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Seja bem-vindo ao Culto da Fogueira.

O Campfire Cult é um culto nômade. O lugar considerado


seu templo transcende o espaço-tempo. Mas existe uma
explicação simples para isso: quanto ao espaço, basta que
um ou mais membros acendam uma enorme fogueira em
qualquer local para que algum mortal apareça com uma
súplica a ser atendida; quanto ao tempo, não há limitações
no culto, já que seus membros parecem pertencer a épocas
e até mesmo mundos distintos.
Sumário.

O que é isso? 3
Pressupostos do jogo organizado de Infærnum. 4
Defina seu personagem. 5
Ascenda na hierarquia. 6
Temporada I. ✝25/08/2023✝ 7
Temporada II. ✝30/08/2023✝ 16
Campfire Estúdio. 24

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O que é isso?

Este é um material com regras para jogos organizados de


Infærnum. O conteúdo aqui apresentado será atualizado na
forma de temporadas.

Cada nova temporada trará uma ou mais súplicas que


poderão ser jogadas para que os personagens ascendam na
hierarquia do culto e desbloqueiem relíquias. Além disso, as
temporadas poderão trazer exemplos de personagens que
foram utilizados nas sessões que inspiraram os conteúdos
aqui apresentados.

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Apocalíptica e vários outros jogos do Campfire Estúdio.

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Pressupostos do jogo organizado de Infærnum.

Para jogar utilizando os conteúdos aqui propostos, sempre


considere que:

- Os personagens dos jogadores são membros de uma


organização, intitulada Culto da Fogueira, aos
moldes do que é descrito no suplemento Cultos.

- Quanto ao cenário, o baluarte ruiu, os Cavaleiros


manifestaram suas presenças no mundo, mas o
grande conflito não aconteceu.

- Não há limitações quanto ao tipo de personagens a


serem criados. A queda do baluarte fez com que
vários portais para realidades e universos distintos
se abrissem no mundo de jogo, o que possibilita a
existência de uma mescla infindável de culturas e
povos no mesmo cenário. Ou seja, crie seu
personagem do jeito que preferir.

- Em vez de rolar presságios a cada dia na narrativa,


role antes de cada súplica.

- No mais, use as regras expostas no livro ou


suplementos de Infærnum como quiser e lembre-se
que os personagens têm a opção de firmar pactos
temporários antes de cada súplica — conforme
descrito no suplemento Cultos.

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Defina seu personagem.

Siga as regras de aleatoriedade zero e, simplesmente,


responda às questões abaixo:

Quem é você?
- Nomeie seu personagem e pense em uma frase simples
que define seu conceito.

No que você é melhor que a média?


- A resposta será a sua Sorte.

No que você é pior que a média?


- A resposta será o seu Azar.

Quais as suas tralhas?


- Defina alguns equipamentos que seu personagem leva
consigo. Não se preocupe com quantidades.

Qual a sua bênção?


- Pense em algo que seu personagem possui que o torna
especial. Um item milagroso ou alguma habilidade
única, por exemplo.

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Ascenda na hierarquia.

Inicialmente, você é um membro de 1º grau. A cada súplica


atendida, você subirá um grau na hierarquia do culto.

A cada grau, você terá acesso a uma nova relíquia —


específica do grau alcançado.

As súplicas apresentadas aqui são baseadas em sessões de


jogo que eu — Caio — tive, com amigos ou apoiadores, no
modo cooperativo principalmente. Em todo caso, por mais
que seja possível guiar sessões utilizando as súplicas daqui,
sugiro que jogue nos modos sem mestre (solo ou
cooperativo). Você pode jogar as súplicas daqui em
qualquer ordem, basta que observe o grau mínimo
requerido em cada uma delas. No mais, mantenha um
registro das suas relíquias.

“Sob a luz bruxuleante da Grande Fogueira, membros que


ascendem a um novo grau conquistam recompensas
exclusivas, presentes das chamas que significam novas
posições no culto.”

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Conteúdos da Temporada I. ✝25/08/2023✝

Relíquia: 1º grau — “O Manto”.


Relíquia: 2º grau — “O Alívio”.
Relíquia: 3º grau — “O Acalento”.
Relíquia: 4º grau — “A Permuta”.

Súplica: “A erva da obsessão”.


Essa missão traz algumas hipóteses que podem ser
verificadas na ficção (leia sobre o funcionamento de
hipóteses na súplica Sacros Tentáculos).

Súplica: “O tesouro naufragado”.


Essa missão utiliza as regras de Fendas. Além de algumas
hipóteses, ela traz os desafios de uma fenda predefinida e sua
salvação — um artefato lendário que pode ser coletado por
um dos personagens dos jogadores.

