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RESUMO
COMPREENSÃO: Envolve duas operações: APREENSÃO, que é a captação das relações que cada parte
mantém com as outras, e COMPREENSÃO, que é o ato de colocar o texto dentro do universo discursivo
TIPOS DE COMPOSIÇÃO
1. DESCRIÇÃO: É representar verbalmente um objeto, uma pessoa, um lugar, mediante a indicação de
aspectos característicos
2. NARRAÇÃO: É um relato organizado de acontecimentos reais ou imaginários
Elementos constitutivos: Personagens, circunstâncias, ação
Seu núcleo é o incidente
Presença de personagens atuantes
Envolve: Quem? Quê? Quando? Onde? Como? Por que?
3. DISSERTAÇÃO: É apresentar ideias, analisa-las, estabelecer um ponto de visto baseado em argumentos
lógicos e estabelecer relações causa x efeito
PRÓPRIO FIGURADO
É o mesmo do enunciado
É o do enunciado que substitui a metáfora
Não é próprio ao contexto, mas ao termo
Leva à mensagem que se obtém com a
Sempre corresponde ao sentido imediato
decifração da metáfora
Carrega uma conotação de sentido natural
IMEDIATO PREFERENCIAL
Resulta da leitura imediata, leitura ingênua
É o que, na média, primeiro se impõe para
ou da leitura de máquina de ler
o enunciado
Supõe a existência de uma série de
- Ex.: O sentido preferencial de “porco” é o
premissas, como:
de animal e não de o “indivíduo sem
- Os significados são os encontrados no
higiene”
dicionário
- Ex.: O sentido preferencial de “caminhão
- O discurso é lógico
de cimento” é: “caminhão carregado de
- Abstrai-se ironias, trocadilhos, etc
cimento” e não “caminhão feito de
Admitindo essas premissas, o discurso será
cimento”
indecifrável ou compreendido
- Algumas palavras, como a palavra manga,
parcialmente toda vez que surgirem
não têm sentido preferencial
elipses, ironias, metáforas, etc
RECONHECIMENTO DE TIPOS DE GÊNEROS TEXTUAIS
TIPOS TEXTUAIS
1 DESCRIÇÃO
É a representação, com palavras, de um objeto, lugar, situação ou coisa, onde mostram-se os traços
mais particulares
O ponto de vista do observador varia de acordo com seu grau de percepção
Todas as frases expõem ocorrências simultâneas
Não existe ocorrência que possa ser considerada cronologicamente anterior a outra do ponto de vista
do relato – O que o escritor que é explicitar uma característica, e não traçar a cronologia de suas ações
Se aparecerem ações, todas estarão no pret. Imperfeito do indicativo ou no presente, não denotando
transformações de estado
Os aspectos sensoriais predominam
Características
1. Enumeração de características, comparações e elementos sensoriais
2. Personagens podem ser caracterizados física e psicologicamente e pelas suas ações
3. Pode ser considerada um dos elementos constitutivos da dissertação e da argumentação
4. Impossível separa narração de descrição
5. Uso preferenciais de verbos de ligação
6. Não existe relação de anterioridade e de posterioridade
7. Devem-se evitar os verbos, mas se isso não for possível, usar penas as formas nominais, o presente e o
pretérito imperfeito do indicativo, dando-se preferência aos que indiquem estado ou fenômeno
8. Deve predominar o emprego das comparações, dos adjetivos e dos advérbios
9. Característica fundamental: a inexistência de progressão temporal
10. Pode-se apresentar ação ou movimento, desde que sejam simultâneos
! Para transformar uma descrição numa narração, basta introduzir um enunciado que indique
passagem de um estado anterior para um posterior
Características linguísticas
1. É atemporal (não há transformação de estado)
2. Predominância de verbos de estado, situações ou indicadores de propriedades, atitudes, qualidades,
sendo principalmente no presente e no pret. Imperfeito
3. Ênfase na adjetivação
4. Emprego de figurar (metáforas, metonímias, comparações, sinestesias)
5. Uso de advérbios de localização espacial
Recursos
1. Usar cores e sensações térmicas
2. Usar o vigor e o relevo de palavras fortes, próprias, exatas, concretas
3. As sensações de moimento e cor
4. A frase curta e penetrante dá um sentido de rapidez
A DESCRIÇÃO PODE SER APRESENTADA DE DUAS FORMAS:
1. Objetiva – Quando o objeto, o ser, a cena, a passagem, são apresentadas como realmente são,
concretamente
Ex.: Sua altura é 1,85m. Seu peso 70kg. Aparência atlética, ombros largos, pele
bronzeada.
2. Subjetiva – Quando há maior participação da emoção, quando o objeto, a cena... são
transfigurados pela emoção de quem escreve, podendo opinar ou expressar seus sentimentos
! Do ponto de vista da progressão temporal, a ordem dos enunciados na descrição é indiferente.
Do ponto de vista dos efeitos de sentido, a ordem dos enunciados cria efeitos de sentido
distintos
DESCRIÇÃO DE PAISAGENS
DESCRIÇÃO DE PESSOAS I
Desenvolvimento 1 Análise das características físicas (altura, peso, cor de pele, idade, cabelos...)
