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Turma: DPC-RR, 1ª fase (Reta Final)
Material: TEORIA GERAL DO DIREITO E DA POLÍTICA
MATERIAL DE APOIO 1
(TEORIA GERAL DO DIREITO E DA
POLÍTICA)
APRESENTAÇÃO
Caros amigos,
Neste material tratamos dos primeiros sete pontos que compõem o
programa de Teoria Geral do Direito e da Política, que, por sua vez, compõe o
Edital do Concurso Público para provimento de vagas para o cargo Delegado
de Polícia Civil Classe Substituta da Polícia Civil do Estado de Roraima.
Bons estudos.
Professor Rosângelo
Texto didático para uso exclusivo dos alunos Mege. Favor não citar.
TEORIA GERAL DO DIREITO E DA POLÍTICA
1 Dogmática Jurídica
Comentário:
Na questão será cobrado ao candidato o conhecimento básico do que se trata
a criminologia, mas a partir dos conhecimentos de disciplinas dogmáticas e
zetéticas o candidato poderá inferir que não se trata da letra D a formal, mas
sim de uma analise aberta de indução, conclui-se que o modo como a
criminologia conhece o direito é zetético, assim resposta correta letra A.
(Delegado de Polícia – BA-2018)
2- Assinale a alternativa que indica a correta relação da Criminologia com
a Política Criminal, Direito Penal ou com o Sistema de Justiça Criminal.
3 Hermenêutica jurídica
Introdução
A determinação do sentido das normas, o correto entendimento do significado
dos seus textos e intenções, tendo em vista a possível solução de conflitos
constitui a tarefa da hermenêutica jurídica. O propósito básico do jurista não é
simplesmente compreender um texto, mas também determinar-- lhe a força e o
alcance, pondo o texto normativo em presença dos dados atuais de um
problema.
Métodos Hermenêuticos.
a) Hermenêutica gramatical
b) Hermenêutica lógica
C) Hermenêutica histórica
D) Interpretação teleológica
Assim, entende-se que, não importa a norma, ela há de ter, para o hermeneuta,
sempre um objetivo que serve para controlar até as consequências da previsão
legal (a lei sempre visa aos fins sociais do direito e às exigências do bem
comum, ainda que, de fato, possa parecer que eles não estejam sendo
atendidos).
e) Interpretação especificadora
Uma interpretação especificadora parte do pressuposto de que o sentido da
norma cabe na letra de seu enunciado. Tendo em vista a criação de condições
para que os conflitos sejam decidíveis com um mínimo de perturbação social
(questão da decidibilidade), a hermenêutica vê-se pragmaticamente dominada
por um princípio de economia de pensamento.
Gabarito: E
4.3 Jurisprudência
Conjunto de decisões do Poder Judiciário reiteradas, constantes e
pacíficas, resultantes da aplicação de normas a caso semelhantes, constituindo
uma norma geral aplicável a todos os casos similares ou idênticos.
A natureza interpretativa da Jurisprudência é inegável, na medida em
que, quando o poder Judiciário aplica uma norma ao caso concreto, procede a
uma interpretação da norma. A grande questão é: a jurisprudência é fonte do
direito?
A corrente negativista entende que a jurisprudência nunca é fonte formal
do direito. O artigo 4º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro traz
que, “quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia,
os costumes e os princípios gerais de direito.” Não abarcando, portanto, a
jurisprudência como fonte. Já a corrente jurisprudencialista é aquela que dá
primazia à jurisprudência como fonte secundária, de forma que a jurisprudência
pode, inclusive, contrapor-se à lei.
A corrente realista entende que a jurisprudência é uma fonte secundária
e não tem valor caso se contraponha à lei ou mesmo aos costumes
(interpretação do art. 4º LINDB). A Consolidação das Leis do trabalho a
recepcionou expressamente, colocando a jurisprudência como fonte acessória.
Art. 8º: As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta
de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela
jurisprudência, por analogia, por equidade e outros princípios e normas gerais
de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os
usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum
interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público. 14
Sendo assim, a jurisprudência será utilizada como fonte quando houver
a ausência de lei ou de costume para o caso concreto; houver impossibilidade
de aplicação da analogia legis ou juris.; quando houver decisão judicial
reiterada, constante e pacífica e em consonância com os princípios gerais de
direito.
Assim, no caso de omissão da lei no caso concreto, tem o juiz autorização legal
para interpretar e integrar as normas, hipótese em que, utilizando-se da
analogia, dos costumes ou dos princípios gerais do direito, o magistrado cria
uma norma individual, que só vai valer para cada caso concreto, pondo fim ao
conflito, sem dissolver definitivamente a lacuna.
