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28/11/2023, 14:19 Terapêutica Medicamentosa

TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA
CAPÍTULO 4 - FARMACOLOGIA DOS
SISTEMAS

Danielle Rachel dos Santos Carvalho

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Introdução
É indiscutível que a terapêutica medicamentosa é de fundamental importância para melhorar o controle e/ou
tratamento das diversas doenças. Os profissionais da saú de, independentemente de estarem aptos ou não para
a prescrição medicamentosa, devem estar seguros com relação aos conhecimentos de farmacologia, que
abrangem desde indicação, usos, riscos e possíveis efeitos colaterais dos medicamentos.
Para isso, vamos iniciar os estudos desta unidade pelo sistema nervoso central (SNC) e sua organização. A
partir dessas reflexõ es, vamos seguir para os principais fármacos que atuam neste sistema, como os
ansiolíticos, hipnó ticos-sedativos, antidepressivos, anestésicos. Esses nomes devem parecer familiar para
você, não é verdade? Isso porque esses fármacos são os mais usados no dia a dia pela população, como, por
exemplo, para o alívio da dor. Mas você deve estar se perguntando: quais são seus mecanismos de ação? Todos
agem da mesma forma? Quais são seus efeitos farmacoló gicos? Há uma aplicação clínica específica para cada
um? Quais são essas aplicaçõ es?
Nesta unidade, vamos conhecer ainda a farmacologia da dor e inflamação, aprofundando os estudos sobre
opioides, anti-inflamató rios não esteroidais (AINES) e os esteroidais (AIES). Qual a diferença entre eles? Como
agem? O que causam de efeitos adversos? Sabe o que mais você encontrará nesta unidade? A farmacologia do
diabetes e das dislipidemias. Você será capaz de entender como eles agem no nosso organismo e,
consequentemente, como geram os seus efeitos terapêuticos.
Por fim, vamos estudar a classe de fármacos conhecida como antimicrobianos, que são compostos por
antibió ticos, antifú ngicos, antiparasitários e antivirais.
Vamos lá? Tenha um excelente estudo!

4.1 Sistema nervoso central (SNC)


O SNC é composto de cérebro, diencéfalo, cerebelo, tronco encefálico e medula espinal. O tronco encefálico,
por sua vez, é formado pelo conjunto de mesencéfalo, ponte e bulbo, que juntos conectam a medula espinal
com cérebro, diencéfalo e cerebelo. O SNC é responsável por transmitir e processar os sinais recebidos do
sistema nervoso periférico (SNP). Esse processamento resulta em respostas formuladas e retransmitidas à
periferia, sendo responsável por funçõ es importantes, como percepção, incluindo processamento sensorial,
auditivo e visual, estado de vigília, linguagem e consciência.

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Figura 1 - Organização anatô mica do sistema nervoso central.


Fonte: GOLAN et al., 2014, p. 242.

Segundo Golan et al. (2014, p. 248), a organização celular do SNC pode ser considerada complexa, uma vez que
“a informação não é apenas transmitida de uma área para outra; em vez disso, os neurô nios centrais recebem
sinais de numerosas fontes e distribuem amplamente seus pró prios axô nios. Ou seja, alguns neurô nios fazem
sinapse com outros milhares de neurô nios”.

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4.1.1 Neurotransmissores do SNC


Para que os neurô nios sejam capazes de enviar as informaçõ es necessárias por todo o corpo, precisa haver
uma comunicação entre eles. Mas, como você já sabe, os neurô nios não estão conectados uns aos outros, é
necessária que as moléculas de neurotransmissores sejam liberadas nas sinapses, apó s a chegada de um
impulso, para que, assim, exerçam suas açõ es em receptores específicos na membrana pó s-sináptica.
Os neurotransmissores podem ser classificados de acordo com a sua função. Clique na aba a seguir e descubra
quais são eles (DELUCIA et al., 2014).

ao interagir com o receptor gera despolarização localizada, aumentando a


EXCITATÓ permeabilidade ao Na+ e saída do K+. Essa despolarização da membrana se propaga
RIO pelo neurô nio, resultando na transmissão do impulso nervoso do neurô nio pré-
sináptico para o neurô nio pó s-sináptico.

ao interagir com o receptor gera hiperpolarização localizada, através de um aumento


INIBITÓRI
na permeabilidade ao Cl –. Isso impede a propagação do impulso nervoso da região
O
pré-sináptica para a pó s-sináptica.

esse tipo de neurotransmissor também é chamado de neuromodulador. Eles são


MODULAT
capazes de modular os efeitos dos neurotransmissores ao serem liberados
ÓRIO
simultaneamente a eles.

Os primeiros neurotransmissores que tiveram suas funçõ es inicialmente ligadas ao SNC foram acetilcolina e
noradrenalina. Porém, depois de alguns anos, descobriu-se que outros neurotransmissores também tinham
funçõ es fundamentais nesse sistema. Confira quais são os neurotransmissores do SNC (RODRÍGUEZ;
RODRÍGUEZ; CORREDERA, 2002; RANG et al., 2016).

Aminas (dopamina, adrenalina, noradrenalina,


serotonina e histamina)

Aminoá cidos (glutamato, aspartato, GABA e


glicina)

Acetilcolina

Glicina, GABA e serotonina são conhecidos por terem função primariamente inibitó ria, já glutamato, aspartato,
adrenalina e noradrenalina por terem função primariamente excitató ria. Acetilcolina e dopamina podem tanto
desempenhar função inibitó ria quanto excitató ria, dependendo do tipo de receptor ao qual se ligarão. De
acordo com DeLucia et al. (2014, p. 290):

[...] além das famílias de neurotransmissores, existem outras substâncias endó genas que
participam no fluxo de sinais entre os neurô nios. Entre elas, destacam-se as substâncias purínicas
(adenosina, ADP e ATP) que funcionam como moléculas sinalizadoras extracelulares. Além delas,

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podem ser incluídos o ó xido nítrico, ácido araquidô nico e citocinas.

