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CURSO: Técnico/a Auxiliar de Saúde | Ação

N.º01

UFCD: 6571 | Técnicas de


posicionamento, transferência e
transporte de utentes – 50 horas

O(A) Formador(a): Beatriz Carvalho


Objetivo Geral

• Identificar os fatores e utilizar as medidas que contribuem para a prevenção


de úlceras de pressão.

• Demonstrar os Posicionamentos no Leito mais comuns (Decúbitos Dorsal e


Lateral) e Transferências do Leito para Cadeirão

• Melhorar a qualidade das intervenções à pessoa dependente total ou


parcial;
ENVELHECIMENTO FÍSICO E PSICOLÓGICO

Tal como em todas as fases da vida, também a velhice implica perdas e


ganhos.
Um equilíbrio entre as perdas e os ganhos é fundamental para um
envelhecimento ótimo, o que implica um ajustamento ao declínio das
capacidades físicas e da saúde e ao mesmo tempo desenvolver sentimentos
de autovalorizarão e satisfação em áreas sem ser o trabalho.
ENVELHECIMENTO FÍSICO E PSICOLÓGICO

Aspetos físicos exteriores


Redução da agilidade e da força física
Falta de firmeza nas mãos e nas pernas
Rugas e cabelos brancos
Aparecimento de manchas escuras na pele
Cabelos mais finos
Queda de cabelo
ENVELHECIMENTO FÍSICO E PSICOLÓGICO

Aspetos físicos internos


Entrada na menopausa / andropausa
Visão ao perto piora
Fadiga durante o dia / insónia durante a noite
Perde de sensibilidade ao tato
Diminuição da capacidade auditiva
Alteração do olfato e do paladar
Perda de memória
Redução da eficiência respiratória
Mudanças no sistema nervoso
Tempo de reação torna-se mais lento
ENVELHECIMENTO FÍSICO E PSICOLÓGICO

Alguns aspetos visíveis:


Rugas;
Cabelos brancos;
Redução da agilidade;
Redução da força física;
Falta de firmeza nas mãos e pernas;
Perda de sensibilidade no tato;
Diminuição da capacidade de audição;
Diminuição da capacidade de visão;
Alterações no olfato e paladar;
Voz torna-se mais fina;
ENVELHECIMENTO FÍSICO E PSICOLÓGICO

Aspetos psicológicos
As mudanças biológicas têm influência a nível psicológico modificando a autoimagem /
autoconceito, assim como o ajustamento ao meio envolvente.

Durante o envelhecimento, os principais fatores de influência da sociedade sobre o


indivíduo são:
A resposta social ao declínio biológico,
O afastamento do trabalho,
A mudança da identidade social,
a desvalorização social da velhice e
A falta de definição sociocultural de atividades em que o idoso possa perceber-se útil e
alcançar reconhecimento social.
A vida do idoso é, portanto, dominada por um alto nível de stress, devido às expectativas e
obrigações formalizadas.
MOBILIDADE
CORPORAL
Mobilidade corporal, imobilidade, repouso no leito, úlceras por pressão
MOBILIDADE CORPORAL

É a capacidade de uma pessoa se movimentar livremente no seu ambiente

Finalidades:
❖ Expressão de emoções
❖ Autodefesa
❖ Satisfação Necessidade Humanas Fundamentais (NHF)
❖ Realização das Atividades de Vida Diárias(AVD) e atividades recreativas
MOBILIDADE CORPORAL

Elementos essenciais:
1. Capacidade para se mobilizar com base na força
muscular, controle e coordenação e amplitude
articular adequadas
2. Motivação para se mobilizar
3. Ausência de barreiras ambientais
MOBILIDADE CORPORAL

O MOVIMENTO É
ESSENCIAL PARA
A SAÚDE E
BEM-ESTAR DE
QUALQUER
PESSOA!
MOBILIDADE CORPORAL

Segundo dados do Relatório Mundial da


Saúde, é estimado que a inatividade
física seja, por si só, responsável por 10-
16% dos casos de Diabetes Mellitus e de
alguns tipos de cancro, bem como por
22% dos casos de doença cardíaca
isquémica. Estima-se ainda uma
proporção de 5-10% de mortes atribuíveis
à inatividade física (OMS, 2002).

