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AO JUÍZO DA VARA DO TRABALHO DE ________

________ , ________ , ________ , inscrito no CPF sob nº


________ , RG nº ________ , ________ , residente e domiciliado
na ________ , ________ , ________ , na Cidade de ________ ,
________ , ________ , vem à presença de Vossa Excelência, por
meio do seu Advogado, infra assinado, ajuizar

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
C/C PEDIDO LIMINAR

em face de ________ , pessoa jurídica de direito privado, inscrita no


CNPJ sob nº ________ , ________ , com sede em ________ ,
________ , ________ , ________ , ________ , e;

________ , pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob


nº ________ , ________ , com sede na ________ , ________ ,
________ , ________ , ________ , pelos motivos e fatos que passa
a expor.

SÍNTESE DA RELAÇÃO DE TRABALHO

Trata-se de contrato de trabalho para o cargo de ________ , com a função de


________ pelo período de ________ horas diárias, das ________ horas às ________ com
________ de intervalo.

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A remuneração contratada para ________ horas semanais foi de ________ .

As atividades do reclamante envolviam ________ dirigindo motocicleta a


serviço do Reclamado.

Ocorre que ________ motivo pelo qual vem em busca da tutela jurisdicional
pela presente Reclamação Trabalhista.

DO RECONHECIMENTO DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO

Trata-se de vínculo empregatício que merece ser reconhecido, pois a


atividade desempenhada pela Reclamante preenchem exatamente os requisitos previstos no
art. 3º da CLT:

"Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar


serviços de natureza não eventual a empregador, sob a
dependência deste e mediante salário".

Afinal, o Reclamante, sempre cumpriu determinações da reclamada


mediante remuneração pactuada, preenchendo todos os requisitos do referido artigo, a
saber:

 Pessoa Jurídica - Diferentemente do que permitiu a


Reforma Trabalhista, o vínculo de emprego foi mascarado
pela Pessoa Jurídica, uma vez que o Reclamante exercia
suas atividades com total subordinação, exclusividade e
pessoalidade diretamente ao reclamado, sem qualquer
autonomia.

 Subordinação - O Reclamante era diretamente subordinado

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à Reclamada, a qual dava todas as diretrizes necessárias à
execução da prestação do serviço, mediante cumprimento de
horários e entregas conforme cronograma diário, não tendo o
reclamante qualquer autonomia na execução das atividades
do reclamante.

 Pessoalidade - As atividades e encargos diários eram


executados exclusivamente pelo Reclamante, o qual recebeu
treinamento específico no início da relação de emprego, e
recebia atribuições individualmente para o exercício das
atividades que lhe eram delegadas, prestando os serviços
com nítida pessoalidade. Como prova do alegado, junta
________ ;

 Habitualidade - Todas as atividades eram executadas pelo


reclamante nos mesmos horários com habitualidade, sempre
dentro das determinações impostas pela reclamada,
conforme ________ que junta em anexo.

 Onerosidade - O reclamante percebia habitualmente a


remuneração de R$ ________ por mês, conforme extrato de
sua conta que junta em anexo, caracterizando a onerosidade
das tarefas realizadas.

Diante de tais elementos, deve ser reconhecido o vínculo, conforme


precedentes sobre o tema:

VÍNCULO EMPREGATÍCIO. MOTOBOY. FARMÁCIA.


NEGATIVA DA RELAÇÃO DE EMPREGO.
RECONHECIMENTO DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. ÔNUS
DA PROVA. VÍNCULO RECONHECIDO. Negada a relação de
emprego, mas incontroversa a prestação de serviços em favor da ré,

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que invocou situação excepcional - prestação de serviço autônomo,
a teor do disposto nos arts. 818 da CLT c/c 373, II, do CPC, era dela
o ônus da prova. Presença de todos os requisitos caracterizadores da
relação de emprego alegada na inicial: não eventualidade,
pessoalidade, onerosidade e subordinação. Empregado que se
encontrava à disposição da demandada (farmácia), em quase todos
os dias da semana, para prestação de serviço de motoboy, com
exigência de horário para as entregas dos medicamentos, o que
evidencia a subordinação jurídica do autor à ré. Vínculo de emprego
reconhecido frente à prova produzida nos autos. (TRT-4, RO
00203496320165040701, Relator(a): Marcelo Jose Ferlin
D'ambroso, 2ª Turma, Publicado em: 05/02/2019)

MOTOBOY. VÍNCULO DE EMPREGO. CARACTERIZAÇÃO.


A existência de subordinação jurídica, habitualidade, pessoalidade e
onerosidade na prestação de serviços, evidencia o vínculo de
emprego entre as partes, nos termos dos artigos 2º e 3º da CLT.
(TRT-1, 0101348-03.2017.5.01.0070 - DEJT 2019-02-16, Rel.
GUSTAVO TADEU ALKMIM, julgado em 05/02/2019)

Afinal, tem-se como princípio fundamental a responsabilização daquele que


se beneficia do trabalho que foi explorado, conforme destaca a doutrina especializada:

"O que precisa ficar bem claro é que no campo do direito do


trabalho jamais o beneficiário da atividade laboral pode ficar de
fora da responsabilidade. Ao contrário de outros segmentos
jurídicos, em que cláusulas contratuais de desoneração de
responsabilidade podem ser livremente pactuadas, no direito do
trabalho o objeto primordial é a energia humana, a qual, uma vez
empreendida, é irrecuperável e irretornável, sendo considerado
imoral, além de ilegal, que o beneficiário dessa força de trabalho
simplesmente sonegue a contraprestação e se considere

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irresponsável pelas reparações cabíveis." (SILVA, Homero Batista
Mateus da. Curso de Direito do Trabalho Aplicado. Vol 1. Editora
RT, 2017. versão ebook, Cap. 12)

Resta claro, portanto, a presença de todos os requisitos necessários para o


reconhecimento do vínculo empregatício.

