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UNIDADE II

Nutrição Interdisciplinar

Profa. Dra. Milena Bueno


Apresentação da unidade II

Unidade II

 Estratégias intersetoriais de prevenção e controle das DCNT;


 Métodos de intervenções interdisciplinares para a promoção de saúde;
 Propaganda e comercialização de alimentos;
 Vigilância à saúde.

Fonte: Disponível em:


http://www.iea.usp.br/publicacoes/textos/metodolo
giasinstrumentos/familiaecomunidade.pdf
Consumo alimentar da população brasileira (POF 2017/18)

 Frequência do consumo alimentar


arroz
Salada crua 81,2%
O consumo dessa
preparação é maior nas
nas últimas 24 horas segundo quartil faixas de maior renda.
salada crua 0 40
67,1%
85
Arroz e Feijão
Apesar da forte
de renda. Brasil, 2017/18 14,7% presença na mesa
do brasileiro em
geral, esse combo
29,8% é mais frequente
0 10 20 30 nas classes de
menor rendimento.
17% 16,3%
20
16,3%
13,5%
20 Carnes
15 A carne bovina é mais
7,7% 10 5,9%
10 frequente nos domicílios
5 de maior renda. Já aves e
Fonte: Disponível em: 0 Pães 0
farinha de peixes frescos estão mais
milho e ovos presentes nos primeiros
Enquanto o pão de sal é mandioca
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012- preparações à
frequente na mesa do brasileiro quartos de rendimento.
base de milho
agencia-de-noticias/noticias/28648-brasileiros-com-menor- em geral, o pão integral é 16
vezes mais presente nos
renda-consomem-mais-arroz-e-feijao-e-menos- domicílios de maior renda.
outros laticínios pão integral 42,1%
industrializados 0,6% 45
0,2% 33% 33,1%
28%
30
2,5% 9,6%
0 1 2 3 0 2 4 6 8 10
15 8,5%
5,5%
queijos
0 carne
3,9% aves peixes
bovina frescos
4,6%
5
21,6%
0 12,5 25 Pizza 4

iogurtes 3
1,8% Leite e derivados
2 1%
Leites, queijos, iogurtes e outros
laticínios são mais frequentes na 1
6,5% mesa das pessoas com renda 0
0 2 4 6 8 mais alta do que na de menores pizza
rendas

1º quarto 4º quarto
Consumo alimentar da população brasileira (POF 2017/18)

 Frequência do consumo alimentar


nas últimas 24 horas segundo faixa Preparações In natura
etária. Brasil, 2017/18 30
16
25
12 20

8 15
10
4
5
Fonte: Disponível em: 0 0
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia- Sopas e caldos Sanduíches Banana Salada crua Laranja Mamão
noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/28648-
brasileiros-com-menor-renda-consomem-mais-arroz-e-
feijao-e-menos-industrializados
Ultraprocessados
8
7
6
5 Adolescentes
4
3 Adultos
2
1 Idosos
0
Biscoito Macarrão Achocolatados Salgadinhos
recheado instantâneo chips
Metas do Plano de Ações Estratégicas para o enfretamento de DCNT no
Brasil (2012 – 2022)
 Reduzir a taxa de mortalidade prematura (<70 anos) por DCNT em 2% ao ano.
 Reduzir a prevalência de obesidade em crianças e adolescentes.
 Deter o crescimento da obesidade em adultos.
 Reduzir a prevalência de consumo nocivo de álcool.
 Aumentar a prevalência de atividade física no lazer.

Fonte: Disponível em:


https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/plano_
acoes_enfrent_dcnt_2011.pdf

 Aumentar o consumo de frutas e hortaliças.


 Reduzir o consumo médio de sal.
 Reduzir a prevalência de tabagismo em adultos.
Estratégia intersetorial de prevenção e controle da obesidade

Eixos: Ministério do
Desenvolvimento Social

1) Disponibilidade e acesso a alimentos saudáveis e Combate à Fome

e adequados;
2) Ações de educação, comunicação e informação;
3) Promoção de modos de vida saudável em Estratégia Intersetorial de
ambientes específicos; Prevenção e Controle da Obesidade:
RECOMENDAÇÕES PARA ESTADOS E MUNICÍPIOS
4) Vigilância alimentar e nutricional;
5) Atenção integral à saúde do indivíduo com
sobrepeso/obesidade na rede de saúde;
6) Regulação e controle da
qualidade e inocuidade
dos alimentos.
MAIO, 2014

Fonte: Disponível em:


http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/seguranc
a_alimentar/estrategia_prevencao_obesidade.pdf
Estratégia intersetorial de prevenção e controle da obesidade

1) Disponibilidade e acesso a alimentos saudáveis e adequados:

Apoio e incentivo a:
 Agricultura Familiar;
 Programa de Aquisição de Alimentos (PAA);
 Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae);
 Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT);
 Banco de alimentos, restaurantes populares e feiras livres.

