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Curso: Direito

Turma: 3º período
Disciplina: Direito Processual Civil
Professora: Daniella Azêdo
Aluna: Endrick Gabriel

Não obrigatoriedade da denunciação da lide


Artigo 125 a 129 Código Processo Civil

Nazaré da Mata, 05 de maio de 2022.


Artigo 125 a 129 Código Processo Civil

Conceito:

Atualmente, a denunciação da lide não é mais uma obrigatoriedade,


como constava no Código de Processo Civil de 1973. A redação do novo código, que
entrou em vigor em 2016, expressamente menciona o instituto como uma
possibilidade artigo 125

O objetivo da norma, ao proibir a denunciação à lide


como forma de proteção do consumidor em juízo, é evitar que a
parte mais fraca da relação consumerista seja prejudicada
pela demora processual decorrente daquela intervenção de
terceiros. A denunciação à lide amplia os limites subjetivos e
objetivos da lide, pois acrescenta nova parte, novos
argumentos, novas teses jurídicas e maior necessidade de
incursão probatória, sendo que todos esses acréscimos são
totalmente alheios à pretensão deduzida pelo consumidor em
juízo. Todavia, o caso em comento se encontra em situação
diametralmente oposta, visto que os consumidores serão
totalmente beneficiados com a inclusão da seguradora no
processo, uma vez que se trata de ação de cobrança em que a
instituição bancária busca o adimplemento de contrato
de empréstimo, sob o qual há alegação de que existe seguro
vinculado. A intervenção de terceiros, nesse caso, ao invés de
trazer demora injustificada para o consumidor, fará com que
sejam protegidos seus direitos de forma mais célere e
completa. Assim, não há dúvidas de que a regra estabelecida
no art. 88 do CDC foi instituída unicamente em benefício do
consumidor que busca a proteção de seu direito em Juízo e não
pode ser utilizada em seu desfavor, como no caso concreto
A vedação à denunciação à lide tem como objetivo garantir
os direitos do consumidor e evitar o prolongamento da ação de
forma maléfica ao consumidor (artigo 88 CDC). 3. Entretanto, no
caso específico dos autos, observa-se que o autor, o
consumidor, não se opõe à denunciação, de forma que não há
qualquer motivo para seu indeferimento. Destaco, ainda, que os
argumentos de ilegitimidade da parte devem ser analisados
conforme a teoria da asserção, que averigua a legitimidade ad
causam a partir das afirmações de quem alega, de maneira
abstrata, ressaltando-se que eventual apreciação, pelo
Magistrado, de tais alegações de modo aprofundado pode
configurar manifestação sobre o mérito da causa

REFERÊNCIAS:

https://www.tjdft.jus.br/consultas/jurisprudencia/jurisprudencia-em-temas/cdc-na-
visao-do-tjdft-1/estimulo-a-efetividade-da-prestacao-jurisdicional/impossibilidade-
de-denunciacao-da-lide

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