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DOS S I Ê
A SUDENE E O NORDESTE:
SOBRE OS PRIMÓRDIOS DE SUA ATUAÇÃO
INTRODUÇÃO
ASSUÉRO FERREIRA *
o RELATÓRIO GTDN
RESUMO A im portância do re-
N e s te a rtig o , o a u to r d is c u te c ritic a m e n te a a tu a ç ã o
este artigo procura- latório de trabalho U m a
N
d a S u p e rin te n d ê n c ia d o D e s e n v o lv im e n to do
m os traçar um N o rd e s te , re fe re n te a o s a n o s s e s s e n ta , c o m o o P o lític a d e D e s e n v o lv i-
p rim e iro d e c ê n io da sua a tu a ç ã o . P ro c u ra
esboço geral sobre a d e m o n s tra r q u e a fa lta d e s u s te n ta ç ã o p o lític a , ta n to m e n to E c o n ô m ic o P a r a o
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vista com o um problem a estrutural em vez dutividade, constitui-se a p e r ife r ia ; enquanto
de um a situação m eram ente anôm ala do cli- o C entro-Sul, região industrializada e de m ais
m a de um a região sem i-árida. Por últim o, a alto nível de produtividade constitui-se no cen-
partir da caracterização dos lim ites estruturais tr o . D esse m odo, com o bem ressalta o docu-
que obstaculizaram o desenvolvim ento da re- m ento G TD N , tem -se a conform ação de d o i s
gião, esboça um plano de intervenção inte- s i s t e m a s e c o n ô m i c o s no interior do País, cuja
grado cuja im plem entação deveria rom per com tendência histórica seria apresentar um a am -
as condições de subdesenvolvim ento vigen- pliação crescente das diferenças nos níveis de
tes, ao m esm o tem po em que a econom ia desenvolvim ento. O u seja, enquanto a perife-
regional encetaria um processo de crescim ento ria tende à estagnação o centro, pela incorpo-
auto-sustentado. Tal estilo de desenvolvim ento, ração dos efeitos cum ulativos do progresso
por seu turno, teria com o sustentáculo princi- técnico, tenderia a aum entar o seu nível de
pal um processo de industrialização com o desenvolvim ento. A conseqüência política des-
" ...tríplice objetivo de dar em prego a (...) a se processo de desenvolvim ento nacional en-
m assa populacional flutuante (nas áreas urba- volveria um sério risco de que pudessem
nas), criar um a classe dirigente nova, im buída surgir ..." áreas de antagonism os entre os m es-
do espírito de desenvolvim ento, e fixar na m os'"'. C om o bem ressalta Cohn", "... nesses
região os capitais form ados em outras ativida- term os, em bora o tipo de solução proposta fos-
des econôm icas, que atualm ente tendem a se a de desenvolvim ento econôm ico regional
em igrar">. V ale notar que, até então, o pro- o problem a nordestino se configurava na épo-
blem a da form ação de capital e do financia- ca com o em inentem ente político".
m ento necessários a essa pressuposta N o diagnóstico do G TD N , o N ordeste
expansão industrial parecia estar, em grande se caracterizava com o um a econom ia prim á-
parte, condicionado aos excedentes econô- rio-exportadora, ao m esm o tem po dependen-
m icos gerados em outras atividades produti- te da política fiscal do G overno Federal. U m a
vas dentro da própria região, com o se pode econom ia cujo fator dinâm ico fundam ental na
deduzir da afirm ação acim a citada". aZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
determ inação da sua dem anda efetiva seria o
É neste sentido que se PO de entender o com ércio de bens prim ários com outras regi-
pressuposto básico da intervenção planejada pelo ões do país ou do exterior, com plem entado
G TD N de um a integração intersetorial a partir de por gastos do G overno Federal" .
m odificações estruturais, na qual o setor agrário C om o econom ia prim ário-exportadora o
teria papel fundam ental no novo padrão de fi- N ordeste perdeu, contudo, o seu im pulso di-
nanciam ento. N este contexto, a estratégia de in- nâm ico a partir do com ércio exterior. A gora, o
vestim entos visava dotar a econom ia regional de m aior volum e de suas exportações se dirigia
"um centro autônom o de expansão m anufatureira". para o C entro-Sul. N este sentido está o dado
A contextualização da região N ordeste fundam ental, na análise do G TD N , para expli-
no B rasil, na visão do G TD N , expressava-se car grande parte do agravam ento do atraso re-
na existência de um a dualidade fundam ental HGFEDCBA
lativo do N ordeste naquele período. D o ponto
c e n tr o -p e r ife r ia , nos m oldes conceituais de vista interno", ... a discrepância de ritm o
cepalinos". N este sentido, há um a transposi- de crescim ento entre o N ordeste e o C entro-
ção do conceito centro-periferia, originaria- Sul encontra suas causas profundas em fato-
m ente desenvolvido pela C EPA L para explicar res reais, seja a disponibilidade relativa de
o atraso (subdesenvolvim ento) de países, prin- recursos naturais, tais com o água e terra ará-
cipalm ente da A m érica Latina, para o interior vel. C ontudo, a ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
a g r a v a ç ã o d o fe n ô m e n o em
do País com o intuito de m ostrar as desigual- anos r e c e n t e s , deve-se ao fato de a essas
dades inter-regionais. causas prim eiras vieram adicionar-se outras,
A ssim , o N ordeste, enquanto região atra- de natureza econôm ica, ligadas à própria
sada, de baixos níveis de industrialização e pro- política de desenvolvim ento do País"!".
