Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
APOSTILA DE:
FILOSOFIA
DA CULTURA
AD USUM PRIVATUM.
I UNIDADE : A CULTURA EM GERAL
Para poder falar de filosofia da cultura, é primeiro necessario ter ideias claras sobre o
que é cultura, por isso na primeiro parte de nosso estudo nos dedicaremos a examinar o
termo “Cultura”.
1) Definição de Cultura :
Diz Santo Tomás que quando se trata um termo se pode falar de dois modos de
concebir este termo, llendo a acepcièon original ou atendendo ao uso que se deu a dito
termo. Aplicando isto ao termo cultura encontramos que:
Etimologicamente, deriva do verbo latino “Colo” e daí “Colis”, “Colere” que significa
cultivar, ou seja, se designa a essência e arte do cultivo da terra e trás implícito em si um
processo ou atividade dirigidos a recolher os melhores frutos partindo da natureza
mesma.
O termo cultura indica originalmente a atividade agrícola, mas em sentido análogo se
pode aplicar ao homem, assumindo o significado de disciplina ou formação, referindo-se
ao cultivo do homem em todas suas dimensões, é um segundo modo de cultivo, imanente
ao homem uma atividade inteligente e livre que esta dirigida à perfeição mesma do
homem por meio de todas suas potências em harmonia com sua natureza.
Para Cícero, na antigüidade, o termo cultura era sinônimo de educação, formação do
corpo e do espírito.
Compreendendo ao homem em sua integridade determina como fim a perfeição do
homem, seguindo um equilibrado desenvolvimento de suas capacidades.
Podemos decir por lo tanto, que la cultura es:
1) Um ato; o de cultivar.
2) Um estrado, como resultado do ato.
3) Um completo instrumental.
No conceito mesmo de cultura está implícito o conceito de perfeição.
Usualmente, o termo cultura sufreu mudanças com o passar dos anos, no latim
clássico, indicava mas bem o processo – estado de formação espiritual, intelectual, moral;
ideais de perfeição humana sob um aspecto pessoal, pelo contrário na idade moderna se
começa a aplicar o termo cultura também às sociedades, no dizer do P. Menvielle, a
cultura em sentido social se pode chamar Civilização. O termo cultura indica as diferentes
atividades do homem aplicadas à natureza humana a fim de que esta alcance os frutos
segundo sua própria capacidade, assinalando preferentemente o aperfeiçoamento da
pessoa humana, enquanto a civilização contempla primeiramente a perfeição da
sociedade, e então é quando a a cultura, em sentido social, é que a podemos chamar
“civilização”, para significar que a cultura surge como uma conquista do esforço livre e
pessoal de cada homem, alcançada com a ajuda da sociedade que pôs os meios para
alcançá-la.
O Concílio Vaticano II, na constituição pastoral “Gaudium et Spes” diz assim:
“Com a palavra cultura se indica, em sentido general, todo aquilo com o que o
homem afina e desarrolla suas inumeráveis qualidades espirituais e corporais; procura
submeter o mesmo círculo terrestre com seu conhecimento e trabalho; faz mais humana a
vida social, tanto na família como em toda a sociedade civil, mediante o progresso dos
costumes e instituições; finalmente, através do tempo expressa, comunica e conserva em
suas obras grandes experiências espirituais e aspirações para que sirvam de proveito a
muitos, e inclusive a todo o gênero humano.
1
Daqui se segue que a cultura humana apresenta necessariamente um aspecto
histórico e social e que a palavra cultura assume com frequência um sentido sociológico e
etnológico. Neste sentido se fala da pluralidade de culturas1”.
São indicados quatro elementos da Cultura, a causa eficiente, ou seja o trabalho espiritual
e corporal dos homens, a causa material, ou seja a natureza do homem e do cosmos, a
causa formal, ou seja as obras nas que se espremem e conservam as grandes experiências e
aspirações espirituais e a causa final, para o progresso e perfeição do gênero humano.
