Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Sumário
1
6.1 Modalidades de penas restritivas de direito .................................................................... 25
6.2 Requisitos para pena restritiva de direito ......................................................................... 26
6.3 Suspensão condicional da pena - SURSIS .......................................................................... 27
6.3.1 Requisitos para suspensão condicional da pena - SURSIS............................................. 27
6.3.2 Cumprimento da suspensão condicional da pena - SURSIS .......................................... 27
6.3.3 Revogação da suspenção condicional da pena (SURSIS): .............................................. 27
6.4. Requisitos: Pena restritiva de direitos x SURSIS (suspensão condicional da pena) ......... 28
7. Aplicando a dosiometria ......................................................................................................... 29
2
1. Princípio da individualização da pena
2. Categorias de penas
Reclusão
Privativas de Liberdade
Detenção
Permitidas Multa
Restritivas de direito
3
3. Sistema Trifásico – Cálculo pena privativa de liberdade
Para calcular o termo médio soma-se o mínimo legal e o máximo legal (definidos no
tipo) e divide-se o resultado dessa soma por dois. Exemplo:
4
3.1.2 Circunstâncias judiciais (Art. 59, CP)
Da análise do artigo 63, deduz-se 3 três requisitos que para que se caracterize a
reincidência
O crime deve ter sido cometido em um momento anterior ao que está sendo
agravado.
Além disso, Art. 64, I CP: - “não prevalece a condenação anterior, se entre a data do
cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de
tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da suspensão ou do
livramento condicional, se não ocorrer revogação”.
5
Se transcorreram cinco anos do cumprimento da sentença, a qual perdeu a
validade, o agente será considerado “tecnicamente primário” e o crime
cometido não poderá ser usado como reincidência (que é analisada na segunda
fase apenas). Nesse caso poderá ser utilizada como mau antecedente.
Nesse sentido é a súmula 241 do STJ: “A reincidência penal não pode ser considerada
como circunstância agravante e, simultaneamente, como circunstância judicial”. Um
mesmo crime não pode ser utilizado como circunstância judicial e reincidência ao
mesmo tempo (vedação ao bis in idem). Ou o crime é reincidência, ou é antecedente
ou não é considerado para fins de cálculo da pena. Isso não significa que o condenado
não possa ter sua pena agravada pelos maus antecedentes na primeira fase e por
reincidência na segunda, o que pode acontecer desde que por crimes distintos, por
exemplo, um crime que perdeu a validade e outro com transito em julgado há menos
de 5 anos.
Cabe ainda salientar que não são considerados maus antecedentes e nem
reincidência:
o Conduta Social: É o modo como a pessoa é vista entre as pessoas do seu cotidiano
social. Não é o juiz quem define a conduta social, mas as testemunhas
“abonatórias”, que podem ser quaisquer pessoas desde que não tenham inimizade
capital com o condenado.
o Motivos: Define-se qual a motivação do crime, o porquê e para que o crime foi
cometido. É preciso ter cuidado para não atribuir caráter negativo para essa
circunstância quando os motivos forem comuns ao tipo, por exemplo, no crime de
6
roubo, o motivo comum ao tipo é obter vantagem financeira da vítima, não
podendo ser esse um motivo que torne a circunstância negativa.
Essa é uma atividade que não se apoia em critérios lógicos ou exatos. Não há regras
quanto ao número de circunstâncias negativas ou positivas necessárias para aproximar
ou afastar a pena do mínimo legal. Pressupõe-se, entretanto, que quanto mais
circunstâncias negativas houver no conjunto, mais próxima do termo médio deve estar
7
a pena e quanto mais circunstâncias positivas houver no conjunto, mais próxima do
limite mínimo legal deve estar a pena.
Divide-se o intervalo entre o limite mínimo legal e o termo médio por 8. O resultado
é multiplicado pela quantidade de circunstâncias judicias negativas. Exemplo:
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça
ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à
impossibilidade de resistência:
Dividir o intervalo entre o mínimo legal e o termo médio por 8 circunstâncias judiciais
4/8 = 0,5 = 6 meses
Se, por exemplo, o caso for de 3 circunstâncias judiciais negativas, soma-se ao limite
mínimo legal 18 meses;
Falsificação de moeda (Art. 289) “ Pena - reclusão, de três a doze anos, e multa.”
