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CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE TENIS ‑ CBT

C U R S O D E
C A PA C I TA Ç Ã O D E
B E A C H T E N N I S

N Í V E L V E R D E

2 0 2 2
SUMÁRIO

Fase I: O Básico 4

1.0 ‑ Informações Iniciais 4


2.0 ‑ Objetivo 4
‑‑‑‑‑ 2.1 Objetivos Específicos 4
3.0 ‑ Histórico do Beach Tennis 4
4.0 ‑ Regras e Materiais Básicos do Beach Tennis 4
‑‑‑‑‑ 4.1 ‑ Área de Jogo 4
‑‑‑‑‑ 4.2 ‑ Bola 4
‑‑‑‑‑ 4.3 ‑ Raquetes 5
‑‑‑‑‑ 4.4 ‑ Rede e Poste 6
‑‑‑‑‑ 4.5 ‑ Jogo 6
‑‑‑‑‑ 4.6 ‑ Pontuação 6
‑‑‑‑‑ 4.7 ‑ Saque 6
5.0 ‑ Estrutura de Aula 6
‑‑‑‑‑ 5.1 ‑ Avaliação Diagnóstica 6
‑‑‑‑‑ 5.2 ‑ Parte inicial 7
‑‑‑‑‑ 5.3 ‑ Parte principal 7
‑‑‑‑‑ 5.4 ‑ Parte final 7
6.0 ‑ Teoria da Aprendizagem 7
‑‑‑‑‑ 6.1 ‑ Processamento da informação 7
‑‑‑‑‑ 6.2 ‑ Feed Back 7
‑‑‑‑‑ 6.3 ‑ Previsibilidade e imprevisibilidade do jogo 7
7.0 ‑ Posicionamento 8
‑‑‑‑‑ 7.1 ‑ Elástico 8
8.0 ‑ Lançamento de Bolas: O lançamento deve reproduzir as diferentes situações do jogo 8
9.0 ‑ Empunhaduras 8
10.0 ‑ Técnicas Básicas 10
‑‑‑‑‑ 10.1 ‑ Posição Inicial 10
‑‑‑‑‑ 10.2 ‑ Forehand Estático 10
‑‑‑‑‑ 10.3 ‑ Backhand Estático 10
‑‑‑‑‑ 10.4 ‑ Forehand Dinâmico 10
‑‑‑‑‑ 10.5 ‑ Backhand Dinâmico 11
‑‑‑‑‑ 10.6 ‑ Smash 11
‑‑‑‑‑ 10.7 ‑ Gancho 11
‑‑‑‑‑ 10.8 ‑ Saque 11
‑‑‑‑‑ 10.9 ‑ Bolas Curtas 12
‑‑‑‑‑ 10.10 ‑ Lob 12
11.0 ‑ Beach Tennis para crianças 12
12.0 ‑ Oportunidade de negócio 13
13.0 ‑ Principais Torneios 13
SUMÁRIO

Fase II: Desenvolvimento 14

1.0 ‑ Introdução 14
2.0 ‑ Situação de jogo 14
‑‑‑‑‑ 2.1 Saque 14
‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 1 15
‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 2 15
‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 3 15
‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 4 16
‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 5 16
‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 6 16
‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 7 16
‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 8 17
‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 9 17
‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 10 17
‑‑‑‑‑ 2.2 Devolução 18
‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 1 19
‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 2 19
‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 3 19
‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 4 19
‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 5 19
‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 6 19
‑‑‑‑‑ 2.3 Ralli 20
‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 1 20
‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 2 21
‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 3 21
‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 4 21
‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 5 21
‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 6 21
3.0 ‑ Colocando em prática 22
‑‑‑‑‑ 3.1 Saque 22
‑‑‑‑‑ 3.2 Devolução 23
‑‑‑‑‑ 3.3 Ralli 24
1.0 ‑ INFORMAÇÕES INICIAIS O BÁSICO
‑ Este curso contempla aula teórica, aula prática e avaliação prática.
‑ Veja os links antes de iniciar o curso, impreterivelmente. Se possível, leia a apostila
anteriormente para melhor aproveitamento do curso.
‑ Faça anotações. Haverá informações valiosas que podem não constar na apostila.
‑ Traga seu relógio para Avaliação Prática.

2.0 ‑ OBJETIVO

Introduzir conceitos básicos de ensino de beach tennis para professores, a fim de desenvolver


a capacitação e o ensino deste esporte em território nacional.

2.1 ‑ Objetivos Específicos:

• Compreender a história do Beach Tennis e sua evolução no Brasil.


• Conhecer regras e materiais básicos.
• Aprender a ensinar os fundamentos do Beach Tennis através da sequência pedagógica,
com suas progressões e regressões.
• Compreender a estrutura de uma aula de Beach Tennis, com situações técnicas e táticas
de jogo.
• Aprender a elaborar diferentes drills que atendam a necessidade do aluno.

3.0 ‑ HISTÓRICO DO BEACH TENNIS

O Beach Tennis é um esporte que surgiu na Itália, na província Marina de Ravenna, na década
de 80. Inicialmente o BT ficou restrito a alguns países europeus. Hoje já existem mais de um
milhão de praticantes ao redor do mundo, distribuídos em mais de 70 países. O órgão
internacional responsável pela modalidade é a ITF (International Tennis Federation).

4.0 ‑ REGRAS E MATERIAIS BÁSICOS DO BEACH TENNIS

Conhecer o material adequado e com a melhor relação custo / benefício, tem grande
importância na acessibilidade e difusão do esporte. Não menos importante, é a experiência
positiva proporcionada ao novo praticante.

4.1 ‑ Área de Jogo


A dimensão da quadra de Beach Tennis na modalidade de simples é 16 x 4,5m e de duplas 16
x 8m, dividido ao meio por uma rede com 1,70m de altura quando jogado em areia.

4.2 ‑ Bola
A bola utilizada para a prática de beach tennis possui 50% da pressão de uma bola
convencional de tênis. Por este motivo ela é ligeiramente mais leve, mais lenta e menor.

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4.3 ‑ Raquetes
A raquete de beach tennis tem entre 47 cm e 50 cm de comprimento de acordo com a regra.
A composição básica destas raquetes pode variar.