Estudos epidemiológicos que


relacionam atividade física e saúde
têm demonstrado que programas de
exercício físico melhoram não apenas
a aptidão física, mas também os
lípidos sanguíneos, a pressão arterial
Défice
neuro-
sensorial

Doenças Doenças
neurológicas crónicas

Doenças
Desnutrição
Causas das respiratórias
alterações
de
mobilidade

Problemas Alterações
orto- do foro
traumáticos psicológico

Envelheci Doenças
mento cardíacas
MOBILIDADE CORPORAL

REPOUSO NO LEITO

Motivos:
❖ Diminuição das necessidades de oxigenação corporal
❖ Redução da dor
❖ Promoção do repouso e recuperação
MOBILIDADE CORPORAL

IMOBILIDADE

Tipos:
• Física
• Emocional
• Intelectual
• Social

Fatores contribuem para a extensão da incapacidade:


• Grau de imobilidade
• Duração da imobilidade
• Gravidade da doença
• Estado emocional do utente
MOBILIDADE CORPORAL

Consequência da IMOBILIDADE nos sistemas orgânicos

Quando não há promoção da mobilidade na pessoa idoso, acontecem vários efeitos adversos, que se tornaram melhor
conhecidos nos últimos cinquenta anos.

O conhecimentos das consequências da inatividade no organismo só foi admitido em termos de estratégia de saúde a partir de
meados do século XX. Hoje em dia, só em situações de grande instabilidade e muito pontuais é que se preconiza o repouso
como coadjuvante nos processos terapêuticos. O levante precoce, após uma situação de doença, é hoje reconhecido como
essencial, para minimizar as complicações da imobilidade.
MOBILIDADE CORPORAL

Sistema
gastrointestinal
e genito-
Sistema urinário Sistema
respiratório cutâneo

Sistema Sistema
cardiovascular endócrino

Sistema
CONSEQUÊNCIAS Sistema
musculo- DA IMOBILIDADE nervoso
esquelético
MOBILIDADE CORPORAL

ALTERAÇÕES MUSCULO-ESQUELÉTICAS
O sistema músculo-esquelético é, habitualmente, o mais afetado com as alterações da mobilidade,
ocorrendo uma diminuição da contração muscular, perda de força e da massa muscular, atrofia,
contraturas e osteoporose.

O repouso prolongado leva à diminuição da síntese de proteína muscular, do catabolismo muscular e


diminuição da massa muscular, especialmente nas extremidades inferiores. Estudos experimentais com
voluntários saudáveis mostram que a atrofia muscular se inicia nas primeiras horas de imobilidade em
22% dos indivíduos, resultando em 4-5% de perda de força muscular para cada semana (Fan, Zanni,
Dennison, Lepre, & Needham, 2009).
ANQUILOSE E CONTRATURA
CONTRATURA

ANQUILOSE

OSTEOPOROSE
ALTERAÇÕES SISTEMA CARDIOVASCULAR
Na pessoa submetida a imobilização, ocorre um decréscimo de volume líquido circulante, concentração
de sangue nas extremidades inferiores e diminuição da resposta autónoma. Esses fatores resultam no
défice do retorno venoso, seguido de decréscimo do débito cardíaco, que se reflete numa diminuição da
pressão arterial. À medida que a sobrecarga cardíaca aumenta, o consumo de oxigénio também aumenta.
O coração trabalha mais intensamente e com menos eficiência durante períodos de repouso prolongado.

O aumento da viscosidade do sangue, bem como a hipercalcémia, aumentam consideravelmente a


probabilidade de formação de trombos e êmbolos. A imobilização e o repouso no leito, associados à
estase venosa dos membros inferiores e à diminuição do fluxo sanguíneo, aumentam o risco de trombose
venosa profunda (TVP)
ALTERAÇÕES SISTEMA RESPIRATÓRIO
As complicações respiratórias decorrentes da alteração da mobilidade são conhecidas como ameaças à
vida. As alterações pulmonares iniciais resultam do movimento restrito do tórax em decúbito dorsal e de
alterações induzidas pela gravidade na perfusão do sangue nas diferentes partes do pulmão. Quando as
pressões venosa e hidrostática, decorrentes da gravidade, são aumentadas em partes diferentes do
pulmão, a perfusão também aumenta, provocando um desequilíbrio entre perfusão e ventilação.

