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Desnutrição e Obesidade

Salvador, 2023
DEFINIÇÃO CLASSIFICAÇÃO PREVALÊNCIA METABOLISMO REPERCUSSÕES DIAGNÓSTICO CASOS CLÍNICOS

“Estado em que há deficiência, excesso ou desequilíbrio de


energia, proteína e outros nutrientes causando efeitos
adversos na estrutura tecidual ou corporal. Desequilíbrio
de micronutrientes encontrado frequentemente em idosos,
obesos e portadores de doença crônica.”
Studley, 1936.

Má nutrição Subnutrição Desnutrição

CEDERHOLM, T. et al. ESPEN guidelines on definitions and terminology of clinical nutrition, 2017.
DEFINIÇÃO CLASSIFICAÇÃO PREVALÊNCIA METABOLISMO REPERCUSSÕES DIAGNÓSTICO CASOS CLÍNICOS

“Uma gama de condições clínicas patológicas com


deficiência simultânea de proteínas e calorias, em variadas
proporções, que acomete preferencialmente crianças de
pouca idade e comumente associada com infecções.”
OMS, 1973.

“Um estado resultante da falta de ingestão ou absorção de


nutrição que leva à alteração da composição corporal
(diminuição da massa livre de gordura) e massa celular
corporal levando à diminuição da função física e mental e
resultado clínico prejudicado de doença.”
SOBOTKA, 2012.
DEFINIÇÃO CLASSIFICAÇÃO PREVALÊNCIA METABOLISMO REPERCUSSÕES DIAGNÓSTICO CASOS CLÍNICOS

Intensidade
Etiológica Duração
(gravidade)

Primária Aguda Leve

Secundária Crônica Moderada

Crônica Agudizada Grave

HOFFER, L. J., 2016.


DEFINIÇÃO CLASSIFICAÇÃO PREVALÊNCIA METABOLISMO REPERCUSSÕES DIAGNÓSTICO CASOS CLÍNICOS

Etiológica
• Fome
• Doenças
• Envelhecimento
avançado (>80
anos)
CEDERHOLM, T. et al. ESPEN guidelines on definitions and terminology of clinical nutrition, 2017.
DEFINIÇÃO CLASSIFICAÇÃO PREVALÊNCIA METABOLISMO REPERCUSSÕES DIAGNÓSTICO CASOS CLÍNICOS

Fatores políticos e
sociais (vontade Luto, autonegligência,
PRIMÁRIA própria) e
prisões ou greve de
fome.
psicológicos
Desnutrição não
relacionada à Principal causa da
doença desnutrição nos pobres
países pobres e em
desenvolvimento
Fome
Devido a desastres
Causada pela naturais como secas
privação de comida ou inundações

CEDERHOLM, T. et al. ESPEN guidelines on definitions and terminology of clinical nutrition, 2017.
DEFINIÇÃO CLASSIFICAÇÃO PREVALÊNCIA METABOLISMO REPERCUSSÕES DIAGNÓSTICO CASOS CLÍNICOS

Subemprego/ Educação Precária


Desemprego
Família
Desestruturada

Primária:
privação
nutricional
Países em
desenvolvimento ou
subdesenvolvidos:

HOFFER, L. J., 2016.


DEFINIÇÃO CLASSIFICAÇÃO PREVALÊNCIA METABOLISMO REPERCUSSÕES DIAGNÓSTICO CASOS CLÍNICOS

Desnutrição infantil

BURNS et al., 2017.


Fatores contribuintes Necessidades relativamente
Baixo conteúdo
energético e maiores, tanto de energia
freqüência insuficiente como de proteínas, em
dos alimentos relação aos demais membros
complementares da família
administrados;

Disponibilidade Infecções repetidas, que


inadequada de alimentos ( podem produzir anorexia e
pobreza, desigualdade reduzir a ingestão de nutrientes,
social, falta de terra para sua absorção e utilização, ou
cultivar e problemas de produzir a sua perda;
distribuição intra-familiar);

Práticas inadequadas de
cuidado infantil tais como
administração de alimentos
muito diluídos e/ou não
higienicamente preparados.
Formas clínicas
• Marasmo
– Lactentes jovens
– Criança com baixa atividade, com membros
delgados, desaparecimento da bola de
Bichat.
– Fácies senil, costelas visíveis e nádegas
atróficas.
– Cabelos finos e escassos e comportamento
apático.
– Pode haver abdome globoso com
hepatomegalia
– Tendência à hipotermia
– Diarréia, infecção respiratória, parasitoses e
tuberculose comumente presentes
Formas clínicas
• Kwashiorkor
– “doença do primogênito, quando nasce o
segundo filho”
– Crianças > 2 anos
– Perda de gordura subcutânea menos intensa
que no marasmo;
– Lesões de pele hipocrômicas ao lado de
hipercrômicas, alterações dos cabelos,
hepatomegalia (esteatose), ascite, fáceis de
lua e/ou anasarca
– Apatia e irritabilidade
– Edema: hipoalbuminemia (aumento da
permeabilidade capilar)+ descompensação
infecciosa+ estresse oxidativo
• Kwashiorkor-marasmático
Tratamento
• Indicações de internação
– Desnutrição moderada (escore z< -2DP ou relação P/E entre 79-
70% da mediana) a grave (escore Z < -3DP ou relação P/E< 70%
da mediana
– Qualquer desnutrido que apresente edema
• O tratamento é dividido em 3 fases:
– 1ª fase: estabilização
– 2ª fase: reabilitação
– 3ª fase: acompanhamento
Objetivos
• 1ª fase: estabilização
– Tratar os problemas que ocasionem risco de morte
– Corrigir as deficiências nutricionais específicas
– Reverter anormalidades metabólicas
– Iniciar a alimentação
• 2ª fase: reabilitação
– Dar alimentação intensiva visando recuperar grande parte do peso
perdido
– Estimulação emocional e física
– Orientar a mãe ou pessoa que cuida da criança
– Preparação da alta
• 3ª fase: acompanhamento
– Após alta, acompanhamento ambulatorial para prevenir recaída
10 Passos para a Recuperação Nutricional da Criança com
Desnutrição Grave

(3) Tratar a (4) Corrigir os


(1)Tratar/prevenir (2)Tratar/prevenir
desidratação e o distúrbios
a hipoglicemia a hipotermia;
choque séptico; hidroeletrolíticos;

(6) Corrigir as
(5) Tratar
deficiências de
infecção;
micronutrientes
10 Passos para a Recuperação Nutricional da Criança com
Desnutrição Grave
(7) Reiniciar a alimentação cautelosamente: a alimentação é parte
fundamental no tratamento da criança desnutrida e deve estar de
acordo com a fisiopatologia da doença, e com as necessidades
nutricionais;

A alimentação, primeiramente, tem o objetivo de estabilizar a criança


metabolicamente e, em seguida, na reabilitação;
10 Passos para a Recuperação Nutricional da Criança com
Desnutrição Grave

➢ Na fase de estabilização (que se inicia no primeiro dia e pode ir até


o sétimo dia de internação), a quantidade e tipo de alimento são
importantes;

➢ A via oral é a preferencial para administrar a alimentação.