Fibra de vidro, grafite, carbono e kevlar são os materiais mais utilizados na produção de
raquetes. O peso varia entre 320 gramas até 400 gramas. As raquetes mais leves e mais curtas
são mais aconselhadas para os jogadores iniciantes e intermediários por serem mais fáceis de
manusear e oferecem mais controle para jogadores neste estágio. As mais pesadas e mais
longas são mais indicadas à jogadores profissionais que já tem a necessidade de maior
potência e também dominam técnicas mais apuradas na execução de seus golpes.

Ou seja, quanto maior a alavanca, mais potência será gerada e, quanto menor a alavanca mais
fácil será o manuseio. A quantidade de furos é uma característica importante também. As
raquetes com mais furos têm menor resistência do ar, fazendo com que o jogador tenha mais
facilidade em movimentar a raquete de um lado para o outro. Raquetes com muitos furos
ajudam muito nas situações de vento forte. Porém, quando os furos são em excesso a raquete
pode perder potência. Raquetes com menos furos tendem a proporcionar maior percepção
e controle do toque. Atualmente é muito comum observarmos raquetes “mistas”.

CARACTERÍSTICAS MANUSEIO

MAIS FUROS MAIOR

MAIS LEVES MAIOR

MAIS CURTAS MAIOR

MENOS FUROS MENOR

MAIS PESADAS MENOR

MAIS LONGAS MENOR

Onde a área de contato permanece preservada (sem furos), e há um maior número de furos
concentrados às margens da mesma.
Há que se observar o material, densidade e espessura da “goma” (composto sintético), que
em combinação com as demais variáveis expostas acima, determinarão as características do
toque proporcionado pela raquete.

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4.4 ‑ Rede e Poste
A rede é muito parecida com a de tênis. O tamanho dos buracos na rede é o mesmo da de
tênis. Porém ela é montada a 1,70m do chão, para os jogos femininos, e a 1,80m do chão para
os jogos masculinos. Normalmente tem entre 9 a 10 metros de comprimento por 1 metro de
largura.
O poste para prender a rede precisa ter pelo menos 1,80m de altura de maneira que a rede
possa ser armada na altura mínima permitida pela regra. Os postes de vôlei podem ser
utilizados também.

4.5 ‑ Jogo
O objetivo do jogo é devolver a bola recebida, por cima da rede, para o campo do adversário,
sem que está toque na areia. Isto faz com que o jogo seja bastante rápido, podendo o tempo
de reação dos atletas se tornar extremamente pequeno.
A meta principal é forçar o erro do oponente ou fazer com que a bola toque a areia do lado
dele.

4.6 ‑ Pontuação
A pontuação é a mesma utilizada no tênis 15/30/40/GAME. No circuito profissional os jogos
são melhor de três sets com tie‑break em todos os sets. Em torneios amadores muitas vezes o
organizador usa o formato de round‑robin na fase classificatória seguida de eliminatória
simples na fase “mata‑mata". No beach tennis os games não tem vantagem (no‑ad scoring).

4.7 ‑ Saque
A grande diferença em relação ao tênis é que o jogador só tem um saque por ponto e não tem
let no saque, ou seja, se a bola toca na rede e passa, o ponto continua. Nas duplas mistas, o
homem sacar por baixo (abaixo da linha dos ombros).

5.0 ‑ ESTRUTURA DE AULA


5.1 ‑ Avaliação Diagnóstica
O professor deve identificar o tipo de aluno. Saber se pessoa já tem ou teve algum contato
com esporte de bola e raquete. Normalmente identifica‑se através de perguntas básicas,
exercícios e posteriormente com lançamentos. A identificação do nível do aluno é muito
importante para que a aula possa atender suas necessidades e capacidades. Treinos muito
avançados para alunos iniciantes podem frustrar o aluno e desmotivar a praticar o esporte e
vice‑versa. O professor precisa estar atento a isso.

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5.2 ‑ Parte inicial
Exercícios Fechados (método analítico): Com comando total do professor, com 100% de
previsibilidade para o aluno; não há tomada de decisão do aluno. Excelente forma de
aquecimento e aprimoramento do nível técnico. Normalmente, exercícios fechados são
organizados com alunos em duas colunas, do mesmo lado da quadra, com aulas para 4 ou até
6 alunos, enquanto o(a) professor(a) ocupa o outro lado da quadra.

5.3 ‑ Parte Principal


Exercícios Semi‑abertos (método misto): uma ou mais ações previstas e encadeadas
(fechadas) e abertura para situações de jogo; em outras palavras, uma ou mais ações
definidas pelo(a) professor(a) e, então, o ponto estará aberto para tomadas de decisão dos
próprios alunos e o(a) professor(a) será o mediador. Normalmente, situações semi‑abertas de
jogo, são organizadas com uma dupla de cada lado da quadra, enquanto o(a) professor(a) faz
o lançamento de fora da quadra.

5.4 ‑ Parte Final


Exercícios Abertos (método global): Situações abertas de jogo, com 100% de tomada de
decisão do aluno, onde aconselha‑se “bonificar” a ocorrência das ações treinadas na sessão.

6.0 ‑ TEORIA DA APRENDIZAGEM

6.1 Processamento da Informação


Identificação do Estímulo, Seleção da Resposta (Tomada de Decisão) e Execução da
Resposta. Para alunos iniciantes, esse processo necessita de muitas repetições do
movimento, com uma sequência pedagógica do simples para o complexo, com as devidas
correções, para que, com o tempo, o aluno automatize, memorize e realize o movimento de
forma mais precisa, no menor tempo e com economia de energia.

6.2 Feedback
Retroalimentar o aluno com informações sobre o movimento é fundamental para a
aprendizagem. Mas há a necessidade de se dosar o feedback quando o aluno é iniciante.
Corrigir membros superiores e inferiores ao mesmo tempo, por exemplo, pode
sobrecarregar o aluno com informações acima das que ele pode processar. É necessário
regredir para um exercício mais fácil quando o aluno está com dificuldades de execução do
movimento; da mesma forma que é necessário progredir para um exercício mais complexo
quando o aluno assimilou todas as informações.

