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FACULDADE DE DIREITO
FACULDADE DE DIREITO
MA.Sezinho Muachana
1.1 Introdução...........................................................................................................4
1.2 Consequências Jurídicas do Crime.....................................................................5
1.3 Medida Legal da pena.........................................................................................5
1.4 Circunstâncias agravantes e atenuantes legais....................................................7
1.5 As regras de punição do crime quando se verificam as circunstâncias
agravantes e atenuantes legais.......................................................................................9
1.6 A individualização da pena dentro da moldura abstracta.................................10
1.7 Elementos de individualização concreta da pena. A ilicitude. A culpa,
influência da pena sobre o criminoso..........................................................................11
1.8 Classificação das circunstâncias.......................................................................15
1.9 Relações entre as circunstâncias agravantes e atenuantes................................16
1.10 Aplicação das penas quando se verifiquem circunstâncias agravantes e
atenuantes.....................................................................................................................16
1.11 Conclusão..........................................................................................................18
1.12 Bibliografia.......................................................................................................19
Introdução
Introdução
Desenvolvimento
Conclusão e
Bibliografia.
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Consequências Jurídicas do Crime
Portanto, consequências jurídicas do crime vai ser a punição da acção que esta
relativamente ligada ao Direito.
Como resulta da Parte Especial, a lei criou uma moldura penal abstracta mais
ou menos ampla, igual para todos os casos subsumíveis ao mesmo preceito legal, dentro
de cujos limites deve ser fixada a pena, moldura a que se pode chamar da pena normal
ou geral.
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SANTOS, Manuel Simão dos, Supremo tribunal de Justiças sugestão de Estado, Edição Lisboa.
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Medida legal da e a medida judicial da pena
Esse princípio da culpa significa não só que não há pena sem culpa, mas
também que a culpa decide da medida da pena, ou seja, a culpa não constitui apenas o
pressuposto e fundamento da validade da pena, mas a medida da culpa afirma-se
também como limite máximo da mesma pena, foi mantido na presente publicação é
aceite mesmo pelos autores que dão uma maior tónica à prevenção geral. Mas já não se
verifica o mesmo acordo quanto ao papel que cabe à culpa na determinação concreta da
pena, apresentando-se três posições: teoria da pena exacta no acto de determinação da
pena o juiz parte da pena que, de acordo com o seu critério, corresponde à culpa (pena
exacta), modificando-a depois em função dos outros fins das penas, combinando
diferentes possibilidades de sancionamento, sem que possa ultrapassar o limite imposto
pela culpa;
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SANTOS, Manuel Simão dos, Supremo tribunal de Justiças sugestão de Estado, Edição Lisboa.
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Decidiu-se pela teoria da margem de liberdade, tendo o Autor do projecto
considerado, é claro que, em absoluto, a medida da pena é uma certa; simplesmente,
qual ela seja exactamente é coisa que não poderá determinar-se, tendo, pois, o aplicador
que remeter-se a uma aproximação que, só ela, justifica aquele, dentro do qual podem
ser decisivas considerações derivadas da pura prevenção.3
São circunstâncias agravantes se o crime tiver sido cometido: com premeditação, por
motivo fútil, mediante recompensa, remuneração ou sua promessa, para facilitar ou
assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou a vantagem de outro crime, por
razões de discriminação racial, nacional, étnica, ideológica, religiosa, sexual, de doença
ou deficiência física ou psíquica.
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SANTOS, Manuel Simão dos, Supremo tribunal de Justiças sugestão de Estado, Edição Lisboa
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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, Lei n° 24/2019 de 24 de Dezembro, Aprova a Lei de revisão do
código penal, in Boletim da República
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sua execução possa ser presenciada, nos casos em que a gravidade do crime aumente
com o escândalo da publicidade, com desconsideração da qualidade de servidor público,
no exercício das suas funções, com quaisquer actos de crueldade, espoliação ou
destruição, desnecessários à consumação do crime, com abuso de autoridade ou
prevalecendo-se o agente de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade,
com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício ou profissão, tendo o
agente a obrigação especial de o não cometer, de obstar a que seja cometido ou de
concorrer para a sua punição.