10 Passos para a Recuperação Nutricional da Criança com
Desnutrição Grave

➢ 8) Reconstruir os tecidos perdidos (fase de reabilitação ou


crescimento rápido):

Esta é a fase de reabilitação e para isso, é


necessária maior ingestão calórica e proteica. A
transição entre a fase inicial e de reabilitação
deve ser de forma gradual e será trabalhada no
volume oferecido.
10 Passos para a Recuperação Nutricional da Criança com
Desnutrição Grave

➢ 8) Reconstruir os tecidos perdidos (fase de reabilitação ou


crescimento rápido):

Durante 48 horas, será oferecido o preparado


alimentar na mesma quantidade inicial, com a
mesma frequência. Em seguida, é orientado a
aumentar 10 ml do volume da refeição anterior,
até que a criança deixe sobras.
10 Passos para a Recuperação Nutricional da Criança com
Desnutrição Grave

➢ 8) Reconstruir os tecidos perdidos (fase de reabilitação ou


crescimento rápido):

É importante ressaltar
que a composição do
preparado alimentar pode
ser modificada com outros
tipos de leite ou
adicionado cereais.
10 Passos para a Recuperação Nutricional da Criança com
Desnutrição Grave

➢ 8) Reconstruir os tecidos perdidos (fase de reabilitação ou


crescimento rápido):

• De acordo com o ganho de peso da criança, o preparado alimentar deve


ser ajustado com o peso atual
10 Passos para a Recuperação Nutricional da Criança com
Desnutrição Grave

➢ 9) Afetividade, estimulação, recreação e cuidado.

➢ 10) Preparar para a alta e o acompanhamento após a alta: a


criança deve continuar o tratamento em domicílio, e com assistência
ambulatorial nos centros de saúde, como também pela equipe ESF

• 12 meses ou mais de idade;


• Ter completado a terapia com antibióticos,
• Boa aceitação alimentar
• ganho de peso superior a 10g/kg de peso/dia por três dias
consecutivos
Atenção!
Para as crianças com manifestações clínicas oculares provocadas pela
deficiência de vitamina A, o esquema de tratamento deve ser o seguinte:

• Primeira dose (Internação):


< 6 meses dose de 50.000 UI;
6-12 meses dose de 100.000 UI;
12 meses ou mais dose de 200.000 UI;

• Segunda dose (2º Dia de Internação):


Dosagem específica para a idade;

• Terceira dose (no mínimo, duas semanas depois da 2ª dose):


Dosagem específica para a idade.
Atenção!

✓ Quanto à via de administração, deve-se priorizar a via oral e, caso a criança


apresente alguma incapacidade ou intolerância, utilizar a via nasogástrica (quando
a criança não aceitar o equivalente a 80kcal/kg/dia).

✓ Na etapa de estabilização, a dieta deve fornecer, no mínimo, 80kcal/kg/dia e, no


máximo, 100 kcal/kg/dia, com conteúdo proteico de 1,0-1,5g/kg/ dia. Deve ter
baixa osmolaridade (280 mmol/L) e baixo teor de lactose (13g/L).

✓ A oferta hídrica total (dieta, soro e medicações) deve ser limitada en- tre 120 e
140mL/kg/dia e, diante da presença de edema, deve-se utilizar quantidade hídrica
inferior. Porém, se houver vômitos e doenças diarreicas, deve-se repor as perdas
hídricas, aumentando a quantidade ofertada.
Atenção!

É importante destacar que crianças com desnutrição grave apresentam níveis


baixos de potássio e altos de sódio corporal. Portanto, a solução para
reidratação oral dessas crianças deve ter menos sódio e mais potássio que a
solução padrão de reidratação oral e deve estar associada a uma mistura de
minerais e eletrólitos. Essa solução é denominada Soro de Reidratação Oral
para Crianças com Desnutrição Grave (RESOMAL) e tem como objetivo prover
as quantidades adequadas de sódio e potássio e adicionar magnésio, zinco e
cobre para corrigir a deficiência desses minerais.
DEFINIÇÃO CLASSIFICAÇÃO PREVALÊNCIA METABOLISMO REPERCUSSÕES DIAGNÓSTICO CASOS CLÍNICOS

Câncer
• Determinada por
doenças que Insuficiência
acometem os
processos cardíaca
relacionados à
SECUNDÁRIA ingestão, digestão, Doença de Chron
absorção,
metabolização e
excreção dos
Trauma
nutrientes
Doença Hepática
Crônica

HOFFER, L. J., 2016.


DEFINIÇÃO CLASSIFICAÇÃO PREVALÊNCIA METABOLISMO REPERCUSSÕES DIAGNÓSTICO CASOS CLÍNICOS

Duração

Aguda Crônica Crônica Agudizada

Perda de peso + perda de Paciente desnutrido crônico


Perda de peso importante massa muscular + submetido a um estresse
recente deficiências de agudo como trauma
micronutrientes cirúrgico ou infecção

CEDERHOLM, T. et al. ESPEN guidelines on definitions and terminology of clinical nutrition, 2017.
AGUDA CRÔNICA CRÔNICA
AGUDIZADA
DEFINIÇÃO CLASSIFICAÇÃO PREVALÊNCIA METABOLISMO REPERCUSSÕES DIAGNÓSTICO CASOS CLÍNICOS

Desnutrição Crônica

• Leve Parâmetros
Intensidade • Moderada físicos,
antropométricos,
• Grave bioquímicos

CEDERHOLM, T. et al. ESPEN guidelines on definitions and terminology of clinical nutrition, 2017.
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Cuidado: Paciente obeso com câncer

Desnutrição relacionada à doença c/


Obesidade
inflamação crônica

Duração Desnutrição aguda → Caquexia

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DEFINIÇÃO CLASSIFICAÇÃO PREVALÊNCIA METABOLISMO REPERCUSSÕES DIAGNÓSTICO CASOS CLÍNICOS

DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR (doenças)


É um dos principais Está associado ao aumento
Doença altamente
problemas de saúde da morbidade e
prevalente e
pública em países mortalidade, aumento do
frequentemente sub-
industrializados e tempo de hospitalização,
reconhecida e
emergentes em todo o readmissão mais frequente
negligenciada
mundo; e maiores custos de saúde;

A definição de desnutrição
continua sendo uma
Explicando a variabilidade
assunto de debate, com
em taxas de prevalência
várias sociedades
relatadas na literatura
propondo critérios
diferentes
CORREIA et al., 2016.
DEFINIÇÃO CLASSIFICAÇÃO PREVALÊNCIA METABOLISMO REPERCUSSÕES DIAGNÓSTICO CASOS CLÍNICOS

Método mnemônico dos 11


passos para o combate à
desnutrição
DEFINIÇÃO CLASSIFICAÇÃO PREVALÊNCIA METABOLISMO REPERCUSSÕES DIAGNÓSTICO CASOS CLÍNICOS

Glicogênio Hepático: até


Organismo adapta-se à Hipometabolismo:
24h
disponibilidade energética Diminuição da taxa
reduzida metabólica basal

Jejum: 72 horas iniciais


Gliconeogênese
hepática: catabolismo
proteico (alanina, lactato)
Glicose Plasmática
(importante para SNC) é
assegurada Gliconeogênese
hepática: mobilização
dos ácidos graxos dos
depósitos lipídicos
(glicerol)