6.3 Previsibilidade e imprevisibilidade do jogo


Exercícios fechados trazem previsibilidade e maior facilidade para a aprendizagem dos
fundamentos. Porém, é extremamente necessário trabalhar com situações semi‑abertas e
abertas de jogo para que o aluno aprenda a tomar as melhores decisões técnicas e táticas
para ganhar o ponto.

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7.0 ‑ POSICIONAMENTO

No Beach Tennis a posição do sacador não é pré‑fixada como no tênis. O sacador pode se
posicionar em qualquer lugar ao longo da linha de fundo e pode sacar para qualquer direção
da quadra do adversário, de acordo com sua própria preferência e estratégia escolhida pela
dupla. Tanto os devolvedores quanto o parceiro do sacador deverão posicionar‑se atrás da
linha de 3 metros em seus respectivos campos. Porém, o posicionamento do devolvedor
tenta se ajustar de acordo com o posicionamento do sacador. Por exemplo, se o sacador se
posiciona do lado direto de sua quadra, o time devolvedor tende a se deslocar ligeiramente
na mesma direção, a fim de cobrir melhor a quadra e fechar os ângulos.

7.1 ‑ Elástico
Os jogadores devem fazer a cobertura dos ângulos da quadra na horizontal e na vertical.
Horizontal: Quando o jogador A se desloca em direção a bola para fechar a paralela (da
bola), o parceiro (B) deve se deslocar na mesma direção para fechar o meio (da posição da
bola). Da mesma forma, quando o jogador (B) se desloca em direção a bola para fechar a
paralela, o parceiro (A) deve fechar o meio.
Vertical: quando um dos jogadores se desloca para trás a fim de pegar um Lob, o parceiro
deve permanecer no meio da quadra para cobrir os ângulos. Da mesma forma, quando um
dos jogadores se desloca para frente para pegar uma bola curta, o parceiro deve permanecer
no meio da quadra para cobrir os ângulos.

8.0 ‑ LANÇAMENTO DE BOLAS: O LANÇAMENTO DEVE REPRODUZIR AS


DIFERENTES SITUAÇÕES DO JOGO

Segurança: ao fazer um lançamento, verifique o espaço entre um aluno e outro de modo que
a raquete de um aluno não machuque os demais alunos e, também, que a bola não atinja
alunos que não estão esperando por ela.
Posição: coloque o carrinho de bolas ao lado da sua mão não dominante, de modo que o
lançamento flua com frequência e velocidade ideais. Também, posicione os alunos de modo
confortável em relação a posição do sol.
Trajetória: o lançamento deve ser feito por baixo quando se propõe reproduzir bolas mais
lentas e flutuantes, com trajetória que propicie o ataque da bola; o lançamento deve ser feito
por cima quando se propõe reproduzir bolas mais aceleradas e retas, com trajetória que
demande a defesa da bola.
Velocidade: a velocidade do lançamento deve variar em função do nível dos alunos e das
situações de jogo a serem reproduzidas.
Altura: a altura do lançamento deve variar em função do nível dos alunos e das situações de
jogo a serem reproduzidas.

9.0 ‑ EMPUNHADURAS

As empunhaduras utilizadas no Beach Tennis possuem a mesma nomenclatura do tênis:


continental, between ou semi eastern de forehand e backhand. Deve‑se evitar a
empunhadura western e semi western para a prática do beach tennis.

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A empunhadura continental é utilizada de forma mais abrangente pelos tenistas que vêm
para o Beach tennis. Nestes casos é uma associação feita por esses jogadores ao jogo de rede
desenvolvido por eles no tênis. Porém, com o desenvolvimento dos golpes no beach tennis
tem‑se a tendência a se desenvolver o semi eastern para se bater os voleios de forehand. A
empunhadura tem essa tendência de passar para o semi eastern por dois motivos básicos: o
primeiro é que o ponto de contato dos golpes no beach tennis é ligeiramente mais a frente
(mais cedo) que no tênis, tornando a empunhadura continental muito desconfortável e a
segunda é que o jogador rebate 75% das bolas ao redor da cabeça com o forehand, como
mostra a figura 4. Bolas entre as letras A e B são rebatidas com o forehand. Figura 04

Figura 04

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10.0 ‑ TÉCNICAS BÁSICAS

No Beach Tennis os movimentos básicos são mais curtos que os do tênis de quadra. Não
existe preparação de golpe para bater a maioria dos golpes. O jogo de beach tennis consiste
de golpes no ar, voleios e smashs em geral, mas mesmo esses golpes são um pouco mais
curtos que no tênis e com menos rotação de tronco, visando mais dinamismo durante o jogo.
O ensino das formas básicas dos golpes vai de acordo com o nível do jogador.
As técnicas básicas se dividem em:

10.1 ‑ Posição Inicial


No beach tennis a posição inicial é ligeiramente mais alta do que é feita no
tênis. Isso acontece principalmente pela rede ser mais alta que no tênis e por
isso a necessidade de se manter a raquete mais alta. O ideal é que o topo da
raquete fique na altura do nariz, de maneira que o jogador tenha visão
completa do que está a frente dele. No caso da devolução de saque, quando
o adversário faz o lançamento da bola a raquete pode ficar ligeiramente mais
alta, pois a bola vem de um ponto mais alto que o normal do jogo.

10.2 ‑ Forehand Estático


Neste golpe, o jogador deve girar seu corpo e sua raquete de forma conjunta
e coordenada para o lado direito no sentido de constituir um “escudo” para
conter a bola com impacto à frente do corpo. Este tipo de voleio é utilizado
em situações onde tempo de reação é extremamente curto
(p. ex: devolução de saque potente).

10.3 ‑ Backhand Estático


O jogador deve girar seu corpo e sua raquete de forma conjunta e
coordenada para o lado esquerdo no sentido de constituir um “escudo” para
conter a bola com impacto à frente do corpo. No backhand deve‑se prestar
atenção a empunhadura que o aluno está jogando. Por exemplo, em casos
quando o aluno bate o forehand com eastern de forehand e quando vira para
o backhand, sem ajustar a empunhadura, a mão esquerda deve ser utilizada
como auxílio para bater o backhand.