É importante enfatizar que quando os neurotransmissores não estão funcionando da forma como deveriam,
seja porque estão sendo afetados por doenças ou drogas, vários efeitos adversos podem manifestar-se. Você
poderá entender mais sobre isso ao conhecer quais são as principais funçõ es dos neurotransmissores. Clique
nos itens abaixo e descubra.

Acetilcolina
neurotransmissor relacionado com aspectos cognitivos, como
memó ria, excitação e atenção.

Dopamina

neurotransmissor relacionado com prazer/motivação.

Serotonina
neurotransmissor relacionado com humor, sono, emoção e
ansiedade.

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Noradrenalina
neurotransmissor relacionado com humor, memó ria, sono e
alimentação.

Glutamato

neurotransmissor relacionado com aprendizado e memó ria.

GABA
neurotransmissor relacionado com redução da ansiedade e aumento
do relaxamento muscular.

Apó s ter um entendimento geral sobre o SNC e os seus neurotransmissores, vamos conhecer os fármacos e
suas açõ es nesse sistema.

4.1.2 Fármacos que agem no SNC


É de fundamental importância enfatizar que os fármacos que agem no SNC apresentam relevância clínica no
tratamento de inú meros distú rbios psiquiátricos, como depressão, esquizofrenia, entre outros. Você quer
conhecer algumas das classes de fármacos que agem no SNC? Então, clique nos itens abaixo.

Ansiolíticos/Hipnó ticos/Sedativos

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Antidepressivos

Anestésicos
Clique nos itens abaixo e descubra mais sobre esses fármacos. (DELUCIA et al., 2014).

Ansiolíticos

são psicofármacos que aliviam seletivamente a ansiedade e os


estados de tensão.

Hipnó ticos

são medicamentos empregados para tratar a insô nia, ou seja, usados


primariamente na indução do sono e/ou sua manutenção.

Sedativos

são medicamentos capazes de diminuir a excitabilidade do SNC aos


diferentes tipos de estímulos externos e internos do organismo.

De acordo com Rang et al. (2016, p. 1251):

[...] a diferença entre um estado “patoló gico” e um estado “normal” de ansiedade não é clara, mas
representa o ponto em que os sintomas interferem na realização de tarefas produtivas normais.
Por isso, o termo “ansiedade” é aplicado a muitos distú rbios distintos, como: distú rbio de

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ansiedade generalizada, distú rbio de ansiedade social, fobias, distú rbio de pânico, distú rbio de
estresse pó s-traumático e distú rbio obsessivo-compulsivo.

Existe uma série de fármacos que podem ser usados para tratar a ansiedade. Mas algum é mais usado para essa
finalidade? Sim, e eles são conhecidos como benzodiazepínicos. Segundo Rang et al. (2016, p. 1258), os
benzodiazepínicos

atuam seletivamente nos receptores GABAA, que medeiam a transmissão sináptica inibitó ria
através do SNC. Esses fármacos aumentam a resposta do GABA ao facilitar a abertura dos canais de
cloro ativados pelo GAB. Eles se ligam especificamente a um ponto regulador do receptor, distinto
dos pontos do GABA, e atuam alostericamente para aumentar a afinidade do GABA pelo receptor.

Ou seja, ao se ligarem aos receptores, os benzodiazepínicos agem como agonista, potencializando a atividade
do GABA, que é um neurotransmissor inibitó rio do SNC. Isso faz com que os benzodiazepínicos sejam
considerados depressores seletivos do SNC, tendo não só efeito ansiolítico, mas também hipnó tico,
anticonvulsivante e relaxante muscular.

VOCÊ QUER LER?


O artigo “Transtornos de ansiedade” (2000) traz uma visã o detalhada sobre o tema
ansiedade. Ao ler esse artigo, você conseguirá entender melhor sobre os principais
tipos de transtornos relacionados à ansiedade e aos tratamentos para cada caso.
Entenda mais sobre o tema, acessando o artigo:
http://www.scielo.br/pdf/rbp/v22s2/3791.pdf
(http://www.scielo.br/pdf/rbp/v22s2/3791.pdf ).

Os benzodiazepínicos causam alguns efeitos secundários, como sonolência, confusão, amnésia e


descoordenação. Contudo, além desses já citados, vale destacar que esses fármacos também causam
dependência e tolerância. A dependência está relacionada à adaptação do organismo ao uso contínuo do
fármaco, que só irá se manifestar fisicamente (tremor, tonturas, distú rbio do sono, entre outros) quando
ocorre a interrupção do fármaco. Já a tolerância ocorre apó s o uso repetido e contínuo de um fármaco, fazendo
com que depois de certo período, doses cada vez maiores do fármaco precisem ser administradas para
produzir o mesmo efeito.
Quer saber quais são os principais benzodiazepínicos usados como ansiolíticos? Veja:

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• Lorazepam
• Diazepam
• Clordiazepóxido
• Flurazepam
• Oxazepam
• Temazepam
• Lormetazepam
• Triazolam
• Alprazolam
No quadro a seguir, confira os principais benzodiazepínicos e seus principais usos clínicos e duração de ação.

Quadro 1 - Principais benzodiazepínicos, usos clínicos e duração de ação.


Fonte: Elaborado pela autora, baseado em GOLAN et al., 2014; RANG et al., 2016.

É importante ressaltar que o uso de benzodiazepínicos concomitante com álcool é muito arriscado. Isso
porque, ao consumir ambos, o álcool provoca o aumento da absorção dos benzodiazepínicos, o que aumenta o
efeito depressor no SNC.

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VOCÊ QUER VER?


