Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
E INOVAÇÃO
Olá prezado(a) aluno(a)!
Bons estudos!
1 A EVOLUÇÃO DO CURRÍCULO: UMA ANÁLISE DA CONSTRUÇÃO
SOCIOCULTURAL E HISTÓRICA
FONTE: bit.ly/3NarUIJ3.
Competências Finalidade
Conhecimento Valorizar e utilizar os conhecimentos sobre o mundo
físico, social, cultural e digital.
Pensamento científico, Exercitar a curiosidade intelectual e utilizar as ciências
crítico e criativo com criticidade e criatividade.
Repertório cultural Valorizar as diversas manifestações artísticas e
culturais.
Comunicação Utilizar diferentes linguagens.
Cultura digital Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de
forma crítica, significativa e ética.
Trabalho e projeto de vida Valorizar e apropriar-se de conhecimentos e
experiências
Argumentação Argumentar com base em fatos, dados e informações
confiáveis.
Autoconhecimento e Conhecer-se, compreender-se na diversidade
autocuidado humana e apreciar-se.
Empatia e cooperação Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos
e a cooperação.
Responsabilidade e Agir pessoal e coletivamente com autonomia,
cidadania responsabilidade, flexibilidade, resiliência e
determinação.
Fonte: Adaptado de Silva (2020).
Fonte: https://bit.ly/3O1t0F3.
O código alfanumérico existe na BNCC para organizar o conteúdo e relaciona-
se com cada objetivo de aprendizagem e desenvolvimento. É importante lembrar
que a numeração sequencial de códigos alfanuméricos não está vinculada a
nenhuma ordem ou hierarquia nos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento. A
educação integral é frequentemente confundida com a educação em tempo integral,
no entanto, ela pode ser entendida como um processo de formação humana que
remonta à Grécia Antiga e seu ideal de educação, a Paideia. Este ideal buscava o
desenvolvimento completo do ser humano, contemplando tanto o aspecto intelectual
quanto o moral e o físico, ou seja, “[...] o processo de construção consciente,
permitindo ao indivíduo ser ‘constituído de modo correto e sem falha, nas mãos, nos
pés e no espírito’” (ARANHA, 2006, p. 61).
A educação de tempo integral não necessariamente vai se caracterizar como
uma educação integral, e o contrário também é verdadeiro. Como bem apontam
Messa et al. (2019), a educação integral não é definida pela quantidade de tempo,
mas por outros aspectos:
• O primeiro período, que vai de 1854 a 1956, foi marcado por iniciativas de
caráter privado.
• O segundo período, que abrange o período de 1957 a 1993, foi definido por
ações oficiais de âmbito nacional.
• O terceiro período, desde 1993 em diante, é caracterizado pelos movimentos
em prol da inclusão escolar, como destacado por Mantoan (2006, p. 33).
Numa análise geral da obra, observa-se que, apesar das diversas diferenças
abordadas, as autoras apresentam caminhos semelhantes. Elas frequentemente
enfatizam a importância da reflexão individual e coletiva da comunidade escolar em
relação ao convívio com o diferente. Além disso, destacam a necessidade de
explorar e estudar o tema, algo que esta obra faz ao abordar várias dimensões da
relação entre educação e pluralidade cultural.
No entanto, o ponto de convergência mais evidente nos textos é a defesa
da inclusão. Isso implica dar atenção à voz dos diferentes, possibilitando sua
presença no espaço escolar e respeitando suas particularidades. Somente com essa
presença possível que cada indivíduo desenvolva o conhecimento de si mesmo e do
outro, fortalecendo as bases de uma comunidade composta por pessoas diferentes,
porém iguais.
6 PLANEJAMENTO ESCOLAR NA PERSPECTIVA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS
• Planejamento educacional;
• Planejamento curricular;
• Planejamento institucional;
• Planejamento de ensino.
