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Tema do Trabalho:
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Docente: Dr. Josué Corda
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Capa 0.5
Índice 0.5
Aspectos Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
Exploração dos
2.0
dados
Conclusão Contributos teóricos 2.0
ii
práticos
Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
gerais
Formatação paragrafo, 1.0
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
Rigor e coerência das
Referências edição em
Bibliográficas citações e
citações/referências 4.0
bibliográficas
bibliografia
iii
Folha para recomendações de melhoria:A ser preenchida pelo tutor
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Índice
I. Introdução.....................................................................................................................................1
2. Quadro Conceitual........................................................................................................................2
2.2.1. Universalidade................................................................................................................3
2.2.2. Unicidade........................................................................................................................4
2.2.3. Integralidade...................................................................................................................4
3. Conclusão...................................................................................................................................10
4. Referências Bibliográficas..........................................................................................................11
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I. Introdução
1
2. Quadro Conceitual
São várias as conceitualizações do governo electrónico mas daria dois conceitos mais referidos a
nível mundial. Segundo Barreto (2005), o Governo electrónico é a contínua optimização de oferta
de serviço, participação do eleitorado e governação mediante transformação de relacionamentos
internos e externos com uso da tecnologia, da internet e da nova mídia. Para (Costa, 1995), define
o governo electrónico como uso da tecnologia de informação e da comunicação para promover
maior eficiência governamental, facilitando o acesso à informação, e tornando o governo mais
perspicaz para o cidadão. Este conceito não quer de certa maneira referir que os cidadãos se
acomodarão fazendo do Governo electrónico um atalho para o desenvolvimento económico, o
salvamento orçamental ou a eficiência governamental. O Governo electrónico é um processo
chamado evolução e também um grande esforço que apresenta custos e riscos financeiros e
políticos. Esse risco pode ser significativo se não
forem bem conceitualizadas e implementadas as estratégias do Governo Electrónico podendodesp
erdiçar recursos, falhar com as suas promessas de entrega útil de serviços e, assim, aumentar a
frustração com a administração pública por parte do cidadão. Particularmente nos países em
desenvolvimento, os recursos são escassos, de modo que o Governo Electrónico pode ter como
alvo áreas com alta possibilidade para sucesso e produzir ganhos. Além disso, o Governo
Electrónico nos países em desenvolvimento podem acomodar certas condições únicas,
necessidades e obstáculos (Costa, 1995).
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2.1.2. Governo com os indivíduos como parte do processo político
Esse é o relacionamento entre o governo e seus cidadãos como parte do processo democrático. A
votação on-line e a participação em pesquisas durante um processo de regulação.
Para (Estivill, 2009) o Governo Electrónico possui três princípios fundamentais, que devem
premir o planeamento de todas as formas pelas quais se manifesta. Parece indispensável inculcar
na cabeça dos tomadores de decisão esses princípios, aliás, já implicitamente presentes na
maioria dos conceitos basilares de qualquer administração gerencial.
2.2.1. Universalidade
Este princípio significa que toda e qualquer informação não protegida por lei têm
de estar disponível nos sítios governamentais, de modo fidedigno, exaustivo, facilmente acessível
e actualizado, (Estivill, 2009). Se as informações não estão na forma adequada para ingressarem
no mundo virtual, devem ser convertidas, obedecendo-se à diversidade entre o meio convencional
(escrita) e o meio electrónico (virtual). Do mesmo modo que a informação, como bem
provido pelo Estado, os serviços prestados aos cidadãos têm de ter seu análogo de maneira
digital. Este princípio, também, significa permitir que, na prática, o Estado esteja efectivamente
presente,a qualquer momento, em todos lugares simultaneamente, reduzindo custos e simplifican
do procedimentos. Dentro desse princípio que deve ser criado um banco de dados unificador do
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registo de cada cidadão, de acordo com o seu perfil, com uma única identificação. Esse banco
dedados universal deve alimentar um sistema capaz de emitir, on-line ou convencionalmente,
questionamentos do governo sobre os assuntos pertinentes à gestão das acções do governo e
sobre a satisfação da sociedade. Ou seja: é preciso mapear e identificar, em único local, aqueles
que, ao menos potencialmente, receberam determinada provisão para, no futuro, ser feita a
verificação. Por fim, não é possível levar à sociedade ferramentas tecnológica sem que esta
esteja preparada para usar da melhor forma possível os seus avanços (Estivill, 2009).