No vídeo É seguro combinar álcool e benzodiazepínicos? (2019), disponível no canal
Saú de, é abordado o tema á lcool versus benzodiazepínicos. Aproveite para reforçar
seus conhecimentos a respeito do tema e ficar ciente dos riscos à saú de de quem faz
essa combinaçã o. Assista em: https://www.youtube.com/watch?v=Vt-pF-FTpcY
(https://www.youtube.com/watch?v=Vt-pF-FTpcY).

Em alguns casos, há a necessidade de reverter os efeitos dos benzodiazepínicos, principalmente em situaçõ es


em que ocorrem a superdosagem ou para reverter a sedação em casos de anestesia. Para isso, costuma-se
administrar no paciente um fármaco antagonista de benzodiazepínico. O mais conhecido é o Flumazenil,
administrado apenas pela via endovenosa e com início de ação rápido (em minutos).
Além dos benzodiazepínicos, os fármacos agonistas de receptores 5-HT1A também são utilizados como
ansiolíticos. O representante dessa classe é a buspirona. Diferente dos benzodiazepínicos, a buspirona não
tem afinidade por receptores benzodiazepínicos. Na verdade, sua ação acontece devido à ligação das
moléculas do fármaco a receptores de serotonina 5-HT1A.
A buspirona se mostra eficaz em pacientes com ansiedade fraca ou moderada. Contudo, não se mostrou
benéfica na síndrome do pânico, e seus efeitos ansiolíticos são observados somente apó s uma a duas semanas
de uso continuado, ou seja, apresenta início de ação longo (DELUCIA et al., 2014).
Segundo Rang et al. (2016), a buspirona não causa sedação e nem perda da coordenação motora. Além disso,
não foram identificados casos de tolerância ao fármaco. Como principais efeitos indesejados, podemos citar
náusea, tontura, cefaleia e inquietação.
Além dos benzodiazepínicos e dos fármacos agonistas de receptores 5-HT1A, que são usados primariamente
no tratamento da ansiedade, outros grupos de fármacos também podem ser usados como ansiolíticos. Para
conhecê-los, clique nos itens a seguir (RANG et al., 2016).

Antidepressivos

inibidores seletivos da recaptação da serotonina (5-HT), conhecidos como ISRSs (fluoxetina,


paroxetina e sertralina); e inibidores da recaptação da serotonina/norepinefrina, conhecidos como
ISRSNs (venlafaxina e duloxetina).

Ambos são efetivos no tratamento do distú rbio de ansiedade generalizada, fobias, distú rbio
da ansiedade social e distú rbio do estresse pó s-traumático. Costumam ser muito utilizados para
tratar ansiedade, especialmente quando está associada à depressão.

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Antiepilépticos

alguns fármacos desse grupo apresentam propriedade ansiolítica, sendo utilizados no tratamento
do distú rbio da ansiedade generalizada. Podem ser citados como exemplos gabapentina,
pregabalina, tiagabina, valprosto e levetiracetam.

Antipsicóticos atípicos

alguns exemplos são olanzapina, risperidona, quetiapina e ziprasidona utilizados no distú rbio da
ansiedade generalizada e distú rbio do estresse pó s-traumático.

Antagonistas β-adrenorreceptores

um exemplo é o propranolol, usado para tratar algumas formas de ansiedade, não interferindo no
componente afetivo, mas sim no componente físico, como sudação, tremor, taquicardia, entre
outros.

E agora vamos estudar mais sobre os hipnóticos e sedativos. Como já conceituado anteriormente, os
fármacos hipnó ticos são aqueles usados para induzir o sono. Já os sedativos são aqueles usados para gerar um
efeito tranquilizante ou calmante, reduzindo inclusive a ansiedade.
Apesar de terem dois conceitos diferentes, a classe sedativo-hipnó tico existe porque uma parte dos fármacos
pertencentes a esse grupo pode causar tanto efeito hipnó tico quanto sedativo, dependendo da dose
administrada. Os hipnó ticos têm a vantagem de induzir ou manter o sono, de uma maneira bem pró xima ao
sono natural, uma vez que ativa os mecanismos de sono do encéfalo ou gera depressão do SNC, simulando, de
certa forma, os mecanismos do sono fisioló gico.
Quer saber quais são os principais grupos farmacoló gicos usados como hipnó ticos e sedativos? Então, clique
nos itens abaixo.

Barbitú ricos

Benzodiazepínicos

Hipnó ticos nã o benzodiazepínicos

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Os barbitúricos são depressores gerais do SNC, sendo que os efeitos depressores nesse sistema variam desde
sedação à anestesia geral. Dessa forma, podem ser utilizados como hipnó ticos, sedativos, anticonvulsivantes e
anestésicos gerais. Eles agem

potencializando a eficácia do GABA ao aumentar o tempo de abertura dos canais de Cl –,


possibilitando, assim, um influxo muito maior de íons Cl – para cada canal ativado. Isso leva a
maior hiperpolarização e à diminuição da excitabilidade neuronal por aumentar a inibição
mediada por GABA via receptores GABAA (GOLAN et al., 2014, p. 393).

Quando administrados em altas doses, os barbitú ricos podem causar depressão fatal respirató ria e do SNC.
Quer saber quais são os principais barbitú ricos usados? Então, clique nos itens abaixo.

Tiopental

Pentobarbital

Metoexital

Fenobarbital

Secobarbital

Veja a seguir os principais barbitú ricos, seus principais usos clínicos e a duração de ação.

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Quadro 2 - Principais barbitú ricos, usos clínicos e duração de ação.


Fonte: Elaborado pela autora, baseado em GOLAN et al., 2014; RANG et al., 2016.