Predomínio do uso dos


aminoácidos
BOTTONI et al. In: CUPPARI, L.., 2014; WINKLER, M. F.; MALONE, 2012.
DEFINIÇÃO CLASSIFICAÇÃO PREVALÊNCIA METABOLISMO REPERCUSSÕES DIAGNÓSTICO CASOS CLÍNICOS

Lipídios: Maior fonte Gliconeogênese:


energética glicerol e lactato
Fase de adaptação
metabólica
Corpos cetônicos
Adaptação do SNC: como substrato
cetogênese energético
preferencial

HOFFER, 2016; BOTTONI et al. In: CUPPARI, L.., 2014; WINKLER, M. F.; MALONE, 2012.
DEFINIÇÃO CLASSIFICAÇÃO PREVALÊNCIA METABOLISMO REPERCUSSÕES DIAGNÓSTICO CASOS CLÍNICOS

Perda de peso
Anorexia
(Baixa Perda de
Catabolismo
(ingestão Peso
alimentar)

Durante um período prolongado de jejum, tanto a perda de peso como de N corporal ocorrem
a uma taxa que está, aproximadamente, em proporção direta com o peso corporal existente e
com a massa corporal magra;
A perda de peso é mais rápida na fase inicial da desnutrição.
HOFFER, L. J., 2016.
DEFINIÇÃO CLASSIFICAÇÃO PREVALÊNCIA METABOLISMO REPERCUSSÕES DIAGNÓSTICO CASOS CLÍNICOS

PERDA DE PESO
SIGNIFICADO DA PERDA DE PESO
EM RELAÇÃO AO TEMPO
Tempo Perda Perda Grave de
Significativa de Peso (%)
peso (%)
1 semana 1–2 >2
1 mês 5 >5
3 meses 7,5 >7,5
6 meses 10 >10
KAMIMURA, M. A. et al. In: CUPPARI, L.; 2014.
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Importância da Triagem de Risco Nutricional

Identificar pacientes
em risco nutricional: a
presença de fatores Uso de instrumentos
que podem acarretar validados.
e/ou agravar a
Desnutrição em
doentes
hospitalizados.
HAMMOND. In: MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND. Krause: alimentos, nutrição e dietoterapia, 2012.
DEFINIÇÃO CLASSIFICAÇÃO PREVALÊNCIA METABOLISMO REPERCUSSÕES DIAGNÓSTICO CASOS CLÍNICOS

Quando quantificar o risco nutricional?

O mais breve possível: de 24 a 48 horas da internação (ou após o


primeiro contato), com a realização de uma ferramenta na admissão
hospitalar.

CEDERHOLM, T. et al. ESPEN guidelines on definitions and terminology of clinical nutrition, 2017;
HAMMOND. In: MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND. Krause: alimentos, nutrição e dietoterapia,
2012.
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Principais ferramentas de Triagem de Risco Nutricional


Short Nutritional
Triagem de Risco Instrumento de
Assessment
Nutricional 2002 Triagem de
Questionnaire
(NRS-2002) Desnutrição (MST)
(SNAQ)

Instrumento Mini Avaliação


Universal de Nutricional versão
Triagem de reduzida (MNA-VR)
Desnutrição (MUST) - idosos

CEDERHOLM, T. et al. ESPEN guidelines on definitions and terminology of clinical nutrition, 2017.
DEFINIÇÃO CLASSIFICAÇÃO PREVALÊNCIA METABOLISMO REPERCUSSÕES DIAGNÓSTICO CASOS CLÍNICOS
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DEFINIÇÃO CLASSIFICAÇÃO PREVALÊNCIA METABOLISMO REPERCUSSÕES DIAGNÓSTICO CASOS CLÍNICOS

Triagem de Risco Nutricional:

❖ Pacientes com risco devem ter acompanhamento da EMTN: (Resolução n °63,


6/07/00 – ANVISA - ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE TERAPIA NUTRICIONAL (EMTN)
PARA A PRÁTICA DA TNE :
◦ Médico
◦ Enfermeiro A terapia nutricional deve
ser iniciada dentro de 24h
◦ Nutricionista após o diagnóstico de
desnutrição ou risco
◦ Farmacêutico nutricional.
DEFINIÇÃO CLASSIFICAÇÃO PREVALÊNCIA METABOLISMO REPERCUSSÕES DIAGNÓSTICO CASOS CLÍNICOS

Triagem de Risco Nutricional → Avaliação


Nutricional
A avaliação do estado
nutricional, que é mais Interpreta os dados da
abrangente, deve ser triagem nutricional e
realizada em todos que incorpora informações
foram identificados em risco adicionais.
nutricional.

A combinação de vários
métodos irá permitir a Possibilita o DIAGNÓSTICO
melhor compreensão da DA SÍNDROME DA
condição nutricional e pode DESNUTRIÇÃO e conduz à
ser realizada por intervenção nutricional e ao
instrumentos subjetivos e planejamento da mesma.
objetivos;
CEDERHOLM, T. et al. ESPEN guidelines on definitions and terminology of clinical nutrition, 2017.
DEFINIÇÃO CLASSIFICAÇÃO PREVALÊNCIA METABOLISMO REPERCUSSÕES DIAGNÓSTICO CASOS CLÍNICOS

Avaliação do Estado Nutricional

Triagem do Cuidado!
Processo
inflamatório! Risco Nutricional

BIOQUÍMICA ANTROPOMETRIA

Sinais e Sintomas
Inquérito alimentar
Clínicos
DEFINIÇÃO CLASSIFICAÇÃO PREVALÊNCIA METABOLISMO REPERCUSSÕES DIAGNÓSTICO CASOS CLÍNICOS

DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL
DEFINIÇÃO CLASSIFICAÇÃO PREVALÊNCIA METABOLISMO REPERCUSSÕES DIAGNÓSTICO CASOS CLÍNICOS

Esta parte do procedimento de avaliação é frequentemente


negligenciada, principalmente devido à ausência de um consenso global
para critérios diagnósticos e seus pontos de corte.

CEDERHOLM, T. et al. ESPEN guidelines on definitions and terminology of clinical nutrition, 2017.
DEFINIÇÃO CLASSIFICAÇÃO PREVALÊNCIA METABOLISMO REPERCUSSÕES DIAGNÓSTICO CASOS CLÍNICOS

Critérios Diagnóstico
(AND-ASPEN)
Dois critérios devem
• Ingestão energética insuficiente ser preenchidos para o
• Perda de Peso diagnóstico de
• Perda de massa muscular
desnutrição.
• Perda de massa gordurosa subcutânea
• Acúmulo de fluido localizado ou generalizado (que
pode mascarar a perda de peso)
• Redução da função muscular (força de preensão
manual)

WHITE et al. Consensus statement: Academy of Nutrition and Dietetics and American Society for Parenteral and Enteral Nutrition: characteristics
recommended for the identification and documentation of adult malnutrition (undernutrition), 2012.
DEFINIÇÃO CLASSIFICAÇÃO PREVALÊNCIA METABOLISMO REPERCUSSÕES DIAGNÓSTICO CASOS CLÍNICOS

Há uma necessidade óbvia de que a comunidade


nutricional global reúnam-se e cheguem a um
consenso sobre a questão crucial de quais critérios
a serem usados ​para o diagnóstico de desnutrição.
CEDERHOLM, T. et al. ESPEN guidelines on definitions and terminology of clinical nutrition, 2017.

