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Fórmulas Infantis.

Quais as principais diferenças e indicações


Matias Epifanio

Banana
feeder
Tipos de Fórmulas
• Fórmulas de Partida 1
• Fórmulas de Seguimento ou Seqüência 2
• Fórmulas à Base de Soja
• Fórmulas Isentas de Lactose
• Fórmulas Anti-Regurgitação(AR)
• Fórmulas Parcialmente Hidrolisadas(HÁ)
• Fórmulas Hidrolisadas
• Fórmulas de Aminoácidos
Fórmulas para Prematuros
• Fórmulas Hipercalóricas

•Fórmulas para “distúrbios


gastrointestinais leves”
Destaques na História das Fórmulas
1853 A primeira fórmula industrial a ser vendida

1900 Pasteurização do leite

1915 A primeira fórmula “sintética”, agregada somente de água

1966 Primeira fórmula projetada para atender as necessidades nutricionais especiais, para prematuros

1971 Fórmulas hidrolisadas

Início dos anos 2000


DHA e ARA foram adicionados ao leite de vaca
Banana
feeder
O Pêndulo da Nutrição

Proteínas (50s-60s) Calorias


(70s-80s)

Micronutrientes
(90s) Prebióticos
Tipos de carboidratos (2000)

Qualidade
2010
Quantidade

Quantidade e diferentes tipos de: micronutrientes, carga proteica, proteínas animal, densidade de
energia, qualidade e tipos de gorduras ...DHA ARA, pre-probioticos
GORDURAS +
LCPUFAs (DHA E
ARA)
LACTOSE
+85% ÁGUA
Energia, Imunidade, Energia e
Desenvolvimento Hidratação microbiota NUCLEOTÍDEOS
Cerebral
Imunidade economia
de síntese

LEITE MATERNO
VITAMINAS IMUNOGLOBULINAS
PREBIÓTICOS
E Maturação do Sistema
MINERAIS Imunológico
Microbiota, PROTEÍNAS
Imunidade Ferramentas Crescimento
metabólicas
Componentes imunológicos no leite materno
Compostos antimicrobianos Compostos de desenvolvimento do
• Immunoglobiuines: slgA, SlgG, SlgM; sistema imunológico
• Lactoferrin, lactoferrin B and H; • Macrophages
• Lysozyme; • Neutrophils
• Lactoperoxidase; • Lymphocytes
• Nucleotide-hydrolizing; • Cytokines
• Antibodies; • Growth factors
• K-casein and α-lactalbumin; • Hormones
• Haptocorrin; • Milk peptides
• Mucins; • Long-chain polyunsaturated fatty
• Lactadherin; acids
• Free secretory component; • Nucleotides
• Oligosacharides and prebiotics; • Adhesion molecules
• Fatty acids;
Compostos Anti-inflamatórios
• Maternal leukocytes and Cytokines;
• Cytokines: II-10 and TGFβ
• sCD14;
• II-1 receptor anatagonist
• Complement and complement
• TNFα and II-6 receptors
receptors;
• sCD14
• β-defensin-1;
Fazem com que o leite materno • Adhesion molecules
• Toll-like receptors;
• Bifidus factor;
seja insubstituível • Long-chain polyunsaturated fatty
acids
• Tolerance/priming compounds
• Hormones and growth factors
• Cytokines: II 10 and TGFβ
• Osteoprotegerin
• Anti-idiotypic antibodies
Who/unicef. AAP 2013
Cardápio de hoje...
 Aleitamento materno...Entendendo o “GOAL STANDART”

 Tipos de Fórmulas...Composição.

 Evidencias sobre efeitos clínicos.

 Futuro das fórmulas?