Por muito tempo, os barbitú ricos foram a droga de escolha para tratamento da insô nia. Porém, com o
surgimento dos benzodiazepínicos, os barbitú ricos passaram a ser utilizados principalmente como anestésico
geral.
Com relação aos benzodiazepínicos, você já conhece seus mecanismos de ação e efeitos indesejados, uma
vez que já abordamos anteriormente. Porém, só para reforçar, os benzodiazepínicos potencializam a ação do
GABA nos receptores GABAA, sendo por isso utilizados como hipnó ticos. Eles costumam diminuir o tempo
para o paciente adormecer e para aumentar a duração total do sono. São exemplos de fármacos lorazepam e
temazepam (RANG et al., 2016).
Além dos barbitú ricos e benzodiazepínicos, Rang et al. (2016) traz outros grupos farmacoló gicos que podem
ser utilizados para essa finalidade. Clique nas setas a seguir para conhecê-los.

Anti-histamínicos

fármacos como difenidramina e prometazina podem ser incluídos em inú meras preparaçõ es para
induzir o sono. Outro exemplo é a doxepina, um antidepressivo ISRSN com propriedades
antagonistas dos receptores H 1 e H 2 de histamina que podem ser usados para tratar a
insô nia. Além disso, pode-se citar a prometazina por seu efeito sedativo.

Agonistas dos receptores da melatonina

a melatonina e o ramelteon são agonistas nos receptores MT 1 e MT 2 , eficazes em tratar a


insô nia em idosos e crianças autistas.

Hipnóticos não benzodiazepínicos

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zaleplon, zolpidem e zoplicona são exemplos. Apesar de serem quimicamente distintos, esses
hipnó ticos de ação curta agem de forma semelhante aos benzodiazepínicos. Contudo, faltam-lhes
considerável atividade ansiolítica.

Agora que finalizamos a classe dos ansiolíticos, hipnó ticos e sedativos, vamos seguir os estudos com os
antidepressivos. Os fármacos antidepressivos são indicados para o tratamento da depressão. A depressão é
uma doença grave e está cada vez mais frequente em todo o mundo. De acordo com dados da Organização Pan-
Americana de Saú de (OPAS BRASIL, 2018), estima-se que mais de 300 milhõ es de pessoas, de todas as idades,
sofram com esse transtorno. A depressão pode causar desde incapacidade até, no pior dos casos, levar ao
suicídio.

VOCÊ QUER VER?


No vídeo Como ajudar alguém com depressão (2019), Drá uzio Varella explica o que é a
depressã o e seus principais sintomas. Assista ao vídeo e entenda como essa doença se
manifesta, como você pode identificar os sinais em algué m que esteja sofrendo com
esse mal e como o tratamento pode ajudar. Acesse em:
https://www.youtube.com/watch?v=YK70q5eys4k
(https://www.youtube.com/watch?v=YK70q5eys4k).

Existem algumas teorias sobre a depressão. Segundo Rang et al. (2016, p. 1329), a primeira delas foi a das
monoaminas, que sugere a depressão ser causada por:

déficit funcional de transmissores de monoaminas, norepinefrina e 5-hidroxitriptamina, em certos


locais do cérebro. Contudo, novas teorias sugerem que a depressão também pode estar associada à
neurodegeneração, à redução da neurogênese no hipocampo, a outros mediadores (hormô nio
liberador de corticotrofina), nas vias de transdução de sinais, em fatores de crescimento, entre
outros. Porém todas continuam imprecisas.

Existem diferentes tipos de fármacos antidepressivos:

• Antidepressivos tricíclicos;
• inibidores seletivos da captura da serotonina (5-HT);

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• inibidores seletivos da recaptação da noradrenalina;


• antagonistas do receptor da monoamina;
• inibidores da monoamino-oxidase (MAO).
Confira os principais antidepressivos, seus mecanismos de ação e alguns exemplos de fármacos pertencentes
a cada categoria.

Quadro 3 - Principais antidepressivos, mecanismos de ação, exemplos e efeitos adversos causados.


Fonte: Elaborado pela autora, baseado em GOLAN et al., 2014; RANG et al., 2016; DELUCIA et al., 2014.

Anestésicos gerais

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são depressores reversíveis do SNC, garantindo perda da


consciência, analgesia e relaxamento. Eles podem ser intravenosos
ou inalató rios. Agem aumentando a atividade dos receptores GABAA,
reduzindo a excitação, a partir da abertura dos canais de K+ e
inibindo a transmissão sináptica excitató ria.

Anestésicos locais

são bloqueadores reversíveis da condução nervosa em uma área


específica, sem haver perda da consciência. Elas produzem esse
efeito por bloquear os canais de Na+, impedindo, assim, o influxo de
só dio para dentro das células nervosas. Com isso, não há
despolarização e, então, ocorre a perda da sensibilidade.

Os anestésicos intravenosos são utilizados na prática clínica para a indução e manutenção da anestesia. Eles
atuam de maneira mais rápida, produzindo inconsciência em aproximadamente 20 segundos, assim que o
fármaco chega ao cérebro a partir do local da injeção. Muito desses anestésicos não são adequados para a
manutenção da anestesia, pois sua eliminação do corpo é relativamente lenta quando comparada com os
agentes inalató rios (RANG et al., 2016; GOLAN et al., 2014).
Quer conhecer exemplos desses fármacos? Clique nos itens abaixo.

apresenta início de ação rápido (aproximadamente 30 segundos) e recuperação


PROPOFO rápida, sendo usado tanto para indução quanto para manutenção da anestesia.
L Apresenta a depressão cardiovascular e respirató ria como principais efeitos
adversos.

é um fármaco barbitú rico muito lipossolú vel, o que contribui para sua rápida
TIOPENTA velocidade de ação (aproximadamente 20 segundos). Acumula-se facilmente na
L gordura corporal, levando ao acú mulo no organismo e recuperação lenta. Apresenta a
depressão cardiovascular e respirató ria como principais efeitos adversos.