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a) intensificação dos investim entos in- direta de se reduzir o custo de reprodução da
dustriais visando criar no N ordeste ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
força de trabalho através da oferta abundante
um c e n tr o a u tô n o m o de expansão de alim entos aos centros urbanos.
m a n u fa tu r e ir a ; A s transform ações agrárias tinham com o
b) transform ação da econom ia agrária da princípio norteador propiciar um a m aior dota-
faixa úm ida, com vistas a proporcio- ção de terra por hom em ocupado ao m esm o
nar u m a o f e r t a a d e q u a d a d e a l i m e n t o s tem po em que se aum entasse a dotação de ca-
nos centros urbanos cuja industrializa- pital por unidade de terra, com o form a de rom -
ção deverá ser intensificada; per com os entraves ao desenvolvim ento da
c) transform ação progressiva das zonas produtividade agrícola. O excedente
sem i-áridas no sentido de elevar sua populacional resultante, notadarnente das regi-
produtividade e tom á-Ias m ais resis- ões serni-áridas, deveria ser realocado através
tentes ao im pacto das secas; de um processo de colonização orientado com
d) deslocam ento da fronteira agrícola do a expansão da fronteira agrícola na direção do
N ordeste visando incorporar à econo- M aranhão. E, neste sentido, deve-se frisar a ..."
m ia as terras úm idas do hinterland reorganização da econom ia serni-árida" seria
m aranhense, que estão em condições "inseparâvel da abertura de frentes de colo-
de receber os excedentes populacionais nização, seja nos vales úm idos, seja na periferia
criados pela reorganização da econo- do polígono, ou em outras regiões do País'?",
m ia da faixa serni-árida. m as principalm ente no M aranhão'".
A nova expansão industrial, por seu lado,
A essas diretrizes, de natureza m ais estri- .deveria estar calcada em unidades produtivas
tam ente econôm ica, deveria se adicionar um a com forte poder germ inativo interno, de tal
de natureza institucional visando integrar os vá- m odo que pudesse gerar efeitos de encadea-
rios órgãos federais na R egião, pela form ação m entos em níveis suficientes para absorver o
de equipes de especialistas, a d h o c , " . . . dentro excedente de força de trabalho urbana. N este
de um a estrita unidade de objetivo", integradas sentido, a proposta de incentivo e indução
e coordenadas pelo G rupo do N ordeste"'. A industrial expressava com o objetivo im plan-
ação de planejam ento proposta se assentava, tar grupos de indústrias" tais com o:
sem em bargo, num a estratégia am biciosa de
integração do sistem a produtivo de tal sorte que a) indústria siderúrgica, que deveria per-
a convergência final determ inasse que a form a- m itir a expansão de ram os ligados à
ção de excedentes econôm icos fosse canaliza- transform ação do ferro e do aço, bem
da para reforçar a expansão industrial. com o a de m ecânica sim ples, princi-
N esses term os, a agricultura passaria a palm ente voltada para a produção
ter um papel crucial. Pois, ao m esm o tem po de" ... im plem entos agrícolas, m óveis
em que a reestruturação técnica encetada rom - m etálicos e outras que contam com
pesse com a base técnica tradicional, tanto am plo m ercado interno";
nas áreas úm idas quanto nas serni-áridas, de- b) indústrias com fortes dem andas de
veria produzir um excedente de m atérias-pri- m atérias-prim as regionais, tanto aque-
m as e alim entos destinados a sustentar a nova las tradicionais quanto as que explora-
expansão industrial'". A produção de alim en- riam novas oportunidades. N o prim eiro
tos na concepção do Plano, vale observar, as- caso, estariam aquelas ligadas ao setor
sum ia um a prioridade equivalente à dos têxtil algodoeiro sendo que, nesta situ-
próprios investim entos industriais. Pois, a ca- ação, a im plem entação industrial de-
pacidade de com petir, enquanto novo centro veria ocorrer observando um processo
autônom o de produção, com as indústrias do de substituição tecnológica, de tal m odo
C entro-Sul estaria para o N ordeste na razão a tom ar o setor com petitivo nacional-
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m inou um a concentração produtiva naquela facilidades outorgadas pelo Estado protecio-
região do País" . A questão, em outros term os, nista aos em presários, e para o progresso na-
se coloca no sentido de se verificar até que ponto cional significava um a grande oportunidade
a "nova industrialização no N ordeste" poderia de am pliação do m ercado e de integração dos
pôr em risco o processo de acum ulação de ca- recursos naturais e hum anos'v".
