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Índice
Alimentação na gravidez 26
Alimentação infantil 28
Necessidades do lactente 28
Limitações Fisiológicas 29
Leite materno / leite de vaca 30
Modificações do leite de vaca 31
Plano de alimentação do lactente 31
Alimentação do nascimento ao 1º ano de vida 32
Alimentação artificial 32
Diversificação Alimentar 32
Alimentação na adolescência 33
Transformações dos adolescentes 33
Necessidades nutricionais na adolescência 33
Necessidades energéticas 33
Proteínas 33
Vitaminas 33
Minerais 34
Modelo Alimentar 34
Alimentação na terceira idade 34
Necessidades calóricas 34
Alterações 35
Fatores de risco para malnutrição 35
Critérios de malnutrição proteino-calórica 35
Necessidades em nutrientes 36
Causas de malnutrição nos idosos 36
Consequências de malnutrição 36
Objetivos da avaliação nutricional geriátrica 37
Marcadores mais significativos da desnutrição 37
Efeitos da desidratação 37
Funções orgânicas da água 37
Envelhecimento ativo 38
Índice Massa Corporal (IMC) 39
Alimentação Saudável 40
Roda dos alimentos - século XX 41
Grupo I - leite e derivados 41
Grupo II - carne, peixe, marisco, ovos 41
Grupo III - Gorduras 41
Grupo IV - Cereais e derivados, leguminosas secas 42
Grupo V - Frutos e produtos hortícolas 42
Roda dos alimentos - século XXI 42
Alimentação… completa, equilibrada, variada 44
Situação Alimentar em Portugal 44
Erros alimentares em Portugal 45
Metas de saúde a 2020 do Plano Nacional para a Alimentação Saudável 46
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1. Açúcares:
- São a forma mais básica de hidratos de carbono
- Formados por monossacários (unidade estrutural), dissacários
↓ ⤷ 2 unidades (lactose/sacarose)
1 unidade (glucose/frutose)
- Os açúcares simples são absorvidos para o sangue e os dissacarídeos devem ser
decompostos em unidades individuais primeiro e só depois são absorvidos
↓
por enzimas (p.e lactase, maltase …)
- Contribuem para a existência de cáries, diabetes, obesidade infantil
- Utilização de açúcares:
➢ Realçam sabores
➢ Conservam os alimentos (p.e marmelada)
➢ Dão volume e textura
2. Amidos:
- São unidades de açúcar combinadas em cadeias mais longas e de uma forma mais
complexa.
6
3. Fibras:
- Hidrato de carbono mais complexo
- Encontram-se legumes, cascas, frutas, grão, cereais …
- Longas cadeias complexas de unidades de açúcar
- A unidades de açúcar nas fibras estão ligadas em cadeias muito longas,
ramificadas e complexas, sendo que o nosso corpo não possui enzimas capazes
de decompor estas ligações, assim como nos açúcares ou nos amidos.
- Utilização das fibras:
➢ O grande papel das fibras é a
prevenção da prisão de ventre
(amolecem as fezes porque
acumulam H2O)
➢ Reduzir os níveis de colesterol (Algumas fibras (aveia) podem absorver o
colesterol e expeli-lo do nosso organismo em sais biliares)
➢ Controlar os níveis de açúcar no sangue dos diabéticos (ajudam a abrandar a
absorção de açúcar)
- Dose diária recomendada: 18-25g
- O excesso de hidratos de carbono pode ser convertido em gordura = aumento de
peso
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As gorduras / Lípidos
⇒ São substâncias que não são solúveis em água mas sim em solventes orgânicos
(éter, clorofórmio e benzina).
⇒ Têm uma parte hidrofílica e uma parte hidrofóbica
⇒ Tem algumas funções como:
- Fornecer e armazenar Energia
- Componente fundamental das membranas biológicas
- Precursores da síntese de Eicosanóide (hormonal)
- Proteção contra:
- Choque físico
- Perda excessiva de água
- Perda excessiva de calor
1. Ácidos gordos:
⇒ Os ácidos gordos são armazenados no corpo sob a forma de triglicéridos
↓
gordura constituída por um álcool (glicerol) e 3 ácidos gordos
⇒Existem 2 grupos principais de ácidos gordos: os saturados e os insaturados
(mono e poli-insaturados)
⇒ Alguns ácidos gordos poli-insaturados são essenciais - o corpo não é capaz de os
sintetizar
⇒ Os AGT são produzidos por: Bactérias no intestino dos ruminantes (leite,
manteiga) Hidrogenação dos óleos (Indústria alimentar)
⇒ Os óleos e as gorduras usadas na alimentação são compostos por várias
gorduras
⇒ Os estudos mostram que uma dieta ad libitum com poucas gorduras pode ser tão
eficaz como uma dieta com baixo teor energético.