é similar ao tiopental, apresentando um início de ação rápido. Porém apresenta


ETOMIDAT recuperação relativamente rápida, uma vez que é mais rapidamente metabolizado que
O o tiopental. Como efeitos adversos, gera efeitos excitató rios durante a indução e
recuperação da anestesia, náusea e supressão das suprarrenais.

Os fármacos midazolam e diazepam, que são benzodiazepínicos, costumam ser usados como adjuvantes, por
“produzirem efeitos adicionais, como as propriedades ansiolíticas e amnésicas anteró gradas, que são
desejáveis durante a cirurgia, mas não necessariamente proporcionados pelos anestésicos gerais” (GOLAN et
al., 2014, p. 555). Eles apresentam início de ação e recuperação da anestesia mais lento que os demais citados
e costumam ser utilizados como sedativo pré-operató rio em procedimentos em que não há a necessidade de
anestesia geral. Quando comparado aos demais, causam menor depressão cardiovascular e respirató ria.

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Os anestésicos inalatórios costumam ser empregados com frequência para a manutenção da anestesia geral,
principalmente devido à facilidade de administração, indução e recuperação rápida, menos efeitos adversos e
baixo custo. Quer conhecer exemplos desses fármacos? Clique nos itens abaixo (RANG et al., 2016; GOLAN et
al., 2014).

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HALOTANO
apresenta tempo de indução e recuperação da anestesia considerado
médio, porém tem alta potência. É conhecido por causar hipotensão,
arritmias cardíacas e em alguns casos hepatotoxicidade e
hipertermia maligna. Uma de suas vantagens é que não apresenta
odor irritante, o que pode ser muito ú til para o uso em crianças.

ISOFLURANO

apresenta tempo de indução e recuperação da anestesia considerado


médio e uma de suas vantagens é a presença de poucos efeitos
adversos.

DESFLURANO

apresenta tempo de indução e recuperação da anestesia rápido.


Porém, uma de suas principais desvantagens é o fato de seu odor
irritar as vias respirató rias, podendo causar tosse ou laringospasmo.

SEVOFLURANO
é similar ao desflurano, porém mais potente e tem a vantagem de
não causar irritação de vias aéreas com a mesma intensidade.
Apresenta tempo de indução e recuperação da anestesia rápido e há
poucos relatos de efeitos adversos.

Além desses mencionados acima, também podemos destacar o ó xido nitroso. Ele é um agente anestésico
inalató rios que deve ser administrado concomitantemente a outro anestésico, visto que apresenta baixa
potência. Uma das vantagens de seu uso é a rápida absorção, ação e recuperação, sem apresentar efeito

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residual. Além disso, apresenta poucos efeitos adversos.

VOCÊ SABIA?
A história do uso de anesté sicos foi um grande salto para a Medicina, visto que
possibilitou cirurgias se tornassem um procedimento de rotina. Isso só ocorreu
graças à descoberta de substâ ncias que inibem dores intensas, os anesté sicos. Um
dos primeiros a serem descobertos e utilizados foi o é ter etílico, també m
conhecido como é ter dietílico, é ter sulfú rico, ou apenas é ter. Quer saber mais
sobre o assunto? Leia a história da descoberta da anestesia disponível no link:
https://super.abril.com.br/saude/anestesia/
(https://super.abril.com.br/saude/anestesia/).

Os anestésicos locais, como já falamos anteriormente, são utilizados para produzir bloqueio nervoso local.
Fármacos vasoconstritores podem ser associados com anestésicos locais, a fim de prolongar o efeito
anestésico. Isso porque os vasoconstritores ajudam a diminuir a passagem do anestésico do tecido
subcutâneo para o vaso sanguíneo, retardando a absorção e prolongando seu efeito. Quer conhecer exemplos
desses fármacos? Clique nos itens abaixo (RANG et al., 2016).

apresenta início de ação muito lento, porém longa duração. Os efeitos adversos mais
TETRACAÍ comuns são os cardiovasculares, como bradicardia, diminuição do débito cardíaco e
NA vasodilatação. Porém, também pode causar efeitos no SNC, como agitação, tremores,
entre outros.

apresenta início de ação rápido, porém média duração. Os efeitos adversos mais
LIDOCAÍN comuns são os cardiovasculares, como bradicardia, diminuição do débito cardíaco e
A vasodilatação. Porém, também pode causar efeitos no SNC, como agitação, tremores,
entre outros.

apresenta início de ação e duração dos efeitos anestésicos considerado médio. Não
PRILOCAÍ
apresenta vasodilatação como efeito adverso, mas pode causar metemoglobinemia,
NA
por isso não é usado em cirurgias obstétricas.

Agora podemos começar nossos estudos sobre a farmacologia da dor e da inflamação. Vamos lá?

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4.2 Farmacologia da dor e da inflamação


Para iniciar os estudos sobre a farmacologia da dor e da inflamação, vamos começar esclarecendo quais
classes de fármacos estão envolvidos: opioides, anti-inflamató rios não esteroidais (AINES) e
corticosteroides/anti-inflamató rios esteroidais (AIES). Segundo DeLucia et al. (2014, p. 399), a dor é definida,
pela Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP), como uma:

experiência sensorial e emocional desagradável associada ou não a uma lesão tecidual. Ela
envolve dois componentes: a nocicepção, que é transmissão da informação nociceptiva da
periferia para o SNC; e a percepção. A dor pode ser fisioló gica, quando ocorre um estímulo nocivo
mecânico, térmico ou químico é aplicado à pele ou tecido; patoló gica, quando há lesão tecidual,
incluindo lesão nervosa e inflamação; e neuropática, quando há lesão de neurô nios tanto na
periferia quanto no SNC.