pital já consolidado no C entro-Sul, pela possibi- N essas condições, já detectava o autor,
lidade de se estabelecer um a nova frente um a m udança sensível de direcionam ento dos
concorrencial, rom pendo barreiras à entrada fluxos de capitais internacionais, sob os quais,
preexistentes, sob os auspícios do Estado. "... os em presários e inversionistas de todo o
N este sentido, o autor argum enta que "na País, principalm ente do C entro-Sul, foram in-
realidade parece haver se passado o contrário, duzidos a canalizar recursos na direção do
pois houve certa concordância entre os ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
processos N ordeste, em circunstâncias que antes as coi-
e c o n ô m ic o s e as m o t i v a ç õ e s p o l i t i c a s v " . A defesa sas se passavam ao contrãrio'<' , aZYXWVUTSRQPON
desta argum entação é levada a efeito por A ntunes" É im portante assinalar, no destaque do
considerando duas dim ensões do problem a. Em autor, o papel preponderante que passou a exer-
prim eiro lugar, situavam -se os clam ores regionais cer o C entro-Sul, m ais especialm ente São Paulo
por um atendim ento m ais efetivo à "questão N or- e R io de Janeiro, no m ontante de inversões feitas
deste", especialm ente tendo-se em conta a cala- através do m ecanism o 34/18. D e fato, com o re-
m idade provocada pela seca de 1958. C om o velam as estatísticas apresentadas, do total dos
contrapartida, o G overno Federal se apresentava depósitos do 34/18, em 31/12/64,52,1% tiveram
à R egião com um plano de desenvolvim ento origem em São Paulo e 21,8% no R io de Janeiro,
integrado que tinha na industrialização o seu ins- enquanto os depósitos originários do N ordeste
trum ento de alavancagem principal. C onseqüen- perfizeram apenas 15,9% . Este perfil seria espe-
tem ente, com patibilizavam -se politicam ente os rado à m edida que os em presários do C entro-Sul
interesses regionais de desenvolvim ento" com os aceitassem a estratégia de industrialização da
interesses do C entro-Sul de ver um a solução obje- SU D EN E. Isto porque aquela R egião detinha o
tiva para o dram a do N ordeste, além de conciliar- parque industrial brasileiro m ais significativo e,
se com a estratégia desenvolvim entista do portanto, m aior volum e do im posto de renda
G overno K ubitschek 0955-1960). devido e, consequentem ente, a m aior capacida-
Em segundo lugar, para os industriais do de de opção pelo m ecanism o 34/18 36 .
C entro-Sul a industrialização do N ordeste pas- A conseqüência desse rearranjo nos flu-
sou a despertar grande interesse. Este interesse xos internacionais de capital e poupança, le-
se fundam entava na própria necessidade da in- vando os em presários de fora da região
dústria nacional, tanto do ponto de vista de novas N ordeste a investir nela, engendrou, na opi-
oportunidades de inversões, quanto a abertura nião do autor, um a certa autonom ia na nature-
de m ercados para bens interm ediários e de ca- za da inversão respeitante "... às potencialidades
pital já produzidos naquela região. Esta pers- e estím ulos naturais subjacentes na econom ia
pectiva, na visão do autor, se justificava regional'?" D erivam -se, daí, novas questões
plenam ente, à m edida que o Processo de Subs- que o autor vê com o necessárias de serem
tituição de Im portações, que deslanchou a in- incluídas num "novo enfoque" da "planifica-
dustrialização do C entro-Sul, especialm ente São ção industrial com preensíva'?".