Fonte: Disponível em:


https://www.brasildefato.com.br/2020/06/20/c
ompra-de-alimentos-da-agricultura-familiar-e-
crucial-diz-ex-diretor-da-conab
Estratégia intersetorial de prevenção e controle da obesidade

2) Ações de educação, comunicação e informação:

 Implementar ações de Educação Alimentar e Nutricional segundo Marco de Referência de


EAN para as Políticas Públicas, guia alimentar para a população brasileira e para menores
de 2 anos;
 Educação permanente para profissionais de saúde;
 Elaboração e divulgação de materiais educativos;
 Ações de Educação Alimentar e Nutricional em instituições filantrópicas e
equipamentos públicos.
3) Promoção de modos de vida saudável em
ambientes específicos:

 Escolas;
 Ambiente de trabalho;
 Instituições filantrópicas.
Estratégia intersetorial de prevenção e controle da obesidade

4) Vigilância alimentar e nutricional:

 Sisvan;
 Inquéritos populacionais.

5) Atenção integral à saúde do indivíduo com sobrepeso/obesidade na rede de saúde:

Prevenção, tratamento e recuperação do estado nutricional

Estratégia Saúde da Família


Estratégia intersetorial de prevenção e controle da obesidade

6) Regulação e controle da qualidade e inocuidade dos alimentos.

 Rótulos nutricionais;
 Modificação da composição de alimentos industrializados;
 Limitação da publicidade de alimentos, principalmente a direcionada para a
população infantil.

Fonte: Disponível em:


https://www.foodconnection.com.br/mercado/segurana-
alimentar-conhea-normas-na-produo-de-alimentos
Interatividade

Os eixos da estratégia intersetorial de prevenção e controle da obesidade são:


1) Disponibilidade e acesso a alimentos saudáveis e adequados;
2) Ações de educação, comunicação e informação;
3) Promoção de modos de vida saudável em ambientes específicos;
4) Vigilância alimentar e nutricional;
5) Atenção integral à saúde do indivíduo com sobrepeso/obesidade na rede de saúde;
6) Regulação e controle da qualidade e inocuidade dos alimentos.

O Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e


Programa Saúde na Escola (PSE) estão envolvidos com quais
destes eixos?
a) 1, 2, 3, 4, 5 e 6.
b) 1, 2, 3 e 4.
c) 2, 3, 4 e 6.
d) 1, 3, 5 e 6.
e) 2, 4 e 5.
Resposta

Os eixos da estratégia intersetorial de prevenção e controle da obesidade são:


1) Disponibilidade e acesso a alimentos saudáveis e adequados;
2) Ações de educação, comunicação e informação;
3) Promoção de modos de vida saudável em ambientes específicos;
4) Vigilância alimentar e nutricional;
5) Atenção integral à saúde do indivíduo com sobrepeso/obesidade na rede de saúde;
6) Regulação e controle da qualidade e inocuidade dos alimentos.

O Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e


Programa Saúde na Escola (PSE) estão envolvidos com quais
destes eixos?
a) 1, 2, 3, 4, 5 e 6.
b) 1, 2, 3 e 4.
c) 2, 3, 4 e 6.
d) 1, 3, 5 e 6.
e) 2, 4 e 5.
Diretriz de ingestão de açúcar por adultos e crianças

Excesso de açúcar nos alimentos ou nas dietas

Elevada densidade energética, além das necessidades


corporais

Peso corporal
Fonte: Disponível em:
https://tenor.com/search/sugar-animation-gifs

Considerar açúcar adicionado aos alimentos e açúcar já contido


em alimentos processados e ultraprocessados, incluindo
bebidas.
Diretriz de ingestão de açúcar por adultos e crianças

 Em 2015, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou diretriz para a ingestão de


açúcares por adultos e crianças.