Limite mínimo legal 3 anos
Termo Médio (3 + 12) /2 = 7,5 (Sete anos e seis meses)
7,5 (termo médio) – 3 (Limite mínimo legal) = 4,5 (intervalo entre TM e LML)
4,5/2 = 2,25 (metade do intervalo entre o TM e o LML)
3 (LML) + 2,25 = 5,25 (5 anos e 3 meses)
8
(Em suma, divide-se o intervalo entre o LML e o TM por dois e soma-se esse resultado
ao LML).
0,25 representa 3 meses pois, conforme visto no cálculo do termo médio (Item 3.1), é
fruto da multiplicação 0,25 x 12. Define-se, de acordo com esse exemplo, a pena base
em 5 anos e 3 meses.
Tem como objetivo a definição da pena provisória. Os limites são os definidos no tipo
legal.
9
3.2.2 Qualificador
3.2.3 Agravantes
Reincidência
Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou
qualificam o crime:
A) Agravantes Preponderantes
Por motivo fútil ou torpe Motivo Torpe está relacionado com a obtenção de
vantagem patrimonial ou profissional e com atitudes socialmente repugnantes
como matar alguém por cor, religião, gênero etc.. Já o motivo fútil é o motivo
insignificante, desproporcional – Ex. espancar uma pessoa, sem causas.
Também é preponderante, pois diz respeito ao motivo do crime.
Para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou
vantagem de outro crime Também é agravante preponderante, estando
relacionada com o motivo do crime. Exemplo: Matar uma testemunha “queima
de arquivo”
10
B) Agravantes Comuns
com violência contra a mulher na forma da lei específica Lei específica: Lei
Maria da Pena: 11.340/06
11
Em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade
pública, ou de desgraça particular do ofendido Ex.: Aproveitar-se do
tombamento de um caminho com mercadorias.
3.2.4 Atenuantes
Comuns
Fase
Preponderantes
Superpreponderantes
A) Superpreponderante
12
B) Preponderante
Ter o agente Procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo
após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as conseqüências, ou ter, antes do
julgamento, reparado o dano Reparação do dano é um elemento de
personalidade.
C) Comum
13
Pena Base (Exemplo): 4 anos e 9 meses.
Sendo a pena Base 4 anos e 9 meses, por exemplo, o teto do valor de cada atenuante
ou agravante é 9 meses e 15 dias, respeitado o mínimo padrão de 1 dia.
Comum: 3 meses
Preponderante: 7 meses
(não é recomendável definir a preponderante no máximo, pois, se houver uma
atenuante superpreponderante, as duas estarão em igualdade, sendo que a
superpreponderante deveria estar com valor maior).
Comum: 3 meses
Preponderante: 8 meses
Superpreponderante: 9 meses
A definição tanto das atenuantes como das agravantes é subjetiva, devendo haver
proporcionalidade entre as categorias.
Atenuante:
14
Agravantes:
Quarta etapa: Aplicação das agravantes e atenuantes sobre a pena base para
definir a pena provisória.
4 anos e 11 meses é a pena Provisória. (Cabe relembrar que a pena provisória deve
respeitar como limites os previstos no tipo legal).
Identificação e
Definição do valor de Aplicação das
Definição do máximo = classificação de cada
cada atenuantes e agravantes
1/6 da PB atenuante/agravante no
atenuante/agravante sobre a pena base
caso concreto
O objetivo é fixar a pena definitiva, que será cumprida pelo condenado. Não há limites
mínimos e máximos, podendo a pena ficar, inclusive, abaixo do mínimo ou acima do
máximo previstos no tipo legal. Observando-se as circunstâncias minorantes e as
majorantes. As circunstâncias minorantes e majorantes genéricas estão previstas na
parte geral do CP em diversos dispositivos, já as majorantes ou minorantes específicas
de cada crime estão previstas no próprio tipo.
3.3.1 Majorantes
15
A) Da parte geral do código
Entretanto, quando de uma única conduta forem produzidos crimes diferentes ou não,
decorrentes de um mesmo desígnio (a mesma vontade) aplica-se: A) a pena do crime
mais grave apenas ou; B) A pena de um deles, se forem iguais. No caso do concurso
formal, deve ser acrescida a pena a fração de 1/6 (pena dividida por seis) até a metade
da pena.
Se for o caso de uma conduta com resultados distintos, mas os desígnios forem
também distintos, trata-se de concurso formal impróprio, aplicando-se a regra do
artigo 69: “ (...) aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que
haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção,
executa-se primeiro aquela.”, regra também do concurso material.