De fato, não se resolve o problema da ausência de legislação enquanto não
preenchida a lacuna por meio efetivamente de lei. Apenas se utiliza do método
de colmatação para que seja dada uma solução jurídica pontual e aplicável tão
somente para aquele caso específico que não se encontra regulado.
a) Analogia:
Casos parecidos devem ser julgados de maneira semelhante. Esse é o
conceito de analogia. Consiste em aplicar à hipótese não prevista
especialmente em lei dispositivo relativo a caso semelhante. Nesse caso, o
magistrado estende um preceito legal a casos não diretamente compreendidos
na descrição legal, porém, semelhantes.
Temos, por exemplo, um caso “A”, em que se aplica a regra jurídica "B"; mas
em um caso “C”, sendo a lei omissa, por ser similar ao caso "A", subsume-se à
hipótese a mesma regra "B", por analogia. Não se trata de interpretação 19
extensiva, caso em que existe lei subsumindo-se ao fato. É, pois, analogia, não
havendo lei que se subsuma à hipótese, aplicando-se a lei de caso análogo.
A analogia pode ser legal (legis), quando o juiz pega uma única lei que regula o
caso parecido e aplica-a por analogia; ou jurídica (iuris), quando o juiz pega um
conjunto de normas e aplica por analogia diante da lacuna, não utilizando
apenas uma única lei como paradigma.
Nesse último caso, seria o exemplo da união homoafetiva, a esta aplicando-se
por analogia todo o disciplinamento da união estável, não apenas uma lei, mas
um conjunto de normas aplicadas por analogia, ante a lacuna. É diferente,
portanto, a analogia iuris da analogia legis: a primeira se fundamenta em um
conjunto de norma, a segunda, e uma única lei apenas.
B) Costumes
Trata-se da prática reiterada no tempo que se subtende obrigatória. A isso
chamamos juridicamente de costumes, havendo a presença de dois elementos
que o compõem: elemento objetivo (reiteração no tempo) e elemento subjetivo
(obrigatoriedade social).
Por isso é que os costumes não se confundem com a chamada praxe
administrativa. O costume exige cumulativamente os requisitos objetivo (uso
continuado) e subjetivo (convicção generalizada de sua obrigatoriedade), ao
passo que na praxe administrativa ocorre apenas o requisito objetivo. O
costume, portanto, é fonte do direito, método de integração normativa, já a
praxe administrativa não.
6 Interpretação da norma 21
6.1 A Ciência do Direito como Teoria da Interpretação – o problema da
interpretação
É hoje um postulado quase universal da ciência jurídica a tese de que
não há norma sem interpretação, ou seja, toda norma é, pelo simples fato de
ser posta, passível de interpretação. No século XIX a interpretação deixa de ser
uma questão técnica da atividade do jurista para ser objeto de reflexão, tendo
em vista a constituição de uma teoria.
Interpretar o direito significava, então, a inserção da norma em tela na
totalidade do sistema. A ligação, porém, entre o conceito de sistema e o de
totalidade acabou por colocar a questão geral do sentido da unidade do todo.
Aparecem os modelos mecânico e orgânico. No primeiro, a unidade era dada
pela integração das partes segundo um princípio de não-contradição e de
complementaridade. No segundo, a unidade era um plus em relação às partes,
alguma coisa que não se reduzia à mera soma das partes, mas garantia a
unidade do seu sentido.
Savigny se atentava apenas ao sentido textual da lei, onde determinar
esse sentido era a interpretação. Daí a elaboração de quatro técnicas para
determinar o sentido da lei: a interpretação gramatical, que procurava o sentido
vocabular da lei; a interpretação lógica, que visava o seu sentido proposicional;
a sistemática, que buscava o sentido global; e a histórica, que tentava atingir o
seu sentido genético.
A concepção de que o texto da lei é expressão da mens legislatoris leva
Savigny a afirmar que interpretar é compreender o pensamento do legislador
manifestado no texto da lei.
O problema básico da atividade jurídica não é apenas a configuração
sistemática da ordem normativa, mas a determinação do seu sentido. Isto
instaura as condições para o aparecimento de um método peculiar, ligado à
ideia de compreensão e de uma disputa em torno do objeto da própria teoria
jurídica.
Quando dizemos que interpretar é compreender outra interpretação (a
fixada na norma), afirmamos a existência de dois atos: um que dá à norma o
seu sentido e outro que tenta captá-lo. Portanto, para que possa haver 22
interpretação jurídica é preciso que ao menos um ato doador de sentido seja
fixado.
a) I e II.
b) I e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.
Gabarito: B
7 Eficácia da lei no tempo. Conflito de normas jurídicas no
tempo e o Direito brasileiro: Direito Penal, Direito Civil, Direito
Constitucional e Direito do Trabalho
Gabarito: B
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