[...] ao educador falta clareza com relação à realidade em que ele vive, não
dominando, por exemplo, como os fatos e fenômenos chegaram ao ponto em
que estão hoje (dimensão sociológica, histórico-processual); falta clareza
quanto à finalidade daquilo que ele faz: educação para quê, a favor de quem,
contra quem, que tipo de homem e de sociedade formar, etc. (dimensão
política, filosófica); e, finalmente, falta clareza, como apontamos antes, à
sua ação mais específica em sala de aula (dimensão pedagógica).
Efetivamente, faltando uma visão de realidade e de finalidade, fica difícil
para o educador operacionalizar alguma prática transformadora, já que não
sabe bem onde está, nem para onde quer ir (VASCONCELOS, 2007, p. 25).
• Plano de curso
• Plano de ensino
• Plano de aula
As ações de planejamento escolar são executadas com base nos planos que
compõem a política educacional brasileira. É por meio dessa política que os gestores
organizam o funcionamento das escolas e os professores elaboram suas aulas,
buscando alcançar suas intenções pedagógicas. Os processos de planejamento
escolar geralmente envolvem três variáveis específicas: análise, reflexão e previsão.
A partir da análise, os gestores e professores examinam cuidadosamente o
contexto escolar, considerandos fatores como características dos alunos, recursos
disponíveis, demandas da comunidade e objetivos educacionais. Em seguida, ocorre
a etapa de reflexão, na qual são feitas ponderações e avaliações sobre o que é
possível fazer para promover a aprendizagem dos alunos de maneira eficaz. Por fim,
entra em cena a previsão, que consiste na elaboração de estratégias e ações
concretas para alcançar os objetivos estabelecidos, incluindo a definição de metas,
sequências didáticas, recursos necessários e avaliação do processo de ensino e
aprendizagem.
Essas variáveis do planejamento escolar são fundamentais para garantir uma
abordagem coerente e eficiente na condução das atividades educacionais. Por meio
da análise, reflexão e previsão, os profissionais da educação conseguem adaptar
suas práticas pedagógicas às necessidades dos alunos, estabelecendo uma base
sólida para o processo de ensino e aprendizagem.
Assim, para produzir planos coerentes, é necessário realizar uma análise do
fato em questão e dos objetivos a atingir, refletindo sobre eles, prevendo os
melhores caminhos a serem seguidos e considerando os recursos envolvidos, o
tempo e as pessoas.
Existem várias definições do plano de curso. De cada uma delas, é possível
retirar alguma característica específica. Baffi (2002, p. 3) comenta que o “Plano de
Curso é a organização de um conjunto de matérias que vão ser ensinadas e
desenvolvidas em uma instituição educacional, durante o período de duração de um
curso”. Já Vasconcelos (2007, p. 117) apresenta um conceito interessante; ele encara o
plano de curso como a “[...] sistematização da proposta geral de trabalho do professor
naquela determinada disciplina ou área de estudo, numa dada realidade”. Essa
sistematização geral do trabalho não se resume somente a listar as disciplinas que
serão ensinadas: ela envolve a descrição de outros elementos, como a previsão de “[...]
um determinado conjunto de conhecimentos, atitudes e habilidades a ser alcançado por
uma turma, num certo tempo” (PILETTI, 2010, p. 67).
O plano de curso abrange diversos aspectos, como o detalhamento das
disciplinas e dos objetivos de ensino (aquilo que o professor deseja que os alunos
aprendam), os recursos necessários, os procedimentos a serem adotados, o
cronograma de atividades e sua duração, bem como a previsão do formato das
avaliações. Muitas vezes, os cursos de formação apresentam seu plano de curso aos
potenciais alunos, fornecendo informações relevantes e auxiliando na tomada de
decisões. Da mesma forma, o professor responsável pelas aulas pode utilizar as
informações contidas no plano de curso para organizar e sistematizar seu ensino,
garantindo uma abordagem coerente e eficaz. O plano de curso serve como um guia
que orienta tanto os alunos quanto os professores no desenvolvimento do processo
educativo.