10.4 ‑ Forehand Dinâmico


Neste tipo de voleio o jogador deve se projetar em direção à trajetória da
bola, com a raquete alta acima da linha dos ombros, firme e transferindo o
peso a perna oposta ao movimento de forehand (perna esquerda para destros e perna
direita para canhotos).
Pode‑se fazer uso de um cano de pegar bola. O aluno se posiciona atrás
deste cano e para bater na bola precisa se deslocar para o lado direito e
depois para frente. O uso deste cano ajuda a desenvolver a posição inicial
mais alta, pois ao retornar para o cano o aluno precisa ter a raquete acima do
cano como se a raquete fosse encaixar no cano. Isso é de muito ajuda para
educar o aluno a manter a raquete alta após o contato coma bola.
Obs: o tamanho do cano utilizado neste exercício varia de acordo com a altura do aluno.

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10.5 ‑ Backhand Dinâmico
Equivalente ao voleio dinâmico de direita, no voleio de
esquerda(backhand) o jogador deve se projetar em direção à
trajetória da bola, com a raquete alta acima da linha dos ombros, firme
e transferindo o peso a perna oposta ao movimento de backhand
(perna esquerda para destros e perna direita para canhotos).
Lembrando que a mão não dominante deverá auxiliar na condução da
raquete até próximo ao momento do contato com a bola.

10.6 ‑ Smash
O movimento é muito parecido com o smash do tênis. O jogador recebe a bola acima da
cabeça e bate a bola por cima da cabeça para o outro lado da quadra. O jogador recebe uma
bola alta, levantando a raquete para rebater esta bola, ao bater a bola o jogador faz o
movimento de uma cortada e bate a bola enquanto ela está acima da cabeça. Ao posicionar a
raquete acima da cabeça o jogador faz uma laçada com a raquete para bater a bola. Este
golpe pode ser feito de forma estática ou dinâmica (avançando ou recuando) a fim de se posicionar
abaixo da bola. Isto dependendo do nível do aluno e da meta do exercício.

Professor B

A
CANO

10.7 ‑ Gancho
No beach tennis existe um golpe que não é utilizado
no tênis. Porém, para o beach tennis é de extrema
importância para o crescimento de qualquer jogador.
Todos os jogadores precisam utilizar este golpe
durante os jogos. Existem dois tipos de ganchos:
o defensivo e o ofensivo.
Neste módulo, trabalharemos somente o defensivo, um golpe mais básico mecanicamente
falando. Este golpe será mais explorado na parte prática.

10.8 ‑ Saque
O movimento de saque é parecido com o de tênis. Pode também ser realizado como saque
por baixo para iniciantes e pessoas que tenham limitações no ombro. O movimento pode ser
feito de forma completa com o uso do pêndulo ou de forma mais abreviada com a raquete já
começando acima da cabeça.
No caso do pêndulo, o jogador faz melhor uso das alavancas, com um movimento mais fluído,
exigindo menos dos ombros e das articulações, além de conseguir gerar mais potência no
golpe. Já no movimento de forma abreviada com a raquete começando acima da cabeça, o
jogador perde as vantagens descritas acima. Porém, esta forma de sacar também tem suas
vantagens. O sacador esconde um pouco a direção e o tipo do saque, conseguindo gerar
mais efeito, fazendo com que a bola desça mais rápido.

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Outra razão que se usa o abreviado é devido ao vento. Nas praias o vento é um fator que influi
muito para o sacador e o movimento abreviado ajuda no controle do saque com vento. Este
movimento ajuda também a esconder qual tipo de saque vai ser executado, pois em alguns
casos o saque lob se torna uma boa opção.
O movimento de forma abreviada é muito utilizado no circuito profissional. Alguns dos
melhores jogadores do mundo preferem pegar a bola na subida.

10.9 ‑ Bolas Curtas


No beach tennis a bola curta tem uma concepção ligeiramente diferente da utilizada no tênis.
Apesar de em ambos os casos a principal ideia é fazer com que o jogador se desloque para
frente, no beach tennis a bola não quica e por isso não se tem tamanha necessidade da
criação de efeitos. Existem formas diferentes para a execução deste golpe, essas formas
vãoser mais exploradas na parte prática. Um conceito importante é que a bola curta no beach
tennis caia o mais perto da rede possível, portanto para que isso aconteça, a bola precisa
“escalar” a rede, passando em alguns casos mais alto pela rede, mas deve cair de forma
íngreme após passar pela mesma.

Trazer o adversário para frente, abaixar a bola e impedir o ataque do adversário.

10.10 ‑ Lob
O lob consiste em golpear a bola por baixo, produzindo uma trajetória parabólica com
objetivo de alcançar o fundo da quadra encobrindo os adversários. Em caráter defensivo, o
lob visa retirar a dupla adversária da condição ofensiva gerada pelo posicionamento destes
quando próximos à rede. Em caráter ofensivo, pode suceder uma bola curta com objetivo de
desorganizar as bases adversárias..

11.0 ‑ BEACH TENNIS PARA CRIANÇAS

O Beach Tennis deve ser adaptado para crianças de idades diferentes:


6 a 10 anos: Nesta faixa o tamanho da quadra deve ser reduzido assim como altura da rede.
Inclusive as raquetes, seguindo o que acontece no tênis, as raquetes são menores e já estão
disponíveis no mercado internacional. As bolas de cores diferentes ajudam no
desenvolvimento também. A bola laranja é a oficial do beach tennis, porém o uso das bolas
vermelhas e de espuma ajudam no desempenho. No caso da bola vermelha, deve‑se ter
cuidado com o tempo que é utilizada por aula. Não pode se utilizar por muito tempo seguido
devido ao peso desta bola que é maior e pode incomodar com o tempo. Com estas
alterações fica mais fácil e bem mais divertido para as crianças. A quadra deverá ter a
dimensão de 6x6 e a rede com 1,50m.
11 a 14 anos: A quadra ainda é reduzida. Nesta faixa etária o uso de raquetes de tamanho
normal deve ser encorajado. A quadra deverá ter a dimensão de 7x7 e a rede com 1,60m.