DESCRIÇÃO DE PESSOAS II
NÃO-LITERÁRIA LITERÁRIA
É um tipo de descrição objetiva Predomina o aspecto subjetivo
Recria o objeto usando uma linguagem Uso de associações conotativas para
científica descrição de pessoas, etc
Usada p/ descrever aparelhos, seu Podem ocorrer tanto em prosa quanto em
funcionamento, processos, experiências... verso
2 NARRAÇÃO
ELEMENTOS ESTRUTURAIS I
Desenrolar dos acontecimentos
Enredo
Conjunto de ações de que compõem o texto
Os seres que praticam as ações
Podem ser lineares (previsíveis), complexos, tipos sociais
Personagens
(trabalhador, estudante) ou tipos humanos (medroso, tímido),
heróis ou anti-heróis, protagonistas ou antagonistas
Narrador Quem conta a história
Espaço Local da ação, físico ou psicológico
Tempo Época em que se passa
Cronológico (convencional: dias, horas, meses...) ou
psicológico (tempo interior, subjetivo)
Modo De que forma o fato ocorreu
Causa Motivo pelo qual ocorreu
Resultado Previsível ou imprevisível
Final Fechado o aberto
ESTRUTURA
São apresentados alguns personagens e expostas
APRESENTAÇÃO algumas circunstâncias da história
TIPOS DE PERSONAGEM
Podem ser principais ou secundários, conforme o papel que desempenham
Podem ser apresentados direta ou indiretamente
APRESENTAÇÃO DIRETA – O personagem aparece de forma clara, retratando suas características
físicas e psicológicas
APRESENTAÇÃO INDIRETA – O personagem aparece aos poucos e o leitor vai construindo sua
imagem com o desenrolar do enredo
1ª pessoa
Personagem principal: Há um “eu” que conta a história e é o protagonista
Observador: Vê tudo o que acontece
3ª pessoa
Onisciente: Não há um eu que conta, é uma 3ª pessoa
Narrador objetivo: Não se envolve, conta a história como sendo vista por uma câmera
TIPOS DE DISCURSO
SEQUÊNCIA NARRATIVA
NARRATIVA X NARRAÇÃO
A narrativa é a transformação de situações
Ex.: “Depois da abolição, incentivou-se a imigração dos europeus.” – Temos um texto
dissertativo que apresenta um componente narrativo, pois contém uma mudança de situação:
do não incentivo ao incentivo
Em geral, a narrativa se desenvolve em prosa. Quanto à temporalidade, não há rigor na ordenação dos
acontecimentos, esses podem oscilar no tempo, transgredindo o aspecto linear (flashback)
Tipologia da narrativa ficcional: Romance; conto; crônica; fábula; lenda; parábola; anedota; poema épico
Tipologia da narrativa não-ficcional: Memorialismo; notícias; relatos; história da civilização
Apresentação da narrativa: Visual; auditiva; audiovisual
A narração é um tipo de narrativa que possui 3 características:
1. É um conjunto de transformações de situações
2. É um texto figurativo, ou seja, opera com personagens e fatos concretos (figuratividade)
3. As mudanças possuem uma relação de anterioridade e posterioridade
Na narração, estas 3 características devem estar presentes conjuntamente
3 DISSERTAÇÃO
Características
Ao contrário no narrativo e descritivo, o texto dissertativo é temático
Mostra mudanças de situação, assim como o narrativo
As relações de anterioridade e posterioridade dos enunciados não tem importância, o que importa são
suas relações lógicas
A estética e a gramática são comuns a todos os tipos de redação
A linguagem deve ser objetiva e denotativa
PARTES DE DISSERTAÇÃO
INTRODUÇÃO
Se apresenta o assunto, a ideia principal
Divisão Quando há 2 ou mais termos a serem discutidos
Alusão histórica Um fato passado que se relaciona a um fato presente
Proposição O auto explicita seus objetivos
Convite Proposta ao leitor para que participe de alguma coisa
Contestação Contestar uma ideia ou situação
Características Caracterização de espaços ou aspectos
Estatísticas Apresentação de dados estatísticos
Declaração inicial Emitir um conceito sobre um fato
Citação Opinião de alguém sobre o assunto do texto
Definição Desenvolve-se pela explicação dos termos
Interrogação Questionamento
Suspense Alguma informação que deixe o leitor curioso
Comparação Social e geográfica
Enumeração Enumerar as informações
Narração Narrar um fato
DESENVOLVIMENTO
É a argumentação da ideia inicial, de forma organizada e progressiva
Trajetória
Cultura geral
histórica
Definição Esclarecer conceitos ou sua definição
Comparação Estabelecer analogias, confrontar situações
Bilateralidade O tema apresenta pontos favoráveis e desfavoráveis
Ilustração
narrativa ou Narrar um fato ou descrever uma cena
descritiva
Cifras e dados
Citar cifrar e dados estatísticos
estatísticos
Hipótese Antecipa uma previsão, apontando prováveis resultados
Interrogação Interrogações que apresentam questionamento e reflexão
Refutação Questiona-se praticamente tudo (conceitos, juízos, valores...)
Causa e
Estruturar o texto através dos porquês de uma situação
consequência
Oposição Abordar um assunto de forma dialética
Exemplificação Dar exemplos
CONCLUSÃO
RESUMO
DESCRIÇÃO NARRAÇÃO
Expõe um fato, relaciona mudanças de
Expõe características dos seres ou das coisas situação, aponta o antes, durante e depois
Tipo de texto figurativo Tipo de texto sequencial
Retrato de pessoas, ambientes, objetos Relato de fatos
Predomínio de atributos Presença de narrador, personagem, enredo,
Uso de verbos de ligação cenário, tempo
Emprego de metáforas, comparações e Apresentação de um conflito
outras figuras de linguagem Uso de verbos de ação
Resultado: a imagem física ou psicológica Geralmente é mesclada de descrições
O diálogo direto é frequente
DISSERTAÇÃO
Artigo de opinião
É fundamentado em impressões pessoais do autor
Argumentações:
1. Argumento de causa: Propõe uma relação de causa e consequência
2. Argumento de autoridade: Usa sempre uma fonte ou um estudo confiável para ter credibilidade
3. Argumento de exemplificação: Mostra inúmeras comparações e exemplos para ilustrar o
argumento
Carta
1. Pessoal – Escrita para amigos, parentes, namorado. Por serem mais informais, não tem um modelo
pronto, caracterizando-se pela linguagem coloquial
2. Comercial – É o meio mais efetivo e seguro de comunicação dentro de uma organização. Nos é enviada
por empresas privadas e caracteriza-se por seguir modelos prontos e normalmente são escritas em
linguagem formal culta. O emissor é uma pessoa jurídica representada por um funcionário
3. Bancária – Assuntos relacionados à vida bancária
4. Oficial – Destinada ou enviada pelo serviço militar, público e civil
! A documentação comercial compreende os papéis empregados em todas as transações da
empresa como: carta, telegrama, cheque, pedido de duplicatas, faturas, memorandos,
relatórios, avisos, recibos, fax, etc
A carta é composta por:
Cabeçalho: cidade, data, mês e ano
Destinatário
Saudação
Conteúdo: o texto da carta
Despedida: finalização da carta
Assinatura
No envelope deve conter:
Nome completo
Rua, número, bairro
Cidade – Estado
CEP
Carta argumentativa
É um tipo de texto que tem como objeto principal persuadir o leitor
Trata-se de um texto argumentativo-dissertativo
A linguagem utilizada pode ser formal ou informal, dependendo da relação entre os interlocutores
Linguagem clara e objetiva
Geralmente escrita em 1ª pessoa
Presença de destinatário e remetente
Uso de pronomes de tratamento
Carta aberta
Tem como principal característica informar, instruir, alertar, protestar, reivindicar ou argumentar sobre
determinado assunto
É um veículo de comunicação coletiva, destinada a várias pessoas, sendo assim, o destinatário e o
remetente não são seres individuais
Pode ser um texto instrucional, expositivo, argumentativo ou descritivo, podendo englobar mais de um
gênero ao mesmo tempo
É uma ferramenta de participação política dos cidadãos, geralmente veiculada nos meios de
comunicação
ESTRUTURA:
1. Título – Indica a quem será destinada a carta
2. Introdução – As principais ideias são abordadas pelo remetente
3. Desenvolvimento – São apontados os principais argumentos e pontos de vista
4. Conclusão – Momento de arrematar a ideia e sugerir alguma ação dos interlocutores ou possível
resolução do problema
5. Despedida – Saudações cordiais e assinatura dos remetentes
Carta de reclamação
É utilizada quando o remetente descreve um problema ocorrido a um destinatário
É um texto persuasivo, pois o locutor tenta convencer o receptor a encontrar uma solução para o
problema apontado, por isso, deve-se utilizar um discurso argumentativo, descrevendo de maneira clara
o problema, o motivo para ter ocorrido e suas consequências se não for solucionado
Deve possuir: identificação do remetente e destinatário, data e local, assinatura, documentos em anexo
Carta de solicitação
Faz parte das cartas comerciais
Deve possuir: timbre da empresa, iniciais do departamento, n° da carta, local e data, destinatário,
referência, assunto, saudação, corpo do texto, despedida, assinatura
Carta do leitor
Tipo de carta veiculada geralmente em jornais e revistas, onde os leitores podem apresentar suas
opiniões, sugestões, críticas, perguntas, elogios e reclamações, sendo assim, um importante
instrumento de comunicação do leitor com o meio de comunicação
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
Textos breves e escritos na 1ª pessoa
Textos atuais e de caráter subjetivo
Linguagem simples, clara e objetiva
Presença de remetente (emissor ou locutor) e destinatário (receptor ou interlocutor)
Texto expositivo e argumentativo
Notícia
Tem como intenção nos informar acerca de determinada ocorrência
Possui linguagem simples, clara e objetiva
ESTRUTURA:
1. Manchete o título principal – Tem o objetivo de chamar a atenção do leitor
2. Título auxiliar – Complementa o principal com o acréscimo de informações para torna-lo ainda
mais chamativo
3. Lide (lead) – Corresponde ao 1° parágrafo, onde são expostas as informações que mais
despertem a atenção (Quem? Onde? O que? Como? Quando? Por que?)