Composição dos diferentes leites
Distribuição calórica do leite humano

 Gorduras: (4.2g) 36 cal/100 mL


 Carboidratos: lactose: (7 g) 28 cal/100 mL
 Proteínas : (1.1 g) 4 cal/100 mL

 6% proteínas
 52 % gorduras
 42% carboidratos
 Principal carboidrato a Lactose 7 g/dl
 Oligossacarídeos 1,2g/dl
 DHA: 0.1-1.4% (maior consumo de peixe)
 ARA: 0.31- 0.71%
Composição do leite materno

Lactose 53-61g/l

Fat 30-50g/l
Human milk Cow’s milk
Oligosaccharides 8-12g/l
Lactose Lactose
Protein 9-10g/l 55-70g/L 40-50g/L
Total de Total de
Oligossacarídeos Oligossacarídeos
Non-digestible 8-12g/L
Fatty Acids
Oligosaccharides
Amino Acids Traces

Newburg DS, Neubauer SH. In: Jensen RG: Human milk composition, Academic Press 1995.
Mimetizando tamanho, ligações,
construção dos blocos e função dos prebióticos

90 % scGOS: Baixo peso molecular (short chain)


Galacto-OligoSaccharides
(enzymatic from lactose)
(1- 3/4/6) 1-4
n=1-4 Lactose

10% lcFOS: Alto peso molecular (long chain)


Fructo-OligoSaccharides
(fraction from chicory fructans)
(2- 1) 2-1
n>8 Sucrose
Patente scGOS:lcFOS (9:1)
v Glucose Galactose Fructose

Software: Bohne A, Lang E, von der Lieth CW; Heidelberg; Germany


SWEET - WWW-based rapid 3D construction of oligo- and polysaccharides.
Bioinformatics. 1999.
Oligossacarídeos

Thurl identificou quatro padrões de oligossacarídeos do leite humano, que foram


correlacionados com a base genética dos quatro grupos sanguíneos do sistema de grupo
sanguíneo Lewis.

Isto significa que certos padrões de oligossacáridos do leite humano está associado com
diferentes origens genéticas.
Adv. Nutr. 2012
Aleitamento materno relacionado à proteção contra a
obesidade

Cada mês de aleitamento materno está associado com 4% de


decréscimo de obesidade

Harder T. Am J Epidemiol 2005; 162: 397-403


Meta analise Otite Media Aguda
Inf. gastrointestinal

Asma

Obesidade

Doença Cardiovasc.
Doença Isquêmica

Diabetes I e II

Leucemia

Sind. morte súbita

Summary of the Agency for Healthcare Research and Quality’s Evidence Report on
Breastfeeding in Developed Countries. Breastfeeding Medicine 2009
Atopia

lower respiratory track infection.

Câncer de mama e de ovário

Summary of the Agency for Healthcare Research and Quality’s


Evidence Report on Breastfeeding in Developed Countries. Breastfeeding Medicine 2009
Requerimentos energéticos

 Taxa metabólica basal 50-60 kcal/kg/day


 Regulação da temperatura: 0-10 kcal/kg/day
 Crescimento de novos tecidos: 10-15 kcal/kg/day
 Almacenamento de energia (gordura): 20-30 kcal/kg/day
 Excreção de energia (fezes, urina): 10-15 kcal/kg/day
 TOTAL: 90-140 kcal/kg/day
Necessidades energéticas e energia necessária dos alimentos
complementares para suprir as necessidades em cças < 2 anos
Am J Clin Nutr 2013

• Leite humano não é um fluido corporal uniforme - a sua composição muda continuamente.

• Colostro difere do leite maduro, conforme a hora do dia, bem como durante o curso de lactação,
massa corporal materna, genes maternos.

mais variável.
415 donations of human breast milk
90% das gorduras do leite humano existem como triglicerídeos

O ácido palmítico do leite humano está localizado principalmente na posição sn-2

É um dos principais ácidos graxos (20% -25% dos ácidos graxos totais presentes no leite humano
Os resultados da digestão dos lipídios do leite humano e lipídios fórmula padrão
diferem significativamente
Cardápio de hoje...
 Aleitamento materno...Entendendo o “GOAL STANDART”

Tipos de Fórmulas...Composição.

 Eviências sobre efeitos clínicos.