Perda de Baixa Critérios


utilizados pela
Peso >5% Ingestão maioria das
curto tempo alimentar recomendações

CORREIA et al., 2016.


DEFINIÇÃO CLASSIFICAÇÃO PREVALÊNCIA METABOLISMO REPERCUSSÕES DIAGNÓSTICO CASOS CLÍNICOS

GLIM: Critério Diagnóstico De Desnutrição

CEDERHOLM, T. et al. "GLIM criteria for the diagnosis of malnutrition–A consensus report from the global clinical nutrition community, 2019.
DEFINIÇÃO CLASSIFICAÇÃO PREVALÊNCIA METABOLISMO REPERCUSSÕES DIAGNÓSTICO CASOS CLÍNICOS
Conduta nutricional
CUIDADO COM A SÍNDROME DA
REALIMENTAÇÃO!!!!!

TERAPIA NUTRICIONAL:
Quando houver risco de BAIXA ACEITAÇÃO VIA
Não há recomendações
desnutrição, ou seja, ORAL:
específicas, já que para
quando a ingestão oral 60 a 70% das NEEs por
cada doença há
for inadequada para 1 semana = SNO
recomendação para
prover de 2/3 a 3/4 das
catabolismo ou ganho de < 60% das NEEs por 5 a
necessidades diárias
peso. 7 dias = SNE
nutricionais ou
desnutrição já instituída.

HIPERCALÓRICA, HIPERPROTEICA.
NORMOGLICÍDICA E NORMOLIPÍDICA.
Atenção ao aumento da densidade
calórica. WAITZBERG, 2017.
Síndrome da Realimentação
Síndrome da Realimentação

Síndrome de realimentação é uma interrupção grave no equilíbrio de


eletrólito ou fluidos que é precipitada em indivíduos desnutridos
quando alimentação (nutrição oral, enteral ou parenteral) é iniciada de
forma muito agressiva após um período de nutrição inadequada.
Consenso ASPEN, 2020.
São critérios para a identificação dos pacientes em risco de SR:

• Paciente com um ou mais dos seguintes: índice de massa corporal (IMC) menor que 16
kg/m2 ; perda de peso não intencional maior que 15% do peso corpóreo entre os últimos 3 a
6 meses; mínima ou nenhuma nutrição por mais de 10 dias; baixos níveis de fósforo,
potássio e magnésio antes da alimentação;

• Paciente com dois ou mais dos seguintes: IMC menor que 18,5 kg/m2 ; perda de peso não
intencional maior que 10% do peso corpóreo entre os últimos 3 a 6 meses; mínima ou
nenhuma nutrição por mais de 5 dias; histórico de abuso de álcool ou drogas, incluindo
insulina, quimioterapia, antiácidos e diuréticos.
Síndrome da Realimentação
Reserva de
Jejum ou eletrólitos • Diarréia
Catabolismo intracelulares • Perda de conteúdo
esgotam-se intestinal (fístula,
vômito, drenagem
gástrica)
Glicólise → • Uso de diuréticos e
Glicose → Insulina álcool
Fosforalização da
(aumenta)
glicose (ATP)

Redução dos níveis


Estimulação do
sódio-potássio de Fósforo,
adenosina Potássio e
trifosfatase [ATPase] Magnésio
Consenso ASPEN, 2020.
DEFINIÇÃO CLASSIFICAÇÃO PREVALÊNCIA METABOLISMO REPERCUSSÕES DIAGNÓSTICO CASOS CLÍNICOS

Síndrome da Realimentação
DEFINIÇÃO: Redução dos níveis séricos de 1 ou qualquer
combinação dos eletrólitos: FÓSFORO, POTÁSSIO E MAGNÉSIO.
Leve
• 10% a 20%
E ocorrendo dentro
Moderada de 5 dias após a
• 20% a 30% reinicialização ou
substancialmente
Grave aumento do
fornecimento de
• > 30% energia.
• e/ou disfunção orgânica resultante de uma diminuição de qualquer
um desses 3 eletrólitos
Consenso ASPEN, 2020.
• Deficiência de tiamina
DEFINIÇÃO CLASSIFICAÇÃO PREVALÊNCIA METABOLISMO REPERCUSSÕES DIAGNÓSTICO CASOS CLÍNICOS

Síndrome da Realimentação
Hipofosfatemia Hipocalemia Hipomagnesemia Deficiência de Tiamina

• Disfunção muscular • Transmissão • Prejudica • Anormalidades


respiratória. prejudicada de recaptação de neurológicas, como
• Insuficiência energia elétrica potássio no néfron confusão,
respiratória aguda impulsos. → resultando em encefalopatia
em casos graves. • Aumenta o risco de perdas excessivas (síndrome de
• Contratilidade arritmias e outras de K. Wernicke e psicose
cardíaca diminuída. doenças cardíacas. • Prejudicamo de Korsakoff), até
• Arritmias cardíacas transporte celular coma.
(fósforo condutor de de K, por impacto • Diminuição da
impulsos elétricos. em enzimas produção de ATP
• Hipóxia. dependentes de nos miócitos
Mg, como Na- cardíaco (ICC) ou
KATPase. beribéri úmido.
Consenso ASPEN, 2020.
DEFINIÇÃO CLASSIFICAÇÃO PREVALÊNCIA METABOLISMO REPERCUSSÕES DIAGNÓSTICO CASOS CLÍNICOS

Síndrome da Realimentação

Consenso ASPEN, 2020.


CASO 01:
CASO 02:
OBESIDADE

 ETIOLOGIA

✓ Complexa e multifatorial;

Genética
Ambiente

Fatores
Emocionais
Estilo de
vida

(ABESO, 2009)
RELAÇÕES ENTRE OS FATORES ENVOLVIDOS
OBESIDADE

 ETIOLOGIA – Estilo de vida

Baixo nível de AF é fator de risco


para o aumento do peso;
Consumo de alimentos ricos AF regular modifica a
em açúcar, gorduras composição corporal e atividade
saturadas, trans e sal e pelo do SNC e TMB
baixo consumo de
carboidratos complexos e
fibras. (ABESO, 2016; BRASIL, 2014)
OBESIDADE

 ETIOLOGIA – Fatores ambientais e emocionais

 A maior taxa de obesidade ocorre em populações com maior


grau de pobreza e menor nível educacional:

✓ Maior palatabilidade e baixo custo de alimentos de grande


densidade energética;
✓ Menor acesso as informações e aos serviços de saúde.