Paulo, já entrava em declínio. E, desse m odo, Tais questões diriam respeito a:
os incentivos fiscais e financeiros na área da
SU D El\TEseriam um a grande oportunidade para i) frente a dem anda de projetos, haveria
um a nova onda expansiva a partir dos capitais necessidade de se prom over estudos de
já consolidados no País-". C om o ressalta novas oportunidades industriais. Q ue,
A ntunes,"... a criação gradual de incentivos neste sentido, im plicaria em avaliar di-
diferenciais significava um a progressão das m ensões de m ercado intra e inter-regional;
sensivelm ente as oportunidades de investim en- existência de urna política explicitam ente defi-
tos no País, bem com o no N ordeste, em particu- nida com relação ao em prego. A gregue-se, ain-
lar. D e fato, a R egião passou a ser um ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
l o c u s de da m ais, todo o incentivo dado à m odernização
im plem entação industrial para a produção de do setor têxtil que, necessariam ente, liberaria
bens interm ediários, particularm ente no setor um contingente expressivo de força de trabalho
petroquím ico, com preponderância destinados dado o seu peso expressivo na antiga estrutura
a m ercados extra-regionais. industrial da R egião. O balanço, portanto, entre
Em segundo lugar, no tocante ao financia- os em pregos criados pelas novas plantas e os
m ento, o problem a se constituiu m ais precisa- destruídos pela m odernização indicaria um a baixa
m ente pelo lado da oferta de recursos do 34/18 taxa de criação de postos de trabalho, tendo
e não pelo lado da poupança privada com ple- com o resultado um a fraca absorção de m ão-de-
m entar. Esta lim itação adveio, principalm ente, obra frente a disponibilidade regional da m es-
da criação de outros incentivos fiscais guiados, m a. Estim ativam ente, na opinião do autor, apenas
talvez, pelo relativo sucesso do m ecanism o 34/ para absorver os increm entos de força de traba-
18, com o, por exem plo, os destinados à área lho, dem andando em prego no setor
da Superintendência do D esenvolvim ento da m anufatureiro, no período 1960-1970, seria ne-
A m azõnia (SU D A M ); a program as específicos cessário que todos os projetos previstos até 1965
com o: Program a de Integração N acional (PIN ), se efetivassem e, ainda m ais, que o m esm o
Program a de R edistribuição de Terras e de Estí- volum e de em prego fosse criado adicionalm ente
m ulo à A groindústria do N orte e N ordeste no m esm o período, sob as m esm as condições.
(PR O TER R A ), a Superintendência do D esenvol- Essa situação indicava, claram ente, a im possibi-
vim ento da Pesca (SU D EPE), o Program a de R e- lidade de que a indústria m anufatureira viesse a
florestam ento, dentre outros. A expansão da cum prir as exigências do m ercado de trabalho
dem anda por recursos oriundos do 34/18, nes- regional num futuro im ediato".
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A gora, passem os à discussão do ensaio Contudo, a tese do autor vai m ais longe,
de Castro anteriorm ente referido. A ntes de ao situar dinam icam ente a estrutura industrial
m ais nada, consideram os que este é um tra- do N ordeste na fase que ele denom ina de "pré-
balho de sum a im portância para o entendi- industrial?". N essa fase, havia um atrelam ento
m ento da intervenção planejada no N ordeste da indústria tradicional ao dinam ism o agrícola.
nos seus prim órdios bem com o para o seu N o entanto, m esm o diante da expansão agríco-
desenrolar subseqüente. Porém , foi um a con- la, por ele constatada, em contraponto ao G lD N ,
tribuição injustificadam ente esquecida na lite- a resposta da indústria não era com patível.
ratura corrente sobre o tem a. N esse contexto, "... a indústria regional,
O ponto de partida da análise de Castro com seu reduzido peso relativo e m oderado
tem com o pressuposto o que ele denom ina de HGFEDCBA
ritm o de crescim ento, não poderia "devolver" à
e s tr a té g ia r e fo r m is ta em anada do G lD N . Em agricultura estím ulos correspondentes aos que
resum o, neste sentido, conclui que é "... fácil cons- dela receberia". Seu com portam ento no perío-
tatar que as ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
tr a n s fo r m a ç õ e s e s t r u t u r a i s que do se caracterizava por "". urna certa subm issão
consubstanciavam a estratégia proposta pelo à influência conservadora da agricultura" e, m ais
G lD N , adotada pela SU D EN E, não foram , e m a b - ainda, as indústrias de transform ações "...se re-
s o lu to , e fe tiv a d a " :" , N este contexto, assinala a lacionavam , basicam ente, com a agricultura (para
m udança da estrutura agrária não realizada; e, dado trás) e o consum o final e/ou as exportações
que o Plano era um plano integrado, a não reali- (para diante). O crescim ento de um ram o, por-
zação das m udanças da base técnica na estrutu- tanto, não tendia a im pactar diretam ente os de-
ra agrária da Região pôs por terra a estratégia m ais". Tais circunstâncias revelavam a "...quase
global de transform ação . aZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
com pleta desarticulação
da econom ia regional" do parque m anufatu-
É interessante notar que a argum entação reiro nordestino no período pré-industrial" de-
de Castro aponta no sentido de adotar a tese de senhando, assim , um a m atriz de relações
que as vantagens com parativas do N ordeste no interindustriais de reduzidos efeitos dinâm icos
contexto nacional, com vistas ao seu aproveita- de encadeam entos internos na Região.
