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SERVIÇOS
Ricardo Jimenez
2 OPERAÇÕES EM SERVIÇOS II
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Mercado de Consumo B2B (Business to Business)
Mercado governamental
São instituições públicas, tais como unidades do governo em todas as esferas, que
necessitam comprar serviços e produtos de outras empresas para suas instalações ou
para atender a uma necessidade governamental, geralmente através de licitações.
Mercado de revenda
São instituições, organizações ou indivíduos que adquirem produtos para revenda com
o objetivo de alugar para terceiros ou obter lucro.
Mercado industrial
Fatores culturais
Relacionados aos valores aos quais um cliente está sujeito. Estes valores dependem da
religião, idade, renda, escolaridade, raça, nacionalidade e região na qual o cliente
habita.
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Fatores sociais
Fatores pessoais
Nestes fatores incluímos idade, atividade de educação e trabalho exercidos, bem como
a condição econômica a qual o consumidor pertence. Outros fatores podem ainda ser
considerados para o consumo de serviços e bens, tais como o estilo de vida e
personalidade.
Fatores psicológicos
Estes fatores têm forte influência no comportamento de consumo por parte do cliente
e podem ser divididos em quatro categorias, a saber:
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Figura 2.1 – Modelo de cinco estágios do processo de decisão de compra
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Figura 2.2 – Diferenças entre as avaliações entre serviços e produtos
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• Comportamento pós-compra: depende do grau de satisfação do consumidor com
o resultado da sua aquisição. Se o consumidor ficou satisfeito, a probabilidade de
recompra é maior e, consequentemente, a fidelização do cliente. No entanto, caso
após a compra do serviço o consumidor se sentir insatisfeito, várias ações poderão
ser tomadas por ele visando a evidenciar seu descontentamento, como pode ser
visto na Figura 2.4.
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Um exemplo da força de vendas na Internet se dá em datas históricas, como dia das
mães, dia dos namorados e na época do Natal. O fenômeno Black Friday também é um
exemplo que foi criado nos Estados Unidos em 1950, promovendo o comércio um dia
após a celebração do dia de Ação de Graças e que se tornou um fenômeno mundial,
inclusive no Brasil, com a venda de produtos e serviços com grande movimentação
pela Internet.
Os serviços via Internet também buscam unir a oferta à procura, com uma logística
que visa propor maior visibilidade para empresas das regiões, vendendo produtos a
um custo mais baixo. Como exemplo, temos as empresas Groupon (empresa
americana com atuação em outros países) e também a nacional Peixe Urbano.
De acordo com o Sebrae, o sucesso para atender às vendas on-line deve se atentar a
todas as fases do processo, desde a acessibilidade do site até a entrega do produto ou
serviço de acordo com as necessidades do cliente.
Para que se venda, não importa em qual ramo de negócios, é necessário satisfazer o
consumidor e, na Internet, não é diferente. Para que se tenha êxito nas vendas pela
web, temos que nos atentar a alguns fatores-chave que fazem parte do universo
digital. Por exemplo: uma loja virtual deve se atentar à logística, gerenciamento de
pedidos, estoques e controle de estoques e faturamento.
Veja a seguir dez dicas de sucesso que o Sebrae listou para o comércio on-line.
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consumidor à loja virtual, caso contrário, o cliente dificilmente voltará.
Deve-se evitar prometer o que não se consegue cumprir. É preciso deixar claro a forma
de cobrança, o custo do frete e o prazo de entrega, trazendo mais confiabilidade e
facilitando a decisão de compra do consumidor.
É importante criar outros canais de acesso aos clientes, como deixar o telefone bem
visível, oferecer chats ou um canal de atendimento via e-mail para atender às
solicitações ou contatos do cliente durante o processo de aquisição.
7. Anunciar
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9. Site seguro
O Gráfico 2.1 apresenta uma pesquisa efetuada sobre os fatores que auxiliam a
tomada de decisão dos consumidores, nas compras via Internet.
Gráfico 2.1 – Fatores que auxiliam a tomada de decisão de compras pela Internet
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2.3 Dimensões da qualidade em serviços
Podemos apontar algumas causas que justificam esta condição sistemática de baixa
qualidade em serviços, a saber:
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Diante destas causas, o prestador de serviços mais bem preparado entende a
existência de uma oportunidade de gerenciar os serviços prestados de maneira
diferenciada em relação à concorrência. A qualidade dos serviços prestados poderá ser
definida como o grau de atendimento desses serviços, ou quando estas expectativas
são excedidas.
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A Figura 2.5, referente à qualidade em serviços, aborda a comparação das expectativas
dos serviços que serão prestados com a percepção dos serviços que foram efetuados.
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• A qualidade deve ser construída durante a prestação do serviço e não verificada
apenas no final.
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Portanto, é importante gerenciar para que se equilibre a expectativa do cliente e a
capacidade do sistema de atendimento. As medidas que podem ser tomadas para
se prevenir com relação a este tipo de falha são a formação coerente da
expectativa dos consumidores, coordenação entre a área de marketing e as
operações e a comunicação durante o processo de prestação do serviço.