 Futuro das fórmulas?


Classificação das Fórmulas Infantis

Fórmulas Poliméricas Fórmulas Oligoméricas

Leite de vaca Proteína de soja Hidrolisadas Amimoácidos

Extensamente Hidrolisada Parcialmente Hidrolisada

Sem Lactose Com Lactose


Classificação das Fórmulas Infantis
LACTENTES ATÉ 1 ANO
Fórmulas Poliméricas
Fórmulas Partida (1 semestre)

Fórmulas Seguimento (2 semestre)

Fórmulas Para Situações Especiais

Anti-regurgitação
Prematuros
Sem Lactose
Hipercalórica (1kcal/mL)
Sintomas Gastrointestinais
Modelo Leite Materno
Como devem ser as fórmulas infantis...

• Densidade energética – 60 a 70 Kcal/100ml


• Todas as fórmulas devem ser suplementadas com AGE
• Todas as fórmulas devem ser enriquecidas com Vitamina C
• Todas as fórmulas devem ser enriquecidas com Ferro
• As fórmulas contém concentrações > de nutrientes do que o leite
materno, devido à sua menor biodisponibilidade.
 Menor conteúdo proteico
 Relação proteínas do soro/caseína
 Gorduras animais e vegetais
 Ácidos Graxos saturados
 AGPI e AGE
 Adição de lactose
 pH ácido > absorção de Cálcio
 Adição de minerais
 Adição de elementos-traço
 Adição de vitaminas
Caseína
A fonte protéica
Soro (mais solúvel, melhor
absorção e melhor esvaziamento gástrico)

A fonte de gordura

TCM TCL
triglicerídeos de cadeia media triglicerídeos de cadeia longa
•Hidrolisado mais rápidos pelas enzimas pancreáticas
•Melhor absorção
•Útil para otimizar a absorção de calorias
•Esvaziamento gástrico mais lento
MAU SABOR •Nutre as células do colon
AUMENTA A OSMOLARIDADE
Fórmulas de Partida
Formulações que preenchem adequadamente as necessidades de
nutrientes de crianças saudáveis, quando utilizadas de forma exclusiva até
6 meses de idade.

 DENSIDADE ENERGÉTICA – 0,60 a 0,70; próxima ao do leite humano

 CARBOIDRATOS – principal lactose + maltodextrina

 PROTEÍNAS – teor superior ao do leite humano, relação lactoalbúmina/caseína


= 60/40
 GORDURAS – gordura láctea substituída por gordura vegetal, que melhora a
digestibilidade e oferta de ácidos graxos essenciais
3 Fórmulas
Características 100g 100ml Características 100g 100ml Características 100g 100ml
Fabricante
Faixa etária De 0 a 6 meses De 0 a 6 meses De 0 a 6 meses
Apresentação Lata de 400g e 800g Lata de 400g e 800g Lata de 400g e 900g
lata 400g: 2898,5ml / 1910 Kcal
Rendimento da lata - -
lata 900g: 6521,6ml / 4304 Kcal
Sabor isento isento isento
Diluição 12,9% 13,3% 13,8%
Preparo 1 medida p/ 30ml de água 1 medida p/ 30ml de água 1 medida p/ 30ml de água
Colher-medida 4,3g 4,43g 4,6g
Densidade calórica 0,67 kcal/ml 0,67 kcal/ml 0,66 kcal/ml
kcal 519 67 504 67 476 66

Tipo 70% ptn do soro do leite e 30% caseína 23% ptn do soro do leite e 77% caseína 60% ptn do soro do leite e 40% caseína
Distribuição calórica / fonte

Proteínas
% 7,3% 10,3% 9,2%
g 9,5 1,2 13 1,7 10,9 1,5
Tipo 100% lactose 66% maltodextrina e 34% lactose 100% lactose
Carboidrato % 44,7% 44,4% 45,7%
g 58 7,5 56 7,4 54,4 7,5