Recomendação: consumo diário < 10% das calorias


ingeridas diariamente em uma dieta saudável.
Maiores benefícios à saúde podem ser alcançados se
o consumo diário de açúcar for reduzido para 5% das
calorias ingeridas (ou cerca de 25 g de açúcar por dia).

Diretriz:
Alimentos in natura
que contêm açúcares Ingestão de
açúcares por
naturalmente em sua adultos e crianças
composição não são
considerados nesta Fonte: OMS (2015).
recomendação.
Diretriz de ingestão de açúcar por adultos e crianças

Adoção ou revisão dos guias alimentares nacionais.


Orientações para a
promoção da redução do Declaração nos rótulos com linguagem clara e acessível da
consumo de açúcar. quantidade de açúcar presente nos alimentos
industrializados.
Desenvolvimento de ações educativas que conscientizem os
consumidores para que façam escolhas mais saudáveis.
Regulação da propaganda e da comercialização dos
alimentos e bebidas não alcóolicas com altos conteúdos de
açúcares livres.
Aplicação de políticas fiscais dirigidas aos alimentos com
altos teores de açúcar.
Fonte: OMS (2015).
Consumo de sódio na população brasileira

Sal

Sal

Fonte: Disponível em: https://saudebrasil.saude.gov.br/eu-quero-me-alimentar-melhor/consumo-


excessivo-de-sodio-traz-muitos-riscos-a-saude
Acordos para diminuição de sódio e açúcares em alimentos
ultraprocessados
 Acordos entre Ministério da Saúde e Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia)
para redução de teores de sódio (desde 2011) e açúcares (desde 2018) em
alimentos ultraprocessados.

 Metas voluntárias para diminuição gradativa de sódio e açúcares em determinados alimentos


ultraprocessados, sem substituição.

Sódio: pães e bolos


industrializados, salgadinhos Açúcares: pães e bolos
de pacote, macarrão e sopa industrializados, bebidas
instantâneos, bolachas, adoçadas (inclusive
embutidos e temperos lácteas) e bolachas.
prontos para uso.
Regulamentação sobre gorduras trans

Resolução RDC n. 332, de 23 de dezembro de 2019.

 A partir de 1º de julho de 2021: quantidade de gorduras trans nos óleos refinados não pode
exceder 2 gramas por 100 gramas de gordura total.
 Entre 1º de julho de 2021 e 1º de janeiro de 2023: quantidade de gorduras trans não pode
exceder 2 gramas por 100 gramas de gordura total em qualquer alimento.
 A partir de 1º de janeiro de 2023: proibidos a produção, a importação, o uso e a oferta de
óleos e gorduras parcialmente hidrogenados para uso em alimentos e de alimentos
formulados com estes ingredientes.

Fonte: Disponível em: https://idec.org.br/gordura-trans


Controle e regulação dos alimentos

Política Nacional de Alimentação


5. Participação e
e Nutrição (Pnan) 4. Gestão das Controle Social
6. Qualificação
Ações de da Força de
Alimentação e Trabalho
Nutrição

7. Pesquisa,
Controle e regulação de alimentos, 3. Vigilância Inovação e
Alimentar e Conhecimento em
considerando a produção, Nutricional Alimentação e
Nutrição
processamento, industrialização,
comercialização, abastecimento
e distribuição. 2. Promoção da
1. Organização 8. Controle e
Alimentação
Adequada e
da Atenção Regulação dos
Saudável Nutricional Alimentos

9. Cooperação e Articulação para Segurança Alimentar e Nutricional

Fonte: Adaptado de: Brasil (2012).