AUSÊNCIA DE AVISO PRÉVIO

Diante da inexistência de justa causa para a rescisão do contrato de trabalho


surge para a Reclamante o direito ao Aviso Prévio indenizado.

Trata-se de previsão do § 1º do art. 487, da CLT que estabelece que a não


concessão de aviso prévio pelo empregador dá direito ao pagamento dos salários do
respectivo período, integrando-se ao seu tempo de serviço para todos os fins legais.

Pela prova carreada, demonstra-se a inexistência de motivos suficientes a


impor a penalidade mais severa: demissão, razão pela qual deve ser revertida, conforme
precedentes sobre o tema:

ABANDONO DE EMPREGO. DEMISSÃO POR JUSTA CAUSA.


O abandono de emprego deve estar devidamente comprovado de
forma a possibilitar a demissão por justa causa, por se tratar de
grave penalidade imposta ao empregado, que exige prova
irrefutável, cabal, irrestrita e inequívoca, na medida em que impõe a
suspensão do trabalho, sem o recebimento do salário devido, e
acarreta uma mácula indelével à vida profissional apenado, não
sendo esse o caso dos autos, o que impossibilita a punição e impõe
o consequente pagamento das verbas rescisórias pela dispensa
imotivada, além dos salários do período de estabilidade provisória.
(TRT-1 - RO: 00104208420135010057, Data de Julgamento:
07/12/2016, Sétima Turma, Data de Publicação: 24/01/2017)

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Dessa forma, o período de aviso prévio indenizado, corresponde a mais 30
dias de tempo de serviço para efeitos de cálculo do 13º salário, férias + 40%.

DA RETIFICAÇÃO E BAIXA DA CTPS

Embora contratado para laborar em ________ o Reclamante teve sua CTPS


anotada apenas no dia ________ na modalidade contrato de experiência, deixando de
contabilizar mais de ________ meses de contrato.

Conforme ________ , prova que passará a constituir, a efetiva contratação da


Reclamante ocorreu em ________ , sem qualquer registro, requer seja o Reclamado
condenado a retificar a CTPS com data de admissão em ________ na função de ________ .

Trata-se de dever do Reclamado que deve ser cumprido:

REINTEGRAÇÃO. CONVERTIDA EM INDENIZAÇÃO NA


EXECUÇÃO. RETIFICAÇÃO DA BAIXA NA CTPS. Se a
sentença de mérito, bem como do acórdão, transitado em julgado,
ficaram assentados no sentido de condenar a reclamada na
obrigação de reintegrar o obreiro nos seus quadros, declarando a
nulidade da dispensa, anula também, por via de consequência a
respectiva a baixa na CTPS. Diante desse quadro impõe-se a
reforma da decisão recorrida, para o fim de seja procedida a
retificação da data de baixa na CTPS do reclamante tendo como
base o período estabilitário reconhecido na sentença de mérito.
Recurso conhecido e provido. (TRT-11 02300820040011100,
Relator: Ormy da Conceição Dias Bentes)

Bem como deve ser dada baixa na sua CTPS, assinalando como término do
pacto laboral.

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DA NECESSÁRIA LIBERAÇÃO DA GUIA DO SEGURO DESEMPREGO

Não obstante a ocorrência da rescisão contratual ocorrer em ________ a


Reclamante ainda não teve acesso às guias SD/CD para viabilizar o percebimento do
seguro-desemprego.

Portanto, deve a Reclamada ser condenada à imediata liberação sob pena de


indenização substitutiva equivalente à cinco parcelas da respectiva verba, bem como a
liberação do TRCT e chaves de conectividade para recebimento do FGTS.

DO CABIMENTO DA MULTA DO ART. 477

Considerando que o Reclamante não recebeu no prazo legal as verbas a que


fazia jus quando da dispensa, resta configurada a multa do art. 477, § 8º, da CLT,
especialmente porque o reconhecimento da relação de emprego com a reclamada vir a
ocorrer somente em Juízo.

No mesmo sentido, os seguintes precedentes da Alta Corte Trabalhista:

RECURSO ORDINÁRIO. RECURSO DO RECLAMANTE.


MULTA DO §8º ART.477 DA CLT. PAGAMENTO DAS
VERBAS RESCISÓRIAS FORA DO PRAZO LEGAL. DEVIDA
A MULTA. A multa do art. 477 da CLT é gerada pela falha da
quitação das verbas rescisórias, em estrito senso, ou a destempo
pela reclamada e, com isso, só é afastada se o pagamento
integral das verbas trabalhistas incontroversas devidas ocorrer
dentro do prazo legal (parágrafo 6º do art. 477 da CLT),
independentemente, do tipo de modalidade de extinção contratual e
da data da homologação do TRCT, na linha da jurisprudência
pacífica do C. TST e da Tese Prevalecente 08 decorrente de decisão
proferida em Incidente de Uniformização de Jurisprudência
instaurado perante este Egrégio Regional do Trabalho da Primeira