O planejamento de ensino, de acordo com Sant’anna et al. (1993, p. 19),
refere-se ao “[...] processo de tomada de decisões bem informadas que visem à
racionalização das atividades do professor e do aluno, na situação de ensino e
aprendizagem”. Ou seja, deve-se definir como o professor vai atuar, o que vai propor
para que cada um dos objetivos definidos no plano de curso seja de fato alcançado
pelos alunos, etc. Essas informações que racionalizam as atividades de interação
entre o docente e os seus alunos compõem o plano de ensino.
Dessa forma, o plano de ensino “[...] é o plano de disciplinas, de unidades e
experiências propostas pela escola, professores, alunos ou pela comunidade”
(SANT’ANNA et al., 1993, p. 49). É por meio do plano de ensino que o professor pode
traduzir de forma operacional o que está planejado no currículo da escola, por meio da
proposição das experiências, atividades ou situações de aprendizagem que serão
utilizadas para que os conteúdos curriculares sejam postos em prática no processo de
ensino e aprendizagem. O plano de ensino serve de base para que cada aula do
professor seja construída, isto é, ele auxilia na formulação dos planos de aula.
Procurando reforçar a importância do plano de ensino, Libâneo (1994, p. 222)
acrescenta que ele “[...] é a previsão dos objetivos e tarefas do trabalho docente
para um ano ou um semestre; é um documento mais elaborado, no qual aparecem
objetivos específicos, conteúdos e desenvolvimento metodológico”. Como você pode
verificar, o plano de ensino abrange um semestre ou um ano, apontando os
objetivos, conteúdos e metodologias que deverão ser desenvolvidos na disciplina.
O plano de aula, por sua vez, é definido por Piletti (2010) como:
[...] a sequência de tudo o que vai ser desenvolvido em um dia letivo. [...] a
sistematização de todas as atividades desenvolvidas no tempo em que o
professor e o aluno interagem, numa dinâmica de ensino e aprendizagem
(PILETTI, 2010, p. 73).
Como você pode perceber, o plano de aula é bastante detalhado, trazendo para
a realidade cotidiana da sala de aula o que havia sido anteriormente previsto no plano
de ensino e apontando os caminhos metodológicos que serão postos em prática
pelo professor ao interagir com os estudantes. A construção de um plano de aula na
contemporaneidade difere significativamente das abordagens adotadas no passado,
refletindo a influência das tendências pedagógicas desenvolvidas ao longo do
tempo. Os planos de aula atuais combinam elementos de metodologias tradicionais,
como a exposição oral do professor, o uso do quadro-negro e atividades individuais,
com abordagens mais progressistas, que valorizam exercícios vivenciais e coletivos.
No entanto, o aspecto central é o protagonismo do estudante no processo de
ensino e aprendizagem, juntamente com o emprego de atividades ativas que
envolvem desafios, problematizações, análise de contextos da realidade e aplicação
prática dos conhecimentos científicos adquiridos. Essas atividades também são
planejadas com o uso das tecnologias digitais de informação e comunicação,
considerando o potencial dessas ferramentas na ampliação das possibilidades
educacionais.
Nessa perspectiva contemporânea, os planos de aula buscam promover uma
aprendizagem mais participativa, significativa e contextualizada. Os estudantes são
incentivados a interagir, colaborar, refletir e construir seu próprio conhecimento por
meio de atividades diversificadas, que estimulam o pensamento crítico, a criatividade
e a resolução de problemas. Além disso, as tecnologias digitais são incorporadas
intencionalmente, seja para acesso a informações atualizadas, para a produção de
conteúdos multimídia ou para a interação em ambientes virtuais de aprendizagem. O
plano de aula contemporâneo é flexível e adaptável, valorizando a diversidade de
perfis e necessidades dos estudantes, bem como as características do contexto em
que a aprendizagem ocorre.