m ento na expansão industrial, residiriam nos bai- D adas as lim itações im postas pelo m er-
xos preços relativos da força de trabalho. D esse cado consum idor extra-regional, em especial o
m odo, as não m odificações da estrutura agrária, centro-sulino, o continuo barateam ento dos trans-
especialm ente nas áreas úm idas, seriam a peça portes, increm entando o poder com petitivo co-
de resistência à reestruturação econôm ica pre- m ercial do Centro-Sul no N ordeste, tem -se com o
conizada pelo G TD N , m ais particularm ente para conseqüência lim ites sérios à expansão da in-
as indústrias locais que tinham na agricultura o dústria regional do N ordeste. A s com pensações,
seu elo m ais forte de encadeam ento. no sentido de contrabalançar essas tendências,
Esquem aticam ente, podem os apresentar deveriam ocorrer, pois, através de um a
o seu argum ento do seguinte m odo": a não am pliação do m ercado interno para consum o
realização da estratégia de m odificação da base de m assas, subentendendo a necessidade de
técnica agrária im plicaria a perm anência, e im plem entação das reform as estruturais propos-
até agudização, da escassez de alim entos e tas no G TD N "... ou im pulsionar a diversifica-
m atérias-prim as; de tal situação decorreria au- ção do parque industrial". Esta últim a alternativa
m ento de preços e salários. Com o resultado, induziria um a m udança radical do perfil in-
o N ordeste passaria a perder suas vantagens dustrial nordestino, à m edida que cornpati-
com parativas para a indústria sediada no Cen- bilizasse a criação de um a "indústria m oderna"
tro-Sul, ou a im plantar-se no N ordeste, vanta- ao lado de um a indústria tradicional dom inan-
gens estas dizendo respeito à abundância e te". N a avaliação do autor, porém , "". dentre os
ao baixo custo da força de trabalho. O resul- dois tipos de evolução a SU D EN E, através de sua
tado, então, seria " ... um autêntico bloqueio estratégia, optou enfaticam ente pelo prim eiro".
da indústria regionaI 46 ". M as "... através de seus recursos próprios e por
F E R R E IR A , A S S U E R O . A SUDENE E o N O R D E S T E : S O B R E ... P. 44 A 57 51
um a política de industrialização, no entanto, o questionam ento de Castro tem razão
veio a im pulsionar vigorosam ente a segunda de ser e antecipa, de algum m odo, os percalços
alternativa "49.aZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA que surgiram posteriorm ente na nova etapa de
É , neste sentido, que o autor coloca o fra- crescim ento econôm ico no N ordeste. M esm o
casso da "estratégia reform ista"; ou seja, entre o assim , cham am os a atenção para o fato de que
descolam ento do discurso e a sua realidade práti- a sua análise dos obstáculos im ediatos está m ui-
ca. Em outros term os, pode-se afirm ar que a to assentada num a concepção institucionalista,
cornpatibilização da eficiência e da eficácia do que perde de vista elem entos políticos essenci-
planejam ento foi seriam ente prejudicada pela não ais que deram conteúdo e form a à instalação e
efetívação das reform as estruturais. A ssim , se a à ação da SU D EN E na região. A questão funda-
eficácia do projeto de reform as se expressava na m ental não pode ficar na constatação de que a
superação do estágio de subdesenvolvim ento, o SU D EN E não teve capacidade para gerir o pla-
qual se revelava na am pla pobreza das m assas, nejam ento e, conseqüentem ente, im plantar as
com o decorrência de um a econom ia pouco reform as estruturais requeridas, m as sim ,
diversifícada e de baixa produtividade, esta eficá- aprofundar a articulação de forças políticas in-
cia som ente poderia ser atingida se fossem reali- ternas e externas à região que im pediram aquele
zadas as reform as estruturais preconizadas. Se, por processo. N este contexto, som am -se: i) as resis-
outro lado, a prática do planejam ento se viabilizou tências internas dos segm entos de classes do-
no sentido de buscar eficiência, intentando alcan- m inantes tradicionais, notadam ente, os grandes
çar um processo de diversificação produtiva, ba- latifundiários e detentores do grande capital co-
seada estritam ente na expansão industrial, sem m ercial, cujo dom ínio sobre o aparelho de Esta-
efetivar os pressupostos básicos declarados das do, à época, era incontestável'"; ii) a conjuntura
m udanças estruturais, teve-se com o resultado um de crise do início dos anos sessenta, sem dúvi-
fracasso da estratégia da SU D EN E. das, criou um am biente de instabilidade e
Castro expõe um a série de fatores que, descontinuidade da política econôm ica, que se
em prim eira instância, levaram àquele fracas- aprofundou no G overno G oulart e, por fim , iii)
so. Em síntese, diriam respeito à incapacidade a centralização autoritária do planejam ento eco-
da SU D EN E em : i) aglutinar poder político; ii) nôm ico, ocorrida a partir do governo m ilitar ins-
controlar recursos financeiros; iii) coordenar as talado em 1964, teve papel fundam ental no
instituições (existentes e por criar) que deveri- esvaziam ento da SU D EN E enquanto agência de
am colaborar nas diversas transform ações. As desenvolvim ento regional.