4. Corpo da notícia – Exposição mais detalhada dos acontecimentos, apresentados sempre em
ordem decrescente de relevância
Reportagem
Informa de modo mais aprofundado, fatos de interesse público. Situa-se no questionamento de causa e
efeito, na interpretação e no impacto
Não possui estrutura rígida, mas geralmente apresenta o lead, onde estabelece conexões com o fato
central.
A narrativa do fato principal é composta por: citações, trechos de entrevistas, depoimentos, dados
estatísticos, pequenos resumos, dentre outros
Objetivo: Apresentar ao leitor várias versões de um mesmo fato
Linguagem: Objetiva e dinâmica, acessível ao público, pode variar de formal a informal. Embora
impessoal, às vezes é possível perceber a opinião do repórter
Apresenta um relato do assunto de um ângulo pessoal, por isso é assinada pelo auto
Comum encontrar o recurso da polifonia (mais de uma voz) – Equilíbrio entre discurso direto e indireto
! A reportagem apresenta elementos que não são próprios da notícia, entre eles, o levantamento
de dados, entrevistas com testemunhas e/ou especialistas e uma análise detalhada dos fatos
Resenha
Caracteriza-se por ser, no geral, um resumo crítico
O autor faz uma breve apreciação a respeito de acontecimentos culturais ou obras, a fim de divulgar um
objeto de consumo cultural, de maneira resumida
Geralmente, a resenha é veiculada por jornais e revistas
Deve conter uma análise e um julgamento e exige que o autor seja alguém com conhecimentos na área
Linguagem: Pode ser mais ou menos formal, depende, do leitor e do veículo
TIPOS DE RESENHA:
1. Resenha crítica – Avalia e julga obra culturais e trabalhos acadêmicos. Descreve o objeto do
qual trata e apresenta juízo de valor do resenhista sobre tal
2. Resenha descritiva – Se assemelha ao resumo descritivo. Sintetiza uma obra sem que haja a
interferência do resenhista. Não cabe avaliação ou juízo de valor
Ofícios de requerimento
Tem a finalidade de solicitar aprovação (deferimento) de algo, por escrito, a um órgão (público/privado)
Quanto ao desfecho, não pode falta: “Nestes termos, pede deferimento.”
Ata
Tem como objetivo documentar qualquer evento realizado em uma instituição
É uma redação técnica, uma vez que é um documento que pertence a uma Instituição
Carta comercial
Tem por finalidade estabelecer uma comunicação comercial entre pessoas e empresas ou entre
empresas
Procuração
Tem como finalidade transferir os poderes de alguém (outorgado) para agir em nome de outra pessoa
(outorgante)
GÊNEROS LITERÁRIOS
1 GÊNERO NARRATIVO
Crônica narrativo-
Alternância entre os momentos narrativos e descritivos
descritiva
2 GÊNERO DRAMÁTICO
Trata-se de texto escrito para ser encenado no teatro. Não há um narrador
contando a história, ela é representada por atores
Tragédia Representação de um fato trágico
Farsa Consiste no exagero do cômico
Comédia Representação de um fato engraçado
Tragicomédia Mistura de elementos trágicos e cômicos
Retrata fatos diversos da sociedade e da realidade vivida pelos
Poesia de cordel
nordestinos
,
3 GÊNERO LÍRICO
Tipo de texto no qual um eu lírico (a voz que fala no poema) exprime suas emoções,
ideias e impressões do mundo exterior. Normalmente os verbos estão em 1ªp.
Elegia Texto de exaltação à morte de alguém; poema melancólico
Epitalâmia Se refere às noites nupciais líricas (com poemas e cantigas)
Poema em que o emissor faz uma homenagem à pátria, às
Ode (hino)
divindades, à mulher amada, ou alguém ou algo importante
Poema em que o emissor expressa uma homenagem à
Idílio (écloga)
natureza e suas riquezas. É o poema bucólico
Sátira Poema em que o emissor faz uma crítica em tom sério, irônico
Acalanto Canção de ninar
Composição na qual as letras iniciais de cada verso formam
Acróstico
uma palavra ou frase
Balada Cantigas de amigos com ritmo característico
Canção (cantiga,
Poema oral com acompanhamento musical
trova)
Gazal (gazel) Poesia amorosa dos persas e árabes; odes do Oriente Médio
Haical Poema japonês formado por 3 versos que somam 17 sílabas
Soneto Poesia com 14 versos, dividido em 2 quartetos e 2 tercetos
Cantigas de autoria dos poetas vilões (cantigas de escárnio e
Vilancete
maldizer), satíricas
Os gêneros não literários são caracterizados pelo emprego de uma linguagem convencional e denotativa
A linguagem não literária tem como função informar de maneira clara e sucinta, desconsiderando
aspectos estilísticos próprios da linguagem literária
Os textos não literários possuem características bem delimitadas para que possam cumprir a sua
principal função, que é a de informar, na maioria das vezes
Marcado por objetividade e transparência
Exemplos: artigos jornalísticos, textos didáticos, verbetes de dicionário, propagandas publicitárias,
textos científicos, receitas, manuais, etc
Emprego do G b) Palavras terminadas em: -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio – Estágio, privilégio
c) Palavras derivadas de outras que já apresentem G – Engessar (gesso), massagista
(massagem), vertiginoso (vertigem)
d) Verbos terminados em -ger e -gir – Eleger, mugir
e) Depois da letra r – Emergir, surgir
f) Depois da letra a, desde que não tenha radical terminado em j – Ágil, agente
a) Sílabas finais dos verbos terminados em: -oar, -uar – Magoe (magoar), continue
(continuar)
Emprego do E
b) Em palavras formadas com o prefixo ante- (antes) – Antebraço, antecipar
c) Nos seguintes vocábulos – Cadeado, confete, disenteria, empecilho, irrequieto
a) Sílabas finais dos verbos terminados em: -air, -oer, -uir – Cai (cair), dói (doer),
influi (influir)
Emprego do I
b) Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra) – Anticristo, antitetânico
c) Nos seguintes vocábulos – Aborígine, artimanha, chefiar, privilégio
INFINITIVO IMPESSOAL
Quando o verbo apresenta sentido genérico ou indefinido, não relacionado a nenhuma pessoa, e sua
forma é invariável
Pode ter valor e função de substantivo
Pode apresentar-se no presente (forma simples) ou no passado (forma composta). Ex.: É preciso ler este
livro / Era preciso ter lido este livro
É USADO:
1. Quando apresenta uma ideia vaga, genérica, sem se referir a um sujeito determinado
Ex.: Fumar prejudica a saúde. É proibido colar cartazes neste muro.