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12.0 ‑ OPORTUNIDADE DE NEGÓCIO

No começo do esporte no Brasil houve muita desconfiança sobre o potencial de


crescimento e consolidação. Porém, depois de cinco anos e uma trajetória de crescimento
exponencial, o beach tennis se mostra como um negócio promissor e vem atraindo cada vez
mais investidores. Muitas academias já construíram quadras e estão desenvolvendo aulas e
eventos, agregando valor ao negócio e tentando atrair novos clientes para dentro das
academias de esportes de areia ou mesmo academias de tênis.
Outra forma de investimento são os eventos que variam de formato e tamanhos.
Clínicas, torneios, simpósios entre outros vêm se multiplicando no Brasil e no mundo. Além
disso, a venda de material para o esporte também é muito promissora.
Um bom exemplo de novas oportunidades são as aulas que normalmente são em grupo
de quatro a seis pessoas, devido à dinâmica de ensino em grupo além de ser a mais favorável
ao desenvolvimento da modalidade, cria‑se assim uma verdadeira rede de relacionamentos e
fidelização dos clientes dado à atmosfera divertida e integradora deste esporte.

13.0 ‑ PRINCIPAIS TORNEIOS

• Copa do Mundo de Equipes


• Copa do Mundo de Duplas
• Jogos Olímpicos de Verão
• Campeonato Pan‑Americano
• Campeonato Sul‑Americano
• Campeonato Europeu
• Circuito ITF

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1.0 ‑ INTRODUÇÃO DESENVOLVIMENTO
Nesta fase, serão explicados e desenvolvidos exercícios com as três situações do jogo.
Na primeira delas vamos considerar o saque. Nesta situação explicaremos e
desenvolveremos drills para cada direção e de cada lado da quadra. Assim como, também
consideraremos e desenvolveremos treinos da perspectiva do devolvedor: onde devemos
devolver, como devolver, e o porquê de cada devolução. A última situação que vamos
trabalhar nesta fase será o rali que consiste no momento do ponto após o saque e a
devolução.

2.0 ‑ SITUAÇÕES DE JOGO

• Um jogador da dupla A saca


• Um outro jogador da dupla B devolve
• Rali (controle, ataque, defesa e efeitos)

Durante as aulas, tentar organizar exercícios para que os jogadores pratiquem


regularmente todas as situações de jogo.

2.1 Saque ‑ Dois destros jogando juntos


Dois destros quando jogam juntos devem priorizar o sacador do lado direito da quadra.
Isso se deve por vários motivos, o principal deles é que quando o sacador se posiciona do
lado direito da quadra a devolução tende a vir do mesmo lado, o lado direito da quadra é
aquele que a dupla sacadora tem o forehand em dominância. Para induzir a devolução ser
rebatida no lado direito da quadra, o sacador deve manter o saque na direção 1, 2 e 3,
evitando o saque 4 e 5. Para os jogadores que usam a contagem de 1 a 3 o saque deve ser
mantido na direção 1 e 2. Isso cria vantagem tática, pois ambos jogadores tem seus forehands
para bater a primeira bola do rali, sendo mais fácil jogar com o forehand esta primeira bola.
Outra vantagem deste desenho tático é que a dupla sacadora consome menos tempo
para se reposicionar após o saque, obrigando o sacador a correr a menor distância entre a
posição de saque e o local onde vai rebater a primeira bola do rali (ou 3a. Bola do game).
Com o sacador do lado direito também temos a tendência de ter o parceiro ajudando na
primeira bola com seu forehand e automaticamente entrar no ponto com mais facilidade e
agressividade.
Outra razão é que se põe mais pressão no devolvedor, pois esta precisa acertar um
espaço menor de quadra para evitar a direita do parceiro do sacador na primeira bola.
Este desenho tático precisa levar em consideração também o posicionamento do parceiro do
sacador que deve ficar no centro da quadra de uma forma geral, mas ligeiramente antes do
saque ele deve se reposicionar levemente a direita do centro para tentar ajudar o sacador.
Normalmente devemos aconselhar o parceiro do sacador a olhar para o sacador até um
pouco antes deste bater a bola, para que ele possa se reposicionar em tempo, para que o
desenho tático seja possível.
Para a situação de jogo saque faremos vários drills para desenvolver o posicionamento
do sacador, assim como o controle da direção do saque; posicionamento do parceiro do
sacador para cada uma das direções do saque; sempre encorajar os alunos a terem um ajuste
fino na direção do saque e trabalhar também que o parceiro do sacador olhe para o sacador
até um pouco antes dele bater a bola.

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Quando sacar na direção 4 e 5? Durante o jogo, apesar da vantagem tática que
descrevemos acima, é importante variar para que o adversário não possa prever o que vamos
fazer, para isso é importante que também saquemos na direção 4 e 5 mais aberta. Sabemos
que saques nestas direções são mais difíceis taticamente e uma das principais razões para isso
é a necessidade de mais tempo para que o sacador e seu parceiro fechem a quadra pós
saque. Outra dificuldade é que abrimos partes da quadra desprotegidas quando se saca
aberto.
Para que possamos sacar aberto é importante que o saque nos crie tempo para que
possamos resolver as dificuldades acima. Um saque mais baixo é uma boa opção, com mais
efeito, em alguns casos até mais lento. Alguns sacadores gostam do saque aberto, tem mais
facilidade e nestes casos devemos usar esta “arma”, outro saque que pode ajudar é o saque
lob. O mais importante é que a dupla quando optar pelo saque aberto saiba dos riscos que
está correndo, mas também saiba como se posicionar para conter estes riscos e combine bem
a jogada.
Seguem abaixo os Drills para treinamento da direção do saque e reposicionamento do
parceiro do sacador de acordo com a direção do saque. Precisamos considerar aqui a
combinação da jogada com saques nas direções de 1 a 5.

Drill 1
Saque no 1 e reposicionamento do parceiro. Neste drill o sacador deve acertar a direção 1 e
seu parceiro, se deslocar do centro da quadra para a direita e ligeiramente para frente.
Sempre ressaltando a importância de combinar a jogada e direção do saque. Para alunos mais
iniciantes, normalmente a combinação de 1 a 3 facilita a execução desde exercício. Nestes
casos, o parceiro do jogador deve se deslocar ligeiramente para a direita, com leve
deslocamento para frente.

