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Tratamento fisioterapêutico com a técnica de crochetagem em pós-


cirúrgico de joelho

Suelen de Oliveira Chaves da Silva1


suelen_jdl@hotmail.com
Profa. Dayana Priscila Maia Mejia2
Pós-graduação em Ortopedia e Traumatologia com ênfase em terapia manual – Faculdade Cambury

Resumo
Este artigo de conclusão da Pós-graduação em Ortopedia e traumatologia com ênfase em
terapia manual tem como foco central o tema “técnica de crochetagem”, em que
compreendem os objetivos: geral - Demonstrar os efeitos da técnica de Crochetagem em pós-
cirúrgico de joelho; e os objetivos específicos – Descrever a anatomia do joelho; Identificar
as causas que levam ao tratamento da crochetagem; A pesquisa tem caráter exploratório e
bibliográfico, em que se realizou a escolha de bibliografias atuais relacionadas com o tema,
bem como, autores que utilizam a técnica de crochetagem em suas atividades profissionais e
vem aprimorando o conhecimento e os instrumentos utilizados nesse processo manual e
interventivo de trabalho. Dessa maneira, esse processo de escolha deu aporte teórico, que
está dividido em cinco capítulos, com tópicos estratégicos que apontam os objetivos a que o
trabalho propôs apresentar. A metodologia utilizada para demonstrar os aspectos
importantes da discussão bibliográfica e conceitual foi o método histórico e dialético. O
histórico que permitiu verificar a origem e evolução da técnica de crochetagem, e o dialético
que tem o caráter demonstrativo dos fatos e acontecimentos, não estáticos, mas, em constante
transformação, percebendo-se assim, que os processos científicos e técnicos não se
encontram acabados.
Palavras-chave: Crochetagem; Pós-Cirúrgico; Joelho.

1. Introdução

Na atualidade percebe-se que as pessoas vêm cada vez mais praticando atividades físicas e
esportes. Nesse sentido, quando não se tem um bom condicionamento e acompanhamento
profissional adequado, pode-se está cometendo vários agravamentos à saúde física, pois, um
exercício realizado de forma incorreta pode acarretar em desgastes da estrutura da anatomia
do corpo humano em geral, mas, no caso deste artigo deu-se relevância ao “joelho”, que tem
funções extensoras, entre outras. Dessa forma, se houver o mau condicionamento, sobrecargas
e extensão máxima dos músculos e articulações, poderá ocasionar lesões e até fraturas, que
dependendo da gravidade poderá levar ao processo cirúrgico ou artroscópico do joelho.
Levando-se em consideração o processo cirúrgico do joelho, a cicatrização, a reabilitação do
paciente às suas atividades cotidianas, é que se introduz nesse processo a técnica de
crochetagem, que é uma ferramenta usada pelo profissional ou fisioterapeuta após, avaliação,
exames, diagnostico do problema do paciente.
A percepção do uso da técnica no melhoramento da qualidade de vida de pessoas acometidas
de cirurgias meniscais, entre outras, se deu pelo método apresentado durante o curso, em que

1
Pós-Graduanda em Ortopedia e Traumatologia com ênfase em terapia manual pela Faculdade Cambury - 2014.
Graduada em Fisioterapia pela Universidade Paulista – UNIP, 2010.
2
Orientadora de TCC . Mestranda em Aspectos Bioéticos e Jurídicos da Saúde, na Universidade do Museu
Social Argentino, Buenos Aires. Especialista em Metodologia do Ensino Superior, pela Universidade Federal do
Amazonas. Possui graduação em Fisioterapia pela Fundação Nilton Lins (2005).
2