Para saber o que são opioides, clique no quadro abaixo.

Opioides

Os opioides são fármacos analgésicos empregados para o tratamento de dores moderadas a


agudas, sem a perda da consciência. O primeiro representante da classe e mais conhecido é a
morfina, um agonista de receptores opioides. Os demais fármacos pertencentes a esse grupo
podem ser naturais, semissintéticos e sintéticos. Porém, todos apresentam em comum açõ es
semelhantes à pioneira morfina.

Os agonistas opioides são muito efetivos sobre a dor, pois seu mecanismo de ação está associado aos
receptores opioides μ, κ e δ, distribuídos no cérebro e na medula espinhal. Esses receptores estão, de acordo
com DeLucia et al. (2014, p. 407):

acoplados à proteína G, e agem inibindo adenilil ciclase e diminuindo a concentração intracelular


de AMPc. Promovem a ativação de abertura de canais de K+ retificadores de influxo e inibem a
abertura de canais de Ca2+ operados por voltagem. A hiperpolarização do potencial de membrana
pela maior condutância de K+ e a supressão da entrada de Ca2+ é o mecanismo que pode explicar
os efeitos agudos dos opioides relacionados à inibição da liberação de neurotransmissores e à
transmissão da dor.

Quer conhecer exemplos de fármacos opioides? Clique nos itens abaixo (RANG et al., 2016).

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é o opioide de referência, sendo muito utilizada para tratamento de dor aguda e


crô nica. Pode ser administrada por via oral (metabolismo de primeira passagem
MORFINA diminui a sua disponibilidade oral) ou via intratecal. Seus efeitos adversos são
sedação, depressão respirató ria, constipação, náuseas e vô mitos, prurido, euforia,
tolerância e dependência.

é um pró -fármaco sendo convertido rapidamente em monoacetilmorfina e morfina.


DIAMORFI
Porém, atua mais rapidamente que a morfina, em razão da rápida penetração cerebral.
NA
É utilizada para o tratamento de dor aguda e crô nica, podendo ser administrada pela
(heroína)
via oral e injetável. Efeitos adversos iguais aos da morfina.

OXICODON fármaco semissintético utilizado para o tratamento de dor aguda e crô nica. Pode ser
A administrada pela via oral e injetável. Efeitos adversos iguais aos da morfina.

fármaco sintético com açõ es semelhantes às da morfina, sendo que a duração de sua
METADON ação é mais longa. Usada para dor crô nica e tratamento do vício em heroína e
A administrada pelas vias oral e injetável. Efeitos adversos iguais aos da morfina,
porém causa menos euforia.

fármaco sintético com açõ es semelhantes às da morfina, porém com início de ação
FENTANIL mais rápido e menos duradouro. Usado para dor aguda e anestesia e pelas vias
A endovenosa, epidérmica e adesivo transdérmico. Efeitos adversos iguais aos da
morfina.

é um opioide natural empregada para casos de dor moderada, pois tem menos
CODEÍNA potência analgésica que a morfina e é administrada pela via oral. Principal efeito
adverso é a constipação. Não é passível de causar dependência.

fármaco usado como analgésico para dor pó s-operató ria e para dor moderada a
TRAMADO intensa. Pode ser administrado por via oral, intramuscular ou intravenosa e causa
L menos efeitos adversos que a maioria dos opioides. Principais efeitos adversos são
tontura e convulsão.

Agora vamos seguir com os AINES. Os AINES são fármacos empregados para o tratamento da inflamação e da
dor. Também podem ser chamados de inibidores da ciclo-oxigenase (COX), podendo ser seletivos ou não para
as suas isoformas COX-1 e -2. A COX-1 é responsável por manter o estado fisioló gico normal de muitos
tecidos, já a COX-2 é responsável pelo processo inflamató rio, uma vez que é induzida quando há inflamação. É
por esse motivo que dizemos que existem AINES seletivos e não seletivos da COX.
Os AINES agem inibindo diretamente a enzima COX, diminuindo a síntese das prostaglandinas e a intensidade
do processo inflamató rio, o que resulta em diminuição do edema, vermelhidão e febre. Seus efeitos
analgésicos são aplicados no tratamento da dor leve ou moderada, também relacionados à diminuição da
síntese de prostaglandinas. Os AINES seletivos da COX-2 não interferem na COX-1, ou seja, a produção de
prostaglandinas na mucosa gastrointestinal não é inibida, evitando danos nesse tecido, muito comuns aos
AINES não seletivos. Conheça alguns fármacos pertencentes ao grupo dos AINES:

• ácido acetilsalicílico (AAS);


• ácido mefenâmico;

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• diclifenaco de sódio;
• ibuprofeno;
• naproxeno;
• piroxicam;
• meloxicam;
• indometacina;
• celecoxibe;
• etoricoxibe;
Dos fármacos citados, apenas meloxicam, celecoxibe e etorixocibe são seletivos para COX-2.
De acordo com Rang et al. (2016), os efeitos adversos mais comuns produzidos pelo uso dos AINES são
desconforto gástrico, constipação, náuseas e vô mitos, hemorragia, ulceração gástrica, reaçõ es eritematosas
leves, urticária, fotossensibilidade, nefropatia, hipertensão e em alguns casos AVC e infarto do miocárdio.
Os AIES também podem ser chamados de corticoides ou glicocorticoides. Eles recebem esse nome porque são
hormô nios similares aos corticosteroides endó genos secretados pela região cortical das glândulas
suprarrenais. Os fármacos pertencentes a essa classe têm significativo valor de aplicação clínica porque
podem ser empregados como agentes anti-inflamató rios, antirreumáticos, antialérgicos e no controle das
reaçõ es autoimunes (SCHELLACK, 2014).
Os AIES são responsáveis por se ligarem a receptores proteicos específicos de glicocorticoides para “facilitar a
síntese de lipocortina, que inibe a fosfolipase A2. Isso faz com que a formação do ácido araquidô nico seja
bloqueada, impedindo assim, a formação de prostaglandinas e leucotrienos” (SCHELLACK, 2014, p. 117).
Conheça alguns fármacos pertencentes ao grupo dos AIES:
• hidrocortisona
• prednisona
• prednisolona
• dexametasona
• betametasona
Os efeitos adversos causados pelos AIES são muitos, entre eles: dislipidemias, hipertensão arterial, ú lcera
gástrica, sangramento gastrintestinal, catarata, glaucoma, retenção de só dio, hiperglicemia, entre outros.