Drill 2
Saque no 2 e reposicionamento do parceiro. Neste drill o sacador deve acertar a direção 2 e
seu parceiro se deslocar do centro da quadra para a direita e ligeiramente para frente. Nesta
direção o parceiro do sacador ainda se desloca para a direta do meio e um pouco para frente,
a fim de tentar ajudar o sacador na primeira bola e também pressionar o devolvedor. Sempre
ressaltando a importância de combinar a jogada e direção do saque. Para alunos mais
iniciantes, normalmente a combinação de 1 a 3 facilita a execução desde exercício. Com esta
combinação de 1 a 3 o saque na paralela não distingue se vai ser na direita ou na esquerda do
devolvedor e sim só acusa que será na paralela do sacador.

Drill 3
Saque no 3 e reposicionamento do parceiro. Neste drill o sacador deve acertar a direção 3 e
seu parceiro deve se manter no centro da quadra onde começou o ponto antes do saque, mas
ainda com leve deslocamento para frente após o saque. Sempre ressaltando a importância de
combinar a jogada e direção do saque. Para alunos mais iniciantes, normalmente a
combinação de 1 a 3 facilita a execução desde exercício. Com esta combinação de 1 a 3 o
saque 2 será o saque no meio da quadra.

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Drill 4
Saque no 4 e reposicionamento do parceiro. Neste drill o sacador deve acertar a direção 4 e
seu parceiro deve se deslocar ligeiramente para esquerda. Nesta direção de saque, o parceiro
do sacador vai para a esquerda, e ligeiramente para frente se o saque for agressivo, no caso
de saques mais lentos o parceiro do sacador executa o leve deslocamento para a esquerda
sem ir para frente. Quando o saque não é muito agressivo, seu parceiro visa conter uma
possível devolução na paralela. Sempre ressaltando a importância de combinar a jogada e
direção do saque. Para alunos mais iniciantes, normalmente a combinação de 1 a 3 facilita a
execução desde exercício. Com esta combinação de 1 a 3 o saque deverá ir na direção 3 e não
distinguirá se irá na esquerda do jogador na cruzada do sacador apenas combinará que o
saque será na cruzada.

Drill 5
Saque no 5 e reposicionamento do parceiro. Neste drill o sacador deve acertar a direção 5 e
seu parceiro deve se deslocar para esquerda. Nesta direção de saque, o parceiro do sacador
vai para a esquerda e ligeiramente para frente se o saque for agressivo, no caso de saques
mais lentos o parceiro do sacador executa o leve deslocamento para a esquerda sem ir para
frente. Esta posição do parceiro do sacador é menos agressiva e visa conter uma possível
devolução na paralela. Sempre ressaltando a importância de combinar a jogada e direção do
saque. Para alunos mais iniciantes, normalmente a combinação de 1 a 3 facilita a execução
desde exercício. Com esta combinação de 1 a 3 o saque deverá ir na direção 3 e não
distinguirá se irá na esquerda do jogador na cruzada do sacador apenas combinará que o
saque será na cruzada. Os próximos drills irão introduzir as devoluções, porém com enfoque
no saque e começo do ponto do lado do sacador. Estes treinos abaixo seguem situações
sugeridas acima para cada direção de saque e respectivos reposicionamentos do parceiro do
sacador.

Drill 6
Para este exercício o sacador deve sacar na direção 1 e o devolvedor tenta devolver na
paralela visando o sacador, segue o ponto dai. Porém, neste momento a dupla sacadora
começa a treinar a direção da primeira bola do rali. Neste desenho tático a dupla sacadora
deve rebater a primeira bola baixa na paralela e/ou no meio para começar o rali. Sempre
frisando que o parceiro do sacador deve tentar se envolver na primeira bola se for possível.
Para o professor responsável, este treino pode criar várias situações diferentes em
relação a primeira bola do rali. A dupla sacadora pode mudar a primeira bola do rali para
treinar situações diferentes. Neste drill usamos a primeira bola baixa na paralela ou no meio,
mas em outros treinos podemos mudar isso para primeira bola alta na paralela ou outras de
acordo com a meta do treino daquele dia.

Drill 7
Saque na direção 2, o sacador corre para frente e o devolvedor deve tentar rebater na direção
do sacador e o ponto continua. A primeira bola do rali da dupla sacadora deve ser baixa no
meio da quadra. O parceiro do sacador deve tentar se envolver sempre que possível para
ajudar o sacador.

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Drill 8
Saque na direção 3, o sacador corre para frente e o devolvedor deve tentar rebater na direção
do sacador e o ponto continua. A primeira bola do rali da dupla sacadora deve ser baixa no
meio da quadra. O parceiro do sacador deve tentar se envolver sempre que possível para
ajudar o sacador.

Drill 9
Saque na direção 4, o sacador corre para frente e o devolvedor deve tentar rebater na direção
do sacador e o ponto continua. A primeira bola do rali da dupla sacadora deve ser baixa no
meio da quadra. O parceiro do sacador deve tentar se envolver sempre que possível para
ajudar o sacador.

Drill 10
Saque na direção 5, o sacador corre para frente e o devolvedor deve tentar rebater na direção
do sacador e o ponto continua. A primeira bola do rali da dupla sacadora deve ser baixa no
meio da quadra. O parceiro do sacador deve tentar se envolver sempre que possível para
ajudar o sacador.
Estes drills são importantes para que os alunos possam fixar a posição do sacador do
lado direito da quadra e as combinações de saque e de reposicionamento com seu parceiro.
Existem outros exercícios e variações destas repetições que podem ser trabalhados no dia a
dia. Uma pergunta que sempre surge é quando o sacador deve sacar do lado esquerdo da
quadra com dois destros jogando juntos?
As respostas são diferentes e abaixo apresentamos as principais razões para o sacador ficar
do lado esquerdo da quadra:

• Para variar e confundir o adversário


• Quando o parceiro do sacador for muito inferior
• Quando o sacador tem dificuldades de jogar do lado direito da quadra
• Quando o sacador tem saque muito dominante nas direções 3, 4 e 5, sacando do lado
esquerdo.
• Quando um dos jogadores for canhoto.
• Quando houver vento lateral

Um destro e um canhoto jogando juntos.