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Região. Não depositado, in casu, o valor das verbas rescisórias
elencadas no TRCT dentro do prazo legal, sem qualquer culpa por
parte do reclamante, dou provimento ao pleito de condenação ao
pagamento da multa do parágrafo 8º do art. 477 da CLT. Recurso
provido. (TRT-1, 0101006-61.2017.5.01.0047 - DEJT 2019-07-30,
Rel. ANA MARIA SOARES DE MORAES, julgado em
09/07/2019)

MULTA DO ART.477 DA CLT. A teor do que dispõe o § 8º do


artigo 477, da CLT (com redação anterior à Lei 13.467/17), é
devida multa em valor equivalente ao salário do empregado
quando o pagamento dos haveres rescisórios é feito a destempo,
ou seja, em prazo superior ao dia seguinte ao término do aviso
prévio trabalhado, ou, quando este for indenizado, em 10 dias a
contar da data da notificação da demissão (alínea b, § 6º, artigo 477,
CLT). (TRT-1, 0104068-95.2016.5.01.0451 - DEJT 2019-07-25,
Rel. CLAUDIA DE SOUZA GOMES FREIRE, julgado em
09/07/2019)

RECURSO ORDINÁRIO. MULTA DO ART.477, §8.º, DA CLT.


A indenização compensatória do FGTS tem natureza de verba
rescisória e a omissão em seu pagamento enseja a aplicação da
multa do art. 477, §8.º, da CLT. (TRT-1, 0100104-
72.2018.5.01.0080 - DEJT 2019-02-15, Rel. MONICA BATISTA
VIEIRA PUGLIA, julgado em 04/02/2019)

Assim, devido o pagamento da multa, eis que as verbas rescisórias não


foram pagas no prazo legal, impondo-se a penalidade em razão da mora.

DA MULTA DO ART. 467 DA CLT

Tratando-se de verbas incontroversas, tem-se pelo devido pagamento da

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multa prevista no art. 467 da CLT, que assim dispõe:

Art. 467.Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo


controvérsia sobre o montante das verbas rescisórias, o empregador
é obrigado a pagar ao trabalhador, à data do comparecimento à
Justiça do Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob pena
de pagá-las acrescidas de cinqüenta por cento".

Portanto, considerando que as verbas referentes a ________ , não foram


pagas ao final do contrato, devido o pagamento da multa de 50%, conforme precedentes
sobre o tema:

MULTA DO ART.467 DA CLT. INCIDÊNCIA. BASE DE


CÁLCULO. Sendo infundada a controvérsia e não tendo sido
efetuado pagamento em audiência, cabe a incidência da multa do
art.467 da CLT. Não há equívoco ao incluir salários vencidos, aviso
prévio e indenização compensatória na base de cálculo dessa multa,
porquanto se considera verba rescisória toda parcela devida ao
trabalhador no momento da rescisão. (TRT-1, 0100453-
54.2018.5.01.0281 - DEJT 2019-08-01, Rel. MARIA HELENA
MOTTA, julgado em 09/07/2019, #07249646)

MULTA DO ART.467 DA CLT. BASE DE CÁLCULO.


INDENIZAÇÃO COMPENSATÓRIA. A indenização de 40%
sobre o saldo do FGTS deve ser incluída na base de cálculo da
multa do art.467 da CLT, porquanto se considera verba rescisória
toda parcela devida ao trabalhador no momento da rescisão. (TRT-
1, 0100440-36.2018.5.01.0061 - DEJT 2019-10-09, Rel. MARIA
HELENA MOTTA, julgado em 02/10/2019)

Assim, devido o pagamento da multa, eis que as verbas rescisórias não


foram pagas no prazo legal, impondo-se a penalidade em razão da mora.

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DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

Nos termos do Art. 818 da CLT, "o ônus da prova incumbe ao reclamante,
quanto ao fato constitutivo de seu direito", ocorre que:

§ 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa


relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de
cumprir o encargo nos termos deste artigo ou à maior facilidade de
obtenção da prova do fato contrário, poderá o juízo atribuir o
ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão
fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se
desincumbir do ônus que lhe foi atribuído. (Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017)

Assim, diante do nítido desequilíbrio na obtenção das provas necessárias,


tem-se a necessária inversão do ônus da prova.

A inversão do ônus da prova é consubstanciada na impossibilidade de


obtenção de prova indispensável por parte do Autor, sendo amparada pelo princípio da
distribuição dinâmica do Ônus da prova implementada pelo Novo Código de Processo
Civil:

Art. 373. O ônus da prova incumbe:


I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou
extintivo do direito do autor.
§ 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa
relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de
cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de
obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da
prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada,
caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do

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ônus que lhe foi atribuído.

Referido dispositivo foi perfeitamente recepcionado pela Justiça do


Trabalho, conforme clara redação da IN 39/2016 do C. TST:

Art. 3° Sem prejuízo de outros, aplicam-se ao Processo do


Trabalho, em face de omissão e compatibilidade, os preceitos do
Código de Processo Civil que regulam os seguintes temas:
(...)
VII - art. 373, §§ 1º e 2º (distribuição dinâmica do ônus da prova);

Nesse sentido, a jurisprudência orienta a inversão do ônus da prova, sob


pena de inviabilizar o acesso à justiça:

RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ADMINISTRAÇÃO


PÚBLICA. Ao analisar Recurso Extraordinário interposto pela
União (RE) 760.931, com repercussão geral reconhecida, o Plenário
do STF, por maioria de votos, fixou a tese a ser aplicada quanto à
responsabilidade subsidiária da administração pública por encargos
trabalhistas gerados pelo inadimplemento de empresa terceirizada:
"O inadimplemento dos encargos trabalhistas dos empregados do
contratado não transfere automaticamente ao Poder Público
contratante a responsabilidade pelo seu pagamento, seja em caráter
solidário ou subsidiário, nos termos do art. 71, § 1º, da Lei nº
8.666/93" (STF - Tribunal Pleno - RE 760.931 - Relª Minª Rosa
Weber - Relator p/ acórdão - Min. Luiz Fux - DJe 12/9/2017). (...).
Portanto, é possível que a Administração Pública responda pelas
dívidas trabalhistas contraídas pela empresa contratada e que não
foram pagas, desde que o ex-empregado Reclamante comprove,
com elementos concretos de prova, que houve falha concreta do
Poder Público na fiscalização do contrato. No tocante à aferição da
culpa, a princípio, o ônus probatório incumbe à parte a quem

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aproveita, isto é, o Reclamante teria o encargo de demonstrar em
juízo que a Administração foi omissa no seu dever de fiscalizar a
contratada. Ocorre, porém, que essa prova é de difícil, senão
impossível, elaboração. Desse modo, é de se aplicar o princípio
da aptidão para a prova, uma vez que a Administração tem o
dever de exigir a apresentação de documentos que comprovem
a regularidade, pela contratada, das obrigações trabalhistas e
sociais e, por corolário, tem a posse desses documentos. (TRT-2,
1000334-12.2019.5.02.0441, Rel. FRANCISCO FERREIRA
JORGE NETO - 14ª Turma - DOE 09/03/2020)

AGRAVO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO


DE REVISTA EM FACE DE DECISÃO PUBLICADA NA
VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014. HORAS EXTRAS.
DISTRIBUIÇÃO DINÂMICA DO ÔNUS DA PROVA. ARTIGOS
818 DA CLT E 373, I, DO CPC. VIOLAÇÃO NÃO
CONFIGURADA. A agravante não logra afastar a fundamentação
da decisão agravada. Ao Processo Trabalhista aplica-se a Teoria
da Distribuição Dinâmica do Ônus da Prova, incumbindo-o à
parte que melhor tem condições de produzir a prova. Os artigos
818 da CLT e 373, I, do CPC - único viés recursal válido do apelo
denegado - disciplinam a distribuição do encargo probatório entre
as partes, razão pela qual eventual violação desses preceitos
somente ocorre na hipótese em que o magistrado decide mediante
atribuição equivocada do onus probandi, o que não se verifica no
caso concreto, ante o princípio da aptidão para a prova. Assim,
mantém-se a condenação em horas extras, calcada na regular
valoração do conjunto probatório. Agravo conhecido e não provido.
(TST, Ag-AIRR - 10740-84.2015.5.01.0051, Relator Ministro:
Cláudio Mascarenhas Brandão, Data de Julgamento: 22/05/2019, 7ª
Turma, Data de Publicação: DEJT 31/05/2019)

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RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ENTE PÚBLICO. É
inequivocamente desproporcional impor aos empregados
terceirizados o dever probatório quanto ao descumprimento da
fiscalização por parte da Administração Pública. A técnica
processual da distribuição dinâmica do ônus da prova,
fundamentada nos princípios da igualdade, aptidão para a
prova e cooperação, surge em contraposição ao ônus estático da
prova e tem por diretriz a efetiva capacidade probatória de
cada parte. O CPC de 2015 aplica a teoria dinâmica do ônus da
prova: no art. 7º, como faceta do devido processo substancial e no §
1º do art. 373, como flexibilização da regra rígida de distribuição do
encargo probatório insculpida nos seus incisos I e II. Oportuno
mencionar que a CLT, no art. 818, com as alterações
introduzidas pela Lei 13.467/17 também passou a aplicar a
distribuição dinâmica do ônus da prova. De outro lado, também à
luz dos princípios constitucionais que orientam o Direito
Administrativo, sobretudo os da legalidade e da moralidade, é do
ente público o ônus de provar o cumprimento do poder-dever
fiscalizatório do contrato de prestação de serviços, mormente no
que se refere à observância das regras e direitos trabalhistas. A
segunda Reclamada alega ausência de culpa, não podendo ser
responsabilizada objetivamente pela terceirização, pelo simples
inadimplemento da primeira Reclamada. Todavia, a Recorrente
sequer juntou aos autos o contrato entabulado entre as Reclamadas,
onde constariam os deveres de cada uma. Ademais, não há nos
autos qualquer prova, ou mesmo indício, de que houve fiscalização,
aplicação de sanção, multas, penalidades, apuração de
irregularidades, etc. Vale dizer: a Recorrente jamais efetuou
qualquer controle sobre as atividades da primeira Reclamada. Se o
fez, nada provou, pois não apresentou nenhum documento
comprovando a fiscalização do contrato existente entre as
Reclamadas. Portanto, não houve, como lhe competia, a

#7249646 Tue Nov 14 21:10:22 2023


observância efetiva e profícua na fiscalização do contrato, sendo
necessário ao Reclamante que viesse ao Poder Judiciário procurar a
satisfação dos seus direitos. (TRT-2, 1001386-29.2017.5.02.0048,
Rel. FRANCISCO FERREIRA JORGE NETO - 14ª Turma - DOE
06/05/2019, #77249646)