causas m enos im ediatas, m as de decisiva im - Em segundo lugar, se for válida a
portância, na visão do autor, seriam 50: i) o di- constatação, feita por Castro, de que ao invés
agnóstico equivocado do G TD N no tocante à de estagnação a econom ia nordestina passava
estagnação da econom ia nordestina para aque- por um a fase expansiva, especialm ente no setor
le período analisado, e que serviu de base agrário, por um lado, põe por terra alguns pres-
para a proposta estratégica de desenvolvim ento. supostos básicos do G TD N ; e, por outro, tem os
Para Castro, na realidade a econom ia regional que observar a form a extrem am ente concentra-
encontrava-se em pleno crescim ento. E, desse da de apropriação do excedente econôm ico vi-
m odo, a estratégia enunciada ao se basear num a gente na região - adem ais, natureza da
visão estagnacionista seria em grande parte produção de subsistência lim itando esse pró-
infundada, vez que ".... grande parte das con- prio excedente no tocante à produção alim entar-
dições ali contidas (no G TD N ) deve ter sido e suas conseqüências lim itativas na am pliação
prejudicada ou invalidada"; ii) a im pulsão dos de um fundo de acum ulação interna, regional.
investim entos, induzida pelo setor público, foi A ssim , a diversificação econôm ica, e a decor-
feita vigorosa m ente utilizando-se de um novo rente am pliação do m ercado interno, estaria ob-
instrum ento legal?" adotado sem conhecim ento viam ente lim itada por este tipo de estrutura
de suas m ais im portantes im plicações. agrária. Em outros term os, o que estam os que-
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rendo dizer é que as m odificações da estrutu- industrial a ser im plantado se encon-
ra agrária estavam na dependência direta das trariam deslocados dos reais interes-
resistências dos terratenentes regionais e m uito ses e necessidades regionais;
m enos nas ações gerenciais da SU D EN E en- 2) elevada concentração da proprieda-
quanto órgão de planejam ento. Portanto, quan- de, à m edida que um pequeno nú-
to m aior fossem aquelas resistências, m enores m ero de depositantes responderia por
as possibilidades de que o setor agrário pu- um grande volum e de depósitos;
desse se expandir com o fonte prim ária de 3) acentuada concentração industrial, ao
financiam ento da expansão urbano-industrial'". m esm o tem po predom inando certas
A problem ática dos m ecanism os públi- "vocações" locacionais para os diferen-
cos de indução dos investim entos industriais, tes Estados. N este contexto, pesariam
criados especificam ente para o N ordeste, tem , na definição locacional certas pré-condi-
sem em bargo, na análise de C astro, fundam en- ções objetivas tais com o: base industrial
tos sobrem aneira im portantes e antecipa, no- m ínim a, ínfra-estrutura prevalecente,
vam ente, certos pontos cruciais de discussões vantagens com parativas na disponibi-
analíticas posteriores, levantadas em trabalhos lidade de m atérias-prim as e/ou m er-
de outros autores com m aior base em pírica e cados consum idores;
desdobram ento histórico m ais am plo. 4) adoção de tecnologia capital-intensi-
N essa perspectiva, para C astro, a políti- va, com reduzida taxa de absorção
ca de industrialização da SU D EN E descolou o de m ão-de-obra, vez que os subsídi-
processo de im plem entação industrial das trans- os e incentivos fiscais tom avam abun-
form ações estratégicas globais propostas pelo dante o capital;
G TD N . A ssim , o m ecanism o 34/18 aZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
, enquan- 54
5) a alta tecnificação, por outro lado, ge-
to instrum ento de prom oção industrial na re- raria um a certa independência das fon-
gião, induziria, do m esm o m odo, a um a form a tes de m atérias-prim as regionais
específica de reestruturação industrial que não resultando em reduzidos efeitos
necessariam ente com patibilizaria as necessida- m ultiplicadores e integrativos (com a
des internas de m udanças estruturais. A ques- indústria tradicional e a agricultura)
tão, ao nosso ver, tom a-se m ais im portante, na internos à região;
visão daquele autor, pelo fato de que o m es- 6) adem ais, o perfil industrial em ergen-
m o não deixa de reconhecer que a política de te se consolidava m ais ligado ao se-
incentivos fiscais se constituiu num grande su- tor dinâm ico da econom ia nacional
cesso na canalização de recursos para aplica- com profundas alterações na dem an-
ção em projetos industriais no N ordeste. D esse da de fatores e insum os.