(ABESO, 2009)
OBESIDADE

 ETIOLOGIA – Fatores ambientais e emocionais


 O uso de medicamentos pode ter efeitos adversos sobre o
peso por influenciar a ingestão e/ou gasto energético:

(ABESO, 2016; BRASIL, 2014)


OBESIDADE

 ETIOLOGIA – Fatores ambientais e emocionais

 O estresse pode ser uma consequência da obesidade


devido a fatores sociais, discriminação e,
alternativamente, a causa da obesidade:

✓ Ansiedade, depressão, nervosismo e o hábito de se alimentar


quando problemas emocionais estão presentes, são comuns em
pacientes com sobrepeso ou obesidade;

✓ Hiperatividade do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal e seu


progressivo desequilíbrio associa-se a maior acúmulo de
gordura visceral. (ABESO, 2016)
OBESIDADE GINÓIDE E OBESIDADE ANDRÓIDE
ALTERAÇÕES HORMONAIS,
IMUNOLÓGICAS E
ENZIMÁTICAS
Insulina
 Sintetizada no pâncreas
 Secreção → estimulada pela glicose e ácidos graxos
 Translocação do GLUT
 Aumenta captação de glicose pela célula

 Inadequação das vias acima


 Resistência à insulina
 Resistência à insulina
 Resposta biológica subnormal do organismo ao efeito da
alta concentração de insulina no metabolismo da glicose.

 Causas
 Fatores nutricionais → impedem a ligação da insulina ao
seu receptor (glicotoxicidade e lipotoxicidade)
 Síndromes

 Alimentação rica em CHO e LIP → RI


 Estudos

 Alto consumo de lipídeos saturados


 menor sensibilidade à insulina
 ocorre produção de eicosanóides
 prostaglandinas, tromboxanos, leucotrienos, lipoxinas.
Atividade pró-inflamatória
DEFEITOS NA SINALIAÇÃO INTRACELULAR DE INSULINA

Produção de citocinas pró-inflamatórias

 Obesidade

→ Associada com um estado crônico subclínico de inflamação

→ Produção de citocinas pró-inflamatórias

→ Células envolvidas

→ adipócitos, macrófagos

→ impedem a correta sinalização intracelular da insulina

→ Propiciam estado de resistência à insulina


PAPELDOS ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS NO PROCESSO
INFLAMATÓRIO E ATIVAÇÃO DA FUNCIONALIDADE DA
INSULINA

Estudos

 Dieta rica em ácidos graxos poli-


insaturados
 Reduz a síntese de citocinas
 Aumentam a sensibilidade à insulina
ÁCIDOS GRAXOS POLIINSATURADOS

Ácido linoléico (ω-6)


✓ Essencial → precursores dos demais omega-6

✓ Fontes: óleos vegetais (exceto coco, cacau, palma)

♥ Reduzem o colesterol e o LDL


✓ Menor produção e maior remoção de LDL

✓ Alteração da estrutura da LDL →


• ↓ colesterol da partícula
ÁCIDOS GRAXOS POLIINSATURADOS

Ácido linolênico (ω-3)

♥ Peixes de águas muito frias (filoplâncton)

♥ Óleo de soja e canola. Chia, linhaça (fontes


vegetais)

♥ Reduzem a trigliceridemia plasmática


✓ Reduzem a [ ] hepática de VLDL.
ÁCIDOS GRAXOS MONOINSATURADOS

♥ Ômega-9 → ácido oléico

♥ Neutro → não interfere na [ ] de colesterol e LDL.

♥ Fonte: azeite de oliva, óleo de canola, azeitona,


abacate e oleaginosas

♥ Não induzem a oxidação lipídica

♥ Mediterrâneo → ↓ risco de DCV


✓ Azeite de oliva, cereais, vegetais e fibras
HORMÔNIOS PRODUZIDOS
PELO TECIDO ADIPOSO
Tecido adiposo

 Órgão endócrino

 Secreta proteínas → adipocitoquinas


 Funções no metabolismo do tec. Adiposo

 Hormônios
Envolvidos na
 Leptina
patogênese da
 Adiponectina
obesidade.
Leptina
 Leptina

 Produto proteico do gene da obesidade (Ob)


 secretada pelo adipócito
 atua a nível hipotalâmico

 Diminui a expressão no NPY


 reduz ingestão calórica, gordura corporal, níveis plasmáticos de
glicose, insulina, cortisol,
 aumento do gasto energético e da produção de calor.

O neuropeptídeo Y é uma das substâncias que fazem a comunicação entre os


neurônios e pode ser considerado o principal estimulante da fome.
 Produzida pelos adipócitos

 Secretada pelo tecido adiposo branco → circulação

 Receptores no hipotálamo → informa o cérebro sobre


a quantidade de tecido adiposo presente no corpo.

 Concentrações
 Similar em adultos e crianças
 Maiores em indivíduos obesos
 Maior em mulheres do que em homens
 Aumento da leptina plasmática
 Aumento da insulina plasmática
 Aumento do percentual de gordura
 Aumento do IMC

 Indivíduos obesos
 Grandes concentrações
 “Resistência à leptina” ????????
 Diminuição da sua ação na redução da ingestão
alimentar e no gasto energético
Hipótese mais aceita da maior concentração de
leptina em indivíduos obesos.

 Resistência à leptina
 Indivíduos apresentam diminuição na resposta do
sinal até o gene Ob receptor no hipotálamo.

 Leptina

Mudanças na quantidade de tecido adiposo resultam em


alterações concomitantes na leptina sérica. Mudanças na
ingestão calórica, como jejum superalimentação, podem
alterar os níveis de leptina na ausência de alterações no
tecido adiposo.
Adiponectina
 É um peptídeo
 Secretada no tecido adiposo
 Diferente da leptina, a adiponectina está reduzida em
obesos.
 Concentrações
 Obesos → 3,7 mcg/ mL
 Magros → 8,9 mcg/ mL

 Regulaga negativamente pela obesidade


 HIPOADIPONECTINEMIA

 Relacionado negativamente
 IMC,
 Leptina,
 % gordura,
 Resistência à insulina
 Hipertensão arterial
 Níveis de TG e LDL
 HIPOADIPONECTINEMIA

 Resistência à insulina
 Causada pelo aumento do TNF- alfa no tecido adiposo

 ADIPONECTINEMIA

 Melhora a sensibilidade à insulina


ALTERAÇÕES
HIPOTALÂMICAS
NEUROPEPTÍDEO Y
 Mais potente orexígeno do SNC

 Promove atividade lipogênica e inibe a lipólise

 Envolvido
 Compulsão alimentar durante a noite
 Aumento da quantidade de alimento ingerido
 Número de episódios de ingestão alimentar
 Total do tempo gasto para comer por minuto
 Intervalos entre os episódios de ingestão alimentar.
GRELINA

 Secretado em diversas células endócrinas


 Principlamente → estômago

 Seus efeitos orexígenos são mediados pelo NPY no


hipotálamo.

 Estudo
 O NPY estimula a liberação de grelina no estômago
 Aumenta a ingestão alimentar em obesos.
 Estudos
A grelina é responsável por estimular o apetite. Ela é produzida no
estômago e no intestino e sinaliza, no cérebro, a vontade de comer. Sua
concentração no sangue varia durante o dia.

Antes das refeições, ela atinge picos, criando a sensação de fome

 Jejum → aumenta a grelina → ingestão alimentar


CONSEQUÊNCIAS
OBESIDADE

 DIAGNÓSTICO – Distribuição da Gordura Corporal


Circunferência abdominal
✓ Reflete melhor o conteúdo de gordura visceral que a
RCQ.;

✓ Também associada a gordura corporal total;

✓ A OMS estabelece como ponto de corte para risco


cardiovascular aumentado medida de
circunferência abdominal ≥94 cm em homens e ≥
80 cm em mulheres caucasianos.