2. Quando tem valor de imperativo
Ex.: Soldados, marchar!
3. Quando é regido de preposição (geralmente “de”) e funciona como complemento de um
substantivo, adjetivo ou verbo da oração anterior
Ex.: Eles não têm o direito de gritar assim. Eu os convenci a aceitar.
! Na voz passiva dos verbos contentar, tomar e ouvir, o infinitivo deve ser flexionado –
Eram pessoas difíceis de serem contentadas.
4. Nas locuções verbais
Ex.: Queremos acordar cedo amanhã. Vamos pensar no seu caso.
5. Quando o sujeito do infinitivo é o mesmo do verbo da oração anterior
Ex.: Eles foram condenados a pagar pesadas multas
6. Com verbos causativos deixar, mandar e fazer e seus sinônimos que não formam locução verbal
com o infinitivo que os segue
Ex.: Deixei-os sair cedo hoje.
7. Com verbos sensitivos ver, ouvir e sentir e sinônimos
Ex.: Vi-os entrar. Ouvi-as dizer.
! Quando o infinitivo, preposicionado ou não, preceder ou estiver distante do verbo da oração
principal (verbo regente), pode ser flexionado para melhor clareza da frase e para enfatizar o
sujeito – Ex.: Para estudarmos, estaremos sempre dispostos. Foram dois amigos à casa do
outro, a fim de jogarem futebol
INFINITIVO PESSOAL
É a combinação de um verbo auxiliar e um verbo principal, que juntos transmitem apenas uma ação
verbal, desempenhando o papel de um único verbo
O período de uma oração pode ser simples, quando traz só uma oração (oração absoluta) ou composto,
quando traz mais de uma
O número de orações é igual ao número de verbos ou locuções adverbiais
Pegou fogo no prédio (1 oração)
Está pegando fogo no prédio (1 oração)
Deves estudar para poderes vencer na vida (2 orações)
Há 3 tipos de período composto: por coordenação, por subordinação e por coordenação e subordinação
Composto por orações que têm sentido próprio e não mantém nenhuma dependência sintática entre si,
são orações independentes, chamadas de orações coordenadas (OC)
Ex.: Passeamos pela praia, / brincamos, / recordamos os tempos de infância.
São classificadas em:
1. Assindéticas (OCA) – Não são introduzidas por conjunção – Os torcedores gritaram, sofreram,
vibraram.
2. Sindéticas (OCS) – São introduzidas por conjunção coordenativa – O homem saiu do carro e
entrou em casa.
São classificadas de acordo com o sentido expresso pelas conjunções
Orações coordenadas
Função Conjunções Exemplos
sindéticas...
Ideia de acréscimo com E, nem, não só...mas
Saí da escola / e fui à
ADITIVAS referência à oração também, não só...mas
lanchonete
anterior ainda
Mas, porém, todavia,
Ideia de oposição à Estudei bastante / mas
ADVERSATIVAS contudo, entretanto, no
oração anterior não passei no teste
entanto
Ideia de conclusão de Não tenho dinheiro /
Portanto, por isso, pois,
CONCLUSIVAS um fato enunciado na portanto não posso
logo
oração anterior pagar
ALTERNATIVAS Estabelece relação de Ou...ou, ora...ora, Seja mais educado / ou
alternância ou escolha seja...seja, quer...quer retire-se
com ref. à oração
anterior
Ideia de explicação,
Que, porque, pois, Vamos andar depressa /
EXPLICATIVAS justificativa em relação à
porquanto que estamos atrasados
oração anterior
É o período constituído de pelo menos um conjunto de duas orações em que uma delas (a subordinada)
depende sinteticamente de outra (principal)
As orações subordinadas são classificadas de acordo com a função que exercem: adverbiais,
substantivas, adjetivas
Orações subordinadas
Função Conjunções Exemplos
adverbiais
Porque, que, como
Expressam a causa do Não fui à escola /
CAUSAIS (=porque), pois que,
fato enunciado na OP porque fiquei doente
visto que
Expressam hipóteses ou
Contanto que, a menos
condição para a Irei à sua casa / se não
CONDICIONAIS que, a não ser que,
ocorrência do que foi chover
desde que
enunciado na OP
Expressam ideia ou fato Embora, ainda que,
contrário ao da OP, sem, apesar de, se bem que, Ela saiu à noite / embora
CONCESSIVAS
no entanto, impedir sua por mais que, mesmo estivesse doente
realização que, conquanto
Expressam O trabalho foi feito /
Conforme, como
CONFORMATIVAS conformidade de um conforme havíamos
(=conforme), segundo
fato com outro planejado
Acrescentam Quando, assim que, logo
circunstância de tempo que, enquanto, sempre Ele saiu da sala / assim
TEMPORAIS
ao que foi expresso na que, depois que, mal que eu cheguei
OP (=assim que)
Expressam finalidade ou Abri a porta do salão /
Para que, a fim de que,
FINAIS o objetivo do que foi para que todos
porque (=para que), que
enunciado na OP pudessem entrar
Expressam a Porque, que, como
A chuva foi tão forte /
CONSECUTIVAS consequência do que foi (=porque), pois que, de
que inundou a cidade
enunciado na OP maneira que
Como, assim como, tal
Expressam ideia de
como, tão...como, tanto Ela é bonita / como a
COMPARATIVAS comparação com
como, tal que, mãe
referência à OP
menos/mais que
Expressam uma ideia À medida que, à
que se relaciona proporção que, ao passo Quanto mais reclamava
PROPORCIONAIS
proporcionalmente ao que, quanto mais, / menos atenção recebia
que foi dito na OP quanto menos
Orações subordinadas
Função Exemplos
substantivas
O grupo quer / que você ajude
OBJETIVA DIRETA Objeto direto do verbo da OP Mariana esperou / que o
marido voltasse
Objeto indireto do verbo da Lembre-se / de que a vida é
OBJETIVA INDIRETA
OP breve
É importante / que você
SUBJETIVA Sujeito do verbo da OP
colabore
Complemento nominal de um Sou favorável / a que o
COMPLETIVA NOMINAL
termo da OP prendam
Predicativo do sujeito da OP,
Minha esperança / era que ele
PREDICATIVA vindo sempre depois do verbo
desistisse
“ser”
Ele tinha um sonho / que
APOSITIVA Aposto de um termo da OP todos se unissem em
benefício do país
Orações subordinadas
Função Exemplos
adjetivas
Restringem ou especificam o
O público aplaudiu o cantor /
RESTRITIVAS sentido da palavra a que se
que ganho o 1° lugar
referem
Acrescentam uma qualidade à O escritor Jorge Amado, / que
EXPLICATIVAS palavra a que se referem, mora na Bahia, / lançou um