se teve o interesse pela temática, devido à relação entre a prática profissional e a possibilidade
de utilização da técnica na recuperação das pessoas em fase de reabilitação de suas funções
musculoesquelética. Para tanto, se delimitou a aplicação da técnica no joelho.
Ao observar pacientes no cotidiano profissional, em que existem outras técnicas manuais viu-
se que a crochetagem seria de grande importância, pois levaria o paciente a um nível mais
elevado de recuperação, bem como, uma nova habilidade à prática profissional, com
conhecimentos específicos abordados no curso de pós-graduação. O problema de pesquisa foi
intrinsecamente voltado a conhecer a técnica, sua origem, evolução e os efeitos em pós-
cirúgicos, em termos gerais era conhecer a eficácia da técnica.
Nesse aspecto, foram pensados os objetivos que se desejaria alcançar nesse trabalho, e ficou
assim descrito: Objetivo geral – Demonstrar os efeitos da técnica de Crochetagem em pó-
cirúrgico de joelho. Objetivos específicos – Descrever a anatomia do joelho; Identificar as
causas que levam ao tratamento da crochetagem;
A cirurgia no joelho pode afetar os movimentos e por isso necessita de tratamento pós-
cirúrgico e que poderá ser realizado por médicos especialistas ou por fisioterapeutas. O
profissional leva em consideração vários aspectos apresentados pelo paciente, desde a sua
idade, até a possível reação ao tratamento (tempo de recuperação individual). As pesquisas em
relação à técnica têm-se apresentado muito propicia e eficaz, na recuperação pós-cirúrgica.
A Crochetagem percutânea promove uma ação mecânica nestas aderências causando uma
liberação tecidual entre as fascias e permitindo novamente o deslizamento entre os planos
intermusculares. As aderências cicatriciais também podem trazer conseqüências para o
sistema musculoesquelético, resultando em alterações funcionais. As amplitudes totais
fisiológicas dos movimentos nas articulações, relacionadas direta e indiretamente com a
região anatômica da cicatriz, podem estar prejudicadas pela aderência dos tecidos moles
provenientes do processo de cicatrização. A finalidade da crochetagem mioaponeurótica, é a
fibrólise das aderências do tecido de sustentação, situada entre as fascias, tendões, ligamentos
e ossos. Esse processo aliviará a dor, proporcionando um efeito antiinflamatório.

2. Anatomia do Joelho

O joelho é uma das articulações mais propensas a lesões em decorrência de sua estrutura
anatômica, sua exposição às forças externas, sobrepesos e das demandas funcionais a que está
sujeita. O conhecimento da anatomia do joelho é uma forma básica de se compreender as
lesões a que este pode se acometer. A anatomia do joelho está dividida em:
– Estruturas ósseas;
– Estruturas extra-articulares;
– Estruturas intra-articulares;
– Bolsas sinoviais.

Estruturas Ósseas
As estruturas ósseas do joelho consistem de três componentes: patela, côndilos femorais
distais e platôs ou côndilos tibiais proximais. O joelho parece ser uma articulação simples, no
entanto, é mais complexo do que aparenta ser, porque além da flexão e extensão, seu
movimento tem um componente rotacional horizontal, realiza também movimentos de
deslizamento e rolamento; e faz rotação em torno do eixo vertical, cujo ângulo é de 12 graus.
O joelho possui superfícies articulares grandes, descritas anteriormente e ressaltadas
novamente, que são as seguintes: patela, côndilo do fêmur e côndilos da tíbia. É envolvido por
uma fina cápsula articular, a qual está fixada: a fossa intercondilar e margens dos côndilos do
fêmur, da tíbia e da patela, além do ligamento patelar. (FARINA JR., 2013).
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Localização Comentário Condições Resultados


Articulações
Desenvolvem-se principalmente sob pressão Displasias epifisárias
deformadas
Formação de apófise sob tração Trauma na superfície das Mudanças
articulações degenerativas
Epífise Formação de extremidades ósseas Lesões por esforço repetitivo Desenvolvimento
fragmentado
Problemas no suprimento
Suporte para superfícies articulares Necrose avascular
vascular
Epifisária ou placa de crescimento Displasia fisária Baixa estatura
Crescimento
Receptiva ao crescimento e aos hormônios deformado ou
Trauma
Fise sexuais angulado, interferência
no crescimento
Vulnerável antes do estirão de crescimento Deslizamento epifisário
Mecânica fraca
Remodelagem da extremidade óssea expandida Osteomielite Formação de seqüestro
O osso esponjoso cicatriza rapidamente Tumores Forma óssea alterada
Metáfise Crescimento
Vulnerável à osteomielite Displasia metafisária
deformado
Permite inserção dos ligamentos
Capaz de remodelar a
Forma um eixo ósseo Fraturas
angulação
Não consegue
Superfície grande para a origem muscular Displasias diafisárias
remodelar a rotação
Diáfise
Cicatrização mais lenta do Invólucro com
Osso cortical compacto significativo
que na metáfise infecção
A displasia altera a
Forte na compressão
densidade e a forma
Fonte – Fundamentos da ortopedia (DUTTON, 2012, 23)

Tabela 1 – Estrutura geral do osso

Estruturas extra-articulares
A cápsula articular e os ligamentos colaterais medial e lateral são as principais estruturas
estabilizadoras estáticas extra-articulares. O ligamento colateral medial é a principal estrutura
responsável pela estabilidade diante de forças em valgo. O ligamento colateral lateral é a
estrutura responsável pela estabilização do joelho contra forças em varo com o joelho em
extensão (FARINA JR., 2013).

