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COZIMENTO / CRISTALIZAÇÃO /
CENTRIFUGAÇÃO / SECAGEM
Revisão de conceitos
Balanços e definição de parâmetros
operacionais
Condução operacional do cozimento /
centrifugação / secagem – aspectos práticos
Controles operacionais
Sistemas de cozimento – discussões
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Composição Tecnológica da Cana (Cana Típica)
Cana
100%
• Moagem
• Peneiramento
• Evaporação
• Cozimento
• Secagem
Bagaço Caldo Misto • Destilação
26% 106%
• Lavagem Cana
• Peneiramento • Peneiramento
• Decantação • Decantação
• Filtração
Areia Bagacilho • Filtração
0,04% 0,16%
• Clarificação
• Filtração
• Flotação
Açúcares Não Açúcares • Cozimento
15.60% 1,40% • Centrifugação
• Destilação
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Definições
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Definições
qsat = Ws / Ww sat
Onde:
q –> coeficiente de solubilidade
W –> massa, s – soluto e w – solvente
Sat –> referente ao estado de saturação da solução
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Definições
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Definições
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Definições
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Definições
Saturada
Insaturada
Supersaturada
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Definições
COEFICIENTE DE SUPERSATURAÇÃO:
representa quão uma solução está próxima da
saturação. Soluções com coeficiente SS
menores que 1 são insaturadas, se coeficiente
SS for igual a 1 a solução encontra-se no
estado de saturação. Soluções cujo coeficiente
SS é maior que a unidade, encontram-se
supersaturadas.
Ws / Ww
Y =
Ws / Ww Sat
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Definições
COZIMENTO:
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Definições
CRISTALIZAÇÃO:
• Cristalizar é fazer com que os cristais de
açúcar apareçam e cresçam nas soluções
em que se está trabalhando;
• Como os cristais só aparecem e crescem em
soluções supersaturadas, precisamos
concentrar as soluções de trabalho para
torná-las supersaturadas;
• As soluções supersaturadas são instáveis,
para tornarem-se estáveis são obrigadas
pela natureza a cederem o excesso de
açúcar nelas contido, tornando-se saturadas;
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Definições
CRISTALIZAÇÃO:
• O açúcar cedido pode, espontaneamente,
dar origem a cristais (cristalização
primária) ou depositarem-se em cristais
adicionados à solução (cristalização
secundária), fazendo-os crescer;
• Esses cristais adicionados à solução, para
receber a sacarose, são chamados de
núcleos de cristalização (semente).
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Princípios Básicos
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Princípios Básicos
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Zonas de Saturação
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Zonas de Saturação
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Zonas de Saturação
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Zonas de Saturação
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Cozimento
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Zonas de Saturação
C E
A
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Definições
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Granagem
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Granagem
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Granagem por Semente
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Granagem por Semente
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Zonas de Cristalização – Interferência das Impurezas
Mel
xarope
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Granagem
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Granagem – Preparo e Qualidade da Semente
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Granagem – Preparo e Qualidade da Semente
É importante que:
• A proporção recomendada no preparo da semente é de 2 litros
de álcool (anidro) c/ 5% de glicerina para 1 Kg de açúcar;
• Utilizar cristais grandes (>0,8mm ), peneirado, no preparo da
semente;
• Um tempo de moagem da ordem de 8 a 10 horas;
• O número e diâmetro das bolas deve ser mantido conforme
projeto do moinho;
• “Maturação” por um período mínimo de 5 dias;
• A pasta de semente não seja produzida e guardada por um
período superior a 30 dias;
• Quando a semente é guardada na fábrica, que não fique em
ambiente quente;
• Que a pasta seja bem homogeneizada na hora de ser
introduzida no vácuo.
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SEEDING AND CRYSTAL QUALITY
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Granagem – Aplicação da Semente
É importante que:
• Seja introduzida sempre a mesma quantidade de semente
no vácuo, a não ser que tenha uma orientação do supervisor
(técnico) para modificar o volume adicionado – completar o
funil com álcool anidro é uma boa prática (no momento da
aplicação);
• Normalmente o volume de semente a ser adicionado é
calculado, para cada caso, em função:
da forma de trabalho
da capacidade dos equipamentos existentes
do tamanho do cristal desejado;
• No vácuo de granagem a instalação deve ser adequada:
Funil com volume adequado;
Tubulação de 1 a 11/2” e válvula esfera, preferencialmente;
Aplicar a semente no centro inferior do tubo central.
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Aplicação Semente
Adequado
Inadequado
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Granagem – Preparo e Qualidade da Semente
É importante que:
• Verifica-se, como regra geral, consegue-se bons
resultados com a utilização de cerca de 100 a 200ml
de pasta de semente para cada 100hl de massa final
a ser arriada.
