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NOME, nacionalidade, estado civil, advogado (a), inscrito na OAB/UF sob o nº xxxxx, com
endereço profissional xxxxx, e-mail xxxxxx e telefone xxxx, vem, respeitosamente, a este
egrégio tribunal, com fulcro no art. 5º, LXVIII, CF e arts. 647 e 648, CPP, para impetrar o
presente
DOS FATOS
Matilde é mãe dos menores Gilson e Jane, de 6 e 13 anos, respectivamente, sendo
representados pelo pai Gildo em processo de execução de alimentos. Ocorre que a paciente,
deixou de cumprir com suas obrigações nos últimos 5 meses, resultando na importância de
R$5.000,00 (cinco mil reais) a título de dívida alimentícia.
Não conseguindo adimpli-la conforme determinado, foi decretado pelo magistrado coator sua
prisão, fato este equivocado, uma vez que a paciente não está cumprindo suas obrigações
devido a situação de desemprego em que se encontra há 1 ano, a qual não consegue reverter
visto a situação econômica do país, além dos gastos para tratamento da depressão profunda a
qual é acometida, e não por mera liberalidade e negligência dela.
DA MEDIDA LIMINAR
Conforme pressupõe o art. 300, CPC, as medidas liminares serão concedidas, quando houver
evidências do provável direito e perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. Assim,
no caso em análise, há a comprovação do perigo de dano a paciente, uma vez que ela
justificou seu inadimplemento devido sua situação de desemprego, conforme determina o art.
528, §2º, CPC, tal justificativa deveria ser aceita, pois estar desempregada não é algo que a
paciente escolheu.
Seguindo a linha de raciocínio, os valores cobrados são errôneos, uma vez que segundo o
mesmo artigo, em seu §7º, a cobrança só abrange 3 prestações anteriores a data do
ajuizamento da execução, portanto, ao serem cobrados os valores de 5 prestações, fica
comprovado mais um erro.
Assim, além do exposto acima, resta dizer que o cerceamento da liberdade da paciente em
nada resolveria o débito, uma vez que, em cárcere, continuaria em mora e não poderia buscar
formas de adimplir a dívida, devendo, portanto, ser concedida a liminar.
DO DIREITO
DO CABIMENTO DA AÇÃO
O art. 5º, LXVIII, CF, determina que o habeas corpus será concedido quando ameaça ou
possibilidade de ameaça ao direito de locomoção de alguém em virtude de abuso de poder ou
ilegalidade. A decretação de sua prisão foi baseada na ilegalidade, sendo, portanto, cabível a
ação.
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer:
1) o deferimento de medida liminar para determinar ao Juízo coator o recolhimento do
mandado de prisão ou caso já executado, a imediata expedição de alvará de soltura da
paciente;
2) a notificação da autoridade coatora, qual seja, o Juízo da 10ª Vara de Família da
Comarca do Rio de Janeiro;
3) a concessão do Habeas Corpus e imediata expedição de salvo conduto da paciente.
Nestes termos, pede e espera
deferimento Local, Data
Advogado (a), OAB/UF