2.2.2. Unicidade
É ponto pacífico que, actualmente, a internet não possui um sentido de ordem ou umaarquitectura
capaz de sustentar a oferta de informações e de serviços de acordo com a expectativa dos
usuários, pois os tempos de obtenção do produto e o número de mediações para alcança-lo podem
ser infindos. O Estado, que deve ater-se, hoje, à oferta custo-eficiente de bens e serviços para a
sociedade, pode dar ordens e sentido às coisas, se conseguir que os mecanismos de trânsito das
relações Estado/Sociedade estejam em um único local virtual, conhecido por portal. Tal como o
próprio nome indica, o cidadão deve ter uma única porta mediante a qual possa ter acesso a tudo
aquilo que corresponda às suas demandas e à sua participação no controle dos actos do governo e
da própria máquina pública. A unicidade quebra o problema antigo, existente mesmo nos
ambientes físicos das repartições públicas, de remessa das pessoas a dezenas de locais para
exercer a cidadania e não só, todos os órgãos de todos os poderes em todas esferas do governo
devem escoar as suas informações e serviços para esse local único, o que deve demandar
aprimoramento do portal e sustentação do mesmo independentemente do governo que esteja
exercendo actualmente o poder. Além disso, é crucial que os sistemas tecnológicos estejam
unificados, mediante a fórmula múltiplas entradas uma única saída, tanto em nível externo ou
privado (do cidadão para o Estado), quanto em nível interno (do estado para o próprio estado).
Não pode haver diferença entre uma solicitação de um título de leitor de um boletim de
ocorrência ou de formalização de uma denúncia. Os objectivos são diferentes, mas o sentido de
trâmite é o mesmo, (Estivill, 2009).
2.2.3. Integralidade
A informação e o serviço em si mesmos, não são nada se não estiverem sendo oferecidos
demaneira integral. É preciso determinar que as ferramentas sejam seguras, constantementeacessí
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veis e nunca tenham tempo de espera para resposta maior do que a esperada, em média, pela
sociedade. Além disso, integralidade significa que os fóruns, os callcenters, as bibliotecas,
enfim, todos os espaços que permitam a participação do cidadão, bem como todas acomunicações
pelo estado, devem ser feitos de forma a que o único responsável seja identificado e que tudo que
seja oferecido seja indubitável: o cidadão não tem de ficar retornando ao local virtual ou mesmo
ficar entrando em contacto novamente com o órgão para fazer novas perguntas ou para reiterar
uma denúncia, (Estivill, 2009).
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2.4. Política de Informática em Moçambique
Moçambique foi um dos primeiros países africanos a reconhecer a importância do uso das TICs
para promover o desenvolvimento e a necessidade estratégica de dar a devida prioridade à
integração delas nos seus planos e programas de desenvolvimento. A Política de Informática
fornece o enquadramento global, mas, desde a sua aprovação, o uso e o aproveitamento das TICs
têm sido explícitos em diversos planos e estratégias nacionais e setoriais. Assim, de acordo com o
Chichava (2010), a Política de Informática tem como objetivo geral fornecer o quadro de
referência para o desenvolvimento harmonioso e sustentável da Sociedade de Informação em
Moçambique e constituir a base principal para a legislação e planos de desenvolvimento e ação.
Já os objetivos específicos dessa Política são: contribuir para a erradicação da pobreza absoluta e
para a melhoria das condições de vida dos moçambicanos; expandir e desenvolver o ensino da
Informática no Sistema Nacional de Educação; contribuir para que o país seja produtor e não
apenas consumidor das tecnologias de informação e comunicação; assegurar que os planos e
projetos de desenvolvimento em todos os setores possuam uma componente de tecnologias de
informação e comunicação; contribuir para reduzir e gradualmente eliminar as assimetrias
regionais, as diferenças entre a cidade e o campo, e entre os vários segmentos da sociedade, no
acesso às oportunidades de desenvolvimento, entre outros. Por outro lado, a Política de
Informática afirma que Moçambique deveria tornar-se um produtor, e não apenas um mero
consumidor das tecnologias de informação e comunicação. Isso demonstra a preocupação do
Governo moçambicano e o seu compromisso em apoiar o estabelecimento de um setor viável de
TICs, Chichava (2010).