esclarecendo mais seu sentido novo livro
ORAÇÕES REDUZIDAS
As orações subordinadas são sempre introduzidas por uma conjunção ou pronome relativo e
apresentam o verbo na forma do indicativo ou do subjuntivo. Além desse tipo de orações subordinadas,
há outras que se apresentam com o verbo numa das formas nominais
Orações reduzidas são orações subordinadas que apresentam o verbo no infinitivo, gerúndio ou
particípio
Ao entrar na escola, encontrei o professor de inglês – INFINITIVO
Precisando de ajuda, telefone-me – GERÚNDIO
Acabado o treino, os jogadores foram para o vestiário - PARTICÍPIO
Para classifica-la, é necessário desenvolvê-la da seguinte forma: Colocar a conjugação ou pronome
relativo adequado ao sentido e passar o verbo para uma forma do indicativo ou subjuntivo
a. Ao entrar na escola... > Quando entrei na escola...
Ao entrar na escola – Oração subordinada adv. Temporal, reduzida de infinitivo
b. Precisando de ajuda... > Se precisar de ajuda...
Precisando de ajuda – Oração subordinada adv. Condicional, reduzida de gerúndio
Acabado o treino... > Assim que acabar o treino...
Acabado o treino – Oração subordinada adv. Temporal, reduzida de particípio
! OBSERVAÇÕES:
Há orações reduzidas que permitem mais de um tipo de desenvolvimento. Há casos também
que orações reduzidas fixas. Ex.: Tenho vontade de visitar essa cidade
O infinitivo, gerúndio e particípio não constituem orações reduzidas quando fazem parte de uma
locução verbal. Ex.: Preciso terminar esse exercício
Uma oração coordenada também pode vir sob a forma reduzida. Ex.: O homem fechou a porta,
saindo depressa de casa
Diferença entre orações coordenadas explicativas e orações subordinadas causais
As causais sempre trazem a causa de algo que se revela na OP que traz o efeito. As
explicativas trazem a explicação daquilo que se revelou na OP. A noção de causa e efeito
não existe nas orações coordenadas
Há pausa (vírgula) entre a oração explicativa e a precedente (que muitas vezes é
imperativa), o que não ocorre na oração causal
Ex.: Rosa chorou porque levou uma surra – Causal
Rosa chorou, porque seus olhos estavam vermelhos - Explicativa
ARTIGO
SUBSTANTIVO
É a palavra que dá nomes aos seres. Lugares, coisas, entes de natureza espiritual ou mitológico
CLASSIFICAÇÃO
Comuns – Nomeiam seres de mesma espécie (menina, estrela, piano...)
Próprios – Referem-se a um ser em particular (Brasil, Deus, Paulo...)
Concretos – Têm existência própria, são independentes, reais ou imaginários (mãe, mar, água, anjo...)
Abstratos – Não têm existência própria, depende sempre de um ser para existir. Designam qualidades,
sentimentos, ações, estados dos seres (dor, doença, amor, beijo, fé, covardia, juventude...)
FORMAÇÃO
Simples – Apenas um radical (chuva, tempo...)
Compostos – Mais de um radical (guarda-chuva, girassol...)
Primitivos – Não derivam de outras palavras, vieram primeiro (ferro, mês, queijo...)
Derivados – São formados de outra palavra já existente (ferradura, mesada, requeijão...)
Coletivos – Designam um conjunto de seres da mesma espécie (álbum, alcateia, colmeia...)
FLEXÃO DO SUBSTANTIVO
Apresentam variações de gênero, número e grau
GÊNERO
Substantivos uniformes
Designam certos animais e têm um só gênero p/ macho ou fêmea
Epicenos
- Jacaré macho ou fêmea, cobra macho ou fêmea
Apenas uma forma e designam indivíduos dos dois sexos. A
Comuns de 2
indicação do sexo é feita com o uso do artigo
gêneros
- O/a colega, o/a intérprete, o/a pianista
Designam pessoas e têm um só gênero para homem ou mulher
Sobrecomuns
- A criança (menino/menina), a testemunha (homem/mulher)
NÚMERO
Acrescenta-se
Substantivos terminados em vogal ou ditongo
S
- Povo – povos, série - séries
Substantivos terminados em N
S - Líquen – líquens, hífen – hífens
Também: líquenes, hífenes
Substantivos terminados em R, Z e S (oxítonas*)
ES - Cartaz – cartazes, motor – motores, mês – meses
*Paroxítonas e proparoxítonas são invariáveis – O/os pires
Substantivos terminados al, el, ol, ul
- Jornal – jornais, sol – sóis, túnel – túneis, mel – meles –
IS
méis
Exceção: mal – males, cônsul – cônsules, real - réis
Substantivos terminados em ão
S
- Cidadão – cidadão, irmão - irmãos
Trocam-se
ÃO por ÕES Botão – botões, limão – limões, mamão - mamões
ÃO por ÃES Pão – pães, charlatão – charlatães, alemão - alemães
IL por IS
Funil – funis, fuzil – fuzis, canil - canis
(oxítonas)
IL por EIS
Fóssil – fósseis, réptil – répteis, projétil - projéteis
(paroxítonas)
EL por EIS Nível – níveis, carretel - carretéis
M por NS Nuvem – nuvens, som – sons, atum - atuns
PALAVRAS
São invariáveis
TERMINADAS EM
- O clímax – os clímax, o tórax – os tórax
X
METAFONIA – Apresentam o “o” tônico fechado no singular e aberto no plural: caroço – caroços,
imposto – impostos
Existem substantivos que mudam de sentido quando empregados no plural: bem – bens, féria (salário) –
férias (descanso)
Alguns substantivos só são empregados no plural: condolências, costas, férias, olheiras, fezes, óculos,
núpcias, parabéns, pêsames, viveres, afazeres, algemas, etc
! Composto com a palavra guarda só vai para o plural se for pessoa: guarda-noturno – guardas-noturnos
GRAU
Os graus aumentativos e diminutivos são formados por dois processos:
1. Sintético – Com o acréscimo de um sufixo aumentativo ou diminutivo: Peixe – peixão – peixinho
2. Analítico – formado com palavras de aumento (grande, enorme, imensa) ou de diminuição
(diminuto, pequeno, minúsculo): Carro grande, casa pequena
As palavras proparoxítonas e as palavras terminadas em sílaba nasal, ditongo, hiato ou vogal tônica,
recebem o sufixo ZINHO(A): Lâmpada – lampadazinha, irmão – irmãozinho, herói – heroizinho, baú –
bauzinho, café – cafezinho
ADJETIVO
É a palavra variável em gênero, número e grau que modifica um substantivo, atribuindo-lhe uma
qualidade, estado ou modo de ser
FORMAÇÃO
Simples – Apenas um radical (alegre, medroso...)
