ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINES) e ANTI-INFLAMATÓRIOS
ESTEROIDAIS (CORTICOIDES)
CASO 1: Leia o caso a seguir e, a partir dele, responda as questões de 1 a
2. Breve histórico: a paciente tem 26 anos e diagnóstico de grave dismenorreia primária, que se iniciou com sua menstruação aos 13 anos. A dor começa 3 a 4 dias antes da menstruação, o que a impossibilita de sair da cama, perdendo alguns dias de trabalho a cada episódio. A paciente vem tentando controlar a dor com analgésicos opioides, AINEs tradicionais e anticoncepcionais nos últimos anos. Contudo, mesmo com estes tratamentos farmacológicos, a paciente ainda é encaminhada à emergência várias. Quadro médico atual e terapia medicamentosa: paciente chegou no início da noite à emergência do hospital local, reclamando de forte dor nas regiões pélvica, abdominal e lombar, o que a estava impedindo de ficar em pé. Ela também reclamou de ondas de calor, dor de cabeça, náuseas e vômicos, tendo sido administrada prometazina como antiemético e sedativo. A paciente recebeu alta com indicação para continuar com o ácido acetilsalicílico 4 vezes ao dia e tramadol, sendo encaminhada à fisioterapia no dia seguinte para tratamento adicional visando aliviar a dor, se necessário. Cenário da reabilitação: a paciente chegou à fisioterapia com os sintomas anteriores, e seu nível atual de dor era de 8/10 em uma escala visual analógica, mesmo com o uso do medicamento. O fisioterapeuta decidiu usar diatermia por ondas curtas pulsada na região pélvica anterior, como modalidade de calor profundo, para aliviar a dor. Após o tratamento, seu nível de dor era de 4/10, tendo a mulher pedido para retornar no dia seguinte para outra sessão de diatermia. Além disso, ela usava a combinação de ácido acetilsalicílico e tramadol, como prescrito. Após o tratamento, seu nível de dor passou a ser de 0/10, tendo afirmado ser a primeira vez, nos últimos dias, que se sentia livre da dor. Mais uma vez, solicitou o tratamento para o dia seguinte, já que seu ciclo menstrual deveria se iniciar nos próximos dias. Assim, a paciente retornou no terceiro dia. Quando o fisioterapeuta perguntou sobre o seu ciclo menstrual, declarou que seu nível de dor tinha caído para 3/10, e seu ciclo havia iniciado. Entretanto, estava preocupada porque o fluxo da menstruação se mostrava mais intenso. Problema/ opção clínica: a questão é se o aumento do fluxo de sangue durante a menstruação tinha relação com o tratamento diatermia e com o uso do ácido acetilsalicílico. A diatermia usa radiação eletromagnética em um campo alternado para aquecer os tecidos subcutâneos. Como resposta ao tratamento, a temperatura elevada do tecido aumentaria o fluxo sanguíneo. Já a concentração do ácido acetilsalicílico em cada comprimido é de 325 mg, e, com a administração de 4 vezes ao dia, a dose total seria de 1.300 mg, a qual permite o efeito analgésico, mas também pode desenvolver efeitos indesejáveis. O fisioterapeuta deve informar à paciente se a combinação da diatermia e do ácido acetilsalicílico pode aumentar o fluxo sanguíneo durante a menstruação, bem como explicar os mecanismos envolvidos no processo. 1- Explique por que a paciente do caso clínico fez uso do ácido acetilsalicílico. 2- Por uso do ácido acetilsalicílico pode aumentar o fluxo sanguíneo durante a menstruação? 3- Durante a anamnese a paciente do caso clínico relatou ao fisioterapeuta que fumava e estava passando por um momento de estresse no trabalho. Diante dessas informações, qual outro efeito colateral a paciente provavelmente pode desenvolver caso continue utilizando o ácido acetilsalicílico com frequência? Descreva por que a paciente pode desenvolver esse efeito colateral.
4- Por que os AINEs possuem efeito antipirético?
5- Qual o principal efeito colateral que pode ser observado em pacientes
que utilizam inibidores seletivos da COX-2? Em que situação esses fármacos são contraindicados?
Leia as informações a seguir e responda as questões de 6 a 7.
A classe glicocorticoide ou corticoide são agentes farmacológicos que influenciam, de modo significativo, a prática clínica dos fisioterapeutas. Primeiro, muitos pacientes com problemas ortopédicos encaminhados à reabilitação já usaram ou estão usando glicocorticoides. As injeções locais de glicocorticoides também são comumente utilizadas em pacientes com problemas ortopédicos. Os fisioterapeutas também usam glicocorticoides para tratar seus pacientes. Eles administram glicocorticoides por via transcutânea através de iontoforese ou fonoforese. Para liberar o fármaco, a iontoforese usa uma repulsão eletromotora de carga-carga, e a fonoforese utiliza a energia mecânica do ultrassom. Estas modalidades consistem no fluxo transcutâneo de glicocorticoides e melhoram os resultados clínicos durante a reabilitação dos pacientes. No entanto, o uso prolongado de glicocorticoides provoca efeitos colaterais que exigem experiência do fisioterapeuta. 6- Por que os corticoides são bastante usados durante a reabilitação de pacientes? Descreva o mecanismo do seu efeito terapêutico? 7- Descreva SETE efeitos colaterais que os corticoides podem induzir?
8- Julgue a seguinte afirmativa como verdadeira ou falsa e justifique a sua
resposta: “A administração de glicocorticóide exógeno aumenta a secreção de glicocorticóide endógeno e causa hipertrofia do córtex da suprarrenal”.
9- O que deve ser feito para evitar o desenvolvimento insuficiência
suprarrenal aguda após tratamento prolongado com glicocorticoides?