Sobre a base da descrição conciliar podemos dizer que em sentido estático a cultura é o
conjunto de valores produzidos pela colaboração racional do homem com a natureza para
fazer a vida mais perfeita, enquanto em um sentido dinâmico, podemos dizer que a
cultura é o mesmo aperfeiçoamento da vida através da produção de valores, mediante a
colaboração racional do homem com a força da natureza.
Podemos resumir este estudo semântico – etimológico nomeando os significados vêm
aplicados ao termo cultura:
A) Sentido ativo: a cultura é entendida como o trabalho de cultivo da natureza humana em
vista de seu aperfeiçoamento (causa eficiente)
B) Sentido passivo, a cultura é vista de um ponto de vista subjetivo, ou seja a perfeição
mesma do homem, ou o estrado de possuir esse conjunto de perfeições que é o fim da
cultura como ação. Neste sentido a cultura é ao mesmo tempo: a- o resultado, a possessão
ontológica de ordem qualitativo (causa formal intrínseca). b- A meta, (causa final) e c) o
modelo ideal da ação cultural (causa formal extrínseca ou exemplar)
C) Objetivo – Instrumental; o conjunto de meios e de objetos por meio dos quais se obtém,
se conserva, se manifesta se comunica e se transmite a perfeição humana (causa
Instrumental)
A concepção clássica encerra em si implicitamente estes três significados, a
concepção moderna agrega o caráter de social.
3
subsistência metafísica. A natureza humana assim individualizada é assumida como
princípio determinante do suposto, chamado humano, e constitui com o ato de ser que
inere no suposto a primeira perfeição ontológica, ou a substância em seu primeiro ato.
Mas esta primeira perfeição não é definitiva, o sujeito da natureza humana,
entendido assim fica ainda aberto a uma perfeição ulterior que se coloca no âmbito
ontológico da acidentalidade, esta lhe será a segunda perfeição ou segundo ato.
A natureza, como princípio intrínseco de cada movimento, é a raiz desta tensão à
perfeição última, e é por isso início daquelas inclinações que são inatas ao homem.
Em um nível racional nasce no homem a tensão de conhecer a verdade sobre o
mundo e sobre Deus, a viver em sociedade e a determinar com o juízo da razão os meios
que implica tal tensão, segundo as diversas e determinadas circunstâncias.
As distintas disposições que preparam o exercício destas operações em sua ordem
própria constituem em sentido estrito aquela perfeição acidental que é o término da
cultura como ato, realizando-a em si mesma.
Deste modo identificamos também a forma que é término da geração cultural, ela é
o complexo dos hábitos bons e as disposições. Caracteristica própria dos hábitos
operativos é o fazer pronta, fácil e deleitável a ação. Por outra parte se dão também hábitos
de ordem entitativo, por exemplo a saúde, a beleza, que dispõem à perfeição do sujeito em
si mesmo, em seu ser e só indiretamente em seu agir.
Enquanto ao movimento da cultura, se identifica com o mesmo agir humano que tende
com seu exercício a tal fim.
Entre as ações humanas se dá uma quádrupla distinção. O agir simplesmente
humano, (os atos livres do homem); o agir humano enquanto à substância mas não en
quanto ao modo, (os primeiros atos da inteligência e a da vontade); os atos humanos em
quanto ao modo, mas não enquanto à substância (o caminhar...) e por último os atos do
homem materialmente, (vegetativos).
O movimento na cultura se desenvolve formalmente segundo o agir perfeitamente
humano a aquele parcialmente humano, (enquanto à substância). Normalmente a
cualificación do movimento se refere a uma ação transitiva, física (predicamental), mas por
uma certa similitude, o conceito de movimento pode aplicar-se também à ação imanente
(metafísica) conhecitiva-volitiva.
Chegamos assim aos dois términos do movimento gerador da cultura, o “terminus a
quo”, vem dado de fato pela mesma natureza humana em sua estado de perfeição primera,
o “terminus ad quem” , pelo contrário é a segunda perfeição ou acidental que se aperfeiçoa
para o melhor.