• Usar como referência valores de 100 a 120ml de
pasta / 100hl de massa cozida são bastante usuais.
3 cortes 4 cortes
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Granagem – Preparo e Qualidade da Semente
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Granagem – Técnica Operacional
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Granagem – Etapas
1. Alimentar o vácuo de granagem com a solução açucarada
(mel e/ou xarope), mantendo a pureza em torno de 70 a
80% e o Brix entre 65 – 70%;
2. Abrir o vapor somente após o enchimento completo da
calandra;
3. Não pode haver presença de cristais de açúcar nesta
solução – diluição de méis;
4. Manter o vácuo constante de forma a garantir uma
temperatura ao redor de 70oC;
5. Iniciar a concentração da solução até atingir o ponto de
semeamento (ponto de fio – fio estável com os dedos
afastados 1 a 2cm, ou comportamento do mel escorrendo
na lâmina seca de vidro). Na prática este ponto deve estar
em torno de 81 – 83% de Brix (sonda) – UTILIZAR
EQUAÇÃO OU TABELAS;
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Definições – Tabelas de Supersaturação – T -> 70oC
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Definições – Curva de Supersaturação
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Exemplo prático – Tempo de espera:
Vácuo 600 Hl = 60.000L
Taxa de evaporação = 25 kg/h / m2
Relação superfície / volume = 0,60
Área de aquecimento = 600 x 0,60 = 360 m2
Água evaporada = 360 m2 x 25 kg/h / m2 =
9.000Kg/h
Água evaporada = 9.000 kg/h / 60 = 150 kg/min
Tempo de espera = 2 min = evapora 300 L de água
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Temperatura 70oC
SS = 1,20 = 390 g sacarose em 100 g de água
Brix = 390 / (390+100) = 0,7959 = 79,6oBrix
Pé de ganagem = 1/3 = 20.000 L
Água evaporada = 300 L
Volume do pé = 20.000 L – 300 L= 19.700 L
Concentração = 20.000 L / 19.700L = 1,01523
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Brix = 0,7959 x 1,01523 = 0,8080
X / (X + 100) = 0,808
X = 420,8 g de sacarose em 100 g de água
Pelo gráfico podemos ver que passamos para a
Zona acima de 1,2 de Supersaturação (SS =
1,295), onde já é possível o aparecimento de
novos cristais.
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Granagem – Etapas
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Granagem
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Levantamento do Vácuo
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Levantamento do Vácuo
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Levantamento do Vácuo
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Cuidados
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Cuidados
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Diluição de Méis e Magma
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Desenvolvimento de Cor no Cozimento
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Desenvolvimento de Cor no Cozimento
Caramelização:
Degradação de açúcares, envolvendo
temperaturas elevadas, gerando produtos finais
escuros e de composição química bastante
complexa. Envolve várias reações: hidrólise,
degradação, eliminação e condensação.
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Desenvolvimento de Cor no Cozimento
Reação de Maillard:
Reação que ocorre entre os aminoácidos ou
proteínas e os açúcares redutores (carboidratos):
quando a massa é aquecida (cozida) o grupo
carboxila (=O) do carboidrato interage com o
grupo amino (-NH2) do aminoácido ou proteína, e
após várias etapas é produzida as melanoidinas,
que dão cor ao produto.
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Desenvolvimento Cor no Cozimento – Oclusão de Mel
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Cortes
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Cortes
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Sementeiras
Localização
recomendada: no
próprio piso dos
vácuos
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Descarga e Lavagem dos Vácuos
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Descarga de Fundo
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Descarga e Lavagem dos Vácuos
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Descarga e Lavagem dos Vácuos
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Descarga e Lavagem dos vácuos
Importante:
• Vapor utilizado na vaporização deve ser
escape ou vegetal, nunca vapor direto;
• Vaporização deve ser realizada com
válvula de descarga fechada, dreno deve
ser instalado com retorno à caixa de mel,
xarope ou caldo clarificado;
• Para ganhar tempo, é possível realizar
esta operação sem “quebrar” o ´vácuo.
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Fervura do Vácuo
A fervura do vácuo deve ser realizada com uma
freqüência pré-estabelecida, definida
empiricamente em função da velocidade de
formação de incrustações – operador “sente” o
vácuo mais lento, mais frio....Não permitir
frequência menor que dia sim dia não!
Procedimento:
• Encher o vácuo com água quente até cobrir a calandra;
• Abrir vapor na calandra, aquecer até 100 oC, deixar
ferver por aproximadamente 15min, ir repondo água
deixando a calandra sempre cheia;
• Após operação drenar solução para a caixa de caldo
misto – de preferência.