⇒ A causa principal do aumento nos níveis de colesterol no plasma é gordura dietética, e
não o colesterol dietético. ↓
alguns ácidos gordos aumentam o nível de colesterol no plasma e outros não
⇒ Não existe uma única fonte de gordura natural que preencha todos os critérios de uma
composição “ideal” de gordura dietética:
- Menos do que 10% do total de ácidos gordos saturados
- Pelo menos 50% do total de ácidos gordos mono-insaturados
- Até 30% do total de ácidos gordos poli-insaturados
- Proporção de omega 6/omega 3 de ácidos gordos é cerca de 6/1.
⇒ Pode-se obter uma fonte “ideal” de gordura dietética com uma mistura de óleos
vegetais
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Proteínas / Prótidos
⇒ Exercem muitas funções:
- Proteção: cabelo, pele e unhas
- Sistema imunológico: anticorpos
- Hormonas: insulina, ACTH, FSH
- Respiração: hemoglobina
- Equilíbrio de água: albumina
- Visão: rodopsina
- Metabolismo: enzimas (catalisadores)
⇒ O nº de proteínas no corpo humano é relativamente reduzido.
⇒ São constituídas por cadeias longas de aminoácidos:
- 20 tipos de aminoácidos como constituintes básicos
- Ligados numa cadeia como as letras formando uma palavra
- As cadeias de proteínas são muito mais compridas do que as palavras
⇒ A designação de uma cadeia varia em função do número de aminoácidos
Fenilcetonúria
⇒ Resulta de uma falha genética da enzima Fenilalanina Hidroxilase
⇒ Sintomas e efeitos:
- Elevados níveis de fenilalanina no plasma
- Baixo nível de tirosina no plasma (necessária para a síntese de proteínas)
- Danos cerebrais irreversíveis
⇒ As necessidade de proteína são mais elevadas para as crianças e para as mulheres
grávidas e a amamentar
⇒ As proteínas do ovo satisfazem a maioria das necessidade de proteína de uma
crianças e todas as dos adultos.
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Micronutrientes
⇒ Nutrientes que precisamos em quantidades muito pequenas na nossa dieta
⇒ São essenciais para o organismo
↓
a sua deficiência pode provocar uma doença
↓
evitada através das Doses Diárias Recomendadas (DDR)
⇒ A maioria dos micronutrientes são fornecidos pela dieta
↓
uma dieta variada assegura uma variedade de micronutrientes
Vitaminas
⇒ Classificadas como solúveis em água (hidrossolúveis) ou em gordura (Lipo-solúveis)
Vitamina B
⇒ O ácido fólico é particularmente importante para as grávidas
↓
- reduz a incidência do feto sofrer de defeitos no tubo neural (SNS)
- Recomenda-se 400 ug (micrograma) para as mulheres nas primeiras 12 semanas de
gravidez.
- Este elevado nível só pode ser conseguido através de uma alimentação reforçada e
através do consumo de suplementos dietéticos.
- A DDR para a população geral é 200 ug.
⇒ A indústria alimentar mostra cada vez mais interesse em fortificar alimentos com ácido
fólico:
Vitamina C
⇒ É a mais conhecida
⇒ Mantém saudáveis a pele e as membranas e protege contra infeções
⇒ Uma deficiência de Vitamina C pode provocar o escorbuto
⇒ Apenas 5 espécies animais necessitam da Vitamina C através da dieta:
- porquinho da índia,
- morcego
- bulbul
- homem
⇒ Está presente em todos os tecidos do corpo
↓
níveis ↑: glândula pituitária, adrenal e retina
níveis ↓: rim e tecido muscular
⇒ Funções da vitamina C:
- Atua como antioxidante, ajudando a proteger as células dos danos causados pelos
radicais livres
- Produção de colagénio, L-carnitina e neurotransmissores
- Contribui para o normal metabolismo produtor de energia (reduz a fadiga e o
cansaço)
Minerais
⇒ O corpo necessita de um grande conjunto de minerais em quantidades diferentes:
- Cálcio - Selénio
- Potássio - Iodo
- Fósforo - Arsénio
- Ferro - Zinco
- Cádmio - Magnésio
Cálcio
⇒ Desempenha um papel vital na formação dos dentes e ossos.
⇒ Recomenda-se uma ingestão razoável ao longo da vida.