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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, Lei n° 24/2019 de 24 de Dezembro, Aprova a Lei de revisão do
código penal, in Boletim da República
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O medo vencível, a resistência às ordens do seu superior hierárquico, se a
obediência não for devida e se o cumprimento da ordem constituísse crime mais grave;
17.ª O excesso da legítima defesa, a apresentação voluntária às autoridades, a natureza
reparável do dano causado ou a pouca gravidade deste, o descobrimento dos outros
agentes, dos instrumentos do crime ou do corpo de delito, sendo a revelação verdadeira
e profícua à acção da justiça, ter o agente agido sob temor reverencial, as que forem
expressamente qualificadas como tais, nos casos especiais previstos na lei, em geral,
quaisquer outras circunstâncias, que precedam, acompanhem ou sigam o crime, se
enfraquecerem a culpabilidade do agente ou diminuírem por qualquer modo a gravidade
do facto criminoso ou dos seus resultados.
A pena de prisão agrava-se e atenua-se, fixando a sua duração nos limites que
a lei determinar para a infracção. Se nos casos em que forem aplicáveis penas de prisão
concorrerem circunstâncias agravantes ou atenuantes, as quais não sejam consideradas
especial e expressamente na lei para qualificar a maior ou menor gravidade do crime,
determinando a pena correspondente, é de se agravar ou atenuar, quanto à duração,
dentro do máximo e mínimo das mesmas penas.6
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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, Lei n° 24/2019 de 24 de Dezembro, Aprova a Lei de revisão do
código penal, in Boletim da República
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CARDOSO RUA, Suzana Filipa, Justiça individualizadora a consideração do arguido na
determinação da pena, Porto, 2015.
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dentro da moldura penal abstracta para o crime pelo qual vai condenado”
individualmente com as todas as variáveis a controlar neste estudo nas diferentes áreas:
1) As estritamente legais;
2) As que se referem as características psicossociais dos arguidos; e
3) Outras variáveis controladas relativas ao tribunal e aos juízes. Com esta análise
visámos fundamentalmente verificar se algum factor individualmente influência
ou explica a percentagem da pena em que o arguido foi condenado.
A lei penal faz corresponder ao cometimento de cada crime uma certa sanção
legal, uma pena. Dito de outra forma, após provada a autoria de um crime, fica
verificado o conjunto dos pressupostos de que depende a aplicação de uma
consequência ou de um efeito jurídicos que no caso das penas do nosso Código Penal
actual trata-se de penas variáveis, isto é, penas com limites máximos e mínimos.
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A individualização judiciária da pena, operada através da determinação da
medida concreta da pena, dentro da moldura penal abstracta prevista para o crime em
questão, ou seja, o procedimento através do qual o juiz fixa uma determinada pena e a
sua medida concreta, num caso concreto, dada a discricionariedade que permite, revela
a verdadeira “arte” de julgar do juiz criminal. A determinação da medida da pena supõe,
num primeiro momento a determinação da moldura abstracta da pena aplicável ao caso
e, num segundo momento, a determinação da medida concreta da pena a aplicar. O
Capítulo V da Secção II do nosso Código Penal actual (art.º 112.º) debruça-se sobre a
escolha e a medida da pena, fornece o critério geral para a escolha da pena, e o art.º112
trata da determinação da medida da pena.
— A falta de preparação para manter uma conduta lícita, manifestada no facto, quando
essa falta deva ser censurada através da aplicação da pena.
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SANTOS, Manuel Simão dos, Supremo tribunal de Justiças sugestão de Estado, Edição Lisboa.
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Deve ter-se em atenção que:
A al. f) do n.º 2 do art.º 112 refere-se a elementos da culpa pela personalidade que hão-
de servir de complemento à culpa pelo facto.
Sucede, por vezes, que os factores que influem na medida da pena podem
ter um significado oposto (ambivalência desses factores), segundo o fim das penas
considerado. Se por exemplo, o réu, face à frequência de roubos «por esticão», o «tenta
uma vez», merece indulgência do ponto de vista do princípio da culpabilidade, mas ao
inverso, do ponto de vista da prevenção geral, merece uma pena severa.
O art.º 112 do C.P. estabelece no seu nº 1 a orientação base para a medida da pena a
aplicar: “A determinação da medida da pena, dentro dos limites definidos na lei, é feita
em função da culpa do agente e das exigências de prevenção”.
