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❖ As manifestações cardinais da sinusite aguda incluem drenagem

MARC 6 – INFECÇÕES DAS VIAS AÉREAS nasal purulenta, obstrução nasal, sensação de pressão facial ou
SUPERIORES plenitude facial. Normalmente são associados a febre, tosse, fadiga,
olfato reduzido ou ausente, dor de dente e sintomas otológicos como
sensação de pressão ou plenitude.
PEDRO BONALDI BRITTO NILO ARAUJO
❖ O sinal de maior valor diagnostico é a secreção nasal purulenta que
RINITE E SINUSITE sustenta a sinusite bacteriana aguda.

❖ Rinite é geralmente definida como qualquer processo inflamatório


no nariz, sendo comum a sensação de excesso de muco ou congestão
nasal.
❖ Em geral, rinite aguda e sinusite aguda descrevem situações
inflamatórias do nariz e dos seios da face que duram menos de 4
semanas.
❖ A rinite e sinusite crônicas persistem por mais de 12 semanas apesar
do tratamento.
❖ Para ser definida como recorrente deve acontecer cerca de 4 vezes
ao ano com duração de 7 a 10 dias cada.
❖ Para ser definida como subaguda é necessário ter duração de 4 a 12
semanas com desaparecimento completo dos sintomas ao início do DIAGNÓSTICO DE RINITE E SINUSITE
tratamento.
❖ A rinite alérgica atinge de 10 a 30% dos adultos e até 40% das ❖ O principal fator para diagnóstico é uma boa anamnese, com um
crianças. bom HDA e uma boa HPP, para descartar alguma infecção viral
adquirida em meio escolar, de trabalho, entre outros.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA RINITE E SINUSITE ❖ Ao exame físico deve-se avaliar as narinas para ver presença de
pólipos nasais, características do septo e secreções
❖ Normalmente os pacientes se queixam de crostas e/ou obstrução ❖ Podemos avaliar também a orofaringe procurando secreções pós-
nasal, hipersecreção ou gotejamento pós-nasal, tosse, pressão facial nasais.
ou fadiga. ❖ Pode-se avaliar o ouvido procurando algum tipo de inflamação.
❖ Obstrução nasal que alterna de lado durante o dia. ❖ No exame oftalmológico devemos avaliar função pupilar,
❖ A rinite é caracterizada por espirros, rinorreia com secreções claras e movimentos extraoculares e possível nistagmo.
aquosas, congestão nasal, prurido nas narinas e palato, normalmente ❖ Podemos solicitar TC sem contraste para analisar seios da face e
estão associados também à sintomas na conjuntiva, sendo eles exames laboratoriais como leucograma, IgG e IgE.
prurido, lacrimejamento e/ou hiperemia.
cada narina todos os dias), propionato de fluticasona (duas
pulverizações [50 μg] para cada narina todos os dias) e
budesonida (duas pulverizações [32 μg] para cada narina todos
os dias)]. Além disso pode ser utilizado também um
descongestionante VO (pseudoefedrina 120 mg).
❖ Os modificadores de leucotrieno também são recomendados para
o tratamento da rinite (montelucaste 10 mg 1x ao dia).
❖ Para sinusite infecciosa pode ser utilizado todos os métodos
anteriores para alívio dos sintomas, porém para o tratamento é
utilizado amoxicilina (875 mg de 12/12h por 7 dias) ou
amoxicilina com clavulanato (875 + 125 mg de 12/12h por 7
dias).

OTITE MÉDIA

❖ Haemophilus influenzae é o principal causador de otite média em


crianças
❖ Os pacientes com otite média podem apresentar otalgia ou
irritabilidade.
❖ Pode haver drenagem.
❖ A membrana timpânica está habitualmente inflamada, opaca,
abaulada ou perfurada

