjm5JmrGh-lmBphVqM7K8z1/view>. Acesso em: 25 jan. 2023.

ICE - Instituto De Corresponsabilidade Pela Educação. Concepção do Modelo da Escola

da Escolha. Ensino Médio. Recife: 2020. Volume 1. 4ª Ed.
 DIRETRIZES 2023

ICE - Instituto De Corresponsabilidade Pela Educação. Conceitos. Ensino Médio. Recife:

2020. Volume 1. 4ª Ed.

ICE - Instituto De Corresponsabilidade Pela Educação. Educação Inclusiva. Ensino Médio.

Recife: 2020. Volume 1. 4ª Ed.

ICE - Instituto De Corresponsabilidade Pela Educação. Concepção do Modelo Pedagógico.

Ensino Médio. Recife: 2020. Volume 2. 4ª Ed.

ICE - Instituto De Corresponsabilidade Pela Educação. Princípios Educativos. Ensino

Médio. Recife: 2020. Volume 2. 4ª Ed.

ICE - Instituto De Corresponsabilidade Pela Educação. Eixos Formativos. Ensino Médio.

Recife: 2020. Volume 2. 4ª Ed.

ICE - Instituto De Corresponsabilidade Pela Educação. Metodologias de Êxito. Ensino

Médio. Recife: 2020. Volume 3. 4ª Ed.

ICE - Instituto De Corresponsabilidade Pela Educação. Rotinas e Práticas Educativas.

Ensino Médio. Recife: 2020. Volume 3. 4ª Ed.

ICE - Instituto De Corresponsabilidade Pela Educação. Espaços Educativos. Ensino Médio.

Recife: 2020. Volume 4. 4ª Ed.

ICE - Instituto De Corresponsabilidade Pela Educação. Gestão do Ensino e da

Aprendizagem. Ensino Médio. Recife: 2020. Volume 4. 4ª Ed.

ICE - Instituto De Corresponsabilidade Pela Educação. Tecnologia de Gestão Educacional.

Ensino Médio. Recife: 2020. Volume 5. 4ª Ed.

ICE - Instituto De Corresponsabilidade Pela Educação. Palavras Fáceis para Explicar Coisas
que Parecem Difíceis. Ensino Médio. Recife: 2020. Volume 4. 4ª Ed.
159
DIRETRIZES 2023

LEITE, Vanessa. Gestão Escolar: As 5 funções específicas do Conselho Escolar.

Faz Educação & Tecnologia. Disponível em: https://www.fazeducacao.com.br/5-funcoes-

especificas-do-conselho-escolar. 26 de jun. de 2019, Atualizado: 7 de nov. de 2022.
Acesso em: 04 de jan. 2023.

LORENZONI, Ionice. MEC. Conselhos Escolares. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/

component/content/article/175-pais-e-familiares-1187696379/conselhos-escolares-
512938251/12247-conselhos-escolares. Acesso em: 04 de jan. 2023.

MARTÍN-BARBERO, Jesús. Desafios Culturais da Comunicação à Educação. N. 18 (2000):

Identidades e Globalização, Novas Tecnologias na Escola, Rádio à Serviço da Comunidade.
Disponível em: https://www.revistas.usp.br/comueduc/article/view/36920

MEC. Conselhos Escolares. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/component/content/

article/175-pais-e-familiares-1187696379/conselhos-escolares-512938251/12247-
conselhos-escolares. Brasília. Acesso em: 04 de jan. 2023.

PARAÍBA. Secretaria de Estado da Educação - CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO.

Disponível em: http://cee.pb.gov.br/downloads/resolucoes/re2001/Re340-2001.pdf.
Acesso em: 25 de jan. 2023.

PARAÍBA. Secretaria de Estado da Educação - PAAE. Disponível em: https://sites.google.

com/see.pb.gov.br/portal-geaesi/programas/paae?pli=1. Acesso em: 12 de jan. 2023.

PARAÍBA. Secretaria de Estado da Educação - PROGÀS. Disponível em: https://sites.google.

com/see.pb.gov.br/portal-geaesi/programas/paae?pli=1. Acesso em: 12 de jan. 2023.

PARAÍBA. Secretaria de Estado da Educação - PTE. Disponível em: https://sites.google.

com/see.pb.gov.br/portal-geaesi/programas/paae?pli=1. Acesso em: 23 de jan. 2023.

PARAÍBA Proposta Curricular da Paraíba. Disponível em: https:///drive.google.com/file/d/1

q7hNWJL7ScfzW26dAjqXai9oUVpLs4Zf/view Acesso em: 23 de jan. 2023.
 DIRETRIZES 2023

PARAÍBA. Secretaria de Estado da Educação- Inovação Social e Científica: Formação Básica

para o trabalho Disponível em: httpshttps://pbeduca.see.pb.gov.br/geep Acesso em: 23
de jan. 2023.

PARAÍBA. Secretaria de Estado da Educação- Intervenção Comunitária: Formação Básica

para o trabalho Disponível em: httpshttps://pbeduca.see.pb.gov.br/geep Acesso em: 23
de jan. 2023.

PARAÍBA. Secretaria de Estado da Educação- Orientações para escolas Técnicas para o

trabalho Disponível em: httpshttps://pbeduca.see.pb.gov.br/geep Acesso em: 24 de jan.
2023.

PARAÍBA. Secretaria de Estado da Educação- Educação Tecnológica e Midiática. Disponível

em: httpshttps://pbeduca.see.pb.gov.br/geep Acesso em: 24 de jan. 2023.

PARAÍBA. Secretaria de Estado da Educação- Diretrizes para o funcionamento das

Escolas Cidadãs Integrais, Escolas Cidadãs Integrais Técnicas e Escolas Cidadãs Integrais
Socioeducativas da Paraíba. Disponível em: https://pbeduca.see.pb.gov.br/eci Acesso em:
10 de jan. 2023.

RUIZ, Enriqueta Molina. Creación y Desarrollo de Comunidades de Aprendizaje: Hacia La

Mejora Educativa. Revista de Educación , Madrid, n. 337, p. 235-250, 2005.

SOARES, Ismar de Oliveira. Ecossistemas Comunicativos. Disponível em: http://www.usp.

br/nce/wcp/arq/textos/28.pdf

TODOS PELA EDUCAÇÃO. Perguntas e Respostas: como funcionam os conselhos

escolares? Disponível em: https://todospelaeducacao.org.br/noticias/perguntas-e-
respostas-como-funcionam-os-conselhos-escolares/. Brasília. Acesso em: 04 de jan. 2023

161
DIRETRIZES 2023

ANEXOS
 DIRETRIZES 2023

Links de interesse

CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO - EDUCAÇÃO: https://avamec.mec.gov.br/#/

ODS/NAÇÕES UNIDAS BRASIL: https://brasil.un.org/pt-br/sdgs

INSTITUTO AUSCHWITZ: https://www.auschwitzinstitute.org/pt-br/cidadania-e-

democracia-desde-escola/

TÉCNICA POMODORO:

• https://brasilescola.uol.com.br/dicas-de-estudo/tecnica-pomodoro-que-e-e-co-
mo-funciona.htm

• https://www.youtube.com/watch?v=hfxfJ7Qa4sg

PROJETOS SOCIAIS: https://blog.catarse.me/post/75-ideias-de-projetos-que-voce-pode-

realizar-com-financiamento-coletivo

163
DIRETRIZES 2023