↓
ajuda a prevenir a osteoporose
⇒ A sua absorção pelo organismo depende da vitamina D
⇒ Fontes:
- Leite - Algumas águas minerais
- Queijo - Peixe com as espinhas
- Iogurte - Conservas de peixe
- Queijo fresco - Couve galega
- Chocolate de leite - Casca de ovo triturada e misturada
com algo
Ferro
⇒ Transfere o oxigénio para gerar energias
⇒ É uma parte da hemoglobina:
- Dá aos glóbulos vermelhos a sua cor
- Transporta o oxigénio para todas as células do cor
⇒ A deficiência de ferro provoca anemia
⇒ DDR:
- 14,8 mg para as mulheres
- 8,7 mg para os homens
⇒ A capacidade do organismo para absorver o ferro depende do tipo (fonte):
1. Heme (fonte animal):
- carnes vermelhas
- vísceras
2. Não heme (fonte vegetal):
- legumes verdes
Antioxidantes
⇒ Ajudam a evitar os efeitos das reações de oxidação no nosso organismo
↓
ocorrem constantemente e libertam radicais livres
↓
o organismo consegue "limpá-los" mas em excesso podem causar problemas
↓
doenças coronárias e cancro
⇒ Adicionados aos alimentos com alto teor de gordura para evitar a sua decomposição e
prolongar a sua vida
⇒ Fontes de antioxidantes:
- Beta-caroteno (frutas e legumes)
- Vitamina C (frutas e legumes)
- Vitamina E (grãos e óleos vegetais)
- Ervas aromáticas (chá verde, tomilho, manjericão, alecrim)
- Aditivos alimentares (BHA, BHT)
Reforço alimentar
⇒ É a prática de adicionar nutrientes aos produtos alimentares
⇒ Existem 2 formas de reforço alimentar:
1. Enriquecimento:
- Aumentar o nível normal de nutrientes de um alimento
2. Reconstituintes:
- Repor os nutrientes perdidos durante o fabrico e armazenamento dos
alimentos
⇒ A adição de nutrientes tem que ser feita com cuidado (adicionar apenas se …):
- Necessário (Quando existe risco de deficiência)
- Seguro (Nenhum grupo está em risco de excesso)
- Efetivo (Melhora a situação nutricional)
⇒ A adição indiscriminada de nutrientes aos alimentos deve ser desencorajada e a
informação nos rótulos alimentares não deve exagerar nem distorcer o papel de um
alimento ou componente na melhoria da saúde
⇒ Pratica-se em todo o mundo → alguns alimentos têm de ser reforçados por lei.
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Segurança Alimentar
Manipulador de Alimentos
⇒ Funcionário que contacta com os géneros alimentícios
⇒ Responsável por garantir a máxima higiene e segurança alimentar
1. Biológicos
- Fungos (bolores e leveduras)
- Vírus
- Parasitas
- Bactérias
- Toxinas
2. Químicos
- Aditivos alimentares
- Metais pesados
- Pesticidas, fertilizantes e medicamentos
- Alergenos
- Toxinas naturais
- Químicos criados pelo processo de confeção
- Substâncias naturais vegetais
- Químicos introduzidos nos alimentos
3. Físicos
- Ossos
- Espinhas
- Vidros
- Paus
- Pedras
- Metais
- Adereços pessoais
⇒ Um perigo é tudo aquilo que pode estar presente num alimento, de forma natural ou não,
e que pode afetar a saúde do consumidor, causando-lhe lesões ou doenças
Contaminantes Alimentares
1. Fase de latência: quando as bactérias são introduzidas no alimento e se estão a
ajustar
2. Fase de crescimento exponencial: ocorre após a adaptação onde as bactérias se
vão multiplicar rapidamente
3. Fase estacionária: surge após a produção de toxinas residuais pelas bactérias
reduzindo o seu crescimento e provocando a morte de algumas
4. Fase de declínio: aparece quando os resíduos tóxicos produzidos pelas bactérias
“poluíram” por completo o meio ambiente e os nutrientes acabaram
sujo
Luvas Descartáveis
⇒ Lavar as mãos antes de calçar
⇒ As tarefas que necessitem de luvas devem ser efetuadas sem interrupção
⇒ Sempre que necessário, como proteção de ferimentos e infeções nas mãos
Luvas de borracha
1. Lavagem de panelas e utensílios
2. Coleta e transporte de lixo e outros resíduos
3. Higienização dos tambores e contentores de lixo
4. Limpeza dos sanitários e áreas de lixo
5. Manipulação de produtos químicos
⇒ Exclusivamente para a
manipulação de alimentos
⇒ Usar máscaras
naso-bocais em alimentos
de alto-risco
Outras Regras
1. Banho diário
2. Cabelos limpos, bem escovados, protegidos por redes ou toucas
3. Barba e bigode feitos diariamente
4. Unhas curtas, limpas, sem verniz
5. Dentes escovados
6. Uso de desodorizante sem cheiro ou suave
7. Não utilizar perfumes
8. Pés bem secos a fim de evitar aparecimento de micoses
9. Maquilhagem leve
10. Mãos e antebraços com higiene adequada