TRATAMENTO DA RINITE E SINUSITE

❖ Para a rinite pode ser utilizado como primeira linha anti-


histamínicos orais ou intranasais, caso não haja melhora do
quadro pode associar a um corticoide oral (prednisolona 20 mg ❖ A causa pode ser confirmada através da coloração de Gram e cultura
1x ao dia por 5 dias) ou intranasal [acetonido de triancinolona do líquido purulento obtido na timpanocentese.
(duas pulverizações [55 μg] para cada lado do nariz todos os
dias), furoato de mometasona (duas pulverizações [50 μg] para
❖ A otite causada por H. influenzae tipo b pode ocorrer junto à ❖ Para a detecção utiliza-se o teste rápido de antígeno estreptocócico.
bacteremia ou meningite. ❖ As principais complicações da faringite são:
Febre reumática aguda;
TATAMENTO DA OTITE MÉDIA Artrite reativa pós-estreptocócica;
❖ O tratamento da otite média é antibioticoterapia associado a Abscesso peritonsilar;
corticosteroide (prednisolona 20 mg 1x ao dia por 5 dias) Abscesso retrofaríngeo;
Flebite supurativa;
Febre persistente e TEP indicam síndrome de Lemierre
(tromboflebite supurativa da veia jugular interna);
Glomerulonefrite pós-estreptocócica em crianças <7 anos;

FARINGITE E TONSILITE TRATAMENTO DA FARINGITE E TONSILITE

❖ Principal agente etiológico é o Streptococcus pyogenes sendo 15 a ❖ Tratamento pediátrico:


35% das crianças e 5 a 15% dos adultos. Penicilina V 250mg VO 2 ou 3x ao dia (<27 kg), penicilina
❖ Por ter esse agente etiológico tão presente, caso não seja possível V 500 mg VO 2x ao dia (>27 kg) ambos por 10 dias.
uma cultura rápida para o tratamento, é recomendável iniciar o Amoxicilina 50 a 1200 mg VO 1x ao dia por 10 dias.
tratamento empírico para ele. Amoxicilina + clavulanato 45 mg/kg/dia dividido em 2 doses
❖ Dor ao deglutir é a principal característica da tonsilofaringite e ❖ Tratamento adulto:
muitas vezes é sentida nas orelhas. Penicilina V 500 mg VO 2x ao dia ou 250 mg VO 4x ao dia,
❖ As crianças muito jovens que não são capazes de queixar-se de dor ambos por 10 dias.
de garganta, quase sempre se recusam a comer. Amoxicilina 500 mg VO 3x ao dia por 10 dias.
❖ Febre alta, cefaleia, mal-estar e indisposição gastrintestinal são Amoxicilina + clavulanato 875 + 125 mg VO 2x ao dia por
comuns, assim como halitose e voz abafada. 10 dias
❖ As tonsilas estão edemaciadas e vermelhas e, com frequência, têm ❖ Para alívio sintomático pode ser utilizado AINE, dipirona ou
exsudato purulento. paracetamol.
❖ Linfadenopatia cervical dolorosa pode estar presente. Adenopatia,
EPIGLOTITE
febre, petéquias e exsudatos no palato são um pouco mais comuns
com o SBHGA, do que com a faringotonsilite viral. ❖ É a inflamação da epiglote e das estruturas subjacentes.
❖ Com o SBHGA, um exantema escarlatiniforme (escarlatina) pode ❖ Os principais agentes etiológicos são: S. pyogenes (grupos A, B, C,
estar presente. F e G); S. pneumoniae; Staphylococcus aureus; H. influenzae (raro).
❖ Se o paciente apresentar rinite, rouquidão ou tosse a etiologia é
provavelmente viral não sendo necessário o teste para GAS.
❖ A principal sintomatologia é dor de garganta intensa, odinofagia,
febre e voz de “batata quente”, com dor à palpação ou
movimentação da laringe.
❖ Na laringoscopia, a laringe se apresenta edemaciada, com eritema
exsudato na epiglote e em estruturas adjacentes.
❖ O diagnostico é inteiramente clínico, sendo necessário uma boa
anamnese com um bom exame físico.

TRATAMENTO DA EPIGLOTITE

❖ Tratamento pediátrico:
Cefotaxima 50 mg/kg IV 8/8h (se disponível) ou ceftriaxona
+ vancomicina 50 + 60-80 mg/kg IV dividido em 3 a 4x por
dia.
❖ Tratamento adulto:
Cefotoxima 2 g IV de 4/4 ou 8/8h (se disponível) ou
ceftriaxona 2g IV 1x ao dia + vancomicina 15-20 mg/kg IV
de 8/8 ou 12/12h

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