Nesta situação o jogador destro normalmente deve ficar do lado esquerdo da quadra e o
canhoto do lado direito, maximizando o uso dos forehands no meio da quadra. Com esta
formação a dupla obriga os adversários a correr mais riscos sempre que buscarem o backhand
desta dupla. No saque este posicionamento deve ser respeitado. A direção de saque 2, 3 e 4
normalmente favorece esta dupla, pois mantém a bola no meio e induz o adversário a
devolver a bola mais para o meio da quadra, mantendo a vantagem de se ter os dois
forehands no meio da quadra. Variações no lado do sacador neste caso devem ser raras e
somente usadas visando a surpresa na dupla oponente.
Muito raro encontrar uma dupla de canhoto e destro que usem a formação com os backhands
no meio da quadra.

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Dois canhotos jogando juntos
Neste caso as combinações de posicionamento de saque devem ser opostas a de uma dupla
com dois destros. O sacador deveria se posicionar do lado esquerdo da quadra para que seu
parceiro tenha a vantagem de ter o forehand no meio para ajudar na primeira bola. As
direções de saque devem ser iguais as que definimos para dois destros, a fim de termos
vantagem tática para a primeira bola do rali.
Uma situação rara no beach tennis quando dois canhotos jogam juntos. Muitas
combinações podem ser exploradas, pois sempre causará dúvidas nos adversários devido
à raridade de tal combinação.

Formação em I
Esta é uma formação muito pouco utilizada. Suas combinações e variações serão estudadas
nos próximos níveis. A formação consiste de os dois jogadores estarem alinhados. Por
exemplo, o sacador se posiciona no meio da quadra atrás da linha e o seu parceiro se
posiciona a sua frente bem no meio da quadra. Serve para causar bastante confusão na dupla
adversária, é aconselhável quando o parceiro do sacador ataca bem a primeira bola. Porém,
deve ser muito bem alinhada, pois envolve a combinação da direção do saque, assim como
também a direção que cada jogador deve ir após o saque. Contra duplas que devolvem bem
não é muito eficaz.

2.2 Devolução
A partir de agora vamos nosso foco será a visão do devolvedor. Algumas situações básicas de
jogo serão exploradas aqui: como se posicionar; cobertura de ângulos; onde devolver e
bloqueio.

Como se posicionar
A dupla que vai devolver deve se posicionar atrás da linha dos 3 metros e de acordo com o
sacador. Por exemplo, se o sacador se posicionar do lado direito da quadra a dupla
devolvedora deve se deslocar para a mesma direção do sacador, se deslocando para o lado
esquerdo de sua quadra. Neste nível trabalharemos jogadores intermediários e para este
nível de jogador eles devem se deslocar para o lado, seguindo o sacador, mas mantendo o
alinhamento da dupla em linha. Nos casos em que a dupla sacadora se posicionar em
formação I, os devolvedores devem, cada um, ficar no meio da sua metade de quadra.
Outros posicionamentos são usados em níveis diferentes e trabalharemos o posicionamento
avançado ou profissional nos próximos cursos.
Cobertura de ângulos
A cobertura de ângulos deve ocorrer durante todas as bolas de um ponto e os jogadores
devem entender onde bater a bola e depois se reposicionar de acordo com a direção da bola
batida. Para a dupla devolvedora não é diferente. Ao seguir o sacador para devolver seu
saque já cobrimos alguns ângulos que ficariam desprotegidos. Cuidados também devem ser
percebidos quando pensamos para onde devemos devolver. Normalmente, a maior parte
das devoluções deve ser na direção do sacador. Isso deve acontecer por alguns motivos,
porém aqui vamos entender que ao devolver na direção do sacador, o devolvedor protege
sua dupla também na questão de cobertura de ângulos para o time que está devolvendo,
pois não abre ângulos desnecessários. Quando a dupla devolvedora busca a devolução do
lado oposto ao sacador, é importante que se entenda que se abre o ângulo e isso requer um
reposicionamento rápido para cobrir este ângulo. A partir dai a cobertura de ângulos passa a
ser dentro do rali e será discutido mais a frente.
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Onde devolver?
A devolução pode ser rebatida na direção do sacador; pode ser direcionada na quadra aberta
do lado oposto ao sacador; pode se tentar devolver lob por cima do parceiro do sacador ou
curta cruzada no lado oposto ao sacador. Porém, a maior parte das devoluções deve ser
dirigida a frente do sacador, sendo boa parte delas baixa para forçar o sacador a começar o
ponto de forma defensiva. Alguns devolvedores também usam para variar uma devolução
rápida em cima do sacador para tirar o tempo dele, porém esta só se torna possível quando o
saque vem ligeiramente mais alto.
Ao devolver no sacador também temos uma boa proteção do ângulo para a próxima bola do
ponto. Para variar e tentar surpreender a dupla sacadora, a devolução pode ser rebatida no
lado oposto ao sacador, em especial quando o saque é feito nas direções 4 e 5, pois nestas
direções a dupla sacadora se expõe, correndo mais riscos de ser surpreendida com uma
devolução na quadra aberta do lado oposto ao sacador.

Agora vamos desenvolver os drills para treinar a devolução:

Drill 1
O professor se posiciona, espera que a dupla de alunos se posicione, sacando para todas as
direções, obrigando os devolvedores a buscarem as rebatidas à frente do sacador.

Drill 2
O professor se posiciona, espera que a dupla de alunos se posicione, sacando para todas as
direções, obrigando os devolvedores a buscarem suas rebatidas no lado oposto ao
sacador/professor.

Drill 3
Neste exercício os quatro alunos devem se posicionar como nosso drill 1 de devolução, um
deles deve ser o sacador e se posicionar do lado direito da quadra, ele deve sacar 10 vezes, os
cinco primeiros dizendo aonde vai sacar e pelo menos um saque em cada direção. Já os
outros cinco ele deve sacar sem dizer aonde vai sacar. A dupla devolvendo deve tentar
rebater na direção do sacador e a partir dai vale o ponto.
Importante ter cuidado que em alguns casos o sacador tenta sacar forte demais e passa a errar
demais, neste caso tentamos aconselhar o sacador a baixar a velocidade para que haja o
treino de devolução.