Compostos – Mais de um radical (estrelas azul-claras, sapatos marrom-escuros...
Primitivos – Não derivam de outras palavras, vieram primeiro (atual, livre, triste...)
Derivados – São formados de outra palavra já existente (amarelado, infeliz, ilegal...)
Pátrios – Indicam procedência ou nacionalidade, referem-se a cidades, estados, países (Amapaense,
baiano...)
LOCUÇÃO ADJETIVA
É a expressão que tem o mesmo valor de um adjetivo, formada por preposição + substantivo
Ex.: de anjo (angelical), de água (aquilino), de cidades (urbano)
FLEXÃO DO SUBSTANTIVO
Apresentam variações de gênero, número e grau
GÊNERO
Uniformes – Têm forma única para o masculino e feminino – Funcionário/funcionária incompetente
Biformes – Troca-se a vogal “o” por “a” ou acrescenta-se a vogal “a” no final da palavra – Ator
famoso/atriz famosa, jogador brasileiro/jogadora brasileira
! Adjetivos compostos recebem a flexão feminina apenas no 2° elemento – Festa cívico-religiosa
NÚMERO
ADJETIVO SIMPLES – O plural flexiona de acordo com o substantivo a que se referem – menino
chorão/meninos chorões
ADJETIVO COMPOSTO
GRAU
GRAU COMPARATIVO
Compara uma qualidade entre dois ou mais seres ou duas ou mais qualidade de um mesmo ser
Iguala duas coisas ou pessoas
De igualdade
- Tão... quão / quanto / como
Iguala duas coisas ou pessoas sendo que uma é mais do que a outra
De superioridade
- Mais... do que / que
Um elemento é menor do que outro
De inferioridade
- Menos... do que / que
GRAU SUPERLATIVO
Apresenta uma característica intensificada
Advérbio de intensidade (muito, intensamente, bastante,
Analítico extremamente, excepcionalmente) + adjetivo
Absoluto
- Nicolas é extremamente simpático
(Atribuída a Adjetivo + íssimo, imo, ílimo, érrimo
um só ser de Ana é agradabilíssima
forma Sintético - Adj. terminados em vel + bilíssimo
absoluta)
- Adj. terminados em eio formam superlativo apenas com i
- Adj. terminados em io formam o superlativo com iíssimo
A mais
De superioridade
- Wilma é a mais prendada de todas as suas amigas
Relativo
O menos
De inferioridade
- Paulo é o menos tímido dos filhos
Ressalta a qualidade de um entre muitos com a mesma qualidade
Usa-se também no superlativo:
a. Prefixos: max, hiper, ultra, super
b. Expressões: podre de rico, linda de morrer
c. Adjetivos repetidos: fofinho, fofinho (= fofíssimo)
d. Diminutivo ou aumentativo: cheinha, grandalhão
e. Linguagem informal - Sufixo érrimo em vez de íssimo: chiquérrimo, elegantérrimo
NUMERAL
COLETIVOS
Centenário: 100 anos Novena: 9 dias
Decúria: 10 anos Quarentena: 40 dias
Decálogo: 10 leis Quinquênio: 5 anos
Dezena: 10 coisas Resma: 500 folhas papel
Lustro: 5 anos Semestre: 6 meses
Milênio: 1000 anos Triênio: 3 anos
Milhar: 1000 coisas Trinca: 3 coisas
FLEXÃO
GÊNERO
GRAU
Ocorre na linguagem coloquial: Já lhe disse mil vezes / Aquele quarentão é um gato
ADVÉRBIOS
É a palavra invariável que modifica um verbo (chegou cedo), um outro advérbio (falou muito bem) e um
adjetivo (estava muito bonito)
LOCUÇÕES ADVERBIAIS
São duas ou mais palavras que têm o valor de advérbio: às cegas, às claras, à toa, às pressas, à noite, ao
acaso, de repente, de cor, de improviso, de propósito, com certeza, por perto, por um triz, de vez em
quando, sem dúvida, de forma alguma, em vão, por certo, à esquerda, a pé, a esmo, por ali...
! Na linguagem coloquial é comum o emprego do sufixo diminutivo, dando ao adv. o valor de superlativo
sintético: agorinha, cedinho, rapidinho (=bem rápido)
! Bastante – Antes de adjetivo, é advérbio, não vai para o plural (=muito): Elas são bastante simpáticas
! Bastante – Antes do substantivo, é adjetivo, vai para o plural (=muitos): Contei bastantes estrelas
! Antes do verbo no particípio, diz-se mais bem, mais mal: Ficamos mais bem informados...
! Frase negativa, o adv. “já” equivale a mais: Já não fazem = Não se fazem mais
! A repetição de um mesmo adv. assume o valor superlativo: Levantei cedo, cedo (=muito cedo)
PREPOSIÇÃO
É a palavra invariável que liga um termo dependente a um termo principal. Podem ser:
1. Essenciais – Atuam exclusivamente como preposição: a, ante, após, até, com, contra, etc. São
sempre seguidas dos pronomes pessoais oblíquos: Despediu-se de mim rapidamente
2. Acidentais – Palavras de outras classes que atuam eventualmente como preposição. São: como
(=na qualidade de), conforme (=de acordo com), consoante, exceto, mediante, salvo, visto,
segundo, senão, tirante
! A preposição “a” nunca vai para o plural, não estabelece concordância com o substantivo
LOCUÇÕES PREPOSITIVAS
É o conjunto de duas ou mais palavras que têm o valor de uma preposição. A última palavra é sempre
uma preposição
- Abaixo de, acerca de, acima de, ao lado de, a respeito de, de acordo com, dentro de, embaixo de, em
cima de, em frente a, ao redor de, graças a, junto a, junto a, perto de, por causa de, por cima de, por
trás de, a fim de, além de, antes de, a par de, a partir de, apesar de, através de, defronte de, em favor
de, em lugar de, em vez de, ao invés de, para com, até a.