Articulação Ligamento Função

Estabiliza a regiao da articulação tibiofemoral contra estresse em valgo


Colateral medial
Estabiliza a regiao lateral da articulação tibiofemoral contra estresse em
Colateral lateral
varo
Joelho
Cruzado anterior
Resiste à translação anterior da tibia e à translação posterior do fêmur
Cruzado posterior
Resiste à translação posterior da tibia e à translação anterior do fêmur

Fonte – Fundamentos da ortopedia (DUTTON, 2012, p.22)

Tabela 2 – Ligamentos principais do quadrante inferior - joelho


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Estruturas intra-articulares
Os ligamentos intra-articulares são o ligamento cruzado anterior (LCA) e o ligamento cruzado
posterior (LCP). Os ligamentos cruzados funcionam como estabilizadores da articulação e
como eixos em torno das quais ocorre o movimento de rotação. Eles restringem o movimento
anterior e posterior da tíbia em relação ao fêmur, assim como no controle da rotação medial e
lateral. Os meniscos (cartilagens semilunares) são duas cartilagens presentes na articulação do
joelho entre o fêmur e a tíbia. Sua função, basicamente, é diminuir o impacto, estabilizar a
articulação e promover a adaptação entre as faces articulares do fêmur e da tíbia. A presença
dos meniscos é essencial para o funcionamento normal da articulação do joelho, pois
preenchem a articulação e compensam a visível incongruência entre as superfícies articulares
do fêmur e tíbia. Eles são responsáveis ainda pela lubrificação da articulação, ajudando a
distribuir o líquido sinovial por toda a cavidade, contribuindo para a correta nutrição da
cartilagem articular (FARINA JR., 2013; DUTTON, 2012).

Bolsas Sinoviais

São estruturas de forma de saco achatadas, intimamente associadas a algumas articulações


sinoviais que são alinhadas com uma membrana sinovial e repleta de fluido sinovial. As
bolsas produzem pequenas quantidades de fluido, que permitem a execução de movimentos
suaves, quase sem atrito entre músculos adjacentes, tendões, ossos, ligamentos e pele. As
principais bolsas sinoviais do joelho são: bolsa supratelar (entre o fêmur e o tendão do
quadríceps) a maior de todas, podendo alcançar 5-8 centímetros acima do plano articular;
bolsa subcutânea pré-patelar (entre a pele a face anterior da tíbia), bolsa infrapatelar profunda
(entre o ligamento patelar e a face anterior da tíbia, acima da tuberosidade) que está separada
da articulação pelo corpo ou coxim adiposo infrapetelar (FARINA JR., 2013).

Inervação da articulação do joelho


É feita principalmente pelos nervos femoral e safeno; também podem contribuir ramos dos
nervos obturatorios, tibial e fibular comum.

Na estrutura do joelho também encontramos os musculos, tendões, ligamentos, fascias, tecido


cartilaginoso e articulações, os quais estão conceituados a seguir:

Músculos
O músculo é o único tecido biológico capaz de gerar tensão de modo ativo. Essa característica
permite que o músculo esquelético humano realize as importantes funções de manter a
postura corporal ereta, movimentar partes do corpo e absorver choques. O músculo
esquelético humano possui quatro propriedades biomecânicas: extensibilidade, elasticidade,
irritabilidade e capacidade de desenvolver tensão.

Tendões
Os tendões são estruturas semelhantes a cordas, que servem para ligar músculos aos ossos e
transmitir a estes forças geradas pelos músculos, a fim de promover os movimentos ou a
estabilidade do corpo no espaço.

Ligamentos
Os ligamentos são estruturas de tecido conjuntivo densamente compactadas que consistem,
em grande parte, em colageno e de direçao orientada e com força de tensao elevada. Os
ligamentos contribuem para a estabilidade do funcionamento articular, prevenindo
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movimentos excessivos, agindo como orientadores da direção do movimento e fornecendo


informações propriceptivas para o funcionamento articular.

Fascias
A fascia é vista como um tecido conjuntivo que fornece suporte e proteção a articulaçao e
atua como uma interconexão entre tendões, aponeuroses, ligamentos, capsulas, nervos e os
componentes intrinsecos do músculo.

Tecido cartilaginoso
O desenvolvimento do osso é, com frequencia precedido pela formaçao de tecido
cartilaginoso. Há tres tipos desse tecido: hialino, elastico e fibrocartilagem.