Controle e regulação dos alimentos

Ações de regulação Regulação


Controle
e controle dos Regulamentação da venda
alimentos Cantinas saudáveis nas e propaganda de alimentos
escolas em cantinas escolares
Regulamentação da
Rotulagem nutricional
publicidade direcionada ao
Espaços que favoreçam a público infantil
amamentação Rotulagem de produtos
dirigidos a lactentes
Fonte: Adaptado de: Martins (2019).
Rotulagem nutricional dos alimentos

Rotulagem nutricional dos alimentos a) Modelos com alto teor de um nutriente

Acesso às informações nutricionais:


apoio às escolhas mais saudáveis
b) Modelos com alto teor de dois nutrientes

Resolução da Diretoria Colegiada


(RDC) n. 429, de 08 de outubro de
2020.
Rotulagem
nutricional c) Modelos com alto teor de três nutrientes
frontal

Fonte: Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-


anvisa/2020/ aprovada-norma-sobre-rotulagem-nutricional
Rotulagem nutricional dos alimentos

 Prazo para adequação dos rótulos: INFORMAÇÃO NUTRICIONAL


 Até outubro de 2022. Porções por embalagem: 000 porções
Porção: 000 g (medida caseira)
100 g 000 g %VD*
 Alimentos fabricados por Valor energético (kcal)
empresas de pequeno porte, como Carboidratos totais (g)
agricultores familiares e Açúcares totais (g)
microempreendedores: Açúcares adicionados (g)
 Até outubro de 2024. Proteínas (g)
Gorduras totais (g)
Gorduras saturadas (g)
Gorduras trans (g)
Fibra alimentar (g)
Sódio (mg)
*Percentual de valores diários fornecidos pela porção.

Fonte: Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-


anvisa/2020/ aprovada-norma-sobre-rotulagem-nutricional
Interatividade

Segundo a RDC 429/2020, para melhor esclarecer o consumidor, informações de alguns


nutrientes de alimentos industrializados devem constar na parte frontal dos rótulos a partir de
2022. Quais são estes nutrientes?

a) Gorduras totais, gorduras trans e gorduras saturadas.


b) Açúcar de adição, gorduras trans e gorduras saturadas.
c) Cálcio, vitamina D e ferro.
d) Vitamina A, sódio e gorduras trans.
e) Açúcar de adição, gorduras saturadas e sódio.
Resposta

Segundo a RDC 429/2020, para melhor esclarecer o consumidor, informações de alguns


nutrientes de alimentos industrializados devem constar na parte frontal dos rótulos a partir de
2022. Quais são estes nutrientes?

a) Gorduras totais, gorduras trans e gorduras saturadas.


b) Açúcar de adição, gorduras trans e gorduras saturadas.
c) Cálcio, vitamina D e ferro.
d) Vitamina A, sódio e gorduras trans.
e) Açúcar de adição, gorduras saturadas e sódio.
Métodos de intervenção para a promoção de saúde

 Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS): publicada em 2006 e reformulada


em 2014.

Qualidade de Ações
vida intersetoriais e Incentivo ao
multidisciplinares autocuidado

Educação e
Mobilização e
formação
participação
continuada
social
Métodos de intervenção para a promoção de saúde

Eixos temáticos para a Eixos Áreas prioritárias

promoção da saúde. Alimentação e nutrição


Atividade física e lazer
Fonte: Adaptado de: Campos; Barros e Redução de danos causados pelo consumo de álcool, tabaco e
Castro (2004).
outras drogas
Modos de
viver Exercício autônomo da sexualidade
Respeito à diversidade sexual
Equidade de gênero e etnia
Envelhecimento
Melhoria dos ambientes de trabalho
Condições e
relações de Redução do % de doenças ocupacionais e acidentes de trabalho
trabalho
Serviços de saúde humanizados
Violência
Redução de acidentes no trânsito
Ambientes Elaboração de agendas intersetoriais
Saneamento e qualidade das águas
Saúde nas escolas
Métodos de intervenção para a promoção de saúde

 A promoção da saúde no campo da alimentação e nutrição deve envolver:

Articulação de
Enfoque da Capacitação dos
saberes técnicos e
integralidade indivíduos
populares
Articulação dos
conhecimentos Maior aproximação Desenvolvimento da
biológicos que dos profissionais autonomia,
envolvem nutrição com a realidade dos possibilitando as
com a dimensão indivíduos e das escolhas alimentares
social da populações. mais saudáveis.
alimentação.
Métodos de intervenção para a promoção de saúde

 A promoção da saúde no campo da alimentação e nutrição deve envolver:


Mobilização social
e reforço à ação Educação popular Intersetorialidade
comunitária
Atividades
direcionadas às
Incentivar a reflexão Diálogo e a
mudanças
e o pensamento articulação dos
comportamentais,
crítico acerca dos diversos setores
informações sobre
processos de saúde envolvidos na
políticas públicas,
e de alimentação, alimentação, desde
assim como o
seus problemas e a sua produção até
incentivo ao
meios de superá-los. a distribuição.
exercício dos diretos
e deveres.