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Ponto de Alimentação
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Sistemas de Cozimento – Recursos Adicionais
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Sistemas de Cozimento – Recursos Adicionais
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Sistemas de Cozimento
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Sistemas de Cozimento
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Capacidade dos Cozedores
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Cozimento – Processo Típico - CONTROLES
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Laboratório – Qualidade dos Resultados
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Gerenciamento por fatos, não por opiniões.
Conhecimento Informação
Não
Decisão
Sim
Objetivo Ação
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Controle Operacional
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Controle Operacional
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Controle Operacional
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Controle Operacional
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Parâmetros Operacionais
*PLANEJAMENTO DA OPERAÇÃO*
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Tachos Contínuos x Batelada
Principais características do
cozimento contínuo:
• Tachos contínuos são atualmente, no Brasil,
uma realidade para massas B e C;
• Distinguem-se basicamente 2 tipos:
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Recomendações / Comentários:
Condução da massa B:
Desenvolver cozimentos de G e massa B
exclusivamente com mel A diluído (mel pobre A
preferencialmente), ocasionalmente com retorno de
MRB;
Temperatura da massa de 65oC – vácuo de 23 a
23,5” durante todo o processo ;
Brix dos cortes entre 88 e 90% e maior que 93% no
final (para descarregar nos cristalizadores) – vácuo
contínuo
Garantia de mel A diluído é fundamental.
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Procedimentos da Massa B
Vácuo contínuo:
• Controle da relação Mel A e semente (%semente em
relação à massa B final), Km, relacionado com a
%Cristais e tamanho dos cristais (AM) – Parâmetro:
%Cristais > 38%, interessante aquisição de
microscópio com graduação p/ monitoramento do
tamanho dos cristais (aproximadamente 0,35mm) –
aumentar Km aumenta o mel em relação à semente
(aumenta o cristal) e vice versa;
• Controle entre volume de mel e concentração da
massa, através da leitura da vazão do condensado e
Brix do mel, KL (ajustes de parâmetros) – Parâmetro:
Brix da massa > 93% - p/ aumentar o Brix aumenta o
KL e vice versa. Condensado controla a entrada de
vapor (VG1);
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Procedimentos da Massa B
Vácuo contínuo:
• Controle de nível da massa no interior do vácuo
contínuo, controlado via inversor na bomba de
retirada de massa – Parâmetro: nível de 74% (250mm
acima da calandra);
• Manter temperatura constante durante todo o
processo, através do controle da pressão negativa
entre 23,0 e 23,5”Hg (temperatura entre 65 e 70oC),
com atuação automática na válvula de água de
alimentação do condensador barométrico;
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Procedimentos da Massa B
Vácuo contínuo:
• Vapor de agitação: utilizado (opção em todos os
compartimentos – por baixo) como auxiliar de
agitação, principalmente quando está com baixa
utilização do equipamento (p/ ajudar na
movimentação da massa)
• Vaporização: recomenda-se de 8 em 8h – limpeza
• Fervura: quinzenal, ou quando necessário – limpeza
• Distribuição das alimentações de mel nos
compartimentos, % definidas, podem ser ajustadas
observando a curva de Brix nos diversos
compartimentos – definir frequência.
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Tachos Contínuos x Batelada
Principais diferenças:
Nível da massa sobre o feixe (calandra):
• Batelada -> nível alto
• Contínuo -> nível baixo
Volume de pé:
• Batelada -> depende da relação S/V
• Contínuo -> não depende da relação S/V
Operação:
• Batelada -> fácil operação no manual
• Contínuo -> automação obrigatória
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Tachos Contínuos x Batelada
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Tachos Contínuos x Batelada
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Tachos Contínuos x Batelada
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Tachos Contínuos x Batelada
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Tachos Contínuos x Batelada
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Cristalização
Cristalizador vertical p/
massa B – Usina Eldorado
(Grupo Odebrecht)
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Cristalização - Resfriamento
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Cristalização
Conforme citado anteriormente, a força motriz da cristalização
(evaporação ou resfriamento) é a supersaturação. Portanto, na
cristalização esta variável (supersaturação) é mantida
constante, conforme vai resfriando a massa a supersaturação
no mel aumenta fazendo com que a sacarose presente migre
p/ superfície dos cristais de açúcar. Importante:
Essencial a máxima superfície de cristais => taxa de
deposição elevada
Agitação do cristalizador para evitar decantação de
cristais e ajudar na troca de calor – resfriamento
Relação adequada entre viscosidade e saturação, que é
favorecida na faixa de temperatura entre 50 e 60oC
Quanto menor a quantidade de água (Brix da massa)
mais facilidade de obtenção da mais baixa pureza do mel
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Cristalização
Parâmetros importantes:
A cada 4 – 5oC de redução de temperatura 1 ponto de
redução na pureza do mel
Tempo de resfriamento – 1, 5 a 2,0oC/h
Temperatura final – pode-se chegar até 40oC na condição de
massa B ou massa C
Supersaturação do mel constante durante o resfriamento (aprox.