11. Cuidado com as lentes de contacto/óculos
Receção de matérias-primas
1. Verificação do estado de higiene no interior da viatura
2. Verificação das embalagens e características organolépticas e do estado geral do
produto
3. Verificação de pesos e temperaturas (transporte)
4. Verificação da rotulagem, prazos de validade
5. Preenchimento do carimbo de inspeção de receção
⇒ Controlo/inspeção de mercadorias:
1. Quantidades
2. Pesagem
3. Embalagens danificadas, sujas, abertas
4. Latas opadas, enferrujadas ou danificadas
5. Contaminação por pragas
6. Contaminantes Químicos
Padrão Mediterrânico
Dieta Mediterrânea
⇒ 1ª Referência Bibliográfica - Regime de Salerno (Séc. XI) - que versava sobre o modo
de comer em volta do mar interior
⇒ O Regime Salerno viveu-se e praticou-se durante séculos
⇒ Nos anos 50, Ancel Keys (1952), (re)descobriu a “Dieta Mediterrânica”
↓
1. Baixo aporte de ácidos gordos saturados
2. Elevado consumo de azeite (mono-insaturados –
especialmente ácido oleico)
3. Culinária simples (4 a 5 refeições por dia)
- Vegetais
- Frutos - Azeite - Carne
- Peixe - Leite e derivados
- Cereais
Consequências
1. Elevada mortalidade perinatal e infantil
2. Elevada Prematuridade
3. Recém-Nascidos de baixo peso
4. Nanismo
5. Maus índices de saúde infantil e infanto-juvenil
6. Elevada susceptibilidade a doenças infeciosas e parasitárias
7. Magreza
8. Doenças carênciais (anemias, béribéri, pelagra, escorbuto, raquitismo, etc…
9. Hipo-desenvolvimento muscular
10. Atrofia da pele
11. Edema da fome, marasmo, Kwashiorkor
12. Baixa aptidão intelectual e para o trabalho muscular
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Consequências
1. Taxas de mortalidade perinatal e infantil médias ou moderadamente elevadas
2. Taxas de mortalidade infanto-juvenil e geral, dentro da média
3. Baixo peso e estatura de recém-nascidos. Sem manifestações de prematuridade
4. Magreza sem sinais de desnutrição
5. Estatura baixa
6. Boa aptidão para o trabalho muscular
7. Bom desenvolvimento psico-afetivo
8. Capacidade intelectual e criatividade normais ou elevadas
9. Vida social rica
10. Prevalência baixa/insignificante de doenças metabólicas e degenerativas
11. Duração média de vida superior a 65 anos
12. Idosos saudáveis
Carências
Alimentos
fornecedores de ⇒ Carência de amido e malto-dextrinas
amido
Excessos
Consequências
1. Obesidade
2. Diabetes tipo II
3. Dislipidemias
4. Hipertensão arterial
5. Hiperuricemia
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Consequências
1. Obesidade (especialmente nas mulheres)
2. Deficiente desenvolvimento de crianças e adolescentes
3. Doença ósteo-articular degenerativa
4. Periodontite (adultos)
5. Cárie dentária (crianças e jovens)
6. Alcoolismo
7. Cirrose hepática
8. Doenças metabólicas e degenerativas
Alimentação na gravidez
⇒ O ideal é preparar a gravidez para preparar o corpo da mulher para as alterações que
vão acontecer
⇒ Necessidades aumentadas porque:
1. Crescimento do útero
2. Formação da placenta (que consome nutrientes)
3. Desenvolvimento de um novo ser
4. Aumento do volume sanguíneo
5. Aumento do trabalho cardíaco e respiratório
6. Produção de leite
NOTA: se a mãe não disponibiliza o necessário para o feto, então são as suas próprias
reservas que são “utilizadas”
Ácido Fólico: permite a formação do tubo neural (fase embrionária do Sistema Nervoso
Central)
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Grupo II - carne/peixe/ovos
- Fornece proteínas animais de boa qualidade
- Ferro e outros minerais
- Vitaminas (B, PP, A, C)
- Gordura animal
NOTA: retirar a pele e gorduras visíveis, máximo de 5 ovos por semana, peixe (mínimo 5
vezes/semana), fígado (muito rico em ferro e proteína) duas vezes por semana
NOTA: Cereais, quanto mais escuros melhor. Leguminosas secas: no prato ou na sopa
NOTA: Lavar bem toda a fruta e legumes (sopa mínimo 1 x por dia) Legumes no prato às
principais refeições (se passados são melhor tolerados). Fruta fresca - 3 a 4 peças por dia
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Bebidas:
⇒ Água - pelo menos 1,5 por dia
⇒ Chá preto, Café e “Colas” : excitantes - evitar ao máximo
⇒ Refrigerantes e sumos açucarados - grandes quantidades de açúcar e corantes - Preferir
sumos naturais
⇒ Bebidas alcoólicas:
- O álcool passa através da placenta e é tóxico para o embrião
