Você está na página 1de 2

Apelação – fls.

312

1-determinou a compensação créditos decorrentes do recolhimento indevido doPIS


2-CM pela SELIC

Embargos fls. 331-332 : acatou art 170-A

Art. 170-A. É vedada a compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto de


contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão
judicial

Recurso especial-
f. 436- art 557 § 1º-A do CPC, determinou a incidência da limitação à compensação prevista no
art. 89 § 3º da lei 8.212/91, com redação dada pela lei 9.129/95, a compensação não poderá
ser superior do valor a ser recolhido em cada competência.

Recurso extraordinário

RE 566.621 substituiu o RE 561.908/RS : assentou inconstitucionalidade dos artigos 3º e 4º,


segunda parte ,da lei complementar n. 118/2005 às situações anteriores á vigência da norma,
isto é, 9 de junho de 2005. Ou seja,

Teses STJ
AÇÃO DE RESTITUIÇÃO DE TRIBUTOS PAGOS INDEVIDAMENTE TRIBUTOS SUJEITOS AO
LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO (AQUELES QUE SÃO CALCULADOS, LANÇADOS E PAGOS PELO
CONTRIBUINTE)
Segundo jurisprudência do STJ

Antes da Lei Complementar nº 118/05 Depois da Lei Complementar nº 118/05

Prazo prescricional de 10 (dez) anos (tese dos cinco mais cinco) contados a partir
Prazo prescricional de 10 (dez) anos da ocorrência do fato gerador, caso não tenha havido homologação expressa por
(tese dos cinco mais cinco) contados a parte da Fazenda Pública e desde que (i) o pagamento indevido tenha sido
partir da ocorrência do fato gerador, caso realizado em momento anterior à vigência da LC nº 118/05 e (ii) a ação de
não tenha havido homologação expressa repetição do indébito tenha sido ajuizada até a data de 08/06/2010. Caso contrário,
por parte da Fazenda Pública. o prazo prescricional é de 5 (cinco) anos contados a partir da ocorrência da
extinção do crédito tributário, ou seja, do momento do seu pagamento.

STF:

Entretanto, este tema foi levado ao Supremo Tribunal Federal, por meio do Recurso
Extraordinário nº 566.621/RS. Quando do seu julgamento, o Supremo Tribunal Federal (i)
confirmou o posicionamento adotado pelo Superior Tribunal de Justiça, quanto à
impossibilidade de aplicação retroativa da LC nº 118/05, ou seja, para abranger ações de
repetição do indébito anteriores à sua vigência, porém (ii) modificou o entendimento
consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça, em relação à forma de contagem do prazo
prescricional após a entrada em vigor da lei complementar em questão.

De fato, o Supremo decidiu que a forma de contagem do prazo prescricional prevista no artigo
168, I, do Código Tributário Nacional, com as alterações promovidas pela LC nº 118/05, é
aplicável a partir de 09/06/2005 (data da entrada em vigor da LC) e, não mais, a partir de
08/06/2010, como vinha entendendo o Superior Tribunal de Justiça

Em outras palavras, para o Supremo Tribunal Federal o ponto determinante para a fixação do
prazo prescricional é a data de ajuizamento da ação de repetição do indébito (se antes ou
depois da vigência da LC nº 118/05).
Em termos práticos, e analisando-se as conseqüências desse novo entendimento apresentado
pelo Supremo Tribunal Federal, tem-se que somente aqueles contribuintes que ajuizaram ação
de repetição do indébito até 08/06/2005 é que poderão recuperar os valores pagos nos 10
(dez) anos anteriores à data de ajuizamento da ação. Aqueles que ingressaram com ações a
partir de 09/06/2005 somente terão direito de recuperar os valores recolhidos indevidamente
nos 5 (cinco) anos anteriores à data de ajuizamento da ação.

Apesar de a decisão do Supremo Tribunal Federal não ter efeito vinculante, ou seja, não ser
aplicável, automaticamente, aos demais casos em discussão no Poder Judiciário, acredita-se
que os demais tribunais seguirão essa nova orientação nos processos em que se discute o
prazo prescricional de 5 (cinco) ou 10 (dez) anos para a restituição de tributos.

Nesse sentido, inclusive, já se manifestou o Superior Tribunal de Justiça em julgamento


posterior à definição da matéria pelo Supremo Tribunal Federal,

Portanto, atualmente, tem-se o seguinte cenário na jurisprudência do Superior Tribunal de


Justiça após a adoção, por este Tribunal, do entendimento exposto no acórdão proferido pelo
Supremo Tribunal Federal nos autos do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS:

AÇÃO DE RESTITUIÇÃO DE TRIBUTOS PAGOS INDEVIDAMENTE TRIBUTOS SUJEITOS AO


LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO (AQUELES QUE SÃO CALCULADOS, LANÇADOS E PAGOS PELO
CONTRIBUINTE)
Segundo jurisprudência do STJ após o julgamento do RE nº 566.621/RS pelo STF

Depois da Lei Complementar nº 118/05 Antes da Lei Complementar nº 118/05

Prazo prescricional de 10 (dez) anos (tese dos cinco mais cinco) contados a partir
Prazo prescricional de 10 (dez) anos da ocorrência do fato gerador, caso não tenha havido homologação expressa por
(tese dos cinco mais cinco) contados a parte da Fazenda Pública e desde que a ação de repetição do indébito tenha sido
partir da ocorrência do fato gerador, ajuizada em momento anterior à entrada em vigor da LC nº 118/05 (ou seja, até
caso não tenha havido homologação 08/06/2005). Caso contrário, o prazo prescricional é de 5 (cinco) anos contados a
expressa por parte da Fazenda Pública. partir da ocorrência da extinção do crédito tributário, ou seja, do momento do seu
pagamento.

Pelo exposto, e diante da confirmação, pelo Superior Tribunal de Justiça, do posicionamento


adotado pelo Supremo Tribunal Federal sobre a matéria, é provável que aqueles contribuintes
que tenham ingressado com ações de repetição do indébito após a entrada em vigor da LC nº
118/05, pleiteando a restituição de tributos recolhidos indevidamente nos 10 (dez) anos
anteriores à data de ajuizamento da ação, somente recuperem aqueles valores recolhidos nos
5 (cinco) anos retroativos a esta data.

Você também pode gostar