1,2)
Temperatura final, pós aquecimento, mel com supersaturação de
aproximadamente 1,0 (facilitar a centrifugação)
Tempos de residência: até 72h em cristalizadores horizontais e
até 16h nos verticais
Diferença de temperatura entre massa e água nunca superior a
12oC no resfriamento e 15oC no aquecimento – evitar formação
espontânea de açúcar ou derretimento de cristais
respectivamente
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Cristalização
Controles:
Monitoramento do torque (através do sistema de
agitação), atuando na temperatura da água na entrada do
resfriamento – controlar a viscosidade da massa
Temperatura da massa na entrada, em regiões do corpo
e na saída do resfriamento – controlando a vazão de
água de resfriamento
Temperatura da massa na entrada e saída do aquecedor,
controlando a temperatura e vazão da água quente de
aquecimento
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Cristalização
Instalação:
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Cristalização
Aquecedor de massa:
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Centrifugação
Introdução
Objetivo básico: separação de cristais do mel
Capacidade da centrífuga é proporcional à força centrífuga (fator
gravitacional G)
• Antigamente = 400rpm
• Atualmente = 1200 a 1500rpm, até 2000rpm
Força centrífuga
G = F centrífuga / F gravidade = D x N2 / 1800
onde:
• G = Fator gravitacional
• D = diâmetro (m)
• N = rotação (rpm)
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Centrifugação
Ciclos de operação:
Composição típica de 1 ciclo:
carregamento = 10 a 20s
tempo de retirada de mel pobre = 20s
lavagem com água = 3 a 30s
lavagem com vapor = 0s a 45s
frenagem / carregamento = 1 min
Exemplo:
Onde:
1 – Centrifugação
2 – Entrada de água
3 – Fecha água entra vapor
4 – Fecha vapor
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Centrifugação
Ciclos de operação:
Outro exemplo:
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Centrifugação
Processo de centrifugação - considerações:
3 frações de mel
1. Excesso de mel - fácil retirada
2. Entre espaços vazios nos cristais - retirada mais difícil
3. Película sobre cristais (aderentes ao cristal por forças
capilares) - difícil retirada por centrifugação...somente com
lavagem
Lavagem com água
Após diminuição do fluxo de mel ou após eliminação das 1º e 2º
frações de mel ou após eliminação de 75% do mel
1 litro de água dissolve 2,5 a 3,5 kg de açúcar
Água quente – 80 a 90oC
Volume = até 10% sobre quantidade de açúcar
Qualidade da água = tratada e filtrada, ou normalmente
condensado (sem partículas como sujeira e ferrugem)
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Centrifugação
Processo de centrifugação - considerações:
127
Centrifugação
Processo de centrifugação - considerações:
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Centrifugação
Processo de centrifugação - considerações:
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Centrifugação
Processo de centrifugação - considerações:
Carregamento da massa
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Centrifugação
Processo de centrifugação - considerações:
Descarregamento da massa
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Centrifugação
Processo de centrifugação - considerações:
Separação de méis
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Centrifugação
CENTRÍFUGAS CONTÍNUAS:
Algumas características:
Utilizadas para massas B e C
Na massa A - quebra de cristais, elevada umidade,
dificuldade na separação de méis...
Rotações – 1.500 a 2.000 rpm
Tempo de residência - +/- 5 seg.
Fator gravitacional (G) de até 2.100 no topo do cesto
Camada de massa:
Fundo do cesto - 3 a 4mm
Topo do cesto - alguns cristais
Redução da espessura da camada
Redução teor de mel
Aumento de superfície - aumento do diâmetro do cesto
Lavagem com água e vapor, cuidado: dissolução parcial
de cristais
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Centrifugação
CENTRÍFUGAS CONTÍNUAS:
Vantagens:
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Centrifugação
CENTRÍFUGAS CONTÍNUAS:
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Centrifugação
CENTRÍFUGAS CONTÍNUAS e DESCONTÍNUA:
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Secagem / Ensaque / Armazenamento – Processo Típico
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Secador de
Açúcar
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SECAGEM DO AÇÚCAR
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Açúcar Empedrado
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Amarelecimento
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Pó - Movimentação
Pó - Esteira Pó - Descarregamento
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Isolamento Piso
Estocagem Açúcar
Container – 1.200Kg
Granel
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Cuidados Adicionais
Separador Magnético
Detector de Metais
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Cuidados Adicionais
cullen@uol.com.br
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