- Não deve ser consumido pela grávida
- Pode provocar o síndrome alcoólico fetal
Regras Básicas:
1. Não estar mais de 3,5 horas sem comer
2. Não fazer grandes refeições e fazer no mínimo 5 por dia
3. Comer a horas certas (estabelecer um horário +- regular)
4. Mastigar bem os alimentos
5. Tomar as refeições em ambiente calmo
6. Variar o mais possível os alimentos
7. Não é necessário nem obrigatório comer sempre “cozidos e grelhados”
8. Refogados : “tudo em crú”
9. Assados no forno - pouca ou nenhuma gordura
10. Estufados
11. Fritos : 1 vez ou menos por semana
12. Hidratação adequada (1 a 2 litros água/dia)
Alimentação infantil
Necessidades do lactente
⇒ As necessidades alimentares do lactente são superiores às do adulto
⇒ No primeiro ano de vida, proporcionalmente as necessidades são maiores
⇒ Fase da vida em que precisamos mais de lactose
⇒ 1 trimestre de vida → Mais quantidade de calorias necessárias
Necessidades em Proteínas:
- A qualidade das proteínas faz diferença nesta fase
- As necessidades em proteínas (porque o lactente tem um crescimento muito rápido)
são 3 vezes superiores às do adulto
- Consideramos que em média, durante o 1º ano de vida, a criança necessita de um
aporte em proteínas de 10g por dia ou seja, 3 a 5 g/Kg/dia.
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Necessidades Lipídicas:
- Os Lípidos representam um elemento energético importante, pois fornecem duas
vezes mais calorias do que os açúcares ou as proteínas
- O ácido linoleico e linolénico (bem como a relação entre ambos) são indispensáveis
ao desenvolvimento da criança e devem representar:
- Ácido linoleico - 2 a 6 % das calorias totais
Necessidades em Vitaminas:
- Como no adulto, as vitaminas são necessárias ao lactente em quantidades
equivalentes, exceptuando as vitaminas A, D e C que estão directamente ligadas
aos fenómenos relacionados com o crescimento e portanto necessárias em maior
quantidade.
Limitações Fisiológicas
- O lactente apresenta as suas capacidades digestivas e metabólicas diminuídas.
Sendo assim, a composição dos alimentos que damos à criança deve ser
cuidadosamente estudada em função dessas mesmas limitações…
- Capacidade gástrica diminuída ( durante a primeira semana de vida, o estômago
não pode conter mais de 60ml de líquido, o que faz com que se deva fraccionar as
refeições)
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Gorduras
Proteínas
Hidratos de Carbono
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Sais Minerais
2. Leite semi-desnatado:
- Com o leite diluído açucarado resolveu-se o problema das proteínas, mas a
criança digeria mal as gorduras.
Resultado produto bem aceite mas com igual teor de proteínas e sais minerais que o
de vaca, ultrapassando as capacidades de excreção renal do recém-nascido
- Leite
- Carne, peixe e ovos
Alimentação artificial
⇒ Se o aleitamento materno não é possível, ou é insuficiente, ou ainda a mãe decide não
amamentar? O ideal será um leite em pó para lactentes indicado por profissionais de saúde
devidamente habilitados
Diversificação Alimentar
⇒ Deve acontecer entre os 4 e os 6 meses
⇒ Consiste na transição de uma alimentação exclusivamente láctea para outra que inclui ,
para além do leite, outros alimentos não lácteos e de maior consistência
⇒ Recomendações:
1. Os novos alimentos devem ser dados á colher
2. As refeições deveram ser tranquilas e agradáveis, sem tensões, ameaças ou
chantagens
3. Nunca forçar a criança
4. Introdução progressiva dos alimentos
5. Ingestão abundante de água
6. Nunca adicionar sal,açúcar e mel aos alimentos
7. Á medida que a criança for crescendo modificar a consistência e textura dos
alimentos
8. A partir do 9º/10º mês individualizar os alimentos,para a criança se ir habituando a
diferentes sabores, texturas e cores
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Alimentação na adolescência
Necessidades energéticas
⇒ Podem ser calculadas multiplicando o gasto energético em repouso (GER) por um fator
médio de atividade de forma a cobrir o custo energético da actividade física e das
necessidades calóricas associadas ao crescimento
Proteínas
⇒ O metabolismo das proteínas é influenciado pelo estado nutricional do adolescente,
ocorrência de doenças, qualidade das proteínas ingeridas e a adequação dos
hidratos de carbono, vitaminas e minerais.