Tipo 97% gordura vegetal e 3% gordura láctea 98% gordura vegetal e 2% gordura láctea 98% gordura vegetal e 2% gordura láctea
Lipídio
% 48,5% 46,0% 45,2%
g 28 3,6 26 3,5 23,9 3,3
Relação kcal ñ protéica/gN2 - - 253:1
Osmolaridade (mOsm/l) 275 - 290
Osmolalidade (mOsm/Kg) 305 234 326
Isento de glúten. Contém DHA e ARA e Isento de glúten. Contém prebióticos (10%
Outros Isento de glúten.
nucleotídeos. LcFOS e 90% GOS).
Fórmulas à Base de Soja
Deficiência transitória de lactase; crianças nascidas, com galactosemia, deficiência
hereditária de lactase documentada, alergia ao leite de vaca mediada por IgE > 6
meses.
 Fitoestrógenos consistem de vários grupos de estrógenos não
esteróides, incluindo isoflavonas, havendo preocupações quanto ao
seu efeito negativo no desenvolvimento sexual e reprodutivo,
desenvolvimento neuro comportamental.

 Apesar de muitos estudos, não há evidência conclusiva em animais,


adultos humanos, ou lactentes que indiquem que a isoflavona do soja
na dieta possa trazer problemas de desenvolvimento, reprodução ou
função endócrina.

Maiores de 6 meses….
Fórmulas Isentas de Lactose
Basicamente, apresentam a mesma composição das fórmulas modificadas à
base de leite de vaca, porém isentas de lactose.

Intolerância à lactose causada por deficiência de lactase - lesões da mucosa


intestinal ou causas genéticas.
 Indicadas para crianças com má digestão da lactose (congênita, doença
celíaca, ressecção intestinal, desnutrição, recuperação de diarreia).
 CARBOIDRATOS - maltodextrina (alta densidade energética, sem interferir
na osmolalidade).
GORDURAS - óleos vegetais.
PROTEÍNA
AMINOÁCIDO
POLIPEPTÍDEO DIPEPTÍDEO

95% tem < 3000 kD


Extensamente hidrolisada

< 5000 kD
100% composta
Proteína intacta Parcialmente hidrolisada
por Aminoácidos
Fórmulas extensamente hidrolisadas
Formulações à base de hidrolisado protéico - proteína submetida a processo
de hidrólise, que resulta em oligopeptídeos

Indicadas em casos de alergia ao leite de vaca e soja, condições de má


absorção doença gastrointestinal, Síndrome do Intestino Curto.

PROTEÍNAS - 0,20 a 0,25g/ml. Fonte: caseína, proteína do soro, soja e colágeno.


CARBOIDRATOS - maltodextrina e amido pré-gelatinizado.
GORDURAS - óleos vegetais e triglicérides de cadeia média.
Profilaxia Tratamento
Epítopo
conformacional
A destrução dos epítopos
conformacionais do LV tem sido
sugerido como o mecanismo subjacente
da tolerância ao leite cocido na APLV
Proteína: forma mediada por IgE.
terciaria

Epítopo secuencial

Antígeno Desnaturalisação da
desnaturalisado proteína

Epítopo conformacional: Epítopo sequencial


Alteración da sequencia de Permanece a sequencia de
aminoácidos despois da aminoácidos
desnaturalização de la proteína
Classificação das Fórmulas Infantis

Proteína do soro do leite Caseína Arroz

Pregomin Pepti
Nutramigen Novomil
Alfaré
Pregestimil

Com lactose

Aptamil Pepti
Althera
Definição

Não desencadeia reações alérgicas


2 artículos
em 90% dos lactentes com APLV
de referência
confirmada

Høst A, Koletzko B, Dreborg S et al. Dietary products used in infants for treatment and
prevention of food allergy. Joint Statement of the European Society for Paediatric Allergol- ogy
and Clinical Immunology (ESPACI) Committee on Hypoallergenic Formulas and the European
Society for Paediatric Gastroenterol- ogy, Hepatology and Nutrition (ESPGHAN) Committee on
Nutrition. Arch Dis Child 1999; 81:80–4.
Fórmulas de Aminoácidos
Formulações à base de hidrolisado protéico - proteína submetida a
processo de hidrólise, que resulta em aminoácidos livres (100%)

