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AULA 3
1.1 Estratégias
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disponíveis é quase total, com menor possibilidade de terem variabilidade
genética. Com relação ao desenvolvimento dos ovos, algumas espécies possuem
desenvolvimento direto, outras precisam passar por fases larvais (Figura 2).
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Figura 4 – Ciclo de vida dos peixes. Sequência de estágios de desenvolvimento
da carpa cruciana (Carassius), peixe de água doce, desde o ovo até o animal
adulto
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IV. Maturação final: desenvolvidas e maduras, atingem seu maior peso e
volume (geralmente ocorre no período mais quente e chuvoso do ano);
V. Regressão: gônadas com células em atresia e redução de tamanho, ocorre
quando não há liberação dos gametas (comum em peixes migradores
mantidos em cativeiro);
VI. Esgotado: é o período posterior à reprodução após a eliminação dos
gametas, no qual há reorganização das gônadas que seguirão para a fase
de repouso
Repouso Maturação
Maduro
Regressão Esgotado
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TEMA 2 – TIPOS DE REPRODUÇÃO
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Um dos principais fatores que estimulam o desenvolvimento das gônadas
ao longo do ano é o fotoperíodo no intervalo de 24 horas. A alteração da
luminosidade está relacionada à latitude onde os peixes são cultivados: quanto
mais próximo da linha do Equador, menor a diferença de luminosidade ao longo
do ano. A variação de hora-luz por dia é percebida pela retina tendo como
consequência a liberação de hormônios que atuam no desenvolvimento gonadal.
Posteriormente haverá o estímulo de células germinativas e a produção dos
gametas, caracterizando o início do processo reprodutivo (Figura 7). No período
noturno, temos a ação da melatonina, que de forma complementar participa do
processo de reprodução.
Machos:
Liberação de
Espermatogênese Espermiogênese
gametas
Fêmeas:
Maturação Maturação
Repouso inicial ou ciclo avançada ou
pré-vitelogênico
vitelogênese
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Durante o processo de maturação, algumas características morfológicas
podem influenciar na atratividade sexual e escolha de parceiros pelos peixes.
Também é comum a presença de feromônios liberados diretamente na água pelos
animais.
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as condições de cultivo podem afetar a reprodução, afinal não existe a fase de
migração. Dessa maneira, os peixes atingem a um grau de desenvolvimento
reprodutivo limitado, sem concluir a fase de maturação final dos ovócitos. Além
da limitação do espaço de cultivo, a restrição na disponibilidade de alimento, a
quantidade de animais estocados e o estresse no manejo podem induzir a
reabsorção de ovócitos pelos peixes, inviabilizando todo o processo de desova.
Em fazendas onde se realiza a reprodução de peixes, a seleção dos
reprodutores é vital para o sucesso do processo de indução hormonal e desova.
São critérios de avaliação das fêmeas o formato de abdômen e a papila genital.
Já nos machos uma simples compressão abdominal proporcionará a extração de
sêmen. Em muitos casos, para se estimar a qualidade dos ovos, é realizada uma
biopsia ovariana por meio de canulação intraovariana, na qual uma pequena
quantidade de ovos é coletada e avaliada em microscópio ótico (Figura 9). Nesse
procedimento, os técnicos responsáveis pelo processo podem observar
coloração, textura e tamanho diferenciado dos ovócitos maduros.
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verificar o volume e as características do sêmen como o pH, a contagem e
motilidade de espermatozoides. Já para as fêmeas, o processo de canulação irá
avaliar tamanho, volume e homogeneidade dos ovócitos. A indução hormonal
realizada pela aplicação de hormônios é a técnica com maior eficácia para a
reprodução de peixes migradores tropicais mantidos em cativeiro.