! Na locução adverbial, a preposição aparece no começo (de perto) e na adverbial, aparece
sempre no final (perto de)
COMBINAÇÕES E CONTRAÇÕES
Combinação – Não há perda de fonema: a + o/os = aos, a + onde = aonde
Contração – A preposição perde fonemas: de + a/o/as/os/esta/este/isto = da, do, das, dos, desta,
deste, disto
- Em + um/uma/uns/umas/isto/isso/aquilo/aquele/aquela/aqueles/aquelas = num, numa, nuns...
- De + entre/aquele/aquela/aquilo = dentre, daquele, daquela, daquilo
- Para + a = pra
TERMOS DA ORAÇÃO
SUJEITO
Aquele que pratica uma ação ou aquele (ou aquilo) do qual se diz alguma coisa. Ou seja, é o agente de
uma ação ou o tópico da sentença. Em relação ao seu papel sintático, o sujeito é aquele que estabelece
concordância com o núcleo do predicado
Quando o predicado é verbal, o núcleo é sempre um verbo. No caso de predicado nominal, o
núcleo é um nome
Ex.: O banco está interditado hoje.
- está interditado hoje: predicado nominal; interditado: núcleo do predicado
- O banco: sujeito; banco: núcleo do sujeito
O sujeito é o termo determinado, o predicado é o termo determinado
O núcleo do sujeito é sempre um nome. Quando esse nome se refere a objetos de 1ª e 2ª pessoas, o
sujeito é representado por um pronome pessoal do caso reto (eu, tu, ele, nós, vós, eles). Quando se
refere a objeto de 3ª pessoa, sua representação pode ser feita através de um substantivo, pronome
substantivo ou qualquer conjunto de palavras cujo núcleo funcione como substantivo
O sujeito pode constituir-se de uma oração inteira (oração substantiva subjetiva): É difícil optar por esse
ou aquele doce
! Sujeito formado por pronome indefinido não é indeterminado, mas expresso: Ninguém lhe telefonou
! Sujeito indeterminado – Verbo na 3ª pessoa sem referência a qualquer agente já expresso nas orações
anteriores: Na rua, olhavam-no com admiração
! Sujeito indeterminado – Verbo ativo na 3ª pessoa, acompanhado do pronome “se”, que pode ser
omitido junto de infinitivos: Aqui paga-se bem. Devagar se vai longe
! Sujeito indeterminado – Verbo no infinitivo impessoal: É legal assistir a estes filmes clássicos
! Sem sujeito – Construídas com verbos impessoais na 3ª pessoa do singular: Havia gatos na sala
Verbos impessoais: haver (existir, acontecer, realizar) / fazer, passar, ser e estar (tempo) /
chover, ventar, nevar, gear, relampejar, amanhecer, anoitecer e outros que exprimem
fenômenos metereológicos
PREDICADO
É a soma de todos os termos da oração, exceto o sujeito e o vocativo. É tudo o que se declara na oração
referindo-se ao sujeito (quando há). Sempre apresenta um verbo
- Ex.: Victor conhece os amigos do rei (sujeito – Victor = termo determinante; predicado – conhece os
amigos do rei = termo determinado)
O núcleo pode ser um nome (quase sempre um atributo que se refere ao sujeito) ou um verbo (ou
locução verbal)
1. Predicado nominal – Seu núcleo é um nome, substantivo, adjetivo, pronome ligado ao sujeito
por um verbo de ligação
- Victor era jogador (predicado – era jogador; núcleo – jogador = atributo do sujeito)
2. Predicado verbal – Seu núcleo é um verbo, seguido ou não de complemento ou termos
acessórios
- A prefeitura comprou várias coisas na licitação (predicado – comprou várias coisas na licitação;
núcleo – comprou = nova informação sobre o sujeito)
3. Predicado verbo-nominal – Tem dois núcleos significativos, um verbo e um nome
- Os meninos jogavam bola contentes (Predicado – jogavam bola contentes; núcleos – jogavam,
contentes)
PREDICATIVO
Expressa estado, qualidade ou condição do ser ao qual se refere, é um atributo
1. PREDICATIVO DO SUJEITO
É nome dado ao núcleo do predicado nominal.
É atribuído uma qualidade, característica ou modo de ser ao sujeito.
Os verbos de ligação (ser, estar, parecer...) são a ligação entre o sujeito e o predicado
2. PREDICATIVO DO OBJETO
É o termo que se refere ao objeto de um verbo transitivo – As paixões tornam os homens felizes
Em geral se refere ao objeto direto, mas pode ser regido de preposição, às vezes
PREDICAÇÃO VERBAL
Tem como núcleo um verbo (ou locução) que transmite ideia de ação. Alguns verbos possuem sentido
completo, podendo, por si mesmos, constituir o predicado. São os verbos de predicação completa,
chamados INTRANSITIVOS – A planta nasceu. Os meninos correram
As orações formadas com intransitivos não podem passar para a voz passiva
Outros verbos têm predicação incompleta, precisando de complemento. São os chamados
TRANSITIVOS – Paulo comprou cinco pães. A casa pertence a Júlio
Os verbos transitivos podem ser diretos (sem preposição), indiretos (preposição) ou diretos e indiretos
OBJETO DIRETO
Complementa o sentido de um verbo transitivo direto, sem preposição (O que? Quem?)
- O menino matou o passarinho (O que?) / Geraldo ama Andressa (Quem?)
O O.D. traduz o ser sobre qual recai a ação expressa por um verbo ativo: Caim matou Abel
O O.D torna-se o sujeito da oração na voz passiva: Abel foi morto por Caim
Pode ser constituído:
a. Por um substantivo ou expressão substantivada: Unimos o útil ao agradável
b. Pelos pronomes oblíquos o, os, a, as, me, te, se, nos, vos: Espero-o na estação
c. Por qualquer pronome substantivo: Não vi ninguém na loja. A árvore que plantei morreu
OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO – Antecipado por preposição não obrigatória
- Identifiquei a vocês todos naquela foto (Identificar não pede preposição)
Casos em que o objeto direto vem precedido de preposição:
a. Quando o OD é um pronome pessoal tônico: A ti, a ela, a mim, a si, a nós
b. Quando o OD é o pronome relativo quem: Pedro tinha um filho a quem idolatrava
c. Quando precisamos assegurar a clareza da frase, evitando que o objeto direto seja tomado
como sujeito, impedindo construções ambíguas: Tratava-me como a um irmão
d. Em expressões de reciprocidade: Os tigres despedaçaram-se uns aos outros
e. Com nomes próprios ou comuns, referentes a pessoas: Judas traiu a Cristo
f. Em construção enfáticas, nas quais antecipamos o OD para dar-lhe realce: A você é que não
enganam
g. Sendo o OD o numeral ambos: O aguaceiro caiu, molhou a ambos
h. Com certos pronomes indefinidos, principalmente, referentes a pessoas: Por que ama a uns e
odeia a outros?