Indicadas nos casos nos quais não se obteve sucesso no tratamento com
fórmulas semi-elementares, quanto mais extensa a hidrólise, menor a
antigenicidade.
AMINOÁCIDOS SINTÉTICOS
CARBOIDRATOS - maltodextrina.
GORDURAS - óleos vegetais e TCM.
São completas Codex Alimentarius,
Pouco palatáveis, de alto custo
GINI: incidência cumulativa de dermatite atópica aos 6 anos de idade

Von Berg et al. J Allergy Clin Immunol 2008


PREMATURIDADE NO MUNDO
PREOCUPAÇÃO DE SAÚDE GLOBAL

RANKING DOS 10 PAÍSES


COM MAIOR NÚMERO DE
NASCIMENTOS PREMATUROS/ANO
1º Índia 3.519.100 BRASIL
2º China 1.172.300 12,4%
3º Nigéria 773.600 (14.7% nordeste e 11,1% sudeste)

4º Paquistão 748.100

5º Indonésia 675.700

6º Estado Unidos 517.400

7º Bangladesh 424.100

8º Filipinas 348.900
Republica 80% dos partos prematuros ocorreram
9º Dominicana 341.400 entre a 32a e 36ª semana:
do Congo 7,4% deles antes da 28ª semana de gestação
(MS, SUS 2012)
10º Brasil 2012 340.000
*Dados do Ministério da Saúde 2012
CUIDADOS NUTRICIONAIS NA PREMATURIDADE

NECESSIDADES NUTRICIONAIS ESPECÍFICAS CRESCIMENTO ACELERADO

• Baixas reservas endógenas de nutrientes


Resistência insulínica
(gordura, glicogênio, vitaminas e minerais)
Imaturidade fisiológica
Pressão sanguínea elevada

• Altas taxas metabólicas


Densidade mineral óssea reduzida

Prematuros enfrentam o desafio de completar


o desenvolvimento intrauterino fora do útero e que pode
ter consequências na saúde para toda vida

Rigo J e Santerre, 2006


2000 50th 10th

LEITE HUMANO
FÓRMULA DE PARTIDA?
DISCHARGE FÓRMULA POST DISCHARGE?
1500
WEIGHT (GRAMS)

Intrauterine
growth
(10th and 50th)

1000
24-25 weeks
Nutrição ENTERAL 26-27 weeks
LEITE HUMANO/ADITIVADO 28-29 weeks
FÓRMULA PRÉ TERMO
500
24 28 3 36
POSTMENSTRUAL AGE (WEEKS)
2
Nutrição parenteral (Aminoácidos)

Van Goudoever J Pediatr Gastroenterol Nutr 2011;53:472 Ehrenkranz et al. Pediatrics 1999;
NUTRIENTES-CHAVE

Proteína : energia >> requerimentos


diferem segundo peso

Carboidratos - lactose
Nos prematuros,
o sistema enzimático para a
Lipídios– –LCPUFAs
Lipídios LCPUFAs(P e(PL e TAG),
TAG), AGEs,AGEs,
TCM TCM produção
desses ácidos pode ser
insuficiente
Nucleotídeos
ou imaturo.