⇒ Os adolescentes que comem pouco (pelo desejo de perder peso, p.ex.) podem estar em
risco, devido à falta de energia e obrigando ao desvio de proteínas para a
neoglicogénese, em detrimento da sua utilização na síntese de tecidos, num momento em
que o metabolismo de proteínas é particularmente sensível à restrição calórica
Vitaminas
⇒ As necessidades de vitaminas B1, B2 e PP são particularmente elevadas em relação
com a maior necessidade de energia.
⇒ O rápido crescimento do esqueleto aumenta as necessidades de vitamina D.
⇒ Para as vitaminas A, E, B6, C e ácido fólico, a DDR recomendada é igual à do adulto,
assim como a Biotina e Ácido pantoténico a partir dos 11 anos de idade.
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Minerais
⇒ Durante o período de crescimento rápido da puberdade, a quantidade de cálcio, ferro,
zinco e magnésio incorporada no organismo, é duas vezes superior à média
correspondente ao período dos 10 aos 20 anos.
⇒ O aprovisionamento de cálcio assume particular importância durante a adolescência,
para assegurar o crescimento do esqueleto (45% ocorre neste período) e atrasar, mais
tarde, a rarefação óssea própria do envelhecimento e na mulher, a osteoporose
pós-menopáusica
⇒ As necessidades de ferro são elevadas nos dois sexos, mas as recomendações para o
sexo feminino são superiores às do sexo masculino.
⇒ O aumento da dose para os rapazes nesta fase relaciona-secom o aumento da síntese
de massa muscular e consequentemente, maior volume de sangue. No caso das
raparigas tem a ver com a perda de sangue na menstruação.
⇒ O zinco é outro dos minerais com grande relevo na adolescência, pelo seu papel no
crescimento e na maturação sexual.
Modelo Alimentar
Necessidades calóricas
⇒ As necessidades calóricas dependem:
1. Idade (quanto mais velhos menores as necessidades)
2. Sexo (homem gasta mais que mulher - massa muscular)
3. Estatura, peso, actividade física
4. Doença(s) associada(s) ou stress
Estatura diminui mais ou menos 3 cm na velhice, por alterações nos discos intervertebrais,
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Alterações
⇒ Diminuição da massa muscular ao longo do envelhecimento
⇒ Diminuição da atividade física (perturbações osteoarticulares, etc)
⇒ Aumento da massa gorda
⇒ Diminuição do metabolismo basal
⇒ Por diminuir a ingestão:
1. Alterações da perceção dos sabores (diminuição do gosto e olfato e/ou próteses
dentárias)
2. Diminuição da capacidade de deglutir (redução do débito salivar ou xerostomia)
3. Perturbações da mastigação (perda de dentes ou próteses)
Necessidades em nutrientes
Proteínas 1g/Kg/dia
Vitaminas e oligoelementos
2. Causas Psico-sociais
- Solidão, tristeza, depressão
- Escassos recursos económicos
- Admissão em instituições
- Isolamento, dificuldade de deslocação
3. Causas Patológicas
- Doenças agudas e crónicas
- Polimedicação
- Alterações da capacidade funcional que limitam a preparação de alimentos e
implicam menor actividade física
Consequências de malnutrição
1. Perda de peso e emagrecimento
2. Obesidade e suas complicações
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3. Fraturas ósseas
4. Anemias
5. Úlceras de pressão
6. Menor resposta à medicação
7. Maior risco de doença
desidratação
Efeitos da desidratação
1. Sede
2. Sede mais forte, desconforto, perda de apetite
3. Diminuição do volume de sangue, enfraquecimento
4. Náuseas, Fadiga acentuada
5. Dificuldades de concentração
6. Deficiente regulação da temperatura corporal
7. Vertigens
8. Espasmos musculares, delírio, insónias
9. Problemas circulatórios e renais .... morte
3. Hidrata a pele
4. Contribui para a manutenção do volume sangue
5. Faz parte da composição de vários fluidos corporais
6. Fundamental na regulação da temperatura corporal
Envelhecimento ativo
TOTAL
𝑝𝑒𝑠𝑜
𝐼𝑀𝐶 = (𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 × 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎)
NOTA: O peso deve ser medido em quilogramas (kg) e a altura em metros (m)
Resultado Classificação
24 - 29 Peso normal
Alimentação Saudável
- Frutos: 3 a 5 porções
- Hortícolas: 3 a 5 porções
- Cereais e tubérculos: 4 a 11 porções
- Leguminosas: 1 a 2 porções
- Carne, peixe e ovos: 1,5 a 4,5 porções
- Laticínios: 2 a 3 porções
- Óleos e gorduras: 1 a 3 porções
- Água: 8 copos por dia
Diminuição do Melhorar o sabor dos alimentos, dar uma caminhada antes das
apetite refeições, falar com o seu médico para saber se a sua medicação
interfere com o apetite e em caso afirmativo pedir para ajustar a dose
Hortícolas 3-5
Fruta 3-5
Laticínios 2-3
Leguminosas 1-2
5. Saltar refeições
- Ignorar pequeno almoço (mais importante)
- Ignorar refeições meio da manhã
- Ignorar refeições meio da tarde
- Períodos muito longos entre as refeições
2. Kwashiokor
- Tipo de doença decorrente da carência de proteínas
- Sinais e sintomas:
2.1. Abdomén distendido
2.2. Descoloração dos cabelos tornando-os alaranjados
2.3. Pele despigmentada
2.4. Grande tristeza
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3. Pelagra
- Doença devida a uma carência de vitamina PP (nicotinamida)
- Observada nas populações que se alimentam habitualmente com milho ou
outros cereais pobres nesta vitamina
- Traduz-se por placas vermelhas eczematiformes da pele das partes
descobertas, inflamação da mucosa bucal e da língua, gastrenterites e
perturbações nervosas (astenia, insónia, cefaleias, etc.)