Nutricionista: postura proativa, criativa, comprometida e


contextualizada com as demandas sociais.
Ações de educação e comunicação: planejamento e aplicação

As ações educativas visam incentivar, no indivíduo e no


grupo, a capacidade de analisar a sua realidade, bem como
de decidir ações conjuntas com os profissionais de saúde.

Compreender como o indivíduo lida com as suas questões MARCO DE


relativas às práticas e comportamentos alimentares e, a REFERÊNCIA DE
EDUCAÇÃO
partir de então, incentivá-lo a refletir sobre aspectos sociais ALIMENTAR E
e emocionais envolvidos. NUTRICIONAL PARA
AS POLÍTICAS
PÚBLICAS

Fonte: Disponível em:


https://www.cfn.org.br/index.php/biblioteca/marco-de-
referencia-de-educacao-alimentar-e-nutricional/
Ações de educação e comunicação: planejamento e aplicação

Educação Popular: processo de construção


compartilhada do conhecimento, que se
desenvolve pela interação em que sujeitos
possuidores de saberes diferentes se articulam a
partir de interesses comuns. INSTRUTIVO
METODOLOGIA DE TRABALHO EM
GRUPOS PARA AÇÕES DE
ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NA
ATENÇÃO BÁSICA

Fonte: Disponível em:


http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoe
s/instrutivo_metodologia_trabalho_nutricao_ab.pdf
Ações de educação e comunicação: planejamento e aplicação

SEUS OBJETIVOS DE VIDA (O QUE É IMPORTANTE PARA VOCÊ)


Viver muitos anos
Nome: Maria da Silva Data: 04/12/2014
O que você fará?
Ideias para superar os
Mudança de hábito e Quantas vezes
Obstáculos obstáculos (Quem é o
data (dia/semana)
quê)
Quando/Onde/Como
Comer uma fruta por • Comer uma fruta no • Picar, lavar e • Deixar as frutas já
dia. (05/12/2014) lanche da manhã, descascar frutas lavadas ou picadas
em casa, quando todos os dias. (como o mamão e a
Fonte: Disponível em: voltar da Academia • Esquecimento. melancia) na
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/pu geladeira.
blicacoes/instrutivo_metodologia_trabalho_ • Deixar as frutas em
nutricao_ab.pdf local visível.
Evitar comprar produtos • Quando sair para • Falta de tempo. • Organizar um horário
industrializados prontos almoçar, comer em para o almoço.
para consumo. restaurantes que • Organizar um
(15/12/2014) oferecem comida caderno de receitas
caseira ou a quilo. com sugestões
• Em casa, preferir simples, rápidas e
receitas simples, fáceis de serem
com alimentos feitas.
frescos e que gastam
menos tempo.
Ações de educação e comunicação: planejamento e aplicação

 Recomenda-se que a comunicação seja pautada nos seguintes aspectos:

Escuta ativa e próxima;


Reconhecimento das diferentes formas de saberes e práticas;
Construção partilhada de saberes, práticas e soluções;
Valorização do conhecimento, da cultura e do patrimônio
Fonte: Disponível em: alimentar;
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publ
icacoes/instrutivo_metodologia_trabalho_nutri Atender às necessidades dos indivíduos e grupos;
cao_ab.pdf
Busca da formação de vínculo entre os diferentes sujeitos que
integram o processo;
Busca de soluções contextualizadas;
Relações horizontais;
Monitoramento permanente dos resultados;
Formação de rede entre profissionais e setores envolvidos
visando à troca de experiências e o diálogo.
Ações de educação e comunicação: planejamento e aplicação

Metodologias ativas de ensino

Interação dos educandos na elaboração de soluções a


partir da reflexão sobre os problemas encontrados.

Estratégias voltadas para a prática, aplicadas aos


conceitos trabalhados e contextualizada à realidade.

Avaliação da metodologia
utilizada (processo) e
resultados obtidos.