Em modo sintético podemos enquadrar esta descrição genética da cultura nestas
palavras, a cultura é o resultado da ação aperfeiçoante do agir humano (livre e deliberado) sobre a
natureza mesma do homem determinada individualmente.
B) Descrição da Cultura através da Causa Final:
A partir da descrição genética da cultura formulada, podemos identificar o próprio
fim da cultura.
Falamos da cultura como “resultado da ação aperfeiçoadora do agir humano” e,
desde este ponto de vista, a cultura se enquadra como “finis effectus”, ou seja, como
resultado último de uma ação. Porém, o que é o último na execução é o primeiro na
intencion; e desde este ponto de vista, o fim reveste plenamente a razão de causa.
Neste sentido se distinguem um fim objetivo (finis qui ou cuius gratia) e um fim
subjetivo (finis quo).
4
O primeiro representa o término ao qual tende o desejo, ou também a coisa na qual
se reconhece a razão de bem e que como tal é desejável.
O fim subjetivo, pelo contrário, é a ação mesma pela qual se esta na posse do fim
objetivo.
A bem-aventurança natural objetiva do homem é Deus mesmo, não considerado em
si mesmo, mas enquanto causa primeira criadora e fim último da ordem natural. A bem-
aventurança naturae subjetiva, pelo contrário, consiste na operação com a qual o homem
conhece e ama a Deus, sempre entendido como primeira causa e fim último da ordem
natural. A perfeição última da criatura racional esta na contemplação teorética da ordem
universal, da qual o Deus criador e consumador representa o eixo fundamental.
Assim se expressa também S. Tomás: «Considerando a perfeição natural do
homem, os Filósofos disseram que a felicidade última do homem consiste nisto, ou seja,
que em sua alma venha descrita toda a ordem do universo» sendo Deus a causa
fundamental escondida desta ordem universal, fica no coração da criatura racional o
desejo de conhecer a essência, segundo a possibilidade de sua natureza (conhecimento
analógico).
Temos assim os dois passos fundamentais da ciência metafísica: a ontologia e a
teologia racional.
Por outra parte o homem - como toda criatura, e também segundo uma especial
modalidade - é levado a amar.
Se isto é o fim último natural da criatura humana, existem também fins secundários
ou intermediários e subordinados. Eles correspondem ao cumprimento das outras
inclinações conaturais do homem.
Do ponto de vista da bem-aventurança formal, em sua consistência primária e
essencial (conhecimento e amor de Deus criador), estes mesmos bens se apresentam como
dispositivos.
Se a bem-aventurança natural do homem nesta vida consiste no conhecimento
teorético do mundo e de Deus, segundo o exercício das várias ciências, e no amor de Deus,
com o exercício das virtudes éticas, a ela corresponde a boa disposição física do mesmo
homem. Não somente coopera a saúde, mas também um certo aperfeiçoamento da
corporeidade mesma e de toda seu organização sensorial. Nosso conhecimento,
efetivamente, parte dos sentidos e no estado de união da alma com o corpo nosso intelecto
necessita sempre da conversão ao fantasma.
A causa final então da cultura é a bienaveturança integral do homem, assim como é
possível nesta vida.
Ela encontra seu centro na alegria e gozo especulativo-comtemplativo da verdade
das coisas e no honesto e virtuoso exercício da vida humana, dirigida - ao mesmo tempo -
a este deleite comtemplativo e por ele nutrida e guiada.
Neste complexo da felicidade humana entram ademais os bens de ordem material,
segundo diversos títulos, mas sempre dispositivamente, sendo finalisticamente ordenados
a aquele “primum essenziale” que é a atividade intelectual in summo sui. «Assim vemos
que segundo o curso natural das coisas - diz S. Tomás - a substância intelectual usa todas
as outras realidades em ordem a si mesma: ou pelo aperfeiçoamento do intelecto, porque
nelas considera especulativamente a verdade; ou pelo exercício de sua capacidade e a
tradução operativa da ciência, como o artesão traduz na matéria corpórea aquilo que
concebeu com sua arte; ou também pelo sustento do corpo que esta unido à alma
intelectual, como é evidente nos homens.