Nem o concurso formal impróprio nem o concurso material são majorantes a serem
consideradas na terceira fase, o acréscimo de 1/6 a 2/3 é apenas para o concurso
formal próprio.
São Crimes praticados em série. Uma ficção jurídica. Crimes com o mesmo tipo
penal praticados continuamente sob as mesmas condições de tempo , lugar e modo.
16
Mesma espécie = Mesmo tipo legal
Exemplo: Um agente que pratica diversos furtos em uma mesma praça, todas as
noites.
Ao invés de calcular a penas dos diversos furtos, faz-se a primeira e a segunda fase de
um crime de furto e na terceira fase aumenta-se a pena de um 1/6 a 2/3. No entanto,
se a soma de todas as penas for melhor para o condenado do que a utilização da
majorante, deve-se tomar a posição mais benéfica ao réu.
Não confunde-se com o qualificador, que deve ser averiguado ainda na primeira fase,
aumentando os limites da pena base e do termo médio. O qualificador constitui
praticamente um tipo penal autônomo e independente, enquanto a majorante tem
como função apenas o aumento da pena que está sendo construída.
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça
ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à
impossibilidade de resistência:
3.3.2 Minorantes
17
recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena
será reduzida de um a dois terços.
Crime já está consumado, mas o agente age para reduzir as consequências do fato.
Só vale para crimes não violentos. Se for com grave ameaça usa-se a atenuante de
arrependimento da 2º fase (Art. 65, III, B). Em caso de colisão, a última fase sempre
prevalece sobre a(s) antecedente(s).
18
o A embriaguez completa involuntária (Art. 28. §1º) isenta o agente de
pena. A parcial involuntária gera uma minorante de 1/3 a 2/3.
Exemplo:
1/3 é a pena provisória dividida por 3 7 anos e 6 meses = 90 meses. 1/3 de 90 meses
é 90 meses divididos por três = 30 meses = 2,5 anos (30/12) = 2 anos e seis meses
(considerando 0,5 = 6 meses 0,5 x 12 = 6)
19
2/3 é o mesmo que duas vezes 1/3. Logo 2 anos e 6 meses vezes 2 = 5 anos.
Isto significa que o juiz, nesse exemplo, poderá reduzir a pena provisória de 2 anos e
seis meses até 5 anos.
Por exemplo, um crime de roubo com uso de arma de fogo. A pena provisória foi
definida em 6 anos. Para aplicar o agravante do uso de arma de fogo (Art. 157, §2, I),
de um terço até a metade:
1/3 = 2 anos
1/2 = 3 anos
Intervalo: 3-2= 1 ano
Esse é apenas um dos métodos possíveis para escolha do quanto aumentar ou reduzir
da pena quando o legislador deixa para o julgador a definição. Em suma, divide-se o
intervalo entre o máximo e o mínimo por 8; multiplica-se esse resultado pela
quantidade de circunstâncias judiciais negativas (1º fase), somando-o à pena
provisória; Por fim, soma-se à pena provisória o mínimo (nesse exemplo 2 anos).
20
O critério para definição do valor da minorante de tentativa deve ser o quanto
o agente se aproximou da consumação do crime.
Observações:
4. Regimes penais
Regimes penais
21
4.1 Regime Inicial Fechado
Presídio e cadeia pública são locais onde o agente espera a sua condenação ou
absolvição, sendo medidas de exceção. Só podem ser utilizadas para restringir a
liberdade do sujeito quando há fundado risco de fuga, risco para as testemunhas, risco
para “queima de arquivo” ou quando o agente é considerado perigoso para sociedade.
Quando o réu está preso sem condenação, o processo deve tramitar mais rápido,
sendo os prazos processuais reduzidos.
22
Art. 35 - Aplica-se a norma do art. 34 deste Código, caput, ao condenado que
inicie o cumprimento da pena em regime semiaberto.
O regime inicial semiaberto pressupõe vigilância 24 horas por dia, mas em um espaço
físico de maior liberdade em comparação com o regime fechado. Conforme artigo 33,
§1, b), considera-se regime semiaberto a execução da pena em colônia agrícola,
industrial ou estabelecimento similar. Um exemplo é a penitenciária de
charqueadas/RS, onde há um espaço de campo para que as pessoas se envolvam em
atividades rurais.
Quem está no semiaberto pode sair da casa prisional desde que tenha autorização
para trabalho externo.