Os movimentos respiratórios tornam-se mais superficiais e rápidos, o que associado à ineficácia do


revestimento ciliar e à fraqueza dos músculos abdominais, que reduzem a efetividade da tosse, facilita a
acumulação de secreções, predispondo à infeção.
PULMÃO SAUDÁVEL ATELECTASIA PULMUNAR
ALTERAÇÕES SISTEMA GASTROINTESTINAL E GENITO-URINÁRIO
As alterações da mobilidade provocam alterações nas três principais funções do sistema gastrointestinal:
ingestão, digestão e eliminação.

O stress provocado pelo tempo prolongado no leito pode originar uma estimulação contínua
parassimpática, levando a estase gástrica, distensão gástrica, dispepsia, anorexia, diarreia ou
obstipação (Hoeman S., 2000).
ALTERAÇÕES SISTEMA GASTROINTESTINAL E GENITO-URINÁRIO
O facto da pessoa permanecer deitada dificulta a drenagem da urina, dado que não existe o auxílio da
força da gravidade. Nesta posição é também mais difícil aumentar a pressão abdominal, o que provoca a
estase urinária, fator que associado ao aumento da excreção de iões, contribui para a formação de litíase
(Hoeman S., 2000).

A imobilidade leva também a um enfraquecimento dos músculos abdominais com restrição dos
movimentos diafragmáticos e ao relaxamento incompleto dos músculos do soalho pélvico, podendo
conduzir à retenção urinária ou a um esvaziamento incompleto da bexiga (DeLisa, 2002). A estase
urinária e a formação de litíase são um meio ótimo para a proliferação bacteriana, sendo por este motivo
comum a ocorrência de infeções urinárias em doentes que estão sujeitos à imobilidade (Hoeman S.,
2000).
ALTERAÇÕES SISTEMA ENDÓCRINO
A falta de atividade fisica pode levar a alterações hormonais.

Acontece uma significativa intolerância aos hidratos de carbono, que está diretamente relacionada com a
ineficaz captação periférica da glicose, que pode diminuir cerca de 50% após 15 dias de inatividade.

Este facto acontece devido à resistência à ação da insulina, com posterior aparecimento da hiperglicémia.

Os níveis de colesterol também aumentam com a inatividade.


ALTERAÇÕES SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso comanda, coordena e interpreta as interações da pessoa com o meio ambiente. A
imobilidade pode conduzir a uma grande variedade de alterações no sistema nervoso devido à privação
sensorial e psicossocial.

Assim, a pessoa pode apresentar, entre outros, confusão, desorientação, ansiedade, depressão e
alteração do padrão de sono.

A ausência de mobilidade conduz a alterações do equilíbrio, da coordenação e das capacidades.


ALTERAÇÕES SISTEMA CUTÂNEO – Alterações na pele e tugmentos
A inatividade provoca um aumento do tempo de contacto direto da pessoa com as superfícies de apoio
(cama, almofada, cadeiras, entre outras), provocando um aumento da pressão direta não aliviada sobre
os tecidos moles, forças de fricção e deslizamento, o que pode condicionar o aparecimento de úlceras de
pressão.
MOBILIDADE CORPORAL

ÚLCERAS POR PRESSÃO


ÚLCERAS POR PRESSÃO
A Úlcera por Pressão, que pode ser definida
como uma área localizada de morte celular, que
tende a surgir quando os tecidos são comprimidos
entre uma proeminência óssea e uma superfície
dura por um determinado período de tempo
(Ribeiro, 2008).

As úlceras de pressão podem aparecer:


• Orelhas;
• Ombros;
• Cóccix;
• Ancas;
• Tornozelo;
• Calcanhares
As úlceras de pressão (UP) são um grave problema de saúde por causarem enorme sofrimento, pelas
repercussões a nível da mortalidade e morbilidade, e ainda pelos significativos encargos financeiros nos
sistemas de saúde.

Em Portugal, os serviços hospitalares nacionais apontam para uma incidência de UP de 11,5%.