5
Do ponto de vista da causa final, a cultura é aquilo por cuja possessão o homem
pode alcançar a bem-aventurança natural que lhe é possível nesta vida.
Do ponto de vista da causa eficiente e da causa final, entre elas conectadas, a cultura
pode ser definida como aquilo que o homem com suas forças espirituais e fisicas, sob o domínio
diretivo da razão prática e com a colaboração de seus semelhantes, adquire com o fim de conseguir a
própria bem-aventurança natural nesta vida.
Ao fim da última lição havíamos dito que o fim da cultura é a última e completa
perfeição que o homem pode conseguir naturalmente com suas forças. É a felicidade
natural imperfeita possível nesta vida. Esta felicidade é a consideração especulativa atual
da ordem universal, da qual Deus é a primeira causa e o fim último e no exercício das
virtudes éticas que ordenam prudencialmente a praxe humana.
POR ISSO - a perfeição última do homem naturalmente possível nesta vida é o exercício
pratico-especulativo da sabedoria e isto será o fim da cultura. A cultura será então, a
mesma sabedoria humana cultivada em sua dimensão dispositivo-habitual.
Aqui chegamos ao que podemos chamar a essência metafísica:
“a cultura é sabedoria humana (especulativo - prática) possuída de modo habitual
(contemplação especulativa atual da ordem universal e exercício das virtudes)”
Distingamos assim dois planos:
1- a sabedoria humana, em contraste com aquela angélica ou animal;
2- possuída de modo habitual; diversa da bem-aventurança que se dá como um exercício
operativo.
Destes dois planos surgem as causas formal e material da cultura: a causa formal
será em relação à sabedoria humana, pelo contrário a causa material se encontra na mesma
natureza humana.
6
Causa Material: (in qua) é o sujeito que produz a ação.
Na cultura é nossa natureza humana determinada individualmente, ou seja a pessoa
humana, o homem que constituído de corpo e alma ao modo de matéria e forma possui
operações adequadas à forma, à alma, então tanto os órgãos como as faculdades da alma
são sujeitos da cultura.
Pode-se ampliar também a um grupo de sujeitos, por isso podemos falar de cultura
enquanto a uma sociedade, como sujeito secundário.
Uma vez especificado o sujeito da cultura passemos a dizer que o termo cultura é
um conceito análogo por analogia de atribuição, o primeiro analogado é a pessoa humana,
à qual a cultura insere formalmente e da qual a cultura se predica intrinsecamente.
A sociedade e a natureza humana manipulada pelo homem são os analogados
secundários de inerência e de pregação; a sociedade se pode dizer “culta” por participação
intrínseca; a natureza somente por atribuição extrínseca.
Mas dentro do homem e seus faculdades a analogia que se dá é aquela de
proporcionalidade própria, as faculdades do homem são sujeitos de inerência, mas não de
predicação, “culto” se diz de todo o homem e não de suas faculdades.
7
II UNIDADE: A CULTURA ENQUANTO CRISTÃ
FUNDAMENTAÇÃO:
O princípio fundamental que regulamenta a relação entre o natural e o sobrenatural
se encontra ilustrado nestas brilhantes palavras de Santo Tomás;
"A graça pressupõe a natureza e a aperfeiçoa”2
A graça é sobrenatural em sentido estrito, distingue-se da natureza porque é a
participação à mesma vida divina, ao mistério de Deus Uno e Trino, transcendendo
absolutamente a ordem criada.
