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AVALIAÇÃO DA

DOR EM
PEQUENOS
ANIMAIS
M.V. Pedro Augusto Freire de Sá Pontes
O que é a dor?
■ É o 5º sinal vital (frequência cardíaca, frequência respiratória, pressão
arterial, temperatura e dor)
– Saturação de oxigênio
– Nível de consciência

Subdiagnosticada
■ Apenas 28% dos cães e 6,7% dos gatos recebiam analgésicos após cirurgias.
Apenas 19% dos cães foram tratados após 8 horas de pós-operatório
(Hansen & Hardie 1993).
■ Na Grã-Bretanha mais de 90% dos veterinários utilizavam analgésicos em
cães e gatos após cirurgias ortopédicas, entretanto o uso de analgésicos
após castração foi 53% e 32% em fêmeas e machos caninos e 26% e 16%
em fêmeas e machos felinos (Capner et al 1999, Lascelles et al 1999)
■ Estes números foram similares em outros países como a África do Sul e Nova
Zelândia (Joubert 2001, Williams et al 2005).
Quais são os tipos de dor?

■ Nociceptiva
- Somática
- Visceral

■ Neuropática

■ Psicogênica
Por que devemos tratar a dor?
■ Questões éticas e morais do bem-estar animal
■ Complicações químio-biológicas
1. Dificulta a cura de lesões devido à resposta de estresse
2. Emagrecimento
3. Automutilação
4. Cronicidade
5. Depressão fisiológica e psicológica
6. Aumento do tempo de recuperação
7. Maior risco de complicações pós-operatórias

■ Ratos portadores de câncer e submetidos à analgesia


apresentaram 80% menor incidência de lesões de metástase
que os que cuja dor não foi tratada (Page et al 1993).
Meios de avaliação da dor em animais

Irritação ou dor leve: Escoriação por tricotomia, cateterização iv, bexiga repleta,
necessitando urinar ou defecar, pequenas escoriações, esvaziamento da glândula
adanal, cirurgias ou procedimentos nas pálpebras.

Leve a moderada: Endoscopia com biópsia, procedimentos odontológicos,


cateterização arterial, biópsias musculares, estabilização de fraturas de rádio/ulna,
tíbia/fíbula, cirurgia de abdômen caudal (osh, orquiectomia, cistotomia)

Moderada a intensa: Pequenas áreas de queimaduras ou úlceras, úlcera corneal,


enucleação do globo ocular, cirurgias de coluna lombar e sacral, estabilização de
fraturas de fêmur, úmero ou pelve, mastectomia, cirurgias de abdomen craneal
(hernia diafragmática)

Intensa: Áreas extensas de queimaduras e ulcerações, infecções intra-abdominais


(peritonite, pancreatite), cirurgias cervicais, procedimentos nasais (endoscopia),
amputações de membros, cirurgias torácicas
Sistema de Escore de Dor Preemptivo
(HELLYER, 1999)
Escala de Dor da Universidade de Melbourne
Escala de Dor de Glasgow Modificada
Escala de Dor da UNESP Botucatu (Felinos)
E agora?

Resgate anestésico!
Morfina
● Analgesia de ~2 a 4 horas
Cães: 0,5 - 0,7mg/kg IM/SC ● Depressão respiratório
● Pequeno efeito cardiovascular
Gatos: 0,1 - 0,3mg/kg IM/SC ● Liberação de histamina com vasodilatação periférica
● Estimula êmese e defecação
● Mastocitomas; TCE

Metadona
Cães: 0,3 - 0,5mg/kg IM/SC ● Analgesia de ~4-6 horas
● Dores crônicas e refratárias
● Efeitos semelhantes a morfina
Gatos: 0,1 - 0,3mg/kg IM/SC ● Espasmolítico
● Irritação e lesões teciduais;
Meperidina (Petidina)
● Analgesia 2 a 3 horas
Cães: 5 - 10mg/kg ● Dor leve
● Efeito seratoninérgico
Gatos: 3 - 5mg/kg ● Inotrópico negativo
● Mastocitomas

Tramadol
● Analgesia de ~6-8 horas (
Cães: 5 - 6mg/kg IM/SC ● Dor leve a moderada
● Administração crônica; Meperidina; Antidepressivos
Gatos: 0,1 - 0,3mg/kg tricíclicos; Convulsões; Salivação; Hipertermia

Butorfanol
● Analgesia de ~1-4 horas
Cães: 0,2 - 4mg/kg IV/IM/SC ● Antagonista agonista
● Antitussígeno
Gatos: 0,2 - 0,4mg/kg IV/IM/SC ● Antiemético
● Gene MDR1 (Sedante);

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