m odo, apenas aparentem ente "...0 m ecanism o
Se, num a prim eira fase, a im plem entação
34/18 viria recom por e reforçar o instrum ental
industrial assum iu, na visão do autor, um pro-
de política econôm ica da Superintendência em
cesso de substituição de im portações regio-
fase de im plantação. N a realidade, porém , ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAse
nais, portanto sendo continuidade da expansão
c o n v e r te r ia n o e ix o c e n tr a l d a p o lític a d e in - que vinha ocorrendo, a lim itação do m ercado
d u s tr ia liz a ç ã o d a á r e a , p r o v o c a n d o a u tê n tic a regional obstaria a m agnitude de tal expansão.
g u in a d a n a s u a o r ie n ta ç ã o , n u m s e n tid o to ta l- A continuidade da expansão entraria num a se-
m e n te im p r e v is to e in d e s e ja d o à é p o c a " . gunda fase cuja característica principal foi a
Isto devido a nova indústria nordestina im plantação de indústrias voltadas para o m er-
se caracterizar, basicam ente, por": cado nacional e internacional". M esm o assim ,
ressalta C astro, haveria um a tendência a se es-
1) propriedade extra-regional do capi- gotar o fluxo de inversões, neste últim o caso,
tal. Significando dizer que as deci- e a continuidade de tal expansão estaria con-
sões sobre a natureza do perfil dicionada às oportunidades criadas na área.
F E R R E IR A , A S S U E R O . A SUDENE E o N O R D E S T E : S O B R E ... P. 44 A 57 53
Tais oportunidades, contudo, não in d ú s tr ia s . E s ta s p e r d e n d o c a p a c id a d e c o m p e ti-
poderiam surgir pelo lado da dem anda final, tiv a n o p la n o n a c io n a l e n ã o s e n d o s e u s p r o d u -
dadas as restrições de am pliação da m assa sa- to s d e m a n d a d o s p e lo " n o v o n o r d e s te " d e b a te m -s e
larial e dos baixos salários vigentes, m as sim n u m a c r is e to r n a d a c r ô n ic a " ,
pelo lado da dem anda interm ediária, à m edida
que o surto inversivo se dirigisse, tam bém , para E, ainda m ais, com o assinala, tal situação
setores com plem entares, encadeados para tenderia a ser agravada pela penetração dos
trás". E, assim , a indústria se expandiu condi- produtos provindos do C entro-Sul.
cionada à expansão da indústria nacional, m ais N a realidade, C astro antecipa duas gran-
particularm ente à do C entro-Sul. D esse m odo, des questões no que diz respeito à integração
as fontes de financiam ento externas à região do N ordeste com o C entro-Sul. Por um lado, a
se m antiveram através do m ecanism o de HGFEDCBA
in - integração com ercial referida antes e, por ou-
centivos fiscais C 34/18-FIN O R ), sustentadas em tro, a integração industrial. N este últim o senti-
níveis com patíveis a um a certa estabilidade de do, a sua afirm ação de que não parece "...
crescim ento do produto industrial, respeitadas caber dúvidas C...) que a evolução do setor
certas oscilações cíclicas. M esm o assim , tais m oderno aponta no sentido da crescente
oscilações cíclicas estando substantivam ente integração com o C entro-Sul?", é, certam ente,
ligadas ao ciclo industrial nacional'? , o que não prem onitória. D esse m odo, afirm a o autor, o
poderia ser diferente, dado o tipo de integração setor m oderno progressivam ente revelará
extra-regional da nova indústria instalada. u . . • sua real natureza: um a projeção regional do
leste contexto, quais as características setor m oderno da econom ia nacíonal''". Esta
básicas dessa indústria? A tese desenvolvida por últim a concepção perm eará, praticam ente, toda
C astro assegura que existe um a "desarticulação a literatura econôm ica m ais consistente, poste-
estrutural na econom ia renovada", com o vim os rior, sobre a industrialização do N ordeste.