A criação não é a comunicação da vida divina, não se pode criar uma substância
sobrenatural, (II-II 110,2 a 2 e ad 3) portanto, para que seja possível uma participação à
vida íntima de Deus, esta tem que ser concebida em um nível acidental e de modo
gratuito. Enquanto que comunicada à criatura inteligente, único destinatário possível, a
graça é um acidente criado que qualifica de modo absolutamente novo o sujeito que a
recebe.
Naturalmente a dimensão acidental e seu aspecto acidental concernem a seu
modo de ser, mas no que diz respeito à essência, é a mesma participação da vida de Deus,
portanto infinita. Isto se comprova na intencionalidade de conhecer e de amar, Deus se faz
presente ao espírito da criatura como objeto de conhecimento e amor, assim a graça é uma
participação finita de um bem infinito.
No tocante à essência, a graça é desomogenea à natureza, mas enquanto ao modo
de ser acidental ela já supõe um sujeito substancial da parte da natureza.
Como a graça é um dom, pede que exista um ser que possa recebê-lo sem exigi-lo, por isso
não há exigência da parte do sujeito natural, mas há absoluta exigência de um sujeito
substancial da parte da graça.
A prioridade da natureza no que diz respeito ao sobrenatural, não se impõe só a
nível entitativo, mas também a nível operativo, "a fé supõe o conhecimento natural como a
graça supõe a natureza… ".
Enfim o aperfeiçoamento realizado pela graça à natureza tem uma dupla finalidade;
elevante, porque é a participação à vida divina, e sanante, do pecado original.
Assim; embora o sobrenatural seja inomogêneo à natureza, entretanto a ela convém
segundo a potência obediencial, que é a condição pela que a relação entre natureza e
sobrenatureza é de transcendencia da segunda sobre a natureza, mas ao mesmo tempo
não de exclusão.
A realização sobrenatural não destrói a identidade substancial da criatura porque se
coloca na ordem da acidentalidade, e por outro lado temos o abrir-se das faculdades
espirituais a todo o ente e a todo o bem, que prova a não - indiferença da natureza para a
proposta sobrenatural.
Entre as duas ordens há distinção, mas também harmonia. Assim, a graça é
realmente um aperfeiçoamento conveniente, mas não devido.
APLICAÇÃO À CULTURA:
2
Santo Tomás de Aquino, Suma Teológica, Edição Estudos Dominicanos, Bolonha, 1996, I Q. 1, a 8 ad 2.
8
Também a graça, enquanto preparação à cultura, situa-se no mesmo âmbito da
acidentalidade perceptiva; pois também no sobrenatural se dá uma dimensão cultural, tal
como existem os "hábitus bons" naturais, igualmente na ordem sobrenatural encontramos
um complexo de hábitos sobrenaturais. São justamente este complexo de hábitos que
aperfeiçoam à pessoa humana segundo a dimensão divina ao que chamaremos "Cultura
Cristã", cultura sobrenatural que se deve estar encharcada em Cristo.
En cuánto a la sustancia:
Si bien es verdadero que el cristianismo transciende la cultura humana, sin embargo
la naturaleza humana se encuentra envuelta en un dinamismo y en una finalidad que la
llevan sobre él mismo, y es el cristianismo el cultivo del hombre en esta nueva dimensión.
a) Presupuesto
El primeiro passo para o cultivo Cristão é sua radicação em Cristo, tal justificação
serà considerado pelo movimento da justiça que está no homem pelas retas disposições
interiores, o termino "a quo", (do qual se parte), é o estado de pecado, o termino"a quem",
(fim) é o estado de graça.
Este movimento tem três momentos, o agente que corresponde à infusão mesma da
graça lhe santifiquem, o movimento mesmo, que será a disposição positiva para a graça e
negativamente para o pecado e o término, que será a remissão da culpa.
9
b) Determinação da justificação:
Vejamos as casualidades:
A causa final será a glória de Deus e a vida eterna.
A causa eficiente é Deus misericordioso.
A causa meritória será Cristo.
A causa instrumental o sacramento do batismo e todos os outros, que impulsionam
dispositivamente o ato de fé.
