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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA – UEFS

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
COLEGIADO DE PEDAGOGIA

ALÉRCIA DE JESUS ALMEIDA

RESUMO ACADÊMICO
PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO PARA O ESPAÇO-TEMPO AULA: REFLEXÕES
SOBRE O ATO DE PLANEJAR DURANTE O ERE

Feira de Santana, BA
2022
ALÉRCIA DE JESUS ALMEIDA

RESUMO ACADÊMICO
PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO PARA O ESPAÇO-TEMPO AULA: REFLEXÕES
SOBRE O ATO DE PLANEJAR DURANTE O ERE

Resumo apresentado ao Colegiado de


Pedagogia da Universidade Estadual Feira de
Santana (UEFS), como requisito de avaliação
parcial no componente Leitura e Produção de
Texto Acadêmico.

Professoras: Úrsula Cunha Anecleto e Elaine


Anjos dos Santos Beserra

Feira de Santana, BA
2022
RESUMO ACADÊMICO

PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO PARA O ESPAÇO-TEMPO AULA: REFLEXÕES


SOBRE O ATO DE PLANEJAR DURANTE O ERE

Alércia de Jesus Almeida1

ANECLETO, Úrsula Cunha; SILVA, Obdália Santana Ferraz. Planejamento


pedagógico para o espaço-tempo aula: reflexões sobre o ato de planejar durante o
ERE. Revista de Iniciação à docência, v. 1, p. 135-152, 2022. Disponível
em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/rid/article/view/10414. Acesso em: 13
outubro. 2022.
Palavras-Chave: Planejamento Pedagógico; Ensino Remoto Emergencial; Ensino de
Língua Portuguesa;
Este trabalho tem como objetivo transmitir de forma clara e resumida as principais
ideias tratadas no artigo publicado pelas autoras Úrsula Cunha Anecleto e Obdália
Santana Ferraz, intitulado “Planejamento Pedagógico Para o Espaço-Tempo Aula:
Reflexões Sobre o Ato de Planejar Durante o ERE”. O artigo, publicado em julho de
2022, abre uma discussão reflexiva a respeito das práticas pedagógicas utilizadas
durante o Ensino Remoto Emergencial (ERE), dando atenção em especial ao
Planejamento Pedagógico, que segundo as autoras, é parte fundamental e
imprescindível da docência por atribuir ao ensino um caráter metodológico, tornando
a educação um ato intencional e carregado de propósito, podendo, dessa forma,
atingir o propósito transformador da educação.

A metodologia de pesquisa utilizada para embasar os fatos e questionamentos


abordados quanto a temática foi o método de pesquisa através de formulários, onde
36 professores do sistema público de ensino de uma localidade do interior da Bahia
foram abordados com perguntas quanto as dinâmicas de ensino e as particularidades
criadas graças ao contexto de ERE proveniente da pandemia de COVID-19. A
pesquisa demonstrou através de seus resultados uma clara mudança no panorama

1
Estudante do Curso de Pedagogia da Universidade Estadual de Feira de Santana.
criado através de ano com experiência sala de aula, onde os novos contextos
influenciaram diretamente no papel de docente.

Quando introduzem as problemáticas voltadas ao tema, as autoras do artigo, ambas


docentes de língua portuguesa, iniciam a conceitualização do planejamento
pedagógico, que consideram de suma importância por trazer para sala de aula as
ideologias planejadas através de reflexões práticas e teóricas conforme a formação e
contexto cultural, temporal e local do docente com a finalidade de promover
transformação da realidade e por se tratar de um processo intencional, o planejamento
pedagógico nunca será neutro.

Entende-se também que o planejamento não é formulado de maneira individual, mas


sim através de vários agentes do espaço escolar, bem como do acúmulo de vivências
destas pessoas, visando construir práticas interativas e intencionais, afinal, a adesão
de mais pessoas durante o processo educacional leva a um maior engajamento por
parte dos presentes. A pesquisa realizada para produção do artigo citado visa o maior
entendimento de como se realizou a prática pedagógica dos professores baianos no
recorte já citado acima.

O Ensino Remoto Emergencial caracterizou-se pela utilização de novas plataformas


para aplicação das aulas, levando a uma mudança de paradigma no que diz respeito
ao planejamento pedagógico dos professores, porque agora, ao depender das
Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação, para realizar suas atividades
docentes, estes profissionais encontraram dificuldades e mudanças bruscas nas
rotinas de ensino, e precisaram de tempo para adaptar-se ao novo contexto.

Apesar de poder ser visto como uma mudança parcialmente boa, por possibilitar o
professor e alunos a participar de atividades didáticas foras do contexto de sala, ou
seja, fora do espaço físico da escola. A escola, apesar de se apresentar como um
espaço útil, é conhecido por ser também limitante quanto às possibilidades devido aos
condicionamentos culturais a qual é pertencente. Esta situação resultou também na
mudança de cenários e materiais aos quais o professor estava acostumado a
trabalhar, o que exige destes profissionais outro conjunto de habilidades práticas e
didáticas para melhor atender as demandas virtuais.
O ensino da Língua Portuguesa, como destacado pelas autoras durante a análise
metodológica da pesquisa, demonstrou-se alterado pelos novos paradigmas globais
referentes a pandemia de Covid-19, visando abordar as mudanças globais ocorridas,
bem como a situação dos estudantes ao encarar as diferentes realidades que os
circundam, como por exemplo aqueles que tiveram a própria saúde e a de parentes
próximos comprometidas pela doença. Tanto professores quanto alunos se tornaram
emocionalmente abalados ao lidar com temáticas como morte e doença em seu dia a
dia.

Esta situação levou a utilização de outros materiais que não são comumente
valorizados e abordados durante o aprendizado em salas de aulas, mas encontraram
seu lugar de importância no ensino remoto, como por exemplo trazer repertórios
contidos em noticiários, entrevistas, documentários e etc. que abordassem as
temáticas da Covid-19. A pesquisa realizada por autoras Úrsula Cunha Anecleto e
Obdália Santana Ferraz traz consigo o objetivo de identificar quais foram as
mudanças, necessidades e contextos de produção destes professores entrevistados
durante este período tão delicado.

É possível observar através dos resultados da pesquisa, informados no artigo, que


51,7% dos professores da rede estadual e 71,4% da rede municipal informal
dedicaram cinco horas por semana para a preparação do planejamento pedagógico,
indo além da carga horária estipulada, que muitas vezes ultrapassou o estipulado por
contrato que costuma ser, em média, de quatro horas, o que levou a sobrecarga de
muitos docentes.
Por se tratar de um processo complexo, político, que necessita de organização e
intenção, o planejamento pedagógico se tornou, de certa forma, lesado devido às
grandes mudanças de realidades presentes nesta atividade. 24,1% dos professores
da esfera estadual e 28,6% dos docentes da esfera municipal não encontraram auxílio
de outros docentes ou do corpo escolar para realização desta atividade de
planejamento. A necessidade de adaptação desta prática é uma de suas
características e faz parte da atividade do professor de língua portuguesa de gêneros
discursivos que dialoguem com as novas mudanças de adaptação para que a
educação continue cumprindo sua função transformadora seja no ambiente online ou
presencial.

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