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União Europeia: Política e Teorização

A EU foi criada por estados sendo uma organização internacional e intergovernamental.


Os Estados acabam por ter um papel crucial naquele que é o mandado destas
organizações, podendo aderir ou sair voluntariamente (dado especificado no Tratado de
Lisboa), mas a sólida rede que se cria entre eles dificulta essas aderências e desistências.

Existem características intrínsecas aos sistemas políticos (de regimes democráticos), nos
quais a EU se integra:
1) O facto de conseguirmos identificar um conjunto de Instituições e uma estabilidade
no conjunto destas instituições: não mudam a cada ano -o que muda é quem
desempenha o cargo nessa instituição e não a própria, significando que existe um
conjunto de regras Parlamento Europeu, Conselho Europeu, Comissão Europeia,
Tribunal de Justiça da União Europeia, Banco Central Europeu, Conselho da União
Europeia, Tribunal de Contas.
a. Regras: quais são as competências das instituições, os limites das suas
competências e como é que se devem relacionar entre elas.
2) Se temos estas instituições significa que nós (cidadãos) quando falamos do nosso
sistema político nacional temos a expectativa de eleger quem nos representa e de
termos canais de participação (uma voz) nesse sistema de forma passiva ou menos
passiva (através de partidos políticos ou grupos de interesse), dirigindo as nossas
lealdades para essas instituições
3) As decisões e ações deste sistema têm um impacto no dia a dia na distribuição de
recursos e nos valores que nos regem e nos vão servir para hierarquizar esses
recursos. Embora existem valores que possam ser comuns (possibilitados pelo
sistema político democrático), os cidadãos têm preferências diferentes.

Existe um conjunto de valores fundamentais e princípios orientadores partilhados


subscritos num tratado internacional que quando infringidos, submetem o Estado a
sanções—esses valores devem orientar as políticas da Instituição/dos Estados.

O que distingue a União Europeia de outras Instituições Intergovernamentais é o


facto de que o “nosso” orçamento é, na sua maioria, gasto em politicas públicas e
não na gestão corrente e nos serviços da própria organização— tem, assim, um
maior impacto em áreas regionais, na distribuição de recursos e, por exemplo, na
PAC (Politica Agrícola Comum) e na política de coesão.

Os Estados conseguem fazer o orçamento da organização tão dependente das suas


contribuições diretas que “lideram” e controlam a organização, não perdendo o controlo
do poder de decisão em matérias.
A competência para produzir legislação é tanto da competência da União Europeia
como dos Estados, mas mesmo nas competências partilhadas existe um principio: se a
EU estiver a decidir uma determinada matéria, os Estados não o podem fazer (não
podem negociar internamente algo que se oponha a essa mesma matéria, até porque
pode chocar com os chocar com os interesses comuns).

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