A causa formal será a justiça de Deus que nos justifica.
En el proceso de la justificación el hombre recibe por infusión la fe, la esperanza y la
caridad esto constituye el organismo sobranatural, de modo que podemos decir que casi es
una nueva naturaleza, ya que en el orden del accidentalidad se abre a una perfección
ulterior.
Del punto de vista antropológico la justificación implica este organismo
sobranatural, pero del punto de vista teológico es el introducirse en Cristo para ser por la
gracia, hijos de Dios.
2 - Causas Extrínsecas:
a) Según la causa final:
El objetivo del cutura Cristiano tiene un doble aspecto, el objetivo último
incondicional que es la gloria de Dios y el fin próximo de la cultura que es la santificación
del alma a través de ella en la habitación trinitaria, lo que el hombre posee para glorificar
sopranaturalmente Dios y santificarse a sí mismo.
b) la Causa eficiente; Será el Espíritu Santo, por apropiación, ya que es imposible
que
una cosa actúe más allá de los límites de la misma especie, un hombre no puede causar la
participación de la naturaleza divina, por esto solo Dios es la causa eficiente aunque es
observado el concurso del libre albedrío, subordinandose la libertad a Dios.
Dios en el ejercicio de la causalidad usa instrumentos, el instrumento conjunto es la
humanidad de Cristo y el instrumento separado son los sacramentos.
Del punto de vista final y eficiente, podemos decir que la cultura cristiana sea; lo
que Dios infunde sobranaturalmente en el alma y crece con el concurso meritorio del
actuar humano para reflejar su gloria encerada en la santidad de los que son plasmados en
tal modo.
3 - descripción esenziale:
a) La esencia metafísica:
En analogía de proporcionalidad la cultura Cristiana se define esencialmente como:
"sabiduría cristiana especulativa - práctica poseída de modo habitual."
Sabiduría, porque tiene por objeto el orden sobranatural, el objetivo de la cultura cristiana
está en la perfección sobranatural que se realiza en la comunión con Dios y esta unión es
permitida por la caridad que nos une a Dios y consigue el don de la sabiduría sobre la
caridad dando forma al entero organismo cultural cristiano.
Especulativa y práctica, no sólo porque cubre el conocer y el actuar, pero también porque
en Dios encuentra el objeto de contemplación y el motivo de la acción, y como la sabiduría
que es don es más alta que aquélla que es virtud por esto puede conducir en la
contemplación y también en la acción.
Poseída de modo habitual; para señalar el nivel ontológico, es por si la cultura un
complejo de hábitos buenos, y se distingue de la beatitud mística que es de ello el ejercicio
actual.
10
b) La esencia física:
2. Causa formal:
Formal intrínseca, (principio actuante y determinante de la materia o sujeto), la
gracia santificante habitual, que realiza nuestra elevación al plano sobranatural, pero ella
no es operativa por lo que tiene necesidad de potencias o facultades operativas, las
virtudes infusas son esta primera realización que si bien no son de las mismas potencias si
no de los abitus operativos, insertan a las facultades o a las potencias del alma.
De acá el orden de emanación de las potencias, en primer grado se encuentran las
virtudes infusas, emanan de la gracia como las potencias del alma, y de ellas tenemos
algunas que obran en relación inmediata con el objetivo último sopranaturale (virtudes
teologales), otras en el actuar en relacion a los medios en orden al fin último, (las virtudes
morales infusas).
3
Gaudium et Spes, n. 39
11
III UNIDADE: CRISE DA CULTURA MODERNA:
3) El Ateísmo:
La razón más alta de la dignidad humana consiste en la vocación del hombre a la
unión con Dios. Desde su mismo nacimiento, el hombre es invitado al diálogo con Dios.
Muchos de nuestros contemporáneos, no perciben para nada o explícitamente rechazan
esta íntima y vital unión con Dios. Es este ateísmo uno de los fenómenos más graves de
nuestro tiempo. Y tiene que ser analizado con mucha atención.