(ABESO, 2009;BRASIL, 2014)


OBESIDADE

 DIAGNÓSTICO – Avaliação Combinada

(ABESO, 2009;BRASIL, 2014)


OBESIDADE

 TRATAMENTO – Avaliação Inicial

✓ Identificar a presença de doença de base;


✓ Identificar o uso de fármacos causadores de
obesidade;
✓ Avaliar o grau de obesidade e o risco de
comorbidades;
✓ Investigar a presença de comorbidades.
OBESIDADE

 TRATAMENTO – Objetivos

✓ Promover perda de peso (gordura corporal);


✓ Evitar reganho de peso;
✓ Prevenir ou atenuar comorbidades;
✓ Melhorar a qualidade de vida.

(BRASIL, 2014; MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2010)


OBESIDADE

 TRATAMENTO – Estratégias de abordagem:

✓ Cognitivo-comportamental;
✓ Promoção da atividade física;
✓ Tratamento dietoterápico;
✓ Farmacológica;
✓ Cirurgia.
(BRASIL, 2014; MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2010)
OBESIDADE

 TRATAMENTO - Cognitivo-comportamental –
existem padrões de distorção e técnicas de reestruturação.

PADRÔES DE PENSAMENTO
DISFUNCIONAL
✓ Hipergeneralização,
✓ Magnificação;
✓ Raciocínio dicotômico;
✓ Pensamento irracional.

MODIFICAÇÃO DO PENSAMENTO

(BRASIL, 2014;)
OBESIDADE: TRATAMENTO

TRATAMENTO – Estratégias de abordagem:


✓ Doença crônica;
✓ Etiologia complexa e
multifatorial;
✓ Cognitivo-comportamental;
✓ Promoção da atividade física;
✓ Abordagem complexa e
✓ Tratamento dietoterápico; multidisciplinar

✓ Farmacológica;
✓ Cirurgia.
OBESIDADE

• TRATAMENTO - Cognitivo-comportamental

A participação de
um psicólogo no
tratamento é muito
importante.

Abordagem Familiar Trabalho c/ grupos

✓ Atividades educativas – alimentação saudável;


✓ Resgate da culinária;
✓ Valorização dos ganhos na saúde e bem-estar
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obesidade 2016 / ABESO - Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. –
4.ed. - São Paulo, SP.
OBESIDADE

• TRATAMENTO – Promoção de atividade física


A prática regular de atividade física melhora:

Capacidade cardiovascular e respiratória,


Resistência física e muscular;
Densidade óssea e mobilidade articular;
Pressão arterial em hipertensos;
Nível de colesterol;
Tolerância à glicose e ação da insulina.

Importante: procurar um cardiologista e


um profissional de atividade física para
prática adequada!

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OBESIDADE
• TRATAMENTO DIETOTERÁPICO

✓ A redução da ingestão calórica resulta em balanço energético


negativo com consequente perda de massa corporal.
Dietas restritivas funcionam?

Não!
OBESIDADE

• TRATAMENTO DIETOTERÁPICO

• Recomendações para o sucesso do plano terapêutico:


✓ Individualizado ( metas acordadas/empoderamento);
✓ Deve-se privilegiar as preferências alimentares do paciente, o aspecto
financeiro, cultural e estilo de vida;
✓ As mudanças na alimentação são para toda vida;
✓ Dietas muito restritivas, artificiais e rígidas não são sustentáveis;
✓ Tomar cuidado especial com a ingestão de micronutrientes.
NÃO FOCAR APENAS NO VET!
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OBESIDADE

• TRATAMENTO DIETOTERÁPICO

• Recomendações para o sucesso do plano terapêutico:


✓ O método, a velocidade de perda de peso, o ajuste fisiológico e a
habilidade de manter as mudanças comportamentais é que determinarão
o sucesso, em longo prazo, de qualquer programa de emagrecimento;

✓ Deve-se privilegiar as preferências alimentares do paciente, o aspecto


financeiro, a cultura e o estilo de vida.

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OBESIDADE
• TRATAMENTO DIETOTERÁPICO
• Tipos de Dieta – Restrição Calórica Moderada

Uma dieta planejada individualmente para criar um déficit de 500 a 1.000


kcal deve ser parte integrante de programas de perda de peso
objetivando uma diminuição de 0,5 a 1 kg por semana, com metas
realistas.

Dietas com baixas calorias, com 1.000 a 1.200 kcal por dia, reduzem em
média 8% do peso corporal, em três a seis meses, com diminuição de
gordura abdominal, com perda média de 4% em três a cinco anos.

Dietas de muito baixas calorias (very-low calorie diets, VLCD), com 400 a
800 kcal por dia, produzem perda de peso maior em curto prazo, em
comparação às dietas de baixas calorias, mas em longo
(MAHAN; prazo,2010)
ESCOTT-STUMP, no período
de um ano, a perda de peso é similar. Estas, devem ser feitas apenas
em ambiente médico adequado e sob rígida supervisão.
ABESO
(2016)
OBESIDADE
• TRATAMENTO DIETOTERÁPICO
• Tipos de Dieta – Restrição Calórica
Moderada/ Dietas balanceadas
Energia: ≥ 1.200 Kcal/dia (ajustes individuais);
• Balanço energético negativo para perda de peso e tecido adiposo com
manutenção da TMB.

Carboidrato: 55 a 60% do VET;

Proteína: 15 a 20% do VET;


• Não menos que 0,8g/Kg de peso/dia.

Lipídios: 20 a 30% do VET


• 7% de gorduras saturadas, 10% de gorduras poli-insaturadas e 13% de
gorduras monoinsaturadas.
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OBESIDADE

• TRATAMENTO DIETOTERÁPICO
✓Colesterol < 300mg/dia.
✓Vitaminas e minerais: de acordo com as recomendações para sexo e
idade.
✓Fibras: 20-30g/dia.
✓Distribuída em 6 refeições (adequar ao estilo de vida do paciente),
horários regulares.

Obs.: para o cálculo do valor calórico da dieta, deve ser usada a taxa metabólica de
repouso corrigida para o nível de atividade física. Se disponível a calorimetria
indireta, sua utilidade está estabelecida; na ausência dela, equações preditivas podem
ser usadas. A correção da taxa metabólica de repouso deve ser feita multiplicando
por fatores conforme o grau de atividade física; se sedentário: 1-1,4; se pouco ativo:
1,4-1,6; se ativo: 1,6-1,9 e se muito ativo: 1,9-2,5.

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OBESIDADE
• TRATAMENTO DIETOTERÁPICO
✓ As dietas de muito baixas calorias devem prover 400 a 800 kcal por dia, 0,8 a 1 g
por quilo do peso ideal por dia de proteínas de boa qualidade e quantidades diárias
recomendadas de minerais, vitaminas e ácidos graxos essenciais;

✓ As dietas da moda mais populares são as dietas ricas em gordura e pobres em


carboidrato, dieta do índice glicêmico, jejum intermitente, dieta sem glúten e dieta
sem lactose, não havendo evidência para recomendação ou mesmo não havendo
evidência de segurança no tratamento do sobrepeso e obesidade;

✓ A dieta DASH e a dieta com gorduras modificadas tipo do Mediterrâneo podem


levar a diferentes melhoras de fatores de risco cardiometabólicos;

✓ Dietas à base de vegetais (plant-based) estão associadas a pressão arterial mais


baixa, redução de lipídios sanguíneos e agregação plaquetária e são benéficas no
controle do peso, além de reduzir o risco de desenvolver diabetes tipo 2 e síndrome
metabólica.
OBESIDADE

 TRATAMENTO DIETOTERÁPICO
 Qual peso utilizar no cálculo do VET?
✓ PA acima do PI < 125% ➔ utilizar o peso ideal para
o cálculo das necessidades energéticas.