Súplica: “O forte colossal”.


Essa missão utiliza as regras de Colossos. Além de algumas
hipóteses, ela traz um colosso predefinido. O suplemento
Colossos traz detalhes sobre o embate com esses seres e as
recompensas por vencê-los.

Personagens: Rufus, Karl, Makil e Juliano F.

Ajudaram a inspirar essa temporada:


Daniel, “Um dos servos da Peste”;
Gian, “O Primogênito”;
Guilherme, “Um dos servos do Dragão”.
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Temporada I.

Relíquia de 1º grau
“O Manto”: Por mais que você não tenha participado de
nenhuma missão, essa capa negra pesada significa muito.
Ela representa a sua entrada no Culto da Fogueira.

Relíquia de 2º grau
“O Alívio”: Um colar feito de pedras com runas estranhas,
capaz de remover um tormento — uma vez a cada súplica. É
a premiação por ter cumprido sua primeira missão.

Relíquia de 3º grau
“O Acalento”: Um diapasão dourado que abre um portal
instantâneo para um local seguro — reduzindo em um as
desgraças acumuladas, uma vez a cada súplica.

Relíquia de 4º grau
“A Permuta”: Um anel negro capaz de teleportar seu
usuário. Quando o dedo que o usa for apontado para
alguém, quem aponta e quem é apontado trocam de posição
inexplicavelmente. Isso funciona uma vez a cada súplica.

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Temporada I.
Súplica: “A erva da obsessão”

Grau mínimo: 1º
Suplicante: Caim, um velho botânico.

Contexto:
Um senhor se aproxima da Grande Fogueira. Ele está
impaciente e irritadiço. Precisa de proteção, que alguém o
escolte no caminho pela floresta até uma clareira onde
cresce uma erva específica. Ele não dá detalhes sobre suas
motivações.

Hipóteses (1d6):
1-2. O velho está nos levando para uma armadilha.
3-4. Caim está sendo usado por alguém.
5-6. A erva serve para, de algum modo, controlar um caído.

Resolução:
Na clareira, a luz externa passa pela copa das árvores e toca
o solo, como se estivesse apontando para a erva que se
destaca na vegetação. Ao avistá-la, Caim corre em sua
direção, ansioso por coletá-la. Neste momento, um caído
metamorfo aparece. O monstro pode copiar habilidades e
até mesmo a aparência de quem estiver nos arredores.

Caído metamorfo
Dificuldade: ☐☐☐☐☐☐☐☐☐☐☐☐

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Temporada I.
Súplica: “O tesouro naufragado”

Grau mínimo: 1º
Suplicante: Uma entidade intitulada “O Colecionador”.

Contexto:
A entidade surge nas chamas da Grande Fogueira. Ela exige
que uma fenda seja investigada e que uma gema específica
seja recuperada. Segundo suas coordenadas, a entrada para
a fenda está num navio naufragado, não muito distante de
onde a fogueira foi acesa.

Hipóteses (1d6):
1-2. Um colosso de enormes tentáculos ronda os mares.
3-4. Navios fantasmas buscam o tesouro do seu capitão.
5-6. Cardumes podem mostrar o caminho até a fenda.

Fenda:
Em um determinado lugar, o mar se abre numa espiral
inexplicável, revelando a metade de um navio naufragado.
Os destroços da embarcação estão divididos por um portal
estranho que, provavelmente, é a entrada para outra
dimensão.

Desafio 1 — dificuldade: ☐☐
A realidade é diferente aqui. O local é um charco e parece
não haver nenhum sinal de vida. Como se orientar aqui?

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Desafio 2 — dificuldade: ☐☐☐☐☐
Pareciam apenas enormes poças d’água, até que uma
tartaruga bizarra, cheia de olhos, emergiu de uma delas e
partiu para o ataque com sua bocarra.

Desafio 3 — dificuldade: ☐☐☐☐


O caminho é tortuoso por aqui. A lama chega até o pescoço
em alguns trechos. Como prosseguir?

Desafio 4 — dificuldade: ☐☐☐


Cogumelos luminosos estão espalhados nas árvores
próximas. O que essa névoa roxa causa?

Desafio 5 — dificuldade: ☐
O percurso rochoso está bloqueado adiante. Por quê? Será
preciso rastejar ou escalar?

Desafio 6 — dificuldade: ☐☐☐☐


Por aqui, um frio intenso toma os arredores. Há um caído
espectral à vista. Parece um pirata. O que ele faz? Por que
está tão frio?