DISTRIBUIÇÃO DO ÔNUS DA PROVA E TEORIA DA CARGA


DINÂMICA. Em matéria envolvendo diferenças de
comissionamento, embora o ônus de provar a pertinência do pedido
recaia, em princípio, sobre o autor da demanda judicial, à empresa
acionada incumbe aportar às suas alegações defensivas os demais
fatos e provas, a fim de subsidiar o juízo com os elementos de
convencimento necessários ao deslinde da controvérsia com
pacificação social. A postura ativa da empresa no esclarecimento
dos fatos impõe-se, ainda, como decorrência da aplicação à seara
juslaboral da teoria da carga dinâmica da prova, porque o
empregador é a parte que detém mais aptidão para produzir a prova
dos mecanismos de cálculo, base, percentuais, formas de pagamento
e todos os demais aspectos contábeis relacionados às comissões
pagas aos seus empregados. (TRT-1, 01019678820175010471,
Relator Desembargador/Juiz do Trabalho: GUSTAVO TADEU
ALKMIM, Gabinete do Desembargador Gustavo Tadeu Alkmim,
Publicação: 04/04/2019)

Assim, considerando a busca pela equidade processual, bem como a situação


hipossuficiente do trabalhador, requer a inversão do ônus da prova, com base no Art. 818,
§1º da CLT e Art. 373, §1º do CPC/15.

DA TUTELA ANTECIPADA

Nos termos do Art. 300 do CPC/15, "a tutela de urgência será concedida
quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou

#7249646 Tue Nov 14 21:10:22 2023


o risco ao resultado útil do processo."

A Instrução Normativa nº 39 do TST, que dispõe sobre a aplicação das


normas do Código de Processo Civil de 2015 ao Processo do Trabalho, dispõe em seu
Art.3º:

"Sem prejuízo de outros, aplicam-se ao Processo do Trabalho, em


face de omissão e compatibilidade, os preceitos do Código de
Processo Civil que regulam os seguintes temas: VI - arts. 294 a 311
(tutela provisória)"

A doutrina ao disciplinar sobre a matéria, reforça o entendimento de que: "A


tutela de antecedência, prevista no CPC, é compatível com o Processo do Trabalho por
força da aplicação do art. 769 da CLT." (SCHIAVI, Mauro. Manual de Direito Processual
do Trabalho. 13ª ed. Ed. LTR, 2018. p. 1.438)

Desta forma, diante da aplicabilidade do Art. 300 do CP/15, passa a


demonstrar o cumprimento aos requisitos do referido dispositivo legal:

Nos termos do art. 29 da CLT e art. 201 da CF/88, a CTPS será


obrigatoriamente apresentada pelo trabalhador ao empregador que terá a responsabilidade
de realizar as anotações e contribuir para a Previdência Social, garantindo-lhe os direitos
trabalhistas e previdenciários, confirmado por precedentes sobre o tema:

ANOTAÇÃO CTPS. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA.


OBRIGAÇÃO PERSONALÍSSIMA DO EMPREGADOR. Não se
transfere ao tomador de serviços a obrigação de anotar a CTPS do
trabalhador, ônus personalíssimo do efetivo empregador.
Consequentemente, a aplicação de multa por descumprimento da
obrigação é de responsabilidade restrita do empregador. (TRT-3 -
AP: 00110197320165030150 0011019-73.2016.5.03.0150, Relator:
Manoel Barbosa da Silva, Quinta Turma, #97249646)

#7249646 Tue Nov 14 21:10:22 2023


DA PROBABILIDADE DO DIREITO: Como ficou perfeitamente
demonstrado, o direto do Autor fica caracterizado pelo descumprimento notório à clara
disposição legal da efetiva anotação na CTPS do Reclamante.

Esta conduta é indispensável para viabilizar as demais anotações de vínculos


posteriores e permitir o acesso a benefícios sociais dali proveninentes, caracterizando
igualmente O RISCO DA DEMORA.

Para tanto, requer seja determinada a antecipação dos efeitos da tutela para
fins de que seja determinada imediatamente a anotação na CTPS do Autor sob pena de
multa diária, conforme precedentes sobre o tema:

MULTA FASE DE CONHECIMENTO. DESCUMPRIMENTO


DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. CTPS NÃO ASSINADA. A
antecipação do provimento jurisdicional é medida que se afina
integralmente com a jurisdição em tempo abreviado que deve
nortear a atuação do magistrado que conhece de direitos sociais.
Nesse sentido, a multa independe de requerimento da parte, poderá
ser aplicada também em fase de conhecimento, em tutela provisória,
desde que seja suficiente e compatível com a obrigação e que se
determine prazo razoável para cumprimento do preceito. Aliás, o
magistrado pode, de ofício ou a requerimento, modificar o valor ou
a periodicidade da multa vincenda ou excluí-la, caso verifique que:
I - se tornou insuficiente ou excessiva; II - o obrigado demonstrou
cumprimento parcial superveniente da obrigação ou justa causa para
o descumprimento. Pontue-se que o valor da multa será devido ao
exequente. A decisão que fixa a multa é passível de cumprimento
provisório, devendo ser depositada em juízo, permitido o
levantamento do valor após o trânsito em julgado da sentença
favorável à parte. A multa será devida desde o dia em que se
configurar o descumprimento da decisão e incidirá enquanto não for
cumprida a decisão que a tiver cominado. Convém ainda explicitar

#7249646 Tue Nov 14 21:10:22 2023


que a imposição da penalidade guarda compatibilidade com o § 2º,
do artigo 39/CLT, que se ocupa da autorização para que a secretaria
da vara a proceda a anotações na CTPS do empregado. (TRT-3 -
RO: 00255201413403005 0000255-47.2014.5.03.0134, Relator:
Convocado Vitor Salino de Moura Eca, Setima Turma, Data de
Publicação: 24/11/2017, #77249646)

De outro turno, o art. 300, do CPC, autoriza a concessão da tutela antecipada


toda vez que um ou mais dos pedidos tornarem-se incontroversos, devendo ser aplicado na
Justiça do Trabalho à luz do art. 769 da CLT.