! Em a, b, c e d, a preposição é obrigatória
OBJETO DIRETO PLEONÁSTICO – Aquele que se repete na sequência da frase por meio do pronome
oblíquo. Também chamado de enfático ou redundante.
- O pão, Paulo o trazia dentro da sacola
OBJETO INDIRETO
Completa o sentido de um verbo transitivo indireto por meio de uma preposição obrigatória (Pra quê?
Em quê? De quê? Mais quem?)
- Meu irmão cuidava de toda a sua casa (de quê?)
TRANSITIVO INDIRETO – Assisti ao filme
TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO – Disse-lhe a verdade
O objeto indireto é representado pelos substantivos ou pelos pronomes, com preposições ligando-o ao
verbo, como a, com, contra, de, em, para, por
Alguns verbos podem reger-se por 2 objeto indiretos, com preposições diferentes: Rogue a Deus / por
nós
A preposição é implícita nos casos de pronomes objetivos indiretos átonos - me, te, se, lhe, nos, vos,
lhes: Obedece-me (obedece a mim). Nos demais casos, é expressa: Recorro a Deus
OBJETO INDIRETO PLEONÁSTICO – Sempre representado por um pronome oblíquo átono para dar
ênfase a um OI que já tem na frase
- A mim o que me deu foi pena
COMPLEMENTO NOMINAL
Completa o sentido de um nome: substantivo, adjetivo ou advérbio, sempre regido por preposição
- A defesa da pátria / O ódio ao mal / Amor do bem
Representa o recebedor, o paciente da declaração expressa por um nome
É regido pelas mesmas preposições usadas no OI
AGENTE DA PASSIVA
Complementa um verbo na voz passiva, sendo regido na maioria das vezes pela preposição por e menos
frequentemente por de
Representa quem pratica a ação expressa pelo verbo passivo
- O vencedor foi escolhido pelos jurados / O menino estava cercado pelo seu pai e mãe
Pode ser expresso pelos substantivos ou pronomes
- O cão foi atropelado pelo carro / Este caderno foi rabiscado por mim
Corresponde ao sujeito da oração na voz ativa
- A menina foi penteada pela mãe (passiva) / A mãe penteou a menina (ativa)
ADJUNTO ADNOMINAL
É o termo (expressão) que se junta a um nome para especificar, detalhar ou caracterizar melhor seu
sentido
- Meu irmão veste roupas vistosas
Pode ser expresso por adjetivos (água fresca), artigos (o mundo), pronomes adjetivos (nosso tio), pelos
numerais (quinto ano), pelas locuções ou expressões adjetivas que exprimem qualidade, posse, origem,
fim ou outra especificação
- Presente de rei (=régio): qualidade - Fio de aço: matéria
- Livro do mestre: posso - Casa de ensino: fim
- Água da fonte: origem - Aula de inglês: especialidade
O adjunto adnominal formado por locução adjetivo representa o agente da ação, ou origem,
qualidade... (o discurso do presidente). Já o complemento nominal representa o alvo da ação expressa
por um nome transitivo (eleição do presidente)
ADJUNTO ADVERBIAL
Exprime uma circunstância (tempo, lugar, modo...) que modifica o sentido de um verbo, adjetivo ou
advérbio
- Meninas numa tarde brincavam de roda na praça
É expresso pelos advérbios (cheguei tarde), pelas locuções ou expressões adverbiais (saí com meu pai)
Pode ocorrer elipse da preposição antes de adjuntos de tempo e modo: Aquela noite (=Naquela noite) /
Domingo que vem (=No domingo)
Classificam-se de acordo com as circunstâncias que exprime: lugar, modo, tempo, intensidade, causa,
companhia, meio, assunto, negação
! Sair do mar – Ad. Adv / Água do mar – Ad. Adn / Gosta do mar – OI / Ter medo do mar – Comp.
nom
APOSTO
Termo ou expressão que associa um nome anterior e explica ou esclarece o sentido desse nome
Geralmente separado dos outros termos por dois pontos, travessão e vírgula
- Ontem, segunda-feira, passei o dia com dor
O núcleo do aposto pode ser expresso por um substantivo ou pronome subs.: Os responsáveis pelo
projeto, tu e a arquiteta, não podem se ausentar
O aposto não pode ser formado por adjetivos: Audaciosos, os dois atiraram-se às ondas (Pred. do suj.)
Pode preceder o termo a que se refere: Rapaz impulsivo, Mário não se conteve
Às vezes, se refere a toda uma oração: O espaço é incomensurável, fato que me deixa atônito
Pode referir-se a outro aposto: Serafim casou-se com Lígia, filha do velho coronel, senhor do engenho
Pode vir antecedido de expressões explicativas: Dois países sul-americanos, isto é, a Colômbia e o Chile,
não são banhados pelo mar
O aposto que se refere a OI, comp. nominal ou adj. adverbial vem precedido de preposição
VOCATIVO
Termo que exprime um nome, título, apelido, usado para chamar o interlocutor
Na escrita, é separado por vírgulas
Se refere sempre à 2ª pessoa do discurso
- A ordem, meus amigos, é a base do governo / Tenha compaixão de nós ó Cristo!
REESCRITURA DE FRASES
HOMÔNIMOS
Trata-se de palavras iguais na pronúncia e/ou grafia, mas com significados diferentes
A homonímia pode ser causada por ambiguidade
O contexto que determina a significação dos homônimos
O que chama atenção é seu aspecto fônico e gráfico
Iguais na escrita e diferentes no timbre ou na intensidade das
vogais
- Rego (substantivo) e rego (verbo)
Homógrafos
- Colher (substantivo) e colher (verbo)
heterofônicos
- Jogo (substantivo) e jogo (verbo)
- Apoio (substantivo) e apoio (verbo)
- Pelo (substantivo), pelo (verbo) e pelo (per + o)
Iguais na pronúncia e diferentes na escrita
- Acender (atear fogo) e ascender (subir)
Homófonos - Concerto (sessão musical) e conserto (ato de consertar)
heterográficos - Cegar (tornar cego) e segar (cortar, seifar)
- Censo (recenseamento) e senso (juízo)
- Hera (trepadeira), era (época) e era (verbo)
Iguais na escrita e na pronúncia
- Caminhada (substantivo) e caminhada (verbo)
Homófonos - Cedo (verbo) e cedo (advérbio)
homógrafos - Somem (verbo somar) e somem (verbo sumir)
- Livre (adjetivo) e livre (verbo)
- Alude (avalancha) e alude (verbo aludir)
PARÔNIMOS
São palavras parecidas na escrita e na pronúncia
- Coro e couro
- Eminente e iminente
- Degradar e degredar
- Cético e séptico
- Descrição e discrição
- Infligir (aplicar) e infringir (transgredir)