Outro aspecto importante é que todos os professores precisam planejar; essa
não é uma ação relativa somente àqueles que estão se iniciando na carreira
docente. Moretto (2007, p. 100) comenta que “[...] há, ainda, quem pense que sua
experiência como professor seja suficiente para ministrar suas aulas com
competência”. Porém, a competência também se eleva a partir do momento em que
as ações de planejamento são realizadas, aumentando ainda mais as probabilidades
de sucesso na aprendizagem dos estudantes.
O processo de transformação curricular culminou na fusão de ambas as
tendências a partir do entendimento de que a gestão escolar deve produzir
ferramentas mais flexíveis e estratégicas para alcançar os resultados esperados pelas
instituições de ensino. Assim, na contemporaneidade, além das especificidades técnicas
dos modelos que ajudam os professores a planejar suas aulas, destaca-se a
participação dos docentes nas ações de macroplanejamento da escola, normalmente
concretizadas a partir da construção do PPP. Considere o que pontua Libâneo (1994):
• Ênfase no ensino.
• Ênfase na aprendizagem.
• Transmissão de conhecimentos.
• Atividades para pensar e refletir.
• Reforço para atingir comportamentos.
• Desenvolvimento de competências.
• alunos;
• professores;
• metodologias ativas;
• aprendizagem significativa;
• realidade social;
• participação;
• globalização curricular.
Para uma proposta curricular inovadora com foco na aprendizagem, é
necessário romper com os paradigmas do currículo tradicional, em que o ensino é
centralizado e os alunos assumem uma postura passiva e dependente do professor.
Essa abordagem tem sido criticada por pesquisadores como Freire (1996), que
introduziu a metáfora da educação bancária e defendeu uma educação
problematizadora e libertadora. Nessa perspectiva, os alunos são colocados no
centro do processo de ensino e aprendizagem, sendo incentivados a serem
protagonistas na busca pelo conhecimento, com o professor atuando como
facilitador sempre que necessário.
O professor, por sua vez, precisa se atualizar e compreender que o mundo
passou por transformações significativas, o que resultou em uma reorganização das
formas de aprendizado. Atualmente, os conteúdos e o conhecimento estão amplamente
disponíveis através de diversos recursos digitais acessíveis aos estudantes. No entanto,
é importante encarar essa realidade não como um obstáculo, mas sim como uma
oportunidade para adotar uma prática pedagógica mais alinhada com o contexto real
dos alunos. É compreensível que muitos professores possam sentir medo ou resistência
diante da necessidade de adaptar seu perfil profissional a essas mudanças. Nesse
sentido, Masetto (2011, p.15) reforça a necessidade urgente de adaptação dos
professores, uma vez que um currículo inovador passa a exigir:
Dessa forma, os três tipos de avaliação podem ser utilizados pelos professores
com foco na avaliação da aprendizagem, uma vez que “[...] uma não é nem pior nem
melhor que a outra, elas apenas têm objetivos diferenciados” (FERNANDES et al., 2007,
p.20). O que deve ser modificado em relação à avaliação na educação básica
é a preponderância da avaliação somativa ou classificatória em detrimento de todas
as demais, o que empobrece o processo avaliativo e o restringe aos aspectos
puramente quantitativos e classificatórios. Ao analisarem a importância da avaliação
no contexto curricular da escola, Fernandes et al. (2007, p.17) destacam o seguinte:
Saber Identidade
Conhecimentos a Tipo de ser Poder
Relacionar
Organizar o Tratar
diferentes
conhecimento as informações
conteúdos
Fonte: Adaptado de Hernández e Ventura (2017).
ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998. 224 p.
SAVIANI, D. Da nova LDB ao novo plano nacional de educação: por uma outra
política educacional. São Paulo: Autores associados, 1998.
Sagra, 1993.