FATORES FATORES
INTRÍNSECOS EXTRÍNSECOS

Pressão Imobilidade

Forças de deslizamento Incontinência

Fricção Idade

Humidade Estado nutricional

Má perfusão/oxigenação dos tecidos

Doenças crónicas
PREVENÇÃO DAS ÚLCERAS POR PRESSÃO
❖ Avaliação do grau de risco de desenvolvimento de UP, mediante a aplicação de escalas de
avaliação e a elaboração de planos de cuidados – EQUIPA ENFERMAGEM

❖ Mudanças de decúbito, mobilizações e o alinhamento corporal, de acordo com o grau de risco


avaliado e o estado global do doente (de 2 em 2 horas)

❖ Manter a pele sempre limpa e seca, mudando ou limpando as zonas sujas com a frequência
adequada às necessidades da pessoa;

❖ Ter uma alimentação e hidratação adequadas;

❖ Durante a mudança de posição tente não arrastar o utente, mas sim levanta-lo utilizando o lençol;

❖ Vigiar a pele com frequência – uma vermelhidão que não desaparece pode ser o primeiro sinal de
uma úlcera de pressão.
❖ É importante massajar a pele com um creme apropriado, nas várias parte do corpo, até este ser
totalmente absorvido;

❖ Se tiver zonas de pele vermelhas, não deve massajar em cima dessas zonas, mas sim na região à
volta com a ponta dos dedos e de forma suave;

❖ Usar almofadas para aliviar as zonas de pressão do corpo sobre a cama ou cadeira (nos locais
mais propícios à formação de úlceras de pressão), de forma a que o utente fique mais confortável.
Sendo a pressão considerada o fator mais importante para o desenvolvimento de UP, então o alívio da
pressão deve ser uma das principais estratégias de intervenção. Este poderá ser conseguido através de
um correto e regular reposicionamento do indivíduo, independentemente de estar acamado ou sentado e
de acordo com as suas características pessoais (Ferreira, Miguéns, Gouveia, & Furtado, 2007).
POSICIONAMENTOS

O posicionamento/alternâncias de decúbito é essencial para a pessoa com alterações da mobilidade, com


o objetivo de prevenir complicações associadas à imobilidade, como por exemplo as úlceras de pressão,
proporcionar conforto e promover a autonomia da pessoa.

• Almofadas de textura moldável, adequadas ao posicionamento que se pretende; oSuperfície de apoio


(colchões, cadeiras, poltronas, etc);

✓O conforto, o nível de mobilidade da pessoa e outros fatores de risco;


✓O contexto onde são prestados os cuidados;
✓A funcionalidade e compatibilidade com os locais da prestação de
cuidados.
Permitem:
1.Promover o conforto e o bem estar;

2.Estimular a circulação, a respiração e a regulação do trânsito intestinal;

3.Prevenir alterações da força muscular e articular;

4.Prevenir problemas da pele, nomeadamente úlceras por pressão (feridas difíceis de cicatrizar);
Princípios Gerais:
• Planear a atividade de acordo com o nível de dependência e a situação clínica;

• Instruir a pessoa e família sobre o procedimento;

• Solicitar a colaboração da pessoa de acordo com as suas capacidades;

• Assistir a pessoa a posicionar-se;

• As alternâncias de decúbito devem ter em consideração a condição do doente e as superfícies de apoio


usadas;
Considera-se que a pessoa em situação de imobilidade
deve ser posicionada de duas em duas horas
(Timmerman, 2007). No entanto, a frequência dos
posicionamentos é determinada pela mobilidade da
pessoa, pela condição clínica global, pelos objetivos do
tratamento e ainda pelas condições globais da pele
(APTF, 2009); 1664
Alinhamento corporal:
❑ Distribuição do peso
❑ Estabilidade
❑ Nível de risco do doente (de contrair UP)

Superfícies dinâmicas:
❑ Calcanheiras
❑ Cotoveleiras
❑ Almofadas completas para cadeiras de rodas
❑ Almofadas para assento de cadeira
❑ Almofadas escapulares
PARA POSICIONAR UMA PESSOA ACAMADO DEVE:

• Facilitar a mobilidade da pessoa, pedir a sua colaboração, se o mesmo puder ajudar;

• Baixar a cabeceira da cama se possível;

• Posicionar/ alinhar os membros afectados pelo AVC, evitando movimentos bruscos devido ao seu
padrão de espasticidade ( contracção muscular acentuada), de forma a não causar dor;

• Utilizar almofadas de apoio, protectores de cotovelos e calcanhares e colchão anti escara;

• Manter os lençóis bem esticados;

• Manter a roupa do seu familiar sem rugas;


