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Centro Universitário AGES

Com base na leitura do texto disparador, formule uma problematização que favoreça a discussão acerca da formação
docente que seja capaz de agir como agente de transformação social no que diz respeito aos desafios da
contemporaneidade. Para tal, apresente um questionamento que possibilite analisar uma causa (explicação/motivo).
Responda ao seu questionamento da forma mais objetiva possível (hipótese) e levante um objetivo de discussão ou
argumentação. Concluída a etapa supracitada, chegou a hora de discutir sua hipótese. Para tanto, produza um texto
dissertativo (manifestando postura crítica) discutindo a problemática do caso fazendo uso de fundamentação teórica.
A apreciação conceitual deve apresentar seu problema através de sua hipótese e, consequentemente, desenvolver um
posicionamento (opinião) devidamente fundamentado trazendo sua conclusão apresentando uma possível proposta de
intervenção.

NÃO IMPORTA DE QUE ÉPOCA VOCÊ VEM: É PRECISO VIVER NESSA.

As questões principais que enfrenta na prática cotidiana dizem respeito a processos que
geram perguntas, tais como: Que alternativas há para compatibilizar as “novas” tecnologias com a
reflexão ética?

Contexto problematizador

A escola São Lázaro, localizada em um município do estado da Bahia, funciona nos dois
turnos diurnos, atendendo da Educação Infantil ao Ensino Fundamental, totalizando 425 alunos, entre
esses, 12 de inclusão, sendo 2 cadeirantes, 5 autistas, 3 com comprometimento intelectual leve e 2 com
deficiência visual (cegos).
A instituição possui diferentes ambientes com recursos tecnológicos, entretanto, ainda
conserva padrões pedagógicos voltados aos paradigmas tradicionais, a exemplo de carteiras
enfileiradas, foco no conteúdo, professor como detentor do conhecimento, o aluno é apenas ouvinte, a
avaliação é feita meramente por meio de provas e testes. Além disso, as tecnologias que a escola dispõe
são usadas pelos docentes como recursos de transmissão do conteúdo, a exemplo de exibições de slides
para ilustrar os objetos de conhecimento dos componentes curriculares (disciplinas), vídeos ou similar.
A professora Magali trabalha nesta escola há 5 anos com o componente de Língua
Portuguesa e Artes nas turmas de 6º e 7º anos do Ensino Fundamental. Mas, num determinado
momento, ficou inquieta ao perceber que durante um projeto de leitura que envolvia os alunos do 8º e
9º ano do Ensino Fundamental, os dois estudantes cegos ficaram de fora, pois, a princípio, não foi
pensado livros em braile ou e-books convertidos em audiolivro para eles. Diante disso, a docente foi
saber com os colegas de profissão o motivo dos dois estudantes não terem sido inseridos no projeto
ativamente de acordo com suas especificidades. Uma das docentes envolvida explicou que não havia
material de leitura para eles.
Assim, a referida professora, mesmo sabendo que deveria se adequar para cumprir com
as regras escolares, elaborou um projeto inovando sua prática pedagógica, rompendo com o viés
tradicional de ensino imposto pela escola. Esse despertar para o novo aconteceu após o período de
formação continuada, utilizando estratégias de ensino-aprendizagem usando recursos tecnológicos
como meios de produção do conhecimento.
A professora Magali resolveu utilizar as tecnologias existentes na escola para os alunos
interagirem com as ferramentas no laboratório de informática, buscando vídeos na internet,
produzindo textos no Word e desenhos no Paint, com o intuito de fazer histórias em quadrinho,
envolvendo várias áreas do conhecimento. Todas essas ações foram combinadas com os alunos, os
quais se sentiram envolvidos com as propostas.
Contudo, na segunda semana de atividades, a coordenadora da escola ficou sabendo e
chamou a professora para conversar, dizendo-lhe que não poderia realizar atividades dessa natureza,
tampouco sem a sua avaliação e aprovação prévias, pois deveria adequar-se aos padrões da escola em
relação às aulas e à utilização das tecnologias. Caso contrário, não estando satisfeita, deveria pedir
demissão. A docente voltou à sala e conversou com os alunos sobre a impossibilidade de continuar
com os trabalhos.

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