23
No regime aberto, em regra, a pessoa circula livremente na sociedade durante o dia e
recolhe-se à noite em casa de albergado ou estabelecimento adequado (Art. 33, §1º,C)
Uma modalidade especial de regime aberto é a prisão domiciliar, que pode ser
solicitada quando se tratar de: I - condenado maior de 70 (setenta) anos; II -
condenado acometido de doença grave; III - condenada com filho menor ou deficiente
físico ou mental; IV - condenada gestante (Art. 117. Lei 7210/84). A mesma lei que
disciplina as condições para a prisão domiciliar também prevê, em seu artigo 122,
parágrafo único, importante alternativa para o cumprimento de pena no regime
aberto, a tornozeleira eletrônica: “A ausência de vigilância direta não impede a
utilização de equipamento de monitoração eletrônica pelo condenado, quando assim
determinar o juiz da execução.”
5. Pena de Multa
A cumulativa identifica-se no tipo penal, por exemplo: “Art. 157 - Subtrair coisa móvel
alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou
depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência: Pena -
reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
sua pena é igual ou inferior a 1 ano. Nesse caso o juiz pode escolher em substituir a
pena privativa de liberdade por multa (cumulativa) ou por uma das modalidades de
pena restritiva de direitos.
24
sua pena é superior a um ano: pode ser substituída por Pena restritiva de direitos +
multa ou por 2 penas restritivas de direito
5.1 Dia-multa
1º Define-se a quantidade de dias-multa que será aplicado ao réu, tendo como critério
a gravidade do crime.
§ 1º - A multa pode ser aumentada até o triplo, se o juiz considerar que, em virtude da
situação econômica do réu, é ineficaz, embora aplicada no máximo.
I) Perda de bens e valores: art. 45, § 3º CP; Só é utilizada em casos muito específicos.
II) Prestação pecuniária: art. 45, §1º CP: É uma quantia que varia de 1 a 360 salários
mínimos.
25
Converte-se a pena em dias. Cada “dia” representará “1 hora” de trabalho. O
pagamento pode ser feito em 1 hora em cada dia da semana ou até mesmo 7 horas de
trabalho no sábado. Se a pena for superior a 1 ano, o apenado pode optar por cumprir
de forma dobrada, trabalhando 14 horas por semana.
IV) Interdição temporária de direitos: art. 47 CP. Não é muito utilizada na prática. Um
caso específico onde é utilizada é suspensão da CNH, através do CTB.
- Pena de até 4 anos para crimes dolosos ou qualquer pena para crimes culposos;
- Crime sem violência ou grave ameaça à pessoa;
- Réu não reincidente em crime doloso;
- Circunstâncias judiciais favoráveis
Compridos os mencionados requisitos:
26
6.3 Suspensão condicional da pena - SURSIS
Sua aplicação é residual, sendo aplicável apenas quando não for possível a aplicação
de pena restritiva de direitos, conforme art. 44 do CP. Nesse instituto, suspende-se a
aplicação da pena que foi calculada, por um período de 2 a 4 anos. Durante este
período, o sujeito deve prestar serviços à comunidade no primeiro ano.
27
I - é condenado, em sentença irrecorrível, por crime doloso;
II - frustra, embora solvente, a execução de pena de multa ou não efetua, sem motivo
justificado, a reparação do dano; (revogado taciamente, segundo a professora)
Revogação facultativa
Requisitos
Pena restritiva de direitos Art. 44 Suspensão condicional da pena Art. 77
Pena de até 4 anos para crimes dolosos Pena de até 2 anos
ou qualquer pena para crimes culposos
Réu não reincidente em crime doloso Réu não reincidente em crime doloso
Circunstâncias judiciais favoráveis Circunstâncias judicias favoráveis.
Crime sem violência ou grave ameaça à Que não seja cabível a substituição do
pessoa art. 44 CP
A única distinção efetiva para aplicação dos dois institutos é a “violência ou grave
ameaça à pessoa”, visto que se o agente cumprir com o requisito de pena até 2 anos
da SURSIS também haverá cumprido com o requisito de pena da restrição de direitos.