Articulações
As articulações são regiões ósseas encapadas e cercadas de tecido conjuntivo, que mantem os
ossos juntos e determinam o tipo e o grau do movimento entre eles. As articulações podem ser
classificadas em diartroses, que permitem um movimento ósseo livre, e sinartrose, em que
ocorrem movimentos muito limitados ou nenhum movimento.

3. Lesão e fratura

Dutton explica que as lesões podem ocorrer no tecido ósseo e tecido mole. As lesões do
tecido mole podem ser classificadas como primarias e secundarias: as lesões primarias podem
ser causadas pelo próprio individuo, por terceiros ou pelo ambiente. Elas são subclassificadas
em agudas, crônicas e agudizações da lesão crônica. As lesões secundárias são em essência
uma reposta inflamatória que acompanha uma lesão primaria (2012, p.32).
Segundo Dutton (2012) podem ocorrer, lesão nos tecidos, lesão muscular, lesão no tendão e
lesão no ligamento.

Lesão muscular
Os três tipos mais comuns são: distensão (excesso de alongamento do tecido muscular), a
contusão (trauma direto ou força compressiva no tecido muscular) e laceração (rompimento
da continuidade do músculo). Lesões pequenas são separadas com tecido muscular; as
grandes com tecido cicatricial (DUTTON, 2011, p.34).

Lesão no tendão

A forma mais comum de lesão no tendão é aquela por esforço repetitivo, resultante do
estresse do movimento repetitivo ou de uma sobrecarga repetitiva em grau que excede a
capacidade de reparação do tecido. Vários termos são usados para classificar as lesões nos
tendões, incluindo: distensão, tendinite, tendinose e ruptura (DUTTON, p.34).

Lesão no ligamento
O mecanismo mais comum da lesão no ligamento é o seu alongamento excessivo, resultante
da movimentação da articulação associada com uma amplitude de movimento excessiva. As
lesões no ligamento podem ser classificadas em três graus: Grau I. Envolve a distensão do
ligamento, mas sem dano às fibras; Grau II. Envolve a distensão do ligamento e a ruptura de
algumas fibras; Grau III. Envolve o rompimento quase total do ligamento (DUTTON, p.35).
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De acordo com Silva (2011) fratura é quando o osso sofre interrupção na sua continuidade,
causando um rompimento parcial ou total. As fraturas podem ocorrer devido a traumas,
agressões ou até mesmo durante uma atividade considerada normal, no caso, as fraturas
patológicas (causadas em consequências da osteoporose ou outras fragilidades ósseas) e, das
fraturas por fadiga (no caso da prática excessiva de exercícios físicos).

As possíveis complicações de uma fratura incluem:


– Infecção
– Consolidação viciosa
– Consolidação retardada/pseudoartrose
– Lesão associada (ex. nervo, vasos)

3.1. Processos de cicatrização


De acordo com Dutton “As estruturas musculoesqueléticas lesionadas com mais frequência
em pacientes que buscam reabilitação ortopédica incluem músculos, tendões, ligamentos,
ossos, cartilagens e nervos.” (2012, p.35).
Cicatrização é o nome dado ao processo de reparo, o qual se faz à custa da proliferação do
tecido conjuntivo fibroso, em que o tecido preexistente fica substituído por cicatriz fibrosa ao
invés de restaurar um tecido.
O processo de cicatrização ocorre em quatro fases importantes:
Fase 1 - Inflamatória. Inclui duas subfases: vascular e celular;
Fase 2 - Reparadora. (proliferativa, fibroplastica, regenerativa);
Fase 3 - Remodelagem. Inclui duas subfases: consolidação e maturação.

4. Diagnostico

Segundo Dutton “Para fazer um diagnostico preciso, são necessários conhecimentos sobre
anatomia do joelho, padrões de dor comuns e lesões nessa articulação, causas de dor no joelho
encontradas com frequência, assim como habilidades na realização do exame especifico.”
(2012, p.684)
As lesões agudas podem ser classificadas em seis categorias:
1) Contusões
2) Fraturas ou lesões na fise;
3) Lesões em ligamentos
4) Rupturas menicais;
5) Distensões musculotendinosas e
6) Lesões no mecanismo extensor, subluxação ou luxação patelar (DUTTON, 2012, p.685).