Drill 4
Mesma situação acima, porém o aluno que vai sacar se posiciona do lado esquerdo da
quadra.

Drill 5
Neste momento os alunos se posicionam para jogo com um deles no saque. O ponto começa
com saque lob na direção 1 e o devolvedor entra no ponto com gancho na paralela, baixando
a bola e segue o ponto.

Drill 6
Neste momento os alunos se posicionam para jogo com um deles no saque. O ponto começa
com saque lob na direção 5 e o devolvedor entra no ponto com gancho na paralela, baixando
a bola e segue o ponto.
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Drill 7
Três alunos se posicionam no fundo da quadra para sacar e o outro aluno se posiciona do
outro lado da quadra para devolver seus saques. Cada sacador deve sacar 2 saques por vez.
Um se posiciona na paralela do devolvedor, outro no meio da quadra e o terceiro sacador na
diagonal do devolvedor.

2.2 Rali
O ponto começou com o saque e depois com a devolução e a partir dai começa o rali. Neste
momento do jogo temos o desenvolvimento do controle, do ataque, da defesa e em alguns
casos do efeito. Trabalharemos exercícios para desenvolver estas situações durante o rali.
Momentos de jogo durante o Rali:

• Controle
Durante o rali os alunos devem conseguir manter a bola em jogo. O professor tem diversos
exercícios para ajudar a desenvolver o senso do controle durante o ponto. Alguns alunos
tentam ser agressivos demais e acabam errando muito cedo no ponto e isso é um problema
durante o jogo, pois sem volume no nível intermediário é muito difícil ser competitivo.

• Ataque
Após o desenvolvimento do controle, os alunos devem trabalhar o ataque durante o ponto. A
coisa mais importante é entender que o intuito do beach tennis é obrigar o adversário a
levantar a bola. Então bolas baixas e curtas são o ataque mais simples que tem no jogo. Outra
forma de atacar é obrigar a dupla adversária a se deslocar na quadra. Bolas mais aceleradas
também servem como ataque, porém sempre se deve ter o cuidado com o risco nestas bolas.

• Defesa
Durante o rali quando uma dupla toma a iniciativa do ataque a outra deve tentar se defender.
A defesa é uma parte importante do jogo, pois ajuda a dupla a se manter no ponto em
situações adversas. A primeira coisa a ser trabalhada é a ansiedade, muitos jogadores quando
estão sendo atacados ficam ansiosos e tentam sair desta situação com um contra‑ataque e
acabam errando cedo demais no ponto.
A coisa mais importante na defesa é a ideia de se ganhar tempo ao se defender, então tentar
manter a bola baixa é uma boa opção, evitando que outro ataque aconteça. Outra opção é o
lob defensivo, bola que vai muito alta para se conseguir tempo para se reposicionar.

• Efeitos
Para este nível de jogador os efeitos que podem ser criados são muito difíceis. O mais comum
neste nível é o slice em alguns golpes, mas outros efeitos são muito avançados e serão
discutidos em cursos posteriores.

Drill 1 Mini beach tennis em dupla


O professor deve montar uma mini quadra de 3 metros por 3.5 metros de comprimento e
cada extremidade deve ter um cone tartaruga. Cada aluno deve sempre começar o ponto em
um dos cones e após bater a bola deve voltar ao cone, não vale smashs durantes os pontos,
somente curtas. Todos os jogadores devem passar em todos os cones. Trabalhamos neste
drill o desenvolvimento do jogo com bolas baixas e o retorno ao lugar após a batida na bola.

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Drill 2 ‑ Deslocamento lateral em equipe
O professor se posiciona do lado esquerdo da quadra, os jogadores começam no meio de
cada metade da quadra. O professor deve lançar a primeira bola baixa no canto esquerdo da
quadra e o ponto segue. Assim que o primeiro ponto acabar, o professor espera o
reposicionamento e lança a bola na extremidade oposta da quadra e segue o ponto. Durante
o ponto o professor enfatiza o deslocamento em conjunto para o lado em que a bola foi
lançada. Neste nível de jogadores encorajamos o simples deslocamento para o lado em linha
para ajudar com a cobertura dos ângulos.

Drill 3 ‑ Entrada no ponto


O professor se posiciona atrás da linha de saque do lado direito da quadra, os alunos devem
se posicionar como se o ponto fosse começar e um deles fica ao lado do professor, sem o
aluno sacar, ele deve correr para frente assim que o professor lançar a bola. A devolução deve
ser na direção deste aluno que vem do fundo e sua primeira bola deve um lob na cruzada e
segue o ponto.

Drill 4 ‑ Entrada no ponto com gancho


O Professor se posiciona do lado esquerdo da quadra e pede para os alunos se posicionarem.
O professor lança bolas altas para a dupla do lado oposto da quadra.

O aluno que recebe esta bola deve entrar no ponto com um gancho na paralela ou no meio da
quadra e o ponto segue. Assim que este ponto terminar o professor deve lançar outra bola da
mesma maneira e o ponto segue.

Drill 5 ‑ Entrada no ponto com ataque


O professor deve se posicionar do lado esquerdo da quadra e deve lançar uma bola alta a
frente da dupla, do outro lado da quadra, para que a dupla de alunos comece o ponto com
um ataque, mas evitar que este lançamento seja muito alto para que o aluno não arrisque
muito com o smash e o ponto segue.

Drill 6 ‑ Entrada no ponto com defesa


O professor se posiciona em um dos lados da quadra, os alunos se posicionam de acordo com
o lado que o professor ficar. O professor deve bater uma bola de ataque para a dupla do lado
oposto e o ponto começa a partir dai.

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3.0 ‑ COLOCANDO EM PRÁTICA

3.1 Saque

22
3.0 ‑ COLOCANDO EM PRÁTICA

3.2 Devolução

23
3.0 ‑ COLOCANDO EM PRÁTICA

3.3 Ralli

24
CAPACITADORES
GUILHERME PRATA
JUCA RUSSO
NARCK RODRIGUES
ALEX MINGOZZI

COORDENAÇÃO
SÉRGIO GATTO

FOTOGRAFIA
25 PAULO ARANTES

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