Apresentar resultados aos


participantes, enfatizando as
conquistas e motivando a
continuidade das ações. Fonte: Disponível em:
https://br.pinterest.com/pin/498351515012116047/
Ações de educação e comunicação: planejamento e aplicação

Fonte: Disponível em:


https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2
018/05/17/lei-inclui-tema-da-educacao-alimentar-
e-nutricional-no-curriculo-escolar Fonte: Disponível em:
https://www.ma.gov.br/agenciadenoticias/?p=277175

Fonte: Disponível em: http://portal.mec.gov.br/ultimas-


noticias/211-218175739/18544-trabalho-na-horta-
estimula-aprendizagem-e-solidariedade
Interatividade

Um nutricionista da rede básica de saúde realiza uma roda de conversa com um grupo
pequeno de pacientes diabéticos com o objetivo de conhecer melhor as percepções e
dificuldades destes indivíduos em relação à sua dieta. Utilizando a escuta ativa e próxima,
busca identificar as diferentes formas de saberes e práticas. Após o diagnóstico, pretende
realizar diversas palestras para este público-alvo, a fim de apresentar informações científicas
sobre as principais dúvidas apresentadas.
Para melhor aprimorar a ação educativa proposta, o nutricionista deveria:
I. Criar uma ação educativa pautada no diálogo;
II. Não considerar dúvidas individuais para ação em grupo;
III. As temáticas trabalhadas nas palestras deveriam ser
baseadas nas sugestões das equipes de saúde e não
dos pacientes;
IV. Buscar soluções viáveis para a realidade do grupo.

Estão corretos apenas os itens:


a) I, II e III. c) I e IV. e) I, III e IV.
b) I e II. d) II, III e IV.
Resposta

Um nutricionista da rede básica de saúde realiza uma roda de conversa com um grupo
pequeno de pacientes diabéticos com o objetivo de conhecer melhor as percepções e
dificuldades destes indivíduos em relação à sua dieta. Utilizando a escuta ativa e próxima,
busca identificar as diferentes formas de saberes e práticas. Após o diagnóstico, pretende
realizar diversas palestras para este público-alvo, a fim de apresentar informações científicas
sobre as principais dúvidas apresentadas.
Para melhor aprimorar a ação educativa proposta, o nutricionista deveria:
I. Criar uma ação educativa pautada no diálogo;
II. Não considerar dúvidas individuais para ação em grupo;
III. As temáticas trabalhadas nas palestras deveriam ser
baseadas nas sugestões das equipes de saúde e não
dos pacientes;
IV. Buscar soluções viáveis para a realidade do grupo.

Estão corretos apenas os itens:


a) I, II e III. c) I e IV. e) I, III e IV.
b) I e II. d) II, III e IV.
Bases conceituais para a elaboração e avaliação de programas e
intervenções em nutrição
Formulação de políticas públicas:
Identificação
do problema

Monitoramento Definição da
e avaliação agenda

Seleção de
Implementação
soluções

Tomada de
decisão

Fonte: Jaime (2019).


Bases conceituais para a elaboração e avaliação de programas e
intervenções em nutrição
 Exemplo de intervenção em nutrição social.

• Baixo consumo de frutas e hortaliças devido a


PROBLEMA dificuldades no acesso

• Horta comunitária
• Mobilização da comunidade para levantar
IMPLEMENTAÇÃO recursos junto à administração pública regional
• Organização do trabalho de integrantes da
comunidade para a manutenção da horta

• Produção da horta
MONITORAMENTO
• Disponibilidade de hortaliças nos domicílios
• Consumo de hortaliças pelos moradores
O nutricionista e a propaganda e comercialização de alimentos

 Uma das áreas de atuação do nutricionista: cadeia de produção na indústria e no comércio


de alimentos, na qual se realizam atividades de desenvolvimento, produção e comércio de
produtos relacionados à alimentação e nutrição.

Marketing Fornecer
nutricional informações

Influência na
escolha de
alimentos Fonte: Disponível em:
https://www.nutrimixassessoria.com.br/atribuicoes-do-
nutricionista-em-supermercados/
Propaganda e comercialização de alimentos

Grande parte da publicidade de alimentos e bebidas


está relacionada a produtos com alto teor de gorduras,
açúcares e sódio.

São raros anúncios de alimentos in natura.