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Perante este artigo, a primeira questão que vem sendo posta, é que pode, e de
que maneira, sindicar a medida concreta da pena escolhida na decisão recorrida. E é
bom de ver que a referida exigência, de fundamentação da concreta pena aplicada, no
que diz respeito à sua medida, pode estar ao serviço da respectiva sindicabilidade em
sede de recurso. À partida, importa então distinguir o que deve ser considerado “facto”,
e o que deve ser considerado “direito”, na escolha da medida da pena. As várias
decisões analisadas socorrem-se da lição de Figueiredo Dias, (in “Direito Penal
Português – As consequências jurídicas do crime”, pág. 197), para optarem pela
viabilidade de se sindicar, em sede de revista, os seguintes aspectos: O procedimento
adoptado, os passos que se deram até se chegar, na decisão recorrida, à escolha da
medida da pena, com observância (ou não) dos princípios gerais que regem a matéria. A
relevância que se deu, ou o desprezo em que se tiveram, elementos de facto que
interessam à medida da pena. Daí resulta que, acaba por ter que se pronunciar sobre o
grau de culpa do agente, como indicador do limite intransponível da medida da pena, e
bem assim sobre a correspondência na medida da pena das exigências da prevenção. No
entanto, sempre que o procedimento adoptado se tenha mostrado correcto, se tenham
elegido os factores que se deviam ter em conta para quantificar a pena, a ponderação do
grau de culpa que o arguido pode suportar tenha sido feita, e a apreciação das
necessidades de prevenção reclamadas pelo caso não mereçam reparos, sempre que
nada disto seja objecto de crítica, então o “quantum” concreto de pena já escolhido deve
manter-se intocado. 10
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agravantes e atenuantes gerais, não será esse o único modo de compatibilizar o jogo das
circunstâncias do caso com a ponderação da culpa e da prevenção.
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http://www.slidehere.net/jrozono/elementaresecircunstancias
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agravar ou abrandar a sanção penal, situam-se em regra, nos parágrafos do tipo
incriminador.
Objectivas: dizem respeito a aspectos do fato típico, tais como, condição de tempo,
lugar, modo de execução e outras relacionadas ao delito.
Judiciais: não estão na lei, mas são fixadas livremente pelo magistrado de acordo com
os critérios no código penal.
Legais gerais são aquelas previstas na parte geral do Código penal, quais sejam
agravantes, atenuantes e causas de aumento e de diminuição previstas na parte geral do
Código Penal.
Legais especiais: são aquelas previstas na parte especial do código Penal, quais sejam
causas de aumento e de diminuição e as qualificadoras. 12
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http://www.slidehere.net/jrozono/elementaresecircunstancias
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diminuição geral como especifica, aumentam ou diminuem a pena a pena de acordo
com o que já estiver pré fixado em lei.13
Haverá lugar à agravação extraordinária das penas nos termos descritos nos
artigos 101 e 109 do código penal, sem, contudo, exceder os limites ali estabelecidos. Se
no mesmo comportamento concorrerem mais do que uma das circunstâncias agravantes
gerais e outras circunstâncias especiais só é considerada para efeito de determinação da
pena aplicável a que tiver efeito agravante mais forte, sendo a outra ou outras valoradas
na medida da pena.14 O tribunal atenua especialmente a pena, para além dos casos
expressamente previstos na lei, quando existirem circunstâncias anteriores ou
posteriores ao crime, ou contemporâneas dele, que diminuam por forma acentuada a
ilicitude do facto, a culpa do agente ou a necessidade da pena. São consideradas, entre
outras, as circunstâncias seguintes:
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mesma ou conjuntamente com outras circunstâncias, der lugar simultaneamente
a uma atenuação especialmente.
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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, Lei n° 24/2019 de 24 de Dezembro, Aprova a Lei de revisão do
código penal, in Boletim da República
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Conclusão
Como resulta da Parte Especial, a lei criou uma moldura penal abstracta mais
ou menos ampla, igual para todos os casos subsumíveis ao mesmo preceito legal, dentro
de cujos limites deve ser fixada a pena, moldura a que se pode chamar da pena normal
ou geral.
Sucede, por vezes, que os factores que influem na medida da pena podem ter
um significado oposto (ambivalência desses factores), segundo o fim das penas
considerado. Se por exemplo, o réu, face à frequência de roubos «por esticão», o «tenta
uma vez», merece indulgência do ponto de vista do princípio da culpabilidade, mas ao
inverso, do ponto de vista da prevenção geral, merece uma pena severa.
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Bibliografia
Legislação:
Doutrina:
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