DA PROBABILIDADE DO DIREITO: Como ficou perfeitamente


demonstrado, o direto do Autor fica caracterizado pelo descumprimento notório à clara
disposição legal configurando em sua dispensa arbitrária.

Esta conduta confere grave prejuízo com risco irreparável, afinal, os dias
fora do trabalho repercutem diretamente na sua remuneração, caracterizando igualmente O
RISCO DA DEMORA.

Diante de tais circunstâncias, é inegável a existência de fundado receio de


dano irreparável, sendo devida a antecipação dos efeitos da tutela, conforme previsão nas
súmulas do TST:

OJ 64 SDI-2. MANDADO DE SEGURANÇA. REINTEGRAÇÃO


LIMINARMENTE CONCEDIDA. Não fere direito líquido e certo
a concessão de tutela antecipada para reintegração de empregado
protegido por estabilidade provisória decorrente de lei ou norma
coletiva.

OJ 65 SDI-2. MANDADO DE SEGURANÇA. REINTEGRAÇÃO


LIMINARMENTE CONCEDIDA. DIRIGENTE SINDICAL.
Ressalvada a hipótese do art. 494 da CLT, não fere direito líquido e

#7249646 Tue Nov 14 21:10:22 2023


certo a determinação liminar de reintegração no emprego de
dirigente sindical, em face da previsão do inciso X do art. 659 da
CLT.

OJ 142 SDI-2. MANDADO DE SEGURANÇA.


REINTEGRAÇÃO LIMINARMENTE CONCEDIDA. Inexiste
direito líquido e certo a ser oposto contra ato de Juiz que,
antecipando a tutela jurisdicional, determina a reintegração do
empregado até a decisão final do processo, quando demonstrada a
razoabilidade do direito subjetivo material, como nos casos de
anistiado pela Lei nº 8.878/94, aposentado, integrante de comissão
de fábrica, dirigente sindical, portador de doença profissional,
portador de vírus HIV ou detentor de estabilidade provisória
prevista em norma coletiva.

Súmula nº 414 do TST.MANDADO DE SEGURANÇA.


ANTECIPAÇÃO DE TUTELA (OU LIMINAR) CONCEDIDA
ANTES OU NA SENTENÇA I - A antecipação da tutela concedida
na sentença não comporta impugnação pela via do mandado de
segurança, por ser impugnável mediante recurso ordinário. A ação
cautelar é o meio próprio para se obter efeito suspensivo a recurso.
II - No caso da tutela antecipada (ou liminar) ser concedida antes da
sentença, cabe a impetração do mandado de segurança, em face da
inexistência de recurso próprio. III - A superveniência da sentença,
nos autos originários, faz perder o objeto do mandado de segurança
que impugnava a concessão da tutela antecipada (ou liminar).

Trata-se de pedido passível de aceitação, sempre que o lapso temporal


oferecer riscos irreversíveis ao trabalhador:

AÇÃO CAUTELAR. ATRIBUIÇÃO DE EFEITO SUSPENSIVO


A RECURSO ORDINÁRIO. PERICULUM IN MORA E FUMUS

#7249646 Tue Nov 14 21:10:22 2023


BONI JURIS EVIDENCIADOS. Considerando-se a existência de
dúvida razoável no contrabalanceamento dos atos praticados pela
requerida a ensejar ou não a invalidade da rescisão contratual por
justa causa, vislumbra-se, fatalmente, a plausibilidade do direito
substancial invocado pela requerente. Evidencia-se, ainda, o
periculum in mora, diante da determinação de reintegração imediata
da requerida, tendo em vista a impossibilidade de restituir às partes
ao status quo ante. Medida cautelar a que se dá provimento para
conferir efeito suspensivo ao recurso ordinário interposto pela
requerente nos autos da ação originária. (Processo: TutCautAnt -
0000188-10.2017.5.06.0000, Redator: Maria das Gracas de Arruda
Franca, Data de julgamento: 05/06/2017, Terceira Turma, Data da
assinatura: 05/06/2017, #07249646)

Por fim, cabe destacar que o presente pedido NÃO caracteriza conduta
irreversível, não conferindo nenhum dano ao Reclamado.

Por todo exposto, REQUER seja concedido o pedido liminar para fins de
________ , nos termos do art. 300 do CPC, aplicado subsidiariamente por força do art. 769
da CLT.

DA INDICAÇÃO DE VALOR CERTO E DETERMINADO

Inicialmente declara que indica aproximadamente os valores pleiteados ao


final de cada pedido, com base na documentação e informações disponíveis ao trabalhador.

Em relação aos valores abaixo, indica apenas valores genéricos, nos termos
do Art. 324, §1º, III do CPC/15, pela impossibilidade de mensuração por inacessibilidade
da documentação necessária aos cálculos, que estão de posse do Reclamado.

Horas extras: ________

#7249646 Tue Nov 14 21:10:22 2023


Adicional de periculosidade: ________

etc.

Deixa de liquidar os valores pleiteados, pois a redação introduzida pela


Reforma Trabalhista exige apenas a indicação de valor certo e determinado, não exigindo
em momento algum a sua liquidação, vejamos:

Art. 840 - § 1º Sendo escrita, a reclamação deverá conter a


designação do juízo, a qualificação das partes, a breve exposição
dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser certo,
determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura do
reclamante ou de seu representante.

