DISCIPLINA: Hermenêutica e Argumentação Jurídica NOTA
DOCENTE: Lucas Rêgo DISCENTE: Alessandro de Souza Bastos
AV2 – SETEMBRO DE 2023
INSTRUÇÕES: Cada discente deverá produzir uma texto de até duas
laudas sobre o tema: A disciplina Hermenêutica e Argumentação Jurídica e as profissões jurídicas. O discente deverá produzir um texto que articule uma relação possível entre o horizonte teórico da disciplina com a profissão jurídica a ser escolhida pelo próprio discente
1. A avaliação deverá ser entregue até o dia 12/09( turma
noturna) e 13/09( turma matutina)
2. A avaliação vale 10(dez) pontos.
3. A atividade é individual e sob nenhuma hipótese, poderá
contar com recursos da inteligência a artificial para a sua produção.
4. : As peças deverão ser postadas no CANVAS, na área destinada à
AV2
5. A elaboração da atividade deverá observar os critérios
abaixo indicados: 5.1Coerência argumentativa: 2,5 (dois pontos e meio) 5.2 Fundamentação teórica (material utilizado para a pesquisa e produção do texto): 1,5( dois pontos) OBS: Para a obtenção da nota máxima nesse item o aluno deverá consultar e indicar no texto ao menos 3(três) referências bibliográficas
5.3 Demonstração da importância da disciplina A disciplina
Hermenêutica e Argumentação Jurídica no âmbito da profissão jurídica escolhida.5,0( cinco pontos). 5.4 Demonstração da importância da disciplina A disciplina Hermenêutica e Argumentação Jurídica no âmbito da profissão jurídica escolhida.5,0( cinco pontos).
Para atendimento deste item deverá ser explorados observadas as
seguintes diretrizes:
ii) Utilização dos assuntos relacionados ao campo de estudo
da Teoria do Direito: (3,0 ponto).
OBS Para obtenção da pontuação máxima nesse item o discente
deverá fazer referência a ao menos, três temas ou assuntos da disciplina Hermenêutica e Argumentação Jurídica trabalhados em sala de aula durante o curso. 5.4 Relacionar a disciplina Hermenêutica e Argumentação Jurídica com o horizonte de atuação da profissão jurídica escolhida.(2,0 pontos) 5.5) Os aspectos formais abaixo indicados devem ser rigorosamente observados sob pena do perda de até 1,0(dois pontos) na nota total a ser atribuída ao grupo
● Letra 12 – CALIBRI ou TIMES NEW ROMAN
● Parágrafo 0pt antes e 0pt depois, espaçamento entre linhas 1,5 ● LAYOUT DA PÁGINA- MARGEM: Superior 2,5 cm, Inf.: 2,5 cm; Esquerda: 3,0cm, Direita 3,0 cm. ● Texto justificado
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
c) Qualquer tipo de plágio irá ensejar a nota zero no parecer
examinado. d) A ausência de entrega ou a entrega intempestiva das peças, implicarão em perda na pontuação na avaliação A Profissão de delegado O delegado é o gestor da unidade em que atua, é ele o responsável pelas investigações de uma atividade delituosa, ele irá instaurar e presidir inquéritos, coordenar o quadro policial, planejar a parte administrativa e operacional da unidade, organizar operações policiais dentre outras. Existem duas esferas de atuação, a civil e a federal, a depender dos delitos cometidos. O inquérito policial é o documento que irá nortear todas as investigações, voltado a coletar provas para apurar a prática de uma infração penal e seus autores. O artigo 5° da Constituição Federal do Brasil de 1988 determina que: “LIV- ninguém será privado de liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal[...]” Ou seja, o inquérito assim como as investigações estão sujeitas a regras bem estabelecidas e precisam ser amplamente justificadas e bem argumentadas pela autoridade policial, a fim de que todo o processo tenha validade e tenha seus trâmites respeitados. Conforme nos elucida a CF/88 ninguém pode ser preso ou perder seus bens sem uma justificativa legal, sem que lhe seja dado o direito de defesa e sem que haja provas concretas do cometimento do delito e de sua autoria. A hermenêutica e a argumentação jurídica se tornam portanto indispensáveis neste processo. Para se constituir um delito faz-se necessário que o caso seja fato típico, anti- jurídico e culpável. Desta forma a autoridade policial deve conseguir estabelecer esta tríade do conceito criminal. A