La palabra "ateísmo" puede designar realidades muy diferentes. Algunos niegan
expresamente a Dios. Otros afirman que nada se puede decir acerca de Dios. Hay algunos
que someten la cuestión teológica a un análisis metodológico que reputa como inútil el
propio proyecto de la cuestión. Muchos, superando injustamente los límites sobre esta
base puramente científica o pretenden sólo explicar todo de este punto de vista, o no
admiten ya alguna verdad absoluta. Otros exaltan muchos el hombre que dejan sin
contenido la fe en Dios, ya que les interesa más, la afirmación del hombre que la negación
de Dios. Hay quien se crea una representación de Dios que no tiene nada tiene a que ver
14
con el Dios del Evangelio. Otros tampoco se ponen la cuestión de la existencia de Dios,
porque, aparentemente, no oyen inquietud religiosa alguna y no perciben el motivo de
preocuparse. Además, el ateísmo nace a veces como protesta contra la existencia del mal
en el mundo o como adjudicación indebida del carácter absoluto a algunos bienes
humanos que es considerada prácticamente como subrogados de Dios. La misma
civilización actual, no en si mismo, pero sí por su sobrecarga de apego a la tierra, puede
obstaculizar en grado notable el acceso del hombre a Dios.
Quien pretende voluntariamente alejar de su corazón a Dios y esquivar las
cuestiones religiosas, desatiende el juicio de su conciencia y, por tanto, tienen culpa. Sin
embargo, también el creyente tienen en esto su parte de responsabilidad. Porque el
ateísmo, considerado en su total integridad, no es un fenómeno originario sino un
fenómeno derivado de varias causas, entre los que tiene que contarse la reacción crítica
contra las religiones, y, ciertamente en algunas zonas del mundo, sobre todo contra la
religión cristiana. Por cuyo, en este génesis del ateísmo pueden tener parte no pequeña los
mismos creyentes, no en cuanto que, con la desatención de la educación religiosa, o con la
exposición inadecuada de la doctrina, o hasta con los defectos de su vida religiosa, moral y
social, han velado antes que revelado la auténtica cara de Dios y la religión.
El hombre emborrachado por las conquistas científicas y técnicas, afascinado por la
tentación siempre recurrente de deseo ser como Dios, (Gn 3,5) per medio de una libertad
sin límites, talla sus raíces y se olvida de Dios, ateísmo que lleva como resultado necesaria
la destrucción del hombre que queda al no reconocerse como la imagen de Dios desplazo a
las formas más humillantes de "instrumentalización" que lo convierte en esclavo del más
fuerte, o sea la ideología reinante, el poder económico o político.
El hombre realiza la opción por la sola dimensión horizontal, negando la
transcendencia, olvidándose de aquella vertical que da sentido a toda su existencia. La
filosofía moderna con la identificación contradictoria y dialéctica, del ser y habido
olvidado el ser como fundamento produce la caída del pensamiento especulativo, cayendo
en el nada, privándose así de cualquier pensamiento ya que la nada nos priva de todo.
Giovanni Paolo II decia que el hombre moderno, partiendo de sistemas y elecciones que
entendian absolutizar al hombre y sus conquistas terrenales ha llegado hoy a poner
precisamente en tela de juicio al hombre mismo"
En el Gaudium et Spes n. 7 encontramos esta afirmación; a diferencia de los tiempos
pasados negar Dios y la religión o hacer prácticamente de ello a menos, ya no es un hecho
insólito e individual, hoy en efecto no raramente viene presenta como exigencia del
progreso científico o un nuevo tipo de humanismo. Todo esto en muchos países no se
manifiesta sólo en las argumentaciones de los filósofos, pero invade tambièn la mente, el
campo de las letras, de las artes, de las interpretaciones de las ciencias humanas y la
historia, más bien también de las mismas leyes civiles, de modo que muchos quedan
desorientados.
15