Afinal, tal compreensão poderia ferir frontalmente princípios basilares da


Justiça do Trabalho, tais como o da SIMPLICIDADE, INFORMALIDADE,
CELERIDADE e do AMPLO ACESSO À JUSTIÇA.

Renomada doutrina, ao analisar a matéria, destaca:

"A lei não exige que o pedido esteja devidamente liquidado, com
apresentação de cálculos detalhados, mas que indique o valor. De
nossa parte, não há necessidade de apresentação de cálculos
detalhados, mas que o valor seja justificado, ainda que por
estimativa. Isso se justifica, pois o reclamante, dificilmente, tem
documentos para o cálculo de horas extras, diferenças salariais, etc.
Além disso, muitos cálculos demandam análise de documentação a
ser apresentada pela própria reclamada." (SCHIAVI, Mauro.
Manual de Direito Processual do Trabalho. 13ª ed. Ed. LTR, 2018.
p. 570)

Aceitar interpretação extensiva à norma seria criar obstáculo inexistente em

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manifesto cerceamento ao direito constitucional de acesso à justiça.

Este entendimento já vem norteando alguns posicionamentos nos Tribunais:

MANDADO DE SEGURANÇA. EMENDA À PETIÇÃO


INICIAL. LEI 13.467. PEDIDO LÍQUIDO. IMPOSIÇÃO DE
LIQUIDAÇÃO DA INICIAL DA AÇÃO TRABALHISTA
ILEGAL E OBSTACULIZADORA DO DIREITO
FUNDAMENTAL DE ACESSO À JUSTIÇA. SEGURANÇA
CONCEDIDA PARA CASSAR A EXIGÊNCIA.Tradicionalmente
o art. 840 da CLT exige, da inicial da ação trabalhista, uma breve
narrativa dos fatos, o pedido, o valor da causa, data e assinatura. A
nova redação da lei 13467/17, denominada "reforma trabalhista" em
nada altera a situação, considerando repetir o que está exposto no
art. 291 do CPC quanto à necessidade de se atribuir valor à causa e
não liquidar o pedido. A imposição de exigência de liquidação do
pedido, no ajuizamento, quando o advogado e a parte não tem a
dimensão concreta da violação do direito, apenas em tese, extrapola
o razoável, causando embaraços indevidos ao exercício do direito
humano de acesso à Justiça e exigindo do trabalhador, no processo
especializado para tutela de seus direitos, mais formalidades do que
as existentes no processo comum. No ajuizamento da inicial foram
cumpridos todos os requisitos previstos na lei processual vigente,
não podendo ser aplicados outros, por interpretação, de forma
retroativa. Não cabe invocar a reforma trabalhista para acrescer
novo requisito a ato jurídico processual perfeito. Inteligência do art.
14 do CPC. Segurança concedida. (TRT4 Processo 0022366-
07.2017.5.04.0000(MS) Redator: Marcelo Jose Ferlin D'ambroso
Órgão julgador: 1ª Seção de Dissídios Individuais 28/02/2018,
#57249646)

Nesse mesmo sentido, em outro julgado podemos destacar:

#7249646 Tue Nov 14 21:10:22 2023


"O ato processual em questão diz respeito ao atendimento dos
requisitos legais previstos para a petição inicial, que deveriam ser
aqueles previstos na legislação vigente, é dizer, a CLT já com as
alterações feitas pela reforma, apenas determina sejam apontados os
valores na peça inaugural, não exigindo sua liquidação neste ponto.
10) Nessa medida, a ordem judicial que determina a aplicação dos
requisitos trazidos pela Lei nº 13.467/2017, exigindo mais do que o
dispositivo legal o faz, revela-se teratológica, mostrando-se cabível
a impugnação por meio do remédio constitucional." (TRT15
Processo Nº 0005412-40.2018.5.15.0000 (MS) Juiz Relator:
CARLOS EDUARDO OLIVEIRA DIAS. Data: 05/03/2018,
#27249646)

Motivos pelos quais requer o recebimento de simples indicação dos valores


de cada pedido, nos termos do Ar. 840, §1º e 324, §1º, III do CPC/15.

DOS REQUERIMENTOS

Diante todo o exposto REQUER:

1.O deferimento do pedido liminar para:

1.1 que seja expedido alvará judicial, bem como a certidão


narrativa, para que a Reclamante possa sacar seu FGTS e habilitar-
se no programa do Seguro Desemprego, nos termos do art. 300 do
CPC, bem como seja imediatamente corrigida a notação e
consequente liberação da CTPS, sob pena de multa diária, aplicado
subsidiariamente por força do art. 769 da CLT;

1.2 que seja determinado à Reclamante a exibição de documentos


________ à composição das provas necessárias a esta demanda,
para fins de que seja mensurado os valores devidos;

#7249646 Tue Nov 14 21:10:22 2023


1.3 Requer ainda, o deferimento do pedido de urgência para fins de
________ .

2.A citação dos Réus para responder a presente ação, querendo;

3.Que seja designada audiência de conciliação ou mediação na forma do


previsto no artigo 334 do NCPC;

4.A inversão do ônus da prova, determinando à reclamada que disponibilize


________ ;

5.A produção de todas as provas admitidas em direito, em especial a


documental, testemunhal e ________ , com a inversão do ônus da prova nos
termos do Art. 818, §1º da CLT;