4. Beribéri
- Doença provocada pela falta de Vitamina B1 (Tiamina) no organismo, o que
provoca fraqueza muscular e dificuldades respiratórias
- O fungo Penicillium citreonigrun, que através da libertação da toxina
citreoviridina inibe sua absorção
- Pode afetar o coração, dando origem a uma cardiomiopatia por deficiência
nutricional chamada de Beribéri cardíaco
- A cura da doença se dá pela admistração da vitamina B1, corrigindo assim a
sua carência
- São alimentos ricos em tiamina: cereais em grão, leite, legumes, ovos, peixes
e plantas e na redução da ingestão do álcool, já que este dificulta a absorção
da vitamina
5. Escorbuto
- Doença causada por carência de vitamina C (ácido ascórbico), de origem
alimentar (alimentação exclusiva por produtos de conserva, sem frutos nem
legumes frescos)
- No adulto o escorbuto manifesta-se por estado subfebril, anemia,
hemorragias múltiplas e gengivite grave que pode causar a perda total dos
dentes
- Na criança, existem igualmente perturbações do crescimento dos ossos
6. Anemia Ferripriva
- Anemia devida a um défice da ingestão ou da absorção de ferro,
caracterizada por uma descida da concentração corpuscular média de
hemoglobina (inferior a 29%) e do ferro sérico (inferior no homem a 59 e na
mulher a 37 mg por 100 ml)
2. Diabetes tipo 2
- Diabetes Tipo 2 (Diabetes Não Insulino-Dependente) - É a mais frequente (90
por cento dos casos)
- O pâncreas produz insulina, mas as células do organismo oferecem
resistência à ação da insulina
- Este tipo de diabetes aparece normalmente na idade adulta e o seu
tratamento, na maioria dos casos, consiste na adopção duma dieta alimentar,
por forma a normalizar os níveis de açúcar no sangue
- Recomenda-se também a atividade física regular
3. Diabetes tipo 1
- Diabetes Tipo 1 (Diabetes Insulino-Dependente) - É mais rara
- O pâncreas produz insulina em quantidade insuficiente ou em qualidade
deficiente ou ambas as situações
- Contrariamente à diabetes tipo 2, a diabetes tipo 1 aparece com maior
frequência nas crianças e nos jovens, podendo também aparecer em adultos
e até em idosos
4. Diabetes Gestacional
- Surge durante a gravidez e desaparece, habitualmente, quando concluído o
período de gestação
- É fundamental que as grávidas diabéticas tomem medidas de precaução
para evitar que a diabetes do tipo 2 se instale mais tarde no seu organismo
- A diabetes gestacional requer muita atenção, sendo fundamental que, depois
de detetada a hiperglicemia, seja corrigida com a adoção de uma dieta
apropriada
- Uma em cada 20 grávidas pode sofrer desta forma de diabetes
Alimentação na Diabetes
- Regime alimentar saudável rico em fibras e com baixo teor de açúcar e gorduras
- É essencial para um diabético comer várias vezes ao dia e respeitar o horário das
refeições, pois só desta forma é possível, em conjunto com a medicação, controlar o
nível de glicose no sangue
- Os intervalos entre refeições não devem exceder as 3h30
50
- Evite consumir fruta isoladamente entre refeições, acompanhe-a sempre com outros
alimentos
5. Hipertensão
- Regulação da pressão arterial (sistema renina-angiotensina-aldosterona):
Intervenções Necessárias
⇒ Reforço da promoção da saúde
⇒ Alimentação saudável
⇒ Atividade física adequada
⇒ Redução consumo Álcool
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Avaliação Nutricional
⇒ O processo de avaliação inclui duas fases: Seleção e Avaliação
⇒ Objetivos principais:
1. Selecionar no que diz respeito a riscos nutricionais
2. Aplicar técnicas de avaliação específica para determinar um plano de ação
⇒ Seleção
- Identificar os pacientes em risco nutricional
- Determinar quem necessita de maior cuidado nas avaliações nutricionais
- Ferramentas de selecção são usadas nesses processos
⇒ Avaliação
- Determina o estado nutricional através da análise de vários componentes