discutindo, decorrente do m odo com o se
im plem entou a expansão industrial. Isto, por-
que, enfatizam os, a nova indústria teria com o CONSIDERAÇÕES FINAIS
principais características:
A resposta aZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
à indagação título desta se-
i) débil vinculação "para trás"; ção, com o podem os deduzir dos argum entos
ii) geração pouco significativa de m assa acim a, com porta um sentido de am bivalência.
salarial e de ordenados. O bservou-se, a partir do golpe m ilitar de 1964,
um sistem ático e deliberado aborto do plane-
Em conseqüência, ter-se-ia reduzidos efei- jam ento no B rasil. A dem ais, os incentivos fis-
tos sobre o crescim ento agrícola, bem com o cais adquiriram força própria independente
sobre sua transform ação técnica. E m ais, haven- de qualquer exercício de planejam ento e,
do um a profunda interdependência dinâm ica desse m odo, a R egião continuou a receber
entre os novos setores e, ao contrário, um a dé- inversões, as quais integravam sistem aticam en-
bil interdependência destes com os setores tra- te a sua estrutura produtiva à acum ulação de
dicionais'". N estes term os, em bora longa, vale capital em escala nacional, ao invés de haver
a pena reproduzir a seguinte assertiva do autor: ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA constituído um a econom ia autônom a com o
pretendia o G TD N . O u seja, ao m esm o tem -
E n q u a n to a in d ú s tr ia n o r d e s tin a d o s a n o s po em que era abortado institucionalm ente o
5 0 s e v in c u la p r o fu n d a m e n te à a g r ic u ltu r a , a planejam ento, consolidava-se um espaço eco-
n o v a in d ú s tr ia te n d e a r e c e b e r e ir r a d ia r e s tím u - nôm ico perfeitam ente integrado no contexto
lo s d e n tr o d e u m c ír c u lo q u e n ã o c o m p r e e n d e a s nacional. A ssim , podem os considerar que para
a t i v i d a d e s t r a d i c i o n a i s d a r e g i ã o .A r o d a d e n t e a d .a a divisão inter-regional do trabalho no B rasil
d a a g r ic u ltu r a c o n tin u a engrenada n a s v e lh a s a nova indústria im plantada no N ordeste é de
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fundam ental im portância. N o âm bito intra-re- Cham am os a atenção para o fato de que no I
gional, no entanto, é responsável por sérios Plano D iretor da SU D EN E os incentivos cam biais
agravam entos das condições sociais nordesti- foram os que orientaram , basicam ente, a estraté-
nas, particularm ente por induzir processos gia de im plem entação industrial. Com a extinção
concentrados de urbanização excludentes, po- dos m esm os, em 1961,surgiram os incentivos fiscais
lítica e socialm ente. baseados na experiência italiana no M e z z o g i o r n i o .
Por fim , é im portante evidenciarm os que Cf. Furtado, c .-" O Brasil N ão Se D esenvolveu, M o-
a descontinuidade do planejam ento, ou até dernizou-se", In M ota, L. D . ( o r g .) A h i s t ó r i a v i v i d a
m esm o o seu fracasso relativo em atenuar as (IJ ). São Paulo, Ed. O Estado de São Paulo: Col.
graves condições sociais de pobreza e D ocum entos A bertos. 1981 , p. 157.
subem prego regionais, é conseqüência direta 6 Para um a discussão do conceito centro-periferia
da sua insustentabilidade política, tanto institu- na abordagem cepalina, ver Rodriguez, O . T e o r ia
cional, quanto social. Sem em bargo, a experiên- d o s u b d e s e n v o lv im e n to d a C e p a l. Rio de Janeiro:
cia da SU D EN E, se vista na perspectiva de Editora Forense-U niversitária. 1981, especialm ente
solução dos referidos problem as sociais da cap.1.
Região, é um fracasso de grande m onta. aZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
É um G TD N , op. cit., p. 10-11
fracasso do Estado e da sociedade brasileira 8 Cohn, A . C r i s e r e g i o n a l e p l a n e j a m e n t o . 2. ed.
em conduzir soluções adequadas para superar São Paulo: Ed. Perspectiva, Coleção D ebates, 1978,
as injunções negativas im postas pelo subde- p.109.
senvolvim ento em que, ainda, vivem os m er- 9 G TD N , op. cit., p. 11.
gulhados e, ainda m ais, com prova que 10 ib p.24
expansões industriais por si sós não constitu- JJ ib pp. 24-32.
em condições necessárias e suficientes para 12 ib p . 24.
atingir bem -estar social m inim am ente adequado. HGFEDCBA
13 À perda em term os de intercâm bio, o G TD N con-
cluía, som ar-se um volum e não desprezível de
evasão de capitais privados do N ordeste para apli-
NOTAS cações fora da região. Ib .... pp. 31-34.
14 ib p . 32.
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