6.Requer a realização de perícia técnica / inspeção judicial para apuração do grau de


periculosidade, se necessário for;

DOS PEDIDOS

A total procedência da presente Reclamatória, condenando o Reclamado a:

7.Seja reconhecido o vínculo empregatício e consequente retificação da


anotação da CTPS da Reclamante, devendo constar a efetiva data de admissão -
________ e consequente baixa na CTPS com baixa do pacto laboral;

Sucessivamente, seja condenada a reclamada ao pagamento das verbas


rescisórias devidas, conforme indicação abaixo;

8.Determine o pagamento do adicional de periculosidade durante o período em que exerceu


a atividade de ________ ;
Valor devido R$ ________

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Seja condenada a reclamada ao pagamento de aviso prévio no valor de R$
________ ;

9.Sejam realizadas as devidas retificações e baixa da CTPS;

10.Sejam realizadas as devidas anotações na CTPS;

11.Sejam pagas as horas extras trabalhadas, com reflexo, pela habitualidade,


nas férias, na gratificação natalina, nos repousos semanais remunerados, FGTS
e multa de 40%;

Valor de horas extras devido R$ ________

12.Seja indenizado o período de descanso sobrejornada não gozado, com


reflexo, pela habitualidade, nas férias, na gratificação natalina, nos repousos
semanais remunerados, FGTS e multa de 40%;

Valor devido R$ ________

13.Seja o reclamado condenado ao pagamento de férias e 13º proporcional ao


período trabalhado, devidamente atualizado;

Valor devido R$ ________

14.Seja o reclamado condenado ao pagamento de férias em dobro, considerando


a intempestividade do pagamento, devidamente atualizado;

Valor devido R$ ________

15.Sejam entregues as guias para encaminhamento do seguro-desemprego


imediatamente, ou seja, na primeira audiência ou pagar o equivalente a 5
parcelas pelo seu não fornecimento;

#7249646 Tue Nov 14 21:10:22 2023


Valor devido R$ ________

16.Seja a reclamada condenada ao pagamento dos reflexos do presente pedido


nas verbas trabalhistas do seguinte período ________ :

a) Salários - R$ ________ ;

b) Horas extras - R$ ________ ;

c) Férias - R$ ________ :

d) Décimo terceiro - R$ ________ ;

e) Aviso prévio, nos termos do Art. 487 da CLT - R$ ________ ;

f) FGTS sobre verbas rescisórias - R$ ________ ;

g) Multa de 40% sobre saldo do FGTS - R$ ________ ;

h) Gratificações - R$ ________ ;

j) Adicional de periculosidade - R$ ________ ;

l) Adicional de insalubridade - R$ ________ ;

j) Adicional noturno - R$ ________ ;

l) Diferença da hora reduzida noturna - R$ ________ ;

m) Repouso semanal - R$ ________ ;

n) Multa do Art. 477, § 8º, da CLT - R$ ________ ;

#7249646 Tue Nov 14 21:10:22 2023


o) ________

17.Seja a reclamada condenada ao pagamento das seguintes verbas rescisórias:

a) Saldo de salário - R$ ________ ;

b) Férias vencidas e proporcionais +1/3 - R$ ________

c) Décimo terceiro proporcional - R$ ________ ;

d) Aviso prévio, nos termos do Art. 487 da CLT - R$ ________ ;

e) FGTS sobre verbas rescisórias - R$ ________ ;

f) Multa de 40% sobre saldo do FGTS - R$ ________ ;

g) Liberação das guias do seguro desemprego, sob pena de


incidência da indenização substitutiva prevista na Súmula 389 do
TST;

h) Multa do Art. 477, § 8º, da CLT - R$ ________ ;

i) ________ .

18.Seja condenada a reclamada ao pagamento da multa do artigo 477, §8º, da


CLT, pelo desatendimento do prazo para efetivação e pagamento da rescisão;

Valor devido R$ ________

19.Seja condenado ao pagamento dos honorários do procurador do Reclamante


na razão de 15% sobre o valor bruto da condenação, nos termos do Art. 791-A;

Valor devido R$ ________

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20.Seja determinado o recolhimento da contribuição previdenciária de toda a
contratualidade;

Valor devido R$ ________

21.Seja determinado o pagamento imediato das verbas incontroversas, sob pena


de aplicação da multa do artigo 467 da CLT;

Multa, se devida R$ ________

22.Requer a aplicação de juros e correção monetária até o efetivo pagamento


das verbas requeridas.

Requer que as intimações ocorram EXCLUSIVAMENTE em nome do


Advogado ________ , OAB ________ .

Por fim, manifesta o ________ na audiência conciliatória, nos termos do Art. 319, inc. VII
do CPC.

Junta em anexo os cálculos discriminados das verbas requeridas nos termos do Art. 840,
§1º da CLT.

Dá à presente, para fins de distribuição, o valor de R$ ________

Nestes termos, pede deferimento.

________ , ________ .

________

Documentos anexados:

1. Prova do recebimento

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2. Provas da subordinação

3. Prova da habitualidade

4. Termo de rescisão

5. Prova da data do pagamento das verbas rescisórias

6. Termo de rescisão

7. Prova da data do pagamento das verbas rescisórias

8. Procuração

9. RG e CPF do Reclamante

10. Comprovante de residência

11. CTPS Reclamante

12. Cópia contracheques

13. Cópia do extrato da conta do FGTS

14. Cópia do atestado de saúde demissional

15. Incluir cálculo discriminados - Art. 840, §¹º CLT

16. Demais documentos relacionados a cada argumento

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