Vitaminas

Minerais (cálcio, fósforo, sódio, ferro)

Oligossacarídeos (prebióticos)
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS E GUIDELINES

1987 1993 2002 2005 2010 2014

ESPGHAN TSANG ET AL KLEIN ET AL TSANG ET AL ESPGHAN KOLETZKO,


2ed 2ed POINDEXTER
& UAUY

Nutrition Scientific Basis Composition of Feeding Enteral intake Feeding


and feeding and Practical preterm formula guide and of VLBW/ELBW guide and
preterm Guide Requirements infants Requirements
Preterm Preterm

ELBW/VLBW ELBW/VLBW

Post-Discharge Post-Discharge
Vitaminas

Micronutrientes
CARACTERÍSTICAS DAS FÓRMULAS PÓS ALTA PARA PREMATUROS
ESPGHAN, 2006; KOLETZKO, 2014

STANDARD POSTDISCHARGE PRETERM


FORMULA FORMULA FORMULA
Proteina
1.4 – 1.5 1.8 – 1.9 2.2 – 2.3
(g/100mL)

Energia
67 72 – 74 80 – 90
(kcal/100mL)

Cálcio
35 – 54 70 – 80 100 – 108
(mg/100mL)

Proteína
±2.2 ±2.5 ±2.8
(g/100kcal)
NUTRIÇÃO DO PREMATURO

Possibilidade de indicação da fórmula pós alta de acordo com peso ao nascer

Extremo Baixo Peso Muito Baixo Peso Pré Termos Tardios


(<1000g) (<1500g) (34-36 semanas IG)
Nutrição parenteral
Nutrição parenteral
Nutrição enteral
Nutrição enteral mínima Leite materno
Terapia nutricional mista na ausência: Fórmula de partida
Terapia nutricional mista
LM/Aditivado ou fórmula pré LM/Aditivado ou fórmula pré-
termo termo
LM na ausência:
LM na ausência Fórmula / “Post Discharge”/
Fórmula “Post Discharge” Fórmula de partida

ESPGHAN. J Pediatr Gastroenterol Nutr 42:5 , May 2006; Singhal et al. Am J Clin Nutr 2010;
Fórmula POST DISCHARGE
ESPGHAN, 2006; KOLETZKO, 2014

Recomenda que lactentes com peso subnormal para a idade pós-concepção, ou seja, que
apresentam risco aumentado de falhas de crescimento a longo prazo e requerem atenção e
acompanhamento particulares, recebam uma fórmula especial pós-alta enriquecida, com
concentrações de proteína, minerais e elementos-traço superiores às fórmulas, assim como ácidos
graxos de cadeia longa (LCPUFAs), até completar pelo menos

40 SEMANAS DE ICP E, NO MÁXIMO, ATÉ 52 SEMANAS DE ICP

ESPGHAN. J Pediatr Gastroenterol Nutr 42:5 , May 2006; Singhal et al. Am J Clin Nutr 2010;
POST DISCHARGE FORMULA: ACADEMIA
AMERICANA DE PEDIATRIA (AAP), 2008
A AAP, (2008) recomenda o uso de fórmulas especiais pós-alta enriquecidas
em prol da promoção de crescimento linear, ganho de peso e conteúdo
mineral superiores aos propiciados pelas fórmulas padrão .

POST DISCHARGE FORMULA: SOCIEDADE IBERO


AMERICANA DE NEONATOLOGIA (SIBEN), 2009
A SIBEN recomenda utilizar a fórmula de transição ou pós-alta
durante o primeiro ano pós termo em prematuros extremos
ou com falha do crescimento (< 1000g ao nascer)
LcPUFAs
 Ingestão de Omega 3:
 Desenvolvimento: SNC e retina
 Conteúdo de LC-PUFAS no leite materno é diretamente proporcional
a ingestão dietética da mãe
 Prevenção de doenças crônicas: diferenciação do adipócito e
controle de pressão arterial
 Recomendação: ingestão de peixes marinhos 2 vezes/semana, 200
mg/dia de ácido docosahexanóico (DHA)

Koletzko B et al. J Perinat Med 2007; 35: 5-11.


Bergman RL et al.Ann Nutr Metab 2008; 52:157-66.
 Lipídeos representam 50-60% do peso seco do cérebro.

 DHA&ARA representam 15-20% dos lipídeos no cérebro

Cérebro cresce:
260% no último trimestre da gestação
175% do nascimento aos 12 meses.
Ácidos Graxos Essenciais
Ácido alfa-linolênico (ω3) e Ácido linoleico (ω6)

 O organismo não é capaz de sintetizá-los.