✓ PA acima do PI ≥ 125% ➔ recomenda-se o uso do


peso ajustável para o cálculo das necessidades
energéticas.
(WAITZBERG, 2006)
REDUÇÃO CALÓRICA DO VET PELO MÉTODO VENTA
Vamos fazer um exemplo!
Pelos métodos de Harris Benedict calcule o VET para os seguintes
casos e realize uma estimativa de perda de peso.

Homem adulto (36 anos), 90kg e 1,60m, professor, realiza


caminhadas (6x/semana durante uma hora). Objetivo: perda de
peso. Considere FA = 2

Homens: 66,5 + (13,7 x peso [kg]) + (5,0 x altura [cm]) – (6,8 x idade [anos])
Vamos fazer um exemplo!
Homem adulto (36 anos), 90kg e 1,60m, professor, realiza
caminhadas (6x/semana durante uma hora).
1. Calcule o Peso ideal (pelo IMC médio de eutrofia) = 22 x Altura2
2. Calcule o peso Ajustado:
PAJ (Obesidade) = (Peso Atual – Peso Ideal) x 0,25 + Peso Ideal

3. Faça uma estimativa de redução energética para perda de peso


Estratégia: Utilizar as recomendações do Guia Alimentar como forma de educação
nutricional.
O Guia Alimentar para a População Brasileira se constitui em
uma das estratégias para implementação da diretriz de
promoção da alimentação adequada e saudável que integra a
Política Nacional de Alimentação e Nutrição.
TRATAMENTO DIETÉTICO
Considerações Importantes para o Sucesso:
✓ O tratamento dietético deve ser absolutamente individualizado.
✓ O tratamento dietético deve ser aliado ao aumento no gasto
energético e à modificação comportamental.
✓ Deve-se manter mudanças na alimentação por toda a vida.
✓ Dietas muito restritivas, artificiais e rígidas não são sustentáveis.
✓ O método, a velocidade de perda de peso, o ajuste fisiológico e a
habilidade de manter as mudanças comportamentais é que
determinarão o sucesso, em longo prazo, de qualquer programa de
emagrecimento.
✓ Deve-se privilegiar as preferências alimentares do paciente, o
aspecto financeiro, o estilo de vida e o requerimento energético
para a manutenção da saúde.
✓ Deve-se tomar cuidado especial com a ingestão de
micronutrientes.
MELHOR TRATAMENTO NUTRICIONAL: REEDUCAÇÃO ALIMENTAR!
OBESIDADE

 TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
 Está indicado quando houver falha do tratamento não
farmacológico em indivíduos ou presença de outras comorbidades:

✓ 1) IMC maior ou igual a 30 kg/m2 ; ou


✓ 2) IMC maior ou igual a 25 ou 27 kg/m² na presença de
comorbidades (dependendo do medicamento);
Além de
✓ 3) Falha em perder peso com o tratamento não farmacológico. A
história prévia de falência com tentativa com dieta com restrição
calórica é suficiente.
TRATAMENTO CIRÚRGICO
 Os pré-requisitos para a indicação cirúrgica são:

✓ IMC ≥ 40; IMC ≥ 35, quando houver estados mórbidos associados (hipertensão e/ou
diabetes difíceis de compensar, limitações ortopédicas, apneia do sono etc.); falha no
tratamento clínico após dois anos e obesidade grave instalada há mais de cinco anos.

✓ Em relação à idade, antes, estava estabelecido que jovens entre 16 e 18 poderiam


fazer a cirurgia, desde que a relação custo/benefício fosse bem analisada. Agora, além
das regras anteriores, devem ser atendidas determinadas especificações, como a
presença de um pediatra na equipe multiprofissional e a consolidação das cartilagens
das epífises de crescimento dos punhos.

✓ A cirurgia em menores de 16 anos só será permitida em caráter experimental e


dentro dos protocolos do sistema CEP/CONEP (Comissão Nacional de Ética em
Pesquisa). Pacientes com mais de 65 anos poderão fazer a bariátrica, desde que
respeitadas as condições gerais e após avaliação do risco/benefício.
Resolução CFM nº 1.942, de 2010
A Banda Gástrica Ajustável é um
dispositivo de silicone colocado na parte
superior do estômago, por cirurgia
vídeo-laparoscópica, destinado a
desacelerar a digestão e estimular a
saciedade precoce. Por não haver cortes
ou grampeamentos do estômago, a
banda gástrica ajustável é um
tratamento reversível. O seu efeito é
deixar o estômago em formato de
“ampulheta”, restringindo a parte
superior para a recepção de alimentos.
Assim, a pessoa ingere pouca
quantidade de comida e fica satisfeita
mais rapidamente.
Como é um tratamento pouco-invasivo,
o tempo de internação é de somente um
dia em hospital ou em clínica.
A suplementação deve conter vitaminas B12, B1 e B6, pois sua absorção ocorre principalmente na
região do duodeno e do jejuno proximal, que se encontram fora da passagem dos alimentos nos
pacientes que tem desvio intestinal. A vitamina B12, para ser absorvida, também necessita de ácido
clorídrico e fator intrínseco. A absorção é melhor por via intramuscular ou sublingual.
Compulsão Alimentar Periódica
 Consumo de grande quantidade de
alimentos em curto espaço de tempo,
com sensação de perda de controle sobre
o que se come e sem mecanismos
compensatórios.

 TCAP: Episódios de CAP 2x/semana nos


últimos 6 meses

 CAP: 8%; TCAP:3% Pacientes candidatos a


cirurgia bariátrica: 50%
Compulsão Alimentar Periódica
 Qual o perfil do indivíduo com TCAP?

Mulheres jovens Preocupação


(20-40 anos) Insatisfeitas com a
Excesso de peso com a forma
solteiras imagem corporal
física

Baixa autoestima Depressão e Dependência do


Insônia
fobias álcool

Uso frequente de redes sociais


“Vontade de comer tudo o que
via pela frente”
Compulsão Alimentar Periódica
Dietas restritivas podem acentuar os transtornos alimentares,
inclusive precipitando a ocorrência de episódios de CAP.

Restrição Alimentar durante a


semana aumenta as chances
de descontrole alimentar no
fim de semana

Então... Segunda-feira NÃO é o dia da dieta!


Compulsão Alimentar Periódica

 Terapia Nutricional focada na melhora do comportamento alimentar


 Diminuição e remissão dos episódios de CAP

Estrutura da
Pensamentos Sentimentos Crenças
alimentação

 Diário alimentar → Ferramenta para conhecimento do hábito alimentar


Compulsão Alimentar Periódica

Alimentos Local e
ingeridos horário

Escala de
Tempo de
fome e
mastigação
saciedade

Sentimentos
Compulsões
e
alimentares
pensamentos
Valorização das conquistas e dos avanços
Compulsão Alimentar Periódica

 Alimentação Intuitiva e consciente (Intuitive and mindful eating)

A alimentação intuitiva preza pela importância de nos alimentarmos de acordo com nossos sinais
de fome e saciedade, sem restrições, sempre levando em conta as necessidades do nosso corpo.