Através do conteúdo já apresentado, fica claro que não se consegue avaliar uma
prestação de serviços antes que ela ocorra, sendo que somente conseguimos avaliar a
qualidade de um serviço quando este está em operação ou, em muitos casos, quando
a prestação de serviços já foi concluída e avalia-se o resultado. A avaliação do serviço
pelo consumidor, durante ou após o fim do processo, se dá por meio da comparação
do que o consumidor tinha como expectativa com o que foi notado do resultado do
serviço prestado.
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Figura 2.7 – Avaliação da qualidade do serviço
Embora tenhamos uma avaliação genérica pelo cliente, esta avaliação é expressiva
para os serviços prestados em função da intangibilidade. Avaliações de produtos, que
são bens tangíveis, têm uma condição diferente: mesmo que o bem não esteja
presente, o cliente não cria uma expectativa muito além do que se está vendo em uma
propaganda. No entanto, quando uma empresa de prestação de seguros, por exemplo,
anuncia que o cliente será remunerado de seus benefícios de forma imediata, pode
proporcionar expectativas que excedem ao que o prestador do serviço pode atender.
A ideia defendida por alguns autores é que devemos atender às expectativas do cliente
em vez de atendermos às suas necessidades que, em muitos casos, são mais exigentes
que a própria necessidade. Outros autores defendem que é necessário atender às
necessidades dos clientes em potencial.
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Entendendo o fato de que os níveis de exigência para necessidades e expectativas são
diferentes, qual o nível de exigência que as operações em serviços devem estar
preparadas para atender?
Como se nota, existe uma complexidade relacionada a atender às expectativas que são
mais exigentes que as reais necessidades e, com certeza, as avaliações serão baseadas
nas expectativas; portanto, os esforços devem ser concentrados nelas. Com base
nestas premissas, podemos chegar a algumas conclusões, como:
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• No longo prazo, o sistema de operações deverá visar às necessidades reais dos
consumidores, capacitando-se para esta finalidade;
É extremamente útil analisar como as expectativas são formadas para que se possa
avaliar a influência do fornecedor de serviços em relação à avaliação efetuada pelo
consumidor e, neste caso, a sua força na competitividade. Dentre os fatores que
podem influenciar as expectativas dos clientes, podemos citar especificamente a
comunicação boca a boca, as necessidades e desejos pessoais, experiência anterior,
comunicação externa e preço. A Figura 2.8 representa influência.
Figura 2.8 – Fatores que influenciam a formação das expectativas dos clientes
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• Experiência anterior: quando o cliente tem o conhecimento prévio do serviço,
através de experiências anteriores, essa experiência pode ser um fator de
influência em sua tomada de decisão;
• Necessidade e desejos pessoais: dizemos que este é o principal fator, devido a ser
por meio das necessidades e desejos dos clientes que se formam as expectativas e,
através destas necessidades e desejos, o consumidor busca o serviço;
Na formação das expectativas do cliente o mercado também tem influência, sendo que
os concorrentes podem ser o gerador destas expectativas através dos meios de
comunicação, ou seja, por meio de propagandas, ou de forma indireta, com a própria
prestação do serviço, que pode ser oriunda de uma experiência anterior do cliente.
Outra forma de influência seria através da prestação de serviços vivenciada por outros
clientes que, por sua vez, influenciarão clientes potenciais. Estas situações estão
ilustradas na figura 2.9.
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Figura 2.9 – Influência dos mercados nas expectativas dos clientes
Se temos as avaliações dos clientes como função para determinar suas expectativas e
percepções, é de suma importância que o fornecedor de serviço atue não só na
percepção do serviço fornecido, mas também na formação da expectativa do cliente. O
fornecedor deve atuar na comunicação através de propagandas, treinamento e outros
tipos de comunicação com o cliente, antes e durante a prestação de serviços.
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Figura 2.10 – As influências dos mercados e do fornecedor de serviços
nas expectativas dos clientes
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Esta metodologia consiste em se realizar pesquisas de opinião desenvolvida nos EUA
na década de 1930 e, ao invés de apenas questionar “sim” ou “não”, as questões
construídas com o conceito da escala Likert apresentam questionamentos em uma
pesquisa de satisfação que oferecem resposta a uma escala de pontos com descrições
do tipo “concordo” ou “discordo”. Vamos a um exemplo prático, supondo o
questionamento: “Estou satisfeito com o desempenho do meu novo celular?”, na qual
teríamos na escala original de cinco pontos, com as descrições:
1) Discordo totalmente
2) Discordo
4) Concordo
5) Concordo totalmente
A quantidade de pontos que irão compor a escala varia podendo ter de 4 a 10 pontos,
na qual a de 5 é a mais empregada. Esta escala permite se obter insights qualitativos
de uma pergunta, de certa forma, estruturada quantitativamente. Não existe certo ou
errado nesta avaliação, que permite mapear os clientes que se pretende atender a
partir das operações de serviços que presta.
Se temos que avaliar as expectativas dos clientes, então temos que identificar critérios
segundo os quais os consumidores efetuam a avaliação dos serviços. Neste ponto, vale
ressaltar que se torna primordial que a gestão de operações em serviços entenda os
critérios de priorização dos clientes desde o projeto do serviço até a definição da
operação.
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qualidade prestada, denominado “SERVQUAL”. Ele é baseado em uma listagem que
contém cinco critérios, a saber:
Como se nota, os fatores listados podem diferenciar-se nos pesos de uma avaliação e
assim priorizar o que o sistema de serviços que se pretende atender.
REFERÊNCIAS
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