28
7. Aplicando a dosiometria
Limites da pena base: Limite mínimo legal (1 ano) – Termo médio (3 anos –
1+5/2)
Cálculo da pena base. Primeiro define-se a positividade, negatividade ou
neutralidade de cada uma das 8 circunstâncias judicias previstas no artigo . Essa
definição é subjetiva, podendo variar conforme a interpretação do julgador. O
29
importante é a fundamentação para cada circunstância, que deverá constar ao
final, na sentença.
o Culpabilidade: +/- (neutra) Agiu com grau médio de reprovabilidade
optando pela astúcia em detrimento da violência.
o Antecedentes: + (positiva) Réu primário. Nenhuma informação sobre
maus antecedentes, conclui-se que o réu não os possui.
o Conduta Social: + (positiva) Conduta abonada por vizinhos e
conhecidos.
o Personalidade do Agente +/- (neutro) Sem elementos suficientes
para definição.
o Motivos: +/- (neutro) Comuns ao tipo penal do artigo 171.
o Circunstâncias do crime: - (negativas) Crime planejado e premeditado,
podendo o agente ter agido de modo diverso diante das circunstâncias.
o Consequências do crime: +/- (neutro) A redução do patrimônio das
vítimas é elemento inerente ao tipo penal do artigo 171.
o Comportamento da vítima: - (negativo) O comportamento das vítimas é
o esperado para pessoas de sua idade, não podendo ser considerado
como colaboração para o crime.
A) Exatamente a metade
Margem de possibilidade: TM – LML = 3 – 1 = 2
Metade Margem de possibilidade = 2/2 = 1
Metade da Margem de possibilidade + LML = 1 + 1 = 2
Pena base fixada, conforme método mais favorável ao réu, em 1 ano e 6 meses.
Limites da pena provisória: Limite mínimo legal = 1 ano; Limite máximo legal= 5
anos.
A segunda fase pode ser feita em quatro etapas (não obrigatório seguir as
quatro etapas, mas serve como parâmetro):
o Definição do valor máximo de cada atenuante/agravante Máximo
1/6 da pena base: 1 e 6 meses = 18 meses. 18/6= 3 meses.
o Definição do valor de cada atenuante agravante
30
Atenuante
Superpreponderante = 3 meses
Preponderante = 2 meses
Comum = 1 mês
Agravante
Preponderante = 2 meses
Comum = 1 mês
o Identificação e classificação das atenuantes e agravantes encontradas
no caso
Não há agravantes. A circunstância das vítimas serem maiores
de 70 anos não pode ser usada como agravante na segunda fase,
tendo em vista a majorante prevista no §4º do artigo 171, que
deve ser utilizada na terceira fase apenas, evitando o bis in idem.
O motivo torpe é inerente ao tipo legal, não podendo ser
utilizado.
Atenuantes:
Agente menor de 21 anos (superpreponderante) = 3
meses
o Aplicação sobre a pena Base
Pena Base = 1 ano e 6 meses
Redução de 3 meses = 1 ano e 3 meses
o Majorantes:
Crime continuado: “Art. 71 - Quando o agente, mediante mais
de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma
espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de
execução e outras semelhantes, devem os subseqüentes ser
havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de
um só dos crimes, se idênticas, (...) aumentada, em qualquer
caso, de um sexto a dois terços.”
CP. Art. 171, §4º :Aplica-se a pena em dobro se o crime for
cometido contra idoso
o Minorantes
CP. Art. 171, §1 Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor
o prejuízo, o juiz pode aplicar a pena conforme o disposto no art.
155, § 2º.
31
Art. 155, §2º Se o criminoso é primário, e é de pequeno
valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de
reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois
terços, ou aplicar somente a pena de multa
José Afonso era primário e recebeu pena definitiva menor que 4 anos, logo o regime
inicial é aberto.
Requisitos
Pena restritiva de direitos Art. 44 Suspensão condicional da pena Art. 77
Pena de até 4 anos para crimes dolosos Pena de até 2 anos
ou qualquer pena para crimes culposos
Réu não reincidente em crime doloso Réu não reincidente em crime doloso
Circunstâncias judiciais favoráveis Circunstâncias judicias favoráveis.
Crime sem violência ou grave ameaça à Que não seja cabível a substituição do
pessoa art. 44 CP
32
Como não teve violência ou grave ameaça à pessoa e estando cumpridas os demais
requisitos do artigo 44, é possível a substituição da pena privativa de liberdade por
pena restritiva de direitos, que deve ser escolhida pelo julgador.
Se o crime não fosse do código penal, não seria possível aplicar pena substitutiva e
cumulativa.
33
Multa
•Pena Base 2º Fase •Pena Regime inicial •Requisitos cumulativa/alter
definitiva nativa
Possibilidade •Se o tipo
•Pena •Aberto de prever
1ª Fase Provisória 3º Fase •Semiaberto substituição/
•Fechado Sursis
Agravantes (Arts.
65 e 66)
34