partir daí fazer suas argumentações justificando o porquê que aquela conduta pode se enquadrar em um fato típico e a tipicidade criminal, depois havendo tipicidade há indícios de que aquele ato é anti-jurídico e finalmente deve-se observar se o indivíduo é culpável ou seja se não há exceções para impetrar-lhe culpa ou dolo. Sendo assim, a investigação policial e a produção de provas materiais que corroborem para a identificação do ato delituoso e de sua autoria, perpassa por uma série de interpretações dos fatos e circunstâncias, trazendo as leis vigentes e associando o caso concreto a ela, de modo a se obter uma conclusão ao final do processo. Em muitas vezes dependendo do caso, este pode tomar uma repercussão muito grande atingindo os meios midiáticos, e o delegado ter que ser entrevistado para dar esclarecimentos a respeito das investigações. Desta forma mais uma vez a hermenêutica e a argumentação jurídica irão estar em pauta, pois ele deverá através das investigações e do texto normativo, atribuir culpa ou dolo ao ato delituoso cometido, ou até mesmo informar que não existem provas suficientes que possam incriminar o suspeito e que portanto este deve ser absolvido. Não pouco comum, inquéritos policiais são contestados pela defesa por não seguirem de forma lógica e legal o processo de investigação. Onde as provas materiais devem servir para corroborar com os argumentos e contar uma “história” na qual todas as ações se encaixem perfeitamente, sem deixar dúvidas do ato cometido e de sua autoria. Para Robet Alexi (2001,p.292) é preciso mais do que conhecer as leis, é preciso exercer o poder de convencimento através da argumentação. Todo enunciado dogmático , se é posto em duvida, deve ser fundamentado, mediante o emprego, pelo menos, de um argumento pratico do tipo geral; todo enunciado dogmático deve enfrentar uma comprovação sistemática, tanto em sentido estrito como em sentido amplo, e se são possíveis argumentos dogmáticos, devem ser usados. Tatiana Heckler Braattz sabiamente nos diz que a argumentação é inerente a prática do operador de direito e aqueles que o estudam. O fato inegável, mas que por muito tempo ficou relegado a segundo plano, é que a atividade jurídica, até mesmo a mais teórica, traduz-se precipuamente em argumentar, seja no plano dogmático, legislativo ou no judicial, já que tais atividades consistem em tecer argumentos para a criação, interpretação ou aplicação do Direito. De fato, ainda que relutem alguns, a prática do direito é indissociável da argumentação. Portanto é através da arte de argumentar que o delegado irá conseguir convencer ao Ministério Público e a sociedade de que o ato cometido é delituoso e de que aqueles a quem ele indica são de fato os autores de tal crime. Manuel Atienza enfatiza a necessidade de se conhecer bem as teorias de argumentação jurídicas para se ter maior poder de persuasão e convencimento. “Ninguém duvida que a prática do Direito consista, fundamentalmente, em argumentar, e todos costumamos convir em que a qualidade que melhor define o que se entende por um “bom jurista” talvez seja a sua capacidade de construir argumentos e manejá-los com habilidade. Entretanto, pouquíssimos juristas leram uma única vez um livro sobre a matéria e seguramente muitos ignoram por completo a existência de algo próximo a uma “teoria da argumentação jurídica” Portanto seja na profissão de delegado ou qualquer outra do operador/ do direito a Hermenêutica e Argumentação Jurídica são peças chaves e que fazem a diferença. REFERENCIAS
ALEXI; R. Teoria da Argumentação Jurídica- A Teoria do Discurso Racional
Como Teoria da Fundamentação Jurídica; 6ª Ed. Editora Forense; Rio de Janeiro, 2001
ATIENZA; M. As Razões do Direito – Teorias da Argumentação Jurídica; 3ª
Ed. Editora Landy; São Paulo; 2003.
BRAATZ; T.H; É Preciso Argumentar? Reflexões sobre a Argumentação
Jurídica e a Teoria de Manuel Atienza; Revista Jurídica – FURB- Universidade Regional de Blumenau- SC; V.11,N° 21;p.133-147; Blumenau- SC; 2007. Disponível em: https://bu.furb.br/ojs/index.php/juridica/article/view/445/404 Acesso: 12/09/2023.