A inclusão social é uma ação que combate a exclusão social, geralmente ligada a pessoas de
classe social, nível educacional, portadoras de deficiência física, idosas ou minorias raciais, entre
outras, que não têm acesso a várias oportunidades. Inclusão social é oferecer aos mais
necessitados oportunidades de participarem da distribuição de renda do país, dentro de um
sistema que beneficie a todos e não somente a uma camada da sociedade. Neste contexto, autores
como (Zacarias, 1991, pag. 22) mostra que “inclusão social nada mais é que trazer aquele que é
excluído socialmente por algum motivo, para uma sociedade que participe de todos os aspectos e
dimensões da vida, o econômico, o cultural, o político, o religioso e todos os demais, além do
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ambiental”. Deste modo, pode-se concordar com Barreto (2005), que afirma: quando se fala
inclusão, é importante distinguir duas dimensões que talvez tenham tempos de implementação e
metodologias de atuação distintos: uma a que chamaríamos inclusão essencial, (assegura a todos
os cidadãos de dada sociedade o acesso e a participação sem discriminação a todos os seus níveis
e serviços) e outra inclusão eletiva (assegura que, independentemente de qualquer condição, a
pessoa tem o direito de se relacionar e interagir com os grupos sociais que bem entende em
função dos seus interesses (Silva; Tomael, 2007). Deve-se ressaltar que, para além de incluir, é
necessário capacitar as diferentes classes, de modo a responder com sucesso o desenvolvimento
das novas tecnologias de 63 informação e comunicação, sendo este o grande desafio das
iniciativas moçambicanas de inclusão social com relação às tecnologias de informação e
comunicação. Por outro lado, (Silva; Tomael, 2007) enfatiza que a ampliação da infra-estrutura
de informação e comunicação, embora condição fundamental para difundir e viabilizar o
aproveitamento do potencial que as TICs têm a oferecer, demonstrou não ser condição suficiente
para garantir benefícios ao conjunto de diversos segmentos sociais que constituem a
universidade. É preciso muito mais que recursos tecnológicos disponíveis. As pessoas, as
instituições do ensino superior, e toda a comunidade acadêmica devem colaborar, demonstrar
vontade de aprender, ensinar uns aos outros, e incentivar a aderir ao uso das tecnologias de
informação e comunicação. Observa-se, no entanto, que a exclusão social possui uma base
material relacionada com a falta de meios de subsistência. Não é apenas produto das diferenças
sociais entre as pessoas, mas sim das privações e desvantagens acumuladas de vários produtos e
materiais, desde as condições familiares, nível de escolaridade baixo, deficiente ou inexistente,
falta de emprego, alimentação insuficiente, baixo salário, falta de habitação e de hospital
adequado, entre outros. O autor segue afirmando que exclusão social significa fundamentalmente
desintegração social em diferentes níveis: econômico, social, cultural, ambiental e político. Em
geral se reflete na fragilização dos laços familiares e sociais e na não participação na vida
comunitária, importante para a inclusão social (Silva; Tomael, 2007). Neste sentido, (Borges,
2006) enfatiza que excluídos digitais são os que não têm acesso às TICs e não sabem como
utilizá-las.
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2.6. Difusão da informação na administração publica e Gestão do conhecimento
A Gestão do Conhecimento pode ser vista como uma coleção de processos que governa a criação,
disseminação e utilização do conhecimento para atingir plenamente os objetivos da organização
(Davenport; Prusak, 1998). Ela se beneficia, e muito, das novas tecnologias de informação e de
comunicação. Drucker (1997) afirma que o conhecimento é a informação eficaz em ação,
focalizada em resultados, sendo a ferramenta apta a tornar produtivo o conhecimento. Já Nonaka
(1994) expõe que a informação é um fluxo de mensagens ou propósitos que adiciona força para
reestruturar ou mudar o conhecimento. Assim, o conhecimento é a informação que foi
interpretada, categorizada, aplicada e revisada, enquanto a análise da informação produz o
conhecimento, que pode ser aplicado na solução de problemas e na tomada de decisões. Com
isso, para que haja a gestão do conhecimento é necessário que a informação seja disponibilizada
de maneira eficiente sendo importante a realização da gestão da informação. Além das pessoas,
diferentes recursos de informação são mobilizados para que a gestão da informação cumpra sua
função. Esses recursos compreendem tecnologia da informação, fontes, serviços e sistemas, que
atendam não só aos processos de organização da informação, mas também às necessidades de
informação, colocando-se o foco nos fluxos e ações referentes à informação, e não somente nos
sistemas de informação (Silva; Tomael, 2007).