- Os resultados são usados para desenvolver planos de cuidados da saúde
- Objetivos:
1. Identificar aqueles que necessitam de apoio nutricional
2. Identificar terapias nutricionais adequadas
3. Monitorizar a sua eficácia
3. Avaliação clínica
- Come ou não (anorexia, obesidade, …)
- Mastiga e deglute
- O esófago está a funcionar corretamente (refluxo, …)
- Estômago o Intestino
- Glândulas anexas
- Outros dados de interesse
7. Antropometria
9. Padrão de referência
- Comparar o peso e altura de um adulto com um padrão de referência
(“Metropolitan Life Insurance”)
Equilíbrio de Nitrogénio
⇒ Calculado por uma colheita de urina de 24h, analisada quanto ao nitrogénio urinário da
ureia
⇒ A ingestão de nitrogénio (a proteína tem que ser pesada e medida) é comparada à saída
de nitrogénio;
𝐺𝑟𝑎𝑚𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑡𝑒í𝑛𝑎
𝐺𝑟𝑎𝑚𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑁𝑖𝑡𝑟𝑜𝑔é𝑛𝑖𝑜 = 6,25
Malnutrição:
⇒ Deficiência nutricional
⇒ É uma doença que afeta cerca de 50% dos doentes adultos hospitalizados
⇒ Balanço negativo entre o aporte de nutrientes essenciais aos tecidos e as suas
necessidades
⇒ Consequências:
- Alterações hidroelectrolíticas;
- Imunodepressão;
- Alteração das funções gastro-intestinais e cardiorespiratórias;
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- Dificuldades de cicatrização;
2. Causas Psico-Sociais:
- Solidão, tristeza, depressão
- Escassos recursos económicos
- Admissão em instituições
- Isolamento, dificuldade de deslocação
3. Causas Patológicas:
- Doenças agudas e crónicas
- Polimedicação
- Alterações da capacidade funcional que limitam a preparação de alimentos e
implicam menor atividade física
Avaliação Nutricional
⇒ Conjunto de métodos objectivos e clínicos com o intuito de classificar o estado de
nutrição
⇒ Objetivos:
- Caracterizar o estado de nutrição e capacidade funcional;
- Caracterizar a ingestão alimentar habitual e atual;
- Identificar: anorexia, disfagia, diarreia, estilos de vida, factores
socio-económicos-religiosos, etc…
- Determinar necessidades nutricionais;
- Estabelecer terapêutica nutricional integrada no plano terapêutico global.
⇒ Equipa multidisciplinar:
- Enfermeiro (a):
➢ Contacta mais tempo com o doente (é quem o conhece melhor)
➢ Ensino aos doentes e familiares
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- Nutricionista:
➢ Obtenção da história alimentar/ingestão alimentar
➢ Identificação de risco nutricional (através de métodos de avaliação
nutricional)
➢ Cálculo das necessidades nutricionais.
- Gastroenterologista, Internista, Cirurgião, Oncologista:
➢ Obtenção da história clínica
➢ Identificação de risco nutricional (através de métodos de avaliação
nutricional)
- Farmacêutico
- Outros Profissionais Saúde
Resumo de Atividades
1. Dados Antropométricos:
- Peso
- Altura: A estatura diminui com a idade
- IMC:
2. Dados Bioquímicos:
- Índice creatinina-altura (antropometria + bioquímica)
- Pré-Albumina (transterrina)
- Albumina
- Transferrina
- RBP (proteína ligada ao retinol)
3. Dados Imunológicos:
- Multiteste
- Contagem total de linfócitos
4. Dados Clínicos:
- História Clínica
5. Outros Dados:
- – Impedância bio-eléctrica (condutividade electrica±H2O)
- História Familiar
- História Alimentar recente/passado
- Hábitos Alimentares
1617 Fabricius usaram um tubo de prata via nasofaringe para nutrir pacientes c/tétano
1881 Presidente Garfield dos EUA, foi nutrido por via rectal durante 79 dias c/ carne e
whiskey
Nutrição Parental
1831 Latta usa solução salina para tratar doente com cólera
- Generalização do uso de solução salina i.v. no tratamento da cólera
1843 Claude Bernard injecta açúcar, clara de ovo, leite e outros nutrientes(i.v.), em
animais
> 1875 Krug, Whitaker, Hodder injectam óleo, extracto de bife, leite