4.3 Farmacologia do diabetes e dislipidemias


Para dar sequência aos estudos, vamos iniciar pela farmacologia do diabetes. Hoje sabemos que o diabetes
mellitus (DM) é classificado em DM tipo 1, DM tipo 2, DM gestacional (DMG) e um quarto grupo, conhecido
como outros tipos de DM específicos, incluindo os defeitos genéticos que afetam a função da célula β. Dos
quatro tipos citados, sabemos que os mais conhecidos são DM1, pelo fato do paciente obrigatoriamente
necessitar de insulina exó gena; e DM2, pelo fato de que a combinação de hábitos alimentares saudáveis,
atividade física e medicamentos (orais e injetáveis) necessária para controlar os níveis de glicose no sangue.
Para o tratamento do DM2 vários medicamentos estão disponíveis no mercado. Você quer conhecer mais
sobre eles? Confira a seguir os principais grupos de fármacos administrados, seus mecanismos de ação e
alguns exemplos de antidiabéticos pertencentes a cada categoria.

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Quadro 4 - Principais antidiabéticos, mecanismos de ação, via de administração, tipos de fármacos e efeitos
adversos causados.
Fonte: Elaborado pela autora, baseado em SBD, 2019.

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De acordo com a SBD (2019), a escolha do medicamento deve considerar alguns pontos: o estado geral, peso e
idade do paciente; comorbidades presentes (complicaçõ es do diabetes ou outras); valores das glicemias de
jejum e pó s-prandial, bem como da HbA1c; eficácia do medicamento; risco de hipoglicemia; possíveis
interaçõ es com outros medicamentos, reaçõ es adversas e contraindicaçõ es; custo do medicamento; e
preferência do paciente.

CASO
Um fá rmaco da classe das glitazonas, chamado rosiglitazona, foi retirado do mercado
no Brasil e na Europa e hoje apresenta restriçã o també m nos Estados Unidos.
Segundo a ANVISA (2010), por meio da Resoluçã o nº 1466 de 2010, devido à alta
probabilidade de ocorrê ncia de doenças isquê micas, como infarto do miocá rdio,
insuficiê ncia cardíaca, parada cardíaca, derrames, isquemia do miocá rdio e outros
distú rbios cardíacos. Dados apresentados no site da ANVISA indicam que ensaios em
humanos registraram a possibilidade de aumento do colesterol LDL e triglicerídeos.
Alé m disso, Nissen e Wolski (2007) realizaram um trabalho de revisã o da literatura,
ao todo 42 estudos foram utilizados, registrando todas as ocorrê ncias de infarto do
miocá rdio e morte por causas cardiovasculares. A conclusã o da pesquisa foi que o
fá rmaco de fato está associado a riscos cardiovasculares. Outro estudo de revisã o da
literatura (NISSEN; WOLSKI, 2010) apresentou que foi estimado o aumento de
infarto do miocá rdio em 28% entre usuá rios de rosiglitazona.

Com relação à insulina, podemos dizer que também existem vários tipos que diferem na sua duração de ação.
Confira os diferentes tipos de insulinas disponíveis no Brasil. (SBD, 2019)

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Quadro 5 - Tipos de insulina e tempo de ação.


Fonte: Elaborado pela autora, baseado em SBD, 2019.

É importante enfatizar que a insulina é muito conhecida por ser usada por pacientes com DM1. Porém, hoje já
se sabe que em alguns casos pacientes com DM2 necessitam de insulina ou até mesmo da combinação de
insulina com hipoglicemiantes orais para controle da doença, uma vez que com o passar do tempo ocorre
declínio progressivo da função da célula β.

VOCÊ O CONHECE?
Frederick Banting e Charles Best, pesquisadores da na Universidade de Toronto, no
Canadá , descobriram a insulina, no início dos anos 1920. Com a ajuda do bioquímico
James Collip, a insulina foi purificada, podendo ser finalmente usada para o
tratamento bem-sucedido do diabetes. O Prê mio Nobel por esse trabalho veio em
1923. Para conhecer melhor essa história e seus personagens, assista ao vídeo a seguir
(2019): https://www.youtube.com/watch?v=huZSU99_j7o
(https://www.youtube.com/watch?v=huZSU99_j7o).

Agora, vamos seguir com a farmacologia das dislipidemias. Para isso, primeiro vamos entender o que é
dislipidemia. Dislipidemia pode ser definida como um distú rbio que gera a alteração dos níveis séricos dos
lipídeos no organismo dos indivíduos. Esse é um dos fatores de risco para doenças cardiovasculares, como

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infarto do miocárdio, e cerebrovasculares, como o acidente vascular cerebral (AVC). Quando falamos que pode
haver alteração dos níveis séricos de lipídeos, estamos nos referindo a quatro tipos de alteração: colesterol
total (CT) alto, triglicerídeos (TG) alto, HDL-c baixo e LDL-c alto.
De acordo com Rang et al. (2016, p. 686), “quanto mais alto o LDL-colesterol e mais baixo o HDL-colesterol,
mais alto será o risco de cardiopatia isquêmica”. O autor ainda nos lembra que existem dois tipos de
dislipidemias: a primária, que ocorre por uma combinação de dieta e genética; e a secundária, consequência de
outras condiçõ es, como DM, alcoolismo, síndrome nefró tica, insuficiência renal crô nica, hipotireoidismo,
doença hepática e administração de fármacos.
Os níveis de LDL-colesterol quando elevados costumam causar maior preocupação e devem ser tomadas
medidas para reduzi-lo. Por isso, vamos apresentar, a seguir, os fármacos que podem ser usados nesses casos.