A intenção do Governo com a política de governo eletrônico foi estabelecer um novo paradigma
de inclusão digital, focado no cidadão, com uma gestão pública de qualidade e transparente,
permitindo a simplificação dos processos para atender às necessidades coletivas um governo ao
alcance de todos Souza (2005). Dessa forma, o Estado trabalha na promoção da cidadania,
através da inclusão social e da ampliação do uso das tecnologias de informação pela sociedade
civil, possibilitando a universalização e democratização do acesso às informações
governamentais. Essa democratização pode ser alcançada através do governo eletrônico,
utilizando como meio a Internet e objetivando a interação entre a Sociedade e o Estado.
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O governo eletrônico permitirá à sociedade o acompanhamento das contas públicas de modo
muito mais eficiente e dinâmico. Com as informações disponíveis na rede, o cidadão terá
melhores condições de controlar a gestão dos recursos e a prestação dos serviços, cobrando da
Administração as medidas que julgar necessárias ao controle da corrupção e do desperdício. De
acordo com Souza (2005, p.85) “a qualidade da informação é um dos aspectos mais importantes a
serem considerados, devido ao volume exponencialmente crescente de informações veiculadas na
Internet”. Nesse contexto, não é suficiente apenas a oferta de informações nos portais
governamentais, mas também se deve avaliar a sua qualidade; a informação deve estar alinhada
às necessidades da população.
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3. Conclusão
Moçambique tem ao longo do tempo sido devastado por vários fenómenos como a colonização
(até 1975), a guerra civil (1977-1992) e os desastres naturais, o que causou a deserção massiva de
pessoal qualificado, a destruição de infra-estruturas, o deslocamento de pessoas de uma região
para outra e, portanto, a perda e deterioração do registo da população e de registo dos recém-
nascidos. Apesar desses cenários hostis, o governo de Moçambique tem desenvolvido várias
iniciativas para o aumento e melhoria dos sistemas de registo da população, bem como a
melhoria das estatísticas vitais no país. Moçambique pretende agora estar na vanguarda na
melhoria dos Sistemas de Registo Civil e Estatísticas Vitais como resultado das deliberações
aprovadas pela Conferência dos Ministros Africanos responsáveis pelo registo da população, bem
como as deliberações aprovadas pelo Simpósios Africano de Estatística, utilizando tecnologias de
informação e comunicação ou a concepção de um sistema integrado de registo da população e
estatísticas vitais, Barreto (2005).
O governo eletrônico é uma ferramenta de política pública aparentemente inevitável que
transforma a ação do governo e a prática profissional do Serviço Social. Este trabalho apresenta
uma análise crítica das interpretações sobre governo eletrônico como uma ferramenta neutra ou
ideologicamente determinada, considerando os desafios éticos e políticos envolvidos na prática
profissional do Serviço Social. Também discute sua relação com o poder e seus efeitos negativos
sobre a cidadania. Finalmente, propõe como alternativa para o Serviço Social pensar o governo
eletrônico como uma tecnologia social orientada para a inclusão social e a formação de uma
cidadania sócio-técnica capaz de compreender os efeitos da tecnologia na sociedade e na vida.
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4. Referências Bibliográficas
Costa, M. D.; Krucken, L.; & Abreu, A.F. (2010). Gestão da informação ou gestão do
conhecimento? Florianópolis.
Dupas, G. (1999). Economia global e exclusão social. São Paulo: Paz e Terra.
Estivill, J. (2009). Panorama da luta contra a exclusão social: conceitos e estratégias. Genebra.
Silva, T.E. & Tomaé, L. (2007). A gestão da informação nas organizações. Informação &
Informação.
Zacarias, A. (1991). Repensando estratégias sobre Moçambique e África Austral. Maputo: ISRI.
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