O diagnostico para um tratamento geralmente já é realizado pelo medico durante a fase pré-
cirúrgica do paciente. Nesse sentido, após o processo cirúrgico, o paciente é encaminhado ao
fisioterapeuta, onde esse profissional irá realizar os procedimentos de palpação, para
verificação da dor e dos movimentos, e sempre respeitando o processo de cicatrização de
todas as estruturas do joelho que reagem de diferentes formas e tempos, relacionadas com o
tipo de tecido, bem como da historia, idade, sexo e vida cotidiana do paciente. É
imprescindível que o profissional tenha acesso ao histórico completo da patologia e dos
sintomas que acometeram o paciente a cirurgia, para assim, fazer os exames e iniciar o
tratamento fisioterapêutico (DUTTON, 2012).
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5. Técnica de crochetagem

É uma técnica manual conhecida como Diafibrólise Percutânea, utilizada no tratamento de


processos álgicos do aparelho locomotor, através da remoção das aderências e destruição dos
corpúsculos irritativos inter-aponeuróticos ou mioaponeuróticos com o auxílio de ganchos
colocados sobre o tecido e deslizando-o. [...] baseada na utilização de ganchos, esta técnica
tem como princípio, a quebra de aderências do sistema mio-esquelético, com o objetivo de
romper pontos de fibrose, ocasionados pelo acúmulo de cristais de oxalato de cálcio na
aponeurose, o que causa irritação. A finalidade da crochetagem mioaponeurótica, é a fibrólise
das aderências do tecido de sustentação, situada entre as fascias, tendões, ligamentos e ossos
(KIFFER, 2004 apud BUCHDID, 2012).

5.1. Surgimento da Crochetagem


A crochetagem surgiu ao fim da década dos anos 40, e foi idealizada pelo fisioterapeuta sueco
Kurt Ekman que trabalhou durante muito tempo com o Dr. James Cyriax na Inglaterra, que
utilizava a técnica de massagem transversa profunda (MTP), que consiste em eliminar as
áreas dolorosas e os nódulos fibrosos, com uma massagem manual, utilizando fricções
profundas. Ekman, baseando-se nos princípios da MTP, contudo, percebia as limitações da
palpação e do tratamento manual dos tecidos moles. Nesse sentido, elaborou uma
instrumentação especifica, pois, percebeu que nos planos de deslizamentos mioaponeuróticos
profundos, as aderências e os depósitos de pequenas dimensões são dificilmente palpáveis,
partindo dessa premissa surgiu a idéia de se criar instrumentos, em forma de ganchos
metálicos que apresentassem diferentes curvas adaptáveis aos relevos anatômicos, que
permitissem um acesso melhor a estas estruturas patológicas, a fim de eliminá-las. As técnicas
de terapia manual conhecidas à época apresentavam limitações no que tange a atingir uma
profundidade ideal que permita acesso às aderências e à produção de lise. No início tinha uma
abordagem direta e agressiva, esta abordagem prejudicou muito tempo a técnica. O objetivo
principal desta técnica é o rompimento de pontos de fibrose, que são causados pelo acúmulo
de cristais de oxalato de cálcio nos planos aponeuróticos A crochetagem veio para preencher
essa lacuna (SANT'ANNA, 2004 apud SILVA, 2011).
A técnica de crochetagem proporciona alcançar a profundidade dos deslizamentos
mioaponeuróticos e realiza a fibrólise. De modo que, os dedos humanos com relação as
técnicas manuais, não alcançam certa profundidade dos tecidos corporais. Kurt Ekman
constatou em sua pesquisa que existem limites para a palpação dos músculos e para o
tratamento manual dos tecidos moles mais profundos, mas, que a técnica de crochetagem
mioaponeurótica, oferece a condição de alcançar os tecidos mais profundos evitando dessa
forma, aderências do tecido conjuntivo. As estruturas conjuntivas do corpo humano
(ligamentos, tendões, músculos, bainhas, aponeuroses e etc.), são ricas em receptores
sensitivos e absorvem a presença de força externa. Entretanto, estas estruturas não suportam
alongamento além de uma tensão máxima fisiológica, desencadeando dessa forma o
fenômeno da dor. Através destas constatações, Ekman, foi aperfeiçoando a técnica, baseando-
se pela anatomia palpatória e empregando “crochets” mais adaptados ao tecido humano.
Tornando-se dessa forma, uma potente técnica analgésica, que permite um gancho no arco de
movimento, liberando um ou mais nervos irritados pela aderência fascial, onde proporciona
efeitos antiinflamatórios, ligamentares e tendinosos. A sua vantagem está na rapidez dos
resultados (VARGAS, A.; TORRÃO, A.; FERREIRA, P.; MACEDO, M., 2003 apud SILVA,
2011).
No Brasil, a crochetagem passou a ser difundida, a partir do ano 2000, pelo professor
Henrique Baumgarth, presidente da Associação Brasileira de Crochetagem, com sede no Rio
de Janeiro, em parceria com Dr. Raldrei Natividade, através de apresentações em congressos,
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comprovações publicadas em revistas científicas, orientações monográficas e com a prática