Quadro 6 - Principais fármacos para a dislipidemia, mecanismos de ação, exemplos e efeitos adversos
causados.
Fonte: Elaborado pela autora, baseado em RANG et al., 2016; GOLAN et al., 2014.

4.4 Farmacologia antimicrobiana

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Você sabe o que significa antimicrobiano? Antimicrobiano representa um grupo de fármacos que têm a
finalidade de eliminar micro-organismos patogênicos que invadem o organismo humano. Segundo Schellack
(2014, p. 137), os antimicrobianos que “mostram um grau maior de toxicidade seletiva absoluta causam
danos quase que exclusivamente aos micro-organismos. Já os que causam toxicidade seletiva relativa podem
trazer danos aos pacientes”.
Fazem parte dos antimicrobianos as seguintes classes farmacoló gicas: antibió ticos ou antibacterianos,
antifú ngicos, antiparasitários e antivirais. Com relação aos antibacterianos, Golan et al. (2014) afirma que
dependendo do papel do alvo do fármaco na fisiologia bacteriana, esses agentes podem produzir efeitos
bacteriostáticos (interferem no crescimento das bactérias, sem as matar) ou bactericidas (eliminam as
bactérias, matando-as).
Confira abaixo alguns dos principais grupos farmacoló gicos e seus representantes.

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Quadro 7 - Principais antibacterianos, mecanismos de ação e exemplos de fármacos.


Fonte: Elaborado pela autora, baseado em RANG et al., 2016; GOLAN et al, 2014; SCHELLACK, 2014.

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Vamos conhecer os antifúngicos? Esses medicamentos podem ser de uso tó pico ou sistêmicos, tanto para a
profilaxia quanto para o tratamento. Veja a seguir alguns dos principais grupos farmacoló gicos e seus
representantes.

Quadro 8 - Principais antifú ngicos, mecanismos de ação e exemplos de fármacos.


Fonte: Elaborado pela autora, baseado em RANG et al., 2016; GOLAN et al, 2014; SCHELLACK, 2014.

Agora, vamos conhecer os antiparasitários, agentes que combatem os protozoários, como aqueles
responsáveis por causar amebíase, giardíase, leishmaniose, malária, entre outros; helmintos, conhecidos
como nemató deos, tremató deos e cestó deos; e por fim os ectoparasitas, que causam escabiose e pediculose.
Clique nos quadros a seguir e conheça mais sobre eles.

Protozoários

antimaláricos (cloroquina, quinina, mefloquina, artemisinina,


primaquina, doxiciclina, tetraciclina e proguanil); metronidazol;
tinidazol; pentamidina.

Helmintos

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ivermectina; piperazina; albendazol; mebendazol; tiabendazol;


praziquantel.

Ectoparasitas

benzil benzoato; monossulfiram; permetrina.

Por fim, vamos conhecer os antivirais, classe de medicamentos empregada para tratar infecçõ es virais. De
acordo com Rang et al. (2016, p. 1503), como os vírus sequestram muitos dos processos metabó licos da
pró pria célula do hospedeiro, é difícil encontrar fármacos que sejam seletivos para o pató geno. Todavia, há
algumas enzimas que são específicas do vírus, e estas se tornaram alvos ú teis para os fármacos. A maioria dos
antivirais disponíveis é efetiva apenas enquanto o vírus está se replicando. Clique nos quadros a seguir e
conheça mais sobre alguns deles.

Inibidores nucleosídicos da transcriptase reversa

HIV (abacavir, didanosina, entricitabina, lamivudina, estavudina); Hepatite B (adefovir, entecavir,


lamivudina, telbivudina, tenvofir).

Inibidores de protease

HIV (atazanavir, darunavir, lopinavir, ritonavir); Hepatite C (boceprevir, telaprevir).

Inibidores da DNApolimerase viral

Citomegalovírus (cidofovir, foscarnete, ganciclovir); Herpes (aciclovir, fanciclovir, idoxuridina,


penciclovir).

Inibidor da fusão do HIV às células hospedeiras

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HIV (enfurvitida).

Inibidores da desmontagem do revestimento viral e inibidores da neuraminidase

Influenza A (Amantadina).

Biofármacos e imunomoduladores

Hepatite B e C (interferona-α, interferona-α, peguilada).

Como esses fármacos normalmente causam muitos efeitos adversos é importante que o uso seja feito com
acompanhamento médico e de profissionais de saú de.

Conclusão
Chegamos ao final desta unidade e você pô de conhecer como o SNC está organizado. Foi possível ainda,
conhecer seus neurotransmissores e algumas das principais classes farmacoló gicas que atuam neste sistema.
Além disso, estudamos a farmacologia da dor e inflamação, a farmacologia do diabetes e dislipidemias e os
fármacos antimicrobianos.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• recordar o sistema nervoso central e seus neurotransmissores;
• conhecer os principais grupos de fármacos que agem no SNC;
• aprender sobre os fármacos ansiolíticos e suas funções;
• aprender sobre os fármacos sedativos-hipnóticos e suas funções;
• aprender sobre os fármacos antidepressivos e suas funções;
• aprender sobre os fármacos anestésicos e suas funções;
• conhecer sobre a farmacologia da dor e da inflamação;
• aprender sobre os fármacos antimicrobianos e suas funções.

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