Desafio final — dificuldade: ☐☐☐☐☐☐☐☐☐☐☐☐


Um alçapão revela a luz de um tesouro inimaginável. A
gema está entre o ouro. Além dela, há uma lanterna, da qual
sai uma monstruosidade: uma enorme serpente elemental,
baforando fogo. Essa lanterna é a salvação dessa fenda, o
artefato lendário capaz de invocar um caído envolto em
chamas.

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Temporada I.
Súplica: “O forte colossal”

Grau mínimo: 1º
Suplicante: Clérigo Timóteo.

Contexto:
Um corvo pousa próximo da Grande Fogueira. Há uma
mensagem com ele, escrita numa caligrafia horrível de
alguém apressado: “O forte clerical foi tomado por caídos!
Precisamos de ajuda urgente!”. A mensagem está assinada
por “Timóteo, Clérigo da Ordem”. Isso é tudo. Não há
detalhes sobre os caídos, nem sobre a localização do tal
forte. Aliás, alguém faz ideia de onde é esse lugar?

Hipóteses (1d6):
1. Os caídos surgiram a partir do interior do forte.
2. A súplica é uma armadilha para nos atrair.
3. O suplicante foi quem invocou os caídos.
4. Os caídos possuíram os habitantes do forte.
5. Alguém planejou essa invasão de caídos.
6. Não foram caídos que invadiram o forte.

Resolução:
Em algum local subterrâneo do forte, alguém está
invocando um colosso de outro plano. Quem está fazendo
isso? Há outras ameaças no forte além desse lorde das
profundezas?

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Colosso:
Tentáculos — dificuldade: ☐☐☐☐☐☐☐☐
Cérebro — dificuldade: ☐☐☐☐
A criatura é, basicamente, um cérebro gigantesco.
Tentáculos cheios de olhos protegem o resto do corpo.
Desgraças do Colosso:
♦ Controlar mentes.
♠ Esmagar e imobilizar.
♥ Criar escuridão mágica.
♣ Causar tremores com ondas sônicas.

Outros possíveis desafios:


Cultista possuído — dificuldade: ☐☐☐☐
Provavelmente um clérigo que foi corrompido pelo caído
colossal, manifestando tentáculos e poderes de controle
mental.

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Temporada I.

Personagem: Rufus
Quem: Um mestre invocador que controla espectros.
Sorte: Agir sorrateiramente.
Azar: Usar força bruta.
Tralhas: Grimório, dardos envenenados e zarabatana.
Bênção: Athame que dá vida ao sangue que derrama.

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Temporada I.

Personagem: Karl
Quem: Um anão escavador de asteroides.
Sorte: Aguentar/resistir.
Azar: Agir sorrateiramente.
Tralhas: Contêiner com gemas, picareta e sinalizador.
Bênção: Mão de broca que perfura qualquer coisa.
Pacto com: “O Colecionador”.
Dádiva: Cantil de hidromel com efeito mágico aleatório.
Dívida: Extrair e coletar algo que a entidade exigir.

Personagem: Makil
Quem: Um campeão de luta livre.
Sorte: Usar força física.
Azar: Socializar, agir com diplomacia.
Tralhas: Anéis de ouro, vários folhetos e pedaço de couro.
Bênção: Cinturão que transforma a pele em ferro.

Personagem: Juliano F.
Quem: Um músico, servo da divindade antiga.
Sorte: Convencer.
Azar: Usar força física.
Tralhas: Viola abençoada e um diapasão.
Bênção: Voz encantadora.

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Conteúdos da Temporada II. ✝30/08/2023✝

Carga: Nova regra para relíquias carregadas.

Relíquia: 5º grau — “A Sedenta”.

Súplica: “O caminho de cem passos”.


Essa missão possui o 2º grau como requisito. Ela traz
algumas hipóteses que podem ser verificadas na ficção (leia
sobre o funcionamento de hipóteses na súplica Sacros
Tentáculos) e, além disso, contém informações mais
detalhadas sobre o caído que aparece na resolução.

Personagens: Maken, Hanma, Yoru e Kashi.

Ajudaram a inspirar essa temporada:


Camila, “A Capivarapocalíptica”;
Duds, “O Grande Pai Capivara”;
Nivea, “A ruiva incomum e infærnal”;
Pedro Borges, “O Cordel do fim de todas as coisas”.

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Temporada II.

Carga (nova regra)


Conforme os personagens ascendem na hierarquia do culto,
mais e mais relíquias são desbloqueadas. Se o seu
personagem for de 2º grau ou maior, role 1d6 antes de cada
súplica. O valor obtido representa a quantidade máxima de
relíquias que você poderá levar consigo na próxima súplica
— será preciso escolher entre as relíquias que já foram
desbloqueadas pelo personagem.