clínica alicerçada na pesquisa científica, baseada em evidências de resultados indiscutíveis,
assim como o desenvolvimento de pesquisas com acréscimos do conhecimento da
Periostbehandlung de Vogler - Krauss (Alemanha), em laboratórios de diferentes cidades do
País. Uma nova configuração do gancho foi desenvolvida na década de 2000 na Associação
Brasileira de Crochetagem, com o objetivo de facilitar a abordagem terapêutica quanto a
ergonomia através de novos ângulos de curvas e novas extremidades espatulares que
passaram a apresentar uma junção das superfícies, uma superfície externa convexa e uma
interna plana com borda ligeiramente "bisotee" desbastada. Este permite reduzir o risco
álgico, sem risco irritativo cutâneo, justificado pelo arrasto subdermal, potencializando a
interposição do instrumento nas estruturas aderidas (JASMIM; ROCHA, 2007).

Metodologia

O processo de busca do conhecimento e de explicações elucidativas para este Trabalho de


Conclusão de Curso, primeiramente se deu pela escolha do tema que é a “técnica de
crochetagem”. Em seguida, a construção do conhecimento cientifico, em consonância com o
conhecimento empírico.
Nesse sentido a metodologia utilizada foi a Revisão bibliográfica, que segundo Lakatos,
refere-se à revisão exaustiva de literaturas existentes sobre o tema escolhido, com objetivo de
recolher informações, e que permite ao pesquisador conhecer o que já foi publicado sobre o
assunto (2003, p. 225).
Assim, os métodos de abordagem utilizados para demonstrar os aspectos importantes da
revisão bibliográfica foram o método histórico e dialético. O histórico que permitiu verificar a
origem e evolução da técnica de crochetagem, e o dialético que tem o caráter demonstrativo
dos fatos e acontecimentos, não estáticos, mas, em constante transformação, percebendo-se
assim, que os processos científicos e técnicos não se encontram acabados, e que o fim de um
processo é sempre o começo de outro (LAKATOS, 2003, p.101). Dessa forma, por meio da
pesquisa exploratória e bibliográfica se realizou a escolha de bibliografias atuais relacionadas
com o tema, bem como, autores e profissionais que utilizam a técnica de crochetagem em
suas atividades profissionais, e com isso, demonstrar a evolução histórica e os instrumentos
utilizados nesse processo manual e interventivo de trabalho.
Dessa maneira, esse processo de escolha deu aporte teórico, para explicar a origem e evolução
da técnica de crochetagem, bem como, a possibilidade critica de perceber a necessidade de
utilização no aprimoramento da técnica e suas contribuições no desenvolvimento técnico
cientifico.

Resultado e Discussão

A aplicação da técnica deve ser feita exclusivamente por profissionais capacitados e que
tenham um perfil cuidadoso, pois os instrumentos utilizados “crochets” têm formas
anatômicas, mas que devem ser manuseados de maneira cuidadosa para não causar irritação e
nem machucar o paciente. Assim, com relação à “aderência” de acordo com (KISNER;
COLBY, 2005 apud BUCHDID, 2012), durante a imobilização, após trauma ou como uma
complicação cirúrgica, as fibras de colágeno se aderem às estruturas ao redor, restringindo a
elasticidade normal e o deslizamento das estruturas envolvidas. Para tanto, é necessário o
cuidado na desfibrosação das aderências.
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Segundo Vandewalle (2008) é necessário os seguintes métodos de aplicação, um exame


manual preciso que implica em um conhecimento perfeito da anatomia palpatória, para
detectar as perdas de mobilidade entre os diferentes planos fasciais:
– Uma abordagem centrípeta em relação à lesão inicial para permitir localizar e liberar as
aderências à distância, responsáveis pela patologia;
– Uma metodologia simples, mas, precisa, do manuseio do gancho (crochet) pela mão
instrumental e, da mão palpatória que cria uma onda tecidual ao longo do tecido de
separação (cloison) a tratar.

O terapeuta deve fazer o movimento palpatório como demonstrado a seguir:


Com o dedo, o profissional palpa à procura do local de separação entre dois planos
musculares buscando identificar um ponto de tensão dolorosa. Quando encontrado
através do relato da sensibilidade dolorosa do paciente, o profissional age
descolando a aponeurose muscular através de um gancho “crochets”, com finalidade
para este fim, através de pequenos movimentos firmes e curtos digitais em conjunto
com o gancho, distribuindo dessa forma o movimento de separação em todo o bordo
muscular, e, à procura de outros pontos de tensão (VARGAS, A.; TORRÃO, A.;
FERREIRA, P.; MACEDO, M., 2003 apud SILVA, 2011:8).