Fonte: Disponível em: Grupo de alta vulnerabilidade: crianças.


http://petpedagogia.ufba.br/influencia-da-midia-na-
promocao-do-consumo-infantil

Nutricionistas e estudantes de nutrição também são


alvo da publicidade de alimentos, pois são formadores
de opinião análise crítica sobre possíveis
conflitos de interesses, pois interesses da área de
saúde pública devem prevalecer.
Propaganda e comercialização de alimentos

Desde 2005/06: discussão na Anvisa sobre regulamentação


da publicidade e propaganda de alimentos ricos em
açúcares, gorduras e sódio.

Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n. 24/2010.

Fonte: Disponível em: http://aao.org.br/aao/artigos-e-


Suspensa meses depois devido à ação judicial promovida
noticias.php?id=119&p=7&search=&cat_id=&tags= pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia).

Norma Brasileira de Comercialização


de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira
Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL): conjunto
de normas que regulam a promoção comercial e a
rotulagem de alimentos e produtos destinados a recém-
nascidos e crianças de até três anos de idade.
O nutricionista na vigilância à saúde

 Atuação do nutricionista em saúde pública:

 Políticas e programas de alimentação e nutrição: gestão das políticas e programas.

 Atenção básica em saúde: gestão das ações de alimentação e nutrição e cuidado nutricional
na rede de atenção básica.

 Vigilância em saúde: sanitária, epidemiológica e fiscalização do exercício profissional.

Vigilância Sanitária ≠ Vigilância Epidemiológica


O nutricionista na vigilância à saúde

Objetivos da vigilância sanitária: eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e intervir nos
problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da
prestação de serviços de interesse da saúde, incluindo alimentos.

Regulamenta, fiscaliza, promove ações educativas, participa de investigações


de surtos, entre outras funções. O nutricionista atua em, por exemplo:

Regulamentação e fiscalização da rotulagem, boas Ações educativas sobre


práticas de produção e publicidade de alimentos. segurança alimentar.

Fonte: Disponível em: http://ecos-redenutri.bvs.br/tiki-read_article.php?articleId=1218


O nutricionista na vigilância à saúde

Objetivos da vigilância epidemiológica: conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a


detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes de doenças.

Monitora as condições de saúde da população e seus determinantes, investiga


surtos e epidemias, propõe ações para prevenção e controle de doenças. O nutricionista atua
em, por exemplo:

Investigação de doenças
transmitidas por alimentos.

Monitoramento do estado
nutricional e consumo
alimentar da população.
Fonte: Disponível em:
https://cecanesc.paginas.ufsc.br/files/2019/07/
Nutri%C3%A7%C3%A3o_Completa-Final.pdf
Interatividade

“Os gestores optam por uma proposta a partir das opções avaliadas. Devem ser levados em
consideração a definição das metas do programa, as estratégias de monitoramento e
avaliação, o planejamento de recursos e dos instrumentos de implementação e também o
tempo disponível e o tempo necessário para a intervenção e avaliação de resultados”

O texto acima refere-se a qual etapa da formulação de políticas públicas?

a) Definição da agenda.
b) Seleção de soluções.
c) Tomada de decisão.
d) Implementação.
e) Identificação do problema.
Resposta

“Os gestores optam por uma proposta a partir das opções avaliadas. Devem ser levados em
consideração a definição das metas do programa, as estratégias de monitoramento e
avaliação, o planejamento de recursos e dos instrumentos de implementação e também o
tempo disponível e o tempo necessário para a intervenção e avaliação de resultados”

O texto acima refere-se a qual etapa da formulação de políticas públicas?

a) Definição da agenda.
b) Seleção de soluções.
c) Tomada de decisão.
d) Implementação.
e) Identificação do problema.
Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção


Básica. Política Nacional de Alimentação e Nutrição. Brasília: MS; 2012.

CAMPOS, G. W.; BARROS, R. B.; CASTRO, A. M. Avaliação de política nacional de promoção


da saúde. Ciência & Saúde Coletiva, v. 9, n. 3, p. 745-749, 2004.

JAIME, P. C. Políticas públicas de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Atheneu, 2019.

MARTINS, A. P. B. Regulação e controle de alimentos. In:


JAIME, P. C. Políticas públicas de alimentação e nutrição. Rio
de Janeiro: Atheneu, 2019.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Diretriz:


ingestão de açúcares por adultos e crianças. Genebra, 2015.
ATÉ A PRÓXIMA!

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