POSICIONAMENTO CORRETO

Preocupação ao longo de 24 horas

Alterar a posição de 2 em 2 horas


Deve-se ainda…
oEvitar posicionar a pessoa em contacto direto com dispositivos médicos, tais como tubos e sistemas de
drenagem;
oAvaliar regularmente a pele;
oUtilizar ajudas de transferência para evitar a fricção e a torção;
oAvaliação dos resultados no regime de reposicionamentos;
Os posicionamentos a efetuar podem ser os seguintes:
o Decúbito dorsal – DD;
o Decúbito semidorsal (direito/esquerdo) – DSD (D/E);
o Decúbito lateral (direito/esquerdo) – DL (D/E);
o Decúbito ventral – DV;
o Decúbito semiventral (direito/esquerdo) – DSV (D/E);
o Posição de Fowler.
Decúbito Dorsal – deitado de costas
✓ Posicionar o utente em decúbito dorsal, no centro da cama, com a coluna vertebral alinhada;
✓ Proteger proeminências ósseas com material de prevenção de úlceras de pressão, se necessário (ex.
almofadas, rolos, sacos de areia, etc.);
✓ Posicionar a cabeça e ombros numa almofada baixa;
✓ Afastar ligeiramente os membros superiores do tronco com flexão do cotovelo;
✓ Posicionar o antebraço e mão virada para baixo com uma almofada baixa; - Proceder de igual modo
para o outro membro;
✓ Aplicar pequenas almofadas nas regiões popliteias (por baixo do joelho);
✓ Aplicar pequenas almofadas sob as regiões aquilianas (calcanhares), deixando livres os calcanhares;
✓ Aliviar a roupa junto dos pés;
✓ Verificar o alinhamento corporal, observando-o dos pés da cama
Decúbito Lateral
✓ Posicionar ou assistir a posicionar-se em decúbito dorsal, no lado oposto ao do decúbito a executar;
✓ Colocar uma almofada junto ao membro inferior do lado o qual se vai virar a pessoa;
✓ Executar flexão dos membros superior e inferior do lado oposto ao decúbito e rodar o utente com
movimento firme e suave;
✓ Posicionar o membro inferior, do lado do decúbito em ligeira flexão;
✓ Posicionar o membro inferior, do lado oposto ao decúbito, sobre a almofada fazendo um ângulo de
aproximadamente 90º a nível das articulações do joelho e coxofemoral;
✓ Posicionar a cabeça sobre uma almofada com volume ajustado à altura do corpo;
✓ Posicionar o membro superior, do lado oposto do decúbito, com o ombro e cotovelo em flexão, sobre
uma almofada que acompanha todo o membro;
✓ Colocar o membro superior do lado do decúbito fazendo um ângulo de aproximadamente 90º;
✓ Verificar o alinhamento corporal, observando-o dos pés da cama.
Decúbito Semi-Lateral/Semi-Dorsal
Decúbito Ventral
Decúbito Semi-Ventral
✓ Aplicar almofadas na base da cama ao nível do abdomén e membros inferiores
✓ Manter os membros superiores ao longo do corpo, rodor o índividuo sobre si próprio deixando-o deitado
sobre o abdómen, com a cabeça lateralizada e os membros inferiores em ligeira abdução.
✓ Posicionar o membro superior do lado para o qual a cabeça está voltada, com o braço em abdução,
antebraço em flexão de aproximadamente 90º e mão em extensão com os dedos em ligeira abdução.
✓ Posicionar o membro superior do lado oposto igual ao outro membro superior.
Posição de Fowler
✓ Posição em que o paciente fica semi-sentado, a cabeceira da cama é elevada a um ângulo de 45° a
60°.
✓ Usada para descanso e conforto.
✓ Em casos de cardíacos e também para facilitar a respiração.
✓ Inicialmente levantam-se os pés da cama e depois a cabeceira, para evitar que o a descida e
cisalhamento na cama.
✓ Para retirar da posição, baixar a cabeceira e depois os pés da cama.
✓ Deve-se manter cabeceira elevada a 45 ou 60°, com uso de uma almofada pequena. Joelhos
ligeiramente elevados, sem apresentar pressão que possa limitar a circulação nas pernas. Corpo
alinhado, sem rotação externa dos quadris, usar rolo para trocanter se necessário. Braços apoiados
por almofadas ou similares, caso o paciente não possua controle voluntário dos braços, evitando
deslocamento dos ombros e contraturas de flexão dos braços e melhorando a circulação sanguínea.
✓ Evitar pressão excessiva nos calcanhares, com uso de rolo pequeno sob tornozelos.
Posição de Sentado
ATIVIDADE
Pontos de Pressão