 Devem ser adquiridos por meio da alimentação.

 São precursores dos ácidos graxos poliinsaturados de cadeia


longa (LCPUFAs)
Long Chain Polyunsaturated Fatty Acids LC-PUFAS

Ácido linoleíco e alfa-linolênico sofrem processos de


dessaturação e elongação sob ação de enzimas,
formando os LCPUFAs:

 ARA (ácido araquidônico) – ômega 6

 DHA (ácido docosahexaenóico) – ômega 3


CONCLUSÕES:

Current evidence suggests that LCPUFA


supplementation of infant formulas improves
infants’ visual acuity up to 12 months of age.
Pediatrics 2013
As fórmulas após 1 ano de vida...
O que é um leite adaptado?

Leite desenvolvido especialmente para atender as necessidades de crianças


ate 5 anos, contribuindo para um alimentação balanceada
Leite Adaptado
Cardápio de hoje...
 Aleitamento materno...Entendendo o “GOAL STANDART”

 Tipos de Fórmulas...Composição.

 Evidencias sobre efeitos clínicos.

Futuro das fórmulas?


O que as fórmulas deveriam ter
1.Variavilidade em diferentes situações

2.Immunoglobulinas: IgA em abundância

3.Leucocitos: neutrófilos e macrófagos ativados

4.Lactoferrina: antimicrobiana, ativa as células assassinas, anti-inflamatórios, estimula


o crescimento de probióticos.

5.Lysozyma: a partir de soro de leite, proteína bactericida (5-25mg%)

6. Glicoproteínas ligações com agente microbiano e inibe a entrada de célula, lise vírus

7.Oligosacarídeos (100-150mg%) promover o crescimento lactobacillus.

8.Fatores de crescimento: EGF (fator de crescimento epidérmico), NCF (fator de crescimento


neural), IGF (insulin-like growth factor). TGF (fator de crescimento transformante)

9.Citokinas: aumentam a defesa de anticorpos

10.Bile sal estimulante lipase (BSSL): para a digestão de gordura total, esp. TG.

11.Hormonios: prolactina, cortisol, GH, TSH.


O que vai ter de novo nas Fórmulas?
Então, como devemos recomendar que seja a Fórmula?

Amamentar, tanto quanto possível, uma vez que dá os melhores resultados.


Uma gota de leite materno é melhor do que nenhum.

Se existe uma história familiar importante de alergia, amamentar por 6 meses,


pelo menos. Caso contrário, o uso fórmula de leite parcialmente hidrolisado ou
extensamente hidrolisado.

Para quem não tem alergias, uso de fórmulas que são mais baixos em níveis de
proteína, para diminuir o risco de obesidade.

Formula com sn-2 palmitato, niveis mais elevados de gordura vegetal, prebióticos
e outras fibras alimentares. Níveis de minerais menos elevados.

Niveis adequados de Lc-pufas nas fórmulas.

Outras aditivos alimentares têm pouco ou duvidoso significado clínico ate hoje.
CONCLUSÕES

 As fórmulas evolucionam.. Tentando copiar ao leite materno....

 Cada vez se descobre mais sobre os benefícios do leite materno.

 Muitos tipos diferentes de formulas...


Com algumas diferenças na sua indicações...

Existem diferenças no tipo de gordura, hidrato de carbono e proteína,


porem são similares em calorias, osmolaridade e proporção de componentes
 “No two hemispheres of any learned professor’s brain
are equal to two healthy mammary glands in the
production of a satisfactory food for infants”
Oliver Wendell Holmes

"Não há dois hemisférios do cérebro de qualquer erudito professor, igual a


dois glândulas mamárias saudáveis ​na produção de um alimento saudavel
para crianças"
Oliver Wendell Holmes
Tem uma razão atrás de tudo na natureza...
Aristóteles.
Obrigado

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