Nas fêmeas, os hormônios devem ser capazes de promover a maturação
final dos gametas, porém o peixe deve se encontrar em um estágio de maturação
gonadal adequado para que responda à indução hormonal e ocorra a liberação
dos gametas. A indução irá garantir o rompimento do envelope folicular e
consequente liberação dos ovócitos maduros (desova). Em peixes machos, a
indução hormonal provoca um incremento no volume e fluidez de sêmen.
Inicialmente após o processo de coleta os espermatozoides encontram-se
inativos, quando em contato com a água eles são ativados aptos a fecundar os
ovócitos.
A hipófise é um produto comercializado por empresas especializadas, que
a retiram de peixes adultos sexualmente maduros (Figura 10).
Crédito: Nrien/Shutterstock.
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A hipófise é o local de acúmulo dos hormônios gonadotróficos em peixes
maduros. Após extraída, ela pode ser encontrada fresca, seca ou dessecada em
acetona. A praticidade de uso, o fácil manuseio e a disponibilidade no mercado a
tornam um produto de ampla utilização. Por outro lado, a variação na
concentração dos hormônios prejudica a padronização de dosagens em algumas
espécies. Outros hormônios também são utilizados atualmente na reprodução dos
peixes, porém o custo elevado desses produtos e a dificuldade da elaboração de
protocolos específicos para as diferentes espécies limita a sua utilização.
Para realizar o procedimento de indução hormonal, inicialmente é
necessário macerar completamente a hipófise e adicionar gotas de glicerina para
liquefazer a solução. Posteriormente poderá diluir o material em solução
fisiológica e realizar a aplicação com o uso de seringa e agulha. Devido à
complexidade da maturação final dos ovócitos, faz-se necessária a divisão da
dose hormonal a ser aplicada nas fêmeas. A 1ª dose indutora corresponde a 10%
da dose total e a 2ª dose final com os 90% restantes (Figura 11).
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O cálculo da dose hormonal a ser aplicada nos peixes é baseado na
espécie, peso do animal e o tipo de indutor utilizado. Após a aplicação da segunda
dose, deve-se iniciar a contagem das horas-grau, que é a soma da temperatura
da água nos tanques de maturação onde ficam alojados reprodutores.
Por meio desse cálculo é possível saber aproximadamente em quanto
tempo após a aplicação do agente indutor as fêmeas estarão aptas a desovar
(Tabela 1). O valor de horas-grau varia de acordo com cada espécie e entre
indivíduos da mesma espécie. Quando o valor estiver próximo ao de referência, a
qualidade dos ovócitos deve ser avaliada.
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Figura 12 – Reprodutor de peixes em coleta de sêmen
Crédito: Tanakornsar/Shutterstock.
2.3 Hipofisectomia
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Figura 13 – Localização da glândula pituitária nos peixes
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incubadoras são essenciais, principalmente para a manutenção dos níveis de
oxigênio dissolvido e das partículas em suspensão. O manejo das incubadoras
exige atenção do produtor, sobretudo com a necessidade de limpeza logo após a
eclosão das larvas. Esse procedimento é necessário devido à elevada quantidade
de sujeira provenientes dos ovos (Figura 14).
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e peixe adulto está descrito na Figura 15.
Figura 15 – Ciclo de vida dos peixes de ovos a larvas, alevinos e peixes adultos
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podem ser acondicionados em dois sistemas para reprodução: hapas ou tanques
escavados (Figura 16).
Crédito: Tanakornsar/Shutterstock.
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Figura 17 – Ovos na boca da tilápia fêmea prontos para serem coletados
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Figura 18 – Ovos de tilápia em incubação no sistema de bandejas
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obtenção de populações monossexo masculinas de tilápia, pois os machos da
espécie crescem mais rapidamente (Figura 19).
Crédito: Tonytao/Shutterstock.
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5.1 Cilindro de oxigênio
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Figura 21 – Sacos de transporte para peixes
Crédito: Keung/Shutterstock.
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substâncias para realização do transporte, sendo o sal de cozinha e o eugenol
as mais comuns.
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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