Segundo Silva (2011) este método tem uma abordagem centrípeta, ou seja, de fora para dentro
dos tecidos, a palpação se inicia distal ao foco doloroso seguindo as cadeias que estão em
relação anatômica com a lesão, objetivando a diminuição da dor. A técnica se divide em três
fases:
a) Palpação digital: é uma espécie de amassamento realizado com a mão palpatória, que
permite delimitar a área a ser tratada;
b) Palpação instrumental: realizada com auxílio de um gancho em função do volume da
estrutura anatômica a ser tratada, que permite localizar as fibras conjuntivas aderentes e os
corpúsculos fibrosos;
c) Fibrólise: caracteriza o final da palpação instrumental, realiza-se uma tração complementar
da mão que possui o gancho que é realizada para alongar ou romper as fibras conjuntivas que
formam a aderência, ou deslocar ou achatar o corpúsculo fibroso (MONTEIRO, 2008).

Indicação
– Aderências causadas por traumatismos;
– Aderências causadas por fibrose cicatricial cirúrgica;
– Algias inflamatórias do aparelho locomotor;
– Nevralgias devido a uma irritação mecânica dos nervos periféricos;
– Nevralgias cervicobraquial;
– Nevralgias intercostais;
– Ciatalgias;
– Síndromes tróficas dos membros (BAUMGARTH, 2005; AMORIM, 2005 apud SILVA,
2011).

Contra indicação
– Pele hipotrófica;
– Pele com úlceras;
– Dermatoses como eczemas e psoríase;
– Má circulação com fragilidade capilar sanguínea;
– Reações hiperistaminicas;
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– Varizes venosas;
– Adenomas;
– Pacientes que fazem uso de anticoagulantes;
– Terapeuta agressivo ou não acostumado com a técnica;
– Processos psicológicos como estresse, emoções;
– Crianças e idosos ou;
– Solicitação do paciente;
– Abordagem demasiadamente, em processos inflamatórios (AMORIM, 2005 apud SILVA,
2011).

Efeitos da crochetagem em pós-cirúrgico de joelho


Os efeitos da crochetagem deveriam ser em muitos casos de prevenção, em pessoas com
lesões leves que não necessitassem de cirurgia. Contudo, na abordagem deste artigo estamos
evidenciando o tratamento em pós-cirúrgico de joelho. Demonstramos anteriormente a
anatomia do joelho, bem como descrevemos a técnica de crochetagem. Dessa forma,
demonstrar-se-á os efeitos dessa técnica na reabilitação de pacientes que sofreram cirurgia e
para recuperar os movimentos com rapidez e eficácia se sugere aplicar o tratamento.
Entretanto, devem-se levar em consideração os tipos de lesionamento e doenças
ortotraumaticas e a cicatrização do ferimento.
Segundo Vandewalle (2008) “Os primeiros efeitos descritos sobre a eficácia da crochetagem
são a liberação dos corpúsculos fibrosos e das aderências entre as diferentes aponeuroses. O
terapeuta vai descolar os tecidos, ao interpor a espátula do gancho entre os planos fasciais e,
fazer ceder as aderências que limitam a mobilidade entre os tecidos.”
Vandewalle (2011) traz uma grande descoberta feita pelo Dr. Jean-Claude Guimberteau,
cirurgião plástico, que constatou a existência de uma verdadeira continuidade histológica, sem
separação nítida, assegurando o sistema de deslizamento entre os diferentes tecidos. Suas
descobertas tornaram-se possíveis graças a dissecções cirúrgicas em vivo, filmadas durante
uma endoscopia com uma câmera de alta resolução. Ele descobriu um tecido composto por
filamentos fibrilares que vai a todas as direções e delimitam espaços interfibrilares
denominados vacúolos, sendo estes muito refringentes. Este sistema permite o deslizamento
óptimo, sem choques e sem solicitação entre as estruturas. Ele é denominado sistema
colagenoso multimicrovacuolar de absorção dinâmica (MCDAS em inglês). Este sistema é
constituído por bilhões de microvacúolos cujas dimensões variam de alguns microns a
algumas dezenas de microns. O volume vacuolar, constituído pelo cruzamento de fibras, pode
estruturar-se somente em três dimensões do espaço com um volume, paredes, lados e um
conteúdo. Com essa descoberta houve mudanças no modo de desfibrose e separação tecidual
e fascial.
Destarte, os efeitos da técnica de crochetagem vai permitir tratar, ao mesmo tempo, as tensões
musculares e o tecido global e ininterrupto materializado pelo Dr. Guimberteau. Sua ação será
evidentemente mecânica, ao restituir a mobilidade e a qualidade dos planos de deslizamento,
principalmente, intermusculares. Ela vai também liberar as aderências e os “colamentos”
encontrados na maior parte das patologias em traumatologia e reumatologia. Ela vai
participar, igualmente, na liberação do sistema vasculonervoso contido no MCDAS e assim,
favorecer as trocas teciduais, levando a uma melhora no nível do edema, da inflamação e da
cicatrização teciduais. Esta melhora será potencializada por uma ação neurovegetativa não
negligenciável. Na realidade, foi demonstrado por Irvin Korr, neurofisiologista americano,
que as tensões constantes sobre os tecidos levam a um aumento da atividade simpática local,
sempre nefasta à recuperação. A liberação destas tensões pela crochetagem vai permitir
equilibrar o sistema simpático local e, consequentemente, melhorar a homeostasia da zona
implicada na lesão (VANDEWALLE, 2011).
11

