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Doenças dermatológicas

Estrutura e função da pele


o Pele é o maior órgão do corpo, tem uma importante função anatômica e de
proteção (função imunológica – barreira anatômica e fisiológica).
o Barreira efetiva contra a perda de água, eletrólitos e macromoléculas;
o Proteção contra agentes nocivos presentes no ambiente (químicos, físicos e
microbiológicos);
o Formato – flexibilidade, elasticidade;
o Está envolvida na percepção do frio, calor, dor, prurido e pressão.
o Funciona como um espelho das doenças sistêmicas - indicador – reflete doenças
que podem estar acontecendo de modo sistêmico.
o Estruturas queratinizadas – unhas e pelos;

o Membrana basal – região


germinativa que demarca a
diferença dos estrados que
compõem a epiderme;
o Derme – função imunológica e
vascular;
o Anexos – glândula sudorípara e
sebáceas (fornecem proteção
imunológica), folículo piloso;
o Hipoderme.

o Regulação da temperatura
o Cobertura pilosa - ação da Pilo ereção em situação de baixas temperaturas
– defesa;
o Suprimento sanguíneo cutâneo;
o Glândulas sudoríparas.
o Estoque – ‘reserva’ de água, eletrólitos, vitaminas, gorduras, açúcares e proteínas.
o Queratinócitos: sintetizam a cobertura mais externa composta de queratina; extrato
córneo. Regem de acordo com os estímulos externos a apoptose celular, ex: em
situações estressantes, queda de cabelo.

o Células de Langerhans: apresentadores de antígenos, presentes na derme e


epiderme – barreira epitelial (de proteção).

o Pigmentação

Melanina – pigmento produzido pelos melanócitos – influencia externas como: mais efeito
da radiação solar mais melanina o melanócito tende a produzir. Animal que teve alopecia,
pele mais tempo exposta tende a ficar mais escura pela maior síntese de melanina pelos
melanócitos.
Queratinina e vascularização.
Previne dados pela radiação solar
o Ação antibactericida e antifúngica pelas gls. Sudoríparas;
o Percepção sensorial;
o Secreção (glândulas sebáceas e sudoríparas);
o Síntese de vitamina D – raios UV 15 - não se aplica a cães e gatos.

PÊLOS – evolução (aspectos sociais)


Jovem tem outro tipo de pelame e de acordo com que vai evoluindo (adulto) esse pelame
vai estar envolvido na termorregulação;
Camuflagem;
Funções sexuais (proteção).
Ciclo de crescimento do pelo: influenciado pelo ambiente (temperatura, fotoperíodo),
fatores de crescimento tecidual, hormônios, estado nutricional.
Pustula  elevação circunscrita da epiderme com conteúdo purulento;
Regiões glabras: que não tem pelo, abdominal, inguinal, axila.
Colarete epidérmico: Quando a pústula se rompe.
DOENÇAS BACTERIANAS DA PELE
Superficiais (epiderme e epitélio folicular)
o Impetigo;
o Foliculite.

Profundas (derme e hipoderme)


o Piodermite profunda;
o Foliculite;
o Furunculose;
o Celulite.

DOENÇAS BACTERIANAS DA PELE – SUPERFICIAIS


IMPETIGO
Definição: Dermatite pustular superficial caracterizada por pústulas subcorneais que
afetam regiões glabras da pele.
Etiologia e epidemiologia
Staphylococcus coagulase-positiva;
Associada às condições de imunossupressão.
Cães jovens (filhote/puberdade):
o Verminose;
o Infecções virais (ex: cinomose);
o Manejo higiênico-sanitário precário (ambiente);
o Desnutrição.

Cães adultos (‘bolhoso’):


o Imunossupressão por alguma cormobidade
Exs: hiperadrenocorticismo, Diabetes Mellitus, Endocrinopatias, Hipotireoidismo
(Pseudomonas spp , E.coli).
Gatos jovens (neonato/pediátrico):
o Lambedura – zelo materno excessivo
P.multocida
Manifestações clínicas
Pústulas superficiais não-foliculares em áreas glabras (inguinal, axilar, não dolorosa, fácil
ruptura, não pruriginosa).
Quando tem envolvimento folicular está diante de um quadro de foliculite, não é impetigo.
Gatos filhotes: cabeça, cervical;
Casos crônicos – hiperpigmentação.
Diagnóstico
Histórico clínico;
Laboratorial
‘Imprint’;
Aspirado, citologia e cultura do conteúdo da pústula;
Histopatológico – pústulas subcorneais não foliculares;
Bactérias podem ser vistas ou não dentro das pústulas.
Baseado no uso de agentes antissépticos - Não adianta usar esses agentes sem resolver
o ambiente, a questão nutricional.
Deixa o clorexidine atuar por 10 minutos.

Resistencia bacteriana: ajusta o manejo primeiro,


certifique dá uma condição clínica para aquele
animal, e aí sim fazer o tratamento tópico.
Principalmente no caso do cão adulto investigar
se existe alguma comorbidade fazendo com que
o impetigo aconteça.
Filhotes usa clorexidine;
Adultos – Peróxido de benzoila;
Quanto mais puder evitar a
antibioticoterapia é melhor devido a
resistência bacteriana.

Prognóstico: Bom;

FOLICULITE
Vê associada a infecção da pele devido a
alguma porta de entrada por trauma,
indivíduo com pelo sujo.

Lesões avermelhadas com menos


de 1cm de diâmetro.
Tem alguma doença interferindo
na barreira imunológica
resultando na foliculite?
É um animal imunossuprimido?

DERMATITE ÚMIDA AGUDA


Corticoterapia tópica, sistêmica e
AINE – há controversas.

Colar elisabetano – evitar que o animal chegue a lesão;


Prognóstico: Bom;

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