Incluir alimentos
saudáveis ao invés de
excluir os fast-foods
Compulsão Alimentar Periódica

 Alimentação Intuitiva e consciente (Intuitive and mindful eating)

Rejeite a mentalidade da dieta


Honre sua fome
Faça as pazes com os alimentos
Desafie a “polícia dos alimentos” (não existem alimentos “bons” ou “ruins)
Respeite sua saciedade
Descubra a satisfação ao comer
Honre seus sentimentos sem usar alimentos
Respeite seu corpo (aceite sua genética)
Exercite-se
Honre sua saúde
Compulsão Alimentar Periódica
 Grupo de estudo, assistência e
pesquisa em comer compulsivo e
obesidade (GRECCO)

1- Treinamento para uso do diário


alimentar → Registrar todos os dias da
semana
2- Orientações sobre o TCAP e seu
tratamento nutricional
3-O que é a compulsão alimentar?
4- Grupos alimentares na forma da
roda de alimentos
Compulsão Alimentar Periódica
 Grupo de estudo, assistência e
pesquisa em comer compulsivo e
obesidade (GRECCO)
5- Pirâmide alimentar
6- Mecanismos de Fome e Saciedade
Compulsão Alimentar Periódica
Compulsão Alimentar Periódica

Fome
X
Fome Social
X
Fome emocional
Compulsão Alimentar Periódica
 Grupo de estudo, assistência e pesquisa em comer compulsivo e
obesidade (GRECCO)
7-Planejamento Alimentar
8 – Comportamento alimentar
9- Como evitar a compulsão alimentar
Compulsão Alimentar Periódica
 Grupo de estudo, assistência e
pesquisa em comer compulsivo e
obesidade (GRECCO)
10- Como traçar metas
MOTIVO
ESPECÍFICA
TEMPO
ALCANÇÁVEL
SUSTENTÁVEL E SIGNIFICADO PESSOAL
11-Alimentos Diet e Light e dietas da
moda
Compulsão Alimentar Periódica
 Grupo de estudo, assistência e pesquisa em comer compulsivo e
obesidade (GRECCO)

12-Composição corporal, peso saudável e oscilação do peso


13- Funcionamento Intestinal
14- O que comer X Como comer
15 – Alimentos e sentimentos
16- Parceria alimentar
17-Como se alimentar em situações especiais
18- Padrões de beleza
19- Revisão das metas
Compulsão Alimentar Periódica
 Ambulatório Magalhães
Neto – C-HUPES
 Ambulatório de Transtornos
Alimentares
 1° Andar – Setor de
Psiquiatria

Obrigada!
REFERÊNCIAS
 Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica Diretrizes
brasileiras de obesidade 2016 / ABESO - Associação Brasileira para o Estudo da
Obesidade e da Síndrome Metabólica. – 4.ed. - São Paulo, SP.
 BRASIL. Ministério da Saúde. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica:
obesidade. Brasília : Ministério da Saúde, 2014.
 Kahleova H, Levin S, Barnard ND. Vegetarian Dietary Patterns and Cardiovascular
Disease. Prog Cardiovasc Dis. 2018;61(1):54‐61. doi:10.1016/j.pcad.2018.05.002.
 Fresán U, Sabaté J. Vegetarian Diets: Planetary Health and Its Alignment with Human
Health. Adv Nutr. 2019;10(Suppl_4):S380‐S388. doi:10.1093/advances/nmz019.
 Kahleova H, Levin S, Barnard N. Cardio-Metabolic Benefits of Plant-Based
Diets. Nutrients. 2017;9(8):848. Published 2017 Aug 9. doi:10.3390/nu9080848.
 BRASIL. Ministério da Saúde. Vigitel Brasil 2019: vigilância de fatores de risco e
proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. Brasília : Ministério da Saúde,
2020.
 Nutrição nas doenças crônicas não-transmissíveis Autor: Lílian Cuppari Selo Editorial:
Editora Manole Ltda CDD-613.2/ NLM-QT 235 (09-00653) Edição: 1ª Edição, 2009
ISBN: 978-85-204-2653-1 Capítulo: 3 (pg: 71-142).
 Nutrição clínica - Estudos de casos comentados Organizador(es): Rita de Cássia de
Aquino & Sonia Tucunduva Phillippi Selo Editorial: Editora Manole Ltda CDD:613.3
NLM-QT:235 (09-00259) Edição: 1ª Edição, 2009 ISBN: 978-85-204-2288-5 Capítulos:
2 (pg: 27-44); 6 (pg: 117-141); 15 (pg: 349-369).
Referências
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✓ CEDERHOLM, T. et al. "GLIM criteria for the diagnosis of malnutrition–A consensus report from the global clinical nutrition community."
Journal of cachexia, sarcopenia and muscle, v.10 , n.1, p. 207-217, 2019.

✓ CEDERHOLM, T. et al. ESPEN guidelines on definitions and terminology of clinical nutrition. Clin Nutr., v. 36, n. 1, p. 49-64, 2017.

✓ CEDERHOLM, T. et al. Diagnostic criteria for malnutrition - An ESPEN Consensus Statement. Clin Nutr., v. 34, n. 3, p. 335-40, 2015.

✓ CORREIA, M. I. T. D.; PERMAN, M. I.; WAITZBERG, D. L. Hospital malnutrition in Latin America: a systematic review. Clin Nutr., p. 1-10,
2016.

✓ Correia, M, I. T. D.; Campos, A. C. L. Prevalence of hospital malnutrition in latin america: the multicenter elan study. Nutr 2003;19:823-
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✓ Correia M. I. T. D. et al. Inquérito brasileiro de avaliação nutricional (IBRANUTRI): metodologia do estudo multicêntrico. Rev Bras Nutr
Clín. 1998;13(1):30-40.

✓ DA SILVA, J. S. V.; SERES, D. S.; SABINO, K. et al. ASPEN consensus recommendations for refeeding syndrome. Nutr Clin Pract. v. 35, n.
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Referências
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saúde e na doença. 11. ed. – Barueri, SP : Manole, 2016.
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✓ HUNTER, G. R. Atividade física, condicionamento físico e saúde. In: ROSS, A. C. et al. (editors). Nutrição moderna de
Shils na saúde e na doença. 11. ed. – Barueri, SP : Manole, 2016.
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✓ TOLEDO, D. et al. Campanha “Diga não à desnutrição”: 11 passos importantes para combater a desnutrição hospitalar.
BRASPEN JOURNAL, v. 33, n. 1, p. 86-100, 2018.
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15–28 september 2015. Agenda item 15 (A70/L.42. disponível em:
<http://www.un.org/ga/search/view_doc.asp?symbol=a/70/l.42>. Acesso 10 de outubro de 2020.
✓ WAITZBERG, D.L. Nutrição Enteral e Parenteral na Prática Clínica. 5. ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2017.

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