DECÚBITO DORSAL
Pontos de Pressão

DECÚBITO DORSAL
Pontos de Pressão

POSIÇÃO SENTADO
Pontos de Pressão

POSIÇÃO
FOWLER
TRANSFERÊNCIAS
Uma transferência envolve o deslocamento da pessoa de um local para outro, por exemplo da cama
para a cadeira. Estas para serem realizadas de forma correcta, devem promover o alinhamento das
articulações, a distribuição de peso de forma homogénea e a segurança da pessoa e do transportador.

A técnica de transferência deve garantir segurança, tanto do enfermeiro como da pessoa a transferir, pelo
que é fundamental avaliar as necessidades e capacidades da mesma relativa à sua dependência,
tamanho e peso, capacidade em compreender e vontade em colaborar.
A escolha do método de transferência tem ainda que estar de acordo com as suas condições clínicas. O
processo de levante deve iniciar-se logo que a situação clínica o permita.

O levante tem como objetivos:

• Prevenir complicações da imobilidade;

• Incentivar o auto-cuidado;

• Treinar o equilíbrio;

• Preparar para o treino de marcha.


Tipo de Transferências
Cama Cadeira de rodas/ Cadeirão

Cama Cadeira de banho

Cama Maca banheira

Cadeira de rodas Cadeira do banho


MECÂNICA
CORPORAL
Forma coordenada e eficaz de utilizar o corpo, ao movê-lo de um lado para o outro.

Boa postura Bom padrão do


Movimentos movimento corporal
eficientes

MÁXIMA EFICIÊNCIA – MINIMO ESFORÇO


TRÊS CONCEITOS FUNDAMENTAIS:

- Centro de Gravidade (centro ou a parte mais pesada de um objecto)

- Linha de Gravidade (linha imaginária que desce perpendicularmente através do centro da gravidade)

- Base de Sustentação (superfície em que assenta um objecto)


O centro de gravidade consiste no ponto exato em que o peso da parte superior do corpo é igual ao da
parte inferior. A proximidade à base de sustentação determina a estabilidade do equilíbrio.

A linha da gravidade é uma linha imaginária traçada perpendicularmente ao centro de gravidade do


objeto. Quando a linha de gravidade cai dentro da base de sustentação, obtém-se maior estabilidade.
A base de sustentação é a área onde a pessoa está apoiada. Quanto maior for a base de
sustentação, maior será a estabilidade alcançada. Na adoção de uma correta base de
sustentação os pés devem estar virados no sentido do movimento.
Princípios a ter:

❖ Nunca levantar pesos mais do que conseguimos segurar confortavelmente.

❖ Crie uma base de sustentação primeiro. Coloque os pés na largura dos ombros e coloque
um pé meio passo à frente do outro.

❖ Não use as suas costas para fazer o trabalho pesado. Os músculos das costas não são os
seus músculos mais fortes. Use as pernas.
Princípios a ter:

❖ Se a cama for baixa, coloque um pé sobre um banquinho. Isso vai aliviar a pressão sobre a região
lombar.

❖ Podemos aumentar a estabilidade baixando o centro de gravidade e aumentando a base de


sustentação.
Na movimentação dos doentes devemos:

1. Manter a coluna direita


2. Utilizar pegas consistentes (ex. resguardo)
(Dois profissionais um de cada lado da cama)
1. Utilizar apoios técnicos sempre que seja possível
Na movimentação dos doentes devemos:

1. Explicar sempre ao utente o que vai ser feito, pedindo a sua colaboração mesmo que seja minima.
2. Cruzar os braços do utente sobre o abdómen.
3. As duas pessoas devem estar do mesmo lado da cama.
4. Pedir ao utente para levantar a cabeça.

• O profissional que tem a parte mais pesada do corpo do utente é que dá as ordens (1,2,3..);
• Os dois profissionais devem estar sempre na mesma posição, e o mesmo pé mais avançado;
• Pés afastados cerca de 45cm;
• Flectir as pernas antes de iniciar movimento;
• Estabilizar região pélvica contraindo os músculos abdominais e glúteos.

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