“As chamas da Grande Fogueira guardam os tesouros obtidos


pelos membros do culto. A cada missão, o fogo cede uma ou
mais relíquias já conquistadas. Tudo depende do humor das
chamas”.

Relíquia de 5º grau
“A Sedenta”: Uma pequena espada negra embainhada. Ao
portá-la, contabilize seus milagres rolados. Quando
acumular 6, você poderá sacá-la de sua bainha — obtendo
um milagre automático neste exato momento (sem rolar
dados). Milagres contabilizados são zerados e a contagem
recomeça ao guardar a lâmina sedenta na bainha.

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Temporada II.
Súplica: “O caminho de cem passos”

Grau mínimo: 2º
Suplicante: O eremita do Pico do Sol.

Contexto:
Uma coruja branca se aproxima da Grande Fogueira. Há
uma mensagem com ela: “As visitas ao Pico do Sol passaram
a ser cada vez menos frequentes. Acredito que algo possa
estar causando problemas na floresta entre o Templo do Torii
e meu refúgio; este eremita está disposto a recompensar
quem for capaz de lidar com a situação”.

Hipóteses (1d6):
1. O eremita está alimentando um caído na floresta.
2. Um caído está fazendo vítimas na floresta.
3. A situação não está sendo causada por apenas um caído.
4. Há um portal, um ninho de caídos que surgiu na floresta.
5. Várias pessoas desapareceram recentemente.
6. Há sobreviventes na floresta, reféns por algum motivo.

Resolução:
Na trilha da floresta é possível que rastros, serpenteando
pela mata, sejam encontrados. Além disso, sangue — fresco
ou não — pode ser visto junto de um muco esverdeado com
propriedades corrosivas. Fora isso, alguma pessoa ferida é
encontrada na floresta?

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Num determinado lugar da mata, onde pétalas claras
cobrem parte das raízes no chão, uma monstruosidade fez
sua morada. O caído tem a forma de uma centopeia gigante.
No lugar das patas, ossos se mesclam a pedaços de carne
pútrida, e um líquido verde pinga pelos vãos sibilando ao
tocar as flores mortas no chão. O crânio da criatura se
assemelha a um rosto humano, com um enorme sorriso
rasgando a face. Tudo que o caído diz repetidamente é
“Hone Mukade”, com sua voz de deboche. Entre os ossos e
nacos de carne corroída, vários pares de olhos se abrem e
feições humanas surgem no corpo da criatura. Seriam essas
as suas últimas vítimas?

Hone Mukade
Dificuldade: ☐☐☐☐☐☐☐☐☐☐☐☐☐☐☐☐*
*A dificuldade só é reduzida se os golpes forem
direcionados às várias feições humanas espalhadas por
entre os ossos da monstruosidade.
- O caído absorve a cabeça de suas vítimas e faz de
cada uma delas um novo cérebro para si.
- Nos corpos decapitados das vítimas, o caído insere
um parasita que passa a os controlar.
Tormentos que pode causar:
- Corrosão, por meio de esguichos de ácido;
- Desmembramento, por mordidas;
- Imobilização, pela constrição de seu corpo.

Outros possíveis desafios:


Corpos (parasitados) — dificuldade: ☐☐☐☐

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Temporada II.

Personagem: Maken
Quem: Um espadachim que faz sua própria justiça.
Sorte: Perceber minúcias, notar detalhes.
Azar: Agir contra a vontade da sua bênção.
Tralhas: Um chapéu (kasa) e vestes tradicionais.
Bênção: Katana possuída por um caído.

20
Temporada II.

Personagem: Hanma
Quem: Um mercenário ex-monge.
Sorte: Resistir e lidar com ferimentos.
Azar: Convencer, negociar.
Tralhas: Ervas medicinais, agulhas e faixas.
Bênção: Uma manopla negra que muda de forma.

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Temporada II.

Personagem: Yoru
Quem: Um shinobi mestre na furtividade.
Sorte: Ocultar a própria presença.
Azar: Lidar com confrontos diretos.
Tralhas: Kunais, makibishi e frascos de veneno.
Bênção: Corvo bizarro possuído por um caído.

22
Temporada II.

Personagem: Kashi
Quem: Um velho sábio que domina o Zui Quan.
Sorte: Esquivar-se, agir com reflexos anormais.
Azar: Resistir ao sono.
Tralhas: Pequenas pedras que produzem faíscas.
Bênção: Cabaça de saquê que libera um poder oculto.

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Coesão de Regras; e vencedor na categoria Melhor Arte
do Goblin de Ouro 2023.

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