A crochetagem vai liberar as tensões musculares reflexas de intenção protetora e auto-


mantidas pelos “colamentos” teciduais. Certos “colamentos” teciduais vão provocar
perturbações no nível da passagem vasculonervosa. A crochetagem vai contribuir para liberar
certas neuropatias de compressão periférica. Ao liberar as tensões sobre os músculos que têm
uma ação proprioceptiva (fibulares, sartório) vamos também reforçar a proteção das
articulações quando ocorrer traumatismos articulares, aumentando a vigilância muscular
(VANDEWALLE, 2011).

Conclusão

O intuito da referida discussão bibliográfica traz uma contribuição conceitual importante ao


campo dos tratamentos fisioterapêuticos, pois trouxe à baila a técnica de “crochetagem” que
vem sendo difundida no meio profissional. Os trabalhos apresentados em debates, congressos,
os periódicos e revistas, são de extrema importância. A evolução na manipulação de
instrumentos, aplicados na melhoria do condicionamento físico, de pessoas que passam por
processos cirúrgicos, de natureza traumatológica e ortopédica, refletem na saúde social e
psicológica do paciente. Na medida em que se trata o aspecto físico de uma pessoa, lhe
proporcionando bem estar, está lhe dando visibilidade de recuperação e isso é transmitido aos
seus sensores neuropsicológicos, que lhe proporcionarão motivação para continuidade do
tratamento e sua recuperação mais rapidamente.
Auferir benefícios de estabilidade é a preocupação de todos os profissionais da área da saúde,
pois demandam o aprimoramento continuo de sua pratica. Com isso, percebeu-se neste
trabalho que o tratamento fisioterapêutico com a técnica de crochetagem em pós-cirúrgico de
joelho, tende a melhorar o processo antiinflamatório e analgésico, ou seja, diminuir o
sofrimento de muitas pessoas, com a possibilidade de resposta sensoriomotora.

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ANEXO

Fig. 1 – Anatomia do joelho


Disponível em: < http://www.auladeanatomia.com/artrologia/artjoelho.htm>.

Fig. 2 – Anatomia do joelho


Disponível em: < http://www.auladeanatomia.com/artrologia/artjoelho.htm>.
Fig. 3 – Anatomia do joelho
Disponível em: < http://www.auladeanatomia.com/artrologia/artjoelho.htm>.

Foto 1 – Artroscopia de joelho lesionado


Disponível em: < https://www.google.com.br>.
Foto 2,3 – joelho fraturado e joelho operado
Disponível em: < https://www.google.com.br>.

Foto 4 – Instrumentos de crochetagem em inox.


Fonte – Revista Professionkiné. n.30, p.15.

Foto 5 - Conjunto de 5 ganchos em poliamida (última geração).


Fonte – Revista Kinésithér Scient. n.527, p. 30, nov. 2011.
Foto 6 - Liberação Intertecidual Passiva do reto da coxa
Fonte – Revista Professionkiné. n.30, p.16.

Foto 7 - Crochetagem entre o fibular longo e o sóleo


Fonte – Revista Kiné actualité. n.1120, p.21, sept. 2008.
Foto 9 - Crochetagem entre o fibular longo e o sóleo
Fonte – Revista Kiné actualité. n.1120, p.21, sept. 2008.

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